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Uma arquidiocese da Igreja Católica no estado americano de Minnesota fechou nesta quinta-feira (31) um acordo de 210 milhões de dólares com mais de 100 vítimas de abusos cometidos por integrantes do clero, após uma longa disputa judicial.

A arquidiocese de Saint-Paul e Mineápolis, que recorreram em 2015 à proteção da lei de falências, informou que o acordo deve responder a todas as demandas, terminar com o processo de falência e permitir a criação de um fundo financeiro especial para 450 vítimas.

"Os sobreviventes dos abusos podem esperar seus pagamentos assim que o tribunal aprovar o plano", disse o arcebispo Bernard Hebda.

"Estou grato por todas as vítimas sobreviventes que, corajosamente, se apresentaram", afirmou durante uma entrevista coletiva.

"Reconheço que os abusos roubaram muito de vocês... A Igreja os decepcionou, sinto muito".

As vítimas receberam a notícia do acordo com alívio, mas destacaram que as cicatrizes emocionais continuam.

"Este é um grande dia para todos nós e para todos os sobreviventes", afirmou Jamie Heutmaker.

O acordo foi possível graças a uma lei de Minnesota aprovada em 2013, que permite processar os supostos agressores em casos que já haviam prescrito.

O acordo encerra um dos mais longos processos de casos de abusos vinculados à Igreja Católica nos Estados Unidos.

Em 2012, analistas citaram no Vaticano a cifra de 100.000 menores de idade vítimas de abuso por milhares de membros do clero nos Estados Unidos, com alguns casos que aconteceram em 1950.

Segundo a conferência realizada no Vaticano, em Roma, onde reuniu cerca de 200 padres para um curso de uma semana de expulsão de demônios.  O curso ensinava como funcionam as sessões de exorcismo, inclusive feitas por celular. 

Segundo dito na conferência, a demanda por exorcismo está crescendo como resultado de um declínio na fé cristã e da internet fornecendo acesso fácil à magia negra, ao ocultismo e ao satanismo. A ideia é usar a teconologia seu favor, incluindo sessões remoras em casos mais críticos.

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Os participantes pagaram cerca de US$ 372 (a tradução simultânea custava US$ 309 adicionais, ou cerca de R$ 1.268 e R$ 1.054, respectivamente) para participar das sessões patrocinadas por grupos católicos conservadores e realizadas na Universidade Pontifícia Regina Apostolorum, dirigida pela ordem religiosa conservadora Legionários de Cristo.

Apesar do curso, os participantes poderão apenas receber um certificado de auxiliar de exorcismo. Pois, segundo a Igreja Católica, apenas um padre devidamente autorizado por um bispo pode realizar o ritual. Ao ajudante cabe realizar preces e oferecer suporte moral.

Por Tayná Barros 

O Sínodo dos Bispos para a Amazônia, convocado pelo papa Francisco para outubro de 2019, pode marcar a discussão de um tema tabu para a Igreja Católica: a ordenação de homens casados como padres.

Segundo reportagem publicada pelo jornal italiano "Il Messaggero" na última quinta-feira (2), o cardeal brasileiro Cláudio Hummes propôs ao Pontífice que inclua na agenda do encontro episcopal a possibilidade de estender o sacerdócio aos chamados "viri probati", homens casados, de fé comprovada e capazes de administrar espiritualmente uma comunidade de fiéis.

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Essa realidade fazia parte dos primórdios da Igreja Católica, mas hoje é objeto de divisão dentro da Cúria. O objetivo da medida seria aumentar o escasso número de padres à disposição na Amazônia e facilitar o desejo de Francisco de "evangelizar" essa porção do planeta, principalmente os indígenas.

A proposta iria ao encontro da meta do Sínodo, que é achar "novos caminhos" para levar a doutrina católica aos povos amazônicos. Ainda segundo "Il Messaggero", o Papa poderia usar a Amazônia como "experimento" para a ordenação de "viri probati", mas a questão deve enfrentar resistência dentro da Cúria.

Da Ansa

O Brasil ganhou neste domingo (15) de uma só vez, 30 novos santos, com a canonização de dois padres e 28 leigos martirizados em 1645, durante a ocupação holandesa no Rio Grande do Norte por soldados de religião calvinista. Beatificados em 2001 pelo papa João Paulo II, André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e seus 27 companheiros - os mártires de Cunhaú e Uruaçu - agora fazem parte do catálogo universal da Igreja Católica, podendo ser cultuados no mundo inteiro.

Cerca de 20 mil pessoas - um número modesto em comparação com outras cerimônias de beatificação e canonização - assistiram na manhã de ontem à missa celebrada pelo papa Francisco. O papa cumprimentou os chefes das delegações oficiais na Capela da Pietà, na Basílica de São Pedro, antes de se dirigir para o altar na praça. A representação brasileira foi chefiada pela delegada-geral da União, Grace Maria Fernandes Mendonça. De sua comitiva, participaram o embaixador do Brasil na Santa Sé, Luiz Felipe Mendonça Filho, e o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria.

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O coral Camerata de Vozes, de Natal, cantou junto ao altar antes da cerimônia, sob a regência de monsenhor Pedro Ferreira da Costa, acompanhado do coral da Capela Sistina.

Mais de 400 peregrinos vindos do Brasil, quase todos do Nordeste, ocuparam as cadeiras em uma área privilegiada na Praça de São Pedro. Na frente deles, na fachada da Basílica, havia uma estampa dos mártires brasileiros, com 5 metros de altura, ao lado dos outros santos também canonizados neste domingo.

Esses novos santos são os meninos mexicanos Cristovão, Antonio e João, indígenas martirizados em 1527; o sacerdote espanhol Faustino Miguez, que morreu em 1925; e o frade capuchinho italiano Angelo d'Acri, morto em 1739.

As delegações oficiais do México, da Espanha e da Itália eram mais numerosas que a do Brasil, e os mexicanos, os mais ruidosos e alegres.

O brasileiro Sebastião Morais, de 69 anos, funcionário publico aposentado viajou a Roma com 66 romeiros da Obra de Maria, entidade dedicada à organização de peregrinações religiosas, com renda destinada a missões católicas na África, assistiu à canonização dos mártires com emoção especial.

"Sou neto em 12º grau de dois santos - João Lustau Navarro e Antonio Vilela Cid -, segundo pesquisas de árvore genealógica que mandei fazer há mais de 20 anos", disse Morais. Casado e sem filhos, ele é natural de Jardim do Seridó, a 245 km de Natal, e chegou a Roma com o conterrâneo Samuel Medeiros. Os dois conseguiram ficar no altar, ao lado do papa.

Turistas e peregrinos que já estavam na Itália aumentaram o número de devotos na missa de canonização. O paranaense Eduardo Vidotti e nove companheiros da Pastoral Familiar de Londrina não sabiam dos mártires e, ao chegarem de Veneza, se juntaram aos peregrinos. "A gente nunca tinha ouvido falar deles", admitiu Vidotti.

O arcebispo de Natal, d. Jaime Vieira Rocha, observou que os mártires passaram a ser mais conhecidos após 2001, quando foram beatificados. "No Rio Grande do Norte, eles sempre foram reverenciados, mas não se falava em martírio, sim em carnificina", disse. "Esperamos que os santos mártires contribuam para a renovação da fé e para aumentar nossa esperança nesta hora em que o Brasil enfrenta uma grave crise, a fim de que a população assuma a corresponsabilidade diante dos desafios", afirmou o arcebispo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A igreja deveria estudar a possibilidade de ordenar homens casados para ministrar a palavra de Deus em comunidades remotas que enfrentam a falta de sacerdotes, afirmou o papa Francisco.

Em uma entrevista publicada na noite dessa quinta-feira (9) pelo jornal alemão Die Zeit, o pontífice reiterou que a retirada da regra do celibato não é a resposta da Igreja para a falta de padres. No entanto, ele expressou estar aberto para estudar a possibilidade de "viri probati" - homens casados de fé comprovada - possam ser ordenados.

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"Precisamos considerar se o viri probati é uma possibilidade. Precisamos então determinar que tarefas podem fazer, por exemplo, em comunidades remotas", disse Francisco.

A proposta tem sido debatida há décadas, mas recebe atenção renovada por parte do pontífice sul-americano, graças em parte ao seu conhecimento dos desafios enfrentados pela igreja em lugares como o Brasil, um enorme país católico com uma forte carência de padres.

O cardeal Claudio Hummes, um amigo de longa data de Francisco, tem publicamente defendido a ideia dos viri probati em locais como a Amazônia, onde a igreja contra com cerca de um padre para cada dez mil católicos. Fonte: Associated Press.

Começa no próximo sábado (4), em Roma, a 11ª Clericus Cup, espécie de "Copa do Mundo" disputada por seminaristas e padres de colégios católicos ligados a diversos países do planeta.

O torneio contará pela primeira vez com 18 equipes, incluindo o Colégio Pio Brasileiro, que aposta suas fichas em Neimar. Sim, esse é o nome de uma das "estrelas" do time, Neimar Aloísio Troes, padre de 34 anos que, ao contrário de seu homônimo famoso, atua como meio-campista.

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"Carrego um nome pesado e prestigioso no mundo do futebol. Espero ser digno dele. Que deus me abençoe", comentou o sacerdote, às vésperas da estreia na competição. Outro destaque da escola, que fica em Roma e é mantida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é o goleiro Carlos Gomes, de 37 anos, que antes de fazer seus votos vestiu a camisa do Goiás na Série B.

"Há 20 anos, estava para me transferir para a Itália e jogar no Cagliari. Mas não passei nos exames médicos por causa de uma arritmia", disse o arqueiro. A Clericus Cup é promovida pelo Centro Esportivo Italiano (CSI), com apoio da Conferência Episcopal Italiana (CEI) e do Conselho Pontifício para a Cultura, ligado à Santa Sé.

As partidas serão disputadas no Campo Pio XI, a poucos metros do Vaticano, e reunirão 372 jogadores de 66 nacionalidades. As 18 equipes serão divididas em quatro grupos, sendo dois com cinco e dois com quatro. As duas mais bem classificadas em cada chave avançam ao mata-mata, culminando na final de 27 de maio.

Um dos times, o Chape Cusmano Belga, guiado pelo padre brasileiro Adenis de Oliveira, jogará de verde em homenagem à Chapecoense, vítima de um desastre aéreo que matou 71 pessoas no fim de 2016.

Sete por cento dos sacerdotes católicos foram acusados de abusar de crianças na Austrália entre 1950 e 2010, mas as denúncias nunca foram investigadas, segundo os dados "surpreendentes e indefensáveis" divulgados nesta segunda-feira por uma investigação de supostos casos de pedofilia na igreja.

A Real Comissão sobre Respostas Institucionais para Abusos Sexuais de Crianças descobriu que 4.444 supostos incidentes de pedofilia foram denunciados às autoridades eclesiásticas e que, em algumas dioceses, mais de 15% dos padres estavam supostamente envolvidos.

A Austrália encomendou a esta comissão, em 2012 e após uma década de crescente pressão para que fossem investigadas as acusações de abusos sexuais de menores em todo o país, um estudo que agora chega a sua fase final, após quatro anos de audiências.

"Entre 1950 e 2010, 7% dos padres eram supostos criminosos", disse Gail Furness, advogada encarregada dos interrogatórios da investigação, em Sydney.

"Os relatórios eram deprimentemente similares. As crianças eram ignoradas ou, pior, castigadas. As acusações não eram investigadas. Os padres e os (trabalhadores) religiosos eram transferidos", acrescentou.

"As paróquias ou as comunidades para onde eram transferidos não sabiam nada sobre seu passado. Os documentos não eram conservados ou eram destruídos".

A idade média das vítimas naquele momento era de 10 anos para as meninas e 11 para os meninos.

Dos 1.880 supostos delinquentes, 90% eram homens.

A comissão falou com milhares de sobreviventes e ouviu acusações de abusos sexuais de menores ocorridos em igrejas, orfanatos, clubes esportivos, grupos juvenis e escolas.

A Igreja da Austrália encarregou o Conselho de Verdade, Justiça e Cura a emitir uma resposta.

"Estes números são surpreendentes, trágicos, indefensáveis", disse à comissão o diretor-executivo do conselho, Francis Sullivan.

A mãe de uma criança com deficiência auditiva revelou que seu filho foi forçado a fazer sexo oral com outros alunos de uma escola enquanto a cena era observada por funcionários e dois padres, que foram detidos, informou nesta quarta-feira uma fonte judicial.

Após a denúncia e mais de 30 testemunhas, o promotor Fabricio Sidoti disse à rádio Nihuil que os dois sacerdotes e outros dois suspeitos foram indiciados pelos crimes de "abuso sexual agravado e corrupção de menores".

Os fatos teriam acontecido no Instituto Provolo, dedicado ao ensino de crianças com dificuldades ou deficiência auditiva de cinco a 12 anos. Ele está localizado na cidade de Mendoza, cerca de 1.000 km a oeste de Buenos Aires.

De acordo Sidoti, o testemunho da mãe, identificada apenas como Cinthia, foi o seguinte: "Eles forçaram o meu filho a fazer sexo oral com outros alunos. Os padres e funcionários observavam". As vítimas têm entre 10 e 12 anos. "Os meninos relataram que eram levados a um lugar chamado a 'casinha de Deus', e que os acusados observavam através das frestas da porta", segundo o promotor.

Os quatro presos são um padre de 82 anos e outro de 55 anos, um colaborador e um homem que era zelador e jardineiro. "Os meninos obrigado a testemunhar os atos também foram vítimas diretas de abuso infantil", disse o promotor. 

O instituto proibia seus alunos de utilizarem a linguagem de sinais, que é natural entre os deficientes auditivos. Eles deviam fazer um esforço para falar, apesar de não conseguirem pronunciar uma palavra.

Todos os estudantes foram tirados da instituição. Nem eles nem as suas famílias podem ter contato com os religiosos, como solicitado pelas autoridades educacionais da província de Mendoza.

O papa Francisco pediu nesta quinta-feira aos padres do mundo inteiro que resistam "à mundanidade virtual que se abre e fecha em um único clique" na internet. No início do "Triduum pascal", que celebra os três dias (quinta, sexta e sábado Santos) antes da Páscoa, o Papa falou na Basílica de São Pedro a centenas de padres, todos vestidos de branco, para a tradicional mensagem da missa crismal.

Nesta mensagem, centrada na "misericórdia" de Deus, Jorge Bergoglio pediu aos sacerdotes que abandonem toda a arrogância e se "identifiquem" com o "povo pobre, com fome, prisioneiro da guerra, sem futuro, residual e rejeitado", ferido em sua "dignidade".

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"Como padres, devemos nos lembrar que existem inúmeras pessoas pobres, ignorantes, prisioneiras que estão nesta situação porque outras as oprimem", observou. No entanto, alguns sacerdotes, observou ele, podem ser "cegos, privados da luz bela da fé (...) por excesso de teologias complicadas".

"Nós nos sentimos presos, não por muros de pedra intransitáveis ​​ou por cercas de aço, mas por uma mundanidade virtual que abre e fecha em um clique. Somos oprimidos, não por ameaças e golpes, como muitas pessoas pobres, mas pela atração de mil propostas de consumo", acrescentou.

Neste ano de "Jubileu da misericórdia", Francisco limitou suas críticas ao clero.

O papa, de 79 anos, deve lavar nesta quinta-feira os pés de doze jovens migrantes em um centro para requerentes de asilo, antes de presidir, na sexta-feira, sábado e domingo várias celebrações da Páscoa.

O Papa Francisco pediu nesta terça-feira mais "humanidade, desinteresse e felicidade" da parte dos padres, que são chamados a se inspirar nos santos da Igreja e em personagens inventados, como Don Camillo, encarnado nas telas por Fernandel.

"A Igreja italiana tem muitos santos cujos exemplos podem ajudar a viver sua fé com humildade, desinteresse e felicidade", declarou o Papa em um discurso antes durante a Convenção dos bispos italianos, na Basílica de Santa Maria del Fiore, em Florença.

Desta forma, ele citou Francisco de Assis e Filippo Neri, padre italiano do século XVI, santo padroeiro de Roma, conhecido por seu senso de humor.

"Mas eu também acredito na simplicidade de personagens inventados, como Don Camillo, que fazia dupla com Peppone" nos romances do escritor italiano Giovannino Guareschi, afirmou Francisco.

Nestes livros, "a oração de um bom padre toca de maneira evidente as pessoas".

"Don Camillo dizia: 'Eu sou um pobre padre do campo que conhece seus paroquianos cada um pelo nome, que os ama, quem conhece suas dores e suas alegrias, que sofre e sabe rir com eles'", lembrou o Papa.

Para Francisco, a "proximidade" com o seu povo e a "oração" são as "chaves para viver um cristianismo humano, popular, humilde, generoso e alegre".

"Se perdermos esse contato com o povo fiel de Deus, vamos perder e, humanidade e não iremos a lugar algum", insistiu, pedindo aos 220 bispos reunidos na capital toscana de serem antes de tudo "pastores".

Jorge Bergoglio almoçou na Caritas de Florença, antes de celebrar uma missa no estádio Artemio-Franchi no início da tarde.

Mas cedo, visitou Prato, a 20 km de Florença, capital da indústria têxtil italiana e onde trabalham milhares de imigrantes chineses. Ele denunciou "o câncer da exploração do homem e do trabalho, o veneno da ilegalidade" e apelou pelo direito de todos "a um trabalho digno".

Cerca de 60 seminaristas e padres residentes no Seminário Nossa Senhora da Graça, no Sítio Histórico de Olinda, começarão a desocupar o local para reforma nesta sexta-feira (5). A medida foi tomada a pedido da Defesa Civil de Olinda, devido a uma interdição feita na última quinta-feira (28), em que foram encontradas diversas irregularidades. Antes da saída, o arcebispo metropolitano, dom Fernando Saburido, presidirá Missa campal no pátio externo às 8h.

Os estudantes de Filosofia e Teologia passarão a morar no Centro Arquidiocesano de Pastoral Dom Vital, localizado no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife. O prazo máximo dado pela Defesa Civil para a saída dos moradores é de 15 dias. Com o início da mudança nesta sexta-feira, a arquidiocese tem sete dias para desocupar todo o imóvel.

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Os jovens dividirão o novo espaço com cerca de 10 estudantes do Seminário Menor Nossa Senhora da Conceição - ensino preparatório para os cursos de filosofia e teologia, que funciona no prédio da Várzea.

O arcebispo metropolitano, dom Fernando Saburido, foi um dos que fizeram o pedido da vistoria, com objetivo de manter os alunos em segurança e não haver prejuízo na formação dos futuros sacerdotes. “Estamos tomando a medida em caráter de urgência para evitar que acidentes possam vitimar os moradores ou frequentadores. Estamos aguardando a autorização do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para iniciarmos a captação de pouco mais de R$ 3 milhões para iniciarmos as obras emergenciais”, contou o religioso.

O Papa Francisco afirmou que "o celibato dos padres não é um dogma" da Igreja, ao comentar a ordenação de homens casados defendida por certos setores católicos.

Em entrevista coletiva no avião que o levou de Israel para Roma, nesta segunda-feira (26), Francisco lembrou que "há padres casados na Igreja", e citou, entre outros, os sacerdotes Anglicanos, os coptas católicos e certos padres das Igrejas orientais.

Mas o Papa estimou que o celibato dos sacerdotes é "um dom para a Igreja". Ao afirmar que o celibato dos padres "não é um dogma para a Igreja", o Papa Francisco abre uma porta para a discussão do tema.

A Igreja - especialmente Bento XVI - já havia admitido que o celibato não é um dogma, como deve ser a fé na ressurreição de Cristo

Uma sugestão frequente na Igreja é a ordenação de "viri probati", homens casados - geralmente aposentados - e muito comprometidos com o trabalho pastoral. Mas nunca se contemplou que sacerdotes ordenados possam receber autorização canônica para contrair matrimônio.

O Vaticano tem que afastar de seus cargos todos aqueles que abusaram sexualmente de crianças, e denunciá-los à polícia, afirmou nesta quarta-feira (5) o Comitê da ONU sobre os Direitos da Criança. Nas conclusões de um relatório, o comitê pede à Santa Sé para "afastar de imediato de suas funções todos os autores conhecidos e suspeitos de abusos sexuais de crianças, assim como denunciá-los às autoridades competentes para que os investiguem e sejam processados".

O documento foi publicado após uma audiência celebrada no mês passado em Genebra, na qual membros do comitê, integrado por 18 especialistas em direitos humanos de todo o mundo, interrogaram uma delegação do Vaticano sobre sua política de luta contra a pedofilia. No relatório, há a informação de que a Igreja Católica não tem feito o suficiente para cumprir o compromisso de erradicar a pedofilia.

O comitê da ONU destaca "a profunda inquietação com os abusos sexuais cometidos contra crianças por integrantes de igrejas católicas que atuam sob a autoridade da Santa Sé". Também recorda que os crimes cometidos por religiosos afetam "dezenas de milhares de crianças de todo o mundo".

"O Comitê está muito preocupado de que a Santa Sé não tenha reconhecido a amplitude dos crimes cometidos, não tenha adotado as medidas apropriadas para enfrentar os casos de pedofilia e para proteger as crianças e tenha adotado políticas e práticas que propiciaram o prosseguimento dos abusos e a impunidade dos autores", completa o texto.

O documento critica em particular a política de transferir de paróquia os padres pedófilos, uma prática que considera como uma tentativa de acobertar os crimes e evitar que sejam julgados pelas autoridades civis. "A prática da mobilidade dos criminosos, que tem permitido a muitos sacerdotes permanecer em contato com crianças e seguir abusando delas, continua expondo crianças de muitos países a um alto risco de sofrer abusos sexuais", afirma o relatório.

O Vaticano indicou neste sábado (18) que tinha expulsado do sacerdócio cerca de 400 religiosos durante o pontificado de Bento XVI, após um aumento das denúncias por abusos sexuales contra crianças. "Em 2012, foram por volta de 100, enquanto em 2011 foram cerca de 300", declarou o porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi.

Para a Rede de Sobreviventes de Pessoas Abusadas por Padres (SNAP por sua sigla em inglês), "o Papa tem que começar a expulsar do sacerdócio os eclesiásticos que acobertam crimes sexuais, não só aqueles que os cometem. Enquanto isso não acontecer, as coisas não mudarão muito", acrescentou em um comunicado.

Na quinta-feira (16), o Comitê da ONU para os Direitos das Crianças pediu à Igreja Católica que atue fortemente contra os abusos sexuais dos quais menores de idade são vítimas, em um enorme escândalo em relação ao qual o papa Francisco, que substituiu Bento XVI este ano, expressou sua "vergonha".

Pela primeira vez, os representantes do Vaticano responderam a perguntas relacionadas aos abusos cometidos contra menores de idade por religiosos católicos formuladas pelos especialistas desse comitê, que vai divulgar suas conclusões no dia 5 de fevereiro.

Durante mais de uma década, a Igreja Católica foi sacudida por uma avalanche de escândalos de abusos sexuais cometidos por religiosos contra crianças, que começou na Irlanda e se estendeu para Alemanha, Estados Unidos e vários países latino-americanos, como Brasil e México.

Os abusos foram acobertados pelos superiores dos acusados, que, em muitos casos, os transferiram para outras paróquias, em vez de denunciá-los à polícia. Em 2005, Bento XVI havia prometido afastar todos os que acobertassem abusos sexuais dentro da Igreja, mas não conseguiu.

Em dezembro, a Santa Sé se negou a responder a um questionário enviado em julho pelo comitê da ONU, sobre cerca de 4.000 investigações eclesiásticas atualmente analisadas pela Congregação para a Doutrina da Fé, que não revela seus trabalhos.

Centenas de bispos que assistiam sentados ao ensaio do flash mob (dança coreografada que envolve grande número de pessoas) que será encenado amanhã no encerramento da Jornada Mundial da Juventude acabaram caindo na dança, convencidos pelos coreógrafos.

Os religiosos estão no palco à espera do Angelus e da Ave-Maria, às 18 horas, e apenas olhavam o ensaio. Os padres foram os primeiros a aderir e, em seguida, os bispos.

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Ao final, foram aplaudidos pela multidão que espera o papa na Praia de Copacabana. A coreografia inclui braços para cima, pulinhos e rodopios. A organização da Jornada espera fazer o maior flash mob do mundo neste domingo, 28.

O papa Francisco denunciou neste domingo (5) os "abusos" cometidos contra crianças, sem fazer referência direta aos casos de pedofilia que abalaram a Igreja Católica, durante uma missa celebrada neste domingo na Praça São Pedro do Vaticano.

"Uma saudação especial à associação Meter", uma ONG religiosa que luta há mais de 20 anos contra todo tipo de abuso, incluindo o abuso sexual, cometido contra crianças, disse o Papa durante a missa dominical.

"Queria assegurar (às vítimas de abusos) que estão presentes em minhas orações, mas queria também ressaltar fortemente que devemos nos comprometer para que todas as pessoas, e em particular as crianças, que fazem parte de um dos grupos mais vulneráveis, sejam sempre protegidas e defendidas", acrescentou o pontífice.

Há um mês, Francisco pediu que a cúpula da Igreja Católica lute "com determinação" contra os padres pedófilos e confirmou a linha de rigor adotada por seu antecessor Bento XVI contra um escândalo que comprometeu profundamente a imagem da instituição.

O apelo do pontífice argentino foi feito ao prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, monsenhor Gerhard Muller, encarregado dessas denúncias.

"O Santo Padre recomendou, em particular, que seja mantida a linha de seu antecessor Bento XVI de agir com determinação nos casos de abusos sexuais", havia informado o Vaticano em um comunicado.

Foi a primeira vez que o novo papa se pronunciou sobre as milhares de denúncias em todo o mundo contra padres pedófilos.

A missa deste domingo também contou com a participação de milhares de integrantes de irmandades de todo o mundo. Essa celebração marcou a Jornada das Irmandades e da Piedade Popular.

"Não se conformem com uma vida cristã medíocre. Que seu pertencimento (a uma irmandade) seja um estímulo (...) para amar Cristo ainda mais", disse o Papa aos membros das irmandades e aos fiéis que lotaram a Praça São Pedro para a celebração dessa missa, apesar do mau tempo e da chuva.

"Vocês têm uma missão específica e importante, que é manter viva a relação entre a fé e as culturas dos povos, através da piedade popular", lembrou o papa argentino.

O Sumo Pontífice pediu que as irmandades se mantenham ativas, desempenhando o papel de "autênticos evangelizadores".

O papa Francisco pediu aos padres que pratiquem o que pregam, dizendo que a credibilidade da Igreja Católica está ameaçada. Durante uma missa neste domingo, o papa afirmou que os católicos precisam "Ver em nossas ações o que eles ouvem de nossa boca".

"A inconsistência por parte dos pastores e a diferença entre o que eles dizem e o que fazem, entre a palavra e a forma de viver, está prejudicando a credibilidade da Igreja", disse o papa. As informações são da Associated Press.

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Os padres católicos devem poder casar e ter filhos, afirmou na sexta-feira (22) o cardeal Keith O'Brien, o mais importante na hierarquia da Igreja Católica britânica, em entrevista à BBC.

"A regra da Igreja que impõe o celibato dos sacerdotes 'não é de origem divina' e deve ser modificada", disse o monsenhor O'Brien, 74 anos, que deve participar no conclave que escolherá o sucessor do Papa Bento XVI.

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"Jesus não disse nada sobre o celibato do clero e o eventual casamento dos sacerdotes", insistiu O'Brien.

O cardeal britânico disse ainda que não sabe em quem votará para suceder Bento XVI, que em 28 de fevereiro deixará a função de Papa, mas destacou que deve ser alguém mais jovem e, talvez, procedente de um país em desenvolvimento.

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