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O Pastor Silas Malafaia voltou a atacar neste sábado, 19, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em discurso para milhares de evangélicos que compareceram à Marcha para Jesus, evento realizado na região central do Rio de Janeiro, Malafaia chamou Moraes de "ditador" e se referiu aos demais ministros integrantes do tribunal como "omissos".

"Nós estamos vivendo no Brasil uma ditadura da toga, do ditador Alexandre de Moraes. Eu não tenho medo desse cara. O que esse cara está fazendo nos últimos dois anos, cerceando redes sociais de brasileiros, botando gente na cadeia, quando ele não podia nem tocar porque não pertence à alçada dele", disse Malafaia à multidão.

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O pastor ainda defendeu presos suspeitos por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro e acusou Moraes de conluio com o atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Senhor ditador da toga Alexandre de Moraes, a sua casa ainda vai cair. E eu vou dar as hipóteses: ou vai cair pela mão de Deus, ou vai cair porque o Senado vai tomar vergonha na cara, ou vai cair porque o povo é o supremo poder de uma nação. E o povo fazendo pressão na sociedade ninguém aguenta. É um desses motivos. Esse cara vai cair", discursou aos fiéis.

A Marcha para Jesus teve início às 14h deste sábado, num percurso que se estendia da Avenida Presidente Vargas até a Praça da Apoteose, no cento da capital fluminense. O tema escolhido para o encontro deste ano foi "Liberdade de expressão".

"Nunca diga que vocês não receberam um alerta. Tentaram aprovar no Congresso Nacional e na Câmara projeto deste governo, com a conversa de fake news, tentaram aprovar o cerceamento da liberdade de expressão garantida pela Constituição que cada um de nós temos. Na última hora o relator comunista, com medo de sofrer uma derrota, retirou o projeto de pauta. Agora o que você tem que entender é o seguinte, meu irmão, ao cercear a sua liberdade de expressão, é a porta de entrada para cercear a sua liberdade religiosa. Porque se eu não posso expressar o que eu penso sobre qualquer coisa, também não posso expressar o que eu penso sobre religião, sobre meus dogmas, minhas convicções", pregou Malafaia aos fiéis.

Uma multidão participou nesta quinta-feira (8) da Marcha para Jesus em São Paulo, o maior evento evangélico do Brasil, onde o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi vaiado pelo público.

O pastor Estevam Hernandes, organizador da 31ª edição da marcha, chegou a convidar o petista, que agradeceu a proposta, mas preferiu passar o feriado de Corpus Christi em uma praia na Bahia.

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O presidente foi representado pelo ministro da Advocacia Geral da União, Jorge Messias, e pela deputada Benedita da Silva (PT), ambos evangélicos.

Ao dirigir-se ao público, o ministro Messias disse que trazia uma mensagem de "paz" enviada por Lula, frase que foi recebida com vaias pela multidão, e o discurso teve de ser interrompido.

Por outro lado, o discurso do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi aplaudido pela multidão.

*Da Ansa

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), encontrou um público menos hostil do que o advogado-geral da União, Jorge Messias, durante discurso na Marcha para Jesus, nesta quinta-feira, 8, na capital paulista.

Tarcísio foi recebido pela plateia do evento com aplausos, gritos e ouviu um "Tarcísio, eu te amo" do apóstolo Estevam Hernandes, da Igreja Renascer, organizador da Marcha. Mais cedo, Messias, responsável por defender o governo federal em processos na Justiça, foi vaiado pelo público ao citar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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O governador fez um discurso carregado de referências bíblicas. "Se meu povo orar e buscar a minha face e converter dos maus caminhos então eu ouvirei dos céus, perdoarei seus pecados e sararei a sua terra", afirmou, ao reproduzir um trecho do livro de Crônicas, citado erroneamente como de Coríntios pelo governador.

"Isso vale para a nossa terra, o nosso Estado. O nosso País. A gente tem um caminho. O caminho é se afastar do pecado. Buscar a palavra de Deus, ser obediente aos seus ensinamentos", continuou, pedindo bênçãos a São Paulo e sendo aplaudido novamente pela plateia.

Tarcísio orou no palco ao lado do deputado estadual Carlos Cezar (PL), de secretários como o de Turismo, Roberto Lucena, e de Cultura, Marília Marton. O filho do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), Ricardo Nunes Junior, também acompanhou o governador, já que o prefeito está no exterior.

Além de Tarcísio e Messias, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, deve discursar no evento hoje. Lula foi convidado a participar, mas optou por passar o feriado de Corpus Christi na Bahia.

Hernandes sustentou que o ato não tem caráter político e disse que Lula seria bem recebido pelos evangélicos se estivesse presente. Ele afirmou que o petista não se recusou a estar no ato.

"Lula mandou uma carta muito bem elaborada, reconhecendo a importância da Marcha e se colocando à disposição. Por força de compromissos, ele não veio. Nós gostaríamos que ele viesse, por isso mandamos o convite. O receberíamos como presidente, com muita alegria, porque a marcha é apartidária", disse à reportagem.

Na carta citada por Estevam, Lula disse que um dos seus "maiores orgulhos" foi ter sancionado a lei que estabelece o Dia Nacional da Marcha para Jesus. O documento não faz menção à justificativa para a ausência, e aponta que a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) e o ministro Jorge Messias o representarão no evento.

O apóstolo apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022, ano de disputa eleitoral. Na ocasião, a Marcha para Jesus contou com participação do então presidente Jair Bolsonaro, candidato que tinha maior apoio entre os evangélicos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recusou convite para ir à Marcha para Jesus em São Paulo, marcada para amanhã. A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) e o advogado-geral da União, Jorge Messias, foram indicados como representantes.

Organizada desde 1993 pelo apóstolo Hernandes, da Igreja Renascer em Cristo, a marcha costuma reunir políticos conservadores. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) era constante no evento."Se ele (Lula) aparecesse, provavelmente ia encontrar um ambiente hostil", disse Vinicius do Valle, do Observatório Evangélico.

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O senador Sergio Moro (União Brasil) esteve na Marcha Para Jesus realizada em Curitiba neste sábado (20). Ao lado dele, estava o ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol (Podemos-PR) e outros aliados. Moro aproveitou o carro de som do evento, que deveria ser de cunho estritamente religioso, para pedir orações por Dallagnol, que recentemente foi cassado por decisão unânime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dois são aliados desde a operação anticorrupção. 

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"Acho que esse país vive uma fase de ódio no coração e na mente. Peço orações para que possamos afastar esses maus sentimentos", disse Moro. "Deltan é uma das pessoas mais honradas que conheço e que se arriscou pelo bem do Brasil. Esse homem sofreu uma gigantesca injustiça que eu atribuo a esse sentimento de ódio e ressentimento, que nos afasta de Deus e Jesus. Precisamos de Justiça na Terra para Deltan." 

O vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), também demonstrou seu apoio ao ex-deputado federal: "Eu defendo os nossos valores. A preservação da inocência para as crianças. Também reforço minha solidariedade ao meu amigo Deltan." 

A concentração da marcha começou às 9h, na Praça Santos Andrade, onde Moro, Pimentel e João Carlos Ortega, chefe da Casa Civil do Paraná, discursaram. Às 9h50, os participantes iniciaram a caminhada em direção ao Centro Cívico. O tema do encontro neste ano foi "Ele Amou o Mundo de Tal Maneira". Apesar da organização falar em uma movimentação esperada de 100 mil pessoas, pouco mais de mil fiéis compareceram.  

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O prefeito do Recife, João Campos (PSB), atendeu ao pedido da vereadora Michele Collins (PP) e sancionou a lei que tornou a "Marcha para Jesus" Patrimônio Cultural Imaterial da capital. O texto foi publicado no Diário Oficial do município na última sexta-feira (9).

Com edições em diversos estados do Brasil e, inclusive, no exterior, a Marcha para Jesus reúne evangélicos em uma caminhada entre louvores para difundir a fé cristã. Geralmente promovido no segundo semestre, em 2023, o evento foi marcado para outubro.

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Perto das eleições do ano passado, em agosto, a Marcha reuniu milhares de fiéis na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul da capital. Com shows e pregação em trios elétricos, então candidatos que buscavam votos em Pernambuco, como Anderson Ferreira, ao governo do Estado, Gilson Machado, ao Senado, e Clarissa Tércio, à Câmara dos Deputados, participaram da edição.

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O evento teve como ponto alto o discurso do ex-presidente Jair Bolsonaro e da esposa Michelle. Com menos apoio que o adversário Lula no Nordeste, o então candidato à reeleição não pediu votos de forma expressa, mas se apoiou no posicionamento usado em palanques sobre guerra ideológica e perda de liberdades individuais.

Ao lado do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e do pastor Silas Malafaia, o presidente Jair Bolsonaro participou neste sábado (13) da "Marcha para Jesus", evento promovido anualmente pelo Conselho de Pastores do Rio de Janeiro (Comerj) e que levou milhares de pessoas ao Sambódromo, no Rio de Janeiro.

Acompanhado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que foi mais ovacionada do que o próprio presidente, Bolsonaro iniciou o breve discurso reconhecendo que o Brasil está passando por momentos difíceis nos últimos três anos, mas afirmou que nas últimas semanas começou a resolver as questões materiais.

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"Quero bem lá na frente entregar para aquele que pegar a Presidência uma situação melhor do que peguei em 2019", disse a uma plateia entusiasmada pelos diversos shows gospel que se apresentaram antes da fala de Bolsonaro.

O presidente falou depois de Malafaia, que criticou a fragilidade das urnas eletrônicas afirmando que é fácil um hacker entrar nas urnas - apesar de as urnas não serem ligadas à internet -, e que se isso acontecer será necessário realizar novas eleições.

"Os que saquearam essa nação não vão voltar", bradou, sem citar o nome do principal adversário de Bolsonaro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera as pesquisas.

Bolsonaro lembrou passagens da Bíblia na sua fala, que frequentemente repete, e afirmou que "se o poder vem do povo, é porque o povo escolheu bem seu representante".

Ele frisou ainda, que o Brasil está "condenado a ser cristão, a ser livre", que é preciso "liberdade para decidir o futuro". Não deixou de citar também a facada que levou na campanha anterior para a presidência, em 2018, e se vangloriou de ter escapado com vida.

"Estive com a equipe médica que me operou em Juiz de Fora e disseram que de 100 que levam uma facada como aquela, apenas um escapa", concluiu, observando que nunca viu a "Marcha" tão grandiosa. "E olha que já vim aqui mais de dez vezes", afirmou.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou, na tarde deste sábado (6), da Marcha para Jesus no Recife. Ao discursar rapidamente para centenas de evangélicos, o mandatário nacional disse que lutaria pela paz e pela democracia. Acompanhado da primeira-dama Michelle, Bolsonaro defendeu também a liberdade religiosa e do país.

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Neste sábado, uma multidão de evangélicos atravessou a Avenida Boa Viagem, na Zona Sul da capital, durante a Marcha para Jesus. Essa foi a primeira vez que o presidente acompanhou a mobilização evangélica no Recife. Entre bandeiras verde e amarela e a trilha sonora religiosa, Bolsonaro reforçou que a vinda à marcha estava "longe da política e do lado do criador".

Ele pregou que sua luta é por paz e por democracia, e que a liberdade "é o bem maior cada vez mais escasso no mundo todo. O destino do Brasil é ser um país livre".

"Vamos orar, nos empenhar e nos manifestar porque o destino do Brasil é ser um país livre", afirmou aos gritos de "mito" do público que o acompanhava.

Bolsonaro também adotou um tom ameno ao prever como serão os  atos do próximo dia 7 de setembro. O mandatário apontou que a comemoração dos 200 anos da Independência servirão como um pedido por mais 200 anos "de liberdade e de louvor ao Senhor". No início da tarde, Bolsonaro participou de uma motociata na capital pernambucana.

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Michelle

De cima do trio elétrico, enquanto era saudado pelos apoiadores, Bolsonaro fez questão de beijar a esposa e deixou que seus eleitores completassem o slogan defendido em trajetória política na Presidência: "Deus acima de tudo, Brasil acima de todos".

Sem citar expressamente a corrida eleitoral, a primeira-dama declarou que o evento ansiava por: "cura, libertação e a salvação". "Essa missão pertence sim ao senhor Jesus", continuou.

Aliados

No chão, candidatos quem têm seu apoio aproveitaram os ganhos eleitorais da visita do Presidente e atenderam aos pedidos do público por fotos e abraços.

Estiveram presentes os pré-candidatos ao Governo do Estado e ao Senado, Anderson Ferreira e Gilson Machado Neto; o casal Clarissa e Junior Tércio, e a vereadora Michelle Collins.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa, neste sábado (6), da Marcha para Jesus no Recife. Após liderar uma motociata no início da tarde, o mandatário nacional está na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul da capital pernambucana, acompanhando o evento que reúne centenas de evangélicos. 

Em um trio elétrico, juntamente com a primeira-dama Michelle Bolsonaro e líderes do segmento no Estado, o presidente fez questão de acenar para os que acompanham o percurso da marcha. 

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Animados por grupos de percussão e louvores, os fiéis e simpatizantes do presidente dançam, oram e se confraternizam durante todo o trajeto.

Os candidatos do PL ao Governo de Pernambuco, Anderson Ferreira, e ao Senado, Gilson Machado, estão no evento religioso, mas optaram por fazer o trajeto caminhando.

Neste sábado (6), o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) participa de motociata no Recife e, em seguida, da Marcha para Jesus, realizada no bairro de Boa Viagem, Zona Sul da capital pernambucana. Entre os apoiadores, que aguardam o atual Chefe do Executivo está Gleidson Rossi, cujo o nome artístico é Rossi Stark, que faz cosplay do Homem de Ferro.

Há dois anos, tempo em que iniciou no ativismo político, Rossi Stark ou Homem de Ferro usa o personagem para "proteger" os mais jovens contra a "manipulação da esquerda". Ao LeiaJá, Rossi Stark reforça que os 'heróis' da "Liga do Nordeste" são defensores de Bolsonaro e da juventude

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"A juventude é o novo eleitor. Então do mesmo jeito que a esquerda usou de maneira maligna para manipular crianças, pegar mentes desprovidas de conhecimento e sem preparo, a gente tem que levar bom exemplo  e atrair essa juventude", disse a reportagem.

Gleidson, acompanhado de outros 'heróis', relata que está presente, caracterizado do personagem dos quadrinho da Marvel Comics, em todos os eventos de Bolsonaro. "Todos os eventos que que posso, eu estou, sem exceção, porque eu sei que é o único jeito de mudar a história", justifica. O "Tony Stark" pernambucano ressalta que o seu principal papel é 'trazer essa galera [juventude] para a direita e para enxergar a beleza que tem o patriotismo", ressalta.

*com informações de Jameson Ramos 

A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) montou um esquema especial de trânsito para a Marcha para Jesus, que contará com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL), neste sábado (6). 

 A operação, que iniciará as 10h e se estenderá até às 21h, a CTTU informou que terão 80 agentes de trânsito monitorando as áreas das avenidas Boa Viagem, Conselheiro Aguiar, Domingos Ferreira, Herculano Bandeira e das ruas Antônio Falcão, dos Navegantes, Padre Bernardino Pessoa, Dona Benvinda, Henrique Capitulino, Artur Munis, Amazonas e Tomé Gibson. 

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Além disso, os principais desvios vão acontecer na Avenida Boa Viagem, na altura da pracinha, onde os condutores seguirão em direção à Via Mangue e Avenida Mascarenhas de Moraes, assim como os condutores que vêm de Boa Viagem e serão desviados para Rua Antônio Falcão. 

Por fim, a CTTU recomenda que condutores que desejarem seguir da Zona Sul em direção ao Centro e Zona Norte utilizem a Avenida Mascarenhas de Moraes ou a Via Mangue.  

A motociata promovida pela comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PL), e que contará com a presença do mandatário, no Recife, não se unirá à Marcha para Jesus. Os dois eventos acontecem neste sábado (6). Inicialmente, a ideia era que o fim da motociata acontecesse no evento religioso, mas, de acordo com informações de bastidores, publicadas pelo Blog do Jamildo, houve conflito de interesses entre a equipe do presidente e os pastores na organização da Marcha, que não querem associação política durante o encontro. 

Em contato com a assessoria do candidato ao Senado Gilson Machado, o LeiaJá não obteve confirmação sobre o mal-estar entre os líderes religiosos e a comitiva presidencial. Machado, além de pernambucano, foi ministro do Turismo de Bolsonaro e um aliado da ala evangélica local. Teria partido dele a ideia de mudar o itinerário da motociata, para organizar a chegada do chefe do Executivo, acompanhado dos apoiadores, na Marcha. 

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A assessoria do ex-ministro informou que, desde o princípio, não teria sido possível unir os dois eventos, por causa do horário. A motociata deve ser encerrada às 13h. Jair Bolsonaro participará de um almoço, cujo local ainda não foi informado. Às 15h, o presidente seguirá à Marcha para Jesus, onde deve discursar e passar por um ritual cristão. A equipe informou, também, que a agenda não é fixa e pode sofrer mudanças a qualquer momento, e que não unir a motociata ao encontro religioso também considerou questões da segurança oficial da Presidência. 

O LeiaJá também procurou a coordenação de campanha de Jair Bolsonaro em Pernambuco, para saber mais detalhes da mudança, mas não houve resposta até o momento desta publicação. 

Nesta quarta-feira (3), o ex-ministro Gilson Machado foi às redes sociais para fazer um comunicado. O pré-candidato ao Senado por Pernambuco informou que, no próximo sábado (6), a partir das 11h, uma motociata será realizada no Recife com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele afirmou que o ato vai acontecer momentos antes da Marcha Para Jesus.

Em um vídeo, Gilson declarou: "Estou saindo aqui de Brasília e acabei de confirmar que teremos motociata no próximo sábado. O presidente Bolsonaro chega no final da manhã. [...] Quero tomo mundo lá. Estamos juntos". Assim que Gilson Machado deu a notícia, diversos internautas vibraram na postagem.

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Citando a eleição de governos de esquerda nos demais países da América Latina, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse há pouco que o socialismo e o comunismo levam à miséria e que a sua intenção é evitar esse destino para o Brasil. Ele foi entrevistado na Marcha para Jesus, em São Paulo.

"Vamos ver o que acontece, o que vem acontecendo, ao redor de outros dez países que fazem divisa com o Brasil. Para onde eles estão indo e por quê. E nós sabemos que o socialismo e o comunismo levam à pobreza e a miséria, levam a tudo que se possa imaginar de ruim. Não queremos isso para nossa pátria", disse o presidente.

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Após alguns anos pendendo para o espectro da direita, os países da América Latina têm voltado a eleger presidentes de esquerda. Em 2019, o peronista Alberto Fernández venceu o liberal Mauricio Macri nas eleições argentinas. O movimento ganhou força após as vitórias de Gabriel Boric no Chile, em 2021, e de Gustavo Petro na Colômbia, no fim de junho.

Na entrevista, o presidente ainda voltou a falar da pauta de costumes, posicionando-se contrariamente à legalização do aborto e das drogas e ao que chamou de "ideologia de gênero."

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa do evento religioso Marcha para Jesus, neste sábado (25), em Balneário Camboriú (SC). Ele chegou à cidade por volta das 10 horas acompanhado da primeira dama Michelle Bolsonaro. O empresário Luciano Hang, das Lojas Havan, e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, também estão no local. Esta é a 13ª visita do chefe do executivo a Santa Catarina neste ano.

Ao falar no evento, o mandatário disse: "Nossa chegada a Brasília tirou do conforto quem queria o mal do nosso País" e que apesar das pressões para manter Brasília como estava antes, ele fez o contrário. E voltou a dizer que pode-se viver sem oxigênio, mas não sem liberdade.

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O evento estava previsto para acontecer em 2 de julho, mas foi antecipado para permitir a participação do presidente. Esta é a terceira Marcha para Jesus da qual Bolsonaro participa em um mês. Antes, ele esteve nos eventos realizados em Manaus, em 28 de maio, e em Curitiba, na última terça-feira (21). O evento é organizado por igrejas evangélicas.

A marcha de hoje partirá da Praça Almirante Tamandaré e irá até o Pontal Norte. Bolsonaro também deve participar de um almoço com pastores, políticos e empresários. O retorno a Brasília está previsto ainda para a tarde deste sábado.

Em discurso para centenas de fiéis evangélicos na 28ª Marcha para Jesus em Curitiba, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), voltou a dizer que "só Deus" o tira da cadeira que ocupa e reforçou: "nosso exército é o povo brasileiro".

Sem citar o ministro Alexandre de Moraes, contra quem ajuizou notícia-crime por abuso de autoridade, Bolsonaro ressaltou que é sua função, como chefe do Executivo, "fazer com que todo aquele que esteja fora das 4 linhas" da Constituição "venha para dentro da mesma".

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O presidente acumula embates com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), principalmente com Moraes, a quem já chamou de "canalha". Para ministros da Corte, as ameaças de Bolsonaro são parte de sua estratégia eleitoral.

No discurso em Curitiba, Bolsonaro voltou a falar sobre a liberdade - tema que invocou no encontro com o bilionário Elon Musk e se tornou ainda mais presente nos discursos do mandatário depois do perdão concedido ao deputado Daniel Silveira, condenado por ameaças à democracia e incitação à violência contra ministros do STF. "Todos nós daremos a nossa vida pela nossa liberdade. Esse é o bem maior de um país que se diz democrático", afirmou, do alto do carro de som.

MARCHA PARA JESUS - O presidente viajou para a capital paranaense na sexta-feira, 20, para participar da 28ª Marcha para Jesus. No início da manhã, ele se reuniu com líderes evangélicos no Teatro Guairinha, no centro da cidade. Em seguida, caminhou até a praça Santos Andrade e subiu no trio elétrico que deu início ao evento, onde seguiu por todo o percurso da marcha até a Praça 19 de dezembro. Apoiadores exibiam bandeiras do Brasil e, entre elas, uma estampada com a palavra "liberdade".

Na reunião com Musk, ontem, o chefe do Executivo disse que a possível compra do Twitter pelo magnata representa um "sopro de liberdade" para muitos usuários. Bolsonaro argumenta que a rede prejudica a liberdade de expressão com suas políticas de controle de conteúdo e alega que correntes de pensamento à direita são especialmente atingidas.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, a marcha em Curitiba é a primeira de uma série de grandes eventos evangélicos que Bolsonaro irá participar. Há previsão também de o presidente comparecer a um encontro semelhante ao da capital paranaense em Manaus (AM), no dia 28, e em Cuiabá (MT), em 18 de junho.

Bolsonaro lidera as intenções de votos entre os evangélicos. De acordo com o mais recente levantamento da Genial/Quaest, da semana passada, 47% deles declararam voto no atual presidente, ante 30% que preferem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desde fevereiro, o chefe do Executivo ganha espaço nesse segmento. Só neste mês, ele cresceu 9 pontos porcentuais, enquanto Lula perdeu 4.

APOIO DE RATINHO JÚNIOR - Bolsonaro passou a noite de sexta-feira no 20.º Batalhão de Infantaria Blindada, quartel que fica no bairro Bacacheri. Antes, jantou em uma pizzaria no bairro Alto da XV, acompanhado pelo governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD). Vídeos do evento mostram Ratinho e o presidente jantando lado a lado, em clima descontraído.

Mais cedo na sexta-feira, o governador afirmou que apoiará Bolsonaro nas eleições, se seu partido permitir. O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, já deu sinais de que liberará seus correligionários para decidirem pela construção de palanques em seus próprios Estados.

Ratinho acompanhou Bolsonaro durante a marcha, assim como outras autoridades regionais.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) está em Curitiba neste sábado para participar da 28ª Marcha para Jesus. No início da manhã, Bolsonaro reuniu-se com líderes evangélicos no Teatro Guairinha, no centro da cidade. Em seguida, caminhou até a praça Santos Andrade, onde subiu no caminhão de som que deu início ao evento. Ele não fez nenhum pronunciamento, mas cumprimentou manifestantes e continuou em cima do trio elétrico pelas ruas do centro da cidade. A marcha segue até a Praça 19 de Dezembro, próxima ao Centro Cívico.

Perto das 10 horas, a página do presidente no Facebook transmitiu ao vivo, por alguns minutos, sua chegada à marcha. Apoiadores exibiam bandeiras do Brasil e, entre elas, uma estampada com a palavra liberdade. Aos gritos de mito pela plateia, o presidente subiu no trio elétrico. Logo depois, a transmissão foi encerrada.

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Na sexta-feira, o chefe do Executivo teve um encontro com o homem mais rico do mundo, Elon Musk, e disse a ele que a possível compra do Twitter pelo magnata representava um "sopro de liberdade" para muitos usuários - Bolsonaro argumenta que a rede prejudica a liberdade de expressão com suas políticas de controle de conteúdo, e alega que correntes de pensamento à direita são especialmente prejudicadas.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, a marcha em Curitiba é a primeira de uma série de grandes eventos evangélicos dos quais Bolsonaro deve participar. Há previsão também de o presidente comparecer a um encontro semelhante ao da capital paranaense em Manaus (AM), no dia 28, e em Cuiabá (MT), em 18 de junho.

Bolsonaro lidera as intenções de votos entre os evangélicos. De acordo com o mais recente levantamento da Genial/Quaest, da semana passada, 47% deles declararam voto no atual presidente, ante 30% que preferem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desde fevereiro, o chefe do Executivo ganha espaço nesse segmento. Só neste mês, ele cresceu 9 pontos porcentuais, enquanto Lula perdeu 4.

APOIO DE RATINHO JÚNIOR - Bolsonaro chegou à capital paranaense na sexta (20) e passou a noite no 20.º Batalhão de Infantaria Blindada, quartel que fica no bairro Bacacheri. Antes, jantou em uma pizzaria no bairro Alto da XV, acompanhado pelo governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD). Vídeos do evento mostram Ratinho e o presidente jantando lado a lado, em clima descontraído.

Mais cedo na sexta-feira, o governador afirmou que apoiará Bolsonaro nas eleições, se seu partido permitir. O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, já deu sinais de que liberará seus correligionários para decidirem pela construção de palanques em seus próprios Estados.

Um grupo formado por 16 entidades religiosas deve R$ 1,6 bilhão em impostos, de acordo com o levantamento de autoria da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Na lista, obtida pelo UOL, estão líderes evangélicos aliados do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que atuaram, inclusive, pelo perdão das dívidas públicas.

O volume de débitos representa 81% de todas as dívidas de instituições evangélicas, católicas, espíritas e islâmicas devedoras em todo o país. Além disso, nenhuma das 16 entidades deve menos de R$ 20 milhões.

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O Brasil não exige pagamento de impostos para igrejas. Contudo, quando a Receita Federal descobre que as instituições atuaram de forma semelhante às empresas, elas passam a ser taxadas com imposto de renda e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL).

Por exemplo, quando uma entidade paga uma espécie de bônus de arrecadação para pastores, significa dizer que há distribuição de lucros. Dessa forma, desobedecendo às regras estabelecidas para organizações que se apresentam como instituições sem fins lucrativos.

Ademais, quando mantém funcionários, as igrejas precisam pagar impostos e obrigações ligadas à folha de pagamento dos trabalhadores, além de contribuições previdenciárias, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), imposto de renda retido na fonte e outras multas trabalhistas.

Bolsonarismo na lista de devedores

Entre os 16 grupos religiosos apontados como os maiores devedores do Brasil, estão alguns dos mais fervorosos apoiadores do presidente. Entre eles, a Igreja Mundial do poder de Deus, do apóstolo Valdemiro Santiago, com um débito de R$ 153 milhões em multas trabalhistas, Fundo de Garantia, imposto de renda, PIS e débitos previdenciários.

Em um processo da Justiça apontado pelo UOL, o juiz Mário Roberto Veloso declarou que Valdemiro recebeu R$ 1,2 milhão da igreja só no ano passado, sugerindo que a igreja estaria “transferindo seu patrimônio” ao pastor. Durante a pandemia, o Ministério Público também precisou desmentir uma publicidade do religioso, que estava vendendo feijões para “curar a Covid-19”.

A igreja Cristã Apostólica Renascer em Cristo, criada e liderada pelo casal Sônia Hernandes, bispa, e pelo apóstolo Estevam Hernandes, também são devedores, e acumulam pouco mais de R$ 40 milhões em débitos como imposto de renda retido na fonte dos funcionários, Previdência, multas trabalhistas, PIS, salário-educação e contribuição ao sistema “S”.

Estevam, que é organizador da Marcha para Jesus, ato religioso de cunho fundamentalista e pró-Bolsonaro, foi preso em 2007 nos Estados Unidos, sob a acusação de contrabandear dinheiro e conspiração. Conforme o UOL, ele conseguiu na Justiça norte-americana o direito de ir  para a detenção domiciliar no ano seguinte e, posteriormente, voltou ao Brasil.

Já o conhecido pastor Romildo Ribeiro Soares, ou simplesmente missionário R.R Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus, conseguiu quitar parte da dívida milionária neste ano. Apesar disso, ainda aparece na lista elaborada pela PGFN, pois precisa devolver ao erário cerca de R$ 84 milhões.

 

Quem nunca ouviu a máxima “religião e política não se misturam”? Ou, “o Estado é laico”? E até mesmo, “não discuto nem religião nem política”? Esses argumentos são repetidos constantemente por eleitores no Brasil, contudo a realidade de parcela dos quadros políticos nacionais expressa outra coisa: princípios religiosos e anseios políticos vem andando lado a lado nos últimos anos. 

Um retrato claro disso é a forma como o presidente Jair Bolsonaro (PSL) se propõe a nortear seus discursos e basear suas escolhas diante da condução do país. O seu slogan de campanha já dizia “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” e, constantemente, suas falas fazem citações a passagens bíblicas e princípios religiosos. 

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Principal meio de comunicação de Bolsonaro com a massa, nas redes sociais, por exemplo, ele já criou a chamada “série João 8:32” - fazendo menção a um versículo do evangelho de São João que diz: “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” - para rebater críticas da oposição, divulgar dados do governo e respaldar seus discursos. 

Recentemente, ele se utilizou do texto religioso para reforçar seu argumento de que “passar fome no Brasil é uma grande mentira”. E na última segunda-feira (26), ao anunciar que se reuniria com os governadores da região amazônica para tratar das queimadas e do desmatamento, o presidente convidou os internautas a acompanharem o encontro a partir de uma transmissão ao vivo no Facebook e disse “será um João 8:32 imperdível”. 

O recorte é mínimo diante de tantas outras posturas. Jair Bolsonaro já consagrou o Brasil a Nossa Senhora, foi o primeiro presidente a participar da Marcha para Jesus, recebeu orações em cultos e prometeu que na oportunidade que tiver pretende nomear para o Supremo Tribunal Federal (STF) um ministro terrivelmente evangélico. 

O alinhamento aos valores cristãos “deve ser uma das marcas que Jair Bolsonaro deixará expressa” como do seu governo, segundo o professor do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB), Eurico Antônio Gonzalez Cursino dos Santos. Mas, ressalta o estudioso, há inconsistências do presidente. “Ao mesmo tempo que ele se diz católico, essa prática de referência bíblica e as referências que ele faz direto estão sempre direcionadas ao meio evangélico”, observou. 

Ao avaliar os discursos do chefe do Executivo nacional, Santos ponderou que antes das eleições e no período eleitoral as falas de Bolsonaro com cunho religioso eram mais frequentes, porém quando assumiu o governo ele diminuiu o ritmo.

“A comunicação do presidente Bolsonaro com a população, inclusive durante o período eleitoral, foi marcada por essa referência a valores religiosos, principalmente cristãos. Acredito que isso, em si, está dentro da Constituição. A democracia tem que tomar decisões, que são referidas a valores. Não vejo como uma substituição da política pela religião, nem o tom da campanha, nem o tipo de comunicação que ele faz com a população, ele está se referindo a valores que são da população”, salientou. 

 

Base evangélica no Congresso Nacional

Se o presidente tem alinhamento religioso, no Congresso Nacional isso é ainda mais claro. Inclusive, de acordo com um levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), em 2018 foram eleitos 91 deputados e senadores que se declararam, se declaram evangélicos ou se alinham ao grupo na votação de temas ligados à religião e aos costumes, além dos que ocupam cargos nas estruturas das instituições religiosas, como bispos, pastores, missionários e sacerdotes.

Fora os 91, outros mais conservadores se alinham aos pensamentos e valores cristãos para basear suas posturas. A polêmica mais recente, baseada em princípios religiosos, foi com relação ao projeto de lei de autoria do deputado Orlando Silva (PCdoB) que instituía o Estatuto da Família do século XXI. Deputados alegaram que o projeto legalizava o incesto e iniciaram uma campanha nas redes sociais contra o autor da matéria e o relator Túlio Gadêlha (PDT), que deu parecer favorável ao texto.

O debate fez com que o projeto fosse retirado da pauta da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara para que o parecer fosse reorganizado, sem deixar brechas para essa interpretação. O projeto, na realidade, considerava como família todos os tipos de formação que ultrapassassem a tradicional pai, mãe e filhos.

Questionado se era saudável a mistura de princípios religiosos com direitos constitucionais e a criação das leis que regem um país, o professor Eurico Antônio Gonzalez Cursino dos Santos disse que “é natural, em uma democracia de massas, que esse tipo de coisas aconteçam”. 

“Democracia integra as pessoas à tarefas complexas de governar, e aí um valor religioso, de uma ideologia bem fundada, acaba tendo funcionamento. A Constituição, no modo como ela organiza a política, faz com que neste momento não estejamos ameaçados quanto à uma espécie de teocracia. Acredito que é impossível de acontecer”, argumentou.

“O que acontece é que estamos apenas começando a lidar com argumentos religiosos e a expressão da religião na política, isso não vai parar não, vai vir mais. Porém, a própria política se encarrega de reconduzir argumentos religiosos apenas como argumento de valor e não de regra geral”, emendou. 

Apesar de não ver riscos para uma teocracia, o estudioso ponderou que fez uma recente pesquisa sobre leis com cunho religioso e encontrou cerca de 400. Um sinal de que não há laicidade no Estado.

“O nosso Estado nunca foi laico, desde a República, ele se mantém próximo as religiões, especialmente às cristã; primeiro ao catolicismo, depois as evangélicas e a partir de 1990 às majoritárias. Mas ele nunca deixou de expedir leis que de alguma forma representasse vantagem para as religiões no campo da educação, da assistência social, da saúde. Ou seja, nós nunca fomos completamente laicos”, disse Santos. 

 

A igreja evangélica está fincando raízes na política?

Em 2008, o bispo Edir Macedo lançou um livro em que dizia: "tudo é uma questão de engajamento, consenso e mobilização dos evangélicos. Nunca, em nenhum tempo da história do evangelho no Brasil, foi tão oportuno como agora chamá-los de forma incisiva a participar da política nacional". 

No “Plano de Poder”, em que traça projeções para diversas áreas, inclusive a política, o líder religioso já deixava clara "a potencialidade numérica dos evangélicos como eleitores” e hoje, mais de uma década depois, isso tem se justificado. 

Indagado sobre o fato do número de políticos evangélicos ter crescido, o professor do departamento de Sociologia da UnB, Eurico Antônio Gonzalez Cursino dos Santos, disse que há mercado para tal, mas é limitado. 

“Manifestamentes são as igrejas evangélicas que têm eleito seus próprios ministros, mas eu não acredito que isso possa ir muito além do que já foi, pela presença deles, a distribuição demográfica, pela importância do catolicismo que oferece uma espécie de limite para essa ascendência e pelas próprias relações internas que nem todos são favoráveis a esse convívio próximo com a política. É uma mercadoria que tem mercado, mas é limitado”, conjecturou.

Ainda na ótica do especialista, “normalmente quem tinha acesso ao poder era a religião católica, então diria que os evangélicos estão chegando à política por outra via, que não é a da formação política católica, eles estão chegando lá pelo voto”.

Assim como fez em junho em São Paulo, o presidente da República Jair Bolsonaro participou na manhã deste sábado da Marcha para Jesus em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, organizada por grupos evangélicos da capital federal.

Em discurso, o presidente tratou de temas como a família e valores cristãos. “Temos um presidente que, além da família e da questão da educação, tem amor ao próximo. Não discriminamos ninguém, não temos preconceito. E deixo bem claro: as leis existem para proteger as maiorias. É única maneira para vivermos em harmonia”, avaliou.

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Bolsonaro ressaltou a liberdade de credo, mas disse que a fé cristã prevalece no Brasil. “Respeitamos todas as religiões e até quem não tem religião, mas a grande maioria do povo brasileiro é cristão”, descreveu.

O presidente também ressaltou que o governo está cumprindo promessas de campanha. E criando um ambiente de maior liberdade econômica que vai reduzir custos para os consumidores. “Estamos facilitando a vida de todos”.

Segundo ele, esse seria o caso da Medida Provisória nº 892, assinada há cinco dias, que desobriga a publicação de balanços das empresas com capital aberto em jornais impressos de grande circulação. Conforme o presidente, a iniciativa vai “ facilitar a vida de todo mundo. Ninguém lê aquele negócio. O mundo progrediu, se aperfeiçoa, se moderniza”.

De acordo com o ato que tem força de lei, as publicações dos balanços “serão feitas nos sítios eletrônicos da Comissão de Valores Mobiliários e da entidade administradora do mercado em que os valores mobiliários da companhia estiverem admitidas à negociação”. Os balanços também deverão ser divulgados no site das próprias empresas.

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