Tópicos | Londres

A plataforma americana Uber pode continuar operando em Londres, decidiu nesta segunda-feira (28) um tribunal britânico, que revogou uma decisão das autoridades municipais que suspenderam a licença da empresa alegando riscos de segurança para os passageiros.

Depois de reconhecer as "deficiências do passado", o juiz Tan Ikram, da corte de magistrados de Londres, decidiu que o Uber fez as modificações necessárias e agora está apto para operar na capital britânica.

##RECOMENDA##

"Esta decisão é um reconhecimento ao compromisso do Uber com a segurança e seguiremos trabalhando de forma construtiva com a TfL", afirmou a plataforma em um comunicado, no qual celebra a vitória em um de seus principais mercados mundiais.

A Autoridade de Transporte de Londres (TfL) havia revogado a licença da empresa em novembro, depois de detectar problemas com a identidade de alguns motoristas, mas a plataforma seguiu funcionando normalmente à espera da decisão do tribunal.

A TfL afirmou ter "identificado um padrão de falhas por parte da empresa, incluindo várias infrações que colocaram em risco os passageiros e sua segurança".

Entre estas, figurava o elevado número de "motoristas não autorizados registrados na plataforma que se aproveitam das vulnerabilidades do aplicativo para transportar milhares de passageiros".

"Um problema chave identificado" no aplicativo permitiu que dezenas de motoristas sem nenhum controle falsificassem suas identidades, inserindo fotografias nos perfis de outros motoristas. Isso "ocorreu em pelo menos 14.000 viagens", afirmou a TfL na época.

"Outra falha permitiu a motoristas expulsos ou suspensos criar uma nova conta no Uber e continuar trabalhando como se nada tivesse acontecido", completou a agência.

Posteriormente, as autoridades londrinas reconheceram que o Uber fez algumas mudanças positivas, como a possibilidade de que os passageiros entrem em contato direto com a polícia ou os serviços de emergência por meio do próprio aplicativo, mas as consideraram insuficientes.

A empresa, no entanto, garante que desde então resolveu todos os problemas do seu aplicativo móvel, que o juiz Ikram considerou satisfatório.

O magistrado também disse considerar que o Uber não recorreu contra as conclusões da TfL, mas da alegação de que não tinha levado a sério os problemas de segurança.

"Agora parece estar na vanguarda quanto à segurança de seus serviços e fez os esforços necessários", considerou o juiz.

Os tribunais devem decidir agora quanto tempo vai durar a nova licença concedida ao Uber, que afirma ter 45.000 motoristas e mais de 3,5 milhões de clientes na capital britânica.

Autoridades britânicas e europeias participam nesta quinta-feira (10) em uma reunião de crise em Londres e a UE exigirá explicações sobre a intenção de Boris Johnson de modificar o acordo do Brexit, uma violação do direito internacional que pode levar o caso aos tribunais.

O vice-presidente da Comissão Europeia, Maros Sefcovic, chegou nesta quinta-feira à capital britânica para reunir-se com o influente ministro de Gabinete, Michael Gove. O eslovaco solicitou o encontro em caráter de urgência para "obter explicações do Reino Unido".

"Eu vim expressar a séria preocupação da União Europeia Europeia com o projeto de lei proposto", disse Sefcovic à imprensa. Ele não falou sobre uma eventual quebra de confiança com o Reino Unido: "Vamos ouvir o que Gove me dirá esta tarde".

Os dois devem ter um encontro antes da reunião formal do comitê conjunto que supervisiona o divórcio.

Depois, os negociadores britânico, David Frost, e europeu, Michel Barnier, celebrarão a última reunião da oitava rodada de conversações em busca de um acordo comercial que estabeleça as relações entre Londres e Bruxelas a partir de 1 de janeiro de 2021, que após meses de paralisação, parecem agora em sério perigo.

Johnson ameaçou na segunda-feira abandonar as negociações caso não aconteçam avanços ate outubro.

E na quarta-feira apresentou ao Parlamento um "projeto de lei de mercado interno" que, entre outras coisas, modifica a aplicação de tarifas e controles alfandegários para a província da Irlanda do Norte previstos no acordo de divórcio.

Em vigor desde a saída efetiva do Reino Unido do bloco em 31 de janeiro, o Tratado de Retirada está registrado no direito internacional e é, portanto, vinculante.

A possibilidade de que Johnson, que afirma agora ter descoberto que os dispositivos sobre a Irlanda do Norte imporiam uma separação administrativa com o resto do país, ignore os compromissos e não respeite o que assinou provocou indignação entre os 27.

De Bruxelas a Dublin, passando por Paris e Berlim, a preocupação é patente no momento em que as negociações comerciais alcançam um ponto crítico: para ser ratificado a tempo, um eventual acordo deveria ser concluído em outubro.

E embora garantam que continuarão lutando para obter um tratado de livre comércio que evite o caos dos dois lados do Canal da Mancha, a UE adverte que a negociação não pode avançar com a quebra de confiança entre as partes.

O Reino Unido, com uma economia já abalada pela pandemia de covid-19, voltou a sofrer com o fantasma de uma ruptura brutal com seu principal sócio comercial, uma situação que desvalorizou a libra esterlina.

Se o encontro entre Sefcovic e Gove não acalmar Bruxelas, a UE poderia levar o Reino Unido ao Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE).

"O descumprimento das obrigações do Acordo de Retirada abriria caminho para recursos legais", afirma um rascunho preparado pelos embaixadores da UE e ao qual a AFP teve acesso.

"Assim que o projeto de lei for aprovado, a Comissão pode iniciar um procedimento de infração contra o Reino Unido por violação das obrigações de boa fé", afirma.

A decisão de Johnson recebeu críticas até dentro do Partido Conservador, incluindo os ex-primeiros-ministros Theresa May e John Major, que citaram os danos à credibilidade do país.

O governo britânico defendeu nesta quarta-feira (9) a sua decisão de reverter alguns compromissos assumidos no âmbito do Brexit, em uma suposta violação do direito internacional, o que dificulta ainda mais as já complexas negociações com a União Europeia (UE) sobre a sua futura relação.

Publicadas no início da tarde, as alterações visam "garantir a fluidez e segurança do nosso mercado interno britânico", explicou o primeiro-ministro Boris Johnson aos deputados.

No que diz respeito, em particular, aos regimes aduaneiros na Irlanda do Norte, destinam-se a facilitar o comércio dentro do Reino Unido após o final do período de transição pós-Brexit, que terminará no final de dezembro.

Mas, ao modificar um documento com status de tratado internacional, o texto "viola o direito internacional de uma forma muito específica e limitada", como admitiu o próprio ministro responsável para a Irlanda do Norte, Brandon Lewis.

O projeto de lei britânico "violaria o direito internacional e minaria a confiança" entre os dois parceiros, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

A mudança surpreendente de Londres acrescenta combustível às já difíceis negociações com a UE sobre um acordo comercial pós-Brexit. Expõe Londres a "graves consequências" de Bruxelas, advertiu o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli.

O vice-primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, comparou a manobra do governo britânico a um ato "suicida", que "saiu pela culatra", desencadeando uma onda de reações negativas.

Criticado até em seu próprio campo, inclusive pela ex-chefe de Governo Theresa May, Boris Johnson defendeu seu projeto diante dos deputados durante a sessão semanal de perguntas ao primeiro-ministro.

O líder dos separatistas escoceses do SNP na Câmara dos Comuns, Ian Blackford, acusou-o de se considerar "acima da lei".

- Barnier quer explicações -

Enquanto defende sua manobra, o governo conduz uma delicada oitava sessão de negociações com a UE, que teve início na terça-feira e deve prosseguir até quinta-feira.

Em Londres, o negociador da UE Michel Barnier buscará esclarecimentos sobre os últimos desenvolvimentos.

"Estamos com um espírito construtivo, mas firmes", disse à AFP o secretário de Estado francês para Assuntos Europeus, Clément Beaune, em coletiva conjunta com seu colega alemão, Michael Roth, em Berlim.

No texto original, o protocolo norte-irlandês visa garantir a ausência de uma fronteira física entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda, membro da UE, e evitar tensões nesta região, marcada por três décadas de agitação até a assinatura dos Acordos de Paz da Sexta-feira Santa em 1998.

O retorno dos controles alfandegários aumenta os temores de novas tensões na província britânica.

Trata-se de "proteger o nosso país da interpretação extrema ou irracional do protocolo, que poderia conduzir a uma fronteira no Mar da Irlanda de uma forma que, na minha opinião, seria prejudicial para os interesses do acordo da Sexta-feira Santa e prejudicial aos interesses da paz em nosso país", defendeu Johnson.

O Reino Unido deixou formalmente a UE em 31 de janeiro, quase quatro anos após um referendo que marcou o fim de 46 anos de um casamento difícil.

Mas o país de seguir as regras europeias até o final de dezembro, um período de transição durante o qual as duas partes tentam concluir um acordo de livre comércio. O resultado das negociações permanece incerto.

Antes do início da oitava rodada de negociações, o negociador britânico David Frost pediu à UE que "seja mais realista sobre o status de país independente" do Reino Unido.

As negociações esbarram, em particular, na pesca e nas condições de concorrência. O tempo está acabado. Bruxelas quer um acordo até o final de outubro para permitir a ratificação a tempo.

O primeiro-ministro Boris Johnson, por sua vez, alertou que, na falta de um acordo até a reunião de cúpula europeia de 15 de outubro, ele ficaria satisfeito com um "no deal", apesar dos riscos econômicos.

Como uma afronta à pandemia de coronavírus, a lendária banda de rock Rolling Stones abrirá sua primeira loja no mundo na quarta-feira (9) em Londres, no coração do distrito de Soho, que viu o cenário musical britânico florescer na década de 1960.

"Por que abrir uma loja no meio de uma pandemia? É nosso eterno otimismo", brincou o líder da banda, Mick Jagger, de 77 anos, em um vídeo divulgado antes da abertura. No interior, a famosa logo dos Rolling Stones estampa camisetas, jaquetas, palhetas para quem quiser imitar o guitarrista Keith Richards, passando por guarda-chuvas e garrafas d'água.

##RECOMENDA##

Sua linha de máscaras, com a famosa língua colocada corretamente na altura da boca, promete ser um sucesso, mas a equipe que está por trás deste projeto espera que seja mais do que uma simples loja. As telas gigantes reproduzem décadas dos shows da banda, enquanto seus maiores sucessos deleitam os ouvidos dos clientes.

No chão, painéis transparentes com letras de músicas permitem ver o porão. Toda a decoração respeita fielmente a linha visual preta e vermelha do grupo de rock. "Era muito importante para nós que fosse toda uma experiência", explica David Boyne, diretor-geral de Bravado, a empresa encarregada do marketing de produtos da Universal Music.

"Meu espaço favorito é a sala à prova de som com seus painéis acústicos e grandes luzes de neon vermelhas", acrescenta, afirmando que é um lugar ideal para tirar fotos destinadas às redes sociais.

Para ele, a localização da loja, no coração de Carnaby Street, era essencial. "David Bowie, The Who e claro que os Rolling Stones frequentavam este bairro", disse entusiasmado.

"Trabalhávamos neste bairro, ensaiávamos lá, costumávamos comer lá", explica Jagger no vídeo, recordando a época em que a banda "costumava dar um passeio pela rua Carnaby antes de se tornarem famosos".

Desde que os comércios fecharam no final de março, devido à pandemia, curiosos e clientes abandonaram esta área do centro de Londres conhecida por suas lojas, agora reabertas. A Bravado espera que sua tão esperada nova loja ajude a revitalizá-la e dê "um grande impulso ao comércio".

O governo britânico está preparando um texto legislativo que pode anular partes do acordo de retirada da União Europeia (UE) firmado em 2019. Isso ameaça prejudicar as negociações comerciais entre Londres e Bruxelas.

A informação, adiantada pelo jornal Financial Times, coincide com o ultimato dado pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, para que Londres e Bruxelas cheguem a um acordo sobre sua futura relação comercial para este 15 de outubro.

##RECOMENDA##

Caso contrário, seu país finalizará a desconexão do bloco europeu sem pacto quando o período de transição terminar, em 31 de dezembro. As ameaças do Executivo conservador do Reino Unido vêm à tona antes que outra rodada de conversações entre o negociador britânico, David Frost, e o principal representante da União Europeia para o Brexit, Michel Barnier, comece hoje.

Ontem, Barnier, alertou que todos os compromissos alcançados "devem ser respeitados". "É um sinal de confiança no futuro", insistiu Barnier em entrevista à rádio France Inter.

O representante da UE disse que abordará esta questão com seu homólogo britânico durante a oitava rodada de negociações sobre as relações pós-Brexit entre a comunidade europeia e o Reino Unido esta semana. "O que é importante para mim é o que o primeiro-ministro diz e faz, e o que o governo britânico diz e faz", enfatizou.

Quanto à Irlanda do Norte, Barnier insistiu que não deveria haver fronteira terrestre. "É a condição para uma economia unida e coerente em toda a ilha e também para que todo o mercado único seja respeitado."

O Reino Unido deixou formalmente a UE em 31 de janeiro - no chamado Brexit -, cerca de quatro anos depois de um referendo histórico que marcou o fim de quase 50 anos de adesão ao bloco. Até o final deste ano, o país continuará regido por regulamentações europeias. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um homem, que não foi identificado, levando um soco no rosto e desmaiando depois de cometer racismo com um grupo de jovens negros que estavam no metrô em Londres, neste último domingo (16). 

O racista aparece desacompanhado no vídeo, discutindo com uma mulher que está ao seu lado e grita a palavra "violência". Em seguida, ele provoca o grupo de jovens negros dizendo palavras racistas como "menos que nós" e "animais de estimação". "Essa é a minha casa. Todos vocês sabem disso", diz. 

##RECOMENDA##

Uma mulher, que filma a atitude do homem, o questiona e ele manda ela calar a boca e a chama de "puta". Quando o metrô para, antes de deixar o vagão, um dos jovens dá um soco no racista, que cai no chão desmaiado.

Uma mulher se aproxima do homem desmaiado para conferir o seu pulso, outros passageiros se aglomeram para ver a situação do homem, que segue desacordado. 

[@#video#@]

Várias residências da rainha Elizabeth II voltarão a abrir as portas ao público no fim do mês, após o fechamento motivado pelo confinamento contra o coronavírus, anunciou nesta quarta-feira a Royal Collection Trust, agência que administra os imóveis.

O castelo de Windsor, que fica 40 km ao oeste de Londres, onde a monarca de 94 anos e seu marido, Philip, de 99, estão confinados desde o início da pandemia, abrirá para visitas com reservas a partir de 23 de julho.

No mesmo dia devem reabrir as portas em Londres os estábulos reais e a Galeria da Rainha, ambos no Palácio de Buckingham, e na Escócia o Palácio de Holyroodhouse, residência oficial da soberana em Edimburgo.

Porém, os salões estatais do Palácio de Buckingham, a Frogmore House, no complexo de Windsor, e a Clarence House, residência do príncipe Charles em Londres, permanecerão fechados durante os meses de verão "devido aos desafios operacionais do distanciamento social", informou a agência.

A Royal Collection Trust, que administra a coleção real de arte e o acesso público às residências oficiais, sofreu uma importante queda do faturamento que a obrigou a planejar demissões voluntárias e o congelamento de salários.

"As previsões de faturamento para este ano fiscal foram revisadas dos 77 milhões de libras previstos originalmente para 13 milhões de libras. Com base nas atuais hipóteses de custos, acredita-se que a Royal Collection Trust terá uma perda de 30 milhões de libras ao final de 2020/21", afirma um comunicado.

Os visitantes precisam reservar os ingressos com antecedência e seguir medidas de distanciamento, como os trajetos em sentido único para limitar a propagação do coronavírus.

As negociações entre o Reino Unido e a União Europeia em busca de um acordo de livre-comércio para o pós-Brexit foram transferidas esta semana para Londres, à medida que o tempo se esgota para alcançar um acordo.

O Reino Unido deve receber nesta segunda-feira (6) o negociador da UE, Michel Barnier, mas um porta-voz de Downing Street disse que as negociações começam apenas na terça.

"As negociações desta semana são um pouco mais informais (...) É obviamente uma oportunidade de continuar conversando e ver que progressos podem ser feitos", acrescentou.

A rodada anterior terminou antecipadamente na semana passada em Bruxelas, devido à falta de entendimento entre as partes. Após quatro dias de discussões, "ainda existem profundas divergências", dissera Barnier.

Seu colega britânico para o tema, David Frost, falou de "diferenças significativas que persistem em várias questões importantes".

Entre os requisitos da UE, está a garantia de condições equitativas em matéria fiscal, ambiental, trabalhista e de ajuda pública. Outras barreiras giram em torno da demanda europeia de acesso de seus barcos de pesca aos ricos pesqueiros britânicos e da recusa de Londres a permitir que a Justiça da UE participe do futuro acordo.

O Reino Unido deixou a UE, oficialmente, em 31 de janeiro. Permanece no mercado único e na união aduaneira, enquanto negocia a relação comercial que manterá com o bloco no final do período de transição, em 31 de dezembro.

O governo Boris Johnson se recusa a estender esse período. Assim, um acordo teria de ser alcançado em outubro para dar tempo para as respectivas ratificações parlamentares antes do fim do ano.

Se a negociação fracassar, as relações entre as partes deverão ser regidas pelas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), o que implicaria tarifas e controles mais altos.

O primeiro-ministro Boris Johnson deve anunciar este mês sua decisão de retirar progressivamente os equipamentos do fabricante chinês Huawei da rede 5G britânica - informa o jornal "Financial Times" nesta segunda-feira (6), citando fontes do governo.

Já o ministro Oliver Dowden, responsável pelo setor Digital, Cultura, Mídia e Esportes, reafirmou hoje, em entrevista à Sky News, que o Executivo busca "diversificar seus equipamentos para reduzir a participação de fornecedores de alto risco, dos quais a Huawei é o principal".

##RECOMENDA##

Segundo o FT, Johnson tem a intenção de excluir a Huawei, principalmente, porque as sanções americanas anunciadas em maio colocariam - conforme um relatório britânico de Segurança Nacional - dúvidas "muito, muito graves" sobre a capacidade de a Huawei continuar fornecendo material para a rede britânica 5G.

Dowden confirmou ter recebido um informe do Centro Nacional de Cibersegurança sobre o impacto das sanções dos Estados Unidos na Huawei e afirmou que podem impor "obstáculos".

Estas sanções estão desenhadas, entre outros pontos, para impedir o acesso da Huawei aos semicondutores feitos com componentes americanos.

Nesse contexto, o governo britânico se preocupa com que os chineses recorram a equipamentos de substituição que possam oferecer novos riscos de segurança, completa o jornal.

O governo de Donald Trump acusa a Huawei de espionar para Pequim e está pressionando, no mundo todo, para que seja excluído das redes de Internet móvel de última geração.

A Huawei sempre negou as acusações de espionagem e diz que se trata, na verdade, de uma guerra comercial.

Em janeiro passado, Londres havia dado sinal verde para a participação da Huawei em infraestruturas não estratégicas de sua rede 5G, limitando sua participação a 35%.

Em maio, porém, a imprensa britânica informou que Johnson estava reexaminando os vínculos do governo chinês com a Huawei e considerava a possibilidade de excluir o grupo de seu 5G até 2023.

Em apoio ao movimento Black Lives Matters (vidas negras importam, em tradução livre), uma pintura da Última Ceia mostrando um Jesus negro, diferente do que se é pregado pelo imaginário Ocidental, foi colocada na reabertura da Catedral católica de ST Albans, no Reino Unido, no Altar dos Perseguidores.

O quadro é da artista Lorna May Wadsworth. A obra original, pintada em 2010, havia sido alvo de um tiro quando foi exibida em uma igreja de Gloucestershire, na região sudoeste da Inglaterra.

##RECOMENDA##

Usando um modelo jamaicano de base para a sua interpretação da obra de Leonardo da Vinci, Lorna aponta que a releitura é para "fazer as pessoas questionarem o mito ocidental de que Jesus tinha cabelo claro e olhos azuis".

[@#video#@]

Segundo a BBC, os responsáveis pela catedral confirmaram que a obra foi colocada para convidar os fiéis a "olhar com olhos renovados para algo que você pensa que já conhece".

Shelley Hayles, um dos representantes do movimento Black Lives Matters, disse à BBC que parte da sociedade não tem problema em aceitar um retrato "impreciso" do Jesus branco, mas são rápidos em questionar o Jesus preto. "Esse é só mais um exemplo do racismo sistêmico do Reino Unido", apontou.

A catedral que estampou a pintura do Jesus negro se posicionou dizendo: "nós apoiamos o movimento Black Lives Matter como aliados em prol da mudança, construindo uma comunidade forte e justa onde a dignidade de todos os seres humanos é honrada e celebrada, onde as vozes pretas são ouvidas, e onde vidas negras importam".

A Justiça britânica sentenciou nesta sexta-feira (26) à prisão perpétua um jovem de 18 anos com distúrbios psicológicos que jogou em agosto passado um menino francês de seis anos do décimo andar do museu Tate Modern, em Londres.

Jonty Bravery, que tinha 17 anos na época dos fatos, havia se declarado culpado em dezembro de tentativa de homicídio, e o tribunal criminal de Old Bailey devia decidir enviá-lo para um hospital especializado ou, como ele escolheu, à prisão.

Em suas motivações, a presidente do tribunal manteve a premeditação e a periculosidade do acusado. Ela ressaltou a gravidade dos ferimentos sofridos pela vítima, cuja vida "nunca mais será a mesma".

"O que você fez e a maneira como agiu antes e depois dos fatos provam que você representa e continua a representar um sério perigo para a sociedade", declarou.

Em 4 de agosto de 2019, Jonty Bravery empurrou a criança, então com seis anos de idade, por cima da grade da plataforma de observação do museu de arte moderna localizado na margem sul do Tamisa.

O garoto caiu em um telhado no quinto andar, cerca de trinta metros abaixo. Sofreu uma hemorragia cerebral e múltiplas fraturas na coluna vertebral, pernas e braços.

"Não se sabe se ele se recuperará completamente", disse a promotora Deanna Heer na audiência de quinta-feira, onde o acusado apareceu por videoconferência do hospital de segurança máxima de Broadmoor (sul da Inglaterra).

- "Sim, sou louco" -

O acusado, que sofre de autismo e transtornos de personalidade, era atendido por uma instituição especializada.

Com comportamento violento, havia mostrado sinais de melhora nos meses que antecederam o crime, a ponto de beneficiar de saídas desacompanhado, por um período de quatro horas.

No dia do incidente, ele primeiro tentou comprar uma passagem para o mirante do Shard, o arranha-céu mais alto do Reino Unido. Mas não tinha dinheiro suficiente. Depois de perguntar onde encontrar um prédio alto nas proximidades, foi ao Tate Modern e sua plataforma aberta ao público.

Várias testemunhas descreveram o estranho comportamento do jovem, que foi em direção à criança que se afastara um pouco dos pais. Antes de perceber o que acabara de acontecer, o pai da criança por um momento acreditou ser uma piada, pensando que havia uma rede por baixo.

"Sim, eu sou louco", disse então Jonty Bravery diante de testemunhas atordoadas por seu "grande sorriso", braços erguidos e sua "calma" após o gesto. Ele foi cercado pelo público e depois preso.

Essa reação "chocante" teve origem no transtorno mental do acusado, segundo seu advogado, Philippa McAtasney.

De acordo com as informações coletadas durante a investigação, ele explicou que tinha ouvido vozes dizendo para ferir ou matar pessoas. Questionado sobre as razões de seu gesto, evocou "uma longa história".

"Não é minha culpa", mas dos serviços médicos e sociais que precisavam cuidar dele, declarou. Segundo ele, devia ser preso porque não havia recebido o tratamento correto.

Em uma declaração lida na audiência, os pais da vítima consideraram que "palavras não são suficientes para descrever o horror" dos atos do acusado. Vivendo na incerteza sobre o que será o futuro de seu filho, temem que ele nunca mais possa confiar em ninguém e que verá em alguém que é estranho uma "ameaça".

Centenas de pessoas em Londres desafiaram neste domingo as restrições de saúde da pandemia e manifestaram-se perto da embaixada dos Estados Unidos para protestar contra a morte de um cidadão americano negro nas mãos da polícia.

Os manifestantes cantaram "sem justiça, sem paz" e exibiam cartazes com a inscrição "Black Lives Matter", uma das frases mais ouvidas em protestos nos Estados Unidos após a morte de George Floyd na segunda-feira durante sua prisão em Minneapolis.

Centenas de pessoas haviam se reunido anteriormente na Trafalgar Square, no centro de Londres, em memória dos afro-americanos mortos.

Os presentes se ajoelharam por nove minutos, tempo que um policial pressionou o pescoço de Floyd com o joelho.

Embora muitos manifestantes usassem máscaras, era difícil respeitar a distância social imposta para conter a pandemia do novo coronavírus.

O Imperial College de Londres e a gigante de telecomunicações Huawei confirmaram nesta terça-feira (19) uma parceria de 5 milhões de libras, que permitirá que o grupo chinês financie um novo centro de tecnologia.

A universidade e o fornecedor de equipamentos de telecomunicações, que já colaboram há quase uma década, ressaltaram em um comunicado conjunto que essa parceria foi estabelecida por cinco anos.

##RECOMENDA##

O Imperial College disse à AFP que o valor da parceria era de 5 milhões de libras em benefício da universidade.

A Huawei fornecerá a rede 5G e uma plataforma on-line de inteligência artificial em um campus de Londres do Imperial College para ajudar no trabalho de um centro de tecnologia.

"Estamos muito satisfeitos em fornecer nossas tecnologias e experiências a um parceiro acadêmico para ajudar na inovação", declarou Victor Zhang, vice-presidente da Huawei e chefe do escritório londrino da fabricante de equipamentos.

Por sua parte, Ian Walmsley, reitor do Imperial College, saudou a parceria com a Huawei.

"A experiência da Huawei em tecnologia sem fio ajudará nossos pesquisadores, estudantes e empresas parceiras a liderar a próxima geração de inovações digitais", disse ele.

Essa parceria, revelada pela imprensa britânica no fim de semana, despertou a ira de alguns deputados, principalmente porque o Imperial College é um dos dois "pioneiros" britânicos na busca de uma vacina contra o novo coronavírus.

Parlamentares conservadores já se manifestaram contra a decisão do primeiro-ministro Boris Johnson de permitir a participação limitada da gigante chinesa no desenvolvimento da rede móvel 5G do Reino Unido em meio a temores de espionagem do Estado chinês.

O governo britânico afirmou nesta quinta-feira (14) que negocia com o grupo farmacêutico suíço Roche para adquirir rapidamente grandes quantidades de seu teste de anticorpos para coronavírus, classificado como "extremamente confiável" por especialistas do governo.

Esse tipo de teste pode determinar se uma pessoa já foi infectada com o novo coronavírus. No entanto, a questão da imunidade continua sendo objeto de debate, pois a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou em abril que não está provado que aqueles que já se infectaram uma vez não podem contrair a doença novamente.

"O teste desenvolvido pela Roche parece ser extremamente confiável, recebeu autorização das autoridades de saúde pública da Inglaterra (...) e atualmente estamos conversando com a Roche sobre esse assunto", disse à BBC o secretário de Estado de Saúde, Edward Argar.

"Estamos muito interessados em disponibilizar esse teste o mais rápido possível, pois ele tem o potencial de fazer uma diferença real", declarou.

Argar explicou que o teste se destina inicialmente a ser aplicado como uma prioridade ao pessoal da saúde que luta contra a pandemia e depois à população em geral.

"Se você tem um nível de imunidade, pode mudar a maneira de trabalhar, porque pode voltar ao trabalho sabendo que não se contaminará novamente", disse ele.

O professor John Newton, coordenador nacional do programa de testes de coronavírus do Reino Unido, descreveu esta etapa como "muito positiva".

O teste "pode indicar alguma imunidade a futuras infecções", disse ele ao The Telegraph, enfatizando que "até que ponto a presença de anticorpos indica imunidade permanece incerta".

A pandemia causou 33.186 mortes no Reino Unido, de acordo com o último balanço das autoridades de saúde na quarta-feira. Mas a realidade parece muito mais séria, porque o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS) contabilizou mais de 36.000 óbitos com causa provável a Covid-19.

O ONS deve publicar os resultados de um estudo piloto sobre o número de pessoas na Inglaterra afetadas pelo coronavírus nesta quinta-feira à tarde.

Uma funcionária do trem de Londres, na Inglaterra, morreu da Covid-19 após levar uma cuspida de um passageiro infectado, apontam familiares. Belly Mujinga, de 47 anos, já possuía histórico de problemas respiratórios e chegou a ser entubada com um respirador.

"É terrível perder a pessoa que você ama tão rapidamente. Temos certeza de que ela pegou o vírus do homem que cuspiu nela, e poderia ter sido tão facilmente evitado. Ela estava muito chateada e com muito medo", contou o marido Lusamba, ao Mirror.

##RECOMENDA##

Mesmo internada no Barnet Hospital, a profissional não resistiu aos sintomas e morreu em abril. Apenas dez pessoas puderam comparecer no funeral. Uma colega também ficou doente ao ser atingida.

Antes de morrer, Belly ainda fez uma chamada de vídeo e pôde se despedir da filha Ingrid, de 11 anos. O porta-voz do primeiro-ministro Boris Johnson prestou condolências à família. "Nossos pensamentos estão com a família da sra. Mujinga neste momento terrível", disse.

O prefeito de Londres, Sadiq Khan, afirmou nesta terça-feira (12) que ainda é cedo para o retorno dos jogos do Campeonato Inglês, devido à pandemia do novo coronavírus. A capital britânica é a sede de cinco times da competição, caso de Arsenal, Chelsea, Crystal Palace, Tottenham e West Ham.

De acordo com o gabinete do prefeito, a competição só deveria ser retomada quando "for seguro para jogar". "Sadiq está preocupado com o bem-estar dos atletas que vão competir em todas as modalidades profissionais, e não apenas o futebol", completou o gabinete, em comunicado.

##RECOMENDA##

O Reino Unido foi dos mais atingidos pela covid-19 na Europa. É o terceiro no continente com mais infectados, com mais de 219.187 casos confirmados. No total, são pelo menos 31.855 mortes.

"Há grandes questões a serem respondidas ainda: como os jogadores poderão treinar com segurança? Como vão viajar para os jogos e como eles poderão jogar de forma competitiva sem qualquer risco de espalhar a infecção", afirmou o comunicado do gabinete do prefeito.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro Boris Johnson disse que os eventos esportivos no Reino Unido poderão ser retomados em junho se não houver nenhum outro pico da covid-19.

Faltando nove rodadas para o fim do Campeonato Inglês, o Liverpool lidera com ampla vantagem, de 25 pontos, sobre o vice-líder Manchester City. O primeiro colocado só precisa de mais duas vitórias para confirmar o título. As partidas foram paralisadas em março.

O carnaval do bairro Notting Hill, de Londres, que reúne milhares de pessoas todos os anos no final de agosto, foi cancelado, devido à pandemia do novo coronavírus - anunciaram os organizadores nesta quinta-feira (7).

Este ano, "o carnaval não será realizado nas ruas de Notting Hill, como se vinha fazendo há mais de 50 anos", afirma o comunicado divulgado pelos organizadores publicado na página on-line do evento.

##RECOMENDA##

"Não foi uma decisão fácil de tomar, mas a realidade da pandemia de COVID-19 e a forma como está evoluindo fazem supor que esta é a única opção segura", acrescenta o texto, ressaltando que "em primeiro lugar, vem a saúde das pessoas".

Este carnaval tem suas raízes nos festivais de música do Caribe dos anos 1950 depois da primeira onda de migrantes das antigas colônias, após a Segunda Guerra Mundial.

Esta celebração de dois dias da cultura britânica caribenha se caracteriza por dançarinos ornados de plumas, bandas de metal e sons que retumbam a terra.

Os organizadores do Notting Hill Carnival Ltd. estão planejando um evento "alternativo" este ano, que "esperamos que possa levar o espírito do Carnaval às pessoas na segurança de seus lares e fazê-las se sentirem conectadas e envolvidas".

"Em breve, daremos mais informações de como será", anunciaram.

Um dos países mais afetados pela pandemia, o Reino Unido está há sete semanas confinado.

As ruas de Londres serão transformadas, com calçadas mais amplas para pedestres e mais ciclovias, com o objetivo de facilitar o distanciamento físico contra a propagação do coronavírus, anunciou nesta quarta-feira (6) o prefeito Sadiq Khan.

As medidas pretendem evitar que os transportes públicos fiquem sobrecarregados no momento de retorno dos britânicos ao trabalho e promover alternativas às poluentes viagens de automóveis.

As mudanças podem multiplicar por 10 o número de quilômetros percorridos de bicicleta e por cinco a área para caminhadas após o fim do confinamento, informaram a prefeitura e a autoridade de transporte londrina em um comunicado.

Para concretizar a ideia, Londres criará uma nova rede temporária de ciclovias, seguindo o exemplo de cidades como Berlim ou Nova York, que já modificaram suas ruas para facilitar os deslocamentos de bicicleta.

Além disso, as calçadas serão ampliadas nas ruas comerciais para permitir que as pessoas respeitem a distância durante as caminhadas ou nas filas nas entradas das lojas. Para permitir as mudanças, estacionamentos e faixas de carros serão realocadas.

"A capacidade de nosso transporte público será consideravelmente reduzida após o coronavírus devido aos enormes desafios que enfrentamos em termos de distanciamento social", afirmou o trabalhista Khan.

O prefeito pediu aos que podem trabalhar de casa que prossigam com a medida e afirmou que deseja ajudar aqueles que precisam se deslocar até o local de trabalho".

Khan também quer permitir "aos muitos londrinos que redescobriram a alegria de caminhar ou viajar de bicicleta durante o confinamento" que façam isto em segurança.

Na periferia sul de Londres, os policiais da "Operação Nogi" minimizam a solidão de idosos, fazendo visitas regularmente e levando produtos essenciais durante a epidemia do coronavírus.

Usando luvas e uniforme, Simon Hardwick e Liam Hack conversam por dez minutos, a cerca de três metros, com Gwendalyn Iles, na frente da porta de sua casa de tijolos vermelhos.

Para a senhora de 94 anos, a epidemia "realmente não a incomoda". Ela sai de vez em quando para fazer compras e, "além disso, fala com seu gato".

Há várias semanas, os dois policiais locais percorrem as ruas de Croydon, no sul de Londres, em um veículo fretado pela "Operação Nogi", para atender os idosos mais vulneráveis.

"Algumas pessoas que visitamos nos disseram que éramos as primeiras pessoas com quem interagiram desde que o coronavírus apareceu", disse Lian Hack à AFP. Como Gwendalyn, muitos idosos isolados foram deixados sem ajuda em casa.

A princípio, o objetivo desta operação, lançada pela polícia meses antes da pandemia, era acompanhar os idosos e, sobretudo, praticar a prevenção em casa, uma vez que a maioria dos moradores visitados pelos agentes foram vítimas de assaltos ou golpes.

"Isso geralmente impede que sejam vítimas novamente ou que aconteça algo, e isso os acalma um pouco", explica Hack. É que alguns golpistas não hesitam em tirar proveito da crise de saúde e do confinamento estabelecido em 23 de março.

Naquela mesma manhã, a dupla foi ver Sidney Alder, de 91 anos, e que teve 300 euros roubados após deixar seu cartão de crédito com um "bom samaritano" que se ofereceu para comprar seus remédios para que ele evitasse sair à rua.

Com a COVID-19, a campanha policial foi adaptada e as visitas duram no máximo 15 minutos (anteriormente duravam uma hora) e são realizadas de acordo com os regulamentos de proteção estabelecidos pelo governo: a dois metros de distância, usando luvas e às vezes uma máscara.

Além de suas missões regulares, a polícia pergunta aos idosos sobre como estão se cuidando ou como podem ajudá-los a obter comida e outras necessidades, e às vezes os colocam em contato com organizações sociais.

Os agentes de segurança também distribuem kits com produtos básicos, doados por alguns supermercados locais que desejavam participar da iniciativa.

De acordo com Liam Hack, "é extremamente importante, agora mais do que nunca, irmos ao local para ver pessoas".

O governo britânico estuda, nesta quinta-feira (9), a necessidade de prolongar o confinamento após as primeiras três semanas, uma decisão que deve ser tomada nos próximos dias sem o primeiro-ministro Boris Johnson, ainda em tratamento intensivo, embora "melhorando".

O núcleo duro do Executivo e seus consultores médicos e científicos vão se reunir no comitê governamental de resposta a crises, conhecido como COBRA, presidido pelo ministro das Relações Exteriores, Domic Raab, que substitui Johnson interinamente.

O "COBRA determinará o caminho para a revisão (do confinamento), mas no momento estamos tendendo a manter as recomendações", declarou o ministro da Cultura, Oliver Dowden, à BBC.

No entanto, ele alertou, que não se deve esperar um resultado imediato: "a revisão ocorrerá na próxima semana".

"Quando tivermos a oportunidade de realizar mudanças, o faremos, mas agora não é a hora", disse, começando a conscientizar os britânicos de que a situação, iniciada há quase três semanas, provavelmente continuará, como está acontecendo em outros países europeus.

O confinamento no Reino Unido é menos rigoroso do que em outros países vizinhos. Seus habitantes estão autorizados a sair para trabalhar - caso seja absolutamente necessário -, fazer compras, ir ao médico e fazer exercícios físicos, algo totalmente proibido, por exemplo, na Espanha.

O exercício físico é teoricamente limitado a uma vez por dia, mas, diferentemente da França, não exige uma justificativa por escrito, não há controle policial eficaz e os parques estão lotados de pessoas correndo.

Com a chegada do feriado de Páscoa, as autoridades multiplicaram as mensagens nos meios convencionais e redes sociais insistindo para que as pessoas "fiquem em casa".

- Johnson, "se senta" e "conversa" -

Único líder de uma grande potência doente com COVID-19, Johnson, de 55 anos, está há quatro dias na unidade de terapia intensiva do Hospital St Thomas de Londres, perto de Westminster.

"Está estável, melhorando, consegue se sentar e conversou com o pessoal médico", afirmou o ministro das Finanças Rishi Sunak. "Acredito que as coisas estão melhores", acrescentou.

O governo insistiu que o primeiro-ministro não necessitou de respirador e que mantém o ânimo.

Ele foi diagnosticado com COVID-19 em 27 de março e imediatamente colocado em quarentena em seu apartamento em Downing Street. Mas dez dias depois, enquanto outros pacientes como o príncipe Charles - herdeiro do trono de 71 anos - haviam se recuperado, continuou a ter sintomas, incluindo febre.

Seus médicos decidiram hospitalizá-lo no domingo para exames, mas um dia depois sua condição piorou e ele teve que ser transferido para terapia intensiva.

Ele deixou instruções muito claras sobre o caminho a seguir na luta contra a pandemia, segundo seu governo.

Mas, nos últimos dias, cresceram as perguntas sobre quanto poder Raab realmente tem à frente de um gabinete que toma decisões coletivamente, a menos que haja disparidade de opinião; nesse caso, seu chefe decide.

Muito criticado por demorar em adotar medidas de distanciamento social, Johnson mudou sua estratégia inicial aparentemente destinada a obter uma imunidade coletiva e, em 23 de março, ordenou o confinamento.

Uma "medida excepcional para circunstâncias excepcionais", disse ele em um discurso solene na televisão.

O Reino Unido está se tornando o novo ponto quente da pandemia na Europa. O país já contabiliza mais de 7.000 mortes por coronavírus, com um balanço diário de 938 mortes na quarta-feira.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando