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Antes de sua estreia no Brasil, o filme Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornellas, será exibido no New York Film Festival. O longa brasileiro foi selecionado para a Mais Slate, principal mostra do evento.

A 57ª edição do New York Film Festival acontece entre os dias 27 de setembro e 13 de outubro. O longa anterior de Kleber Mendonça Filho, Aquarius, também esteve no evento em 2016. Bacurau, por sua vez, já foi convidado para mais de 100 festivais e mostras ao redor do mundo. A produção conquistou o prêmio do júri no Festival de Cannes e o prêmio de melhor filme na principal mostra do Festival de Cinema de Munique.

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Bacurau é a segunda coprodução entre a CinemaScopio do Recife e a SBS em Paris, além da Lobo Films, Simio Filmes, Arte France Cinema, Telecine e Canal Brasil. O longa estreia no Brasil no dia 29 de agosto.

O Cineteatro Guarany, na cidade de Triunfo, no sertão pernambucano, será palco para mais uma edição do festival de Cinema de Triunfo. A 12ª edição do evento abre sua programação na próxima segunda (5), e até o dia 10 de agosto, promoverá a exibição de 33 produções selecionados para o festival. 

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Para esta edição, foram inscritos 344 filmes, entre curtas e longas. Os 33 escolhidos vão concorrer a diversas premiações, como o troféu Careta - que faz referência às tradicionais figuras dos caretas que percorrem as ruas da cidade durante o Carnaval; e prêmios em dinheiro para as categorias Melhor Longa e Melhor Curta, entre outras. A programação completa pode ser vista na internet. 

Este ano, os homenageados do festival são a atriz Lívia Falcão e o cineasta Kléber Mendonça, ambos pernambucanos. Além disso, o evento também oferece atividades formativas, como as oficinas Documentando, ministrada pelo professor de iniciação em cinema, Marlon Meirelles; e Laboratório de técnicas de atuação para o audiovisual, ministrada pela tecnóloga em artes dramáticas, Márcia Lohss. 

Serviço

12º Festival de Cinema de Triunfo

Segunda (5) a sábado (10)

Cineteatro Guarany - Triunfo

Gratuito



 

Bacurau, filme pernambucano dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, ganhou o seu primeiro trailer, nesta terça-feira (16). O longa, vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Cannes deste ano, estreia no dia 29 de agosto.

A obra de passa em um povoado que sofre com a morte da sua moradora mais antiga. Logo depois, o povo da cidade descobre que o vilarejo não existe mais nos mapas. Confira o trailer:

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O filme “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, conquistou o Prêmio Júri, considerado o terceiro mais importante do Festival de Cannes. O anúncio foi feito na tarde deste sábado (25).

A premiação de hoje deixa o Brasil com dois filmes vencedores no Festival de Cannes. Na sexta-feira (24), "A vida invisível de Eurídice Gusmão", dirigido por Karim Aïnouz, foi o vencedor da mostra Um Certo Olhar.

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“Bacurau” conta a história de um povoado sertanejo que sofre com a morte de Dona Carmelita, uma mulher querida e considerada a matriarca do local, e depois disso os moradores do local descobrem que a comunidade não está mais no mapa.

O longa marcou a volta de Kleber Mendonça ao Cannes três anos após concorrer ao Palma de Ouro, maior premiação do festival, com o filme “Aquarius”. “Bacurau” dividiu o prêmio com o filme "Les miserables", de  Ladj Ly.

O diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho afirmou nesta quinta-feira (16), no Festival de Cannes, que "apoia totalmente" os protestos estudantis registrados na véspera em seu país contra cortes na educação, dizendo que o Brasil parece uma "distopia" sob governo de Jair Bolsonaro.

Mendonça, que disputa a Palma de Ouro em Cannes com "Bacurau", sobre a resistência dos habitantes de uma cidade quando os assassinos tentam eliminá-los, disse apoiar totalmente as manifestações.

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"É muito importante em uma democracia se expressar quando você está insatisfeito", insistiu durante a entrevista coletiva do filme, codirigido por Juliano Dornelles.

"Bacurau" foi exibido em Cannes "em um momento em que existe essa ideia geral de destruir a cultura no Brasil, a arte em geral", completou, acrescentando que seu país se assemelha a uma "distopia em muitos aspectos".

Em 2016, o cineasta competiu em Cannes com "Aquarius". O diretor e sua equipe realizaram um protesto midiático no tapete vermelho para denunciar "um golpe de Estado" contra a então presidente Dilma Rousseff.

Sobre este protesto, Mendonça explicou que, no ano passado, a equipe recebeu uma notificação do governo do então presidente Michel Temer, exigindo que ele devolvesse todo dinheiro investido no filme - um fato "sem precedentes na história do financiamento do cinema brasileiro", segundo ele.

"Nenhum filme teve que pagar o dinheiro assim, especialmente para um filme que foi concluído e se tornou uma referência para o cinema brasileiro e internacional", acrescentou.

Uma notificação sobre este caso foi enviado de novo à equipe quando o Festival de Cannes anunciou em maio que "Bacurau" estaria na disputa pela Palma de Ouro, prosseguiu o cineasta.

"Não é uma coincidência, e estamos lidando com isso com os advogados", acrescentou ele.

Kleber Mendonça Filho também comentou sobre a presença do ator transsexual Silvero Pereira no filme, destacando a "necessidade de falar sobre isso em um país onde a violência contra a comunidade LGTB é absurda".

Desta vez o protesto não aconteceu no tapete vermelho, mas sim no próprio filme. O diretor Kleber Mendonça Filho apresentou nesta quarta-feira (15), em Cannes, "Bacurau", uma produção em que há muito sangue e grande carga política.

A história se passa num futuro muito próximo, na localidade sertaneja de Bacurau, que some do mapa. Os celulares param de funcionar, deixando os moradores isolados. Os assassinos têm carta branca para matar todo mundo.

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O terceiro longa-metragem de Mendonça, codirigido por Juliano Dornelles, seu diretor artístico até agora, compete pela Palma de Ouro, três anos depois de participar do festival com "Aquarius".

Na época, o cineasta protagonizou ao lado do elenco um protesto no tapete vermelho para denunciar "um golpe de Estado" contra a ex-presidente Dilma Rousseff.

"Este ano não terá protesto" contra o presidente Jair Bolsonaro, disse à AFP Mendonça horas antes da estreia. "O filme é suficiente".

- "Índios" com olhos azuis -

"Bacurau", carregada de cenas truculentas e uma estética inspirada nos filmes de faroeste dos anos 1970, pode ser encarado como um tributo às comunidades do interior do Brasil, que nesta produção não se deixam intimidar pelo grupo de assassinos americanos que trabalham para as autoridades locais.

"A diferença em relação aos westerns tradicionais é que os índios eram filmados de longe, só era possível ouvi-los gritar", explicou Dornelles. "Em Bacurau os índios são os louros com olhos azuis, mas nós nos aproximamos deles e os fizemos falar".

Com a participação de Sônia Braga -protagonista de "Aquarius", e do alemão Udo Kier-, Mendonça afirmou que esta produção serve "para suportar a loucura que está acontecendo agora" com Bolsonaro.

O diretor lembrou que o roteiro foi escrito anos antes do atual presidente brasileiro assumir o cargo.

Dornelles reconheceu que o roteiro original tinha muito mais humor. Mas os acontecimentos no país acabaram convertendo o filme numa história "muito mais séria".

Mendonça acrescentou: "Por exemplo, o Rio agora vive um momento deprimente, a nível municipal, estadual e federal. As pessoas estão se mudando para Recife (sua cidade natal) como se fossem refugiados e os estamos acolhendo, porque de alguma maneira continuamos protegidos cultural e politicamente".

- A poção mágica do Astérix -

Apesar disso, os diretores se deixam levar atrás da câmara pelos caminhos da imaginação. Convertidos em resistentes, os habitantes de Bacurau contra-atacam a sangue frio graças a uma potente droga que os impede de sentir medo para ser tão sanguinários como seus agressores.

"É como a poção mágica do Astérix!", disse Dornelles.

"Bacurau" foi exibido no segundo dia do Festival de Cannes, após a sessão de abertura com "Os Mortos Não Morrem", de Jim Jarmusch. Ambos filmes têm em comum o fato de terem a trama centrada em cidades do interior, cujos habitantes lutam com determinação contra invasores, que no caso da produção americana são zumbis.

A produção brasileira e "Dor e glória", de Pedro Almodóvar, são os único filmes ibero-americanos na competição oficial.

Curiosamente, Almodóvar e Mendonça foram os dois últimos cineastas ibero-americanos a concorrer à Palma de Ouro, ambos em 2016. Mas o prêmio ficou com "Eu, Daniel Blake", do britânico Ken Loach, que retorna à competição com "Sorry we missed you".

O longa Bacurau, filme do diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho acaba de ganhar seu primeiro teaser. A prévia do longa, que conta também com a direção de Juliano Dornelles, foi publicado, nessa sexta (10), na internet.

O filme é uma mistura de aventura e ficção científica e foi gravado no sertão. A trama fala sobre um pequeno povoado que sofre com a morte de uma moradora muito querida, Dona Carmelita. Após sua morte, a comunidade também desaparece dos mapas.

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Gravado no sertão do Seridó, divisa do Rio Grande do Norte com a Paraíba, o filme é uma co-produção Brasil Brasil-França e tem autoria e direção divididos entre Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Bacurau está concorrendo à Palma de Ouro, em Cannes. O festival acontece na França, entre os dias 14 e 25 de maio.

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A Secretaria do Audiovisual publicou, nesta sexta (3), no Diário Oficial da União (DOU), uma portaria que determina a devolução de R$ 2,2 milhões ao Fundo Nacional de Cultura usados na produção do filme pernambucano O Som ao Redor (2012), do cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho. A cobrança já havia sido feita em 2018 e, agora, segundo publicação no DOU, o realizador tem até 30 dias para efetuar a devolução do valor.

De acordo com a determinação, a devolução do dinheiro se deve a irregularidades na captação do filme, em 2012. Kleber pode recorrer ao Tribunal de Contas da União (TCU) mas, caso perca nessa esfera, sua produtora ficará impossibilitada de participar de editais e programas de incentivos ligadas ao Ministério da Cidadania, ao qual pertence atualmente a Secretaria do Audiovisual. No último mês de abril, a secretaria negou o último dos três recursos apresentados pelo cineasta.

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A cobrança foi feita ao realizador pernambucano em 2018. Na ocasião, ele se manifestou através de uma carta aberta, publicada no Facebook, se dizendo surpreso e indignado com a situação: "O Som ao Redor custou R$ 1,700,000,00 - Um milhão e setecentos mil reais - no seu processo de produção, nos anos de 2010 e 2011. Em câmbio corrigido do dia de hoje, O Som ao Redor custou 465 mil (quatrocentos e sessenta e cinco mil) dólares. O MinC (extinto Ministério da Cultura) deveria premiar produtores que fazem tanto e que vão tão longe com orçamento de cinema tão reconhecidamente enxuto".

A 22ª edição de um dos mais importantes festivais de cinema do país, o Cine PE, teve início na mesma semana em que o cineasta pernambucano Kléber Mendonça Filho protagonizou um verdadeiro embate com o Ministério da Cultura (Minc). Após receber uma cobrança de mais de R$ 2 milhões por um suposto erro no edital que financiou o longa O Som ao Redor, Kleber se manifestou através de carta que pública que recebeu, quase que imediatamente, resposta também pública por parte do órgão. Neste sábado (2), durante a terceira noite do festival, a polêmica foi tema para realizadores do audiovisual brasileiro. 

A cineasta pernambucana Kátia Mesel, uma das homenageadas do 22º Cine PE no ano em que completa 50 anos de carreira, ponderou: "Eu acho que é preciso analisar com muito cuidado os editais, mas espero que acabe tudo bem para o Kleber". Ela elogiou o trabalho do colega e se mostrou esperançosa de que o problema se resolverá em breve.

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Para Marcelo Botta, produtor do documentário paulista Marcha Cega, a situação pode parecer um tanto assustadora. "A gente pensa, a princípio, que o Minc tem que estar a serviço dos realizadores. A forma que foi cobrada a multa, chegou um boleto de dois milhões, não faz sentido. Mesmo que tenha havido algum equívoco, essa não seria a forma justa de consertar". O produtor frisou que, apesar de ser um entre tantos outros realizadores que trabalham de forma independente, é de suma importância o apoio de órgãos como o Minc: "Isso pode afetar o cinema numa escala que a gente não imagina, a gente torce para que seja um caso isolado e que dê tudo certo porque é muito importante ter a Ancine (Agência Nacional de Cinema) e o Minc fomentando o cinema no Brasil, é fundamental". 

O diretor Leonardo Martinelli e o montador Pedro Aquino, ambos responsáveis pelo documentário Vidas Cinzas, do Rio de Janeiro, também falaram a respeito. Leonardo, que antes da exibição do seu filme declarou sua admiração por Kléber Mendonça, disse estar frustrado com o caso: "Existe uma enorme frustração de ver um realizador brasileiro contemporâneo que é aclamado nacionalmente e internacionalmente ter que estar passando por uma situação dessa quando ele deveria estar produzindo muito mais. Ele está na pós-produção do terceiro longa dele e provavelmente vai ter que adiar o filme por um estresse que claramente é oriundo de uma perseguição claramente política e que não é gratuita".

Martinelli também fez questionamentos: "O filme (O som ao redor) foi finalizado há quase 10 anos e denúncias, como ele (Kléber) mesmo disse na carta aberta, surgirem de maneira tão abrupta é no mínimo estranho. É no mínimo de se questionar o por quê disso agora". Já o montador Pedro Aquino disse tratar-se de um caso de censura, assim como o assinato da vereadora carioca Marielle Franco que, coincidentemente, aparece em Vidas Cinzas: "Eu entendo que são dois atos de censura e dentro desse cenário de censura acho que é muito importante a gente continuar fazendo coisas e mostrando coisas que tenham a ver com dar voz". 

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O 'imbróglio' entre o cineasta Kleber Mendonça Filho e o Ministério da Cultura parece estar apenas começando. Após divulgar uma carta aberta em que questionava uma cobrança do Minc no valor de R$ 2,2 milhões, pelo filme O som ao redor, o diretor recebeu resposta da instituição através de uma nota oficial publicada na internet nesta quarta (30). 

No site oficial do Minc, uma carta publicada pela assessoria de comunicação do órgão rejeitou as colocações de Kleber de que o fato se tratava de "perseguição política" e de que não conseguia entrar em diálogo com o ministério, uma vez que suas tentativas de falar ao ministro Sérgio Sá Leitão haviam sido frustradas. 

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Nesta quarta (30), o cineasta compartilhou em suas redes sociais um abaixo assinadopara tentar marcar uma audiência com o ministro da cultura. Alguns nomes de atores, atrizes e produtores como Wagner Moura, Monica Iozzi, Maeve Jenkins, Renata Sorrah, Jesuíta Barbosa e Dira Paes, entre outros, estavam na solicitação das assinaturas. 

Confira a nota do Minc na íntegra.

 Em relação à "carta aberta" publicada pelo cineasta Kleber Mendonça Filho em redes sociais e divulgada por alguns veículos de imprensa, o Ministério da Cultura vem a público esclarecer que:

- Segue com absoluto rigor os dispositivos constitucionais, as leis e as demais normas que regem a Administração Pública Federal, obedecendo a todas as exigências inerentes ao devido processo legal.

- Pauta sua atuação pelo princípio da impessoalidade, pelo respeito à coisa pública e pela busca do bem comum, tomando as providências cabíveis sempre que há uma denúncia em assunto afeito à sua área de atuação.

- O procedimento adotado no caso do filme "O Som ao Redor" foi, assim, um imperativo legal e ético; e teve motivação e tratamento estritamente técnicos, com o cumprimento fiel do rito administrativo aplicável.

- A questão tem sido tratada em âmbito administrativo, sob a responsabilidade da Secretaria do Audiovisual. Todos os encaminhamentos até agora se restringem a esta esfera. Não houve no Processo Administrativo em curso participação do ministro Sérgio Sá Leitão.

- Após receber,  em 23 de janeiro de 2017, denúncia sobre um suposto descumprimento por parte da empresa Cinemascópio de regras do Edital de Concurso 3 da Secretaria do Audiovisual, de 2009, o MinC instaurou Processo Administrativo.

- Técnicos da Secretaria do Audiovisual constataram que houve de fato o descumprimento de regras do Edital. Diversas cláusulas vedavam orçamento superior a R$ 1,3 milhão, mas houve a captação e o efetivo uso de um valor maior para a realização do filme.

- Cumprindo a determinação legal e o previsto no Edital, assim como respeitando as etapas e as normas do Processo Administrativo, o MinC notificou a empresa proponente instando-a a devolver os recursos recebidos à União, corrigidos na forma da legislação vigente.

- Trata-se de regra prevista no Termo de Compromisso do Edital, que foi assinado por representante legal da empresa proponente no dia 13 de outubro de 2009. Havia, portanto, prévio e pleno conhecimento das normas do Concurso.

- A empresa proponente até agora não exerceu o seu direito legal de recorrer da decisão de cobrança, comunicada em 29 de março de 2018. O prazo inicialmente estipulado para o pagamento venceu, sem que houvesse manifestação formal da parte. Nem pagamento.

- Jamais o MinC se recusou a dialogar com a empresa responsável pelo projeto. Em todas as etapas do Processo Administrativo tem sido respeitados os princípios do contraditório e da ampla defesa. A parte notificada não é o cineasta, mas a empresa Cinemascópio.

- O advogado da empresa foi recebido no dia 23 de maio de 2018 pelo Gabinete do Ministro e pela Consultoria Jurídica do MinC, a seu pedido, ocasião em que os esclarecimentos solicitados foram prestados e houve a indicação da possibilidade de recurso em âmbito administrativo.

- A fim de que não pairem dúvidas sobre o efetivo compromisso do MinC com os princípios do contraditório e da ampla defesa, a SAV está expedindo nova notificação à Cinemascópio, que terá um prazo de dez dias para recorrer da decisão ou efetuar o pagamento.

- Além do recurso mencionado, a empresa ainda poderá apresentar, caso persista o interesse, pedido de reconsideração e pedido de revisão, cumpridas as exigências legais. Trata-se de procedimento regular.

- Questões externas ao fato gerador da denúncia, como a relevância da obra ou o talento e o prestígio de seus realizadores, não podem influenciar a tomada de decisão no campo da Administração Pública. Se há constatação de irregularidade, providências devem ser tomadas, qualquer que seja a parte responsável.

- O MinC rejeita veementemente a insinuação irresponsável e sem base nos fatos de que haveria "perseguição política" e "atentado à liberdade de expressão" no caso. A instituição está apenas cumprido a sua obrigação legal e ética, de modo técnico e isento.

- Também rejeita, com igual veemência, a acusação de que estaria fechado ao diálogo. Não há registro no Gabinete do Ministro ou no celular funcional do ministro de pedido de audiência por parte de Kleber Mendonça Filho. Para que houvesse audiência, teria sido preciso pedir.

- Por que a Cinemascópio não exerceu o direito de recorrer da decisão? Por que, em vez do caminho legal, institucional e administrativo, optou por pessoalizar a questão e tratá-la em redes sociais, com insinuações? São perguntas que só seus sócios podem responder.

- A sociedade brasileira exige de seus governantes respeito máximo à coisa pública, à ética e ao estado de direito, assim como à verdade. É o que a gestão atual do MinC pratica diariamente, de modo incansável, em relação a este e aos demais assuntos da pasta. 

Assessoria de Comunicação

Ministério da Cultura

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O cineasta Kleber Mendonça Filho publicou uma carta aberta, nesta terça (29), em sua página do Facebook, falando sobre a cobrança do Ministério da Cultura (Minc) relacionada ao filme O som ao redor. A empresa de Kleber está sendo cobrada no valor de R$ 2,2 milhões sob a alegação de ter vencido um edital federal de forma irregular. 

Iniciando a carta, o cineasta fala sobre o susto que tomou ao receber a notificação do Minc no dia 29 de março: "Estávamos no Sertão do Seridó, no Rio Grande do Norte, quando a comunicação do MinC nos informou que todo o dinheiro do Edital de Baixo Orçamento utilizado na realização de O Som ao Redor, meu primeiro longa metragem, realizado em 2010, teria de ser devolvido". Kleber também alegar ter tentado entrar em contato, desde então, com o ministro da cultura, Sérgio Sá Leitão e sua equipe, mas não obteve sucesso. 

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O cineasta pernambucano também apontou seu espanto por ter sido notificado após o referido filme ter sido indicado para representar o Brasil no Oscar, em 2013 e mencionou a atual situação do país: " No Brasil dos últimos tempos, a nossa capacidade de expressar indignação como cidadãos vem sendo diminuída, creio que por dormência". 

Em seguida, Kleber falou sobre os números envolvidos na produção do longa O som ao redor: "O Som ao Redor custou R$ 1,700,000,00 - Um milhão e setecentos mil reais - no seu processo de produção, nos anos de 2010 e 2011. Em câmbio corrigido do dia de hoje, O Som ao Redor custou 465 mil (quatrocentos e sessenta e cinco mil) dólares. O MinC deveria premiar produtores que fazem tanto e que vão tão longe com orçamento de cinema tão reconhecidamente enxuto".

O diretor também destacou pontos do edital do Concurso de Apoio à Produção de Longas Metragens de Baixo Orçamento do ano de 2009, que contemplou o filme e questionou: "Como fica impactada a produção cultural brasileira atual, com sentimento de vulnerabilidade incompatível com um pensamento democrático, a partir de um incidente como este? Não trata-se de uma questão privada, mas de liberdade de expressão". Finalizando, Kleber declarou que seguirá fazendo cinema: " seguiremos dignos. Foi por isso que filmei O Som ao Redor, Aquarius e agora Bacurau, com personagens que interagem com o Brasil, mas o fazem entendendo o quanto são dignos".

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O cineasta Kleber Mendonça Filho está sendo cobrado pelo Ministério da Cultura a devolver uma verba captada para o filme "O Som ao Redor" (2013). Segundo o MinC, o longa do pernambucano venceu irregularmente um edital federal de 2009 que visava patrocinar produções de baixo orçamento. O valor atualizado pelo ministério chega a R$ 2,2 milhões, e pagamento deveria ter sido efetuado até o último dia 9 de maio.

 De acordo com o jornal Folha de São Paulo, Fabiano Machado da Rosa, advogado do diretor, disse que a decisão do MinC é “uma medida desproporcional, injusta e excessiva”. Fabiano afirma que o filme foi entregue no prazo, contestando a penalidade.

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O edital do MinC determinou na época que seriam aceitos apenas projetos que chegassem a aproximadamente R$ 1,3 milhão. A Agência Nacional de Cinema (Ancine) recebeu da produtora do filme um orçamento de R$ R$ 1.494.991, 15% maior que a quantia estipulada pelo órgão público federal, redimensionando esse valor para R$ 1.949.690.  

A divergência foi identificada pela área técnica da Ancine e direcionada, em 2010, à Secretaria do Audiovisual, do MinC. A cotação foi ignorada e "O Som ao Redor" conseguiu captar R$ 1.709.978.

 Em abril de 2017, a empresa de Kleber Mendonça e da esposa Emilie Lasclaux foi notificada pelo Ministério da Cultura a pagar R$ 2.162.052,68, restante total referente ao que foi alcançado através do recurso público para realizar a obra cinematográfica. O casal deveria ter pago a quantia no prazo de 10 dias, desde o recebimento da pena, mas nada foi feito. 

Mendonça Filho, durante o processo, disse à Secretaria do Audiovisual que o projeto não ultrapassou o recurso de R$ 1,3 milhão, sendo que R$ 1 milhão foi do ministério e R$ 300 mil da Petrobrás.

Além do teto determinado pelo órgão, os R$ 410 mil captados para o filme foram recebidos através de outro edital, do governo de Pernambuco.  O acúmulo das fontes, segundo o cineasta, recebeu a aprovação da Ancine. 

O LeiaJá tentou contato por telefone com o diretor Kleber Mendonça Filho, mas ele não atendeu às nossas ligações.

A parceria entre Kleber Mendonça Filho e Sônia Braga vai se repetir no novo longa do diretor pernambucano, 'Bacurau'. Na fase final das gravações, o cineasta usou as redes sociais para compartilhar imagens dos bastidores e teceu elogios à atriz."Honra ter Sonia Braga pela segunda vez num filme, depois da experiência em AQUARIUS. Sonia está em BACURAU", escreveu.

As cenas do filme são rodadas no Sertão do Seridó, interior do Rio Grande do Norte. ‘Bacuaru’ mistura aventura e suspense e ainda não tem previsão de lançamento. Esse é o terceiro longa de Kleber Mendonça. Além de 'Aquarius', ele também dirigiu 'O som ao redor', lançado em 2013.  

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À frente do Janela Internacional de Cinema do Recife,que vai até o próximo domingo (12), o diretor Kleber Mendonça Filho reafirma o compromisso social e o cunho político do festival. Com o tema 'Heroínas', a décima edição do Janela lança luz no protagonismo feminino.

"O festival é fruto da sociedade e ele deve ser reflexo dela através da arte. Então, para mim, não existe a possibilidade de um festival de cinema ou de teatro que não seja um reflexo honesto do que está acontecendo na nossa sociedade", contou em entrevista ao LeiaJá. Ele ainda afirmou que o 'Janela' é um mensageiro e que utiliza os filmes para representar diversas questões latentes no mundo.

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Diante da atual conjuntura política, o cineasta falou sobre a responsabilidade da arte nesse cenário. "Os filmes refletem uma gama de pensamento e fazer cinema é, com certeza, um ato político. Isso é muito discutido no Janela de maneira muito pontiaguda".

Nas semanas que antecederam o festival, o equipamento cultural passou por problemas no projetor que quase inviabilizaram a sua realização. Mesmo assim, durante a exibição de algumas produções houve problemas no áudio e legendas. De acordo com Kleber, o maquinário foi consertado e os contratempos no evento foram pequenos.

"Doi dias antes do festival, a gente estava tentando resolver o problema. Infelizmente problemas técnicos podem acontecer e este ano a gente teve mais problemas com legendas do que na edição passada. Isso é lamentável e eu peço desculpas por isso".

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São mais de 60 anos de história e resistência. O Cinema São Luiz, na área central do Recife, se afirma como um dos equipamentos culturais mais importantes da cidade, responsável por exibições de clássicos e produções locais, nacionais e internacionais e palco de festivais da sétima arte.  

Neste sábado (11), guiados pelo programador Geraldo Pinho e pelo diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho, os visitantes puderam conhecer cada espaço do prédio e suas histórias. “Me pareceu muito natural oferecer esse tour guiado através de Geraldo Pinho, cujo trabalho e personalidade se misturam a história do São Luiz e a exibição cinematográfica da cidade”, explica Kleber Mendonça.

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Os olhares curiosos e ouvidos atentos para cada explicação. "No início, nesse espaço se tinha várias coisas. Era cinema, mas também funcionavam escritórios. Muitas vezes, eu estava vendo um filme e, de repente, passava uma pessoa e eu ficava sem entender nada", relembra Geraldo. Nos andares e salas que formam o São Luiz é fácil perceber as marcas do tempo. Muitos que acompanhavam a visitação nem chegaram a vivenciar as mudanças do espaço.

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Projetista desde 1982, João Bosco Pereira já perdeu a noção de quantos filmes viu, mas relembra que ‘Indiana Jones’ o marcou. Além disso, ele conta que diante das transformações, no que se refere à verticalização da cidade, temia que o cinema não resistisse à especulação imobiliária. “Teve uma época em que várias construções antigas do Recife estavam se transformando em igrejas e prédio. Por um tempo, fiquei pensando que isso iria acontecer. Mas, ele continua aqui dando alegria para todos”. 

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O Teatro Municipal do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (6), foi palco do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Na noite, os destaques foram ‘Aquarius’ - filme de Kleber Mendonça Filho que trata da demolição de um prédio tradicional para que uma construtora possa fazer sua obra monumental no lugar - e ‘Elis’, sobre a vida da cantora Elis Regina.

O longa do cineasta pernambucano levou para casa os prêmios de melhor filme de ficção de melhor diretor. Kleber não pôde comparecer a premiação e foi representado pela produtora Emilie Lesclaux.  “Nestes tempos de retrocesso, a cultura é uma arma de construção em massa, liberta e oxigena”, disse ela em seu discurso.

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Já a cinebiografia de Elis Regina foi vencedora em sete prêmios diferentes, a maioria em categorias técnicas: fotografia, montagem de ficção, direção de arte, trilha sonora original, som, maquiagem, figurino e melhor atriz para Andréa Horta, que em seu agradecimento brincou “ainda vou morrer de tanto viver”. E completou: “Que o cinema, como o amor de verdade, nos faça evolui e abrir espaços. Lutemos contra a insensibilidade até o fim”.

‘Boi Neon’, de Gabriel Mascaro, recebeu os troféus das categorias de melhor direção de fotografia (dividido com ‘Elis’), melhor roteiro original (dividido com ‘BR716’) e melhor ator para Juliano Cazarré. ‘Minha Mãe é Uma Peça’ também surpreendeu e levou o premio de melhor roteiro adaptado (juntamente a ‘Big Jato’).

Confira a lista completa:

Melhor longa-metragem de ficção

"Aquarius", de Kleber Mendonça Filho

Melhor longa-metragem estrangeiro

"A chegada", de Denis Villeneuve

Melhor longa-metragem comédia

"O Shaolin do sertão", Halder Gomes

Melhor longa-metragem documentário

"Cinema Novo", de Eryk Rocha, e "Menino 23 — Infâncias perdidas no Brasil", de Belisario Franca.

Melhor direção

Kleber Mendonça Filho, por "Aquarius"

Melhor ator coadjuvante

Flavio Bauraqui, como Octávio Ignácio, em "Nise – o coração da loucura"

Melhor atriz coadjuvante

Laura Cardoso, como Yolanda, em "De onde eu te vejo"

Melhor ator

Juliano Cazarré, como Iremar, em "Boi Neon"

Melhor atriz

Andréia Horta, como Elis, em "Elis"

Melhor roteiro adaptado

Fil Braz e Paulo Gustavo, "Minha mãe é uma peça 2"

Hilton Lacerda e Ana Carolina Francisco, "Big Jato"

Melhor roteiro original

Domingos Oliveira, "BR716" e Gabriel Mascaro, "Boi Neon"

Melhor montagem documentário

Renato Vallone, "Cinema Novo"

Melhor montagem ficção

Tiago Feliciano, "Elis"

Melhor direção de fotografia

Adrian Teijido, "Elis" e Diego Garcia, "Boi Neon"

Melhor direção de arte

Frederico Pinto, "Elis"

Melhor trilha sonora

Mateus Alves, "Aquarius"

Melhor trilha sonora original

Otavio de Moraes, "Elis"

Melhor som

Jorge Rezende, Alessandro Laroca, Armando Torres Jr. e Eduardo Virmond Lima, "Elis"

Melhor efeito visual

Marcelo Siqueira, "Pequeno segredo"

Melhor maquiagem

Anna Van Steen, "Elis"

Melhor figurino

Cristina Camargo, "Elis"

Melhor curta-metragem animação

"Vida de boneco", de Flávio Gomes

Melhor curta-metragem ficção

"O melhor som do mundo" de Pedro Paulo de Andrade

Melhor curta-metragem documentário

"Buscando Helena" de Ana Amélia Macedo e Roberto Berliner

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A Academia anunciou, nessa quarta-feira (28), os 774 novos membros que serão responsáveis por escolher os indicados do Oscar 2018. Foram chamados 91 pessoas a mais do que no ano anterior. Representando o Brasil nessa lista estão os nomes do ator Rodrigo Santoro, o cineasta e diretor de fotografia Walter Carvalho ("Carandiru" e "Central do Brasil"), o diretor Cacá Diegues ("Bye Bye Brasil" e "Tieta do Agreste") e o cineasta pernambucano Kléber Mendonça Filho, que na ultima edição teve seu filme "Aquarius" cotado para uma indicação ao prêmio, mas que no fim foi cortado.

Um destaque este ano é o aumento da diversidade na comissão da Academia, em resposta aos protestos que originaram a hashtag #OscarSoWhite. Entre os membros convidados, 30% são negros e 39% são mulheres. Sete categorias indicaram mais mulheres do que homens para sua comissão, sendo elas a de atores, elenco, diretores, figurinistas, documentários, executivos e editores de filmes. 

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Entre os nomes que escolherão os indicados ao Oscar 2018 estão também atores conhecidos pela sua presença em blockbusters como Chris Evans, Chris Hemsworth, Dwayne Johnson, Kristen Stewart e Gal Gadot. A mais velha das convidadas este ano foi Betty White, aos 95 anos de idade, e a mais nova foi Elle Fanning, de 19. 

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Um ano após denunciar no tapete vermelho de Cannes um "golpe de Estado" de Michel Temer no Brasil, o cineasta Kleber Mendonça se uniu aos crescentes pedidos de renúncia do presidente por acusações de corrupção.

"Há um ano, tínhamos certeza de que isso ia passar", disse à AFP Mendonça, diretor de "Aquarius", em alusão aos protestos em massa que pedem há vários dias a saída do presidente conservador, especialmente depois da divulgação de uma comprometedora gravação.

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"Agora é mais difícil prever o que irá acontecer porque a situação é muito confusa". Mas Temer "deve sim" renunciar. "É como se o pneu de um carro estivesse furado e o motorista não quisesse trocar, e sim continuar dirigindo", comentou o cineasta.

Kleber Mendonça está em Cannes como presidente do júri da Semana da Crítica, uma seção paralela do Festival. No ano passado, o cineasta brasileiro, que competia pela Palma de Ouro com "Aquarius", chamou a atenção da mídia mundial quando junto com a protagonista Sonia Braga e com o resto de sua equipe denunciou no tapete vermelho um "golpe de Estado" contra a então presidente Dilma Rousseff.

"Não vejo o que fizemos como um ato heroico, agimos como simples cidadãos". "Nos últimos 12 meses o governo de Temer tem desmoronado", enquanto "não se provou nada" contra Dilma e Lula, acusados de corrupção, acrescentou.

Agora, entre os diretores brasileiros, "cada um faz a sua parte, mas acredito que deveríamos nos organizar melhor e nos expressarmos juntos, escrever uma carta ou fazer um vídeo".

Em fevereiro do ano passado, diretores e profissionais da indústria cinematográfica brasileira apresentaram uma carta no Festival de Berlim pedindo o apoio de seus colegas internacionais contra o que consideravam ameaças do governo Temer à cultura.

O governo brasileiro "oficialmente afirma que nada mudará para a cultura [...] mas vamos vendo várias coisas que não apontam nesse sentido. É sutil e cínico. Como se você pedisse um almoço e o garçom dissesse que iria trazê-lo, ainda que não tenha comida". "Isso aconteceu com a sabotagem a 'Aquarius' no Oscar", que não foi selecionado apesar de ter sido bem recebido no Brasil e no exterior.

Para o cineasta, com a chegada dos conservadores ao poder "começaram a criticar tudo o que tem a ver com o pensamento. Os intelectuais são tratados como idiotas", disse, acrescentando que este é o caso também nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Embora admita que seja "terrível dizer", assegura que nos momentos de crise às vezes nasce o melhor da arte. "Quando alguém está enojado, frustrado, isso acaba se tornando poesia, literatura ou filme".

Explicou que já está trabalhando em sua próxima produção sobre uma pequena comunidade no país que descobre ter um talento especial para a violência. "Não sei se será político ou não, isso o espectador decidirá".

O cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho será investigado pelo Ministério Público Federal por possíveis atos de improbidade administrativa. O inquérito foi aberto no último dia 9. O processo é fruto de uma denúncia anônima, recebida pelo órgão, ainda em novembro do ano passado.

O diretor é acusado de acúmulo de funções. Durante as filmagens do longa Aquarius, Kleber era coordenador de Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), cargo que exigia dedicação exclusiva. A ação investigará a compatibilidade entre a função no órgão público e o trabalho no filme.

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Outra acusação é a inscrição de Aquarius no Sistema de Acompanhamento de Leis de Incentivo a Cultura e sua aprovação pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) para captação de recursos da Lei de Audivisual. Segundo o órgão, a inscrição foi feita pela produtora Cinemascópio Produções Cinematográficas, que tem Kleber como detentor de 48%. A ação também aponta o cineasta como sócio administrador da Domínio Público Ltda. O regime dos servidores da União veda a participação de funcionários em gerência ou administração de sociedade privada.

Levando isso em consideração, o Ministério Público Federal questiona o recebimento de incentivos por essas empresas. Segundo o órgão, servidor público do Ministério da Cultura não pode receber incentivo pelo Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), que regula a Lei Rouanet.

Aquarius foi alvo de polêmica no Festival de Cinema de Cannes de 2016, quando Kleber Mendonça Filho e o elenco do filme protestaram contra o impeachment de Dilma Rousseff. Na ocasião foram exibidos cartazes que exibiam frases como "Parem o golpe no Brasil" e "O Brasil já não é uma democracia".

O filme ‘Aquarius’, do cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho, conquistou na última segunda-feira (30) mais um prêmio fora do Brasil. O longa estrelado por Sônia Braga, que se passa na capital pernambucana, venceu na categoria de melhor filme estrangeiro, na cerimônia do Sindicato de Críticos de Cinema da França.

Outro destaque que marcou o evento foi a nomeação de filmes de fora da França terem sido vencedores das categorias. A exemplo de ‘Elle’, do holandês Paul Verhoeven, que também foi contemplado como melhor filme. Apesar das polêmicas do filme no Brasil, ‘Aquarius’ também já foi contemplado como melhor filme em outros festivais como o de Cinema de Sydney, na Austrália; no World Cinema Amsterdam, na Holanda, além de ter sido indicado para concorrer para melhor filme estrangeiro no Cesar, considerado Oscar Francês, que irá acontecer no dia 24 deste mês

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Confira o trailer:

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