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Nesta sexta-feira (18), o Memorial da América Latina, em São Paulo, completa 33 anos de existência. O local é um centro cultural, político e de lazer. Todo o conjunto arquitetônico foi projetado por Oscar Niemeyer e é um monumento à integração cultural da América Latina. O LeiaJá preparou uma lista de motivos para você visitar o Memorial:

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 A entrada para todo o complexo cultural do Memorial da América Latina é gratuita em todos os dias de funcionamento, exceto em algumas exposições temporárias, mas os preços são sempre populares.

O complexo foi desenhado pelo famoso arquiteto Oscar Niemeyer e seu projeto cultural foi desenvolvido pelo antropólogo Darcy Ribeiro. O conjunto possui aproximadamente 90 mil metros quadrados, com seus edifícios espalhados por duas praças que são unidas por uma passarela. 

• A "mão";

A famosa escultura da "Mão" produzida por Oscar Niemeyer se tornou um símbolo do Memorial da América Latina. A escultura de seus metros é representada por um mapa do continente vermelho, que sinaliza as veias de uma mão sangrando. A intenção é mostrar o sofrimento e opressão vivida pela América Latina.

Outra marca do Memorial é o Pavilhão Criatividade. A exposição permanente conta com quase 4 mil peças que representam a arte e cultura do Brasil, Equador, Peru, Bolívia, Guatemala, Chile, Paraguai e Uruguai. O local contém desde artefatos religiosos a objetos de uso cotidiano.

Além das exposições permanentes, o Memorial possui uma rotatividade grande de exposições temporárias. Vale sempre ficar atento no site http://www.memorial.org.br para conferir qual exposição está  em cartaz atualmente.

O arquiteto Oscar Niemeyer sempre escreveu suas obras por linhas curvas. E suas "rampas", "tetos" e "vãos livres" aguçaram a imaginação dos skatistas, que nunca tiveram a oportunidade de percorrer suas obras com o equipamento. Depois de uma negociação com a Fundação Oscar Niemeyer, os atletas Pedro Barros e Murilo Peres conseguiram uma autorização para andar de skate em alguns cartões postais do arquiteto. E essa aventura virou o mini documentário "Sonhos Concretos: O Skate Encontra Niemeyer".

As gravações foram feitas entre dezembro de 2019 e janeiro de 2020, antes da pandemia do novo coronavírus. A ideia inicial era lançar antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, quando o skate fará a sua estreia no programa, mas a competição foi adiada para 2021 e, com tudo pronto, os produtores decidiram apresentar esse "rolê" dos dois atletas que buscam vagas na Olimpíada em obras de Niemeyer no Rio de Janeiro, em Niterói (RJ), Brasília, São Paulo e Belo Horizonte. Depois das filmagens, todos os espaços passaram por um processo de reparo.

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"Falar desse projeto é falar também sobre sonhos. De um mundo em que a gente possa ocupar todos os espaços, sempre com bons propósitos e de uma forma espontânea. A gente precisou de uma união para que isso saísse do papel e se tornasse realidade. E essa união é uma das essências do skate. Eu espero que esse projeto alcance muitas pessoas e leve a nossa mensagem", comentou Pedro Barros, que é amigo de Murilo Peres desde bem pequeno e os dois idealizaram esse projeto inédito. Ambos fazem parte da seleção brasileira de skate e estão disputando vaga da modalidade park para os Jogos de Tóquio-2020.

"A ideia surgiu quando eu e o Pedro estávamos em Brasília. A gente estava passando de carro pelo Eixo Monumental e nós olhávamos aqueles prédios. Eles chamam atenção de qualquer um, ainda mais de skatista. Aí pensamos que seria incrível poder andar de skate neles e fomos atrás do que precisaria fazer para viabilizar isso", explicou Murilo.

O período de captação das imagens foi uma verdadeira aventura porque muitos dos lugares eram de difícil acesso, como tetos de obras arquitetônicas, por exemplo. Mas isso só aumentou a vontade da dupla de colocar o skate para rodar nesses locais. O sinal verde da Fundação Oscar Niemeyer também confirmou que existe uma identidade entre o skate e a arquitetura do brasileiro, que faleceu em 2012 mas deixou um enorme legado na arquitetura mundial.

A interação de Pedro Barros e Murilo Peres nas obras também teve doses de emoção no filme dirigido por Hugo Haddad, com lindas manobras e algumas quedas. As imagens aéreas ajudaram a dar um toque ainda mais épico nas gravações. Em São Paulo, eles andaram de skate na Marquise do Ibirapuera, local que já é de domínio dos praticantes de esporte, na Oca e no Pavilhão da Bienal totalmente vazio, o que dá uma impressão diferente daquele lugar.

Já em Niterói, os dois fizeram manobras no Museu de Arte Contemporânea, obra emblemática de Niemeyer. No Rio de Janeiro passaram também pela Casa das Canoas, local projetado pelo arquiteto em 1951 para ser sua residência. A união do espaço com o meio natural chamou a atenção dos skatistas, que utilizaram inclusive uma grande rocha na área externa da habitação para fazer manobras.

Em Belo Horizonte, os dois foram até a Cidade Administrativa, sede do governo mineiro que foi elaborada por Niemeyer e ficou pronta em fevereiro de 2010. Lá estão o Auditório JK, o Palácio Tiradentes e os Edifícios Minas e Gerais. Entre um passeio e outro em cima do skate pelas obras, a dupla se impressionou com a beleza arquitetônica dos prédios e a criatividade usada nas construções. "Foi memorável poder realizar esse sonho", explicou Pedro Barros.

A volta dos skatistas em Brasília foi marcante também pela possibilidade de desfrutar de espaços que nunca imaginariam estar, como descer de skate a rampa do Palácio do Congresso Nacional e fazer manobras no corrimão em frente à Catedral de Brasília, dois dos projetos que tornaram Oscar Niemeyer famoso. Para Pedro Barros e Murilo Peres, o sonho se tornou realidade. "Se eu fosse um arquiteto e pudesse desenhar obras, faria apenas tudo que fosse ‘skatável’, para conseguir andar em tudo. De certa forma, Niemeyer fez isso há muitos anos. São tantas linhas, tantas curvas… Parece que ele andava de skate e não sabia", frisou Barros.

"A sensação foi maravilhosa pelo resultado que alcançamos. Esse projeto me deu força nesse momento, para que continue acreditando nos meus sonhos, que acredite em um mundo melhor. A gente se aprofundou na história do Niemeyer e vimos o quanto ele foi inovador", completou Murilo.

Depois de 27 anos de estudos, planejamento, obras e manifestações, o Memorial Luiz Carlos Prestes, em Porto Alegre, foi aberto ao público. Essa é a primeira obra de Oscar Niemeyer na cidade, e um dos últimos trabalhos do arquiteto, falecido em dezembro de 2010.

Quem se hospedar em um hostel porto alegre pode incluir uma visita ao museu em seus passeios. O museu está localizado ao lado da sede da FGF (Federação Gaúcha de Futebol) e resguarda as fotos cedidas por Anita Leocácia Benário Prestes, filha de Luiz Carlos.

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As imagens recontam a trajetória do político, desde sua juventude como militar, passando pela Coluna Prestes, o período em que viveu na antiga União Soviética, as prisões no governo Vargas e durante a Ditadura Militar, e a atuação política dentro do Partido Comunista. Ainda há um pequeno auditório e um espaço para exposições e atividades culturais. O museu está aberto para manifestações de arte, cultura e educação.

Além do novo museu, quem estiver em um hostel pode conhecer também o Museu de Ciência e Tecnologia, o Theatro São Pedro, a Casa de Cultura Mário Quintana e a Casa Torelly, todos contam um pouco da história da cidade e da região.

O Ministério da Cultura (MinC) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) homologaram hoje (7) o tombamento de um conjunto de 27 obras do arquiteto Oscar Niemeyer, localizadas em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Esta é a etapa final do processo de tombamento iniciado em 2007, a pedido do próprio Niemeyer e aprovado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural em maio do ano passado (2016).

A partir de agora, as obras serão protegidas pelo Iphan como Patrimônio Cultural Brasileiro. Dentre os bens tombados, estão o Museu da Cidade, o Espaço Lúcio Costa, o Panteão da Liberdade e Democracia, a Praça dos Três Poderes, localizados em Brasília (DF). Além dos bens listados na capital federal, estão protegidos também a Casa das Canoas no Rio de Janeiro, o Conjunto do Parque do Ibirapuera e o Palácio da Agricultura (SP). 

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Outras obras do arquiteto, que não integram esse processo, mas que já haviam sido tombadas anteriormente, são: a Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida (1967), mais conhecida como Catedral de Brasília, o Catetinho (1969) - primeira residência oficial do presidente Juscelino Kubitschek -, e o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, que ano passado recebeu o título de Patrimônio Mundial da Unesco.

Niemeyer projetou, ao longo da vida, mais de 150 obras. Conseguiu concluir mais de 100, não só no Brasil, mas também em países como Estados Unidos, França, Itália, Portugal, Argélia e Cuba.

 

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) acaba de tombar mais três obras do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012): o Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Niterói (RJ), o Conjunto do Parque do Ibirapuera (SP) e a Passarela do Samba, o sambódromo do Rio. As edificações foram incluídas por unanimidade no registro de bens protegidos na sexta-feira, 6, pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural em reunião realizada no Palácio Gustavo Capanema.

Antes de sua morte, Niemeyer encaminhou uma lista com uma sugestão de 24 monumentos seus a serem tombados pelo Iphan. o MAC-Niterói, as obras do Parque do Ibirapuera e o Sambódromo do Rio constavam na relação. O processo de tombamento de um total de 28 criações do arquiteto brasileiro foram iniciadas em 2007, ano das comemorações do centenário de Oscar Niemeyer, pelo então ministro da Cultura, Gilberto Gil.

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O MAC-Niterói foi inaugurado em setembro de 1996 sobre o Mirante da Boa Viagem. O museu tem 2,5 metros quadrados de área e abriga como parte de seu acervo a Coleção João Sattamini, formada por 1.217 obras.

Já o Parque do Ibirapuera foi um complexo criado para as comemorações dos 400 anos de São Paulo. Inaugurado em 21 de agosto de 1954, o conjunto de edifícios projetados por Oscar Niemeyer e paisagismo de Burle Marx ocupa uma área de 1,5 milhão de metros quadrados na cidade. O tombamento do Iphan refere-se aos prédios criados pelo arquiteto - entre eles, o Pavilhão da Bienal - e a Grande Marquise.

Por fim, o Sambódromo do Rio, localizado na Avenida Marquês de Sapucaí, é uma obra de 1984. O complexo de arquibancadas e camarotes abriga os tradicionais desfiles das escolas de samba do carnaval carioca.

A Caixa Cultural Recife, no Bairro do Recife, prorrogou até o dia 2 de fevereiro a exposição Marianne Peretti – 60 anos de arte, que já recebeu a visita de mais de 11 mil pessoas, segundo os organizadores da mostra. Como parte da nova programação, será realizada nesta quarta-feira (22), às 19h30, a exibição do filme Vitrais, de Cecília Araújo, seguida da aula sobre integração de arte e arquitetura com a professora Sônia Marques, PHD em Arquitetura. A entrada é gratuita e as senhas serão distribuídas uma hora antes.

A exposição está em cartaz na CAIXA Cultural desde o dia 6 de dezembro e traz destaques das seis décadas de trabalho da artista plástica. Peretti, apesar de francesa, mora atualmente em Olinda e ganhou projeção com suas esculturas e especialmente os vitrais produzidos em Brasília. Foi também a única mulher a integrar a comitiva de artistas que acompanharam o arquiteto Oscar Niemeyer na construção da capital federal. 

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O curta-metragem Vitrais conta com fotografia de Jane Malaquias e traz como foco a vida de Marianne Peretti, aproximando o público da artista e de seu processo de criação e fabricação de vitrais. Após a exibição, a arquiteta Sônia Marques também vai falar de arte e abordará a relação arte e arquitetura nas obras de Peretti e de outros artistas.

Serviço

Marianne Peretti – 60 anos de arte 

Até 2 de fevereiro

Terça a domingo | 10h às 19h

Térreo da CAIXA Cultural Recife (Avenida Alfredo Lisboa, 505 – Bairro do Recife)

Gratuito

A Transpetro informou, nesta quarta-feira (4), ter lançado ao mar, no Estaleiro Vard Promar (RJ), o navio Oscar Niemeyer, o primeiro de uma encomenda de oito navios gaseiros realizada por meio do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef).

O investimento foi de R$ 115 milhões. Segundo a Transpetro, o navio tem 117,63 metros de comprimento, 34,0 metros de altura, 19,2 metros de largura e capacidade para transportar 7 mil metros cúbicos de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). Ao todo, o Promef investe R$ 920 milhões na construção dos 8 gaseiros, diz a nota da subsidiária da Petrobrás.

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O Promef já entregou cinco navios à Transpetro: os de produtos Celso Furtado, Sérgio Buarque de Holanda e Rômulo Almeida; e os Suezmax João Cândido e Zumbi dos Palmares, sempre de acordo com a nota. Outras três embarcações estão em fase de acabamento: José Alencar (de produtos), Anita Garibaldi (Panamax) e Dragão do Mar (Suezmax). Há ainda mais 12 em fase de construção.

O sonho de igualdade e participação popular de um dos maiores arquitetos de todos os tempos, o brasileiro Oscar Niemeyer, está sendo abandonado, lamentavelmente, em sua maior obra, a cidade que abriga a capital do País, Brasília. Projetada para permitir a livre circulação de seus moradores e visitantes, hoje o que se vê são grades, muros e barricadas erigidas contra quem Niemeyer queria permitir o livre acesso e, sempre que necessário, a possibilidade de manifestação, de protesto, de contestar o que viessem a decidir seus governantes.

Quem visitar hoje o Palácio do Planalto, onde despacha a presidente da República, verá grades e barreiras construídas com trilhos de aço para impedir o avanço das pessoas e veículos não autorizados. O mesmo ocorre no outro lado da Praça dos Três Poderes, onde se localiza o Palácio da Justiça, a sede do Supremo Tribunal Federal, belo prédio da lavra do mesmo arquiteto, hoje guarnecido por grades improvisadas, assim como a Estátua da Justiça, igualmente afastada do povo.

Um pouco distante desses dois prédios, a sede do Governo do Distrito Federal, o Palácio do Buriti, desde o último dia 7 de setembro, data em que se comemora a Independência do Brasil, também há grades provisórias, na tentativa de manter a população afastada desse centro de poder. Segundo o jornal Correio Braziliense, desde esse dia em que, tradicionalmente, a população é chamada às ruas para comemorar a independência, foram instalados 18 mil metros de cercas, com altura de 1,1 metro, para impedir qualquer manifestação popular em paralelo ao evento.

Além das cercas, entre o Palácio do Planalto, da Presidência da República, e o Palácio da Justiça, do STF, onde os mensaleiros serão, novamente, julgados, está o magestoso Congresso Nacional que, a partir deste mês, também terá restrições que limitarão o ingresso de populares. Depois de décadas funcionando sem qualquer limitação à presença dos eleitores, a partir de agora haverá maiores restrições. Qualquer brasileiro está proibido de entrar na Casa do Povo, o Congresso Nacional, portando cartazes ou faixas. No plenário, só poderão permanecer, além dos deputados, no máximo 200 pessoas normais.

“Limitar a ordem e o respeito que a casa tem que exigir”, justificou o presidente do Congresso, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). É assim em todos os parlamentos do mundo. Você tem manifestações, é desejável, de forma ordeira, respeitável. Isso são regras normais em qualquer parlamento do mundo. É apenas cuidado, zelo com o patrimônio público. As pessoas que vêm aqui manifestar, devem vir. Por esta casa passam de cinco a seis mil pessoas por dia. Tem exageros que esta casa não pode permitir.”

Em recente seminário realizado na Câmara dos Deputados, o presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Augusto Nardes, defendeu o esforço no sentido de todas instâncias de governo darem a efetiva transparência de suas ações à população. “O controle social tem que ser aumentado para diminuir os desvios e a corrupção e assim garantir mais eficiência e efetividade do Estado brasileiro”. A mensagem referia-se à atuação das ouvidorias do Legislativo e da área jurídica, mas serve como desestímulo às grades e barreiras que se levantaram contra a participação popular, no momento em que o País vive em um Estado democrático e que a população foi às ruas para protestar.

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- Quanto calor!, - Tá quente hoje..., - Esse sol não dá uma folga não?, - Ai! Eu vou derreter! Quem nunca ouviu ou falou uma dessas frases provavelmente não esteve em um dia de verão no Recife. Para muitos a solução é se trancar em casa, com o ar-condicionado no máximo, janelas fechadas e um belo edredom ao redor do corpo, outros preferem sair para shoppings ou bares, sempre locais com os benditos refrigeradores de ar.

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Soluções como as citadas acima não são muito saudáveis, isolam e fazem nos sentir prisioneiros dentro de nossas residências ou centro de compras. Pensando nisso,  a boa dica no Recife é curtir um dos quatro principais parques públicos da cidade, onde você pode praticar esportes, caminhar, levar seus filhos para brincar, tomar uma água de coco ou fazer um piquenique com os amigos.

Parque 13 de maio
Localizado no centro da cidade do Recife, o parque 13 de maio é point infantil aos sábados e domingos. Pais de diversos bairros da capital pernambucana e também de cidades vizinhas como Olinda, Jaboatão e Paulista trazem seus filhos para passarem uma tarde divertida ao ar livre.

O espaço também é usado para encontros de diversas tribos, ao caminhar entre as árvores do local você pode encontrar músicos ensaiando, casais a namorar, velhinhos contemplando a paisagem e alimentando os pombos e, pode ter certeza, crianças a correr e brincar. Roqueiros, evangélicos e little monsters (fãs da cantora Lady Gaga), todos encontram um lugar entre os quase sete hectares do principal parque do centro da cidade.

A construção começou no governo do General Barbosa Lima (1892-1896), mas ele só foi efetivamente construído durante o governo Agamenon Magalhães, em 1939. O local é o primeiro parque urbano histórico do Recife, apesar de não ser o mais antigo. Os primeiros jardins tiverem em seu projeto nomes como o de Burle Marx.

Na década de setenta o parque passou por reformas e ganhou estátuas de Abelardo da Hora e um mini-zoológico, onde vivem hoje macacos, araras, pavões e outras aves da fauna local. Além do mini-zoo, o parque oferece uma pista de cooper e uma academia da cidade, que oferece aulas no começo da manhã e da noite.

Sítio da Trindade

Em Casa Amarela, bairro da zona norte do Recife, fica o Sítio da Trindade, o parque possui uma rica história, em seu local foi erguido o Forte Arraial do Bom Jesus, local de resistência a invasão holandesa. O Forte resistiu bravamente por cinco anos, a ruína veio devido a escassez de suprimentos e armamentos.

O espaço possui 6,5 hectares e ganhou o nome que tem hoje quando a família Trindade Peretti comprou o local e ali ergueu sua residência. Diversos monumentos e placas foram colocados para lembrar a história do lugar que desde 1952 é considerado bem de utilidade pública.

Hoje o Sítio é considerado o principal pólo do São João recifense. Lá também se realiza festejos e apresentações natalinas. Tradições como pastoril e quadrilhas juninas tem na Trindade seu espaço garantido. Com grande área verde, é ideal para caminhadas e passeios ao ar livre, o clima é gostoso e, de quebra, você ainda pode conferir uma apresentação cultural no casarão.

Praça da Jaqueira

Se você ainda não conhece, não sabe o que perde: A jaqueira é um dos principais e mais bem equipados parques do Recife, com grande área verde o local oferece uma Academia da Cidade, pista de cooper, bicicross e diversos brinquedos que fazem a cabeça das crianças – e de alguns adultos também.

O parque surgiu em 1984, quando o terreno de sete hectares foi cedido a prefeitura. Assim como o Sítio da Trindade, o espaço foi palco de diversas batalhas na época da colonização holandesa, lá Felipe Camarão e os holandeses tentaram sem sucesso dominar o Arraial do Bom Jesus.

Inaugurado em 1985, a Jaqueira possui dois espaços distintos: um histórico e um dedicado a prática esportiva. Na parte histórica você pode encontrar a capela de Nossa Senhora da Conceição da Jaqueira e um jardim projetado por Burle Marx. Ideal para picnics e encontros no final da tarde, suas frondosas árvores produzem uma deliciosa sombra que deixa o clima agradável e convidativo.

Para quem deseja fazer exercícios físicos a estrutura conta com uma pista de cooper de 1km, cicliovia de 1,1km além de uma pista de bicicross com 400m e patinação de 600m. Passar na Jaqueira é garantia de um passeio inesquecível e garantia de paisagens e pessoas bonitas.

Parque Dona Lindu

Menina dos olhos da Prefeitura do Recife, o Dona Lindu conta com um arrojado projeto de Oscar Niemeyer onde o visitante pode encontrar um parque, teatro, galeria e outras atrações. Com investimentos na casa dos R$ 30 milhões, o local hoje é palco dos principais festivais, shows e eventos oferecidos pelo município.

Ao total são 27,1 mil metros quadrados, sendo 60% dela dedicada a área verde, onde árvores e grama oferecem a seus visitantes a oportunidade de descansar e relaxar ao entrar em contato com a natureza.

Aos finais de semana você pode encontrar jovens e crianças praticando diversos esportes, como skate e patinação, além de dança e corrida. Ideal para picnics, o Dona Lindu possui um dos metro quadrados mais disputados dos domingos recifenses. Além do Teatro Luiz Mendonça, o parque também conta com a Galeria Janete Costa, onde ocorrem exposições e oficinas periodicamente.

Situado a beira mar da praia de Boa Viagem, o ambiente é bastante ventilado e arborizado, caminhar no final da tarde é mais um deleite que um exercício físico. Assim como o 13 de maio, todas as  tribos se reúnem no local para conversar, jogar e se divertir ao ar livre.

A exposição Nosso Oscar Niemeyer, uma homenagem de cartunistas de todo o país ao arquiteto que morreu no último dia 5, pode ser vista na capital paulista até o dia 31 de janeiro. São 76 caricaturas que tem Niemeyer ou sua obra como tema. A mostra foi organizada pela Associação dos Cartunistas do Brasil, sob a curadoria do artista José Alberto Lovreto.

A mostra, em cartaz no Memorial da América Latina, segundo Lovreto, é uma singela homenagem dos cartunistas brasileiros ao arquiteto cujo traço influenciou e influencia os desenhadores. “Niemeyer sempre mostrou que tudo começa no traço. Traço simples, gestual e solto no espaço”.

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Entre os cartunistas que participam da exposição estão Aroeira, Claudio, Dálcio, Hippert, Manga, Maringoni, Mauricio de Sousa, Olávo Tenório, Orlando, Ulisses, e William Medeiros.

O arquiteto Oscar Niemeyer completaria 105 anos no último dia 15. Vítima de complicações renais e desidratação, ele morreu no último dia 5 no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, onde estava internado desde o dia 2 de novembro.

O Memorial da América Latina vai transformar a mostra em livro no início do próximo ano. A publicação terá 105 caricaturas, uma para cada ano de vida do arquiteto.

A exposição ocorre na Biblioteca Latino-Americana Victor Civita, no Memorial da América Latina, ao lado do metrô Palmeiras-Barra Funda, na zona oeste, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e sábados das 9h às 15h.

O arquiteto Oscar Niemeyer completaria 105 anos neste sábado (15). Vítima de complicações renais e desidratação, ele morreu no último dia 5 no Hospital Samaritano, em Botafogo, onde estava internado desde o dia 2 de novembro. Como parte das homenagens, o governo do Distrito Federal organiza algumas ações na Fonte Luminosa da Torre de TV.

Em 2010, Niemeyer pediu ao maestro Valerio Festi – que associa elementos do teatro à música e à  técnica de iluminação – que projetasse um espetáculo para Brasília, “a sua cidade”, inspirado em sua arquitetura. Hoje, o governo do Distrito Federal retribui a homenagem, segundo sua assessoria.

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O espetáculo cultural, chamado Abraço de Luz, na Fonte Luminosa da Torre de TV, é uma homenagem ao arquiteto “que fez de Brasília um museu a céu aberto”. Uma estrutura de 20 metros de altura, em formato de semicírculo, será coberta por 65 mil lâmpadas coloridas.

A homenagem contará com uma apresentação do Coro Lírico de Brasília e com a leitura de versos e trechos de cartas de autoria de Niemeyer. O público verá também uma bailarina acrobata, dentro de uma esfera voadora. O Abraço de Luz será parcialmente aceso, em luto pela morte do arquiteto. A partir desete domingo (16) até o dia 6 de janeiro, a estrutura ficará totalmente acesa das 20h à meia-noite e, no dia 22, a Orquestra Sinfônica de Brasília se apresentará.

Vários destaques no mundo viraram notícias nesta semana. A Morte da enfermeira de Kate que caiu em trote de rádio, a volta do presidente da Venezuela, Hugo Chávez,  para o país após o tratamento em Cuba, a morte da pessoa mais velha do mundo o terremoto de 7,3 graus que abalou o Japão, além da criação da primeira empresa que venderá voos para a Lua. Em destaque, a morte de Oscar Niemeyer, nesta última quinta-feira (6).

Confira os fatos que marcaram a semana: 

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Morre enfermeira de Kate que caiu em trote de rádio

Depois de ter passado informações sobre o estado de saúde da duquesa e esposa do príncipe William, Kate Middletone, a enfermeira Catherine, foi encontrada morta nesta sexta-feira (7). Ela recebeu um trote de uma locutora australiana que se passou pela rainha.

Chávez volta à Venezuela após tratamento em Cuba

Após ter passado dez dias em Cuba fazendo um tratamento contra o câncer, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, voltou para Caracas. Ele passou os últimos meses lutando contra a doença. 

Terremoto de 7,3 graus abala o Japão

No Japão, um terremoto de 7,3 graus atingiu Tóquio e provocou uma onda que levou as autoridades a acionar um alerta de tsunami.  Telefones, fixos e celulares, não funcionavam na região e a ordem foi divulgada por um canal especial de rádio.

EUA têm primeira empresa de voos privados à Lua

A agência espacial América, Nasa, anunciou nesta quinta-feira (6) a criação da primeira empresa privada de voos para a Lua. Para ter o prazer de vivenciar essa experiência, o custo ficaria de 1,5 bilhão de dólares, segundo a empresa. 

Pessoa mais velha do mundo morre nos EUA

Com 116 anos, Besse Cooper faleceu nesta última terça-feira (4) em um asilo nos Estados Unidos. Ela foi a primeira pessoa da Georgia a ter um recorde mundial. O título da pessoa mais velha do mundo passou para a Dina Manfredini de 115 anos, dos Estados Unidos. 

Morre o arquiteto Oscar Niemeyer

Aos seus 104 anos, o arquiteto Oscar Niemeyer faleceu no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, devido a uma infecção respiratória. Ele é conhecido por suas criações futuristas em todo o país. Niemeyer teve uma grande influência em várias partes do mundo, e foi homenageado O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault.

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Rio de Janeiro – Ao som das músicas Cidade Maravilhosa e Carinhoso, executadas pela Banda de Ipanema, o corpo do arquiteto Oscar Niemeyer foi sepultado em um simples carneiro (sepultura perpétua), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na zona sul da capital fluminense. Eram exatamente 18h. Ao mesmo tempo, alguns comunistas, amigos do arquiteto, faziam a chamada nominal de Niemeyer e respondiam: “Presente”. Em seguida passaram cantar a Internacional, hino da Internacional Socialista.

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Ao longo de todo o dia, centenas de pessoas, entre admiradores, curiosos, parentes e políticos estiveram no Palácio da Cidade, local do velório, para prestar a última homenagem àquele que era considerado o maior arquiteto vivo da história da humanidade.

Os primeiros a chegar, logo pela manhã, foram o governador Sérgio Cabral, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o vice-governador, Luiz Fernando Pezão. Também lá estiveram, o governador de Minas Gerais, Antônio Anastazia e o arquiteto Jaime Lerner.

Foram enviadas ao velório cerca de 50 coroas de flores, inclusive as dos irmãos Fidel e Raul Castro, líderes cubanos. Fidel Castro escreveu na coroa de flores “Ao incondicional amigo de Cuba, Oscar Niemeyer”.

Os portões do Palácio da Cidade foram fechados ao público às 15h, quando teve início um culto ecumênico na presença de parentes, amigos e do prefeito Eduardo Paes. Ateu e comunista convicto, a cerimônia religiosa foi celebrada por representantes de várias religiões.

O corpo de Oscar Niemeyer deixou o Palácio da Cidade, onde foi velado, em um caminhão do Corpo de Bombeiros, às 17h15. Batedores fecharam parcialmente as ruas São Clemente, Real Grande e General Polidoro. Ao chegar ao Cemitério São João Batista, o cortejo fúnebre foi aplaudido por dezenas de pessoas, além de parentes e amigos.

Morreu, esta semana, o centenário Oscar Niemeyer. Aos 104 quatros, Niemeyer foi, sem dúvidas, o arquiteto brasileiro de nome mais influente na arquitetura moderna. E aqui não falamos apenas da arquitetura nacional, mas sim internacional. Suas obras estão espalhadas pelo mundo.

 

Niemeyer foi pioneiro na exploração das possibilidades construtivas do concreto armado, técnicas muito além do seu tempo. Seu trabalho foi marcado pelas curvas, que tornavam seu estilo inconfundível e, por este motivo, teve grande fama nacional e internacional desde a década de 1940. Grande amigo do ex-presidente Juscelino Kubistchek, seus trabalhos mais conhecidos são os edifícios públicos que projetou para a cidade de Brasília, a pedido do então presidente.

Profissional, político e visionário. Curiosamente, grande parte das obras mais importantes de Niemeyer, repletas de traços marcantes e modernos, serviu a projetos políticos: o Conjunto da Pampulha, o parque Ibirapuera e Brasília, com os prédios do Itamaraty, da Alvorada, do Congresso, da Catedral, da Praça dos Três Poderes e tantos outros.

Há muitos anos o reconhecimento de Oscar Niemeyer ultrapassou as barreiras brasileiras e seu nome entrou para a história da arquitetura. Um grande marco de sua carreira foi o desenvolvimento da sede da ONU em Nova York, nos Estados Unidos.

O arquiteto costumava falar que não é era o ângulo reto que o atraia, nem a linha reta. Niemeyer falava que era atraído pela curva livre e sensual, encontrada nas montanhas do Brasil, no curso sinuoso dos rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. Definitivamente um apaixonado pelo Brasil e que soube, das belezas do nosso país, extrair o seu melhor.

Seu prestígio foi e será sempre grande, seu nome é histórico. Não à toa, ele recebeu todos os prêmios imagináveis da arquitetura, incluindo o Pritzker em 1988 e a Ordem do Mérito Cultural. Feliz comentário do cantor Chico Buarque ao comentar que o arquiteto “foi um dos maiores artistas do seu tempo e um homem maior que a sua arte”. Mas que isso, Niemeyer foi uma inspiração, um revolucionário.

"A gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem", dizia Oscar Niemeyer. Poucos homens sonharam tão intensamente e fizeram tantas coisas acontecerem como ele. A história de Niemeyer ficará eternizada nos traços, na beleza de suas obras e em cada uma de suas magníficas construções, todas alheias a uma arquitetura ideal, desobediente a princípios preestabelecidos. Este era Oscar Niemeyer.

Brasília – Depois de três horas de velório, o caixão com o corpo do arquiteto Oscar Niemeyer deixou o Palácio do Planalto. Coberto com a bandeira do Brasil, o caixão desceu a rampa carregado por cadetes do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, às 19h30. O corpo saiu em cortejo em direção à Base Aérea de Brasília, às 19h45. De lá, seguirá em avião da Presidência da República para o Rio de Janeiro, onde será velado amanhã (7) no Palácio da Cidade, em Botafogo. O enterro ocorrerá no Cemitério São João Batista, às 17h30, desta sexta (7).

De acordo com a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto e da Polícia Militar, 3,8 mil pessoas passaram pelo local durante as três horas de velório. O caixão chegou às 15h45, e a entrada do público foi liberada às 16h40.

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Ainda de acordo com o Planalto, o fim do velório foi antecipado a pedido da família de Niemeyer. Os parentes do arquiteto alegaram problemas de limitação de horário para o pouso do avião no Rio de Janeiro. A presidenta Dilma Rousseff não acompanhou a saída do caixão, mas se despediu da família.

As pessoas que não conseguiram chegar a tempo do velório aplaudiram quando o corpo de Niemeyer deixou o palácio. Enquanto o caixão era posto no caminhão do Corpo de Bombeiros, eles cantaram o Hino Nacional. O trânsito na via que passa em frente ao Palácio do Planalto ficou interditado por cerca de 25 minutos, provocando congestionamento no local.

O corpo de Oscar Niemeyer foi velado em Brasília, mais famosa de suas criações, onde centenas de pessoas entraram pela primeira vez no palácio presidencial, projetado pelo famoso arquiteto, para aplaudi-lo e se despedir.

"Niemeyer sempre quis que seus monumentos estivessem abertos a todos, mas só agora, com sua morte, eu pude entrar no palácio por esta rampa", disse Virgilio Andrade, um universitário de 32 anos que ficou na fila por duas horas para entrar no Palácio do Planalto.

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Procedente de Rio de Janeiro, para onde retornará nesta quinta-feira, o caixão coberto com uma bandeira do Brasil foi transferido em um carro até a sede oficial.

O caixão foi recebido com aplausos e subiu pela rampa reservada aos visitantes ilustres, mas que por causa de sua morte foi habilitada ao público.

Rodeada por uma dezena de ministros e outras autoridades, a presidente Dilma Rousseff acompanhou os restos de Niemeyer por quase meia hora antes de a entrada de centenas de pessoas, que aguardavam do lado de fora, fosse autorizada.

"Sei que Niemeyer foi muito importante para o Brasil. Será a primeira e única vez que o vejo. Eu me sinto muito orgulhosa de estar aqui, subir esta rampa", disse Alexandra Oliveira, uma aposentada de 70 anos.

Antes de receber por algumas horas os restos de Niemeyer, o Palácio do Planalto tinha aberto suas portas a apenas dois velórios: o do ex-presidente Tancredo Neves, em 1985, e o do ex-vice-presidente José Alencar, no ano passado.

Em Brasília, a morte de Niemeyer aos 104 anos, reacendeu entre seus habitantes as lembranças e o orgulho de viver no que popularmente é conhecido como o maior museu a céu aberto do artista.

"Esta era uma das obras mais apreciadas pelo arquiteto", disse Mónica Rebello, dona de uma das lojas que funcionam na planta baixa do Congresso, parada obrigatória de turistas.

O moderno edifício, com suas torres paralelas e as esferas invertidas que se transformaram no cartão postal da cidade, é um dos três que dão nome à praça dos três poderes. Na diagonal está o palácio onde o corpo de Niemeyer foi velado.

"Quando cheguei, há 32 anos, a Brasília fiquei impressionada. Parecia estar em outro lugar. Tinha tanto espaço aberto. Hoje continuo acreditando que Brasília, graças a Niemeyer, é uma das melhores cidades para se viver no Brasil", disse Rebello, uma publicitária de 55 anos.

Em 2009, Niemeyer visitou pela última vez a cidade que construiu junto com o urbanista Lúcio Costa (que morreu em 1998), segundo a Universidade Nacional de Brasília (UNB), onde foi coordenador da Escola de Arquitetura em 1962.

Seu medo de avião o obrigou a fazer uma viagem de dois dias do Rio de Janeiro, similares às que teve que realizar com frequência durante sua estada no que depois seria Brasília, a que se referiu uma vez como "o fim do mundo".

A cidade, que a UNESCO declarou, em 1987, Patrimônio Cultural da Humanidade por seu valor arquitetônico, estético e histórico, se transformou em 1960 na nova capital do Brasil, substituindo o Rio de Janeiro.

Na UNB também ficaram as pegadas de seu gênio. "Todo estudante de arquitetura tinha Niemeyer como inspiração, apesar de ele, paradoxalmente, não ter deixado muitos discípulos", disse José Carlos Coutinho, professor de arquitetura e ex-diretor do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico de Brasília.

"Niemeyer foi um homem que superou os limites da arquitetura. Foi um artista quase renascentista: escrevia, desenhava, esculpia e era um grande polemista", destacou Coutinho, lembrando a faceta política deste comunista convicto.

A marca de Niemeyer se estende pela avenida do poder até a luminosa catedral.

"Alguns turistas estrangeiros chegaram perguntando se o velório seria aqui. Talvez não saibam que Niemeyer era ateu, mas para mim, sobretudo, era um gênio", destacou Ledilma Melho, uma jovem de 19 anos que vende guias turísticos na entrada do templo.

"Niemeyer foi um ateu com inspiração divina", afirmou, orgulhoso, André Carloni, de 45 anos, enquanto aguardava sua vez para ver os restos do arquiteto.

Até o meio dia não estava previsto nenhum ato religioso na catedral pela morte de seu criador.

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O arquiteto Oscar Niemeyer morreu poucos dias antes de completar 105 anos. Comunista por opção, Niemeyer é conhecido por seu trabalho inovador e ousado para a arquitetura moderna. Foram 70 anos de carreira e, mesmo com a saúde debilitada, continuou trabalhando em seu ateliê.

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No blog oficial da presidência, Dilma Rousseff comentou: “o Brasil perdeu um de seus gênios. Hoje é um dia para chorar”.

Mais do que um arquiteto, Oscar Niemeyer era um "deus" da arquitetura, um "mestre", um "grande amigo", um militante comunista até seus últimos dias, a quem o mundo homenageia sem poupar elogios.

Niemeyer, autor em 1960 junto com Lúcio Costa da futurista Brasília, faleceu aos 104 anos na noite de quarta-feira no Rio de Janeiro, depois de ter ficado internado por pouco mais de um mês.

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"Ele se foi, mas permanecerá para sempre entre nós, presente nas linhas dos edifícios que desenhou no Brasil e no mundo", disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um comunicado divulgado nesta quinta.

Pouco depois do anúncio de sua morte, a presidente Dilma Rousseff considerou que o Brasil "perdeu um de seus gênios", um "revolucionário, o mentor da nova arquitetura". "É um dia para chorar", indicou.

Niemeyer está sendo velado com honras de Estado no Palácio do Planalto, antes de ser enterrado na sexta-feira no Rio.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, também homenageou o gênio da arquitetura.

“Fiquei entristecido ao saber da morte de Oscar Niemeyer, figura de destaque e um dos arquitetos da Sede das Nações Unidas em Nova York", afirmou o chefe da ONU em um comunicado, no qual ressaltou seu "forte senso de humanismo e engajamento global".

A Unesco também prestou homenagem a este "artista universal" e "grande humanista", ressaltou em um comunicado Irina Bokova, diretora geral da organização multilateral.

Sua obra-prima, Brasília, integra o Patrimônio Mundial da Unesco desde 1987.

O presidente da França, François Hollande, saudou a obra de um "homem comprometido e cujas convicções foram colocadas sempre a serviço de seu talento". Um "arquiteto do sonho tornado realidade", disse, por sua vez, o primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault.

A ministra da Cultura da Argélia, Khalida Toumi, lembrou nesta quinta-feira que Niemeyer deixou sua marca no país.

"Sua aventura argelina, como ele gostava de dizer, começou nos anos 1970: ele atendeu ao pedido de Argel desenhando as grandes obras da Universidade Houri Boumediene de Bab Ezzouar (Argel) e a de Constantine (leste)", indicou Toumi.

Ele também desenhou e concebeu a escola de arquitetura de El Harrach (subúrbio de Argel), entre outras.

Em maio de 2012, Oscar Niemeyer atendeu novamente ao apelo da Argélia, assinando uma de suas últimas obras, a Biblioteca Árabe Sul-Americana de Argel, um "projeto iniciado em 2005 pelo presidente Abdelaziz Bouteflika em ocasião da cúpula Árabe-Sul-Americana e que deverá ser concluído em 2013 na cidade de Zéralda (30 km a oeste de Argel)", lembra a ministra no comunicado.

Niemeyer foi nomeado nesta quinta "Cidadão Ilustre do Mercosul post mórtem" pelos chanceleres do bloco reunidos na capital brasileira.

Cuba também lamentou o falecimento de Niemeyer, um defensor "incondicional" e "grande amigo" da revolução e de seu líder histórico Fidel Castro.

"Restam apenas dois comunistas no mundo, Oscar e eu", disse em 1995 o então presidente cubano, durante uma visita a Niemeyer em seu ateliê de Copacabana.

Niemeyer viveu na França durante seus anos de exílio da ditadura militar (1964-1985). Lá desenhou vinte obras, entre elas a sede do Partido Comunista em Paris (1965) e a Casa de Cultura em Le Havre (1972).

Tinha "com a França uma relação privilegiada, não apenas porque construiu aqui vários edifícios cuja modernidade e originalidade comovem os visitantes, mas por também ter vivido aqui no exílio", ressaltou François Hollande em seu comunicado.

A direção nacional do Movimento dos Sem Terra (MST) lembrou o "sábio, solidário e comunista" Niemeyer.

"O povo brasileiro e a Humanidade perderam um dos melhores amigos que viveram no século XX. Niemeyer foi mais do que um arquiteto, foi um amante da vida e um incansável defensor da igualdade", frisou o MST.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) considerou que o arquiteto foi um "transformador de horizontes".

Poeta do cimento, apóstolo lírico das linhas fluidas, mestre das curvas, este brasileiro deslumbrou e fez gerações de arquitetos sonharem.

"Não era um teórico da arquitetura (...) Não criou uma escola, mas fez sonhar, mostrou que podia criar de outra maneira", disse à AFP em Paris Francis Rambert, diretor do Instituto Francês de Arquitetura (IFA), que colocou Niemeyer entre as grandes figuras da arquitetura do século XX, ao lado de Frank Lloyd Wright, Mies van der Rohe e Le Corbusier.

Vários dos arquitetos mais renomados da atualidade foram influenciados pelas curvas de Niemeyer, ganhador do prêmio Pritzker de 1988, uma espécie de Nobel da Arquitetura.

O britânico Norman Foster se disse "profundamente entristecido" pela morte de Niemeyer, um de seus "heróis".

"Oscar era um cavalheiro e um arquiteto verdadeiramente grande, um

virtuoso", disse a britânica de origem iraquiana Zaha Hadid (prêmio Pritzker 2004), que reconheceu ter se inspirado no trabalho "visionário" de Niemeyer.

Para Hadid, "Niemeyer é um deus", o que fica evidente "na fluidez das formas".

O francês Christian de Portzamparc (prêmio Pritzker 1994) também disse que sua vocação de arquiteto foi despertada com a leitura das revistas com informações sobre a inauguração de Brasília, em 1960.

"Se fizéssemos uma comparação com a pintura, poderíamos dizer que Le Corbusier era o Picasso e Niemeyer, o Matisse" da arquitetura, afirmou o arquiteto francês Jean Nouvel.

O arquiteto Oscar Niemeyer, que morreu aos 104 anos, foi nomeado nesta quinta-feira “Cidadão Ilustre do Mercosul” pelos chanceleres do bloco, reunidos em Brasília, sua obra-prima, informou o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Antonio Patriota.

A reunião de chanceleres anterior à cúpula presidencial de sexta-feira começou com um minuto de silêncio em homenagem a Niemeyer, que morreu na quarta-feira à noite, explicou Patriota.

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Os representantes de Argentina, Brasil, Uruguai e Venezuela, novo Estado membro pleno do grupo, decidiram agraciá-lo com o título porque Niemeyer "foi um gênio brasileiro, latino-americano e do Mercosul", disse Patriota.

A decisão foi tomada em um dos mais emblemáticos edifícios públicos criados por Niemeyer na capital, a sede da Chancelaria, a poucos metros de onde está sendo velado seu corpo, no Palácio do Planalto.

Participaram da reunião o chanceler brasileiro e seus homólogos Héctor Timerman, da Argentina, e Luis Almagro, do Uruguai, além da vice-ministra venezuelana para a América Latina, Verónica Guerrero.

O Paraguai está suspenso do bloco desde junho, após a destituição do ex-presidente Fernando Lugo pelo Congresso.

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