Tópicos | Mudanças Climáticas

A presidente Dilma Rousseff (PT) já está em Paris para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-21) que acontece na próxima segunda-feira (30). Ela desembarcou na capital francesa no início da tarde deste sábado (28). 

A programação da viagem internacional da presidente foi reduzida. O roteiro inicial previa a saída da presidente de Paris para cumprir a agenda com empresários no Vietnã e no Japão; as visitas, no entanto, foram canceladas.

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Na COP-21, a petista apresentará o resultado de medidas adotadas pelo Brasil para reduzir o desmatamento e a emissão de gases do efeito estufa. O retorno a Brasília está previsto para a madrugada de terça (1º).

A China e a França concordaram em trabalhar para "alcançar um acordo ambicioso e juridicamente vinculativo" na conferência de Paris sobre as mudanças climáticas.

Este acordo deve ser acompanhado de mecanismos de monitoramento dos compromissos esperados, de acordo com uma declaração conjunta dos presidentes chinês e francês, Xi Jinping e François Hollande.

Estes compromissos serão alvos de uma "revisão completa a cada cinco anos", indica a declaração emitida pelos dois presidentes, que ressaltaram a sua "determinação de trabalhar juntos" para o sucesso da conferência.

A um mês antes da abertura da conferência, que deve reunir cerca de 193 países, Pequim e Paris se pronunciaram a favor de que um acordo seja "juridicamente vinculativo" e "reflita o princípio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas" para limitar o aumento da temperatura global abaixo de 2°C.

Pequim e Paris declararam que são "favoráveis a uma revisão completa a cada cinco anos sobre os progressos", e ressaltaram a necessidade de um "sistema de transparência melhorado para reforçar a confiança mútua".

O presidente chinês, que lidera o país mais poluente do mundo, considerou que esta declaração conjunta, que engloba 21 pontos, mostra "o compromisso comum de fazer com que a conferência de Paris seja um sucesso".

O presidente Hollande estimou, por sua vez, que significava "um grande passo" para um acordo na COP21.

"Com esta declaração, apresentamos as condições que nos permitem vislumbrar um sucesso", disse ele, acrescentando que "um acordo é agora possível" em Paris.

Os líderes também ressaltaram "a importância da tarifação do carbono", que poderá "assumir diversas formas".

"O desenvolvimento de um mercado nacional de carbono na China constitui um passo importante e um sinal forte e encorajador", indica o comunicado.

"Estamos otimistas sobre o sucesso desta conferência", afirmou Xi Jinping, que disse que seu país "avança em seus esforços" contra o aquecimento global.

Esforços dos países

A conferência de Paris, que contará com a presença de pelo menos 80 líderes de todo o mundo, incluindo os presidentes chinês e americano, Barack Obama, busca um acordo global sobre as mudanças climáticas para limitar o aumento da temperatura a dois graus Celsius em comparação à era pré-industrial.

A China, que responde por 25% das emissões globais de gases do efeito estufa, será um importante protagonista desta conferência, principalmente no intenso debate sobre o quanto os países em desenvolvimento devem contribuir para os esforços contra as mudanças climáticas.

Os países desenvolvidos têm que continuar a "adotar metas ambiciosas com números específicos", indicaram Hollande e Xi.

Eles também deveriam "orientar suas políticas de forma progressiva para objetivos concretos de redução e limitação das as emissões", "em função de suas respectivas situações nacionais", acrescentaram.

Hollande chegou nesta segunda-feira na China, com a esperança de alcançar esta declaração conjunta com o presidente chinês.

Pequim, que lidera o "grupo dos 77" (que reúne os países em desenvolvimento), pode exercer uma forte pressão sobre os seus parceiros durante a COP21, em particular sobre a Índia, quarto maior emissor mundial de gases do efeito estufa.

Vivienne Westwood lançou um chamado contra as mudanças climáticas ao apresentar, neste sábado (3), uma coleção de prêt-à-porter dedicada a Veneza, enquanto, para o libanês Elie Saab, a primavera chegará cheia de variantes e transparências.

- Vivienne Westwood, o planeta e Veneza -

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Vivienne Westwood aproveitou seu desfile em Paris para pedir a participação em uma marcha contra as mudanças climáticas a ser realizada em Londres, antes da conferência de dezembro em Paris que visa a um acordo mundial sobre o problema.

A coleção foi, ainda, uma homenagem vibrante a Veneza, seu carnaval, seus personagens da Commedia dell'arte e suas máscaras. Os modelos evocaram a prosperidade e riqueza cultural da cidade, embora não tenha faltado o toque punk característico da britânica.

"Veneza foi o maior celeiro artístico do Ocidente, é incrível o que aconteceu ali", comentou Vivienne. "Mas obviamente, por causa das mudanças climáticas, Veneza irá desaparecer. Somos os últimos a poder fazer algo. Por isso, digo-lhes que saiam para se manifestar, algo tem que ser feito já."

A ex-rainha do punk convocou a participação em uma marcha popular por medidas envolvendo o clima, a justiça e o emprego, em 29 de novembro, na capital inglesa. Como conciliar as preocupações ambientais com a moda? "Sempre digo: comprem menos, escolham bem e façam com que as coisas durem."

- As princesas de Elie Saab -

Estilista das princesas do Oriente Médio, mas também de boa parte das casas reais da Europa e de estrelas de Hollywood, Elie Saab integra, desde 2003, o clube exclusivo da alta-costura. Talvez, por isso, sua coleção de prêt-à-porter tenha mantido a sofisticação em seus materiais: gaze, bordados e crepe de seda dão o tom de sua coleção de verão.

Este ano, o criador libanês decidiu variar ao máximo as opções e dar uma grande liberdade de escolha às clientes. "Quis apresentar uma mulher que absorve as características da marca e se sente livre para usá-las à sua maneira", diz Saab em uma mensagem entregue aos convidados de seu concorrido desfile, que aconteceu em uma área coberta montada no Jardin des Tuileries.

Os tons foram do preto às cores vivas: rosa, verde e azul, às vezes contrastando com o branco. Laços, renda e transparência fizeram parte do jogo de libertação primaveril, em que não faltaram as estampas florais, um elemento recorrente da marca.

Em matéria de acessórios, Saab lançou uma carteira de linhas retas, batizada de "A 31".

Os seis primeiros meses de 2015 foram os mais quentes já registrados no planeta. A informação foi publicada na manhã desta terça-feira (21), pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), com sede em Genebra, e que compara as temperaturas desde 1880.

Entre janeiro e junho, a temperatura da superfície da Terra e dos oceanos ficou 0,85ºC acima da média do século XX, de 15,5ºC. O novo registro supera o recorde anterior, de 2010. Considerando apenas a média das temperaturas na superfície da Terra, a alta é de 1,4ºC acima dos níveis do século passado.

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Se os dados mais antigos datam de 1880, a tese dos cientistas é de que o século XX foi o mais quente da história. Registrar um recorde neste período, portanto, teria grandes chances de representar também as temperaturas mais elevadas já registradas.

Segundo a OMM, diversas regiões do planeta registraram temperaturas superiores às taxas regulares. Isso inclui a Europa, a América do Sul, a África e a América do Norte. O mês de junho também foi o mais quente já registrado, com uma média acima do padrão em 0,88ºC. Junho foi o terceiro mês no ano a bater recordes. Os outros foram março e maio.

O impacto do calor na Europa, neste período, tem sido importante. Na França, as autoridades apontam para uma mortalidade superior às taxas médias para esses meses do ano e empresas em diversas partes autorizaram seus funcionários a abandonar gravatas e ternos. Em algumas partes do continente, os governos já começa a temer pela falta de água.

Na Suíça, o exército foi convocado a ajudar os criadores de gado a distribuir água aos animais. Pela primeira vez, o país registrou nove dias seguidos com temperaturas acima de 33ºC. Alertas vermelhos ainda foram emitidos na Bósnia, na Sérvia, na Hungria e na Croácia. Nos Estados Unidos, a onda de calor também atinge diversas regiões.

As elevadas temperaturas também foram sentidas nos polos. O gelo ártico ficou 7% abaixo da média registrada entre 1981 e 2010 e perto dos níveis mínimos, registrados em 2010. Em junho, a extensão do gelo foi a terceira menor desde 1979.

A partir do próximo dia 17, às 18h, o Museu da Cidade do Recife (Forte das Cinco Pontas) recebe a exposição “60 soluções frente às mudanças climáticas”, uma mostra de 21 fotografias do fotógrafo francês Yann Arthus-Betrand, e 21 projetos que têm o intuito de fazer as pessoas refletirem sobre o impacto das mudanças climáticas em todo mundo. O evento já passou por Brasília e Belo Horizonte e agora ficará no Museu da Cidade até 22 de agosto. A entrada é gratuita.

Um dos objetivos da exposição é apresentar soluções concretas encontradas em diversas partes do mundo em favor de um modelo de crescimento sustentável, como o uso de energia renovável e limpa, a melhoria da mobilidade urbana, a construção de prédios eficientes, o reaproveitamento dos resíduos sólidos e o gerenciamento da água. O evento é realizado pela Agência Francesa de Desenvolvimento, que acompanha países em suas transições ecológicas. 

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Na “60 soluções frente às mudanças climáticas” também serão oferecidas duas oficinas de reciclagem. Nos sábados 18 e 25 de julho, o Museu promove a oficina de Eco Bijouterias. A oficina, que acontece das 15h às 17h, será ministrada pela artesã Maria Jane. O investimento é de R$ 40 e serão disponibilizadas 15 vagas. Já no dia 25 de julho, a arte-educadora Lilian Azevedo vai trabalhar com brinquedos populares feitos com produtos de reciclagem. A oficina acontece das 15h às 17h, é gratuita e aberta para todas as idades. Os interessados nas oficinas devem fazer inscrição pelo telefone 3355-3107 e 3355-9540.

As abelhas não estão se adaptando bem às mudanças climáticas. Ao invés de migrarem para o norte para buscarem temperaturas mais clementes, estes insetos cruciais para a polinização estão morrendo, de acordo com um estudo divulgado nesta quinta-feira (9).

A pesquisa publicada na revista Science é o primeiro estudo que explica a responsabilidade da mudança climática para o declínio das populações de abelhas e mamangabas a nível mundial. Até agora, os principais suspeitos desta diminuição eram a utilização de pesticidas, doenças e parasitas.

"Imagine um parafuso. Agora imagine que o habitat das abelhas é no centro do parafuso", disse o principal autor do estudo, Jeremy Kerr, professor de macroecologia e conservação na Universidade de Ottawa.

"Conforme o clima esquenta, as espécies de abelhas e mamangabas são esmagadas por este 'parafuso climático' que comprime as zonas geográficas onde o inseto consegue viver", explicou. "O resultado é o declínio rápido e generalizado dos polinizadores em todos os continentes, que não é devido ao uso de pesticidas ou à perda de habitat", acrescentou.

Para o estudo, os pesquisadores analisaram quase meio milhão de registros - anotados por museus e cientistas voluntários - de 67 espécies de abelhas e mamangabas na América do Norte e Europa desde o início dos anos 1900.

"O território abrangido pelas abelhas no sul da Europa e da América do Norte caiu cerca de 300 quilômetros. O escopo e o ritmo destas perdas são sem precedentes", disse Kerr. Esses insetos "geralmente não conseguem" migrar para o norte. Ao contrário das borboletas, que se mudam mas não desaparecerem, acrescentou o estudo.

As abelhas são muito importantes para a agricultura e para a vida silvestre porque polinizam plantas, flores e frutos. Caso as emissões de efeito estufa não sejam reduzidas, a redução da polinização poderia fazer que algumas plantas, frutos ou legumes se tornem mais escassos e mais caros, alertou o estudo.

A ministra do Meio Ambiente da França, Ségolène Royal, alertou em entrevista à Associated Press que as mudanças climáticas representam um risco à segurança internacional. Royal é uma das mais experientes agentes políticas da França e viaja aos Estados Unidos na quinta-feira para pressionar o governo a se comprometer com um acordo global para reduzir a emissão de gases do efeito estufa, que será discutido em uma conferência em Paris ainda este ano.

A ministra terá um trabalho difícil em Washington. O Congresso norte-americano é liderado pelos republicanos e é descrente em relação à ciência por detrás das mudanças climáticas. Os parlamentares também resistem a um tratado que tenha valor legal e obrigue o país a reduzir suas emissões.

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O presidente Barack Obama, por outro lado, declarou recentemente que a elevação do nível do mar e a escassez de recursos naturais podem agravar a instabilidade no mundo.

"Se todos perceberem que o custo de não agir é muito maior que o custo de agir, então eu acho que podemos convencer alguns membros do Congresso que ainda estão resistentes", afirma Royal.

Segundo ela, Obama está certo em utilizar o argumento de segurança nacional, que raramente é empregado na Europa, onde as pessoas aceitam mais facilmente a ideia de que a humanidade é responsável pelo aquecimento global. "A questão climática está no cerne da questão da segurança", pontua, citando o número crescente de refugiados que sofrem com desastres climáticos e escassez crônica de recursos.

Enquanto a França defende um tratado com valor legal, Royal sugere um plano B que envolve medidas regulatórias que não estão sujeitas a aprovação total de Congressos. Ela pretende convidar empresas a se comprometerem com o acordo, argumentando que faz sentido reduzir as emissões, caso se pense a economia no longo prazo. No entanto, essa proposta suscitou críticas de ativistas, que consideram uma hipocrisia associar o projeto a empresas de petróleo e construção civil.

A ministra também afirma que é preciso reduzir o "abismo" entre os países em desenvolvimento, que sofrem os efeitos do aquecimento global, as nações desenvolvidas - que causam os transtornos. Essa lacuna já levou ao fim negociações do tipo, como as realizadas em Copenhagen em 2009. Fonte: Associated Press.

O senador e presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas, Fernando Bezerra Coelho (PSB), participa, nesta terça-feira (19), do IV Simpósio de Mudanças Climáticas e Desertificação no Semiárido Brasileiro, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. O evento é promovido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e acontece até a próxima quinta (21). 

Durante o encontro serão discutidos temas como as mudanças climáticas e recursos hídricos; a sustentabilidade para agregação de valor a produtos agropecuários; a funcionalidade do ecossistema e os desafios ao melhoramento genético de plantas frente às mudanças climáticas.

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A aceleração das mudanças climáticas e seu impacto sobre a produção agrícola mundial exige que profundas mudanças sociais sejam implementadas nas próximas décadas para alimentar uma população mundial crescente, alertaram cientistas em uma conferência científica anual.

Segundo os cientistas, a produção alimentar terá que dobrar nos próximos 35 anos para alimentar uma população global de 9 bilhões de habitantes em 2050 contra os 7 bilhões atuais.

Alimentar o mundo "implicará algumas mudanças em termos de minimizar o fator climático", disse Jerry Hatfield, diretor do Laboratório Nacional para a Agricultura e o Meio Ambiente.

A volatilidade das chuvas, as secas frequentes e o aumento das temperaturas afetam as lavouras de grãos, razão pela qual será preciso adotar medidas, afirmou Hatfield neste domingo, durante a reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência.

"Se avaliarmos a produção de 2000 a 2050, basicamente teríamos que produzir a mesma quantidade de alimentos que produzimos nos últimos 500 anos", previu.

Mas, globalmente, os níveis de uso da terra e a produtividade continuarão degradando o solo, advertiu.

"No que diz respeito à projeção para o Meio Oeste (dos EUA), estamos convencidos de que as temperaturas aumentarão bastante", afirmou Kenneth Kunkel, climatologista da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica americana, referindo-se à região de maior produção de grãos, situada no centro do país.

Kunkel estudou o impacto do aquecimento global no Meio Oeste americano, onde a maior ameaça para a segurança alimentar é a seca.

A possibilidade é alta que esta região sofra com a pior seca no século XXI entre as registradas no último milênio, representando uma ameaça direta para os moradores da região, alertaram cientistas nesta quinta-feira, na abertura da conferência, celebrada em San José, na Califórnia (oeste).

As mudanças climáticas estão ocorrendo tão rapidamente que os seres humanos enfrentarão em breve uma situação sem precedentes, afirmou Kunkel.

Mas James Gerber, especialista em agricultura da Universidade de Minnesota, disse que reduzir o desperdício de alimentos e o consumo de carne vermelha ajudaria.

A redução do número de cabeças de gado diminui o impacto ambiental, inclusive as emissões de metano, um poderoso gás de efeito estufa.

Gerber disse que os cientistas identificaram "tendências bastante preocupantes", como a diminuição global das reservas de grãos, que dão à sociedade uma importante rede de segurança.

O cientista também expressou sua preocupação sobre o fato de que a maioria da produção de grãos está concentrada em áreas vulneráveis ao aquecimento global. Gerber não descartou um uso maior de organismos geneticamente modificados como forma de aumentar a disponibilidade de alimentos.

Paul Ehrlich, presidente do Centro para a Conservação Biológica, da Universidade de Stanford, disse que o problema requer "uma real mudança social e cultural em todo o planeta".

"Se tivéssemos mil anos mais para resolvê-lo, estaria muito tranquilo, mas podemos ter 10 ou 20 anos" apenas, advertiu.

Desde a última segunda-feira (8), o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), cumpre agenda no Peru. A missão é participar da Conferência das Partes (COP-20), promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), sobre mudanças climáticas.

Nesta terça-feira (9), o socialista apresenta na COP-20 as ações relacionadas ao tema realizadas na capital pernambucana. A implantação do inventário de emissões de gases de efeito estufa e a substituição de 40 mil lâmpadas convencionais pelas de LED na iluminação pública serão algumas das iniciativas exemplificadas pelo gestor do Recife.

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Segundo a assessoria do prefeito, Geraldo Julio foi o único gestor municipal do Brasil convidado para o evento, que teve início no dia 1 ° de dezembro e segue até o dia 12. Ele foi acompanhado da secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Cida Pedrosa. “A ideia é, a partir dos resultados obtidos no Recife, compartilhar essa metodologia com outras cidades”, afirmou a secretária. Ao todo, o prefeito do Recife irá participar de três mesas, a última nesta terça (9).

Estudo do Observatório do Clima, que será apresentado no sábado (6), na 20ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP-20), em Lima, Peru, mostra que as emissões brasileiras atingiram 1,57 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente, em 2013. Isso representa um aumento de 7,8% em comparação ao ano anterior e constitui a maior quantidade de emissão desde 2008.

O estudo mostra as emissões, no Brasil, no período de 1970 a 2013.  No ano passado, foram apresentados dados relativos ao período de 1990 a 2012. “No sábado, no evento paralelo à COP-20 que vai ser organizado pelo Observatório do Clima, mostraremos que de 2012 para 2013, o Brasil aumentou em 7,8% as suas emissões, que é um aumento em todos os setores. Aumentou na mudança da terra, no setor de energia, na agropecuária, nos resíduos, nos processos industriais. Em todos os setores da economia monitorados, o Brasil elevou suas emissões”,  disse, hoje (3), à Agência Brasil, o coordenador-geral do Observatório do Clima, André Ferretti.

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O maior aumento das emissões entre 2012 e 2013, da ordem de 16%, ocorreu no desmatamento. Somando  mudança da terra (desmatamento), energia e agropecuária, considerados os grandes vilões das emissões de gases poluentes, verifica-se que esses três setores  respondem por quase 90% das emissões brasileiras, informou o ambientalista. Resíduos e processos industriais ocupam uma parcela ainda reduzida.

De acordo com o Observatório do Clima, em 2013,  o setor de mudança da terra emitiu 542,5 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente. Em segundo lugar, ficou energia, com 473,5 de toneladas, seguindo-se a agropecuária, com 416,7 milhões de toneladas. Os processos industriais foram responsáveis pela emissão 86,5 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente e os resíduos, 48,7 de milhões de toneladas.

O objetivo do Observatório do Clima é fazer o monitoramento anual das emissões no Brasil, para que se tenha tempo hábil de identificar onde as emissões estão piorando, para que se possa ajustar políticas públicas que, eventualmente, não estejam  resultando no esperado ou criar novas políticas para solucionar problemas que estejam sendo causados em alguns setores, disse Ferretti.

Segundo ele, o país está em uma situação complicada, em que todos os cinco setores monitorados mostram o aumento das  emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa. “O mundo precisa reduzir as emissões pela metade, pelo menos, nas próximas três décadas, para que a gente consiga tentar ainda estabilizar a temperatura em, no máximo, 2º [Celsius] acima da média que a gente tinha de temperatura do planeta, no início da revolução industrial”. Ferretti acrescentou que esse é um limiar que os cientistas alertam como algo que ainda traria grandes prejuízos, “como tem trazido”, mas que ainda é aceitável.

O coordenador do Observatório do Clima destacou que um aumento acima da magnitude de 2ºC  em relação à temperatura no século 18 traria consequências muito severas que a espécie humana não vivenciou até hoje. “É um risco muito grande”, disse. Por isso, a expectativa dos ambientalistas é que os esforços globais sejam suficientes para que a temperatura não se eleve acima de 2ºC do que ocorria na Era pré-industrial.  Informou que, atualmente, foi observado um aumento entre 0,8ºC e 0,9ºC. “Estamos chegando a quase 1ºC do que era na revolução industrial e já estamos tendo problemas nos últimos anos, como aumentos climáticos extremos, mais frequentes e mais intensos, causando perdas de vidas, inclusive, e prejuízos econômicos gigantescos no mundo todo”.

Ferretti lembrou que, segundo os cientistas, é prudente  não ultrapassar o limiar de 2ºC, “porque seria mais barato trabalhar agora para reduzir as emissões”. André Ferretti viaja amanhã (4) para Lima, onde apresentará o estudo na COP-20, com o coordenador do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg), o engenheiro florestal Tasso Azevedo.

O Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) realizará, nesta quinta (30) e sexta-feira (21), o VI Workshop de Mudanças Climáticas e Recursos Hídricos do Estado de Pernambuco e o III Workshop Internacional sobre Mudanças Climáticas e Biodiversidade. Os eventos contarão com diversas atividades, entre elas a palestra “Os Extremos Climáticos no Brasil sob a Luz da Ciência do Clima”, com o Marcos Barbosa Sanches, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Segundo o Inep, a ideia principal das ações é promover o encontro das comunidades acadêmicas e interessados pelos temas de mudanças climáticas e biodiversidade. Os eventos também são boas oportunidades para a divulgação de trabalhos técnico-científicos e para a interação entre estudiosos.

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Ainda dentro da programação dos workshops, serão realizados diversos minicursos, no horário das 18h às 22h. O investimento é de R$ 60 para cada qualificação.

De acordo com o Itep, todas as atividades dos eventos serão realizadas na sede da instituição, localizada na Avenida Professor Luiz Freire, 700, no bairro da Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife. As inscrições para os eventos podem ser feitas pela internet e na mesma página virtual é possível encontrar mais informações sobre os workshops.

As mudanças climáticas vão trazer mais dias de calor, provocando uma maior sudorese e desidratação nas pessoas, um fator chave para aumentar o risco dos cálculos renais, destacaram nesta quinta-feira (10) cientistas que fizeram o estudo.

A pesquisa, publicada na revista Environmental Health Perspectives, encontrou uma relação entre dias quentes e pedras nos rins em 60.000 pacientes, que tiveram seus registros médicos analisados em Atlanta, Chicago, Dallas, Los Angeles de Filadélfia.

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"Descobrimos que, à medida que as temperaturas diurnas sobem, há um rápido aumento da probabilidade de que os pacientes sofram de cálculos renais no transcurso dos 20 dias seguintes", disse Gregory Tasian, urologista pediátrico e epidemiológico do Hospital Infantil da Filadélfia e autor do estudo.

À medida que as temperaturas médias diárias subiram cerca de 10 graus Celsius, o risco de ocorrência de pedras nos rins aumentou em todas as cidades exceto em Los Angeles. Além disso, os cálculos renais foram mais frequentes depois de três dias da ocorrência de uma onda de calor.

Os cálculos renais ocorrem quando substâncias como o cálcio e o fósforo alcançam uma concentração elevada demais na urina. Não ingerir uma quantidade suficiente de líquidos pode agravar o problema. Estima-se que cerca de 10% da população dos Estados Unidos sofra de cálculos renais, que são mais comuns nos homens do que nas mulheres.

"Essas descobertas apontam para possíveis impactos na saúde pública relacionados à mudanças climáticas", disse Tasian. "A prevalência de cálculos renais foi aumentando nos últimos 30 anos, e podemos esperar que esta tendência continue, tanto em quantidade como em extensão da área geográfica, à medida que aumentam as temperaturas diurnas", disse Tasian.

(Programar para às 8h do domingo) Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) promoverá nos dias 30 e 31 de outubro dois eventos. No primeiro dia, do encontro, será realizado o VI Workshop de Mudanças Climáticas e Recursos Hídricos do Estado de Pernambuco. Já o segundo, o público poderá conferir o III Workshop Internacional sobre Mudanças Climáticas e Biodiversidade.

Para participar, os interessados devem preencher a ficha de cadastro que se encontra disponível na página do evento ou através do e-mail: viwmcrhpe@gmail.com. O investimento, para cada wokrshop, varia de acordo com a efetivação do pagamento. Até o dia 30 de junho, o custo é de R$ 130, até 25 de outubro, R$ 150 e no dia do evento, R$200.  Para obter mais informações, os participantes podem entrar em contato com a organização através do número (81) 3183 4399 | 3183 4272.

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Um relatório divulgado nesta quinta-feira (5) na reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas, destacou o Brasil como exemplo de sucesso na redução do desmatamento e das emissões de gases de efeito estufa. Produzido pela Union of Concerned Scientists (UCS), com sede nos Estados Unidos, o documento intitulado Histórias de Sucesso no Âmbito do Desmatamento: Nações Tropicais Onde as Políticas de Proteção e Reflorestamento Deram Resultado traz um capítulo dedicado ao Brasil, apresentado como o país que fez as maiores reduções no desmatamento e nas emissões em todo o mundo.

Dezesseis países da África, América Latina e Ásia também são citados como exemplos de sucesso na proteção às florestas. O relatório indica que o governo brasileiro reduziu o desmatamento na Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, por meio da criação de áreas de proteção ambiental a partir da segunda metade da década de 1990, com grande intensificação neste século, e as moratórias acordadas com empresas privadas sobre a compra de soja e carne de áreas desmatadas. “As mudanças na Amazônia brasileira na década passada e a sua contribuição para atrasar o aquecimento global não têm precedentes”, diz o documento.

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De acordo com o principal autor do trabalho, Doug Boucher, o caso brasileiro mostra que o desenvolvimento econômico não é prejudicado pela redução do desmatamento. “Por exemplo, as indústrias de soja e de carne bovina no Brasil prosperaram apesar das moratórias evitando o desmatamento”. O relatório avalia que a derrubada da floresta, “vista no século 20 como algo necessário para o desenvolvimento e uma reflexão do direito do Brasil de controlar seu território, passou a ser vista como uma destruição de recursos devastadora e exploradora daquilo que constituía o patrimônio de todos os brasileiros”.

O estudo destaca o papel desempenhado pelas reservas indígenas na conservação da Floresta Amazônica, iniciativas estaduais e a ação de promotores públicos de Justiça, “um braço independente do governo, separado do Poder Executivo e Legislativo, e com poderes para processar os responsáveis pela violação da lei”. Também é citado o apoio internacional, como o acordo celebrado com a Noruega, que já repassou US$ 670 milhões em compensação pelas reduções das emissões. O documento é considerado de natureza não apenas financeira, mas também política e simbólica, mostrando o compromisso em apoiar os esforços dos países tropicais.

Em relação ao futuro, no entanto, o relatório informa que duas mudanças em 2013 levantaram dúvidas sobre a continuidade do sucesso do país na área climática: as emendas ao Código Florestal Brasileiro que anistiam desmatamentos anteriores e o aumento de 28% na taxa de desmatamento entre 2012-2013 na comparação com o período 2011-2012. A avaliação do documento é que ainda é muito cedo para prever se este crescimento será uma tendência, mas ressalta que, embora o desmatamento tenha aumentado 28% no ano passado, em relação a 2012, ele foi 9% menor ao registrado em 2011 e 70% inferior à media entre 1996 e 2005.

“O Brasil inscreveu seu plano para reduzir o desmatamento em 80% em 2020 na lei nacional, mas para que haja um progresso continuado será necessário redobrar os esforços para reduzir as emissões” afirma o documento. “Nesse meio tempo, a redução do desmatamento da Amazônia já trouxe uma grande contribuição no combate à mudança climática, mais do que qualquer outro país na Terra”, finaliza.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresentou nesta terça-feira um programa de combate às mudanças climáticas, impôs condições à aprovação de um oleoduto entre o Canadá e o Texas e defendeu que seu país assuma a dianteira na luta contra o aquecimento global.

Em discurso proferido a estudantes da Universidade Georgetown, Obama disse que ordenou o governo a pôr fim ao uso de usinas de energia movidas a carvão, que despejam grande quantidade de poluição na atmosfera terrestre.

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A Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) foi instruída a "estabelecer padrões de poluição por carbono tanto para usinas de energia novas quanto para as já existentes", em conjunto com os Estados, a indústria de energia e outras partes interessadas.

Obama anunciou também US$ 8 bilhões em garantias de empréstimos a investimentos em tecnologias capazes impedir a liberação do dióxido de carbono produzido por usinas na atmosfera. Ele decidiu ainda derrubar barreiras comerciais a produtos de energia limpa e fomentar a cooperação bilateral climática com grandes economias como a China, Índia e Brasil.

Ao mesmo tempo em que determinou a implementação das primeiras diretrizes federais para regular e conter as emissões de dióxido de carbono das usinas de eletricidade já em operação e das que serão construídas, Obama disse também que a construção do oleoduto Keystone XL, para levar o petróleo das areias betuminosas do Canadá para refinarias no Texas, deve ser aprovado apenas "se não exacerbar significativamente" a poluição.

Obama enfatizou que os cientistas estão de acordo com o fato de que a Terra está esquentando e que a atividade humana é uma das principais razões para isso. "Eu me recuso a condenar a geração de vocês e as gerações vindouras a viverem em uma planeta que não possa mais ser consertado", disse Obama aos estudantes.

Ele afirmou ainda sentir-se na "obrigação moral" de iniciar a implementação de políticas avançadas que possam conter as emissões de gases causadores do efeito estufa nos EUA e no exterior, na ausência de uma legislação vinda do Congresso.

Antes mesmo de Obama apresentar os detalhes de sua ordem executiva, congressistas republicanos já criticavam a ideia do presidente de fazer frente às mudanças climáticas por considerarem que ela causaria desemprego e prejudicaria a recuperação da economia norte-americana.

Em resposta aos críticos, Obama disse: "Eles dizem isso o tempo todo, e o tempo todo eles estiveram errados".

A defesa de um programa de combate às mudanças climáticas é uma questão politicamente complicada nos Estados Unidos. Pesquisa recente do Centro de Pesquisas Pew mostra o povo norte-americano como o menos preocupado do mundo com as consequências do aquecimento global.

Entretanto, a tentativa de Obama de contornar a inoperância do Congresso norte-americano sobre o tema não garante o sucesso de suas propostas. Os deputados e senadores têm a alternativa de apresentar leis para deter os esforços de Obama. Também é quase certo que as regras para usinas já existentes venham a ser contestadas na justiça. Fontea: Dow Jones Newswires e Associated Press.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em parceria com o Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), realiza, entre os dias 28 e 30 de outubro, o V Workshop de Mudanças Climáticas e Recursos Hídricos do Estado de Pernambuco e o II Workshop Internacional sobre Mudanças Climáticas e Biodiversidade. 

O objetivo é promover o encontro das comunidades acadêmico-científica e interessados pelos temas de mudanças climáticas e biodiversidade, oferecendo oportunidade de divulgação de trabalhos técnico-científicos e de interação entre pesquisadores das áreas para troca de experiências profissionais e enriquecimento do conhecimento de assuntos relacionados aos eixos temáticos.

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Desastres naturais e eventos extremos, geotecnologias e aplicação nos recursos naturais, monitoramento ambiental e variabilidade e mudanças climáticas estão entre os pontos temáticos dos eventos.

A coordenação dos eventos também está recebendo artigos até o dia 31 deste mês. Os textos aprovados serão publicados em Anais, na Revista Brasileira de Geografia Física, Journal of Hyperspectral Remote Sensing ou em Capítulos de Livros. Podem ser inscritos até três artigos por autor e, no máximo, quatro coautores. Os interessados em participar já podem se inscrever através do site do Itep.

MINICURSOS – Serão oferecidos cinco minicursos com carga horária de 12 horas, no horário das 18h às 22h. Os minicursos são: “Base de dados Bibliográficos na redação de Artigos Científicos”, com a professora Rejane Magalhães de Mendonça Pimentel (UFRPE); “Estatística básica aplicada aos sistemas ambientais”, com o professor Romero Luiz Mendonça Sales Filho (UFRPE/UAG), “Aplicativos da ferramenta Hidroligy do ArcGis com imagens orbitais SRTM”, com o engenheiro cartógrafo Aramis Leite de Lima (Itep); “Uso e Aplicações do Surfer 8.0”, com o professor Lincoln Eloi de Araújo “UFPB/Rio Tinto; e “Básico em ArcGIS 10”, com o engenheiro cartógrafo Flávio Porfírio Alves, coordenador técnico da UGEO do Itep. O investimento para todos é de R$ 50.

 





Sydney mergulhou na escuridão na noite (local) deste sábado por ocasião da "Hora do Planeta" contra as mudanças climáticas, marcando o início de um evento que dará a volta ao redor do mundo.

A cidade de Sydney deu início ao evento desligando suas luzes às 20h30 (06h30 no horário de Brasília) em meio a uma salva de palmas de uma pequena multidão que se reuniu para admirar o escuro horizonte e as luzes verdes ao redor da Ópera de Sydney, como símbolo das energias renováveis.

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Os organizadores do evento esperam que milhões de pessoas em mais de 150 países apaguem suas luzes por 60 minutos na noite deste sábado, às 20h30 no horário local, em uma demonstração simbólica de apoio ao planeta.

"É muito emocionante", declarou Jessica Bellamy, moradora de Sydney. "Foi uma noite muito inspiradora porque traz esperança de mudança".

O Japão desligou suas luzes logo depois da Austrália. A iluminação da Torre de Tóquio foi desligada, enquanto foi feito um convite aos visitantes a pedalar bicicletas para gerar energia e iluminar uma obra de arte em forma de ovo.

Na capital da China as luzes foram desligadas no Estádio Olímpico de Pequim, enquanto na área comercial de Xangai os edifícios ao longo do famoso Bund participaram do evento.

A paisagem de Hong Kong parecia desaparecer entre as sombras da noite, quando as luzes de néon e dos outdoors chamativos que normalmente iluminam o céu se apagaram, deixando o porto no escuro.

Em Cingapura, uma multidão de cerca de 1.000 pessoas assistiu o espetáculo de uma plataforma flutuante, onde um grupo musical se apresentou.

Ainda neste sábado, o Kremlin de Moscou, a Torre Eiffel, em Paris, o Portão de Brandenburgo, em Berlim, as cataratas o Niágara, os muros de Dubrovnik (Croácia), a Alhambra de Granada e a Porta de Alcalá em Madrid, entre muitos outros pontos turísticos, devem ficar no escuro.

No ano passado, mais de 150 países participaram deste que é o maior evento ambiental do mundo, e o movimento deste ano seduziu outros países como a Palestina, Tunísia, Suriname e Ruanda.

Na Austrália, onde a campanha foi lançada pela organização World Wildlife Fund (WWF), a Ópera de Sydney e o porto da baía de Sydney foram um dos primeiros monumentos em todo o mundo a apagar suas luzes.

"O que começou como um evento em Sydney em 2007 com dois milhões de pessoas, tornou-se uma tradição em todo o país e ao redor do mundo", indicou Dermot O'Gorman, diretor da WWF na Austrália.

"Acredito que o poder da 'Hora do Planeta' reside em sua capacidade de conectar pessoas e conectá-los a um assunto que realmente importa, como o meio ambiente", explicou O'Gorman enquanto a cidade estava mergulhada no escuro.

"A 'Hora do Planeta' é um sinal de que há milhões de pessoas em todo o mundo que querem unir forças", acrescentou.

Enquanto admirava o espetáculo de pessoas jantando à luz de velas e os emblemáticos edifícios submersos na escuridão, O'Gorman disse que a "Hora do Planeta" tem desempenhado um papel importante na sensibilização do uso de energia.

"A 'Hora do Planeta' sempre tentou mostrar às pessoas que todos nós temos o poder de mudar o mundo em que vivemos", concluiu O'Gorman.

Delegados de quase 200 países reunidos em Doha, no Catar, na 18ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP18) concordaram neste sábado (8) em estender o Protocolo de Quioto até 2020, evitando um grande retrocesso na luta contra as mudanças climáticas.

O acordo mantém o protocolo como o único plano legal obrigatório para o combate ao aquecimento global. Porém, determina metas obrigatórias apenas para os países em desenvolvimento, cuja parcela de responsabilidade pela emissão de gases do efeito estufa é de menos de 15%.

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Os Estados Unidos – atualmente o segundo maior emissor de gases do mundo, atrás somente da China – nunca ratificaram o protocolo original, de 1997, cujo primeiro período de compromisso expira no fim deste ano.

O encontro de 12 dias em Doha tentava um acordo para um tratado mais amplo a partir de 2015. O eventual novo tratado seria aplicado a todos os países e substituiria o Protocolo de Quioto.

O Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) vai sediar, de 29 a 31 de outubro, o IV Workshop de Mudanças Climáticas e Recursos Hídricos do Estado de Pernambuco e o I Workshop Internacional Sobre Mudanças Climáticas e Biodiversidade. Os eventos serão realizados pelo Grupo de Pesquisa de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento (Sergeo) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). 

Os eixos temáticos serão os seguintes: Desastres naturais e eventos extremos; Geotecnologias e aplicação nos recursos naturais; Modelagem climática e perspectivas futuras; Monitoramento ambiental; Variabilidade e mudanças climáticas; Transformações espaciais e seus impactos no clima e recursos hídricos; e Vulnerabilidade e mitigação.

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Serão debatidos os efeitos das mudanças climáticas nos recursos naturais, destacando os recursos hídricos e a biodiversidade do estado de Pernambuco. Pesquisadores, tecnólogos, professores e estudantes de todo o Brasil participam do evento, que tem o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), da Unidade Acadêmica de Garanhuns/Universidade Federal Rural de Pernambuco (UAG/UFRPE) e do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), por meio da Diretoria Técnica/Unidade de Geoinformação.

O encontro será no auditório Pelópidas Silveira, na Avenida Professor Luiz Freire, 700, na Cidade Universitária, Recife. A coordenação será da professora Josiclêda Domiciano Galvíncio, do Departamento de Ciências Geográficas da UFPE. A programação completa pode ser conferida no site do Itep.

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