Tópicos | PEC do Teto de Gastos

Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) lamentou a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 55/2016, a chamada PEC do Teto de Gastos, em primeiro turno na Casa, mas disse acreditar que o Supremo Tribunal Federal (STF) não permita a execução da matéria. 

Após a apreciação do texto, na noite dessa terça-feira (29), Humberto anunciou que a oposição vai ao Supremo por considerá-la “de caráter frontalmente oposto ao que prega a Constituição de 1988”.

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“Fomos derrotados aqui hoje. Mas nós, da oposição, não daremos um dia de trégua aos senhores. O que aqui dentro nós não conseguirmos vencer no voto, vamos ao outro lado da Praça dos Três Poderes provocar o STF para que assegure direitos e garantias que esse governo ilegítimo busca suprimir”, afirmou. “Eu tenho a certeza de que a proposta não terá a mesma sorte no plenário do STF, onde deve ser enterrada pelos ministros daquela Suprema Corte”, acrescentou. 

Por 61 votos a 14, os senadores aprovaram a PEC que, na avaliação de Humberto, é inconstitucional e vai promover o congelamento dos investimentos em saúde, educação e segurança pública pelos próximos 20 anos. “O Senado foi o coveiro do futuro do país hoje [nessa terça]”, salientou. 

Maquiagem do governo

O líder do PT também não poupou críticas ao presidente Michel Temer (PMDB). Para o pernambucano, Temer tem “se submetido às situações mais patéticas e ridículas, para demonstrar um ar de normalidade que o país não está vivendo”.

“Seu governo, dia a dia, vem despencando de podre: seis ministros demitidos em seis meses, derrubados por escândalos em sequência. E novos virão. Quanto à economia, 180 dias depois de instalados ilegitimamente no Planalto, eles não conseguem colocar para andar. Ao contrário: o pessoal deste governo é bom de maquiar dados, jogando sempre para amanhã as promessas que fizeram para hoje... É um governo inepto e cego, que ministra veneno a quem está doente, com o discurso de que vai curá-lo”, cravou. 

A votação em segundo turno da PEC do Teto de Gastos no Senado está programada para 13 de dezembro.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) lançou uma campanha para arrecadar doações em prol de uma caravana estudantil que deve sair de todas as regiões do país com destino a Brasília contra a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016, mais conhecida como PEC do Teto de Gastos Públicos, no Senado. 

A intenção da UNE é de reunir os estudantes na capital brasileira no dia 29 de novembro, data prevista para a votação da matéria no plenário da Casa Alta, para pressionar os parlamentares a reprovar o texto. Além disso, a mobilização também pretende “repudiar” a Reforma do Ensino Médio e o projeto Escola Sem Partido. 

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De acordo com a presidente da UNE, Carina Vitral, além deles outras 30 entidades do movimento educacional, trabalhadores da educação, técnicos administrativos e professores devem aderir à caravana.

“Começamos agora uma nova fase na luta para chamar atenção dos parlamentares e da sociedade em geral por meio de uma caravana com engajamento de todas as ocupações”, disse. “Os estudantes não ocupam apenas para impedir aula, mas para dar função pedagógica, política, de posicionamento pela educação que a gente quer com protagonismo dos estudantes”, acrescentou. As colaborações estão sendo feitas diretamente na conta da UNE. 

 

 

Membros do Levante Popular da Juventude realizam, nesta sexta-feira (18), um protesto em frente à casa do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), em Boa Viagem, na zona sul do Recife. De acordo com o movimento, o ato faz parte da chamada “verdadeira primavera estudantil” que ocorre no país para “barrar medidas que ameaçam” o setor, onde também se enquadram as ocupações em instituições de ensino estaduais e federais.   

Denominada de “escracho a Mendonça”, a manifestação, marcada para as 16h, pretende “denunciar e fazer pressão contra as medidas da agenda do ministério que atacam professores e estudantes”, entre elas, a Medida Provisória que estabelece uma reforma curricular ao ensino médio.

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Além do Levante Popular, representantes da UNE e a UBES também devem participar do ato. Os grupos defendem que Mendonça peça demissão do cargo. 

No início da noite desta sexta-feira (11), cerca de 50 estudantes se reuniram no prédio da reitoria da Universidade Católica de Pernambuco, no bairro de Santo Amaro. A assembleia serve para decidir se a instituição será ocupada em protesto à PEC 55 que tramita no Senado e limita os gastos do governo em pautas como saúde e educação pelos próximos 20 anos. Pelo Facebook, a própria Unicap mostrou a reunião dos estudantes.

A publicação já está dividindo opiniões. Alguns internautas comentam que deve ser realmente ocupada e outros reclamam, alegando que a Católica é uma universidade privada. Pela manhã, a Faculdade de Direito do Recife foi ocupada por alunos pela mesma razão. Em todo o Brasil, diversas instituições de ensino estão sendo tomadas por estudantes contrários à Proposta de Emenda Constitucional 55 do Senado Federal (241 na câmara), que versa sobre o limite dos gastos públicos.

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UFPE

Na Universidade Federal de Pernambuco, vários prédios já estão tomados pelos estudantes, tais como Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), Centro de Artes e Comunicação (CAC) e Centro de Educação (CE), mais os centros de ensino da UFPE em outras cidades do estado. No Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), outros alunos impediram a ocupação.

Ainda hoje, ficará decidido se os prédios da Unicap serão ocupados, ou não.

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O presidente Michel Temer (PMDB) criticou, nesta terça-feira (8), as ocupações estudantis contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016, que limita os gastos públicos nos próximos 20 anos, em tramitação no Senado Federal, e a Medida Provisória (MP) que institui a reforma do Ensino Médio, também em análise no Congresso. 

Durante o discurso de abertura do seminário Infraestrutura e Desenvolvimento do Brasil, promovido pelo jornal Valor Econômico e Confederação Nacional da Indústria (CNI), Temer disse que hoje não se debate mais sobre um assunto. Segundo ele, o argumento intelectual deu lugar ao embate físico. 

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“Nós precisamos aprender no país a respeitar as instituições, e o que menos se faz hoje é respeitar as instituições. Isso cria problemas e o direito existe exatamente para regular as relações sociais. Hoje ao invés do argumento intelectual e verbal, usa-se o argumento físico. Vai e ocupa não sei o quê e bota pneu velho em estrada para impedir trânsito”, criticou.

Para o presidente, muitas pessoas, entre elas estudantes, protestam, mas não sabem o que é uma PEC. “Você sabe o que é uma PEC? É uma Proposta de Ensino Comercial. Estou dando um exemplo geral de que as pessoas debatem sem discutir ou ler o texto”, disparou. 

Sobre a reforma do Ensino Médio, Temer salientou que a proposta encaminhada por ele apenas reascendeu a discussão de algo que já era pauta no Congresso. “Quando nós colocamos a medida provisória [do Ensino Médio], nós fizemos baseados nos projetos de lei que estão lá [no Congresso]. Os projetos de lei dizem exatamente o que diz a medida provisória. O que fez a medida provisória foi agilizar o debate relativo ao Ensino Médio no País”, declarou. 

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016, que estabelece um limite para os gastos públicos, é um dos focos de discussão no Senado nesta semana. Na próxima quarta-feira (10), a chamada PEC do Teto de Gastos deve ser votada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Na terça-feira (1º), o texto foi lido na CCJ pelo relator, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), durante uma reunião polêmica. O peemedebista manteve na íntegra o texto já aprovado na Câmara dos Deputados. 

Antes da votação, no entanto, a CCJ e a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) vão realizar uma audiência conjunta sobre o tema nesta terça-feira (8). Foram convidados para a audiência os professores Pedro Paulo Zaluth Bastos e Guilherme Santos Mello, do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); o professor Samuel Pessoa, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV); e um representante do Ministério da Fazenda.

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A PEC dos Gastos estabelece um teto máximo para os gastos públicos pelos próximos 20 anos com base na inflação do ano anterior e é considerada essencial pelo governo Temer para o ajustes das contas públicas. Para a oposição, no entanto, ela vai limitar políticas sociais e investimentos em setores como saúde e educação.

A proposta já foi tema de reunião na CAE na última quinta-feira (3), quando senadores oposicionistas reclamaram da ausência de representantes do governo. Na audiência, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) avisou que um grupo de parlamentares contrários á proposta está elaborando um texto alternativo.

Se aprovada na CCJ, a previsão é de que a votação em plenário ocorra no dia 29 de novembro em primeiro turno e no dia 13 de dezembro, em segundo turno. Em cada uma dessas votações em plenário, a PEC precisa de votos de 3/5 dos senadores para ser aprovada.

*Com a Agência Senado.

O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016, mais conhecida como a PEC do Teto dos Gastos Públicos, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), recomendou a aprovação da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). No relatório, lido na manhã desta terça-feira (1º), o peemedebista afirma que vai manter o texto aprovado na Câmara dos Deputados, justificando que a proposta “não altera preceitos constitucionais”.

O relator também afirmou que os gastos para saúde e educação, ponto mais crítico da matéria, estariam assegurados pela PEC. “Em relação à saúde, o novo regime fiscal elevará o piso em 2017, de 13,7% da Receita Corrente Líquida para 15%”, observou. Para a educação, afirma ele, também haveria garantia da manutenção do piso constitucional, o qual é fixado para 2017 em 18% da arrecadação de impostos. “Também não estarão sujeitas ao teto o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação Básica (Fundeb)”, emendou.

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Na visão do peemedebista, a crise enfrentada pelo país tem causas complexas e exige a contenção dos gastos públicos. Para o senador, a fixação do teto de gastos prevista na PEC seria medida equilibrada e de menor risco. “Sem reformas, a tendência do Brasil é a estagnação ou crescimento mínimo. Nesse cenário, não haverá recursos para financiar programas sociais, a inflação tenderá a aumentar, prejudicando os mais pobres, e a geração de empregos será substancialmente menor”, ponderou Oliveira. 

No relatório, o senador rejeitou a emenda apresentada pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que condicionava a entrada em vigor da PEC a sua aprovação em referendo autorizado pelo Congresso Nacional. Uma consulta pública no site do Senado apontou que mais de 80% da população é contrária ao texto. 

A PEC do Teto propõe um novo regime fiscal para o país, em que o aumento dos gastos públicos anuais estejam limitado pela inflação do ano anterior. 

Pedido de vistas

Após a leitura do relatório os senadores que integram a CCJ pediram vista coletiva da PEC 55/2016, o que adiou a votação da matéria. Senadores da oposição protestaram contra encerramento da reunião sem a votação de requerimento para discussão da PEC do Teto de Gastos, com isso o presidente da comissão deferiu requerimento para realização de uma audiência pública sobre o assunto.

*Com informações da Agência Senado

Os prédios da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (URPE) que são locais de votação e estão ocupados por estudantes que protestam contra a aprovação da PEC do Teto de Gastos Públicos, em tramitação no Senado, serão substituídos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE). Segundo o presidente da corte, o desembargador Antônio Carlos Alves da Silva, já foi montado um “plano B” para atender os mais de 7 mil eleitores que têm as seções nas unidades. A realocação, entretanto, será divulgada apenas no próximo domingo (30). 

"Montamos um plano B, mas não vamos divulgar por enquanto para evitar que essas pessoas invadam o novo local. Temos a esperança que estes locais invadidos sejam liberados, pelo menos no domingo. Vejam que quem está protestando são universitários, estas pessoas pretendem um Brasil melhor para elas, mas se não saírem estão mostrando que não entendem o que é uma democracia”, ressaltou o presidente do TRE. 

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Até o momento, três prédios da UFPE estão ocupados por estudantes. Os Centros de Educação (CE), de Artes e Comunicação (CAC) e de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) na UFPE e o Centro de Ensino de Graduação Obra-Escola (Cegoe) na UFRPE. Destes, dois, um em cada unidade, são locais de votação. 

“Queremos tranquilizar a população, que não passa de 7 mil eleitores. Fica fácil movimentar estas pessoas. Para transportar 10 urnas é muito fácil”, observou o corregedor do TRE, Orson Lemos.  Segundo ele, a corte eleitoral está mapeando e acompanhando as negociações de desocupação das unidades educacionais. “Como a invasão não diz respeito a eleição,mas obstrui um local da eleição, o que até é um artigo criminal, não estamos nos envolvendo. Caberá à polícia e às escolas [retirar os estudantes dos locais]. Estamos acompanhando a negociação de perto, o contato é mais de uma vez ao dia”, ponderou. 

Mais de 2 milhões de eleitores vão às urnas no domingo (30) para escolher quem será o novo prefeito de quatro cidades pernambucanas: Recife, Olinda, Caruaru e Jaboatão dos Guararapes. As três primeiras com a biometria e a última no método normal. O total de urnas disponibilizadas para o pleito é de 6.512, sendo 5.950 delas utilizadas nos locais de votação, 550 de contingência e 12 para as mesas receptoras de justificativas. A expectativa do TRE-PE é de que o resultado da votação seja divulgado até às 20h30. 

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, que estabelece um limite para o crescimento dos gastos federais nos próximos 20 anos, deve começar a tramitar no Senado ainda nesta quarta-feira (26), com a leitura do texto aprovado na Câmara dos Deputados nessa terça (25) no Plenário da Casa Alta.

Segundo um acordo de líderes, o texto está previsto para ser votado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) no dia 9 de novembro. Já o exame em primeiro turno no Plenário do Senado está marcado para 29 de novembro e o segundo turno para 13 de dezembro, pouco antes do recesso parlamentar. Para que a PEC do Teto de Gastos seja aprovada é necessário o apoio de 3/5 dos 81 senadores. 

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A PEC 241/2016 estabelece que nos próximos 20 anos os gastos federais só poderão aumentar de acordo com a inflação acumulada conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Assim, a partir de 2018, o limite será o corrigido pela inflação acumulada nos últimos 12 meses até junho do ano anterior. Com isso, a inflação usada será a medida entre julho de 2016 e junho de 2017.

O novo regime fiscal valerá para os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social e para todos os órgãos e Poderes. Dentro de um mesmo Poder, haverá limites por órgão. Existirão, por exemplo, limites individualizados para tribunais, Conselho Nacional de Justiça, Senado, Câmara, Tribunal de Contas da União (TCU), Ministério Público da União, Conselho Nacional do Ministério Público e Defensoria Pública da União.

Exceções

Algumas despesas não vão ficar sujeitas ao teto. É o caso das transferências de recursos da União para estados e municípios. Também escapam gastos para realização de eleições e verbas para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Profissionais da Educação Básica (Fundeb).

Saúde e educação também terão tratamento diferenciado. Esses dois pontos vêm gerando embates entre governistas e oposição desde que a PEC foi anunciada pelo presidente Michel Temer. Para 2017, a saúde terá 15% da Receita Corrente Líquida, que é o somatório arrecadado pelo governo, deduzido das transferências obrigatórias previstas na Constituição.

A educação, por sua vez, ficará com 18% da arrecadação de impostos. A partir de 2018, as duas áreas passarão a seguir o critério da inflação (IPCA).

*Com a Agência Senado

A comissão especial da Câmara que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que limita o teto dos gastos públicos, adiou para esta terça-feira (18), às 16h, reunião do colegiado para votar a redação final do texto, que foi aprovado em primeiro turno pelo plenário da Câmara, na semana passada. A reunião deveria ocorrer nessa segunda (17), mas como não houve quórum o presidente da comissão, deputado Danilo Forte (PSB-CE), transferiu a reunião para terça.

O adiamento da reunião não vai prejudicar a votação da PEC em segundo turno, que está prevista para ocorrer na próxima semana nos dias 24 ou 25. A PEC, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos foi aprovada, em primeiro turno, por 366 votos a 111 e duas abstenções. Agora a proposta depende da aprovação em segundo turno, por no  mínimo 308 votos, para ser enviada à apreciação do Senado.

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O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou, nesta sexta-feira (7), que acredita na aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, responsável por determinar um teto para os gastos públicos nos próximos 20 anos, no primeiro turno, marcado para segunda-feira (10). Sob a avaliação do peemedebista, a expectativa é positiva porque os parlamentares “têm consciência” da necessidade de se limitar as despesas para a retomada do crescimento do país. 

“Fiz uma conexão muito grande entre Executivo e Legislativo. Até agora não perdemos nenhuma votação nenhum projeto que estava lá parado, aprovamos todos. Vamos conseguir apoiar o teto, não porque eu quero, mas porque eles têm consciência”, sentenciou em entrevista a Rádio Jornal. “O teto de gastos é para recuperar as contas públicas. Ninguém pode gastar mais do que arrecada. Ou acertamos as coisas, ou não vai dar para recuperar nada até 2024, quando a dívida pode chegar a 100% do PIB", acrescentou.

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Indagado se estava tentando terceirizar o anúncio de medidas mais duras para tentar recuperar a popularidade, Temer disse que não está preocupado com o assunto. Nessa quinta-feira (6), quem detalhou a PEC do Teto para a população brasileira foi o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, durante um pronunciamento em cadeia nacional. 

“Não estou terceirizando não, tanto é que estou dando entrevistas a muita gente. O que tenho feito mesmo é acabar com esta história de que quem manda é o presidente. Temos que dar espaço para todo mundo, principalmente àquelas que podem protagonizar o governo. Não estou preocupado com popularidade. Se ao fim destes dois anos eu tiver 2% ou 3% de popularidade e os 12 milhões de desempregados estiverem recuperado seus empregos, vou preferir receber o aplauso destes”, ponderou.

Já sobre a publicidade de alguns dados da gestão e a nova campanha que tem como mote “tirar o Brasil do vermelho”, Temer pontuou que o povo precisa conhecer a realidade da economia nacional. “Ou nós recuperamos a economia ou as coisas vão piorar. Se isso tivesse sido feito há quatro ou cinco anos, hoje teríamos um déficit zero. Nenhum país suporta isso que vivemos. Precisamos sensibilizar aqueles que querem recuperar o desenvolvimento do país”, observou. 

Michel Temer também tentou desmistificar a tese de que ele não olhará para o desenvolvimento do Nordeste. “O governo governa para todo o país e evidentemente para o Nordeste. Em pouco tempo você terá notícias de novos investimentos”, salientou. E ainda comentou sobre o Programa de Privatizações do governo. “Vamos vender os ativos da União que são desnecessários. O segundo ponto, aquilo que for possível conceder, vamos conceder. A União não pode fazer tudo sozinha. Não temos preconceito em relação a isso. O que importa é restabelecer a confiança do país”, pontuou. 

A proposta de emenda à Constituição (PEC) 241, que limita os gastos do governo à correção da inflação pelos próximos 20 anos, deverá ser votada em primeiro turno no plenário da Câmara dos Deputados na próxima segunda-feira (10). Ao anunciar a data da votação, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), considerou positivos os ajustes apresentados à PEC pelo relator, Darcísio Perondi (PMDB-RS), na comissão especial que analisa o mérito da proposta.

De acordo com Maia, a PEC é importante porque limita os gastos dos governos e evita a criação de novos impostos para que chefes do Executivo consigam fechar o caixa. Maia destacou que a criação de impostos tem sido usada desde a década de 90 pelos governantes para resolver os problemas de caixa. “Até por isso, a carga tributária está em 40%, e os gastos do governo saíram de 10% das nossas riquezas do PIB [Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país], estão em quase 20 % e vão caminhar mais, se não fizermos nada”.

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Segundo o deputado, para evitar a criação de mais impostos e o empobrecimento dos brasileiros, é preciso limitar os gastos dos governos, para que sobre mais dinheiro no bolso do contribuinte. Maia disse que a PEC não é o congelamento de gastos, mas a limitação pela inflação.  “Se não estivéssemos votando a limitação de gastos do governo, estaríamos discutindo a recriação da CPMF [Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira]”.

Na opinião do deputado, a aprovação da PEC vai colocar o governo em boa condição para fazer o ajuste das contas, sem ter que recorrer ao aumento de impostos. “O mais importante é o que o Brasil prefere: controle de gastos do governo, ou CPMF? Porque não controlar gastos significa que a Previdência e os despesas com salários, dentre outras, vão continuar crescendo porque têm vinculações. E, se vai continuar crescendo, tem de cobrir o rombo".

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