Tópicos | PEC do Teto

Líder do PT no Senado, Humberto Costa, afirmou que a possível aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55/2016, que estabelece um teto para os gastos públicos por 20 anos, na Casa vai “definir o futuro do Brasil”. Palestrando em uma das ocupações da Universidade de Pernambuco (UPE) na noite dessa quinta-feira (24), o parlamentar disse que a PEC pode ampliar as desigualdades, penalizar os trabalhadores e trazer implicações para o país.

“A PEC 55 não é apenas uma emenda constitucional. Ela vai demarcar o que vai ser o futuro do Brasil, vai dizer qual o Brasil que a gente quer. Vamos querer investir nos jovens e no desenvolvimento de pesquisas na ciência? Ou vamos construir um Brasil de privilégios, governado por poucos e para poucos?”, questionou o senador.

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Humberto também salientou que a medida vai na contramão do que países da Europa e até mesmo os Estados Unidos estão fazendo para sair da crise mundial. “O que Obama fez? O que a Europa está fazendo agora? Todos estão defendendo a ampliação de investimentos. Essa proposta de Temer congela em 20 anos os recursos em saúde e educação. Em vez de fazer o Brasil crescer, vai aumentar a recessão. E toda a conta vai ser jogada para os mais pobres”, afirmou.

O líder ainda se colocou favorável às ocupações estudantis contra a proposta e pontuou que a mobilização é fundamental para tentar barrar a emenda. “É fundamental ocupar todos os espaços. Temos que nos unir para tentar barrar essa proposta e criar um movimento forte. A PEC é a ponta do iceberg. Tem muita coisa para acontecer”, previu o senador.

Nesta sexta-feira (25), Humberto participa de mais um ato contra a Proposta de Emenda Constitucional no Recife organizado pelas centrais sindicais. O protesto integra as atividades do Dia Nacional de Luta e deve reunir sindicatos, movimentos sociais e representantes de diversos partidos políticos, na Praça do Derby, a partir das 15h, contra o texto que será votado na terça-feira (29) no Senado.

Encerrada a fase de discussões, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016, que que institui o teto de gastos públicos para os próximos 20 anos, está pronta para ser votada no Plenário do Senado na próxima terça-feira (29). A última sessão de debates da matéria aconteceu nessa quarta-feira (23). Os senadores da oposição foram maioria na exposição de argumentos contrários a proposta e apresentação de emendas.

O senador Paulo Paim (PT-RS) disse que as desigualdades no Brasil poderão se aprofundar com a aprovação do texto. Para ele, a PEC 55 beneficiaria somente os banqueiros, com prejuízo para os trabalhadores e sem acabar com a inflação. Ele pediu ao Plenário que atenda as manifestações da sociedade civil organizada que rejeita a proposta. "Há no país inteiro um apelo muito forte para que a gente não aprove a PEC 55 pelos danos que ela trará ao país", disse Paim.

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A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) destacou o benefício ao Judiciário, Legislativo e ao Ministério Público que poderão “desrespeitar” o limite das despesas primárias e ainda ser compensados pelo Executivo. Ela voltou a defender a realização de um consulta popular (referendo) sobre a proposta, que foi solicitada em emenda de Plenário apresentada pela senadora.

Na opinião do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), votar contra a PEC é um “compromisso com o povo brasileiro” para garantir investimentos de 18% na educação e de 15% na saúde, conforme prevê o texto da Constituição. Para Lindbergh, o maior objetivo da proposta, que ele chamou de “pacote de maldades,” seria acabar com a vinculação do salário mínimo à aposentadoria. "Esse país vai se encaminhar para uma grande convulsão social e esse é o meu receio. Nós vamos todos virar um grande Rio de Janeiro", alertou.

Na base do governo, apenas o senador Paulo Bauer (PSDB-SC) se manifestou. Ele frisou que o poder público deve limitar as suas despesas à sua receita e defendeu a responsabilidade do Parlamento na formulação do orçamento e nas contas públicas.

No início da noite desta quarta-feira (23), dezenas de estudantes protestaram contra a PEC do Teto e a reforma do Ensino Médio. Segurando cartazes com dizeres contra o Governo, eles fecharam vários cruzamentos da Avenida Agamenon Magalhães, principal vi que liga as cidades de Recife e Olinda. 

O protesto começou na Avenida João de Barros e seguiu pela Avenida Agamenon Magalhães até a Praça do Derby. No local, os estudantes permaneceram, aproximadamente, por 20 minutos e logo em seguida o grupo se dispersou. Segundo a CTTU, mesmo com a liberação da via, os mesmos ameaçaram voltar para a João de Barros. 

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Na semana anterior a votação em primeiro turno, os senadores deram continuidade à discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto dos Gastos. Mesmo com manifestações enfáticas da oposição, a expectativa é de que o governo consiga aprovar a matéria na Casa, assim como foi na Câmara dos Deputados.

Durante o debate temático promovido nessa terça-feira (22), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) defendeu a reforma tributária como uma das opções para superar a crise fiscal. "Deveríamos diminuir os tributos que os pobres pagam e aumentar os tributos que aqueles ricos não pagam. Este é o país onde o pobre paga imposto e o rico não paga nada. Então, vêm dizer que esse é o único caminho?", questionou. Na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), ela afirmou que colocar a PEC como solução é "uma grande mentira". "Até porque a crise não tem a previsibilidade de durar 20 anos. E quando esse ciclo de recessão acabar, o que vai acontecer? Haverá um limite constitucional para o investimento em saúde, educação e programas sociais". 

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O senador Magno Malta (PR-ES) admitiu que a PEC do Teto dos Gastos será difícil para o país, mas sustentou que é uma medida necessária. “O Brasil é um fígado podre, e para fígado podre você toma é boldo, e boldo amarga. E se não tomar boldo, não cura. Essa PEC é um copo de boldo amargo, mas necessário se faz que se tome o boldo”.

Oposição

A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) tem dito que a PEC não trará solução para a crise econômica, mas irá piorar a qualidade de vida da população, inclusive na área da educação. "O Plano Nacional de Educação vai virar letra morta com a PEC 55. A proposta veio sobre a forma de emenda à Constituição para anular, pelos próximos 20 anos, os dispositivos que tínhamos conseguido para estabelecer pisos mínimos para essas áreas", disse.

Gleisi Hoffmann (PT-PR) engrossou o coro. "Fico muito revoltada quando o próprio relator da matéria diz que os recursos para a educação e para a saúde vão ser mantidos. Não é verdade. Se fosse para serem mantidos, nós não estaríamos mexendo na Constituição", disparou. O envio da proposta ao Congresso em forma de emenda constitucional é um dos pontos mais criticados.

Firme opositor da PEC, Humberto Costa (PT-PE) considerou que o país irá andar na contramão da gestão mundial em relação à crise. "Esta semana, nós vimos a própria Comunidade Europeia tomando a decisão de enfrentar a crise, o baixo crescimento, não com mais austeridade, mas fazendo circular mais recursos". Para ele, a proposta, se aprovada, irá aprofundar a desigualdade social no Brasil.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que a melhor opção seria fazer um plano de investimentos com mais recursos para gastos sociais, em vez de limitar as despesas primárias, que envolvem previdência, gastos com pessoal, despesas obrigatórias (como abono, seguro-desemprego e Benefício de Prestação Continuada) e as despesas discricionárias (funcionamento de ministérios e recursos para saúde e educação).

Favoráveis à PEC

A base aliada do governo tem dito que a PEC do Teto vai ajudar a recuperar a economia do país. "Ao contrário do que muitos dizem, essa PEC é flexível e sensível ao que pode acontecer com o país. A PEC deixa claro que o país está preocupado com o equilíbrio de suas contas", justificou a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES). "A proposta é fundamental para conter o crescimento da dívida pública e para o equilíbrio das contas", concluiu.

O senador José Medeiros (PSD-MT) disparou contra a gestão dos ex-presidente Lula e Dilma Rousseff. "Alguns perguntaram hoje aqui por que a pressa da PEC. Por que tanta pressa? Porque nós não temos tempo. Quebraram o Brasil gastando, gastando e gastando". Segundo ele, a PEC vai, inclusive, evitar que os brasileiros paguem mais impostos.

Ana Amélia (PP-RS) criticou a oposição, que, segundo ela, precisa "parar com a ladainha de que os recursos para a educação serão cortados", já que foi uma das áreas mais afetadas no ano passado. De acordo com a senadora, o governo Dilma reduziu em R$ 10,5 bilhões o orçamento da educação em 2015. "Cortes em programas, pagamentos atrasados e trocas de ministros. Foram três em poucos meses no Ministério da Educação. Que prioridade é essa? Por que isso? Por que a verdade não vem? Pelo menos deveriam admitir os equívocos cometidos".

Votação

No cronograma acertado entre os líderes partidários com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), prevê a votação em primeiro turno na próxima terça-feira (29). A deliberação em segundo turno deverá ser realizada no dia 13 de dezembro.

Reunidos em assembléia na Estação Central do Recife, na noite desta terça-feira (22), os metroviários ligados ao sindicato da categoria decidiram decretar estado de greve no estado. A possível paralisação ocorrerá na sexta-feira (25), em adesão ao Dia Nacional de Luta, Greves, Paralisações e Protestos. 

Segundo o Sindicato dos Metroviários (Sindmetro-PE), o estado de greve busca alertar e precaver a população sobre o indicativo de greve. Na quinta-feira (24), uma nova assembleia definirá se os profissionais cruzarão, de fato, os braços no dia que deve ser marcado por protestos em todo o país. 

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Em nota, os profissionais se mostram contrários ao que definem de "ataques aos direitos da classe trabalhadora patrocinados pelo governo Temer através da PEC 241 (atual 55) e dos desmandos da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos". 

O senador Otto Alencar (PSD-BA) anunciou no plenário do Senado que votará favoravelmente à PEC do teto dos gastos, principal aposta do governo Temer para retomada da economia. O senador fez questão de frisar que votou contra o impeachment de Dilma Rousseff.

"Votei contra o impeachment, mas quero anunciar aqui meu voto favorável à PEC do teto. É preciso urgentemente compatibilizar a receita com os gastos. Não se pode gastar mais do que se arrecada", afirmou.

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A maioria dos 20 senadores que votaram contrariamente ao processo de impeachment, entre eles Otto Alencar, participa hoje do bloco de oposição do Senado, que se contrapõe às medidas do governo Temer. É quase unânime nesse grupo o voto contrário à PEC do teto.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta terça-feira, 22, pedido feito por senadores da oposição para suspender a tramitação da PEC do Teto no Senado Federal. O ministro também decidiu pedir informações ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre a proposta.

Os senadores Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Humberto Costa (PT-PE) impetraram mandado de segurança contra a PEC do teto, considerada um dos pilares do ajuste fiscal promovido pelo governo Michel Temer.

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"(...) Diante do exposto, com fundamento no art. 16 da Lei nº 12.016/2009, indefiro o pedido liminar. Solicitem-se informações à autoridade impetrada, bem como cientifique-se o órgão de representação judicial da União para, querendo, ingressar no feito (Lei nº 12.016/2009, art. 7º, I e II). Decorrido o prazo, dê-se vista ao Procurador-Geral da República (Lei nº 12.016/2009, art. 12). Publique-se. Intimem-se", diz o despacho do ministro.

Até o fim da tarde, não havia sido divulgada a íntegra da decisão de Barroso.

Em outubro, o ministro já havia negado um pedido similar feito por deputados da oposição para suspender a tramitação da PEC do teto. Em sua decisão, alegou que, "salvo hipóteses extremas", o Poder Judiciário não deve coibir discussões de matérias de interesse nacional.

"O Congresso Nacional, funcionando como poder constituinte reformador, é a instância própria para os debates públicos acerca das escolhas políticas a serem feitas pelo Estado e pela sociedade brasileira, e que envolvam mudanças do texto constitucional. Salvo hipóteses extremas, não deve o Judiciário coibir a discussão de qualquer matéria de interesse nacional", sustentou o ministro em sua decisão de outubro.

O líder da oposição no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), voltou a criticar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto de gastos públicos durante sessão do plenário que debate o tema, nesta terça-feira, 22. Para o parlamentar, a proposta defendida pelo governo Michel Temer é "um aperto concentrado nos mais pobres". "O momento era do governo fazer investimentos públicos", disse.

Lindbergh afirmou que o País está caminhando para "uma situação de convulsão social", alegando que há cerca de vinte Estados brasileiros com problemas econômicos "gravíssimos". Para Lindbergh, a proposta de austeridade fiscal nos próximos 20 anos será um "suicídio". "Nós estamos colocando uma bomba para explodir neste País. É assim que nós vamos socorrer os Estados?", questionou.

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Ele também avaliou que houve queda na expectativa da economia durante os primeiros meses da gestão Temer, diferentemente do que afirmavam os defensores do impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff.

"A dívida das empresas brasileiras hoje beira 80% do PIB. A previsão de todo mundo é de desemprego crescente para 2017, chegando a 13% o grau de desemprego no próximo ano. E os senhores me vêm com a PEC 55 de cortes profundos na área social, de recursos de saúde e educação, que são salários indiretos dos trabalhadores. Nós estamos querendo tocar fogo neste País."

O bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife, teve a sua primeira escola estadual ocupada nesta segunda-feira (21). Dezenas de estudantes, em protesto contra a PEC do Teto e reforma do ensino médio, ocupam a Escola Joaquim Xavier de Brito por tempo indeterminado.

De acordo com um aluno da unidade que preferiu não se identificar, os estudantes não concordam com as propostas do atual governo federal, no que diz respeito à educação. “A gente é contra a PEC 55 e não aceitamos a reforma do ensino médio. A ocupação é uma forma de nos posicionarmos como estudantes”, declarou.

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Segundo o aluno, policiais militares estiveram na escola, mas não interviram na situação. Alguns pais também apoiam a iniciativa e, nesta terça-feira (22), devem levar alimentos para os ocupantes.  

A Secretaria Estadual de Educação (SEE) também confirmou que a Escola Joaquim Távora, Zona Oeste do Recife, também foi ocupada nesta segunda-feira. As pautas do protesto também são conta a PEC do Teto e o novo ensino médio.   

O secretário de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, George Alberto de Aguiar Soares, defendeu nesta segunda-feira, 21, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que cria um teto para o crescimento dos gastos públicos. Segundo ele, o País precisa de um ajuste gradual, mas persistente e crível, que dê confiança e credibilidade ao mercado.

"A PEC é necessária, porque o gasto público só cresce desde os anos 90, com uma disparada da dívida pública nos últimos anos", afirmou, em apresentação no Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos, realizado na Câmara dos Deputados.

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A chamada PEC do teto já foi aprovada em dois turnos na Câmara e agora passará por duas votações no Plenário do Senado. Soares mostrou que as despesas continuaram crescendo na década passada enquanto a arrecadação do governo federal subia de maneira atípica, o que, segundo ele, não voltará a se repetir quando o País voltar a crescer. "Naquele momento de bonança, o ideal teria sido fazer superávits primários maiores, mas isso não foi feito, pois se continuou a política de gastos excessivos", completou.

Para o secretário, a PEC ajudará a estabilizar a dívida pública e evitar o retorno de uma inflação elevada. Além disso, o governo aposta que o novo regime fiscal possibilitará o realismo orçamentário. "O Orçamento deixará de ser inflado e não realizado para passar a ser executado de acordo com a lei. Além disso, haverá uma pressão pela eficiência das políticas públicas", defendeu. "A melhoria da gestão será automática", enfatizou.

Já a professora de economia da UFRJ e ex-secretária de Orçamento no governo Dilma Rousseff, Esther Dweck, questionou o uso de uma PEC como instrumento para a definição da política fiscal por 20 anos. "O que a Constituição diz é que essas regras gerais deveriam ser disciplinadas por uma lei complementar. Somente Cingapura e Geórgia constitucionalizaram uma regra de gastos. Em geral os países não têm regras de gastos tão rígidas, e a maioria prevê algum crescimento real das despesas", argumentou.

Esther alertou ainda que a adoção da PEC pode reduzir os repasses da União para Estados e municípios nas áreas de Saúde, investimentos em infraestrutura, saneamento, mobilidade, construção de creches, aquisição de livros escolares e outras. "Vai haver perda per capita de orçamento para a Saúde, cujos custos sobem anualmente acima do IPCA. Para a Saúde, corrigir o orçamento pela inflação significa uma queda real de recursos", acrescentou.

O Senado fará um esforço concentrado na próxima semana para tentar deliberar sobre uma série de propostas que estão na pauta da Casa, entre elas a reforma política e a chamada PEC do Teto de Gastos. A expectativa é de que tenha discussões e votações de segunda (21) à quinta-feira (24).     

Na segunda-feira, os senadores vão fazer uma nova discussão sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 36/2016, que prevê o fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais (vereadores e deputados) e cria uma cláusula de barreira para a atuação dos partidos políticos. 

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Já a PEC 55/2016, que limita os gastos públicos por 20 anos, terá a terceira sessão de discussão em primeiro turno. A proposta de limite de gastos volta a ser discutida na terça-feira (22) em dois momentos. Pela manhã, os senadores vão debater o tema com economistas. Estão convidados os professores Luiz Gonzaga Beluzzo, Fernando Monteiro Rugitsky e Armando Castelar e um representante do Ministério da Fazenda. No período da tarde, a PEC 55/2016 passa pela quarta sessão de discussão no primeiro turno.

O texto que estabelece a reforma política deve ser votado em segundo turno na quarta-feira (23). A PEC foi apresentada pelos senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES). Aécio considera que a proposta traz dois pontos necessários para o reordenamento do sistema político partidário. “Algo essencial a qualquer democracia representativa é o restabelecimento daquilo que se tentou lá no passado, que é a cláusula de desempenho, e, ao mesmo tempo, o fim das coligações proporcionais”, afirmou o também presidente nacional do PSDB.

Repatriação

Na terça-feira o Senado pode analisar o projeto que reabre o prazo para a adesão ao regime especial de repatriação de recursos do exterior. O Projeto de Lei do Senado (PLS) 405/2016 é de autoria da Comissão Diretora e abre o novo período de 1º de fevereiro a 30 de junho de 2017.  O presidente do Senado, Renan Calheiros, sugeriu ao presidente Michel Temer que seja antecipada aos estados e municípios a distribuição do dinheiro das multas pagas por quem decidir fazer a repatriação no ano que vem.

Abuso de autoridade

O projeto que define os crimes de abuso de autoridade vai ser debatido no Plenário do Senado na manhã de quarta-feira (23), às 11h. Foram chamados para a discussão com os senadores sobre o PLS 280/2016 o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, o procurador-geral da República Rodrigo Janot e o presidente a Ordem dos Advogados do Brasil, Cláudio Lamachia.

O novo relator do projeto, senador Roberto Requião (PMDB-PR), enfatizou que a proposta não vem para atrapalhar investigações, mas para impedir o arbítrio e as ilegalidades.

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“Na terra de Paulo Freire, Mendonça não se cria”. A frase é da militante do movimento nacional Levante Popular da Juventude, Rosa Amorim, que protestou, na tarde desta sexta-feira (18), em frente à residência do ministro Mendonça Filho, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. O grupo não concorda com a PEC do Teto e argumenta que o democrata é o grande responsável por possíveis cortes financeiros que poderão afetar a educação.

Cerca de 30 pessoas entoaram cânticos de protesto contra Mendonça Filho e usaram cartazes e faixas durante a manifestação. Na Avenida Boa Viagem, o grupo mostrou aos populares suas reivindicações e também criticaram o governo de Michel Temer, o classificando como golpista.

De acordo com Rosa Amorim, a PEC vai impedir investimentos na educação. “Estamos lutando contra a PEC do Teto, quem vem congelar o orçamento público por 20 anos. Mendonça é a favor dessa PEC, ou seja, é contra o povo, serviços públicos e contra as ocupações. A educação vai ser afetada e por isso nosso grupo se junta às ocupações”, disse a integrante do Levante Popular da Juventude.

O protesto não fechou a via, entretanto, o fluxo de veículos ficou lentou porque muitos curiosos diminuíram a velocidade para ver o ato. Os manifestantes ainda chegaram a pintar no chão da avenida mensagem de protesto contra o ministro pernambucano. No final do ato, policiais militares acompanharam a movimentação, mas não interviram.

Com informações de Taciana Carvalho    

Discussões calorosas marcam a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), área central do Recife, na manhã desta sexta-feira (18). Em pauta, as ocupações contra a polêmica PEC do Teto ditam o rumo dos debates de uma audiência pública formada por políticos, centrais sindicais, educadores, estudantes, representantes de ocupações, entre outros grupos. O espaço está lotado, tanto que um telão precisou ser instalado na parte externa do prédio, e algumas pessoas acompanham as falas mesmo na via onde circulam carros.

Uma mesa foi montada na entrada da Alepe onde vários participantes da audiência opinam sobre as ocupações e deixam suas impressões a respeito da PEC do Teto. A grande maioria dos que falam ao público e principalmente a plateia são favoráveis às ocupações e criticam veemente a PEC, argumentando que podem ocorrer cortes de recursos financeiros para a educação. O deputado estadual Edilson Silva media as discussões.

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Integrante da ocupação da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), um estudante que preferiu não se identificar criticou a PEC do Teto e valorizou as ocupações. “Nós estamos diante de um contexto de efervescência política, em que há uma PEC que retira investimentos da saúde, educação, segurança pública, e por isso estamos resistindo nas ocupações e nas ruas, tentando barrar esta PEC com a mobilização popular. Acredito que este tipo de ajuste penaliza a classe trabalhadora e não vai resolver os problemas fiscais do País”, opinou o estudante, que também tornou público seu posicionamento durante a audiência.

Moradora do bairro do Ibura, a produtora Cátia Seabra foi acompanhar a audiência pública da Assembleia e avaliou como positiva a discussão. “Só o fato de ter uma audiência pública para discutir as ocupações e a PEC é muito importante. Todos estão defendendo seus espaços e as propostas são dadas pelos participantes. A audiência está cumprindo seu papel, dando espaço para os dois lados. É uma democracia”, disse Cátia. 

Favorável à PEC do Teto, a deputada estadual Priscila Krause também se posicionou no evento. Vários momentos da sua fala foram interrompidos com gritos contrários ao posicionamento de Priscila. Para manter o espaço democrático, Edilson Silva interviu e pediu que as pessoas respeitassem a opinião da parlamentar. De acordo com a deputada, a PEC é necessária porque deixará mais transparente o uso de recursos financeiros no setor público. Ainda durante a fala da deputada, o públicou deu as costas em repúdio às opiniões da parlamentar.

Glauciano Júnior, integrante do movimento UFPE Livre, criticou as ocupações. “Observo que todos esses protestos e ocupações não são contra a PEC, mas sim contra o governo federal. Não estou dizendo que sou a favor do governo. A maioria das pessoas que estão na ocupação tão pouco sabe pelo que estão lutando. Será que o governo está preocupado com as ocupações? Essa audiência não está sendo democrática. Edilson Silva e Tereza Leitão convidaram apenas estudantes a favor das ocupações”, declarou o representante do UFPE Livre. 

Os debates devem entrar pelo turno da tarde e ainda não há previsão de término. A audiência ocorre de forma pacífica até o momento.

Com informações de Lara Tôrres

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Parlamentares da oposição entraram com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 17, pedindo a suspensão de tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto dos Gastos Públicos no Congresso. Os senadores Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Humberto Costa (PT-PE) dizem que a medida "estrangula" a independência financeira do Legislativo e do Judiciário. O caso será analisado pelo ministro Luís Roberto Barroso.

O Senado deu início nesta quinta-feira às sessões de discussão da PEC. Segundo o regimento interno da Casa, são necessárias cinco sessões ordinárias para contar prazo para a votação. A apreciação em primeiro turno da proposta está marcada para 29 de novembro. A votação final deve ser em 13 de dezembro.

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Para os parlamentares, o estabelecimento de limites de despesas primárias nas próximas duas décadas, com base na despesa de 2016, corrigida pela inflação, é "medida draconiana" que "estrangula e mitiga a independência e a autonomia financeira do Legislativo, do Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União", na medida em que impõe o congelamento dessas despesas.

Eles alegam que qualquer perspectiva de ampliação da atuação desses órgãos fica inviabilizada pelos próximos 20 anos caso a PEC seja aprovada. Os parlamentares consideram que a medida de contingenciamento também comprometerá áreas como saúde e educação, o que violaria o princípio da razoabilidade. Outra área que seria afetada, segundo eles, é a da segurança pública, especialmente o sistema prisional, com o risco de agravamento de um cenário considerado alarmante.

Os senadores dizem ainda que a PEC propõe a alteração no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), pois tenta introduzir "regras permanentes travestidas de temporárias". O mandado também aponta violação ao voto, sustentando que a PEC impede o Congresso de participar ativamente da alocação de recursos orçamentários.

"Nas próximas cinco legislaturas a partir de 2017 e até 2036, os representantes da população na Câmara dos Deputados e os representantes dos estados e do Distrito Federal no Senado Federal, eleitos democraticamente pelo povo, sabem que exercerão um mandato fracionado, amputado, em que lhes é interditado debater o teto de gastos linear e tecnocraticamente fixado pela PEC 55", afirmam.

Com menos de duas semanas para a PEC do Teto dos Gastos ser levada para a votação em primeiro turno no plenário do Senado, o governo reforça o trabalho de articulação para garantir que a matéria passe na Casa. O presidente Michel Temer, inclusive, irá reunir nesta quarta-feira (16) senadores da base aliada em jantar no Palácio da Alvorada, para pedir o apoio deles.

A expectativa do governo é de que a matéria seja aprovada no Senado com, pelo menos 60 votos. Para a proposta de emenda à Constituição ser aprovada é preciso ter, no mínimo, 49 votos favoráveis do total de 61.

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A articulação de Temer, no entanto, também visa tentar antecipar a tramitação da matéria. Isso porque a votação em segundo turno está marcada para o dia 13 de dezembro. Só depois disso é que o governo pretende enviar ao Congresso a proposta de reforma da Previdência, também considerada matéria importante para o governo, que deseja que a matéria já comece a ser discutida neste ano, antes do recesso parlamentar - que começará no dia 22 de dezembro. "Se puder adiantar [a votação do PEC do Teto no Senado], ficaremos satisfeitos", disse o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.

Já a oposição quer ter tempo suficiente para discutir a proposta. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) é contra a matéria porque a considera prejudicial à economia e interesses da população. "É muita malvadeza o que se está fazendo. Não é possível que discutamos essa PEC e achemos que ela está correta, porque ela vai tirar dos mais pobres sem fazer nenhuma discussão sobre o sistema financeiro, sem fazer nenhuma discussão sobre o sistema tributário", frisou, em discurso na tribuna do Senado. Para ela, a PEC é simplista e o debate precisa ser mais amplo.

Na semana passada, a  Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, por 19 votos a 7, o relatório favorável à PEC.

A matéria propõe um limite para as despesas primárias de cada um dos três Poderes, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União, vigorando pelos próximos 20 anos. O valor será corrigido pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

São Paulo, 12/11/2016 - O Palácio do Planalto divulgou uma nota em sua página oficial neste sábado, 12, para destacar as ações dos seis primeiros meses de mandato do presidente Michel Temer, completados hoje. Nas redes sociais do Planalto e de Temer também foi publicado um vídeo.

Na publicação, o Planalto cita 15 ações da administração Temer até aqui que teriam provocado resultados positivos na economia brasileira, como a valorização do Ibovespa e a recuperação das empresas estatais, como a Petrobras, na Bolsa. A nota ainda destaca que, com Temer no poder, o mercado financeiro revisou suas projeções para o PIB de 2017 de 0,5% para cerca de 1,2%.

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Uma das 15 ações em destaque é o envio da PEC do teto de gastos ao Congresso. O texto ressalta que a aprovação da PEC que limita os gastos públicos na Câmara dos Deputados teve "quórum expressivo" e que essa será a "primeira reforma estrutural" a limitar o crescimento real das despesas.

A PEC do teto de gastos é apontada por integrantes do governo Temer como prioridade para melhorar a economia, junto com a reforma da Previdência e da reforma trabalhista, que ainda não foram propostas para os parlamentares. A nota do Planalto, no entanto, cita a criação de um grupo de trabalho com centrais sindicais para discutir as mudanças na aposentadoria.

Ainda como esforço para conter a dívida pública, a nota lembra a decisão que determinou a devolução de R$ 100 bilhões em ativos do BNDES para Tesouro Nacional. Todas essas medidas foram propostas pela nova "equipe econômica de peso", capitaneada por Henrique Meirelles, também considerada uma melhoria do governo Temer na publicação.

O programa de concessões, lançado em setembro, também tem espaço no documento, que diz que as novas oportunidades de negócios vão permitir que o Brasil volte a crescer.

Com essa expectativa, a nota ressalta a revisão para cima da projeção do PIB de 2017, de 1,2% para 1,6%. Outro destaque é a aprovação da nova meta fiscal, com déficit primário de 170,5 bilhões em 2016.

Segundo o texto, a renegociação da dívida dos Estados, a aprovação do novo marco regulatório do pré-sal e a sanção da Lei das Estatais também são vitórias de Temer, assim como a criação do cartão reforma para melhorar as casas de 100 mil famílias.

A publicação ainda cita as medidas que visaram reduzir o tamanho da máquina pública, como a reorganização dos ministérios, que gerou bastante polêmica no início do governo, e o corte de 3690 cargos comissionados, que economizou R$ 176 milhões, de acordo com a nota.

Na noite dessa sexta-feira (11), a Justiça Federal de Pernambuco determinou a reintegração de posse da Faculdade de Direito do Recife (FDR), da Universidade Federal de Pernambuco.  A Ação de Reintegração de Posse é direcionada a “pessoas não identificadas, terceiros incertos e não sabidos”, ocupantes do prédio. 

A FDR, na Boa Vista, está ocupada desde a noite da quinta-feira (10) por cerca de 100 pessoas.  De acordo com nota divulgada pelo Fórum Nacional de Pró-Reitores de Planejamento e Administração, a ocupação do prédio veio junto com o decreto de greve dos professores da UFPE por tempo indeterminado. Os ocupantes manifestam contra a PEC do Teto, Proposta de Emenda Constitucional  55, que limita os gastos públicos em diversas áreas (incluindo saúde e educação) por 20 anos. 

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De acordo com a liminar, “todas as tentativas de conciliação para desobstruir o acesso à instituição de ensino se mostraram frustradas”. Ainda segundo o texto, a decisão trata de uma medida de proteção preventiva ao prédio, um patrimônio histórico tombado. A autoria do processo é da UFPE e a liminar foi assinada pela juíza Joana Carolina Lins Pereira, da 12ª Vara Federal. 

A liminar não determina o prazo de desocupação aos manifestantes. Caso não cumpram a ordem, será aplicada uma multa individual diária de 1 mil reais a cada ocupante.  O documento foi compartilhado na íntegra pela página UFPE na luta no facebook, que divulga notícias a respeito das ocupações da instituição. 

De acordo com a nota divulgada ontem pela UFPE, uma comissão da Reitoria esteve na Faculdade de Direito do Recife para negociar a saída dos ocupantes. Leia a nota na íntegra abaixo.

Uma comissão da Reitoria esteve hoje (11) à tarde na Faculdade de Direito do Recife, ocupada desde ontem à noite por estudantes, para negociar uma saída pacífica do local.  A comissão – formada pelos pró-reitores Paulo Góes (Assuntos Acadêmicos), Ana Cabral (Assuntos Estudantis) e Sônia Medeiros (Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida), além da assessora do reitor Ana Cristina Fernandes – fez uma vistoria no prédio da faculdade, que é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), constatando, até as 15h30, não haver depredação nem danos ao prédio, móveis e acervo da FDR. A Reitoria reitera sua disposição para o diálogo com os alunos que participam das ocupações na Faculdade de Direito e outros centros da Universidade em protesto contra a PEC 55 (antiga PEC 241). 

Estudantes e técnicos administrativos da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) bloquearam o acesso à instituição na manhã desta sexta-feira (11). O ato foi realizando dentro do Dia Nacional de Mobilização contra a PEC 55 - antiga PEC 241, conhecida como PEC do Teto -, que consiste em vários protestos e paralisações pelo Brasil.

Os manifestantes permitiram a entrada na instituição apenas de pessoas que chegaram à pé, de bicicleta ou de moto. A Polícia Militar foi chamada ao local, encerrou a manifestação e liberou o acesso à UFRPE.

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Manifestantes do MTST fazem protesto contra a PEC do Teto dos Gastos, em tramitação no Senado Federal, e bloqueiam a Rodovia Presidente Dutra na manhã desta sexta-feira (11) na altura do trevo de Bonsucesso, em Guarulhos, sentido São Paulo, ateando fogo em pneus e pedaços de madeira. O trânsito está parado desde antes das 7 horas da manhã e até mesmo a polícia está encontrando dificuldades para chegar ao local onde os manifestantes colocaram fogo na pista.

Além do protesto na Via Dutra, manifestantes do MTST bloqueiam também a Rodovia Anchieta, no km 23, sentido São Paulo, na região de São Bernardo do Campo, prejudicando o trânsito no sentido São Paulo. Já há manifestação do MTST também na Rodovia Regis Bittencourt e em vias da Capital, como na zona Sul.

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Uma manifestação de moradores e sem-teto bloqueou totalmente a rodovia Anhanguera (SP-330) na manhã desta sexta-feira, em Sumaré, interior de São Paulo. Os manifestantes fizeram barreiras com pneus e atearam fogo, interditando os dois sentidos da rodovia, no trecho em que a rodovia corta o distrito de Nova Veneza.

De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, os manifestantes são moradores da Vila Soma, bairro situado às margens da rodovia. Um dos acessos a Sumaré também ficou bloqueado. Ainda segundo a polícia, a manifestação é contra as medidas de controle fiscal do governo Temer. Às 8 horas, os policiais e a Guarda Municipal de Sumaré negociavam a liberação da rodovia.

Cerca de 300 mil usuários do transporte coletivo urbano e interurbano ficaram sem ônibus desde a madrugada desta sexta-feira, em Sorocaba e 40 cidades da região. A greve foi decretada pelos sindicatos dos trabalhadores em protesto contra medidas de ajuste fiscal do governo federal. Foram mantidos 30% da frota circulando, insuficientes para atender os usuários.

Em Sorocaba, Votorantim e Itapetininga, onde o transporte urbano também parou, milhares de pessoas seguiram a pé para o trabalho. Nas rodoviárias, usuários foram apanhados de surpresa no meio de viagens programadas para o feriado prolongado da Proclamação da República, dia 15.

O Sindicato dos Condutores de Sorocaba divulgou nota informando que a categoria participava do Dia Nacional de Greve contra o que chamou de "pacote de maldades" do governo Temer. Também anunciou que a paralisação será suspensa ao meio-dia. A Urbes, empresa municipal de transporte de Sorocaba, informou ter montado um esquema especial para garantir um mínimo de mobilidade aos usuários.

Protestos no País

Entidades sindicais e movimentos populares também realizam protestos em outros estados do País, contra ataques a direitos trabalhistas e sociais. O lema é "Nenhum direito a menos!".

O secretário-geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, disse que as "entidades de base farão atos pela manhã, junto às suas categorias - podem ser concentrações ou paralisações.

Às 14 horas, a Associação de Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp) faz assembleia na Praça da Republica, na capital paulista, e movimentos sociais se encontram no vão livre do Masp, na avenida Paulista, às 15 horas. O evento principal acontece às 16 horas na Praça da Sé, reunindo as entidades sindicais e movimentos".

Os ônibus que levam os trabalhadores ao estaleiro de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR), não estão conseguindo ter acesso ao local devido a uma manifestação. Na refinaria, os manifestantes protestam com cartazes e carro de som. O ato no Porto de Suape faz parte do Dia Nacional de Mobilização contra a PEC 55, (antiga PEC 241).

Em carta entregue aos profissionais da refinaria, os petroleiros se contrapõem à gestão de Pedro Parente, presidente da Petrobras, que, segundo a categoria, "tem por foco privatizar a Petrobras, reduzir efetivos, cortar direitos e arrochar salários".

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Ainda segundo o documento, setores de empresários, banqueiros, donos da mídia não sofrem com aperto fiscal, enquanto investimentos sociais estariam sendo cortados. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) diz que um dos encaminhamentos já definido com a categoria é que em cada unidade do Sistema Petrobrás que seja colocada à venda, os petroleiros respondam com paralisação. 

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