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A diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne, afirmou nesta quarta-feira (13) que as Américas registraram, na última semana, "mais de 1,1 milhão de casos e pouco mais de 24 mil mortes" por Covid-19. Durante entrevista coletiva virtual, ela destacou também que os casos da doença "têm diminuído" na América do Sul.

Por outro lado, Etienne disse que a oferta de vacinas contra a Covid-19 na região "continua a ser limitada". A Opas trabalha para acelerar a distribuição de imunizantes, sobretudo em nações com cobertura vacinal mais baixa, destacou a autoridade.

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Na América do Norte, os casos têm caído em geral, mas eles seguem altos na região do Meio-Oeste americano e também no Alasca, mencionou a diretora da organização.

O comando da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) reforçou, nesta quarta-feira (1º), o argumento da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que, antes de começar a aplicar doses de reforços de vacinas contra o coronavírus, a prioridade da comunidade internacional deve ser garantir o acesso aos imunizantes em todos os países.

Em coletiva de imprensa, o diretor assistente da entidade, Jarbas Barbosa, disse que não há "evidências fortes" da eficácia de aplicação de terceiras doses de profiláticos que, no momento, demandam apenas duas. Barbosa descreveu o debate como uma questão "ética".

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A diretora da Opas, Carissa Etienne, reiterou que, como a oferta global ainda é limitada, a melhor maneira de assegurar que países pobres possam vacinar a população é por meio de doações.

Ivermectina

O chefe de Unidade de Informação de Saúde e Avaliação de Risco da OPAS, Enrique Perez, comentou que os estudos randomizados e controlados conduzidos até o momento não identificaram impacto da ivermectina na redução da mortalidade por Covid-19. Por isso, a entidade não recomenda o uso do medicamento no tratamento da doença.

A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) enfatizou a importância de medidas como o uso de máscaras e o distanciamento social, a fim de reduzir os casos da covid-19.

Durante entrevista coletiva, o diretor assistente da entidade, Jarbas Barbosa, afirmou que estudos apontam que apenas o uso de máscaras já pode reduzir os casos da doença em 10% a 20%.

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"A vacinação e medidas como o uso de máscaras tornam o fim da pandemia mais próximo", ressaltou Barbosa, que disse não ser possível agora fazer uma estimativa sobre quando terminará a pandemia.

Diretora da Opas, Carissa Etienne afirmou que na última semana houve 1,5 milhão de casos e quase 20 mil mortes por covid-19 nas Américas.

Segundo ela, as internações pelo vírus têm recuado na América do Sul, mas os casos seguem em "nível elevado" na região. Ela reconheceu que a limitação na oferta de vacinas continua a ser um problema importante, no quadro atual.

Etienne disse que a prioridade agora é expandir a vacinação pelo mundo, de modo a cobrir os grupos mais vulneráveis à doença, como os mais idosos e os profissionais de saúde.

Ela afirmou que os países devem almejar uma cobertura vacinal de 80% ou mais da população, já que esse seria o nível para controlar as transmissões, segundo modelos que estudam a pandemia atual.

Etienne disse ainda que a Opas não tem agora evidências para defender uma terceira dose de vacina como reforço. Ela comentou que há estudos em andamento sobre o tema e que poderia ser indicado o reforço só para alguns grupos, como os imunodeprimidos ou os mais velhos.

A Organização Pan-Americana da Saúde informou nesta quarta-feira(18) que 60% da população sofre de ansiedade ou depressão nas Américas, alertando para uma "crise de saúde mental" na região devido à pandemia e instando os países a tomarem medidas para aliviá-la.

“Hoje enfrentamos uma crise de saúde mental que, se não for resolvida, terá graves consequências. Não só agravará o fardo dos transtornos mentais em nossa região, mas também prolongará o impacto da pandemia”, alertou em coletiva de imprensa a diretora da Opas, Carissa Etienne.

Desde que a covid-19 chegou à região, há 16 meses, lembra ela, o estresse e o medo invadiram o cotidiano, com perdas de empregos sem precedentes que se somaram à emergência sanitária.

Etienne disse que embora a demanda por apoio psicológico nunca tenha sido tão alta, três quartos dos países que forneceram dados à Opas relataram problemas para oferecer apoio à população.

"Mais da metade dos programas escolares de saúde mental e mais de três quartos dos programas fora da escola foram parcial ou totalmente interrompidos em um momento em que mais de 15% dos jovens sofrem de depressão", disse ela.

“Quase 90% dos países participantes relatam que os serviços de psicoterapia e aconselhamento em saúde mental foram interrompidos, mas hoje até 60% das pessoas em nossa região sofrem de ansiedade ou depressão”, acrescentou. Ela também destacou maiores dificuldades no acesso a medicamentos e tratamentos especiais.

Etienne ressaltou a importância de integrar a atenção à saúde mental aos planos de resposta à covid-19 e instou os países a honrar seus compromissos a esse respeito.

"Os países devem investir em saúde mental agora para enfrentar a ameaça constante da pandemia e limitar seus efeitos em cascata nos próximos anos", disse ela.

Nesse sentido, destacou o fortalecimento dos serviços psicossociais no Chile, em Trinidad e Tobago e na Costa Rica, que, segundo ela, são modelos a serem seguidos.

"Esta pandemia é um lembrete de que uma boa saúde mental é vital para a saúde de nossa região e o bem-estar de nossas sociedades", disse Etienne.

A diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne, afirmou, nesta quarta-feira (18), que a transmissão da Covid-19 no Brasil continua a ser "intensa", portanto não é o momento, segundo ela, de baixar a guarda na pandemia. Por outro lado, ela mencionou, durante entrevista coletiva virtual, que a taxa de ocupação de UTIs no País recuou abaixo de 80% em todos os Estados, o que não ocorria desde novembro.

Segundo a Opas, houve quase 20 mil mortes por Covid-19 nas Américas, na última semana, com 1,4 milhão de casos.

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Etienne afirmou que os registros de doentes pelo vírus aceleram pela América do Norte, diante do avanço da variante delta, inclusive nos Estados Unidos. Ela também mencionou a pressão sobre o sistema hospitalar mexicano, em boa parte do território do país. Já na América do Sul há uma queda em novos casos, comparou. A autoridade ressaltou ainda o salto recente nos casos em alguns pontos do Caribe, como Porto Rico e Cuba.

Questionado sobre a porcentagem de população que precisa estar imunizada para controlar a pandemia, o diretor assistente da Opas, Jarbas Barbosa, disse que essas estimativas continuam a depender de modelos, diante do quadro ainda não resolvido da crise pelo mundo.

Barbosa afirmou que, inicialmente, os primeiros estudos apontavam que 70% da população vacinada poderia ser adequado para controlar transmissão. "Agora, os modelos falam em 80%, 85%", comparou, citando que, para isso, será preciso vacinar também adolescentes "e talvez crianças". "Uma vacinação de 40%, 50% não é suficiente para controlar a transmissão", disse ele, ao tratar do quadro nas Américas.

Ele ainda foi questionado sobre casos de reinfecção pelo vírus. Segundo ele, já está bastante estabelecido pelos cientistas que é possível pegar a doença mais de uma vez, seja do mesmo tipo de vírus ou de outra cepa. Com o avanço da variante delta, a Opas tem visto mais casos em já vacinados, mas Barbosa enfatizou que a vacinação completa continua a ser o melhor meio de se proteger contra a doença, sobretudo em suas formas mais graves.

Em outro momento, o diretor assistente enfatizou a importância de uma comunicação "clara e forte" das autoridades sobre a importância da vacinação, no quadro atual. Barbosa lamentou as notícias falsas sobre os imunizantes e ressaltou que essa não é uma campanha de vacinação normal, no contexto da pandemia.

A diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne, afirmou nesta quarta-feira (28) que foram registrados na última semana nas Américas 1,26 milhão de casos de Covid-19 e quase 29 mil mortes pela doença. Durante entrevista coletiva virtual, ela alertou para o fato de que muitos locais têm relaxado restrições à circulação, mesmo com o vírus ainda circulando. "A covid-19 continua a ter um papel devastador" nas Américas, ressaltou, citando Argentina, Colômbia, Cuba, Equador e Paraguai entre os países com as maiores taxas de mortalidade pelo mundo na última semana.

Carissa Etienne mencionou a piora do quadro nos Estados Unidos onde, segundo ela, os casos da Covid-19 mais que dobraram na última semana. Segundo a diretora, esse salto nos registros se concentra em pessoas que não tomaram a vacina nos EUA.

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A autoridade da Opas ainda destacou o quanto a pandemia tem atrapalhado o fornecimento de serviços de saúde em geral, atrapalhados pelo contexto atual. Segundo ela, é importante que os países trabalhem para continuar a oferecer esses serviços.

Gerente de Incidente da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Sylvain Aldighieri afirmou nesta quarta-feira, 14, que, segundo dados dos Estados Unidos, a variante delta já representa 52% do total de casos da covid-19 registrados no país, neste momento. Questionado durante entrevista coletiva virtual sobre o risco das variantes, Aldighieri lembrou que a delta é de fato mais contagiosa, mas as medidas já sabidas, como uso de máscaras e lavagem das mãos, continuam a ser eficientes contra ela.

Aldighieri também notou que as vacinas contra a covid-19 seguem sendo eficientes contra a covid-19. "As vacinas são seguras e milhares de vidas já foram salvas por elas", ressaltou.

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Durante a coletiva, a Opas ressaltou a importância de que as pessoas tomem as duas doses previstas, no caso dos imunizantes que exibem isso. Vice-diretor da Opas, Jarbas Barbosa ressaltou que apenas uma dose, nesses casos, oferece uma proteção apenas parcial contra a covid-19, por isso a importância de se receber as duas aplicações.

Só 3% da população da América Latina e Caribe está vacinada contra a covid-19, lamentou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) nesta sexta-feira (21), dia em que a região ultrapassou um milhão de mortes pelo coronavírus.

"Esta pandemia está longe de terminar e está atingindo fortemente a América Latina, afetando nossa saúde, economias e sociedades inteiras. No entanto, apenas 3% de nossas populações foram vacinadas", disse a diretora da Opas, Carissa Etienne.

"A região é um epicentro do sofrimento pela covid-19. Deve ser também um epicentro da vacinação", frisou em um comunicado.

Segundo dados do escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas, 1.001.781 pessoas morreram devido ao vírus SARS-CoV-2 na América Latina e no Caribe.

Cinco países concentram quase 89% dessas mortes: Brasil (44,3%), México (22,1%), Colômbia (8,3%), Argentina (7,3%) e Peru (6,7%). Cerca de 3% de todas as mortes ocorreram na América Central e 1% no Caribe.

No entanto, das mais de 153,5 milhões de pessoas vacinadas em todo o continente americano, apenas 21,6% estão na América Latina e no Caribe.

Etienne destacou a disposição de alguns países de doar dezenas de milhões de doses de vacinas sobressalentes para a região, incluindo os Estados Unidos e a Espanha, e pediu que outros sigam o exemplo.

"Urgimos aos países que têm doses extras que considerem a possibilidade de doar uma parte significativa delas para as Américas, onde essas doses que salvam vidas são desesperadamente necessárias e serão utilizadas prontamente", afirmou ela.

Diretora-geral da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Carissa Etienne demonstrou preocupação com o ritmo da vacinação em países latino-americanos, durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira. Segundo ela, apenas 3% dos latino-americanos foram completamente vacinados contra a Covid-19.

Para tentar contornar o acesso limitado aos imunizantes, Etienne pede que países que contam com a estrutura para fabricar os imunizantes acelerem a sua produção.

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Esta alternativa, no entanto, responde aos problemas de mais longo prazo, e uma solução para curto prazo é necessária, segundo ela, ao citar doações de vacinas por países desenvolvidos.

De acordo com o diretor assistente da Opas, Jarbas Barbosa, os países que aceitaram receber doses da vacina da Pfizer, que exige armazenamento a temperaturas mais baixas, começarão a receber as doses na última semana de maio. O aporte, no entanto, ainda é limitado, disse Barbosa.

Sobre a situação da pandemia nas Américas, Etienne disse que a região registrou mais de 1 milhão de casos de covid-19 na última semana, e segue como o epicentro da crise sanitária global.

Os Estados Unidos, puxados pela rápida vacinação, reportam a principal melhora na trajetória do vírus, enquanto o Brasil registrou uma pausa na tendência de aumento de infecções, vista em semanas anteriores.

Uma ou mais das quatro variantes do novo coronavírus que preocupam as autoridades sanitárias foram detectadas até agora em 37 países e territórios das Américas, revelou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) nesta sexta-feira (14).

Isso inclui mutações identificadas pela primeira vez no Reino Unido, Brasil, África do Sul e Índia.

Destas, a mais difundida na região é conhecida como variante britânica, encontrada em 34 países e territórios americanos, seguida pela brasileira, em 21, pela sul-africana, em 17, e pela indiana, em oito.

Os cinco países onde as quatro variantes preocupantes foram identificadas são Argentina, Canadá, Estados Unidos, México e Panamá. A este grupo se soma a ilha de Aruba, território holandês no Caribe.

Durante um seminário com jornalistas, Jairo Méndez Rico, assessor da Opas para doenças virais emergentes, disse que as mutações são naturais no processo de evolução e adaptação dos vírus.

No entanto, quando apresentam um potencial impacto ou risco à saúde pública, são consideradas Variantes de Preocupação (VOC, na sigla em inglês).

As VOCs estão associadas ao aumento da transmissibilidade do vírus, bem como ao aumento da virulência e/ou redução da eficácia das medidas de prevenção, tratamentos e vacinas.

Méndez Rico esclareceu que a maior capacidade de replicação dessas variantes não implica necessariamente em maior agressividade e destacou que até o momento não há evidências de que as vacinas disponíveis atualmente não sejam eficazes contra elas.

Ele ressaltou, porém, que quanto maior a circulação de vírus entre as populações, mais provável será a ocorrência de novas mutações que dificultem o controle da pandemia.

A Opas realiza uma vigilância genômica para rastrear variantes. Atualmente, 22 países participam dessa rede de inteligência.

Seis laboratórios regionais de referência colaboram no sequenciamento: a brasileira Fiocruz, o Instituto de Saúde Pública do Chile, o InDRE do México, o Instituto Gorgas do Panamá, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e a Universidade das Índias Ocidentais em Trinidade e Tobago.

Os membros da Opas, escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), representam 35 países do continente americano e 16 territórios da região associados ou dependentes dos Estados Unidos, França, Holanda e Reino Unido.

Giovanni Torres e a mulher, Ángela, voaram da Colômbia para os Estados Unidos com o objetivo de se vacinarem contra a Covid-19, assim como turistas de México, Honduras, Equador, El Salvador e Venezuela entrevistados pela AFP enquanto aguardavam sua dose em Miami.

Para a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), no entanto, viajar até outros países para se vacinar não resolve a crise da Covid, apenas comprova a desigualdade no acesso aos imunizantes no continente. "Não temos dados para confirmar quantos latinos estão viajando até os Estados Unidos. Permitam-me dizer que o turismo da vacina não é a solução, e sim um sintoma da desigualdade", declarou nesta quarta-feira Carissa Etienne, diretora da Opas, departamento regional da Organização Mundial da Saúde (OMS).

No continente americano, onde vivem mais de 1 bilhão de pessoas, 384 milhões receberam uma dose de vacina, 258 milhões delas nos Estados Unidos, apontou a Opas. Carissa considerou inaceitável que aqueles que não possam pagar uma viagem internacional, ou seja, "a grande maioria das pessoas da nossa região", não possam ser imunizados. "A vacina não deveria ser um privilégio dos países ou pessoas ricas, e sim um direito de todos. Em última instância, o turismo da vacina agrava a desigualdade", criticou.

Para combater esse movimento, disse Carissa, a Opas trabalha com o mecanismo global Covax, promovido pela OMS, e com fornecedores, para agilizar as entregas. Também incentiva doações e a capacidade de fabricação regional. "Devido à carga epidemiológica em nossa região e à alta mortalidade da Covid em muitos países, a América Latina e o Caribe devem ser prioridade na imunização, para ajudar a salvar vidas e prevenir futuros surtos", advertiu.

- Variante da Índia em seis países -

Apesar da redução do número de casos nos Estados Unidos e no Brasil, países com mais óbitos causados pelo novo coronavírus, o contágio aumentou em grande parte das Américas, onde ocorreram quase 40% das mortes globais pela doença reportadas na semana passada, "um sinal claro de que a transmissão está longe de ser controlada na nossa região", assinalou Carissa.

Na América do Sul, a diretora destacou o aumento dos casos em Bolívia e Guiana, bem como na Colômbia, sacudida nos últimos dias por manifestações em massa contra o governo. Ela também apontou as altas taxas de contágio no Canadá, principalmente em regiões de população indígena, e disse que Cuba "continua impulsionando a maioria das novas infecções no Caribe".

Na América Central, Carissa citou o aumento dos casos nas áreas de Costa Rica e Honduras que fazem fronteira com a Nicarágua, e nas regiões fronteiriças de Guatemala e El Salvador.

A possibilidade de alcançar a imunidade de rebanho se torna mais incerta diante da circulação de mutações preocupantes do vírus pela região, advertiu a diretora da Opas. Seis países das Américas confirmaram casos da variante B.1.617, detectada na Índia, disse Sylvain Aldighieri, gerente da organização.

- Escassez de oxigênio -

Carissa Etienne citou ainda a ocupação de 80% dos leitos de UTI nas Américas. No Chile e no Peru, 95% deles estão em uso, a maioria por pacientes com Covid. Ela descreveu um panorama preocupante em algumas regiões do Brasil, onde há lista de espera, e em Buenos Aires, que registra 96% de ocupação.

"Não é surpresa que o aumento das internações em nossa região esteja causando um desafio de abastecimento de oxigênio sem precedentes no continente americano", comentou Carissa, apontando Bolívia e Antígua e Barbuda como "locais muito afetados".

Ciro Ugarte, diretor de Emergências Sanitárias da Opas, explicou que a escassez de oxigênio é significativa em lugares onde o número de casos aumentou em um espaço de tempo muito curto. "Temos testemunhado longas filas em vários países. Em alguns casos, as pessoas abandonam a fila porque são informadas sobre a morte de seu familiar."

A pandemia da Covid-19 está "longe" de estar sob controle nas Américas, apesar da redução de casos nos Estados Unidos e no Brasil, os países do mundo com o maior número de fatalidades pelo vírus, alertou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) nesta quarta-feira (12).

"Quase 40% de todas as mortes globais (por coronavírus) relatadas na semana passada ocorreram aqui nas Américas", disse a diretora da Opas, Carissa Etienne, em uma coletiva de imprensa.

"Este é um sinal claro de que a transmissão está longe de ser controlada em nossa região".

Etienne observou uma aceleração das infecções em grande parte do continente e uma ocupação dos leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de quase 80%.

Na América do Sul, duramente atingida pela pandemia nos últimos meses, aumentaram os casos na Guiana e na Bolívia, na fronteira com o Brasil, assim como na Colômbia, abalada atualmente por massivas manifestações antigovernamentais.

“Na Colômbia, onde os casos de covid-19 têm aumentado continuamente por várias semanas, esperamos aumentos ainda mais pronunciados após uma semana de protestos”, advertiu Etienne.

Ela afirmou que no Chile e no Peru, 95% dos leitos de UTI estão em uso, a maioria por pacientes com covid-19, e descreveu um panorama preocupante em Buenos Aires, com 96% de ocupação, e em algumas áreas do Brasil, onde há uma lista de espera.

Ela também observou altas taxas de infecção no Canadá, particularmente em áreas com populações indígenas, e disse que Cuba "continua a impulsionar a maioria das novas infecções no Caribe".

Na América Central, observou aumentos nos casos nas áreas de Costa Rica e Honduras que fazem fronteira com a Nicarágua e nas regiões fronteiriças da Guatemala e El Salvador.

“Não é surpreendente que o aumento das hospitalizações em nossa região esteja provocando um desafio sem precedentes no suprimento de oxigênio em todo o continente americano”, disse Etienne, apontando para a Bolívia e Antígua e Barbuda como “locais altamente afetados”.

As doses da vacina AstraZeneca que chegaram neste fim de semana ao Brasil serão distribuídas em até 48 horas. A afirmação é do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista à TV Brasil.

Queiroga acompanhou na tarde de hoje a chegada de mais 2 milhões de doses da vacina, no aeroporto de Guarulhos, São Paulo. Na madrugada de hoje, há haviam chegado 1,7 milhão de doses. Somente neste domingo, foram cerca de 3,8 milhões de doses. Ontem (1º), chegaram mais de 200 mil doses. O total deste final de semana ficou em cerca de 4 milhões de doses.

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“No máximo, em 48 horas, elas serão distribuídas para todos os estados do Brasil”, disse o ministro, em Guarulhos.

Segundo Queiroga, essas doses são relevantes para o Programa Nacional de Imunização (PNI). “Vamos trabalhar muito fortemente para imunizar a população brasileira toda até o final de 2021 e assim voltarmos a nossa vida normal”, disse ele.

Minutos depois, em pronunciamento à imprensa, Socorro Gross, representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, que também acompanhou a chegada das doses em Guarulhos, disse que as vacinas trazem esperança para o mundo.

“O Brasil tem 4 milhões de doses agora de esperança. Vacinas são esperança para o mundo de que podemos retornar a um normal melhor”, disse.

Também em pronunciamento à imprensa, Queiroga ressaltou a importância das vacinas e do acordo feito com o consórcio Covax Facility para combater a pandemia.

“Teremos agora mais quatro milhões de doses de esperança. Sabemos que a vacina é um caminho para derrotarmos nosso único inimigo, o vírus”, destacou.

“Essas vacinas representam um esforço mundial para oferecer imunização à população de todo o mundo, que é vitimada por essa pandemia de covid-19. O Brasil aderiu a essa iniciativa [Covax Facility] em outubro de 2020 e alocou US$ 150 milhões para ter uma cobertura de 10% de sua população. Já devíamos ter recebido essas doses desde janeiro. Todavia, em função da dificuldade com vacinas em todo o mundo, só estamos recebendo agora. Mas isso é um grande avanço porque significa ampliação de nossas relações com a Organização Mundial de Saúde”, disse o ministro.

Esses três voos com as vacinas chegaram ao Aeroporto de Guarulhos, onde fica a Coordenação de Armazenagem e Distribuição Logística de Insumos Estratégicos para a Saúde (COADI) do Ministério da Saúde. De Guarulhos, essas doses serão distribuídas aos estados e municípios por meio do PNI.

Segundo o Ministério da Saúde, outras doses da vacina Oxford/AstraZeneca e da Pfizer/BioNTech devem chegar ao Brasil ainda neste semestre, por meio do mecanismo Covax/Facility. No total, o contrato do Ministério da Saúde com a aliança global prevê a entrega de 42,5 milhões de doses de vacina até o final deste ano.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) destacou nesta quarta-feira o "preocupante" aumento das infecções pela covid-19 na América do Sul e alertou para o risco de "epidemias massivas" em países que não cumpram integralmente as medidas para conter a propagação.

"As infecções por covid-19 continuam aumentando nas Américas", disse a diretora da OPAS, Carissa Etienne, em uma entrevista coletiva.

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"Mas, em nenhum lugar, são tão preocupantes quanto na América do Sul, onde os casos estão aumentando em quase todos os países", ressaltou.

Na última semana, Brasil e Argentina estiveram entre os 10 países com maior número de novas infecções no mundo, destacou.

Zonas da Bolívia e Colômbia viram o número de contágios duplicar, e os países do Cone Sul tiveram uma aceleração dos casos "com transmissão comunitária ininterrupta", afirmou. No Peru e no Equador, as UTIs estão chegando a sua capacidade máxima.

No resto das Américas, o continente mais afetado pela pandemia, a situação epidemiológica é "desigual", disse Etienne.

Na América do Norte, o Canadá registrou um aumento nos casos e hospitalizações, mas as taxas de infecção estão diminuindo nos Estados Unidos e no México. Ainda assim, os Estados Unidos, país do mundo com mais casos e mortes por covid-19 em números absolutos, ficou na última semana entre os dez com mais novas infecções.

Na América Central, os casos diminuíram em Belize, El Salvador e Panamá, mas aumentaram na Costa Rica, Honduras e Guatemala. E no Caribe, Jamaica e República Dominicana viram um declínio nas infecções, mas as infecções estão aumentando em ilhas menores, como Martinica e Bermudas.

- A P1 se propaga -

A região das Américas continua a ser duramente atingida pela covid-19 desde que o vírus foi relatado pela primeira vez na China em dezembro de 2019: na semana passada, 44% dos casos globais, bem como 48% das mortes em todo o mundo, foram relatados no continente americano, de acordo com a OPAS.

Os Estados Unidos, com mais de 556.000 mortes desde o primeiro caso relatado em janeiro de 2020, é o país do mundo com o maior número de mortes por covid-19.

Seguido pelo Brasil, com mais de 336.000 mortes. Na terça-feira, em meio a uma espiral ascendente de infecções, o gigante sul-americano registrou um recorde de mais de 4.100 mortes em 24 horas.

A crise da covid-19 no Brasil é uma ameaça para seus vizinhos e para o mundo em geral?

“Neste momento de pandemia, o risco de epidemias massivas nesta região ainda existe e existe em países que não são rigorosos o suficiente na implementação de medidas de saúde pública”, respondeu Sylvain Aldighieri, gerente de incidentes da OPAS.

“A situação no Brasil é preocupante em todo o país”, acrescentou, observando a preocupação da OPAS com os serviços de saúde sobrecarregados.

Aldighieri disse que a partir de 5 de abril, 20 países e territórios americanos relataram a variante P1 à OPAS, inicialmente detectada na cidade amazônica de Manaus no final de 2020 e considerada altamente contagiosa.

- "Fique em casa" -

Mais de 210 milhões de doses de vacinas anticovid foram aplicadas em 49 países e territórios das Américas (155 milhões nos Estados Unidos), segundo dados da OPAS.

Mas ainda está muito longe de 70% da população totalmente imunizada (com todas as doses necessárias), um nível que os cientistas estimam ser necessário para atingir a imunidade de rebanho.

Por isso, a OPAS insiste em continuar cumprindo as medidas recomendadas para deter a propagação do vírus: uso de máscaras, distanciamento físico, não aglomeração, higienização frequente das mãos.

"Diminuir a velocidade e interromper a transmissão exige uma ação decisiva por parte dos governos locais e nacionais e vigilância contínua de todos nós", enfatizou Etienne.

Diante do aumento das viagens "dentro e entre os países", Etienne reiterou a necessidade de cumprir medidas para interromper a transmissão do vírus e evitar o colapso dos sistemas de saúde.

"A diminuição das infecções começa por ficar em casa e fazer todo o possível para proteger a nós mesmos e aos outros de adoecer. E, contudo, ainda estamos vendo as populações da região aumentarem lenta e continuamente sua mobilidade", apontou.

"Se essas tendências continuarem, nossos sistemas de saúde terão problemas mais sérios", alertou.

A compra de vacinas contra a covid-19 pelo setor privado contraria o objetivo de salvar as vidas de pessoas dos grupos mais vulneráveis à doença e pode aumentar as desigualdades sociais já reforçadas pela pandemia, afirmou nesta quarta-feira, 7, o diretor assistente da Organização pan-americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa.

Nesta terça-feira, a Câmara dos Deputados do Brasil aprovou, por 317 votos a favor e 120 contra, o texto-base de uma mudança na legislação para permitir que empresários comprem vacinas contra a covid-19 mesmo sem o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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O médico sanitarista brasileiro condenou a compra privada de imunizantes do ponto de vista ético e de saúde pública, afirmando que permiti-la pode fazer com que pessoas mais pobres, ainda que sob maior risco de ser contaminado e morrer de covid-19, tenham acesso reduzido às vacinas em comparação com as populações mais ricas.

"Ninguém tem vacinas sobrando. O objetivo primário dos imunizantes é proteger aqueles que podem se contrair a doença de forma grave", reforçou Barbosa, argumentando que a distribuição dos produtos, no momento, deve ficar restrita aos governos de países. Segundo a diretora-geral da Opas, Carissa Etienne, a cobertura da vacinação nas Américas ainda está longe da necessária para proteger as populações mais vulneráveis.

A Organização Pan-americana da Saúde (Opas) alertou nesta terça-feira (23) para o aumento "terrível" dos casos de covid-19 no Brasil, que também castiga seus vizinhos, Venezuela, Bolívia e Peru, e destacou a alta de contágios em Chile, Paraguai e Uruguai.

"O vírus da covid-19 não está retrocedendo, nem a pandemia está começando a desaparecer", advertiu em coletiva de imprensa Carissa Etienne, diretora da Opas, escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A região das Américas é a mais afetada do mundo pela covid-19: soma 54,4 milhões de contágios e 1,3 milhão de mortos desde que o novo coronavírus foi registrado pela primeira vez na China em dezembro de 2019, segundo contagem da AFP com base em cifras oficiais.

Etienne disse que a transmissão do vírus "segue aumentando perigosamente em todo o Brasil", onde considerou "crucial" que se adotem as medidas preventivas para frear a propagação.

Com mais de 298.000 mortos, o Brasil é o segundo país do mundo com mais óbitos pela covid-19 depois dos Estados Unidos. Nesta terça, o país bateu o recorde de mais de 3.000 mortos em 24 horas.

Sylvain Aldighieri, gerente de incidentes da Opas, disse que 23 dos 26 estados e o Distrito Federal no Brasil reportam 85% de ocupação de suas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

Além disso, destacou que a variante P1, detectada inicialmente na cidade de Manaus, capital do Amazonas, no fim de 2020 e considerada muito contagiosa, foi identificada em 15 países e territórios das Américas.

- "Emergência de saúde pública ativa" -

A diretora da Opas chamou atenção para o que considerou uma "emergência de saúde pública ativa".

"Infelizmente, a terrível situação do Brasil também está afetando os países vizinhos. Os casos aumentaram na Venezuela, particularmente nos estados de Bolívar e Amazonas, que fazem fronteira com o Brasil", afirmou.

"Foi reportado um aumento de casos no departamento de Pando, na Bolívia, e a ocupação de leitos de UTI continua sendo muito alta em Loreto, Peru", acrescentou.

Etienne também destacou um aumento dos contágios no Cone Sul, destacando a pressão que isto representa para o sistema sanitário no Paraguai, onde a maioria dos leitos de UTI estão ocupadas, e chamando atenção para a situação "alarmante" no Uruguai, país de 3,4 milhões de habitantes.

"O Uruguai reportou mais de 1.000 casos por dia várias vezes nas últimas semanas, o que é alarmante dado o tamanho do país", disse.

No Caribe, Etienne destacou um aumento constante de contágios em Jamaica, Cuba, Aruba, Curaçao e Antigua e Barbuda, enquanto na América Central, a Guatemala está com os hospitais no limite.

Embora as infecções tenham começado a se estabilizar nos Estados Unidos, Canadá e México, foram reportados novos contágios em Ontário, Canadá, e um crescimento no número de mortos nos estados americanos de Minnesota e Virgínia Ocidental.

- Cuidado com a Semana Santa -

Mais de 155,8 milhões de doses de vacinas anticovid já foram aplicadas nas Américas, das quais mais de dois terços nos Estados Unidos. Dos 35 países do continente americano, apenas dois ainda não iniciaram suas campanhas de imunização: Haiti e Cuba.

Etienne destacou o avanço das campanhas de vacinação, inclusive a entrega de mais de 2,1 milhões de doses através do mecanismo Covax, impulsionado pela OMS para assegurar um acesso equitativo à imunização.

Mas reforçou que embora se espere que todos os países latino-americanos e caribenhos disponham em abril de vacinas do Covax, estas doses não serão suficientes para proteger os grupos mais vulneráveis.

Etienne instou encarecidamente aos países ricos com doses excedentes de vacinas a compartilhá-las com os que receberam poucas, através de doações ao Covax e por outros meios. Também pediu para "ampliar urgentemente" a produção de vacinas para todos os países.

"Estamos muito longe de superar a marca de 70%" da população vacinada que os especialistas consideram necessária para controlar a transmissão da covid-19, disse Etienne.

Por isso, ela pediu que se mantenham estritamente as medidas de saúde pública recomendadas: distanciamento físico, uso frequente de máscaras e lavagem frequente das mãos.

Ciro Ugarte, diretor de Emergências em Saúde da Opas, destacou a preocupação do organismo com o relaxamento da população no cumprimento destas medidas que, segundo disse, provocará um reforço das restrições, toques de recolher e conflitos.

"Na Semana Santa é necessário reduzir as viagens ao essencial", disse, implorando que não se repita o aumento "muito significativo" de casos após as festas de fim de ano e do carnaval.

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) expressou nesta quarta-feira (10) preocupação com o aumento dos casos de covid-19 no Brasil, depois que o país bateu mais um recorde de mortes nesta semana, com um aumento dos casos em quase todos os estados.

"Estamos preocupados com a situação no Brasil. Esse é um duro lembrete da ameaça de ressurgimento, já que áreas muito afetadas pelo vírus continuam bastante vulneráveis às infecções", disse em coletiva de imprensa virtual a diretora da Opas, Carissa Etienne.

Nesta terça-feira, o Brasil registrou 1.972 mortes por covid-19, um recorde, no momento em que o sistema de saúde está sobrecarregado e a vacinação avança lentamente. Com um total de 268.000 óbitos, o país é o segundo mais afetado pela pandemia, depois dos Estados Unidos.

"Os casos estão em alta em quase todos os estados brasileiros", alertou Carissa. "Não podemos esperar até que nossos sistemas estejam lotados para implementar medidas de saúde pública", assinalou.

Na semana passada, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, exortou o país a adotar medidas "agressivas" contra a pandemia e alertou que a situação poderá afetar "todos os vizinhos". “Se o Brasil não levar a sério, isso afetará todos os vizinhos e além, então não se trata apenas do Brasil, acho que diz respeito a toda a América Latina”, disse.

- Doses limitadas de vacinas -

Em relação à situação no restante do continente, a Opas relatou que Estados Unidos, Canadá e México continuam registrando queda nos casos, apesar dos focos muito ativos no estado americano da Virgínia e na cidade de Nunavut, comunidade indígena no ártico canadense.

A Opas também informou sobre uma queda dos casos na América Central, embora com um aumento em algumas regiões da Guatemala e da região indígena de Guna Yala, Panamá. Na América do Sul, o órgão apontou um aumento dos casos no Paraguai, Uruguai e Chile e uma queda em Peru e Bolívia, mas que, nesses dois países andinos, o nível das infecções permanece alto.

Carissa Etienne anunciou que, nos próximos dias, Honduras, El Salvador, Guatemala e Jamaica receberão doses da vacina AstraZeneca por meio do sistema de acesso global Covax, administrado pela OMS. “É encorajador que as vacinas estejam começando a chegar em nossa região, mas como as doses são limitadas, a maioria das pessoas ainda tem que esperar vários meses para ser vacinada”, disse.

Com relação à possibilidade de grupos indígenas - que foram gravemente atingidos pela pandemia - receberem vacinas diretamente por meio do Covax, a Opas destacou que os Ministérios da Saúde são responsáveis pela distribuição, mas que a recomendação é que esses grupos possam ser designados como população vulnerável. “Recomendamos que, em alguns países, a população indígena seja incluída nos grupos prioritários”, disse o vice-diretor da Opas Jarbas Barbosa.

Gerente de Incidentes da Opas, Sylvain Aldighieri destacou nesta quarta-feira, 3, o fato de que o Brasil enfrenta uma segunda onda na pandemia da covid-19 "em nível nacional". Durante entrevista coletiva virtual da entidade, Aldighieri disse que, nos últimos três meses, nota-se uma segunda onda de casos da doença no País. "É crucial reduzir as transmissões no Brasil, como em outros países da América do Sul", alertou.

Aldighieri citou o Acre, ao dizer que o Estado enfrenta uma "emergência de saúde", também diante de casos de dengue, e também mencionou a pressão sobre os sistemas de saúde em Estados da região Nordeste, antes de alertar para a gravidade do quadro nacional.

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Nesse contexto, Aldighieri ressaltou a importância de se buscar controlar a disseminação de outras cepas da covid-19. "Essas variantes são uma preocupação global, e também na região", notou, ao comentar que elas podem afetar o potencial de transmissão e também a eficácia das vacinas disponíveis. De qualquer modo, ele insistiu: "As medidas para conter as transmissões são as mesmas" no caso das cepas, como por exemplo a lavagem das mãos e o distanciamento social. Aldighieri ainda disse que especialistas avaliam neste momento o papel da variante P1, localizada inicialmente no Brasil.

Também presente na coletiva, o diretor assistente da Opas, Jarbas Barbosa, respondeu sobre a possibilidade de que, em alguns países, Estados busquem suas opções para vacinar contra a covid-19, em contextos de problemas do governo federal nessa frente. "De maneira geral, a vacinação funciona melhor com coordenação central", argumentou, ao considerar que governos locais buscando imunizantes com distintos fornecedores podem representar "um desafio" para organizar esse processo.

Para a diretora-geral da Organização Pan-americana da Saúde (Opas), Carissa Etienne, o suprimento de vacinas contra a covid-19 às Américas deve ser uma "prioridade global", uma vez que a região foi o epicentro da pandemia por meses e ainda é "desproporcionalmente" atingida pela crise sanitária, segundo ela. "Nossa região precisa do maior número de vacinas no menor tempo possível", afirmou a diretora, revelando que a Opas tem negociado com fabricantes para aumentar o volume de doses no continente.

O diretor assistente da Opas, Jarbas Barbosa, disse que compartilhar mais vacinas com a iniciativa Covax seria um passo importante para combater a pandemia. Em contraste, acordos bilaterais entre países e fabricantes diminuem o suprimento dos imunizantes, em especial a países menos desenvolvidos, afirmou o especialista. Ele confirmou que as entregas de vacinas à América Latina pela Covax vão começar no fim deste mês, e o primeiro lote terminará de ser enviado aos países ainda em março.

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Segundo Ettiene, a vacinação dos grupos mais vulneráveis da população, como idosos, profissionais de saúde e pessoas com comorbidades, é a forma mais eficaz de apoiar os sistemas de saúde, muito pressionados entre países americanos, disse. Ela ainda expressou preocupação com as avaliações feitas sobre estudos que medem a eficácia dos imunizantes. As taxas de eficácia, de acordo com ela, têm sido comparadas sob contextos diferentes, e os números nas Américas podem não ser equivalentes aos de testes feitos em outras regiões do mundo.

Um país deve vacinar seus políticos e autoridades civis e militares contra a Covid-19 primeiro? De acordo com as recomendações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), não necessariamente.

Questionado sobre o assunto durante conversa com usuários das redes sociais nesta quinta-feira (18), o vice-diretor da Opas, Jarbas Barbosa, apontou com clareza as prioridades da vacinação contra o coronavírus recomendadas pela agência, órgão regional da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Ele disse que os profissionais de saúde devem ser imunizados primeiro, "porque são os mais expostos", assim como os trabalhadores em contato com idosos e em "áreas sociais chaves para o país".

Acrescentou que, em seguida, deveriam buscar "salvar vidas", protegendo "aqueles que têm maior probabilidade de desenvolver formas graves (da doença) e morrer de Covid-19". Nesse grupo ele colocou idosos e adultos com doenças crônicas.

“Essas deveriam ser as prioridades, essa é a recomendação da OMS e da Opas”, afirmou Barbosa.

Ele não mencionou nenhum cargo público em particular. Porém, ressaltou que a OMS/Opas se limita a aconselhar sobre os grupos prioritários, mas são os países que tomam a decisão final.

Ao detalhar os aspectos que um plano nacional de vacinação deve incluir, Barbosa destacou várias dimensões: desde a revisão dos processos regulatórios e de importação de vacinas até a avaliação da cadeia de frio para conservar as doses, o treinamento do pessoal que deve administrar a vacina e o desenvolvimento de uma estratégia de comunicação à população, esclarecendo quais vacinas serão usadas e quão eficazes e seguras elas demonstraram ser.

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