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O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), indicou nesta quarta-feira (9) a rejeição de todas as 51 emendas apresentadas à medida. A maioria partiu de membros da oposição.

Duas emendas propunham a correção do teto de gastos por uma fórmula alternativa. O desejo dos autores das emendas era que o aumento se desse conforme a variação da inflação (IPCA) mais o crescimento real da economia (PIB).

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"Se considerarmos gastos agregados, fica evidente que Brasil gasta demais para o nosso nível de renda. É inviável que se continue gastando porcentual do PIB que está, teria de elevar carga tributária", frisou Eunício. "Se o objetivo é reduzir a relação gasto PIB, que aumentou fortemente nos últimos anos, isso seria inviável com essas emendas."

Após a rejeição de emendas, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) apresentará voto em separado. O texto, como noticiou o Estado, é um pacote de 13 medidas que reúnem as emendas apresentadas pela bancada do PT e aliados. O voto sugere desde a alteração da vigência da PEC até a exclusão de setores como saúde e educação, além do salário mínimo, do limite de gastos.

O relator da PEC do Teto no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), rejeitou emendas que tentavam excluir do limite de gastos o reajuste real do salário mínimo. De acordo com o senador, o mínimo impõe grande impacto sobre as contas públicas. Pelo texto da PEC do teto de gastos, o salário mínimo não poderá ter reajuste superior à inflação pelos próximos 20 anos.

"Não é possível ignorar os efeitos de reajustes reais sobre as contas públicas, tendo em vista seu impacto sobre os servidores efetivos, aposentados e demais beneficiados", argumenta. O senador alega ainda que a saída para a recuperação do salário mínimo é por meio da recuperação econômica, que irá permitir reajustes reais.

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O relator indicou a rejeição de todas as 51 emendas apresentadas à medida. A maioria partiu de membros da oposição.

Duas emendas propunham a correção do teto de gastos por uma fórmula alternativa. O desejo dos autores das emendas era que o aumento se desse conforme a variação da inflação (IPCA) mais o crescimento real da economia (PIB).

"Se considerarmos gastos agregados, fica evidente que o Brasil gasta demais para o nosso nível de renda. É inviável que se continue gastando porcentual do PIB que está, teria de elevar carga tributária", frisou Eunício. "Se o objetivo é reduzir a relação gasto PIB, que aumentou fortemente nos últimos anos, isso seria inviável com essas emendas."

Após a rejeição de emendas, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) apresentará voto em separado. O texto, como noticiou o jornal O Estado de S. Paulo, é um pacote de 13 medidas que reúnem as emendas apresentadas pela bancada do PT e aliados. O voto sugere desde a alteração da vigência da PEC até a exclusão de setores como saúde e educação, além do salário mínimo, do limite de gastos.

Prazo de vigência

Eunício Oliveira também indicou que rejeitará as emendas que propõem alteração no prazo de vigência da medida. "Vinte anos é um prazo bastante razoável", argumentou durante a leitura de parecer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Pelo menos cinco senadores da oposição apresentaram emendas para tentar flexibilizar o prazo de vigência da PEC, além de alterar o mecanismo de mudanças nas regras do regime. Pelo texto original, o presidente da República poderá, a partir do décimo ano do teto, propor uma modificação na regra por mandato. "Com a emenda, haveria risco de flexibilizar o regime para, no ano seguinte, ter de impor novo limite de gastos", disse Eunício.

O relator também indicou a rejeição de emendas que preveem "cláusulas de escape" para a aplicação do Novo Regime Fiscal. Em uma das propostas da oposição, o teto de gastos deixaria de valer quando a economia estivesse há quatro trimestres crescendo abaixo de 1%. Isso permitira expansão de gastos para tentar reativar a atividade econômica, argumentam os senadores que apresentaram a emenda.

"A PEC já contempla esse tipo de previsão. Pela atual redação, no nosso entendimento, a PEC excepciona gastos de créditos extraordinários. É mais correto excluir do limite apenas os gastos feitos exclusivamente para mitigar esses eventos específicos, não faz sentido excluir o limite para todo tipo de gasto", argumentou Eunício. "Essas emendas implicariam que a aprovação da PEC não teria qualquer impacto imediato na economia na atual conjuntura, dado o comportamento do PIB nos últimos trimestres. O Novo Regime Fiscal já nasceria com sua credibilidade abalada", emendou.

O peemedebista também indicou a rejeição de emendas que pretendem criar exceção dentro do teto para reajustes salariais já concedidos. Segundo Eunício, já há regra que prevê a compensação, pelo Executivo, de valores que ultrapassarem o limite nos demais poderes e órgãos, limitado a 0,25% de seu próprio teto. Esse mecanismo foi criado justamente para acomodar reajustes concedidos a servidores do Judiciário e do Legislativo e, para o relator, é suficiente. Ele ainda ressaltou que a "PEC não retirará um centavo de educação e saúde.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal iniciou nesta quarta-feira (9) a sessão que vai analisar a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que institui um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos. A medida já foi referendada pelo plenário da Câmara dos Deputados em dois turnos.

O parecer do relator, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), indica a constitucionalidade da medida, recomendando a aprovação da matéria. "O Novo Regime Fiscal irá revolucionar dramaticamente a forma como o Brasil tratará as contas públicas durante os próximos vinte anos", diz o senador no relatório.

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Caso a proposta seja aprovada na CCJ, a matéria vai ao plenário do Senado, no qual terá de ser votada em dois turnos. O calendário prevê a votação em primeiro turno no dia 29 deste mês e, em segundo turno, entre os dias 13 e 14 de dezembro. Mas já há planos dentro do governo para antecipar esse cronograma.

Na terça, a comissão do Senado realizou uma audiência pública com economistas a favor e contra a medida. Em meio ao debate, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) chegou a dizer que a PEC "foi feita pelo próprio capeta".

O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) também recorreu a "metáforas religiosas" para falar da principal medida de ajuste fiscal do governo Michel Temer. "Essa proposta de moralização do gasto público não é causa, é consequência, é efeito. Não é pecado, é penitência para os pecados e crimes que foram praticados não contra o governo, mas contra o povo brasileiro", disse na terça.

Integrantes da cúpula do governo têm articulado nos últimos dias com algumas lideranças do Senado a possibilidade de se antecipar a votação da Proposta de Emenda à Constituição que estabelece um limite para os gastos públicos.

Segundo interlocutores do presidente Michel Temer, as movimentações contam com a participação de ministros envolvidos no tema e o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que deve assumir a liderança do governo no Congresso em breve.

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As conversas, segundo a reportagem apurou, ainda não foram estendidas ao líder do PMDB, senador Eunício Oliveira (CE), relator da PEC na Comissão de Constituição e Justiça, e nem ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

O senador alagoano se reunirá no início da tarde de hoje com o presidente Temer para tratar do tema.

Antes do encontro com Renan, Temer se reúne com os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, do Planejamento, Dyogo Oliveira, da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o senador Romero Jucá. Todos envolvidos nas discussões da PEC do Teto.

A votação final da PEC, no plenário do Senado, está prevista para ocorrer entre os dias 13 e 14 de dezembro, data que coincide com a última semana de atividade na Casa. A ideia de integrantes do governo de antecipar a votação tem como objetivo abrir espaço para o envio da proposta de Reforma da Previdência ao Congresso ainda neste ano, antes do encerramento dos trabalhos no Legislativo. Dessa forma, o governo estaria dando logo "mais um gesto" ao mercado financeiro de que tem feito o "dever de casa".

Cronograma

Mais cedo, Renan desmentiu qualquer possibilidade de convocar sessões do Congresso Nacional durante o recesso para garantir a votação da PEC do Teto. O peemedebista está confiante no cumprimento do calendário estabelecido com líderes partidários e acredita que será possível, caso aprovada, promulgar a PEC em 15 de dezembro.

"Não vamos convocar o Congresso. Temos datas predefinidas para votarmos a PEC e, se aprovada, será promulgada em 15 de dezembro. Não haverá necessidade de convocação do Congresso Nacional", afirmou Renan. Ele reiterou o fato de que o calendário foi aprovado com a participação de todos os líderes, inclusive da oposição.

A PEC do Teto será votada nesta quarta-feira, 9, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e depois segue para deliberação do plenário. A votação em primeiro turno está agendada para 29 de novembro. (Com Informações de Isabela Bonfim)

Após a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos em dois turnos pela Câmara dos Deputados, o Senado começou a discutir o mérito da medida, principal aposta do governo Michel Temer para equilibrar as contas públicas. Para isso, convocou economistas e representantes do governo, que apresentaram argumentos a favor e contra a proposta de limitar o avanço das despesas por 20 anos durante debate na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

O assessor especial do Ministério da Fazenda, Marcos Mendes, propôs a derrubada de "mitos" que envolvem a PEC 55 (numeração recebida no Senado), entre eles de que a saúde e a educação serão prejudicadas com o teto. "Hoje, a saúde é a grande perdedora no atual modelo de gestão fiscal e orçamentária. Além disso, a Previdência está crescendo mais e mais, a Previdência vai espremer os outros gastos", disse.

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No caso da educação, Mendes garantiu que mais de 70% dos gastos na área estarão livres do teto - mas, para isso, ele considerou os dispêndios de Estados e municípios. O assessor da Fazenda também negou que a PEC vá prejudicar políticas sociais e, com isso, afetar a população mais pobre. "O gasto federal tem um baixo impacto de distribuição de renda e se conseguirmos focar e melhorar as políticas públicas, nós vamos conseguir atingir os mais pobres", afirmou.

Mendes concluiu sua apresentação dizendo que o prazo da PEC - dez anos e depois mais dez anos sob regra que pode ser alterada - permitirá um "ajuste gradual". Do contrário, o destino do País será "insolvência, inflação e desajuste permanente". O assessor da Fazenda admitiu que, sem a reforma da Previdência e a melhora na gestão dos gastos brasileiros, a PEC "não para em pé", mas ressaltou que é preciso agir o mais rápido possível em vez de aguardar soluções alternativas que, segundo ele, não existem.

"Pensemos mais um pouco (sobre a viabilidade da PEC) e adotemos o modelo Rio de Janeiro", disse Mendes, em referência ao Estado que está em calamidade financeira e anunciou, na semana passada, um duro pacote de medidas fiscais. A mais polêmica eleva a contribuição previdenciária dos servidores e cria alíquota extraordinária - no total, 30% do salário será abocanhado pelo governo fluminense.

O economista Pedro Bastos, professor da Unicamp, demonstrou visão contrária e usou palavras duras para definir a medida. "Em primeiro lugar, a PEC é contraproducente, ou seja, não vai entregar o que está prometendo. Segundo, ela é injusta. Terceiro, ela é antidemocrática", comentou.

O principal argumento de Bastos é que, mesmo com a correção do limite de despesas pelo índice oficial de inflação, haverá corte de gastos. Isso ocorre, segundo ele, porque a inflação de serviços e do setor da saúde, por exemplo, é maior do que o resultado geral, que será usado como referência. O resultado é que o dinheiro supostamente corrigido pela inflação não mais comprará o mesmo volume de serviços nem pagará os mesmos salários ao longo do tempo, criticou Bastos.

"Além disso, mesmo que a reforma da Previdência seja aprovada, os gastos com aposentadoria vão subir além da inflação. Então, outros serviços e transferências terão de diminuir em termos reais, isso não é pouco", afirmou o professor da Unicamp.

O especialista, contrário à medida, disse ainda que a PEC promoverá um ajuste demasiadamente forte nas despesas primárias, que chegarão a 12% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2036, último ano de vigência do teto. "Isso é menos que a despesa primária de países africanos de mais baixa renda."

Bastos destacou ainda os custos sociais da medida. "A PEC vai impedir recomposição do salário mínimo, vai reduzir fortemente gasto social e, no fundo, vai abrir espaço para a mercantilização da saúde e da educação, reduzindo salário indireto daqueles que precisam do acesso a esses serviços públicos. A PEC, do jeito que está, pune os inocentes em vez de ir atrás de criminosos que sonegam impostos", disse o professor.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RO), disse que o Senado votará a PEC do teto de gastos, a reforma da Previdência e todos as reformas que o Brasil precisar. "Adversários dirão que estamos tirando direitos, mas estamos salvando o Brasil", afirmou, em encontro do PMDB.

Após sua fala, Jucá disse que discutirá ainda nesta terça-feira (8) o envio da reforma da Previdência com o presidente Michel Temer. Sobre a PEC que estabelece um teto para os gastos públicos por 20 anos, em apreciação no Senado, Jucá disse que o projeto será aprovado "mais tranquilamente do que na Câmara", onde teve ampla maioria.

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Em discurso forte para os colegas de legenda, o senador disse que os partidos políticos são vistos de forma negativa e distante da população e que o PMDB deve ser uma força transformadora para o país. "Temos um presidente que, colocado pelo destino onde está, tem missão de reconstruir rumos do país", completou. "Temos obrigação de terminar o governo Temer com o PMDB maior do que entrou".

Jucá fez uma crítica ao próprio partido e disse que a legenda tem atuações que não se comunicam e que é preciso mais integração. Também conclamou o partido a ter bandeiras "claras e identificáveis pela população" e que não pode ter discursos pasteurizado.

Ele acrescentou que os partidos políticos têm que se reinventar e que o PMDB tem capilaridade e qualidade para ser a força "mais querida" do Brasil.

"O formato político do passado esta em decomposição. Os partidos que não se atualizarem estão fora do jogo", completou. "Partido político não pode funcionar só em época de eleição".

Ele disse que a meta é transformar o PMDB em uma legenda profissional e que gastará o que for preciso para fazer do partido uma "força transformadora". "Não quero ter grande saldo bancário nas contas (do partido), quero ter gente nas ruas", completou.

Um boletim publicado nessa segunda-feira (7) pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas da Consultoria Legislativa do Senado Federal aponta, com detalhamento, uma série de inconstitucionalidades na PEC do teto de gastos. O documento ainda direciona críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), que "renunciou" à tarefa de barrar a tramitação de matérias que violam a Constituição.

O estudo, assinado pelo consultor legislativo Ronaldo Jorge Vieira Junior, sustenta que a PEC atenta contra cláusulas pétreas que asseguram o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação de Poderes; e os direitos e garantias individuais. Principal medida econômica do governo do presidente Michel Temer, a proposta prevê a criação de um teto de gastos públicos por 20 anos, que o limite de despesas será fixado no ano anterior e corrigido pela inflação.

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Vieira Junior é mestre em Direito pela Universidade de Brasília (UnB) e ex-Consultor-Geral da Advocacia-Geral da União. Em sua análise sobre a PEC, argumenta que o teto causaria "verdadeiro retrocesso social", o que vai contra a Constituição.

Segundo diz, a proposta não respeita o princípio constitucional da "razoabilidade". Em primeiro lugar, porque uma proposta de emenda à Constituição se justifica quando não há outra saída para aquela situação. Mas a própria medida ignora iniciativas que busquem a maximização de receitas, focando apenas nos cortes, o que seria "inadequado". Outro ponto crucial é que o teto de gastos vai prejudicar muito e, principalmente, os mais pobres, dependentes de serviços públicos de saúde, educação, previdência e assistência social. Segundo o estudo, o congelamento das despesas resultará no "sucateamento" de políticas sociais redistributivas.

"O ano de 2017 passa a ser, num delírio ficcional constitucional, arbitrado artificialmente, à base ideal de recursos mínimos em saúde e educação", afirma o consultor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Caiu para 55 o número de colégios ocupados no Paraná. Na última sexta-feira, 4, o governo do Estado pediu a reintegração de posse de todas as 122 unidades que permaneciam ocupadas, mas nem todas as escolas foram notificadas. Em Curitiba, 19 colégios ainda permanecem ocupados.

Os estudantes começaram a ocupar as escolas no dia 3 de outubro em protesto contra reforma do ensino médio proposta pelo governo federal e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que prevê o congelamento dos gastos públicos nos próximos 20 anos.

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Os estudantes afirmaram que as desocupações têm acontecido de forma voluntária. O movimento Ocupa Paraná tem postado em sua página no Facebook imagens das atividades realizadas pelos alunos no período de ocupação.

No Colégio Estadual Desembargador Antônio Franco Ferreira da Costa, em Guaraniaçu, os alunos pintaram a quadra antes de deixar a escola.

Professores, membros da Associação dos Docentes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (ADUFERPE), decidiram em assembléia realizada nesta quinta-feira (3) entrar em greve por tempo indeterminado. O motivo é a posição contrária às mudanças da Proposta de Emenda Constitucional que tramita no Senado que limita os gastos públicos em pastas como saúde e educação pelos próximos 20 anos.

"Foi decretada a greve e já começa a partir do dia 8. É um posicionamento contra a PEC 55, que está no Senado. O conteúdo, incluindo a reforma do ensino médio, é negativo, prejudicial à educação", afirmou o atual presidente do sindicato Cícero Monteiro de Souza.

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A greve não tem prazo determinado e só será interrompida se a proposta de emenda constitucional não for aprovada. "Apenas a retirada da PEC pode acabar com a greve. Os funcionários da universidade também irão entrar em greve já a partir do dia 8", revelou Cícero.

Antes disso, professores da UFPE aprovaram indicativo de greve e voltam a se reunir no próximo dia 10 para decidir se também irão paralisar as atividades. O campus das duas instituições seguem ocupados por alunos.

Depois do reitor Anísio Brasileiro se posicionar de forma contrária à PEC do teto, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) emitiu, nessa terça-feira (1º), um comunicado oficial sobre a atual conjuntura da instituição de ensino. Vários prédios estão ocupados em protesto contra a PEC, assim como existe um movimento que não concorda com as ocupações.

No texto, a Reitoria da UFPE foi solidária e “reconhece o direito à manifestação dos estudantes que estão realizando protesto contra a PEC 241 (agora denominada PEC 55) e a reforma do ensino médio”. A instituição de ensino também lembrou que atos de protesto são frutos das liberdades individuais, “direito fundamental expresso em nossa Constituição e de grande importância para o funcionamento da democracia”.

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Porém, a Universidade destacou que o direito de ir e vir é essencial para a realização das atividades acadêmicas e administrativas. O movimento UFPE Livre, contrário às ocupações, argumenta justamente que esse direito está sendo prejudicado por causa das manifestações, enquanto que os ocupantes levantam a bandeira que estão lutando pelo futuro da educação.

Por fim, a UFPE convocou toda a comunidade acadêmica para debater o assunto. Confira, a seguir, o texto publicado pela Federal:   

A Reitoria da UFPE manifesta sua solidariedade e reconhece o direito à manifestação dos estudantes que estão realizando protestos contra a PEC 241 (agora denominada PEC 55) e a reforma do Ensino Médio. A Administração Central reitera sua disposição para o diálogo permanente com os alunos e demais membros da comunidade acadêmica a fim de discutir os temas relevantes à educação no país.

A livre manifestação é derivada das liberdades individuais, direito fundamental expresso em nossa Constituição e de grande importância para o funcionamento da democracia. A preservação do direito de ir e vir é fundamental para o funcionamento das atividades acadêmicas e administrativas da Universidade.  Assim, a Reitoria conclama a todos que fazem a UFPE a discutir essas e outras pautas relevantes para o ensino público, sempre dentro de um clima de respeito e diálogo.

O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), relator da PEC do Teto dos Gastos Públicos, apresentou nessa terça-feira, 1º de novembro, seu parecer a favor da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ele rejeitou emendas e manteve o texto aprovado pela Câmara dos Deputados. O texto recebeu vista coletiva dos parlamentares e será votado no colegiado na quarta-feira 9 de novembro. A votação final em plenário está prevista para 13 e 14 de dezembro.

"A essência do novo regime fiscal é impor um limite aos gastos primários da União, mas a proposta retira alguns gastos desse limite, principalmente os decorrentes de algumas transferências constitucionais da União para estados e municípios. O projeto também estabelece que gastos com saúde e educação cresçam, no mínimo, no mesmo ritmo da inflação", defendeu Eunício ao apresentar seu relatório sobre a PEC 55, nova numeração que o projeto recebeu ao chegar ao Senado.

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A única emenda apresentada no Senado foi de autoria da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que determinava que a PEC só entraria em vigor caso fosse aprovada pelo voto popular em um referendo. O relator rejeitou a emenda argumentando que a restrição de gastos é urgente.

"Claramente, se não houver forte correção das contas do governo, a dívida pública entrará em uma trajetória não sustentável, cujo resultado final é uma forte aceleração da inflação ou moratória, com fortes consequências sobre o crescimento e a economia", escreveu Eunício. Para argumentar a favor da constitucionalidade da proposta, o relator reuniu decisões de ministros do Supremo.

Apesar dos pedidos da oposição para que já houvesse um debate entre os senadores na reunião dessa terça-feira, a base resistiu. A maioria dos senadores preferiu manter o acordo firmado em reunião de líderes e, depois de concedida vista coletiva aos parlamentares, não quiseram fazer qualquer discussão.

Uma audiência pública para tratar do assunto será realizada na terça-feira, 8, um dia antes da votação no colegiado. Tanto senadores da base quanto da oposição vão indicar especialistas para participar do debate. A lista de convidados ainda não foi definida.

Confira o calendário de tramitação da PEC 55:

1º/11 - Leitura do relatório na CCJ e vista coletiva

08/11 - Audiência pública na CCJ

09/11 - Votação na CCJ

10 a 16/11 - Interstício

17 a 23 - Cinco sessões de discussão em plenário

29/11 - Votação em 1º turno

6 a 8/12 - Três sessões de discussão em plenário

13 e 14/12 - Votação em 2º turno

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado adiou para a próxima semana a discussão e votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016, a chamada PEC do Teto, que estabelece um limite para os gastos públicos pelos próximos 20 anos. Na próxima terça-feira (8), haverá uma discussão prévia no colegiado. Na quarta (9), a matéria deverá ser colocada para votação.

O adiamento veio após um pedido de vista coletiva encaminhado pelos senadores Ataídes Oliveira (PSDB-TO) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES). O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) fez a leitura do relatório e, em seguida, os senadores oposicionistas, como Lindbergh Farias (PT-RJ) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), fizeram considerações sobre terem a oportunidade de discutir mais a PEC.

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A tensão entre os senadores levou o presidente da comissão, José Maranhão (PMDB-PB), a encerrar a reunião antes de votar o pedido de audiência pública, mas essa discussão será realizada mesmo assim, porque já havia acordo para isso com os líderes partidários. Dois especialistas cada contra e a favor da proposta deverão ser ouvidos.

Relatório

O senador Eunício Oliveira recomendou a aprovação da matéria e afirmou que vai manter o texto aprovado na Câmara dos Deputados, justificando que a proposta “não altera preceitos constitucionais”. Segundo ele, os gastos para saúde e educação, ponto mais crítico da matéria, estariam assegurados pela PEC.

Mais quatro prédios de instituições de ensino foram ocupados nesta segunda-feira (31) em Pernambuco. Em manifestação contra a PEC do Teto dos Gastos, que agora tramita sob número 55 no Senado e limita gastos públicos em diversas áreas, entre elas educação e saúde, estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) ocuparam o Centro de Ciências Biológicas (CCB), na Federal; e o Departamento de Educação Física (Defis), o prédio de Biologia e a Unidade de Serra Talhada, na Rural.

Na UFPE, o prédio do CCB é o sétimo a ser ocupado na instituição. Além dele, estudantes já realizam movimentos contra a PEC no Centro de Estudos (CE), Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), Núcleo Integrado de Atividades de Ensino (NIATE), Centro de Artes e Comunição (CAC), e os Centros do Agreste e de Vitória de Santo Antão. A ocupação no CCB começou por volta das 19h desta segunda-feira (31) e assim como as demais segue por tempo indeterminado. Um dos estudantes que participam do movimento não quis informar o número de manifestantes que estão no prédio. Segundo ele, ainda há a possibilidade de novas ocupações.

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Na UFRPE, o número de ocupações teve grande aumento nesta segunda. Antes, estudantes da instituição ocupavam, na unidade do Recife, apenas o prédio do Centro de Ensino de Graduação Obra-Escola (CEGOE) e o prédio da unidade de Garanhuns. A ocupação em Serra Talhada, no Defis e no prédio de Biologia também segue por tempo indeterminado. Além dos três prédios ocupados, os Ceagri 1 e 2 estão trancados pela instituição para evitar ocupações, já que serão locais de prova para o Enem.

Greve

Além de ter um aumento no número de ocupações, os estudantes da UFRPE também aprovaram em assembléia uma greve estudantil por tempo indeterminado também em protesto a PEC dos gastos públicos. Segundo membros do movimento estudantil cerca de 500 alunos participaram da discussão. Após a assembléia, os estudantes seguiram para as novas ocupações. A presidente do DCE da UFRPE, Camila Falcão declara que a possibilidade de greve já vinha sendo levantada há algum tempo. “Isso veio de uma discussão onde vimos a necessidade de não só com as ocupações lutarmos contra a PEC. É uma coisa que vem desde levantamento da possibilidade de uma greve geral por conta do impeachment.  Queremos uma universidade pública de qualidade para todos e não é com cortes de gastos que isso vai acontecer. Só vão sucatear ainda mais. O nosso ato é contra PEC e só vamos desocupar quando nossa reivindicação for atendida”, declarou.

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A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) apresentou nesta segunda-feira, 31, uma emenda para instituir a realização de um referendo para que a população decida se é favorável ou contrária a uma eventual entrada em vigor da PEC do teto dos gastos públicos. A emenda da petista prevê que a emenda constitucional que cria o novo regime fiscal dependerá da aprovação do referendo e, se ela não vingar, a matéria não produzirá efeitos.

"Assim, caso a presente emenda seja aprovada, somente a ratificação do povo brasileiro terá o condão de promover a entrada em vigor e a produção de efeitos da Emenda Constitucional que resultar da eventual aprovação da PEC ora em análise", justifica Gleisi, em sua emenda sugerida à PEC, que está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e será relatado pelo líder do PMDB na Casa, Eunício Oliveira (CE).

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A senadora argumenta ainda que, como será o povo o "grande prejudicado" por essas medidas, não há outro caminho "a não ser a consulta direta ao titular do poder originário, para que, no exercício de sua soberania, diga se concorda com as medidas de ajuste fiscal contidas na PEC".

"Somente o povo poderá avaliar se as duvidosas promessas de equilíbrio fiscal embutidas na proposta de limite de despesas pelos próximos vinte anos justificam a mitigação da independência e autonomia financeira do Poder Executivo, do Poder Legislativo e do Poder Judiciário, e a autonomia financeira do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União", diz o texto. "Ademais, deve ser o povo a dizer se concorda com o congelamento dos gastos sociais em políticas públicas e serviços públicos, em especial nas áreas de educação e saúde, de 2018 até 2036", completa.

O governo quer aprovar a PEC no Senado sem alterações até meados de dezembro, de forma que ela possa ser promulgada ainda este ano e comece a entrar em vigor a partir de 2017. Se for modificada, ela terá de voltar para a Câmara.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, acredita que após a apreciação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016, antiga PEC 241 que estabelece um limite de gastos para os próximos 20 anos, o presidente Michel Temer (PMDB) vai apresentar uma “série de pautas bombas”. De acordo com o senador, os próximos passos devem atingir os aposentados e a classe trabalhadora.

“Quem acha que o pacote de maldades termina com a aprovação da PEC 241 está redondamente enganado. Ele está apenas começando. Primeiro, eles mexem com o dinheiro para saúde, a educação e a assistência social. Depois, vão mexer na aposentadoria, fazer com que as pessoas trabalhem mais e ganhem menos. Depois, o alvo vai ser a classe trabalhadora, com uma reforma trabalhista que só vai atender aos patrões e acabar com conquistas como férias e décimo terceiro”, projetou. 

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Segundo Humberto, o projeto de Reforma da Previdência deve ser enviado ao Congresso Nacional ainda em dezembro deste ano. “É um projeto que amplia as desigualdades, que retira conquistas das mulheres e que tem um gatilho para a idade mínima chegar aos 70 anos. A expectativa de vida no Maranhão, por exemplo, é de 70 anos. Muitos brasileiros vão morrer sem conseguir se aposentar”, previu o líder petista.

Para Humberto Costa, a única forma de deter as ações de Temer é com mobilizações populares.  “Temos que ocupar as ruas porque essa é só a ponta do iceberg. O governo Temer é ilegítimo e impopular. Temos que mostrar que não aceitamos o que estão querendo fazer com o Brasil”, bradou.   

A PEC 55 chegou ao Senado na última quarta-feira (26) após ser aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados. A expectativa é de que a votação final seja realizada nos dias 13 e 14 de dezembro.

Após receber da Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto dos Gastos, o Senado abriu uma consulta pública sobre a matéria no portal da Casa. Até o momento, a maioria dos votos é contrário ao texto, que tramita agora como PEC 55/2016.

Até o fechamento desta matéria, 70.898 internautas haviam registrado o voto no site e-Cidadania do Senado. Do montante, 94,69% - 67.137 pessoas - disseram não concordar com a proposta. Apenas 3.761 votaram a favor.

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A PEC propõe um limite para as despesas primárias de cada um dos três Poderes, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União, vigorando pelos próximos 20 anos. O valor será corrigido pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A PEC do Teto dos Gastos foi aprovada, em segundo turno, pelos deputados na última terça-feira (25) e chegou ao Senado no dia seguinte. Na ocasião, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), garantiu que o calendário acordado com os líderes partidários para votação em plenário será mantido. A expectativa é de que a votação final seja realizada nos dias 13 e 14 de dezembro.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, destacou nesta quinta-feira (27) para uma plateia de micro e pequenos empresários no Palácio do Planalto que o governo precisa controlar suas contas como condição essencial para o País voltar a crescer. "Fazer o dever de casa começando por si próprio", defendeu o ministro.

Meirelles acrescentou que, com a aprovação da PEC do Teto dos Gastos Públicos na Câmara dos Deputados, o governo de Michel Temer mostra que já está fazendo esse movimento de cuidar dos próprios gastos. O ministro ponderou, no entanto, que conter a expansão das despesas públicas não será algo simples e que exigirá muito trabalho de todos. "Não vamos nos enganar que isso é um projeto, uma empreitada fácil. É muito dura, muito difícil". Porém, segundo ele, "é o que precisamos fazer para permitir que a economia cresça."

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O ministro disse também, reafirmando fala do presidente do Sebrae, Afif Domingos, que política social eficaz é aquela que gera emprego e renda e que passa pelo crescimento econômico. "Crescimento econômico no Brasil hoje passa pelo governo controlar suas próprias despesas", reforçou mais uma vez.

Para o ministro, quando a atividade começa a dar sinais de reação, o primeiro resultado é a criação de empregos nas micro e pequenas empresas, na base. "Esse é o grande impacto."

O anúncio da chegada da PEC do Teto ao Senado dividiu espaço com uma enxurrada de medidas que o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu tomar como retaliação à operação da Polícia Federal contra a Polícia Legislativa. Entretanto, o peemedebista negou que a crise entre os poderes possa afetar a tramitação da matéria e defendeu o calendário previsto, com votação final marcada para 13 e 14 de dezembro.

"O calendário da PEC está mantido e eu não aceitarei nenhuma chantagem de qualquer tipo para alterá-lo. Esse calendário foi aprovado em reunião de líderes partidários com a concordância de todos, inclusive da oposição", afirmou Renan.

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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi pessoalmente ao Senado entregar o texto, em uma ação simbólica - e pouco usual - que demonstra o compromisso dos chefes do Legislativo com a pauta. O deputado defendeu que a PEC 241 trata da saúde fiscal sem aumentar impostos e irá ajudar na diminuição dos juros e na geração de emprego.

Renan apontou o líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), como a pessoa ideal para a relatoria da PEC 241. Embora preferisse que Romero Jucá fosse o escolhido, o governo apoia a decisão do presidente do Senado. Eunício esteve nesta quarta-feira, 26, no Planalto reunido com o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, quando o peemedebista recebeu apoio do governo para ficar como relator do texto.

Nessa quarta-feira (26), o presidente Michel Temer dedicou sua agenda a atender parlamentares para agradecer os apoios recebidos e demonstrar que vai prosseguir trabalhando para garantir a votação do texto até dezembro. Temer quer evitar que a disputa entre o Senado e o (STF) afete os planos do governo.

Apesar da primeira tentativa de entendimento entre o presidente do Senado, Renan Calheiros, e a presidente do STF, Carmem Lúcia, ter sido frustrada, o Planalto se animou com a possibilidade da realização da reunião entre os chefes de Poderes para tratar de segurança pública na sexta-feira.

Outra preocupação é que a ação da PF no Senado possa reduzir o número de votos a serem obtidos nas votações da PEC nas comissões e no plenário do Senado. O governo espera cerca de 60 votos, uma folgada maioria. Mas irá trabalhar para ampliar mais esta margem.

Por isso, além das conversas com senadores, o presidente Temer pediu a Renan para agendar, possivelmente para o dia 10 de novembro, o jantar que oferecerá aos senadores no Palácio da Alvorada, repetindo o gesto de aproximação feito com os deputados, antes do primeiro turno da votação na Câmara. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Menos de 24 horas após a aprovação em segundo turno da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto dos gastos públicos, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), seguiu na tarde desta quarta-feira, 26, para o Senado para entregar pessoalmente ao presidente da outra Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), o texto aprovado pelos deputados.

Maia deixou seu gabinete acompanhado pelos líderes de partidos da base governista, entre eles, Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Baleia Rossi (PMDB-SP), e o relator da PEC na Câmara, Darcísio Perondi (PMDB-RS). Seguiram depois para o encontro no Senado o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, que estabelece um limite para o crescimento dos gastos federais nos próximos 20 anos, deve começar a tramitar no Senado ainda nesta quarta-feira (26), com a leitura do texto aprovado na Câmara dos Deputados nessa terça (25) no Plenário da Casa Alta.

Segundo um acordo de líderes, o texto está previsto para ser votado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) no dia 9 de novembro. Já o exame em primeiro turno no Plenário do Senado está marcado para 29 de novembro e o segundo turno para 13 de dezembro, pouco antes do recesso parlamentar. Para que a PEC do Teto de Gastos seja aprovada é necessário o apoio de 3/5 dos 81 senadores. 

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A PEC 241/2016 estabelece que nos próximos 20 anos os gastos federais só poderão aumentar de acordo com a inflação acumulada conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Assim, a partir de 2018, o limite será o corrigido pela inflação acumulada nos últimos 12 meses até junho do ano anterior. Com isso, a inflação usada será a medida entre julho de 2016 e junho de 2017.

O novo regime fiscal valerá para os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social e para todos os órgãos e Poderes. Dentro de um mesmo Poder, haverá limites por órgão. Existirão, por exemplo, limites individualizados para tribunais, Conselho Nacional de Justiça, Senado, Câmara, Tribunal de Contas da União (TCU), Ministério Público da União, Conselho Nacional do Ministério Público e Defensoria Pública da União.

Exceções

Algumas despesas não vão ficar sujeitas ao teto. É o caso das transferências de recursos da União para estados e municípios. Também escapam gastos para realização de eleições e verbas para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Profissionais da Educação Básica (Fundeb).

Saúde e educação também terão tratamento diferenciado. Esses dois pontos vêm gerando embates entre governistas e oposição desde que a PEC foi anunciada pelo presidente Michel Temer. Para 2017, a saúde terá 15% da Receita Corrente Líquida, que é o somatório arrecadado pelo governo, deduzido das transferências obrigatórias previstas na Constituição.

A educação, por sua vez, ficará com 18% da arrecadação de impostos. A partir de 2018, as duas áreas passarão a seguir o critério da inflação (IPCA).

*Com a Agência Senado

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