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A guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas entrou no seu quarto mês neste domingo (7) sem mostrar quaisquer sinais de trégua, com novos bombardeios israelenses em Gaza e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em viagem ao Oriente Médio para tentar evitar uma conflagração regional.

Israel prometeu destruir o Hamas após o ataque de 7 de outubro, que deixou cerca de 1.140 mortos em território israelense, segundo uma contagem da AFP baseada em números israelenses.

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Além disso, cerca de 132 reféns dos 250 sequestrados pelo Hamas, grupo classificado pela União Europeia e pelos Estados Unidos como "terrorista", permanecem cativos no território palestino.

A ofensiva que Israel lançou em Gaza em retaliação deixou até agora pelo menos 22.835 mortos, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, no poder no enclave palestino.

Os bombardeios israelenses deixaram bairros inteiros de Gaza em ruínas, forçaram 85% dos habitantes de Gaza a abandonar as suas casas e causaram uma grave crise humanitária, segundo a ONU.

O Exército israelense realizou ataques aéreos durante toda a noite de sábado, incluindo pelo menos seis na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, segundo um correspondente da AFP. Pelo menos 64 pessoas morreram nestes ataques, segundo o Ministro da Saúde do Hamas.

Na manhã deste domingo, testemunhas relataram bombardeios em Khan Yunis, também no sul do território e novo epicentro dos combates.

O Ministério da Saúde do Hamas afirmou ainda que dois jornalistas palestinos, Mustafa Thuria, um cinegrafista freelancer que trabalhava para a agência AFP, e Hamza Wael Dahdouh, um repórter do canal Al Jazeera, morreram em um bombardeio israelense enquanto viajavam em um veículo.

A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) anunciou neste domingo que evacuou o seu pessoal de um hospital no centro de Gaza.

"A situação tornou-se tão perigosa que alguns membros da nossa equipe que vivem no bairro já não conseguiam sequer sair de casa devido às constantes ameaças de drones e francoatiradores", disse Carolina Lopez, membro da ONG.

Na Cisjordânia, um território palestino ocupado por Israel desde 1967, seis palestinos morreram em Jenin em um ataque de tropas israelenses. Dois israelenses também foram mortos – um policial e um civil.

- Manifestação contra Netanyahu -

Na véspera, o Exército israelense anunciou que "concluiu o desmantelamento da estrutura militar do Hamas no norte" de Gaza e que a partir de agora se concentrará "no centro e no sul" do enclave.

O Hamas assumiu o poder em Gaza em 2007, dois anos após a retirada unilateral de Israel deste território. Posteriormente, Israel colocou o estreito território sob bloqueio durante 16 anos, antes de impor um cerco total desde 9 de outubro.

Apesar da pressão internacional e dos apelos a um cessar-fogo, Israel permanece inflexível.

"A guerra não terminará até que tenhamos alcançado (os nossos objetivos, ndr)", que são "a eliminação do Hamas", o retorno dos reféns e que "Gaza não seja mais uma ameaça para Israel", declarou no sábado o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Mas em Israel nem todos apoiam esta linha. À noite, manifestantes saíram às ruas de Tel Aviv para exigir a renúncia do governo e eleições antecipadas. "Estamos fartos!", disse Shachaf Netzer, 54 anos, à AFP.

"Precisamos de novas eleições. Precisamos de um novo governo. Precisamos de um novo líder", afirmou.

- Blinken no Oriente Médio -

Neste contexto, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, cujo país é o principal aliado de Israel, realiza uma nova viagem pela região.

Neste domingo, encontrou-se com o rei Abdullah II da Jordânia, que, segundo um comunicado do Palácio, apelou aos Estados Unidos que pressionem Israel para um "cessar-fogo imediato" em Gaza, alertando para "repercussões catastróficas" se as hostilidades continuarem.

Blinken afirmou que era "imperativo maximizar a ajuda humanitária a Gaza". Ele também pediu para evitar uma conflagração regional e trabalhar para uma paz "duradoura" e "avançar para a criação de um Estado palestino".

Há receios de contágio regional devido aos disparos quase diários entre o Hezbollah libanês, um aliado do Hamas, e as forças israelenses na fronteira israelense-libanesa.

Além disso, na Síria e no Iraque, os ataques a bases militares dos Estados Unidos, principal aliado de Israel, dispararam nas últimas semanas. Enquanto estavam no Iêmen, os rebeldes houthis apoiados pelo Irã multiplicaram os seus ataques a navios no mar Vermelho em "apoio" aos palestinos em Gaza.

Depois da Jordânia, Blinken viajará para o Catar, que mediou a trégua do final de novembro. Ele terminará o dia em Abu Dhabi, antes de seguir na segunda-feira para a Arábia Saudita e Israel, onde antecipou negociações que "não (serão) fáceis".

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump lançou neste sábado sua campanha eleitoral em Iowa, com comícios nos quais prometeu “vencer pela terceira vez”, três anos depois de seus apoiadores terem invadido o Capitólio, em Washington.

O pequeno estado do centro-oeste americano fará assembleias eleitorais na próxima segunda-feira, o que dará início às primárias republicanas para as eleições de novembro.

O líder republicano busca retornar à Casa Branca em 20 de janeiro de 2025, apesar de enfrentar processos na justiça. Em discurso de duas horas para apoiadores na localidade de Newton, Trump não se aprofundou nos acontecimentos de 6 de janeiro de 2021, mas descreveu os presos por envolvimento nos fatos como “reféns” e prometeu que, se for reeleito, concederá muitos indultos.

Trump debochou do atual presidente, Joe Biden, seu provável rival nas eleições de novembro, e disse que o democrata foi responsável pelo declínio econômico do país, alimentou o caos nas fronteiras e não conseguiu impedir a invasão russa à Ucrânia.

O ex-presidente republicano alertou para a Terceira Guerra Mundial se Biden for reeleito, acrescentando: “Esta é a nossa última oportunidade de salvar os Estados Unidos."

Sem nunca ter deixado de lado a narrativa de que venceu as eleições de 2020, Trump declarou que vencerá "pela terceira vez" em novembro.

Biden, que criticou duramente Trump em discurso pronunciado ontem, não tem nenhum ato público programado para este fim de semana, segundo a Casa Branca.

- Pesquisas favoráveis -

Apesar de seus reveses nos tribunais e do risco de ser preso por suas tentativas de reverter os resultados das eleições presidenciais de novembro de 2020, as pesquisas atribuem a Trump 60% dos votos nas eleições internas republicanas, frente aos seus principais adversários.

O ex-presidente nega ter incitado seus apoiadores a atacar o Capitólio, embora ainda diga que as eleições de 2020 foram roubadas. Para determinar a responsabilidade e pressão que ele teria exercido para tentar reverter os resultados eleitorais, um julgamento criminal deve ter início em 4 de março, na capital americana.

O Vaticano esclareceu nesta quinta-feira (4) que a bênção pastoral de casais homoafetivos ou em "situação irregular", recentemente permitida pela Igreja Católica, não será "litúrgica ou ritualizada" e deve, sobretudo, ser "muito breve e rápida".

Segundo declaração do prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal argentino Victor Manuel Fernández, são "bênçãos de poucos segundos, sem ritual, nas quais, "se duas pessoas se aproximam para invocá-la, simplesmente pedem ao Senhor paz, saúde e outros bens para essas duas pessoas que solicitam".

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O religioso esclarece pontos da declaração "Fiducia Supplicans", emitida no dia 18 de dezembro, que permite bênçãos a casais homossexuais ou em situação de união estável, desde que essa prática não seja confundida com o casamento.

De acordo com o órgão, são possíveis as "bênçãos a casais em situação irregular e a casais do mesmo sexo, cuja forma não deve ter qualquer fixação ritualística por parte das autoridades eclesiásticas, a fim de não produzir uma confusão com a bênção característica do sacramento do matrimônio".

Ao mesmo tempo, "pede-se que possam viver o Evangelho de Cristo em plena fidelidade e que o Espírito Santo possa libertar estas duas pessoas de tudo o que não corresponde à sua vontade divina e de tudo o que exige purificação".

O comunicado visa responder às numerosas objeções e oposição das conferências episcopais de todo o mundo, e repete que a doutrina sobre o casamento não muda. Além disso, explica que os bispos podem discernir a aplicação dependendo dos contextos.

No que diz respeito à doutrina, reconhece-se que "os compreensíveis pronunciamentos de algumas conferências episcopais têm o valor de evidenciar a necessidade de um período mais longo de reflexão pastoral".

A Doutrina da Fé acrescenta um exemplo do que seria uma "bênção pastoral" em que o sacerdote formula a oração "Senhor, olha para estes teus dois filhos, concede-lhes saúde, trabalho, paz, ajuda mútua.

Liberte de tudo o que contradiz o teu Evangelho e concede-lhes viver segundo a tua vontade. Amém".

"São 10 ou 15 segundos. Faz sentido negar esse tipo de bênção a duas pessoas que imploram?", questiona.

Por fim, o Vaticano enfatiza que esta bênção para casais irregulares ou homossexuais "nunca será realizada ao mesmo tempo que os ritos de união civil ou mesmo em relação a eles.

"Nem mesmo com as roupas, gestos ou palavras típicas de um casamento. Além disso, não deve acontecer num lugar importante do edifício sagrado ou em frente ao altar, porque isso também criaria confusão", conclui.

Da Ansa

Os pilotos de um avião da companhia aérea Japan Airlines (JAL) que pegou fogo após evacuar seus 379 passageiros e tripulantes inicialmente não perceberam o incêndio, conforme novos detalhes divulgados nesta quinta-feira (4).

O avião colidiu com uma aeronave da guarda costeira após pousar na noite de terça-feira no aeroporto de Haneda, em Tóquio. Os seis ocupantes da pequena aeronave morreram.

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Uma bola de fogo irrompeu do avião de passageiros antes de parar, e as chamas se espalharam pelo restante da aeronave, de acordo com imagens divulgadas pelos passageiros.

No entanto, de acordo com a emissora nacional NHK, os pilotos do voo da JAL na cabine de comando não estavam cientes do incêndio antes de serem informados pela tripulação.

O chefe dos comissários de bordo relatou o fogo à cabine de comando e pediu permissão para abrir as saídas de emergência, informou a NHK.

Nesse momento, a aeronave estava se enchendo de fumaça, com bebês chorando e passageiros implorando para que abrissem as portas, conforme as imagens.

A evacuação começou em dois tobogãs na frente da aeronave.

A JAL indicou que havia apenas uma saída adicional, na parte traseira esquerda, que estava a salvo do fogo, mas a comunicação interna não estava funcionando, então os pilotos não podiam autorizar seu uso.

Os comissários consideraram urgente desembarcar os passageiros pela porta traseira, então a abriram sem permissão, conforme treinados.

O avião levou 18 minutos para evacuar todos os passageiros, sendo o piloto o último a sair.

Logo depois, o avião foi engolido pelo fogo e dezenas de caminhões de bombeiros tentaram apagar as chamas, o que levou oito horas.

"Honestamente, pensei que não sobreviveria. Eu escrevi para minha família e amigos dizendo que meu avião estava em chamas", contou uma passageira à NHK.

"Os passageiros pareceram seguir as instruções ao pé da letra", comentou Terence Fan, um especialista na indústria aérea, à AFP.

Investigadores do Japão, França, Reino Unido e Canadá analisavam nesta quinta-feira o acidente, com os destroços carbonizados de ambas as aeronaves ainda deitados em uma das pistas de Haneda.

Transcrições das comunicações dos controladores de tráfego aéreo divulgadas pela imprensa revelaram que a torre de controle havia aprovado o pouso do voo da JAL.

No entanto, a aeronave da guarda costeira teria sido instruída a se dirigir a outra parte da pista, o que não cumpriu.

burs-stu/aha/mas/am

Um avião da companhia aérea Japan Airlines com 367 passageiros a bordo foi evacuado após pegar fogo no aeroporto da cidade de Haneda, em Tóquio, na manhã desta terça-feira (2).

A informação foi divulgada pela emissora pública NHK, a qual apontou que a aeronave, proveniente do aeroporto Shin-Chitose, em Hokkaido, colidiu com um avião da Guarda Costeira.

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Todos os 367 passageiros foram retirados do local. Já as pessoas presentes na aeronave da Guarda Costeira eram seis, sendo que o piloto conseguiu escapar e cinco estão desaparecidas.

Imagens divulgadas pelo canal mostram o momento exato em que chamas saem das janelas da aeronave comercial.

Por sua vez, o avião militar estava na pista para decolar rumo à base militar de Niigata, na costa oeste do país, e transportava ajuda humanitária para auxiliar civis afetados pelo terremoto que atingiu a região no dia 1º de janeiro, deixando 48 mortos.

Ontem (1º), a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, inclusive, afirmou que seu país "está ao lado do povo japonês neste momento difícil" e expressou suas "condolências ao primeiro-ministro Kishida pelas vítimas do terremoto".

"Estamos prontos para fornecer ao Japão toda a ajuda e apoio necessário", declarou ela. 

Da Ansa

Dezenas de pessoas se atiraram, nesta segunda-feira (1º), nas águas geladas do porto de Boston como parte de uma tradição de 120 anos na cidade e que é celebrada com um mergulho polar no dia de Ano Novo.

Desafiando temperaturas da água de cerca de seis graus Celsius e do ar apenas acima do congelamento, os nadadores mergulharam ao som de gaitas. Do lado de fora, os presentes exibiam fotos dos entes queridos que perderam no ano passado e que participaram de edições anteriores do festival.

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Alguns dos participantes usaram máscaras de hóquei ou camisetas de seus times favoritos, enquanto outros usaram acessórios festivos, como a roupa vermelha do Papai Noel. Até mesmo uma família se vestiu de abelha para homenagear o pai falecido.

"Ao começar o Ano Novo desta forma, sinto que renasço ao sair da água. De verdade. Quero dizer, estou congelando, mas me sinto realmente bem", disse à AFP Ruth Tannert, de 65 nos, vinda de Roslindale, Massachusetts.

"Tenho esta como uma forma de dar o pontapé inicial ao ano novo. Não penso em nenhuma outra forma", acrescentou.

Nos Estados Unidos há vários destes clubes de natação em águas geladas, mas o chamado L Street Brownies de Boston diz ser um dos mais antigos, com uma tradição que remonta a 1904.

Um estudante chinês aluno de intercâmbio nos Estados Unidos, vítima de um golpe de "cibersequestro", no qual seus pais foram extorquidos em 80.000 dólares (R$ 387 mil reais, na cotação atual), foi encontrado vivo, "com frio e assustado" em um bosque de Utah (oeste), informou a polícia.

Kai Zhuang, de 17 anos, tinha sido dado como desaparecido na quinta-feira (28), depois que sua família na China informou aos encarregados da escola de ensino médio que ele frequentava em Riverdale (Utah) que parecia ter sido sequestrado e que um resgate havia sido pedido.

O caso seguia o típico padrão do cibersequestro, no qual os supostos "sequestradores" pedem à vítima, mediante fraude, que se isole e forneça fotos de si própria como se estivesse em cativeiro. Em seguida, as imagens são enviadas a familiares para extorqui-los e obter pagamento.

As vítimas acabam concordando ao acreditar que, caso se recusem a seguir as ordens dos criminosos, sua família será prejudicada.

Os familiares de Kai já tinham depositado 80.000 em contas bancárias da China durante o golpe, segundo a polícia.

Após analisar os registros bancários, compras e históricos de chamadas telefônicas durante vários dias, a polícia concluiu que Kai estava isolado em uma barraca de camping cerca de 40 km ao norte, em uma extensa área próxima a Brigham City.

"Devido ao frio que faz em Utah nesta época do ano, nos preocupava ainda mais a segurança da vítima, pois poderia morrer congelada durante a noite", informou o Departamento de Polícia de Riverdale em um comunicado após o adolescente ter sido encontrado no domingo.

Um sargento que subia uma encosta a pé encontrou a barraca de Kai, que não tinha nenhuma fonte de calor, exceto por "uma manta térmica, um saco de dormir, pouca comida e água e vários telefones que supostamente foram usados para realizar o cibersequestro", acrescentou.

Segundo a polícia de Riverdale, os sequestradores cibernéticos têm se concentrado ultimamente em estudantes estrangeiros de intercâmbio e, em particular, nos chineses.

O líder opositor sul-coreano Lee Jae-myung foi esfaqueado, nesta terça-feira (noite de segunda, 1º, no Brasil), enquanto conversava com jornalistas na cidade portuária de Busan, reportou a agência de notícias Yonhap.

Lee caminhava em meio a uma multidão de jornalistas após visitar o local que abrigará um novo aeroporto quando um homem abriu caminho e se atirou sobre ele, atingindo-o no pescoço, segundo imagens exibidas por emissoras de TV sul-coreanas.

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Em seguida, Lee, de 59 anos, cai no chão, enquanto as pessoas correm para ajudá-lo. Um homem aparece pressionando seu pescoço com um lenço.

Ele estava "caminhando em direção ao seu carro, enquanto conversava com jornalistas quando o agressor pediu seu autógrafo, antes de atingi-lo no pescoço com algo que se parecia com uma faca", contou uma testemunha à emissora local YTN.

Socorristas foram vistos levando Lee para uma ambulância.

Segundo a agência Yonhap, Lee estava sangrando, porém consciente quando foi levado ao hospital.

Imagens de TV mostraram policiais lutando com o agressor até subjugá-lo. Ele usava um chapéu com o nome de Lee estampado.

De acordo com a Yonhap, o agressor foi preso.

Líder do Partido Democrata, de esquerda, Lee perdeu para o conservador Yoon Suk Yeol as disputadas eleições presidenciais de 2022.

Yoon se disse "profundamente preocupado com a segurança de Lee Jae-myung após saber do ataque", afirmou sua porta-voz, Kim Soo-kyung.

"Yoon enfatizou que nossa sociedade nunca deve tolerar este tipo de ato de violência sob nenhuma circunstância", acrescentou.

Ex-operário infantil que sofreu um acidente de trabalho na adolescência após abandonar os estudos, Lee ascendeu ao estrelado político em parte graças à sua história de superação, de menino pobre a homem bem sucedido.

Pesquisas de opinião recentes apontam que Lee se mantém como um candidato forte à Presidência.

Mas sua tentativa de chegar ao posto máximo do Executivo foi ofuscada por uma série de escândalos.

Lee conseguiu se livrar de ir para a prisão em setembro, quando uma corte indeferiu um pedido do Ministério Público para que ele fosse posto sob custódia à espera de ser julgado por corrupção.

A polícia alemã anunciou, neste domingo (31), a prisão de três "islamistas" suspeitos de planejarem um atentado na noite de Ano Novo na catedral de Colônia, no oeste do país.

Os três detidos fazem parte de "um grupo islamista", indicou Herbert Reul, ministro do Interior de Renânia do Norte-Vestfália, o estado onde fica Colônia, durante entrevista coletiva.

Reul detalhou que as medidas de segurança foram reforçadas no entorno da monumental catedral gótica da cidade, com cerca de 1.000 agentes destacados.

O encarregado da polícia em Colônia, Johannes Hermann, disse que há suspeitas de que os três detidos mantinham vínculos com um homem originário do Tadjiquistão, que as forças de segurança alemãs haviam detido na véspera do Natal.

Segundo o jornal Bild, estes quatro "islamistas" são de nacionalidade tadjique e queriam cometer atentados em nome do braço do Estado Islâmico no Afeganistão.

"Os grupos islamistas" estão "agora mais ativos do que em qualquer outro momento", alertou o ministro de Interior da Renânia do Norte-Vestfália.

Não obstante, Reul assegurou que as celebrações previstas para o Ano Novo em Colônia estão mantidas.

Nas últimas semanas, a Alemanha elevou seu nível de alerta antiterrorista devido a possíveis repercussões da guerra em Gaza.

O atentado jihadista mais violento no país ocorreu em dezembro de 2016, quando um homem avançou com um caminhão em um mercado de rua natalino em Berlim, no qual morreram 12 pessoas.

A Eurostar restabeleceu suas operações na manhã deste domingo (31), em Londres, um dia após cancelar todas as viagens devido a inundações em dois túneis no sudeste da Inglaterra.

Cerca de 30.000 passageiros ficaram parados na véspera do Ano Novo em Londres, Paris, Bruxelas e Amsterdã, após o cancelamento de 41 trens.

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A empresa informou que poderá utilizar "ao menos um túnel" e assim garantir "um serviço completo", embora atrasos e restrições de velocidade estejam previstos.

"Deveria ter embarcado em um trem ontem às 06h30 (locais), mas foi cancelado. Consegui encontrar vaga hoje, estou com sorte", disse à AFP Lisa Thompson na estação Saint Pancras, em Londres, antes de embarcar para Paris.

A Eurostar pediu desculpas e orientou os passageiros a buscarem informações em seu site sobre possíveis "restituições" pelos cancelamentos.

Em 21 de dezembro uma greve surpresa de funcionários franceses forçou o fechamento do túnel ferroviário sob o Canal da Mancha que une França ao Reino Unido.

A rainha de Dinamarca, Margrethe II, anunciou neste domingo (31), durante seu tradicional discurso de Ano Novo, que vai abdicar do trono em 14 de janeiro, depois de 52 anos de reinado.

"Em 14 de janeiro de 2024, 52 anos depois de suceder a meu amado pai, renunciarei como rainha da Dinamarca. Deixarei o trono a meu filho, o príncipe herdeiro Frederik", disse a monarca em mensagem televisionada.

A popular soberana de 83 anos, viúva desde 2018, passou por uma cirurgia nas costas em fevereiro, que a manteve afastada da vida pública até abril.

"A operação [...] deu lugar a reflexões sobre o futuro, sobre a questão de se era tempo de transferir as responsabilidades para a próxima geração", disse a rainha.

Desde a morte de sua prima distante, Elizabeth II da Inglaterra, Margrethe II é a última monarca reinante na Europa.

Mais de 80% dos dinamarqueses afirmam ser favoráveis à monarquia e multidões celebraram seu jubileu de 50 anos de reinado no ano passado.

"Muitos de nós não conhecemos outro monarca. A Rainha Margrethe é a própria encarnação da Dinamarca e, ao longo dos anos, colocou palavras e sentimentos ao que somos como povo e como nação", reagiu a primeira-ministra Mette Frederiksen em um comunicado.

Multidões animadas começaram neste domingo(31) a se despedir de 2023, um ano marcado por recordes de calor, o auge da inteligência artificial e as dolorosas guerras em Gaza e na Ucrânia.

A população mundial, que já supera oito bilhões espera em 2024 se livrar do peso do alto custo de vida e do tumulto global.

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Em Sidney, a autoproclamada "capital mundial do Ano Novo", mais de um milhão de pessoas lotaram as margens do porto para admirar um espetáculo de oito toneladas de fogos de artifícios.

Antes de anoitecer, milhares de pessoas se reuniram em torno da icônica Harbour Bridge, em um clima inusualmente úmido.

Entre os fatos notáveis do ano estão o primeiro transplante ocular completo do mundo e uma "Barbie mania" impulsionada pelo bem-sucedido filme dedicado à famosa boneca da Mattel.

Além disso, a Índia superou a China como o país mais populoso do mundo e se tornou o primeiro a pousar um foguete do lado escuro da Lua.

Também foi o ano mais quente desde o início dos registros em 1880, com um série de desastres provocados pelo clima que afetaram da Austrália ao Chifre da África e a bacia do Amazonas.

O mundo se despediu da "Rainha do Rock 'n' Roll" Tina Turner, do ator de "Friends" Matthew Perry, do cantor e compositor anglo-irlandês Shane MacGowan e o mestre do romance distópico Cormac McCarthy.

Porém 2023 será lembrando, sobretudo, pela guerra no Oriente Médio, iniciada com os ataques do Hamas em 7 de outubro no sul de Israel e as represálias israelenses.

- Que a guerra termine -

A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que quase dois milhões de habitantes de Gaza tenham sido deslocados desde o início do conflito, aproximadamente 85% da população em tempos de paz.

Os outrora movimentados bairros da Cidade de Gaza foram reduzidos a escombros e há poucos locais para celebrar o Ano Novo e menos entes queridos para festejar.

"Foi uma ano obscuro cheio de tragédias", disse Abed Akkawi, que fugiu da cidade com a esposa e três filhos para um abrigo da ONU em Rafah, no sul.

O homem de 37 anos conta que a guerra destruiu sua casa e matou seu irmão. Ainda assim, mantém esperanças para 2024.

"Deus queira que esta guerra termine, que o novo ano seja melhor e que possamos voltar para nossas casas e reconstruí-las, ou mesmo viver em uma barraca sobre os escombros", afirmou.

A Ucrânia, onde a invasão russa se aproxima do segundo aniversário, vive entre a esperança e o desafio após o novo ataque de Moscou.

"Vitória! Estamos lhe esperando e acreditamos que a Ucrânia vencerá", disse Tetiana Shostka enquanto sirenes antiaéreas soavam em Kiev.

Na Rússia, também há cansaço em relação ao conflito.

"No novo ano gostaria que a guerra terminasse, que houvesse um novo presidente e a vida voltasse ao normal", disse Zoya Karpova, cenógrafa de 55 anos e residente em Moscou.

Putin é o presidente há mais tempo no poder na Rússia desde Josef Stalin e seu nome voltará às urnas quando os russos votarem em março.

No Vaticano, o papa Francisco rezou pelos povos que sofrem com as guerras, citando ucranianos, palestinos, israelenses, sudaneses e rohingyas.

"No final de um ano, se tenha a coragem de perguntar: quantas vidas humanas foram perdidas em conflitos armados? Quantos mortos?", disse Francisco após o último Angelus de 2023.

- As urnas -

O ano de 2024 se anuncia como o ano das eleições, já que o destino político de mais de 4 bilhões de pessoas será decidido em votações na Rússia, Reino Unido, União Europeia, Índia, Indonésia, México, África do Sul, Venezuela e muitos outros países.

Porém, uma eleição promete consequências globais. Nos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, de 81 anos, e o republicano Donald Trump, de 77, parecem dispostos a repetir em novembro a corrida presidencial de 2020.

Como presidente em exercício, Biden já deu mostras de sua idade avançada e mesmo seus partidários se preocupam com as consequências de outros quatro anos no poder.

Mas se por um lado há esta preocupação, por outro há temores pelo retorno de Trump.

O ex-presidente enfrenta várias acusações e os eleitores poderão decidir se ele irá para o Salão Oval ou para a prisão.

O líder norte-coreano Kim Jong Un voltou a ameaçar com um ataque nuclear a Coreia do Sul e ordenou acelerar os preparativos militares em face de uma "guerra" que poderia "explodir a qualquer momento", informou neste domingo (31) a agência estatal KCNA.

Kim criticou duramente os Estados Unidos em um longo discurso, ao término de uma reunião de cinco dias do comitê central do Partido dos Trabalhadores da Coreia, um encontro anual que define a direção estratégica do país.

Durante essa reunião, o partido governante anunciou o lançamento de três novos satélites espiões em 2024, a fabricação de drones e o desenvolvimento das capacidades de guerra eletrônica, informou a KCNA.

Pyongyang colocou em órbita um satélite militar espião em novembro e, desde então, afirma que o equipamento lhe proporcionou imagens de posições militares tanto americanas como sul-coreanos.

Neste ano, também realizou um número recorde de testes armamentistas, incluindo o lançamento de seu mais poderoso míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês).

Durante a reunião, Kim acusou os Estados Unidos de apresentarem "vários tipos de ameaça militar" e ordenou que seu Exército monitore de perto a situação de segurança na península e que "responda sempre com uma atitude arrasadora".

"Uma guerra pode explodir a qualquer momento na península devido aos movimentos temerários dos inimigos para nos invadir", disse Kim.

Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos intensificaram sua cooperação em matéria de defesa este ano, diante das crescentes ameaças nucleares e de mísseis por parte de Pyongyang, e ativaram recentemente um sistema para compartilhar dados em tempo real dos lançamentos de mísseis norte-coreanos.

No início de dezembro, um submarino americano de propulsão nuclear chegou ao porto sul-coreano de Busan, e Washington enviou bombardeiros de longo alcance para executar manobras com Seul e Tóquio.

Para Pyongyang, o envio de armas estratégicas, como os bombardeiros B-52, aos exercícios conjuntos na península coreana são "ações intencionalmente provocadoras dos Estados Unidos para uma guerra nuclear".

"Devemos responder rápido a uma possível crise nuclear e continuar acelerando os preparativos para pacificar o território inteiro da Coreia do Sul, mobilizando todos os meios físicos e forças, incluindo a nuclear, em caso de emergência", disse Kim.

- 'Situação de crise incontrolável' -

Na reunião, Kim disse que não continuaria buscando a reconciliação e a reunificação com a Coreia do Sul, ao destacar uma "persistente e incontrolável situação de crise" na península, que, segundo ele, foi desencadeada por Washington e Seul.

As relações entre as Coreias estão em um de seus piores momentos, depois que o Norte lançou um satélite espião que levou Seul a suspender parcialmente um acordo militar de 2018 destinado a reduzir as tensões na península.

"Acho que é um erro que não deveríamos seguir cometendo considerar as pessoas que nos declaram como seu 'principal inimigo' [...] como alguém com quem buscar reconciliação e reunificação", reportou a KCNA, citando Kim.

O líder norte-coreano ordenou a elaboração de políticas para reorganizar os departamentos que gerenciam os assuntos fronteiriços para "mudar radicalmente de rumo".

Leif Easley, professor de Relações Internacionais na Ewha University de Seul, afirmou que a ênfase que a Coreia do Norte coloca em suas "significativas capacidades nucleares" busca, na realidade, esconder os escassos êxitos econômicos que o país teve este ano.

"Muito do que publicam os veículos controlados pelo Estado é propaganda", disse Easley. "A retórica belicosa de Pyongyang sugere que suas medidas militares não têm a ver apenas com a dissuasão, mas também com sua política interna e a coerção internacional", acrescentou.

No ano passado, o Norte se declarou como uma potência nuclear "irreversível" e, posteriormente, incorporou o esse status à sua Constituição. Pyongyang assegura que seu programa nuclear é crucial para a sua sobrevivência.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou diversas resoluções instando a Coreia do Norte a deter seus programas balísticos e nucleares desde o seu primeiro teste nuclear em 2006.

Os combates voltaram a se intensificar neste sábado (30) na Faixa de Gaza, cujos habitantes, esgotados pelos deslocamentos e pela escassa ajuda humanitária, estão desesperados pelo fim da guerra entre Israel e o Hamas, que entra em sua 13ª semana.

No sul do território, fumaça era vista sobre a cidade de Khan Yunis neste sábado, enquanto em Rafah, na fronteira com o Egito, os habitantes continuavam se amontoando, tentando se salvar dos bombardeios incessantes de Israel.

Um correspondente da AFP reportou disparos de artilharia contínuos durante a noite em Rafah e Khan Yunis.

"Chega desta guerra! Estamos totalmente exaustos. Nos deslocamos constantemente de um lugar para outro com este frio", exclamou Um Louay Abu Khater, de 49 anos, em um acampamento de Rafah.

"Bombas caem em cima de nós dia e noite. Esperamos mísseis (a qualquer momento), enquanto outros se preparam para comemorar o Ano Novo", lamentou a mulher.

Apesar do repúdio internacional crescente, o exército israelense mantém sua ofensiva e informou sobre "intensos combates" e ataques aéreos no pequeno território palestino.

Em Beit Lahia, no norte de Gaza, "as tropas desmontaram dois complexos militares do Hamas", informou no sábado um comunicado militar, e dezenas de "terroristas" morreram na Cidade de Gaza.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, reafirmou na sexta-feira seu apelo por "um cessar-fogo humanitário imediato" e a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para a ameaça crescente de doenças infecciosas.

- Disposto a negociar -

Israel iniciou em 7 de outubro uma devastadora campanha aérea e terrestre contra Gaza, que deixou aos menos 21.507 mortos, a maioria mulheres e menores de idade, segundo o Ministério da Saúde deste território, governada pelo Hamas.

A guerra em Gaza se seguiu aos sangrentos ataques do Hamas contra Israel naquela data, que deixaram 1.140 mortos, a maioria civis, segundo contagem da AFP com base em dados israelenses.

O movimento islamista palestino também fez cerca de 250 reféns, mais da metade dos quais são mantidos em Gaza.

Segundo o exército israelense, 168 de seus soldados morreram no território.

As forças armadas de Israel publicaram no sábado um vídeo de túneis do Hamas, equipados com eletricidade, sistemas de ventilação e inclusive salas de oração, que o exército israelense destruiu na sexta-feira.

Ahmed al-Baz, nascido em Gaza há 33 anos, afirmou que o ano que termina foi "o pior de [sua] vida".

"Foi um ano de destruição e devastação. Passamos pelo inferno e conhecemos a própria morte", relatou. "Só queremos o fim da guerra e começar o novo ano nas nossas casas, com uma trégua declarada".

Enquanto isso, os mediadores internacionais continuam se esforçando para conseguir uma nova pausa nos combates.

O veículo de comunicação americano Axios e o site israelense Ynet, citando funcionários israelenses que não se identificaram, informaram que, segundo os mediadores cataris, o Hamas estaria disposto a retomar os diálogos sobre novas libertações de reféns em troca de um cessar-fogo.

Na sexta-feira, uma delegação do Hamas chegou ao Cairo para discutir um plano egípcio que contempla tréguas renováveis, a libertação escalonada de presos palestinos e, por último, o fim da guerra, segundo fontes próximas do movimento islamista.

Israel não comentou formalmente o projeto, mas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou na quinta-feira às famílias dos reféns que o governo está "em contato" com os mediadores egípcios e que trabalha "para trazer todos de volta".

Mia Shem, refém franco-israelense libertada no acordo de trégua de novembro, declarou à imprensa israelense que seu cativeiro foi marcado pelo "medo de ser estuprada, pelo medo de morrer".

- Venda emergencial de munições -

Segundo a ONU, mais de 85% dos 2,4 milhões de habitantes de Gaza deixaram suas casas e muitos passam fome e são obrigados a se abrigar das chuvas em barracas improvisadas.

Israel impôs um certo total ao território, que provocou escassez de comida, água potável, medicamentos e combustível. As caravanas de ajuda só chegam para mitigar esporadicamente a situação.

Segundo a OMS, cerca de 180.000 pessoas sofrem de infecções respiratórias e foram registrados 136.400 casos de diarreia, a metade entre menores de cinco anos.

Na sexta-feira, a África do Sul, que apoia longamente a causa palestina, solicitou à Corte Internacional de Justiça que iniciasse um processo contra Israel por "ações genocidas contra o povo palestino em Gaza". Israel repudiou estas acusações.

Os Estados Unidos, por sua vez, anunciaram na sexta a venda para Israel de munições explosivas de artilharia por 147,5 milhões de dólares (R$ 714 milhões, na cotação atual).

"É uma prova clara do apoio total da administração americana a esta guerra criminosa", denunciou o Hamas em um comunicado.

O conflito em Gaza também acentuou a violência no outro território palestino, a Cisjordânia ocupada, onde pelo menos 317 palestinos morreram desde 7 de outubro.

Neste sábado, soldados israelenses mataram perto de Hebron um palestino que teria atacado um posto militar com seu carro, segundo as forças armadas de Israel.

Além disso, a guerra intensificou as tensões na região.

Bombardeios aéreos "provavelmente israelenses" mataram 19 combatentes afins ao Irã e feriram cerca de 20 no leste da Síria, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Quando os competidores do Free Fire, popular jogo online de tiro, enfrentam a jogadora Mami Nena, poucos imaginariam que a pessoa por trás da tela do computador é uma idosa chilena de 81 anos.

María Elena Arévalo, uma idosa que mora em uma vila rural no Chile, adotou a identidade virtual de Mami Nena.

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A mulher de cabelos pretos e óculos, geralmente com um avental, se posiciona diante das telas e ajusta sua mira letal para lutar nas ilhas virtuais.

Sua voz doce e suas postagens nas redes sociais a tornaram popular como a "vovó gamer". Hoje ela tem mais de quatro milhões de seguidores.

Para enfrentar a solidão que a dominou após a morte de seu marido, após 56 anos de casados, Arévalo entrou em 2020 para o mundo dos jogos.

Aproximadamente 42% dos idosos com mais de 80 anos no Chile se sentem solitários, um risco para a saúde mental, segundo um estudo da Universidade Católica do Chile.

Por sugestão de seu único neto, Héctor Carrasco, hoje com 20 anos, ela mergulhou no mundo digital. "Eu nem sabia o que era um mouse", lembra Arévalo.

Mas assim que aprendeu a jogar, especialmente Free Fire, ela se entusiasmou. Com seu personagem Mami Nena, como seu neto a chama, ela ficou conhecida como uma feroz rival que persegue seus oponentes escondidos atrás de árvores e construções.

"Eu não queria machucar ninguém", lembra. Mas com o tempo, ela gostou de "persegui-los e matá-los", afirma com um sorriso.

Arévalo praticou cerca de duas horas, três vezes por semana, por um ano, até ganhar os pontos necessários para alcançar a liga de classificação "Mestre", a segunda maior patente do jogo.

Como homenagem ao marido, ela nomeou o pássaro que segue sua personagem, Mami Nena, de Benito - como ela costumava chamar o esposo.

Três anos após começar sua aventura digital em sua casa em Llay-Llay, uma vila rural a 90 km de Santiago, atingiu quatro milhões de seguidores no TikTok - antes de terem roubado sua conta - e 700.000 inscritos no YouTube.

Ela interage com seus apoiadores, dá conselhos de jogabilidade no Free Fire e presenteia-os com o cobiçado "Passe de Elite", um benefício do jogo que permite acessar recompensas exclusivas como armas, trajes e medalhas.

Neste renascimento de María Elena Arévalo, seu neto foi crucial. "Ele me ensinou tudo o que sei. Sem ele, eu não estaria aqui", diz emocionada.

"Sinto que é como uma melhor amiga", acrescenta o jovem, que a acompanha sempre em seus vídeos.

Embora seja uma ótima jogadora de Free Fire, ela não entende muito bem como funcionam os celulares ou os computadores. Mas, para essa função, seu neto está presente.

Ele gerencia suas redes sociais, transmite suas partidas online e organizou sua única viagem fora do Chile até agora.

Graças ao seu sucesso no jogo, o Free Fire a reconheceu como uma das figuras influentes da plataforma e a levou para a Cidade do México em 2022, para o aniversário da marca.

"Todas as crianças (jogadores) pediam para eu dar autógrafos (...) Foi muito lindo. No dia em que eu me for, vou levar isso comigo", disse Arévalo.

Esta é uma paixão compartilhada por cada vez mais idosos ao redor do mundo. Entre eles, a japonesa Hamako Mori, de 93 anos, a gamer mais idosa do mundo.

No Chile, Mami Nena continua acumulando sucesso.

Em 21 de dezembro passado, foi reconhecida pela Universidade Católica e pelo jornal El Mercurio como uma das 100 Líderes Seniores do país por seu papel na redução dos estereótipos geracionais.

"Nunca imaginei isso. Eu jogava só por jogar, por estar lá, mexendo o dedo", comemorou após a cerimônia.

O governo paquistanês proibiu as celebrações do Ano Novo em espaços públicos em solidariedade aos palestinos na Faixa de Gaza, palco de uma guerra devastadora entre o Exército israelense e o Hamas desde 7 de outubro.

O primeiro-ministro do Paquistão, Anwaar-ul-Haq Kakarm, anunciou na noite de quinta-feira (28) "a proibição total de qualquer ato público para celebrar o Ano Novo" e pediu que a data seja celebrada "de forma simples", devido à situação em Gaza.

A véspera de Ano Novo costuma ser uma ocasião especialmente animada no Paquistão, com habituais fogos de artifício e disparos para o alto.

"Toda a nação paquistanesa e a comunidade muçulmana estão profundamente tristes pelo genocídio dos palestinos oprimidos e, em particular, pelo massacre de crianças inocentes em Gaza e na Cisjordânia", afirmou Kahar.

Com esta decisão, o Paquistão se soma à cidade de Sharkhah (nos Emirados Árabes Unidos), que já havia anunciado a proibição dos tradicionais fogos de artifício em solidariedade com os habitantes de Gaza.

O intenso bombardeio aéreo e a invasão terrestre israelenses deixaram pelo menos 21.320 mortos, a maioria mulheres e crianças, no território palestino, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Israel prometeu destruir o grupo islamista palestino Hamas em represália ao ataque de 7 de outubro, que deixou cerca de 1.140 mortos, a maioria civis, conforme balanço da AFP baseado em números israelenses.

A Rússia disparou nesta sexta-feira (29) mais de 150 mísseis e drones contra várias cidades da Ucrânia, incluindo a capital Kiev, e provocou ao menos 16 mortes, em um dos ataques aéreos mais importantes em "muito tempo".

"O inimigo utilizou 158 meios de ataque aéreo contra a Ucrânia durante a noite passada, tanto mísseis de tipos diferentes como drones", indicou a Força Aérea ucraniana no Telegram, onde afirmou ter interceptado 114 desses mísseis e drones.

O governo ucraniano indicou ao menos 16 mortos e dezenas de feridos.

"Esta manhã, 150 mísseis e drones atacaram pacíficas cidades ucranianas. Sabemos que houve 16 mortos e 97 feridos", incluindo duas crianças de 6 e 8 anos, anunciou o procurador-geral ucraniano, Andrii Kostin.

"Há mortos por mísseis russos lançados contra instalações civis e edifícios civis", denunciou Andrii Yermak, chefe do gabinete presidencial ucraniano.

"Hoje, a Rússia utilizou quase todos os tipos de armas de seu arsenal", disse Zelensky na rede X (ex-Twitter).

As Forças Armadas russas lançaram primeiro um ataque com drones e depois com mísseis, disse Yuri Ignat, porta-voz da Força Aérea.

O ataque ocorreu três dias depois de Moscou ter reconhecido que o navio "Novocherkassk" foi danificado na terça-feira, devido a um bombardeio ucraniano em Feodosia, na península anexada da Crimeia.

Esta semana ficou também marcada pelo anúncio do Exército ucraniano de uma retirada para os subúrbios de Marinka, cidade no leste do país, onde o Exército russo afirma ter conquistado.

Os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira o desembolso de 250 milhões de dólares (1,2 bilhão de reais na cotação atual) em ajuda militar à Ucrânia, o mais recente pacote de apoio disponível ao governo sem a aprovação do Congresso.

"Fazemos tudo o que podemos para reforçar o nosso escudo aéreo, mas o mundo deve ver que precisamos de mais ajuda e meios para deter este terror", acrescentou Yermak no Telegram.

A embaixadora dos Estados Unidos em Kiev, Bridget Brink, reforçou o pedido, afirmando nesta sexta que a Ucrânia precisa "dos fundos de ajuda neste momento". Nesse sentido, pressionou para que o Congresso americano valide o pacote anunciado pelo Executivo americano.

"A Ucrânia precisa de fundos de ajuda neste momento para continuar lutando pela liberdade e ante tanto horror em 2024", disse Brink na rede social X, poucas horas depois dos bombardeios russos.

Os atentados de sexta-feira ilustram "a horrível realidade" vivida pelos ucranianos, disse no X a coordenadora humanitária da ONU para a Ucrânia, Denise Brown, que denunciou "uma onda de ataques cheios de ódio".

O governo francês condenou, por sua vez, a "estratégia de terror" da Rússia.

- Maternidade atingida -

Durante as primeiras horas de quinta para sexta-feira, os prefeitos de Lviv (oeste) e Kharkiv (nordeste) relataram bombardeios noturnos contra suas cidades.

Os jornalistas da AFP também ouviram fortes explosões no início da manhã em Kiev. Em um bairro do norte da capital ucraniana, um hangar de 3.000 m2 pegou fogo, e houve "muitos feridos", segundo o chefe da administração militar da capital, Sergei Popko.

Segundo o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, sete pessoas "estão atualmente internadas em um hospital", e uma estação de metro usada como abrigo antiaéreo foi danificada.

Os bombardeios também afetaram as localidades de Dnipro (leste) e Odessa (sul), segundo as autoridades locais.

O Ministério da Saúde indicou que uma maternidade "foi muito danificada" em Dnipro, onde o prefeito relatou mortos e feridos.

Em Odessa, um prédio pegou fogo após ser atingido pelos restos de um drone abatido.

As autoridades locais indicaram que houve um morto e três feridos em Lviv, uma cidade muito distante do "front" e onde os ataques têm sido muito raros nos últimos meses.

Iniciada em junho, a contraofensiva ucraniana fracassou, e o Exército de Kiev não fez avanços territoriais ao longo de 2023, quando não houve mudanças significativas na frente de batalha.

Em uma entrevista ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung, o general alemão Christian Freuding, que supervisiona o apoio à Ucrânia por parte do Exército de seu país, reconheceu que a Rússia demonstrou "uma capacidade de resistência" maior do que a prevista pelos países ocidentais no início da guerra, em fevereiro de 2022.

Segundo Freuding, o Exército russo sofreu perdas "enormes", de cerca de 315 mil soldados mortos ou feridos, conforme uma estimativa dos serviços de Inteligência americanos, divulgada em 12 de dezembro e que este general alemão considerou verdadeira.

Iman Al Masry está esgotada. Ao seu lado, sobre um colchão velho, estão três dos quadrigêmeos que pariu em plena guerra entre Hamas e Israel, depois de uma difícil viagem do norte ao centro da Faixa de Gaza.

A mãe e seus recém-nascidos Yaser, Tia e Lynn estão abrigados na sala de uma escola de Deir el Balah, no centro da Faixa de Gaza, com outras 50 famílias.

Seu quarto filho, Mohammad, está em observação em um hospital de Nuseirat, sete quilômetros ao norte.

Assim como outros 1,9 milhão de deslocados de Gaza, segundo dados da ONU, Iman Al Masry teve de fugir dos combates entre o Exército israelense e o movimento islamista Hamas, que governa o território.

Esta mulher de 29 anos precisou abandonar às pressas sua casa de Beit Hanun, no norte, no quinto dia da guerra que começou em 7 de outubro, pensando que retornaria em breve.

"Trouxe apenas umas peças de verão para as crianças. Pensei que a gerra não duraria mais que uma semana, ou duas, e que voltaríamos para casa", disse.

- Cansaço -

Grávida de seis meses, caminhou com outros três filhos pequenos os cinco quilômetros que separam sua casa do campo de Jabaliya, onde encontrou um meio de transporte para seguir até Deir el Balah.

"A distância me cansou e afetou a gravidez. Fui ao médico e ele me disse que eu apresentava sinais de que teria um parto prematuro", conta.

Aos oito meses de gestação, os médicos decidiram fazer uma cesárea. Os quadrigêmeos nasceram em 18 de dezembro, em meio à guerra deflagrada pelo ataque surpresa do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, que deixou cerca de 1.140 mortos segundo os últimos números oficiais.

Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas e iniciou uma ofensiva aérea e terrestre que, até o momento, deixou mais de 21.100 mortos em Gaza - a maioria mulheres e crianças, segundo o movimento islamista -, e uma situação humanitária desesperadora.

No tumulto da guerra, Iman Al Masry não teve tempo para se recuperar. Devido à falta de leitos, teve de sair e deixar seu filho Mohammad, que precisa de acompanhamento médico.

"O estado de saúde do quarto bebê é instável. Pesa apenas um quilo, pode não sobreviver", explica a jovem palestina. "Os outros três bebês nasceram saudáveis, louvado seja Deus".

- Escassez de fraldas -

Iman Al Masry não pôde ver Mohammad desde seu nascimento. "Estou preocupada com ele, mas o caminho é perigoso" para ir visitá-lo, explica. Para acompanhá-lo conta com um amigo de seu marido, que vive em Nuseirat.

A festa prevista para celebrar o nascimento de seus bebês também foi suspensa pelo conflito. Pensava em borrifar água de rosas nas crianças, "seguindo nosso costume". Mas, desde que nasceram há dez dias, "não conseguimos dar banho neles", lamentou.

Suas carências alimentares tampouco lhe permite amamentá-los suficientemente. Os produtos de higiene também são escassos.

"Utilizo fraldas com moderação. Em tempos normais, as trocaria a cada duas horas, mas a situação é difícil, assim troco só de manhã e à tarde".

Ante as dificuldades de sua família, seu marido, Ammar Al Masry, confessa que não sabe bem o que fazer.

"Me sinto impotente", disse este pai de 33 anos, instalado com seus seus filhos em uma sala de aula que cheira mal. "Temo pela vida de meus filhos e não sei como protegê-los", admite.

Sua filha prematura, Tia, padece de icterícia. "Necessita ser amamentada para amenizar a doença e minha mulher precisa se alimentar com proteínas. Mas não posso dar. Meus filhos precisam de leite e fraldas", enumera.

Ammar Al Masry passa seus dias tentando encontrar "qualquer coisa" para alimentar sua família e evita olhar nos olhos dos filhos para não "se sentir culpado".

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, instou seu partido a "acelerar" os preparativos de guerra, incluindo seu programa nuclear, informou a imprensa estatal nesta quinta-feira (28, noite de quarta em Brasília).

Os comentários de Kim chegam uma semana depois de ele advertir que seu país não hesitaria em lançar um ataque nuclear em caso de "provocação" com armas atômicas.

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Kim tratou do tema na reunião plenária do Partido dos Trabalhadores da Coreia, que governa o país, na qual são esperados anúncios de decisões políticas para 2024.

O herdeiro da dinastia comunista urgiu seu partido a "acelerar mais os preparativos de guerra" em diferentes setores, como o de armas nucleares e defesa civil, informou a agência de notícias oficial KCNA.

Kim garantiu que "a situação militar" na Península da Coreia se tornou "extrema" devido às ações "sem precedentes" de Washington.

Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos intensificaram a cooperação militar diante da onda de testes armamentistas dos norte-coreanos este ano, e ativaram um sistema para compartilhar informação em tempo real sobre os lançamentos de mísseis de Pyongyang.

Há algumas semanas, um submarino americano de propulsão nuclear chegou ao porto sul-coreano de Busan, e Washington enviou bombardeiros de longo alcance para executar manobras com Seul e Tóquio.

Para Pyongyang, o envio de armas estratégicas, como os bombardeiros B-52, para as manobras conjuntas na Península da Coreia são "ações intencionalmente provocadoras dos Estados Unidos para uma guerra nuclear".

O Norte lançou este ano um satélite-espião de reconhecimento, consagrou em sua constituição a condição de potência nuclear e testou seu míssil balístico intercontinental mais potente, o Hwasong-18.

As forças israelenses intensificaram nesta quinta-feira (28) os ataques contra a principal cidade do sul e outras áreas do centro da Faixa de Gaza, depois que o Ministério da Saúde do território palestino anunciou que mais de 21.000 pessoas morreram em 11 semanas de guerra.

Os bombardeios contínuos e a expansão das operações acontecem no momento em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a população de Gaza está em "grave perigo". O presidente da França, Emmanuel Macron, fez um apelo para que Israel aceite um cessar-fogo de longo prazo.

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O porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, afirmou na quarta-feira que os ataques contra um campo de refugiados no centro de Gaza entraram no terceiro dia e que uma brigada adicional foi enviada à cidade de Khan Yunis, no sul do território e que virou um recente foco de combates urbanos.

Ele também insinuou uma possível "expansão dos combates no norte", na fronteira com o Líbano, cenário de trocas de tiros constantes entre as forças israelenses e o movimento islamista Hezbollah desde o início da guerra.

O comandante do Exército israelense, Herzi Halevi, afirmou que a instituição aprovou "planos para várias contingências. Devemos estar preparados para atacar quando for necessário".

- "Cessar-fogo duradouro" -

A pressão por uma trégua aumentou na quarta-feira, quando Macron insistiu, em uma conversa telefônica com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na "necessidade de trabalhar para alcançar um cessar-fogo duradouro".

Ele também expressou uma "profunda preocupação" com o número de civis mortos em Gaza, informou seu gabinete em um comunicado.

Desde que Israel impôs o cerco ao território no início da guerra, os moradores de Gaza enfrentam a escassez de comida, água, combustível e medicamentos.

O direto-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também pediu uma trégua e afirmou que a comunidade internacional deve "adotar passos urgentes para aliviar o grave perigo que a população de Gaza enfrenta, que coloca em risco a capacidade dos trabalhadores humanitários de ajudar as pessoas com ferimentos graves, fome e que estão expostas a doenças".

Em um comunicado, a OMS afirmou que seus funcionários relataram que "pessoas com fome novamente interromperam nossos comboios com a esperança de encontrar comida".

- Quadrigêmeos em Gaza -

Israel prometeu manter a campanha para destruir o Hamas como resposta ao ataque de 7 de outubro do movimento islamista, que deixou quase de 1.140 mortos em território israelense, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em informações divulgadas pelas autoridades do país.

O movimento palestino também sequestrou quase 250 pessoas, das quais 129 continuam como reféns.

A campanha implacável de Israel, com bombardeios e uma ofensiva terrestre, matou pelo menos 21.110 pessoas, a maioria mulheres e menores de idade, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

Um total de 167 soldados israelenses morreram desde o início das operações terrestres, no fim de outubro.

Segundo a ONU, 1,9 milhão de moradores de Gaza estão deslocados.

Uma delas, Iman al-Masry, deu à luz recentemente a quadrigêmeos em um hospital no sul de Gaza, depois de fugir da casa da família no norte do território, uma área devastada pela guerra.

A viagem "afetou minha gravidez", declarou a mulher de 28 anos, que teve dois meninos e duas meninas em um parto cesárea.

Ela precisou desocupar rapidamente o leito no hospital para dar espaço a outros pacientes, mas deixou um dos filhos no hospital porque ele estava com a saúde muito frágil para receber alta.

"Estão muito magro", afirmou sobre os filhos em um abrigo improvisado em Deir al Balah.

"Com a falta de leite em pó para bebês, tento amamentá-los, mas não há nada nutritivo que eu possa comer para amamentar três bebês", lamentou.

No campo de refugiados de Al Maghazi, uma escola da ONU transformada em abrigo foi atingida por um bombardeio.

"Eles dizem que existem zonas verdes e zonas com outras cores. São apenas boatos, não há zonas seguras em Gaza", declarou à AFP um homem no território que não revelou seu nome.

- "Ação direta" -

A guerra aumentou o temor de um conflito regional, com ataques frequentes entre Israel e o Hezbollah na fronteira com o Líbano, assim como os ataques dos rebeldes huthis do Iêmen contra navios no Mar Vermelho, em solidariedade com o Hamas.

Todos os grupos são apoiados pelo Irã.

A Guarda Revolucionária do Irã advertiu Israel que Teerã e seus aliados adotarão uma "ação direta" para vingar a morte do comandante Razi Moussavi, que aconteceu na segunda-feira em um ataque com mísseis na Síria atribuído às forças israelenses, que negam qualquer envolvimento.

Milhares de pessoas compareceram nesta quinta-feira ao funeral de Moussav em Teerã. Ele era comandante da Força Qods, setor de operações no exterior e unidade de elite da Guarda Revolucionária, o exército ideológico do Irã.

A violência também explodiu na Cisjordânia ocupada, com mais de 310 palestinos mortos por soldados ou colonos israelenses desde 7 de outubro, segundo o Ministério palestino da Saúde.

Uma operação israelense em um campo de refugiados no norte da Cisjordânia matou seis pessoas na quarta-feira, informou o ministério.

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