Tópicos | MP dos portos

A medida provisória 595/2012, que institui um novo marco regulatório para o setor portuário, poderá ser votada nesta terça-feira (7), no plenário da Câmara. Essa é uma das quatro MPs previstas para votação nesta semana. A sessão ordinária está marcada para as 16h. Líderes partidários, do governo e da oposição, terão reuniões no final da manhã para definir estratégias para a votação da MP dos Portos.

A matéria é polêmica e precisou de muitos acordos entre parlamentares e governo para ser aprovada na comissão mista que analisou o assunto. A medida cria regras para futuras concessões, arrendamentos e autorizações para exploração os portos e instalações portuárias no Brasil.

##RECOMENDA##

Entre outras medidas, ela centraliza as decisões sobre os portos públicos na Secretaria Especial dos Portos. Um acordo, liderado por parlamentares de Pernambuco, garantiu certa independência para os gestores dos portos delegados pela União, como é o caso de Suape. Nesses casos, devidamente autorizados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), os gestores continuarão responsáveis pelos editais e processos licitatórios.

Apesar dos consensos ocorridos na comissão mista, ainda há pontos do texto que geram discórdia. Mesmo com a possibilidade de o Executivo delegar a gestão dos portos aos estados e municípios, oposicionistas continuam descontentes com a concentração de poder na Antaq. Também há questões ligadas aos trabalhadores portuários que provavelmente voltarão a ser discutidas no plenário.

O maior temor nos parlamentares é o veto da presidente Dilma Rousseff aos trechos que não agradem ao governo. O Planalto não afastou a possibilidade de vetar alguns artigos.

Outras MPs

Também está na pauta a MP 590/2012, que amplia a idade limite de crianças e adolescentes que compõem as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família elegíveis ao recebimento do Benefício para Superação da Extrema Pobreza. A medida permitirá que cada família tenha renda per capita de, no mínimo, R$ 70.

A MP 593/2012 altera a lei que instituiu o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). A matéria propõe a ampliação do rol de beneficiários e ofertantes da Bolsa-Formação Estudante. Já a MP 597/2012 isenta de Imposto de Renda a participação nos lucros recebidos pelos trabalhadores.

As quatro propostas também estavam previstas para votação na semana passada, mas a sessão foi suspensa por falta de quórum.

A presidente Dilma Rousseff anunciou, nesta sexta-feira (3), que o governo federal pretende lançar em breve uma agência de assistência técnica e extensão rural para o setor agropecuário e mais uma edição do Plano Safra. As informações foram dadas durante pronunciamento na abertura oficial da 79ª Exposição Internacional de Gado Zebu (Expozebu), que está sendo realizada em Uberaba (MG).

Segundo a presidente, a ideia é que o Brasil possa produzir mais com menor custo e impacto ambiental. “Vamos criar a agência de assistência técnica e extensão rural. Porque iremos mudar a produtividade do Brasil se fizermos assistência técnica e extensa rural de forma obsessiva. Temos que fazer com que nós estejamos trabalhando no limite da nossa capacidade”, disse.

##RECOMENDA##

Dilma também adiantou que o Plano Safra deverá ser lançado neste mês de maio e que o governo pretende criar uma "linha de pesquisa ligada à melhoria genética dos rebanhos".

Na ocasião, Dilma defendeu a aprovação da medida provisória dos Portos para aumento da exportação. "A MP dos Portos é crucial para o Brasil manter a competitividade e assegurar a exportação", destacou. A matéria estava na pauta de votação da Câmara, mas a sessão foi suspensa por falta de quórum. A MP poderá ser votada na próxima semana.

Preocupada com as negociações no Congresso em relação à Medida Provisória 595, que trata da nova regulamentação do sistema portuário no País, e que já desfiguram a proposta original do governo em alguns pontos, a presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião na manhã desta quinta-feira, 2, da qual participaram o vice-presidente Michel Temer, o presidente e o ex-presidente do Senado, os peemedebistas Renan Calheiros e José Sarney. A presidente quer evitar que o projeto aprovado venha cheio de "cacos", como foi avisada de que poderá acontecer, colocados no texto por aliados descontentes com o Planalto. Enquanto Renan avisava das dificuldades, a presidente reagia e avisava que vetaria o que atrapalhasse a competitividade pretendida pelo setor. Foi advertida de que seu veto, no entanto, poderá ser derrubado quando o texto retornar ao Congresso.

A presidente Dilma quer tentar viabilizar a votação do texto antes do dia 16, quando a MP perde a sua validade. O prazo de duas semanas para votação na Câmara e no Senado é considerado apertadíssimo e praticamente impossível de ser cumprido. Se esta nova queda de braço com o Congresso chegar a um ponto que o texto aprovado saia fora do "padrão mínimo" considerado pela presidente e se transforme em um "monstrengo", o governo poderá até deixar a medida expirar e engolir a derrota. Mas esta hipótese é considerada como último caso, já que representaria manter um dos principais gargalos da infraestrutura do País. Neste momento, no entanto, é tentar fazer votar "de qualquer jeito". Esta derrota seria péssima para a candidata à reeleição que vem bradando aos quatro cantos que está modernizando o País.

##RECOMENDA##

Articulação

As ministras da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que conduziu as negociações da MP dos Portos, e Ideli Salvatti, das Relações Institucionais, responsável pela articulação com o Congresso, também participaram da reunião com Dilma, Temer, Renan e Sarney. A presidente quer que todos ajudem na articulação para tentar garantir a aprovação do texto e fez seu apelo. Na próxima segunda-feira, 6, será a vez de Temer, como presidente do PMDB, tentar dar sua mão à aprovação do texto, ao reiterar aos senadores e ministros do partido, durante um jantar no Palácio do Jaburu, a necessidade de o País ter um marco regulatório em um setor estratégico.

Um dos maiores problemas em discussão é a renovação dos contratos de cessão dos portos. O governo não concorda com a redação que diz que a prorrogação dos contratos vencidos, anteriores a 1993, "não seja inferior a dez anos". O governo queria licitação imediata dos contratos encerrados, mas aceitou negociar prorrogação de até cinco anos e poderá até vir a concordar com até dez anos, mas não admitirá que o texto aprovado determine a prorrogação por períodos considerados inviáveis. Neste caso, a presidente Dilma já avisou que vetará.

Outro ponto polêmico é em relação à prorrogação dos contratos ainda em vigor e que só vencerão no futuro. Em um primeiro momento, o Planalto não admitia em nenhuma hipótese aprovar esta antecipação de contrato. Depois de muita polêmica, aceitou que as empresas que têm a concessão hoje poderiam já entrar com pedido de prorrogação mas que o governo se reservava o direito de aceitar ou não a prorrogação. Também neste caso, o Planalto não admite que venha qualquer texto impositivo, obrigando o governo a prorrogar contratos que só vencerão daqui a vários anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com uma semana enxuta devido ao feriado desta quarta-feira (1º), a Câmara não conseguiu deliberar sobre quatro medidas provisórias que estão na pauta, entre elas a MP dos Portos, por falta de quórum. Nesta terça-feira (30), assim como já havia ocorrido nessa segunda (29), as votações foram adiadas por não estarem presentes 257 deputados - número mínimo para a abertura da sessão de votações.

Além da polêmica MP dos Portos, que estabelece um novo marco regulatório para o setor portuário, está na pauta a MP 590/12, que inclui entre os beneficiários do Brasil carinhoso famílias com renda mensal por pessoa de até R$ 70 que tenham crianças e adolescentes de idades entre 7 e 15 anos.

##RECOMENDA##

Também está na pauta as MPs 597/12, que isenta de Imposto de Renda a participação nos lucros recebidas pelos trabalhadores, e 593/12, que trata do Pronatec e propõe a criação de um sistema nacional de avaliação da educação profissional.

Como não haverá outras sessões deliberativas nesta semana, a votação só deverá ocorrer na próxima terça-feira (7).

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, informou à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que vai fazer uma campanha para ajudar o governo a aprovar a Medida Provisória 595, conhecida por MP dos Portos. O texto será apreciado na Câmara dos Deputados a partir da semana que vem.

"Pretendemos articular. Vamos além do corpo a corpo", disse Skaf, em entrevista nesta segunda-feira, 29, à saída da audiência com Gleisi, esquivando-se de comentar se a ministra revelou a estratégia do Planalto para tentar apressar a votação da MP, que propõe uma nova regulação para o setor portuário.

##RECOMENDA##

Skaf não disse, mas o governo quer e está pedindo o apoio, não só da Fiesp, mas de outros setores produtivos, interessados em melhorar a produtividade do País, para aprovar o texto, com algumas modificações consideradas inaceitáveis.

Skaf listou algumas das alterações introduzidas na MP, que foi enviada ao Congresso pelo Planalto, mas que precisam ser revertidas. Segundo o presidente da Fiesp, a ministra se mostrou preocupada com o rumo que toma a votação de alguns pontos da MP. A Fiesp e o governo discordam da prorrogação "não inferior a dez anos" dos contratos vencidos, como estabeleceu o texto do relator senador Eduardo Braga (PMDB-AM). O governo queria licitação dos contratos encerrados, mas aceitava prorrogação de até cinco anos.

"Ora, isso pode ser uma prorrogação de dez, 11, 20, 21, 50 anos. Quando você fala de pegar um contrato que está vencido, cujo preço é caro, os custos são caros, e prorroga por pelo menos dez anos, você está prorrogando a competitividade do País na questão portuária por estes dez anos, no mínimo. O Brasil não pode esperar dez anos. Aliás, não pode esperar nem um ano", desabafou Skaf.

Outro ponto de conflito que o governo quer alterar no texto da MP dos Portos é o que diz que os contratos novos poderiam ter vigência de 25 anos, prorrogáveis por mais 25 anos, dependendo do cumprimento de investimentos. "Ora, 25 mais 25 são 50 anos. Isso é um absurdo", queixou-se Skaf, acrescentando que o Planalto também discorda do prazo.

"A posição da Fiesp é para que seja feito esforço, no sentido de aprovar a MP, se possível, aparando as arestas, com estes e outros pontos que são importantes e estão ruins no texto", disse Skaf, citando outras questões que considera ser necessário modificar.

Ele destacou a previsão de extensão de obrigatoriedade de contratação dos trabalhadores via Órgãos Gestores de Mão de Obra (Ogmo) para os setores de limpeza, conservação e capatazia. Segundo ele, como ficou estabelecido no texto é "um absurdo". E emendou: "Se já é estranho ter uma agência, que nem sempre trabalha visando a melhor eficiência, operando na carga e descarga, imagina ampliar isso para limpeza, conservação e capatazia. Não dá".

Guerra Fiscal

Paulo Skaf queixou-se ainda à ministra do texto aprovado inicialmente pelo Senado da resolução que prevê a unificação gradual das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) interestadual em oito anos, sob a alegação de que não acaba com a guerra fiscal, que era o objetivo inicial do governo. A proposta é para que a alíquota caia de 12% para 4%. No entanto, deverá ser mantida uma alíquota diferenciada em 7% para produtos industrializados nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além do Espírito Santo, nas transações comerciais para Sul e Sudeste.

O texto prevê ainda que para as zonas francas as alíquotas do ICMS fiquem em 12%. "O objetivo da resolução número 1 era acabar com a guerra fiscal. Mas, na hora que você deixa as zonas francas com 12%, você continua dando ferramentas a estes Estados para continuar com a guerra fiscal. E mesmo em relação aos 7%, que reduz mas não elimina a guerra fiscal", reclamou o presidente da Fiesp.

Ele mencionou que, "quando se propôs 4% para todos os Estados, era para acabar com a guerra fiscal. Mas, aí começaram, as costuras e, se você vai ter uma região com 4%, outra com 12%, como será a Zona Franca de Manaus, por exemplo, quem é que vai investir em outro Estado do Norte ou Nordeste? Vai tirar o poder de investimento dos outros Estados e não acaba com a guerra fiscal". E completou: "Com 12% é guerra. Com 7% é uma guerra um pouco menor, mas é uma guerrinha fiscal, e continua a ter guerra. Portanto, o Brasil precisa acabar com as soluções paliativas. As soluções têm de ser definitivas".

A medida provisória que cria um novo marco regulatório do setor portuário foi aprovada nesta quarta-feira pela comissão mista do Congresso que analisa o tema, mas o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM) adiantou que a presidente Dilma Rousseff deve vetar de "quatro a oito" alterações feitas de última hora. A matéria ainda precisa passar nos plenário da Câmara e do Senado.

Com quase três horas de atraso, o relatório só foi votado após um acordo entre os líderes da base aliada e da oposição. Os parlamentares exigiram que algumas emendas ao relatório de Braga fossem apreciadas. A comissão acabou por aprovar algumas dessas propostas, justamente as que devem sofrer veto do Planalto.

##RECOMENDA##

Uma delas estabelece que os novos contratos de concessão e arrendamento nos portos devem ter 25 anos de prazo, prorrogáveis por mais 25, condicionados à realização de investimentos. A diferença é que essa prorrogação não fica mais a critério do poder concedente, o governo, mas se torna automática. "Eu não conheço na história da nossa república e no mundo contratos com 50 anos ininterruptos. Não há precedente", afirmou Braga. "Isso, na prática, significa contratos de concessão de 50 anos. É um pouco demais."

Renovação

Outra emenda que deve ser vetada por Dilma estabelece que os arrendamentos anteriores a 1993 sejam renovados pelo mesmo prazo firmado no contrato original. Isso significa, na prática, uma renovação de até dez anos para a maioria das empresas. O governo já havia concordado com a proposta do relatório de Braga, que previa uma renovação de até cinco anos para esses casos. "O que eles fizeram foi jogar fora o acordo, e vão ser vetados. Nós construímos um acordo, estava feito, jogaram fora e construíram um texto que vai ser vetado", afirmou.

Com o veto, esses arrendamentos deverão ser relicitados, conforme desejava o Planalto desde que lançou o novo marco regulatório dos portos. "Na prática eles serão relicitados, que era o que o governo desejava", avaliou Braga. "Foi, de qualquer forma, uma solução pior do que aquela que havíamos apresentado, que tinha inclusive acordo de não veto."

Investimentos

 

Para os contratos de arrendamento firmados após 1993, não houve alteração. Eles poderão ser renovados de forma antecipada mas, neste caso, a renovação estaria condicionada a um plano de investimentos, que teria de ser aprovado pelo governo. Apesar da aprovação dessas emendas, o relator nega que o governo tenha sofrido uma derrota na comissão mista. "A essência da MP está absolutamente preservada. O projeto de lei de conversão avançou sob vários aspectos e está preservado. Os pontos alterados não comprometem a essência da MP. E se eles forem vetados, a MP continua de pé."

O senador prevê que a MP seja apreciada pelo plenário da Câmara no dia 7 de maio. O texto ainda precisa ser votado no plenário do Senado. Para que a MP não perca a validade, tudo isso terá que ocorrer antes do dia 16. Apesar do prazo apertado, o presidente da comissão mista e líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), acredita que haverá tempo suficiente. "Cada dia com sua agonia", disse.

Com duas horas e meia de atraso, o governo fechou nesta quarta-feira acordo para votar o relatório da Medida Provisória dos Portos (MP 595/2012) na comissão mista que aprecia a matéria. O presidente da comissão e líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), afirmou nesta quarta-feira que três emendas devem ser destacadas. Tratam-se das emendas 168, 183 e 204.

Essas emendas impedem a exclusão de áreas do porto organizado, o que poderia ocorrer se os arrendatários invadissem locais para armazéns próprios, por exemplo. Também estabelecem prazos maiores para os novos contratos de renovação ou prorrogação de arrendamentos nos portos organizados. Guimarães destacou, porém, que não há compromisso de não veto por parte do governo em relação ao resultado da votação desta quarta-feira. "Esse acordo não tem o compromisso de sanção do governo", afirmou.

##RECOMENDA##

Antes da sessão da comissão mista que analisa a MP dos Portos, os parlamentares se reuniram na liderança do governo para tentar um acordo sobre o parecer do relator, senador Eduardo Braga (PMDB-AM). Esse encontro prévio causou o atraso da sessão, marcada inicialmente para as 14h30.

Para esta quarta-feira (24) está previsto o encerramento da discussão sobre o relatório final. Na sessão dessa terça (23), o prolongamento do debate foi solicitado, a fim de que os integrantes da comissão pudessem se manifestar caso o relator fizesse algum adendo ou retificação.

##RECOMENDA##

A medida provisória 595/2012 estabelece um novo marco regulatório para o setor portuário. Ela recebeu cerca de 640 emendas dos parlamentares. Dessas, 137 foram acolhidas pelo relator. “Construímos um parecer feito não pelo relator, mas pela comissão, pelo governo, pela sociedade, pelas entidades de classe, enfim, pelo povo brasileiro”, frisou Eduardo Braga.

Na sessão dessa terça, Humberto se mostrou favorável a aprovação da matéria porque ela "ataca os principais problemas do setor portuário atualmente: a ineficiência e o alto custo na movimentação de portos brasileiros".

Na semana passada, o relator já havia confirmado que atenderia às solicitações da bancada de Pernambuco, que pediu que a MP incluísse a possibilidade de os governos estaduais e municipais responsáveis por portos delegados pela União continuar tendo poder sobre os editais e processos licitatórios, com as devidas autorizações da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Esse artigo atende aos anseios do Governo de Pernambuco, responsável pelo Porto de Suape.

De acordo com o relator, para os pontos-chave da medida provisória já há um compromisso de não-veto pela Presidência da República para o texto apresentado por ele. A MP precisa ser aprovada ainda nos plenários da Câmara e do Senado até o dia 16 de maio, para, então, seguir para a sanção presidencial.

Líderes do governo e da oposição estão reunidos na tentativa de fechar um acordo para a votação da Medida Provisória dos Portos (MP 595-2012). Diferentemente do que havia dito o relator e líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), que previa uma votação tranquila, há parlamentares trabalhando pela obstrução. Marcada para as 14h30, a reunião da comissão mista que aprecia a matéria está atrasada.

Pela manhã, os líderes reuniram-se para tratar do mesmo tema. Na reunião da tarde, participam, além de Braga, o presidente da comissão e líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), o líder do PMDB na Casa, Eduardo Cunha (RJ), o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, e os deputados Onix Lorenzoni (DEM-RS), Mendonça Filho (DEM-PE) e Márcio França (PSB-SP), entre outros.

##RECOMENDA##

A votação da Medida Provisória dos Portos (MP 595/2012) deve ser concluída nesta quarta-feira, 24, na comissão mista que analisa a matéria, mas a polêmica a respeito da proposta está longe de terminar. As lideranças dos partidos fecharam acordo para não obstruir a apreciação da matéria na comissão, mas os próprios parlamentares preveem um embate nos plenários da Câmara e do Senado. Para não perder validade, a MP precisa ser votada nas duas Casas até 16 de maio.

Ainda nesta manhã, os partidos continuavam a negociar os termos do relatório da MP, apresentado na semana passada pelo líder do governo no Senado e relator da matéria, Eduardo Braga (PMDB-AM). "É inevitável que acabe hoje a tramitação na comissão mista, mas a discussão continua nos plenários. A Câmara certamente vai mudar muito o texto que for aprovado hoje na comissão", afirmou o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

##RECOMENDA##

O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), pretende pressionar pela inclusão de novas emendas no relatório. "Se não der certo, vamos tentar obstruir os trabalhos", afirmou.

Os pontos mais polêmicos do relatório dizem respeito aos terminais em portos públicos com arrendamentos. O governo teve que ceder e desistir da ideia inicial de licitar todos eles. Braga propôs duas soluções. Para os contratos firmados antes de 1993 e que não foram adaptados à Lei 8.630, que até então era o marco regulatório do setor, haverá a possibilidade de prorrogação, por até cinco anos, a critério do poder concedente.

Já os contratos firmados após 1993 e que vencem num prazo entre cinco e dez anos poderão ser renovados de forma antecipada. Porém, neste caso, a renovação estaria condicionada a um plano de investimentos, que teria de ser aprovado pelo governo.

Mas o setor privado agora cobra alterações na redação do relatório de Braga. Pelo texto, a renovação dos contratos anteriores a 1993 não é automática: ela "poderá" ser feita, a critério do poder concedente, e por até cinco anos - ou seja, pode ser ainda menor. Também não há compromisso em relação aos contratos posteriores a 1993. A renovação antecipada "poderá" ser feita, a critério do poder concedente, e o prazo do novo contrato não foi estabelecido.

Para o advogado Fernando Vilella, sócio do escritório Siqueira Castro, o termo "a critério do poder concedente" ainda deve gerar discussão. "Temos que ver qual será a visão do governo em relação a esses contratos. Ainda teremos que esperar a regulamentação da MP para saber o que vai ser exigido", afirmou.

Outra polêmica a respeito do relatório é a criação do "terminal indústria". No texto original da MP 595, foi estabelecido que empresas interessadas em fazer terminais privados fora do porto organizado deveriam manifestar a intenção ao governo e passar pelo processo de chamamento público. Se houvesse mais interessados, todos os projetos teriam de ser analisados. A MP 595 também permitiu que os terminais pudessem movimentar carga de terceiros.

O relatório de Braga, porém, cria a figura do terminal indústria, que movimentaria apenas carga própria e que, por essa razão, não precisaria passar pelo chamamento público. Essa foi uma das demandas do setor privado atendidas pelo relator. Empresas que trabalham com o transporte de combustíveis e granéis líquidos, por exemplo, alegam que há risco na logística operacional dos negócios caso essa atividade seja terceirizada.

Trabalhadores

Após ameaça de greve dos trabalhadores, o governo cedeu na questão da Guarda Portuária. Ao contrário do texto original da MP 595, que possibilitava a terceirização do serviço de segurança dos portos, Braga se comprometeu a manter a precisão de que ela seja feita pela Guarda Portuária.

Também ficou acordado que os Conselhos de Autoridade Portuária terão 50% de representantes do governo, 25% de trabalhadores e 25% de empresários. Braga garantiu que os trabalhadores hoje registrados nos Órgãos Gestores de Mão de Obra (Ogmos) façam parte de um cadastro que será utilizado para contratação de trabalhadores nos terminais privados.

Por fim, o relator aceitou incluir uma emenda que permite à União delegar para Estados e municípios, por meio das respectivas administradoras portuárias, a decisão de licitar portos. A mudança visa a pacificar a relação do Planalto com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), uma das principais autoridades contrárias às mudanças empreendidas pela MP.

Na terça-feira, 23, durante audiência pública, o presidente da comissão mista da MP 595 e líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), afirmou aos parlamentares que "não adianta aprovar um texto que depois poderá ser vetado". Segundo ele, o relatório de Braga "tem 90% de garantia de não veto".

Também ontem, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, avisou que o governo chegou ao limite das negociações e que a base aliada não permitirá que a proposta perca a validade. Segundo ela, mudanças além das propostas no relatório de Braga poderiam desvirtuar a medida.

Anunciada pelo governo federal como medida para facilitar investimentos privados e desatar o nó logístico que afeta os portos, a Medida Provisória 595 (MP dos Portos) é tida pelo governo de São Paulo como entrave à ampliação do Porto de São Sebastião, no litoral norte do Estado, um projeto orçado em R$ 2,5 bilhões.

O texto deve ser votado nesta quarta-feira, 24, na comissão mista do Congresso. Na semana passada, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), relator do projeto, concluiu seu parecer, acatando 137 das 645 emendas à proposta original do Palácio do Planalto.

##RECOMENDA##

O risco é que a perda de autonomia do Estado em futuras licitações afugente investidores interessados nas novas áreas portuárias. Embora o parecer tenha alterado esse ponto, há dúvidas sobre a aprovação, o que mantém o Estado "de mãos atadas" nas obras de ampliação.

Segundo o diretor-presidente da Companhia Docas de São Sebastião, Casemiro Tércio Carvalho, o problema é a transferência ao governo federal da liberdade para decidir sobre licitações para arrendamento de áreas portuárias. "No lugar de ser o síndico do porto, passo a ser apenas o zelador", diz. As licitações da companhia só poderiam ser tocadas com permissão e supervisão da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), e teriam de ser negociadas com o governo federal.

O projeto de ampliação multiplica por quatro a área do Porto de São Sebastião. Os berços passarão de quatro para 20 e serão construídos mais dois armazéns, além dos quatro já existentes. É um plano para execução até 2025, que vem sendo apresentado desde 2011. O Estado já está investindo em obras de aumento da capacidade do porto.

O senador Eduardo Braga foi procurado, mas sua assessoria disse que ele não comentaria assuntos pontuais do parecer.

Emendas

Carvalho espera seguir com o projeto de ampliação do porto por causa de uma das emendas, que permite à União delegar a Estados e municípios a licitação de novas áreas nos portos. A proposta atendeu, principalmente, a uma reivindicação do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que quer manter o controle do Porto de Suape.

Originalmente, o Palácio do Planalto havia dito que não faria concessões ao texto da MP. A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, chegou a dar uma entrevista ao Estado, publicada na semana passada, em que se posicionava contra a autonomia a portos delegados, como é o de São Sebastião. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo federal chegou ao limite na discussão da Medida Provisória 595/2012, conhecida por MP dos Portos e que reformula as regras do setor no País. A opinião é da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Após participar de uma reunião com líderes partidários no Congresso, ela disse que a base aliada não permitirá que a proposta perca a validade sem que seja apreciada. A matéria vai à votação na quarta-feira, 24, na comissão mista da MP.

"Se você desvirtuar tanto que não tenha eficácia para dar melhores condições ao setor, então não tem necessidade de aprovar. O governo tem claro que os portos são um nó a ser 'distensionado', então aquilo que o relator disse sobre limite na negociação, ele tem razão. Chegou-se no limite", disse Ideli, nesta terça-feira, 23, referindo-se ao líder do governo no Senado e relator da MP, Eduardo Braga (PMDB-AM).

##RECOMENDA##

Nesta manhã, o relator avisou aos parlamentares que todas as alterações feitas na MP com aval do Palácio do Planalto foram feitas na semana passada, mas nem todas as mudanças apresentadas tiveram o respaldo do governo.

Mais cedo, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), afirmou que o partido discorda de alguns aspectos no relatório da MP dos Portos. "Há pontos de divergência e outros de concordância. Vamos destacar as divergências e levaremos a voto, seja na comissão mista ou na Câmara dos Deputados", disse durante o encontro da comissão mista.

A Medida Provisória 595, que altera os regimes de operação e concessão dos portos brasileiros e que tramita no Congresso Nacional, é uma das pautas prioritárias escolhidas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na Agenda Legislativa do setor para este ano, que está sendo apresentada nesta terça-feira, 23, pela Confederação.

Segundo a CNI, o novo marco legal para o setor pode resultar em R$ 54 bilhões de investimentos até 2017, ampliando a concorrência e reduzindo os custos na exportação de mercadorias. Além disso, a confederação estima a criação de 321 mil novos postos de trabalho com essa expansão da infraestrutura do setor portuário.

##RECOMENDA##

A CNI também colocou como prioritária a extinção da contribuição adicional de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em casos de demissão sem justa causa, para compensar as perdas do fundo com os planos Verão (1989) e Collor I (1990). De acordo com a entidade, a conta de R$ 42 bilhões já foi quitada no ano passado e por isso a CNI defende a aprovação final pela Câmara dos Deputados do PLP 200/2012, que extingue a contribuição extra a partir de 1º de junho deste ano.

Créditos tributários

Outro projeto da pauta prioritária da indústria é o PL 6530/2009, que permite a compensação de créditos tributários do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) acumulados ao longo da cadeia produtiva, incluindo os impostos pagos na aquisição de matérias-primas utilizadas na fabricação de bens. "A perda de competitividade nas exportações decorre em função da cumulatividade de tributos", afirma o documento.

A regulamentação do trabalho terceirizado é outra bandeira da CNI na Agenda Legislativa de 2013. Para isso, defende a aprovação do PL 4330/2004, que beneficiaria 54% das empresas industriais brasileiras, que atualmente empregam trabalhadores terceirizados.

Além desses quatro projetos prioritários, outros 13 também entraram na pauta mínima da CNI para 2013 no Congresso. Entre eles, os que tratam de novas regras para ações coletivas, das novas regras para a execução trabalhista, da redução da jornada de trabalho e do registro do ponto eletrônico. Outros projetos mais abrangentes, como o novo código de processo civil e a política nacional de serviços ambientais, também fazem parte da lista.

A presidência da comissão mista que analisa a medida provisória 595/12, a chamada MP dos Portos, confirmou que a votação do relatório final será realizada nesta quarta-feira (24). Houve uma mudança apenas nas discussões, que serão estendidas até esta quarta, antes da votação. Na ocasião, o relator da comissão, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), poderá apresentar adendos ou retificações ao texto apresentado na semana passada.

A solicitação de encerramento da discussão somente na quarta foi feita pelo líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ). O deputado Mendonça Filho (DEM-PE) também reforçou o pedido. A questão de ordem permitirá que os parlamentares apresentem emendas a possíveis alterações que serão aceitas pelo relator. Pelo regimento interno do Congresso, se a discussão fosse encerrada nesta terça, os integrantes da comissão não poderiam mais apresentar emendas.

##RECOMENDA##

Com a prorrogação do final do debate, muitos parlamentares inscritos para pronunciamento na sessão desta terça deixaram para falar apenas na quarta.

Durante suas considerações, o senador Humberto Costa (PT-PE) mostrou-se favorável a aprovação da matéria porque ela "ataca os principais problemas do setor portuário atualmente: a ineficiência e o alto custo na movimentação de portos brasileiros".

"É consenso que ela [a MP dos Portos] é necessária. Nós sabemos que existe esse gargalo. O Brasil está entre os dez piores paises do mundo em relação à infraestrutura portuária. Nós estamos criando condições para investimento privados paralelamente ao público", frisou. Segundo ele, a MP está caminhando na direção certa. "No início das nossas discussões, havia 40 pedidos de implantação de terminais privados. Hoje já há 114", afirmou.

Na semana passada, o relator confirmou que atenderia às solicitações da bancada de Pernambuco, que pediu que a MP incluísse a possibilidade de os governos estaduais e municipais responsáveis por portos delegados pela União continuar tendo poder sobre os editais e processos licitatórios, com as devidas autorizações da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Esse artigo atende aos anseios do Governo de Pernambuco, responsável pelo Porto de Suape.

De acordo com o relator, para os pontos-chave da medida provisória já há um compromisso de não-veto pela Presidência da República.

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira, 23, que a Medida Provisória 595, a MP dos Portos, que está tramitando no Congresso é uma "das coisas mais importantes para o País". Segundo ela, a lei vai melhorar uma das coisas essenciais, que é o custo Brasil. "No passado, o custo Brasil era o custo da insegurança que se tinha em relação a capacidade do Brasil de pagar sua dívida externa. Hoje, o custo Brasil é uma questão do aumento da nossa competitividade", afirmou a presidente, em conversa com os jornalistas após visitar a exposição "O olhar que ouve", de Carlinhos Brown, no Palácio do Planalto.

Segundo a presidente, é preciso melhorar as condições da nossa infraestrutura, porque o País está em uma trajetória de construção de um modelo de crescimento de longo prazo. "Este País precisa, no horizonte de dez a quinze anos, dobrar sua renda per capita. Para isso, precisa ter elevada taxa de investimento, para isso, as pessoas precisam consumir."

##RECOMENDA##

Dilma destacou ainda que o Congresso deve chegar a um consenso em relação a MP dos Portos. "A democracia pode ter seus defeitos, mas, entre todos os sistemas, é o único que sobrevive. Não é o mundo da posição única. Todas as questões podem ser debatidas e discutidas e você vai ter de chegar num consenso. Esta é a arte da democracia", disse ao ser questionada sobre a possibilidade de o Congresso derrubar a proposta do Executivo enviada na MP dos Portos.

O presidente da comissão mista que analisa a matéria e líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), afirmou que o relatório sobre a MP será votado "de qualquer jeito" nessa quarta-feira, 24. "O relator deve se manifestar até amanhã de manhã se fará adendo (ao parecer). Aí, retomamos às 14h30 e votamos de qualquer jeito essa matéria amanhã", afirmou Guimarães após debate entre os parlamentares sobre a organização da discussão e da votação da medida provisória.

Depois de passar pela comissão mista, a matéria ainda deve ser votada pelos plenários da Câmara e do Senado até o fim da validade da medida provisória, em 16 de maio. (colaboraram Laís Alegretti e Anne Warth)

O relatório da MP dos Portos deverá ser votado nesta quarta-feira (24) na comissão mista que analisa a medida provisória. Antes disso, nesta terça (23), está marcada a discussão dos principais pontos do parecer do senador Eduardo Braga (PMDB-MA), apresentado na semana passada.

Na matéria, Braga acolheu 137 das 645 emendas apresentadas pelos parlamentares, alterando o texto original. Uma das mudanças garante que os serviços de fiscalização e controle que atuam nos portos sejam ininterruptos. Dessa forma, a Polícia Federal e a Receita Federal atuariam 24 horas por dia. O relatório também altera os critérios a serem adotados nos casos de chamada pública, através da qual será autorizado o funcionamento de novos terminais privados. “Construímos um texto que avançou e trouxe conquistas para modernização da infraestrutura e que assegura ao Brasil um custo menor, favorecendo o aumento do PIB, da renda da população e da competitividade da indústria", afirmou.

##RECOMENDA##

Após pressão dos parlamentares, especialmente dos da banca de Pernambuco, o governo aceitou uma alteração na medida provisória, abrindo brecha para que os governos estaduais controlem os processos licitatórios dos portos delegados pela União, como é o caso de Suape. Dessa forma, o Governo de Pernambuco manteria certa autonomia na gestão do porto. Na semana passada, os senadores Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB) e os deputados Pedro Eugênio (PT) e Carlos Eduardo Cadoca (PSC) reuniram-se com Eduardo Braga para garantir a alteração do texto.

Pela nova redação, os governos estaduais deverão ser autorizados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para controlar o processo de licitações. A MP é um ponto de discórdia entre os governos federal e estadual, já que estabelece a centralizando da gestão portuária na Secretaria Especial de Portos (SEP), retirando a autonomia dos governos estaduais. O governo de Dilma Rousseff diz que a medida permitirá mais competitividade ao segmento. Já Eduardo Campos acredita que a MP poderá atrasar e prejudicar o planejamento regionalizado que hoje é feito pelos estados.

A medida provisória precisa ser votada até o dia 16 de maio ou perderá validade.

A emenda da Medida Provisória 595 acatada nessa quarta-feira (17) pelo relator da comissão mista que analisou a matéria, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), foi comemorada pela deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB-PE). A tucana se manifestou sobre o assunto na sessão da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) desta quinta-feira (18).

No plenário, ela destacou a importância de preservar a autonomia de que o Porto de Suape dispõe hoje para realizar suas licitações e processos. “Nós sabemos que a batalha ainda não está vencida, mas só a apresentação dessa emenda é um sinal positivo de que há chances de Pernambuco não perder a sua independência”, festejou.

##RECOMENDA##

A tucana também disse que foi a primeira parlamentar a falar sobre o tema na Alepe, defendendo a autonomia do Porto. E lembrou também, que propôs uma audiência pública para debater os impactos da medida provisória no Estado, realizada no dia 11 de março.

Relatório final: Na análise final sobre a chamada MP dos Portos, o senador Eduardo Braga acolheu 137 das 645 emendas. Entre as retificações a bancada de Pernambuco conseguiu que gestores estaduais que detêm portos delegados pela União, como é o caso de Suape, continuem a controlar a elaboração de editais nos processos licitatórios, mediante autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). 

A MP dos Portos será colocada em votação na próxima semana e por isso, Terezinha disse que estará junto ao governo, lutando pelas decisões de interesse do Estado. “Nesse momento, nós da oposição estamos reunidos com governo para defender os interesses de Pernambuco.” A deputada também ressaltou que o Complexo Portuário de Suape foi construído com recursos pernambucanos e que a perda do empreendimento poderá trazer prejuízos para o Estado.

 

 

 

 

Representantes do setor empresarial reafirmaram nesta quarta-feira, 17, o apoio à Medida Provisória 595, a MP dos Portos, e defenderam a aprovação do texto com os aprimoramentos pactuados com as entidades, que incluem alterações nos critérios de licitação de arrendamentos e concessões.

"A retomada dos investimentos no setor deve ser feita com urgência e sua modernização, com vistas à superação dos gargalos hoje existentes, é imprescindível", declararam, por meio de nota, representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Confederação Nacional do Comércio (CNC), Confederação dos Transportes (CNT), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) e Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

##RECOMENDA##

As entidades avaliam que a MP 595, ao promover a organização do sistema portuário brasileiro - com a criação de instrumentos para a integração do planejamento logístico, abertura do setor a novos investimentos privados e estímulo à concorrência -, responde aos desafios da produção agrícola, industrial e mineral, favorecendo a aceleração do desenvolvimento do setor produtivo e a melhora da competitividade internacional.

No relatório final sobre a medida provisória 595/2012, a chamada MP dos Portos, o relator da comissão mista que analisa a matéria, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), acolheu 137 das 645 emendas apresentadas pelos parlamentares. Após a leitura do parecer, a reunião foi suspensa e será retomada na próxima terça-feira (23) para discussões. A votação será na quarta (24). A MP perde a validade no dia 16 de maio.

O relator disse estar "otimista com a aprovação na comissão, assim como pela Câmara e Senado, para então seguir para a sanção presidencial". “Construímos um parecer feito não pelo relator, mas pela comissão, pelo governo, pela sociedade, pelas entidades de classe, enfim, pelo povo brasileiro”, frisou ele.

##RECOMENDA##

Com a alteração no texto original, o relator sugeriu que a MP tramite na forma de um projeto de lei de conversão. Uma das mudanças garante  que os serviços de fiscalização e controle que atuam nos portos sejam ininterruptos. Dessa forma, a Polícia Federa; e a Receita Federal atuariam 24 horas por dia. O relatório também altera os critérios a serem adotados nos casos de chamada pública, através da qual será autorizado o funcionamento de novos terminais privados. “Construímos um texto que avançou e trouxe conquistas para modernização da infraestrutura e que assegura ao Brasil um custo menor, favorecendo o aumento do PIB, da renda da população e da competitividade da indústria", afirmou.

Apesar de incluir várias reivindicações dos trabalhadores portuários no parecer, a categoria não suspendeu a possibilidade de greve. De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Estivadores, Wilton Ferreira, será feita uma análise detalhada do relatório para decidir sobre a paralisação no setor e os portos permanecem "em estado de greve".

Pernambuco
A MP dos Portos tem concentrado as atenções dos parlamentares pernambucanos nas últimas semanas. A matéria é um ponto de discórdia entre os governos federal e estadual, já que estabelece a centralizando da gestão portuária na Secretaria Especial de Portos (SEP), retirando a autonomia dos governos estaduais. O governo de Dilma Rousseff diz que a medida permitirá mais competitividade ao segmento. Já Eduardo Campos acredita que a MP poderá atrasar e prejudicar o planejamento regionalizado que hoje é feito pelos estados.

A bancada de Pernambuco se reuniu com o relator Eduardo Braga e conseguiu uma brecha para garantir uma certa autonomia para os governos estaduais. O texto traz a possibilidade de os gestores estaduais que detêm portos delegados pela União, como é o caso de Suape, continuarem a controlar a elaboração de editais e para a realização de procedimentos licitatórios, com a autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). "É verdade que não é exatamente tudo o que a gente queria, mas é uma brecha importante que passa a ser aberta", comentou o senador Humberto Costa (PT-PE).

O petista liderou a articulação da proposta com a ministra Gleisi Hoffman para garantir que fossem contempladas as reivindicações de Pernambuco em relação ao Porto de Suape. Numa reunião realizada antes da sessão da comissão mista, os senadores Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB) e os deputados Pedro Eugênio (PT) e Carlos Eduardo Cadoca (PSC) conversaram com Eduardo Braga e tiveram a confirmação da inclusão da proposta ao relatório final.

Logo após a abertura da sessão desta quarta-feira (17), o presidente da comissão mista que analisa a MP dos Portos, deputado José Guimarães (PT-CE), anunciou que a discussão e votação do relatório final será feito apenas na próxima semana. O adiamento já era esperado pelos parlamentares, já que o parecer ficou pronto pouco antes da reunião e não daria tempo para a apreciação completa.

Na sessão desta quarta, o relator, Eduardo Braga (PMDB-AM), leu a íntegra do parecer. As discussões serão feitas na próxima terça-feira (23), pela manhã. Já a votação só deverá ocorrer na quarta-feira (24).

##RECOMENDA##

O texto estabelece um novo marco regulatório para o setor portuário, centralizando a gestão na Secretaria Especial de Portos (SEP), retirando a autonomia dos governos estaduais. A matéria é um dos pontos de tensão entre a gestão de Dilma Rousseff e o Governo de Pernambuco. Enquanto o governo federal diz que a medida permitirá mais competitividade ao segmento, Eduardo Campos acredita que a medida provisória poderá atrasar e prejudicar o planejamento regionalizado que hoje é feito pelos estados.

A proposta dos parlamentares do Pernambuco é alterar a MP, para flexibilizar a gestão portuária. A mudança permitiria que o Governo de Pernambuco, assim como outros gestores, elaborasse os editais para a realização de procedimentos licitatórios, com a autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que transferiria essas competências para a gestão estadual.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando