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A polícia de choque turca reprimiu violentamente uma parada do Orgulho Gay neste domingo, disparando gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar milhares de manifestantes se reuniram pacificamente no centro de Istambul, observou a AFP.

Quando os manifestantes que levavam bandeiras de arco-íris gritaram slogans denunciando o "fascismo" do regime do presidente islâmico-conservador Recep Tayyip Erdogan, a polícia, presente em peso na entrada da grande rua pedestre de Istiklal, entrou com força em meio à multidão - usando em alguns locais usando balas de borracha.

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Antes do início da marcha, muitos policiais uniformizados fecharam o acesso à Praça Taksim, sobre a qual se abre a rua Istiklal, centro de protestos contra o regime islâmico-conservador em 2013.

Desde então, atos públicos são proibidos na praça e seus arredores.

Um grupo de civis, aparentemente nacionalistas e islamistas que tinham se reunido perto de Istiklal, onde a marcha ocorreu, atacaram os jornalistas que cobriam o evento, ferindo levemente vários deles, incluindo um fotógrafo de AFP.

A polícia não interveio contra esta agressão, segundo testemunhas e a imprensa local.

Uma cinegrafista da AFP foi hostilizada pela polícia durante as filmagens de sua intervenção enérgica.

Pelo menos cinco manifestantes foram interpelados pela polícia.

Essa marcha deveria ser a 13ª edição da marcha do orgulho para apoiar os direitos das pessoas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneras) que ocorriam antigamente sem grandes incidentes na Turquia, onde a homofobia continua a ser generalizada, especialmente nas áreas rurais.

O evento deste ano coincidiu com o mês sagrado muçulmano do Ramadã.

Deputados da oposição social-democrata no Parlamento que participaram do início da marcha queriam negociar com a polícia e um deles, Mahmut Tanal, do Partido Republicano do Povo (CHP) teve que entrar num veículo blindado a polícia, segundo imagens difundidas pela mídia.

Muitos internautas expressaram sua indignação após a dispersão da marcha. "Atacar pessoas marchando para apoiar o amor não tem lugar na democracia. É apenas uma vergonha", disse em sua conta no Twitter Erdem Yener, um ator famoso na Turquia.

Pela primeira vez com 85 anos, uma leitura do Corão foi realizada na sexta-feira foi realizada na basílica de Santa Sofia, monumento emblemático de Istambul e convertido em museu depois de ser sucessivamente utilizado como igreja e mesquita, informaram os meios de comunicação local.

Célebre obra arquitetônica construída no século VI, Santa Sofia foi reformada nos anos 30 pelo regime laico de Mustafá Kemal Ataturk, mas seu uso continuou sendo alvo de polêmicas frequentes entre cristãos e muçulmanos.

Na noite de sexta-feira, durante a inauguração de uma exposição sobre o "O amor do profeta", o imã da mesquita Ahmet Hamdi Akseki de Ankara leu passagens do Corão dentro do recinto, ante a presença de dirigentes turcos, entre eles o chefe da agência de assuntos religiosos, Mehmet Gormez, informou a agência Anatolia.

Santa Sofia, onde eram coroados os imperadores bizantinos, foi convertida em mesquita no século XV, depois da queda de Constantinopla em 1453 nas mãos dos otomanos, que construíram minaretes em torno da cúpula bizantina.

A basílica continuou sendo mesquita até a queda do império otomano e a fundação do Estado turco moderno, nos anos 1930, quando os fundadores laicos decidiram transformá-la num museu aberto a todos.

Mas, desde a chegada do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), do islâmico e conservador Recep Tayyip Erdogan, distintas iniciativas e declarações das autoridades fazem os defensores do laicismo que o monumento volte a ser convertido numa mesquita.

Um casal armado atacou a sede da polícia em Istambul nesta quarta-feira (1°), dando início a um tiroteio que acabou com a morte da mulher um policial ferido. O episódio marca o terceiro incidente violento na maior cidade da Turquia em pouco mais de 24 horas, depois de militantes de esquerda terem feito refém um promotor num tribunal, na terça-feira, e de um homem armado ter entrado no escritório do partido governista nesta quarta-feira.

Nenhum grupo havia assumido a autoria do ataque contra a delegacia, mas o governador de Istambul, Vasip Sahin, disse que tudo começou por volta das 18h (horário local), quando um homem e uma mulher segurando rifles atiraram contra a policiais na entrada da sede local da polícia, que fica perto da Cidade Velha. A mulher foi morta durante o tiroteio, mas seu cúmplice fugiu, disse o governador.

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Emissoras de televisão turcas mostraram imagens do corpo sem vida da mulher, enquanto unidades da polícia isolavam as ruas próximas. A mulher estaria carregando uma bomba, segundo informações da Associated Press.

Na noite de terça-feira, forças especiais invadiram um tribunal de Istambul para libertar um promotor que havia sido refém por dois homens armados. Os dois homens foram mortos, mas o refém ficou gravemente ferido e morreu posteriormente no hospital.

Após participar do funeral do promotor morto, o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu prometeu rastrear os cúmplices, dizendo que os dois homens fizeram ligações telefônicas internacionais durante o impasse, que durou seis horas. Davutoglu não revelou para qual país os homens fizeram as ligações, mas afirmou que o governo divulgará mais informações na medida em que as investigações prosseguirem.

"Eu dei ordens para a realização de todo tipo de operação contra quem quer que tenha ligação com o incidente, onde quer que esteja", disse Davutoglu. "Ninguém deve pensar que o ataque ficará sem resposta." "Devemos descobrir de onde veio a ordem. Vamos investigar quem está por trás desta rede", acrescentou.

Em discurso realizado durante o funeral do promotor Mehmet Selim Kiraz, Davutoglu, disse que o objetivo do ataque ao tribunal era criar o caos antes das eleições gerais no país, marcadas para 7 de junho. Ele criticou a oposição por não ter participado do funeral e afirmou que o tribunal será renomeado em homenagem a Kiraz. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

Um avião da Turkish Airlines que fazia o trajeto Istambul-São Paulo foi desviado e estava pousando em Casablanca, no Marrocos, depois de um bilhete com a palavra "bomba" ter sido encontrado num banheiro da aeronave.

A companhia aérea disse que se trata de um procedimento padrão pousar o avião nesse tipo de circunstância. A empresa informou que o Boeing 777 faz o voo TK15 e leva 256 pessoas a bordo. Fonte: Associated Press.

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O escritor turco Yasar Kemal, um dos mais importantes escritores do país, traduzido a várias línguas, morreu neste sábado em um hospital de Istambul aos 92 anos, informou a imprensa turca.

Hospitalizado desde janeiro, Kemal morreu por complicações ocorridas após uma infecção pulmonar e uma arritmia cardíaca, indicaram seus médicos, citados pela agência de notícias governamental Anatolia. Nascido em 1923 em Osmaniye, no sul da Turquia, fez sucesso com seu primeiro romance, "Memed meu Falcão", em 1955, que posteriormente foi traduzido a mais de 40 idiomas.

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Yasar Kemal ganhou vários prêmios e foi citado com frequência como possível primeiro Prêmio Nobel de literatura turco, mas tal honra foi obtida finalmente em 2006 por Orhan Pamuk.

De origem curda, também era um artista militante de esquerda e da causa curda, o que lhe valeu processos e inclusive a prisão após o golpe de Estado militar de 1971, além de um exílio de vários anos na Suécia.

Uma suicida mulher detonou os explosivos que levava junto ao corpo numa delegacia de polícia de Istambul nesta terça-feira, matando um policial e ferindo outro, segundo informações de agências de notícias turcas.

O governador de Istambul, Vasip Sahin, informou que a mulher entrou numa delegacia policial e disse que havia perdido uma carteira, antes de detonar a bomba. O ataque aconteceu no distrito de Sultão Ahmet, um destino turístico bastante popular.

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Trata-se do segundo ataque contra a polícia numa semana em Istambul. Na quinta-feira, a polícia dominou um homem depois de ele lançar granadas e disparar contra oficiais nas proximidades do gabinete do primeiro-ministro. O grupo de esquerda Partido da Frente Libertação Popular Revolucionária (DHKP-C, na sigla em turco) assumiu a autoria do ataque realizado na quinta-feira. O DHKP-C é considerado uma organização terrorista na Turquia, nos Estados Unidos e na União Europeia.

Ataques suicidas têm sido raros na Turquia desde que o governo iniciou conversações de paz, em 2012, como o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em turco), para encerrar um conflito que durava 30 anos. O DHKP-C tem realizado ataques esporádicos, dentre eles uma ação suicida contra a embaixada dos Estados Unidos em 2013, que matou um guarda. O grupo foi bastante ativo na década de 1970.

Sahin disse que a polícia ainda tenta identificar a mulher que morreu no ataque desta terça-feira. "Ela falou em inglês, entrou (na delegacia) com o pretexto de ter perdido uma carteira", disse ele. Nenhum grupo havia assumido a autoria do ataque Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

O papa Francisco parou por alguns minutos para meditar neste sábado (29) na famosa Mesquita Azul de Istambul, onde foi recebido pelo grande mufti da cidade, no segundo dia de sua viagem a Turquia, dedicada ao diálogo entre as religiões.

Enquanto o mufti rezava, o sumo pontífice meditou por dois minutos com os olhos fechados e as mãos unidas, como havia feito simbolicamente há oito anos seu antecessor, Bento XVI, no mesmo local.

O papa, de 77 anos, chegou à mesquita a bordo de um veículo modesto e foi recebido por Rahmi Yaran, a principal autoridade religiosa de Istambul, com quem percorreu o edifício construído no século XVII sob o reinado do sultão Ahmet I, durante o império otomano.

Os dois pararam diante do "mirhab", que aponta a direção de Meca, onde está exposta a sura 19 do Alcorão que menciona a concepção virginal de Maria.

Durante a visita em 2006, o gesto de Bento XVI na mesquita foi interpretado como uma oração, mas o Vaticano o chamou de "meditação". A Santa Sé informou que Francisco faria o mesmo.

Após a visita à mesquita, o papa atravessou de carro a grande esplanada de Sultanahmet, que leva à basílica de Santa Sofia, uma igreja bizantina construída no século VI. Foi transformada em mesquita após a conquista de Constantinopla pelo império otomano em 1453 e transformada em museu em 1934.

O Fórum de Governança da Internet (IGF, na sigla inglês), que começa nesta terça-feira, 02, em Istambul, deverá opor Brasil, associado à União Europeia, e Estados Unidos. Apesar de não ter poder vinculante, o IGF tratará da substituição dos americanos no contrato com a Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN), empresa da Califórnia que controla a distribuição de domínios e números IP em todo o mundo e opera sob contrato para o governo americano.

Sob bombardeio há anos por ter controle considerado desproporcional por alguns países sobre a internet, criada no país, os americanos não vão renovar o contrato com a ICANN, mas consideram que a empresa, sem fins lucrativos, pode operar por contra própria. Hoje, o Departamento de Comércio chancela todas as decisões da ICANN. Se o governo dos EUA não concordar com uma decisão, pode vetá-la. No entanto, mesmo os opositores reconhecem que isso nunca foi feito e a empresa tem liberdade para tomar decisões.

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Ainda assim, o formato criado pelos americanos para gerenciar um sistema que, inicialmente, conectava suas universidades, segue a lógica comercial e responde apenas juridicamente à Justiça da Califórnia, onde está a ICANN está sediada.

O fim do contrato da ICANN com o governo dos Estados Unidos é visto como uma oportunidade de mudar de dar mais voz ao resto do mundo no debate sobre o futuro da web. A tentativa de tornar as decisões sobre a internet mais inclusiva ganhou força depois de que foi revelado que o governo americano espionou líderes como a presidente Dilma Rousseff e a chanceler alemã Angela Merkel.

Hoje a empresa é gerenciada por um conselho administrador formado por representantes de diversos países, na sua maioria ligados a empresas, academia e sociedade civil. O governo brasileiro reconhece que a ICANN, na maioria das vezes, funciona, mas defende que o sistema pode ser aperfeiçoado.

Um dos aspectos citados pelo Brasil, países latino-americanos e europeus, foi a decisão recente da ICANN de abrir o registro de novos domínios, até então restritos a cerca de 20, os conhecidos .com, .org, .edu, por exemplo. Nesse processo, qualquer palavra pode passar a ser um domínio, comprado por um indivíduo ou empresa. Mais de 2 mil foram pedidos, a um preço de US$ 180 mil cada um.

Entre eles, palavras como .amazon, pedida pelo gigante americana de vendas online, e .patagonia, por uma empresa de roupas esportivas. Nenhum desses casos teve sucesso, depois de muita pressão de Brasil e Argentina, mas os europeus brigam ainda contra o registro das palavras .vin e .wine - vinho em francês e inglês, respectivamente -, obtido por empresas.

Brasil e UE veem uma terceira instância como uma possibilidade de evitar casos desse tipo. E também de aumentar a prestação de contas da empresa. Do lado americano, mesmo com a disposição a sair do contrato com a ICANN, não há disposição de grandes mudanças. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma explosão de gás em um prédio de cinco andares em Istambul feriu oito pessoas neste sábado, disseram autoridades do país.

O governador da província de Istambul, Huseyin Avni Mutlu, descartou a possibilidade de um ataque terrorista e explicou que o incidente foi causado por um vazamento de gás ou uma bomba de gás. A explosão ocorreu em uma oficina de embalagens no piso térreo do edifício, que causou um incêndio rapidamente extinto, relatou a agência de notícias Dogan.

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De acordo com o escritório de Mutlu, oito pessoas ficaram feridas na explosão; uma pessoa estava em estado grave. Um bombeiro foi tratado por inalação de fumaça, disse. Segundo o jornal Hurriyet, uma mulher grávida que pulou de uma sacada no segundo andar do prédio está entre os feridos.

É a segunda explosão causada por gás na Turquia nos últimos dias. Na sexta-feira, uma explosão em uma padaria na cidade de Denizli, no sudoeste, matou uma pessoa e feriu outras 36. Fonte: Associated Press.

Manifestantes se reuniram neste domingo em Istambul para lembrar o sétimo aniversário do assassinato do jornalista turco de origem armênia Hrant Dink, que ainda não foi solucionado.

"O Estado assassino deve prestar contas", bradavam milhares de manifestantes reunidos na Praça Taksim.

"Nós todos somos Hrant Dink. Nós todos somos armênios", gritavam também os manifestantes, pedindo justiça.

Hrant Dink, de 52 anos, uma figura conhecida da pequena comunidade armênia da Turquia, foi morto em plena luz do dia em 19 de janeiro de 2007 com dois tiros na cabeça, por um ultra-nacionalista de 17 anos diante da sede do Agos, jornal bilíngue turco-armênio que ele dirigia.

Hrant Dink trabalhava pela reconciliação entre turcos e armênios, mas era odiado pelos nacionalistas turcos por ter classificado como genocídio os massacres sofridos pelos armênios durante a Primeira Guerra Mundial.

Algumas pessoas estão convencidas de que os cérebros do ataque são protegidos pelo Estado e exigem uma investigação mais aprofundada que revele a identidade das autoridades envolvidas nesse assassinato.

Reforçando ainda mais a tese de um complô envolvendo as mais altas esferas do Estado, o ex-informante da polícia Erhan Turcel, acusado de ser uma das pessoas por trás do ataque, disse durante o seu julgamento, em dezembro, que a polícia não fez nada, mesmo sabendo o que estava sendo tramado.

O assassino de Hrant Dink, Ogun Samast, um estudante de 17 anos, na época, admitiu a culpa e foi condenado a 23 anos de prisão em 2011.

Menos de um ano depois, o suposto mentor do assassinato, Yasin Hayal, foi condenado por um tribunal de Istambul à prisão perpétua, mas os juízes absolveram outros 18 acusados, incluindo Erhan Turcel, por terem considerado que não houve complô.

Mas, em maio de 2013, a Corte de Cassação ordenou um novo processo, indicando a possibilidade de uma conspiração.

Foi definida neste domingo (20) a divisão dos dois grupos do Masters da WTA, torneio que reúne as oito melhores tenistas da temporada, a partir desta terça-feira (22), em Istambul, na Turquia. Pelo regulamento, elas se enfrentam dentro da própria chave, avançando as duas melhores de cada para as semifinais.

No Grupo Vermelho, ficaram a norte-americana Serena Williams, a polonesa Agnieszka Radwanska, a checa Petra Kvitova e a alemã Angelique Kerber. E na outra chave, denominada Branca, vão jogar a bielo-russa Victoria Azarenka, a chinesa Na Li, a italiana Sara Errani e a sérvia Jelena Jankovic.

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Líder do ranking, Serena é a grande favorita ao título, principalmente pela incrível temporada que ela vem tendo em 2013. Já foi campeã 10 vezes no ano, incluindo dois torneios do Grand Slam (Roland Garros e US Open). E vai tentar levantar o troféu do Masters pela quarta vez na carreira.

Na mesma chave de Serena, Kvitova também já conquistou o título do Masters da WTA, na edição de 2011, e hoje ocupa o sétimo lugar no ranking. O Grupo Vermelho ainda tem a participação da número 4 do mundo, Radwanska, e da número 10, Kerber.

No Grupo Branco, as quatro tenistas buscam o título inédito do Masters. Por ser a vice-líder do ranking, Azarenka parte como favorita na chave, que conta também com a número 5 do mundo, Na Li, a número 6, Errani, e a número 8, Jankovic.

Dessa vez, o Masters da WTA não contará com a participação da russa Maria Sharapova, número 3 do mundo e campeã do torneio em 2004. Contundida, ela desistiu da disputa em Istambul e só voltará a jogar no ano que vem.

Os responsáveis pela candidatura de Istambul aos Jogos Olímpicos de 2020 aproveitaram a apresentação final antes da escolha da sede do evento, neste sábado, em Buenos Aires para lançar uma forte mensagem de paz ao mundo, na sua última tentativa de conquistar votos dos membros do Comitê Olímpico Internacional (COI).

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, classificou Istambul como "a cidade da amizade e da paz", no momento em que sua região passa por um momento de instabilidade, entre outras razões, pela guerra civil na vizinha Síria. Precisamente, o conflito na Síria tem sido um dos maiores desafios para a candidatura de Istambul, cuja população é de maioria muçulmana e que é uma ponte entre a Europa e a Ásia.

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"Há uma grande necessidade de paz na região e vemos Istambul e os anéis olímpicos como um sinal de paz e amizade", disse Erdogan, recém-chegado da conferência do G20 em São Petersburgo. "Quando voava no avião disse para a minha equipe que iria falar em um idioma, o idioma universal do coração e da paz".

O responsável pela candidatura, Hasan Arat, disse que uma edição da Olimpíada em Istambul será benéfica não só para a Turquia, mas para toda a região. Ele também destacou a história da cidade.

"Os atletas competirão em alguns dos mais emblemáticos cenários do planeta", disse Arat. "Os ciclistas competirão ao lado das muralhas da cidade, de 2 mil anos de idade, os remadores irão competir ao longo da Torre de Leandro e os maratonistas atravessarão a ponte do Bósforo (que liga a Ásia com a Europa)".

Istambul também prometeu aplicar uma política de tolerância zero contra o doping e promoveu vigorosamente a economia nacional. Esta é a quinta tentativa da cidade turca de sediar a Olimpíada. Istambul tem Madri e Tóquio como adversárias para receber pela primeira vez o evento.

Um tribunal de Istambul anulou o polêmico projeto de reforma urbanística da Praça Taksim, que originou a onda de protestos contra o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan. O projeto previa a reconstrução de um antigo quartel otomano na praça do parque.

O advogado, Can Atalay, disse que a decisão do Tribunal não é final e que pode haver pedido de recurso para a Primeira Corte Administrativa da Turquia. O advogado entrou com a ação contra os planos em nome de uma câmara de arquitetos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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As três cidades que disputam o direito de sediar os Jogos Olímpicos de 2020 apresentaram nesta quarta-feira as suas propostas ao membros do Comitê Olímpico Internacional (COI), em encontro realizado em Lausanne, na Suíça, com a esperança de fortalecerem suas candidaturas e conquistarem apoios quando faltam dois meses para a escolha.

As apresentações de Istambul, Madri e Tóquio, realizadas na Assembleia Geral do COI, foram as primeiras feitas diretamente aos membros da entidade que votarão na escolha da sede da Olimpíada, que puderam conheceram os planos de cada uma das cidades candidatas. Cada delegação teve 45 minutos para realizar seus discursos e apresentar vídeos, com outros 45 minutos reservados para perguntas e respostas.

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Dos 100 membros do COI, 86 deles acompanharam a sessão, que pode ter papel decisivo na definição da escolha da sede da Olimpíada de 2020. A votação para definir a cidade que vai sediar a primeira edição do evento após a realização dos Jogos de 2016 no Rio está marcada para o dia 7 de setembro, em Buenos Aires.

Madri, apesar dos graves problemas financeiros da Espanha, destacou que pretende gastar muito menos recursos em infraestrutura do que as outras candidaturas porque 80% das sedes para receber as competições já existem, garantindo que não há riscos na candidatura.

A apresentação de Madri causou impacto positivo nos membros do COI principalmente por causa da presença do príncipe Felipe, ex-velejador olímpico, que foi porta-bandeira da Espanha nos Jogos de Barcelona, em 1992, e encantou os membros com seu discurso.

Primeira cidade a fazer a sua apresentação, Istambul pode ter sido afetada na disputa pela sede da Olimpíada de 2020 pelos protestos antigovernamentais que aconteceram na Turquia no mês passado. O tema, aliás, foi comentado durante a apresentação de Istambul nesta quarta. Os dirigentes turcos também fizeram questão de ressaltar a solidez econômica da Turquia e o seu crescimento em ritmo acelerado, em um contraponto com as rivais.

Já Tóquio defendeu ser uma "opção segura" em um momento de incerteza mundial nos campos político e econômico e apresentou uma iniciativa internacional para apoiar o esporte no exterior e lutar contra o doping. Além disso, destacou o apoio popular e lembrou que a realização da Olimpíada pode significar a volta por cima definitiva do Japão, assolado recentemente por terremotos, seguidos de um tsunami.

A polícia antidistúrbio voltou a entrar na praça Taksim, em Istambul, usando gás lacrimogêneo e canhões de água,

depois que milhares de manifestantes retornaram ao local na noite desta terça-feira. Mais cedo, os policiais já haviam derrubado as barricadas improvisadas erguidas no local e usado gás lacrimogêneo, balas de borracha e canhões de água contra os manifestantes que ocupam a área há mais de uma semana.

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A ação policial, que acontece no 12º dia de protestos nacionais contra o governo, deu início a confronto com grupos manifestantes durante a tarde. Outros manifestantes fugiram para o parque Gezi, nas proximidades, onde centenas de pessoas acampam na tentativa de impedir o corte de árvores do local.

Na medida em que a polícia avançava, tratores começaram a demolir as barricadas e os abrigos improvisados. Uma manifestação pacífica contra a reformulação do parque se transformou num teste para a autoridade do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan e mostrou a rejeição de muitos cidadãos em relação à sua forma de governo.

Erdogan, porém, deixou claro nesta terça-feira que sua paciência com os manifestantes chegou ao fim. Ele acusa os participantes de prejudicar a imagem da Turquia no exterior.

"Para aqueles que...estão em Taksim e em outras partes participando das manifestações com sentimentos sinceros, eu peço a vocês que saiam desses lugares e encerrem esses episódios e envio a vocês o meu amor. Mas, para aqueles que querem manter esses protestos eu digo: 'acabou'. A partir de agora não temos tolerância com eles", declarou Erdogan, falando na capital, Ancara, enquanto as manifestações aconteciam.

"Não apenas encerraremos essas ações, vamos avançar no pescoço dos provocadores e terroristas e ninguém vai escapar", acrescentou.

Erdogan fez as declarações antes de se reunir com o presidente Abdullah Gul para discutir os protestos, pela primeira vez desde que eles tiveram início. Ao contrário de Erdogan, Gul defendeu o direito dos cidadãos de expressar seus direitos democráticos.

Nesta terça-feira, a polícia deteve dois advogados que supostamente protestaram contra a repressão em Taksim, informou a agência privada de notícias Dogan. Colegas dos advogados correram para o tribunal para protestar contra a prisão e também foram detidos, informou a Dogan. De acordo com a agência estatal de notícias Anatólia, cerca de 50 advogados foram presos. Fonte: Associated Press.

Numa cena que fez lembrar a Primavera Árabe, milhares de pessoas lotaram a principal praça de Istambul neste sábado após a repressão policial a protestos contra o governo turco transformar as ruas da cidade num campo de batalha enevoado por gás lacrimogêneo.

Embora tenha oferecido algumas concessões aos manifestantes, o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, manteve o tom de desafio diante da maior ameaça popular a seu poder em uma década de mandato, afirmando que os protestos eram ilegítimos e não democráticos.

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Turcos urbanos e seculares reagiram com indignação após a polícia desfazer violentamente um protesto pacífico contra planos de expansão na praça, conhecida como Taksim. O projeto inclui a construção de um shopping center e a reconstrução de um antigo quartel do exército otomano.

O episódio causou reação de populares em Istambul e em várias outras cidades do país contra o que é percebido como um estilo de governo cada vez mais autoritário de Erdogan.

Com os protestos já em seu segundo dia, policiais usaram gás lacrimogêneo e jatos de água contra manifestantes enfurecidos, alguns dos quais lançaram pedras e garrafas durante uma marcha em direção à Taksim. Numa área normalmente repleta de turistas, lojas foram fechadas e os manifestantes fugiram para hotéis de luxo em busca de abrigo.

Posteriormente, as autoridades turcas removeram barricadas e permitiram que milhares de manifestantes ocupassem a praça numa tentativa de diminuir a tensão. Apesar do recuo da polícia, Erdogan prometeu manter o projeto do governo para a praça, que, segundo manifestantes, deverá acabar com um dos poucos espaços verdes de Istambul.

Erdogan chamou os manifestantes de "minoria", que tentou impor suas exigências à força, e desafiou a oposição dizendo que pode facilmente convocar um milhão de pessoas para uma manifestação pró-governo.

"Não estou dizendo que um governo que recebeu a maioria dos votos tem poderes ilimitados... e que pode fazer o que quiser", disse Erdogan em discurso transmitido pela televisão. "Da mesma forma que a maioria não pode impor sua vontade à minoria, a minoria não pode impor sua vontade à maioria", disse.

Centenas de pessoas ficaram feridas nos protestos, incluindo quatro pessoas que perderam a visão permanentemente após serem atingidas por cilindros de gás ou balas de plástico, segundo a Associação de Médicos da Turquia. Pelo menos outros dois feridos estariam correndo risco de morte. As informações são da Associated Press.

Cerca de 30 pessoas ficaram feridas, em sua maioria policiais, e 72 foram detidas pela polícia nesta quarta-feira em incidentes e violentos protestos que marcaram o 1º de maio em Istambul, anunciou o governador.

Istambul foi declarada "cidade fechada" e as concentrações foram proibidas na emblemática Praça Taksim, supostamente, por causa de obras.

"Vinte e dois agentes da polícia ficaram feridos nos incidentes", indicou o governador, Avni Mutlu, diante dos jornalistas, após os tumultos, indicando que um deles tinha sido submetido a uma cirurgia devido a um traumatismo craniano.

Três civis que participavam de protestos ficaram feridos, acrescentou, atribuindo a responsabilidade pelos incidentes a "grupos de marginais".

Jornalistas da AFP no local viram cerca de dez manifestantes feridos, a maior parte com problemas cardíacos causados pelo gás lacrimogêneo utilizado excessivamente pela polícia anti-motins.

Um fotógrafo da AFP foi agredido por manifestantes anarquistas nas imediações da Praça Taksim.

Apoiado por sua fanática torcida, o Fenerbahçe conseguiu aproveitar o fato de jogar em casa e abriu vantagem nas semifinais da Liga Europa. Depois de muito pressionar, o time turco derrotou o Benfica por 1 a 0, nesta quinta-feira, em Istambul. Agora, precisa do empate no jogo de volta, na próxima quinta, em Lisboa, para ir à final da competição.

Antes de chegar ao gol da vitória, o Fenerbahçe mandou três bolas na trave do adversário. A primeira delas foi logo aos 18 minutos, quando a cabeçada do atacante senegalês Sow explodiu no travessão. Ainda no primeiro tempo, o time turco teve a melhor chance: pênalti já nos acréscimos. Mas o volante brasileiro Cristian chutou na trave e desperdiçou a cobrança.

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Logo após o pênalti perdido, o árbitro apitou o final do primeiro tempo. E Cristian foi para os vestiários chorando bastante pelo erro cometido na cobrança, sendo consolado pelos companheiros enquanto andava pelo gramado. Na segunda etapa, porém, o Fenerbahçe continuou a pressão até conseguir o gol da importante vitória na Liga Europa.

Mas, antes de abrir o placar, o time turco ainda mandou mais uma bola na trave. Foi aos seis minutos, quando o atacante holandês Kuyt chutou cruzado e quase fez. O gol da vitória, no entanto, saiu aos 26. Após cobrança de escanteio de Cristian, Melgarejo tentou afastar e errou feio. A bola sobrou para Korkmaz cabecear e fazer 1 a 0 para o Fenerbahçe.

No lance decisivo, Jardel ainda deu um chutão para evitar o gol do adversário, mas a bola já tinha cruzado a linha e o lance foi validado pela arbitragem. Aliviado pela vantagem no placar, Cristian chorou mais uma vez. Depois disso, o Benfica bem que tentou buscar o empate, mas o Fenerbahçe segurou o resultado e saiu na frente nas semifinais.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) saiu com uma "impressão excelente" da candidatura de Istambul aos Jogos Olímpicos de 2020 e sublinhou nesta quarta-feira que os investimentos em infraestrutura serão feitos independentemente de a Turquia ser escolhida para sediar o evento.

No encerramento de uma viagem de quatro dias para avaliar a candidatura de Istambul aos Jogos Olímpicos, Craig Reedie, vice-presidente do COI, disse que a comissão de avaliação ficou impressionada com o apoio do governo e das empresas ao pleito da cidade turca. "Temos visto o entusiasmo pelos Jogos aqui em Istambul", disse.

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Istambul está competindo contra Madri e Tóquio. A comissão do COI já visitou as duas cidades. A entidade vai escolher a cidade anfitriã da Olimpíada de 2020 em votação secreta, no dia 7 de setembro, em Buenos Aires, na Argentina.

O orçamento de Istambul em infraestrutura prevê o investimento de US$ 19,2 bilhões, de longe o maior das três cidades candidatas, se comparado ao US$ 1,9 bilhão de Madri e aos US$ 4,9 bilhões de Tóquio. A ideia de Istambul é concentrar esses gastos no setor de transportes, um dos principais gargalos do país.

A Turquia, que vai comemorar o centenário da criação da república em 2023, diz que os projetos vão seguir, mesmo que a cidade não seja escolhida para receber a Olimpíada. "Isso é o que a cidade estima que vai gastar no momento dos Jogos", disse o diretor executivo do COI, Gilbert Felli. "Os trens, a estrada, a ferrovia, o desenvolvimento da nova cidade, isso é parte do que eles vão fazer de qualquer maneira para o aniversário de 2023 do país. Mesmo os Jogos não vindo para cá, isto será gasto".

A corrida para a escolha da sede dos Jogos Olímpicos de 2020 entrou em uma fase crucial nesta segunda-feira, quando as três candidatas a receber o evento apresentaram seus dossiês ao Comitê Olímpico Internacional (COI), exatamente oito meses antes da votação.

Os líderes das candidaturas de Istambul, Madri e Tóquio entregaram os seus documentos na sede do COI, em Lausanne, na Suíça, dando início a uma importante etapa da disputam entre as cidades, que tentam superar retrospectos negativos. Madri concorre pela terceira vez consecutiva, Tóquio pela segunda vez seguida e Istambul pela quinta vez no geral.

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A cidade japonesa é a única que já sediou o evento, em 1964. Istambul aposta no ineditismo de ser a primeira cidade de maioria muçulmana a receber uma Olimpíada. Já os responsáveis pela candidatura de Madri ressaltam a infraestrutura já existente como forma de minimizar os problemas financeiros da Espanha.

Os dossiês apresentam os projetos das cidades, com detalhes sobre locais de competição, orçamentos, garantias financeira, planos de segurança, acomodações e transportes, além de outros aspectos. Os documentos devem ser divulgadas publicamente pelas cidades candidatas nesta terça-feira.

A Comissão de Avaliação do COI, liderada pelo britânico Craig Reedie, vai visitar as cidades em março para preparar um relatório, que será entregue aos membros do comitê antes de uma reunião com os concorrentes em Lausanne, em julho. O COI irá escolherá a sede em uma votação secreta, em Buenos Aires, no dia 7 de setembro.

A disputa pela sede da Olimpíada de 2020 incluiu, inicialmente, seis candidatas, mas Roma abandonou o processo quando o governo italiano se recusou a oferecer apoio financeiro. Além disso, o COI eliminou Doha, no Catar, e Baku, no Azerbaijão, no ano passado.

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