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O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), negou nesta terça-feira, 28, que seja candidato a continuar no comando do Senado a partir de 2015. Nos bastidores, peemedebistas dão como certa a candidatura de Renan Calheiros ficar mais dois anos à frente da Casa. A posição foi reforçada após a reeleição da presidente Dilma Rousseff, de quem é aliado político.

"Eu, sinceramente, não sou candidato. Já fui três vezes presidente do Senado Federal, nós estamos concluindo essa obra e essa decisão (sobre candidatura) é uma decisão que ficará para janeiro", afirmou. Ele disse que o PMDB, por ter eleito a maior bancada do Senado, conquistou, mais uma vez, a prerrogativa de indicar o nome para presidir a Casa.

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Pela tradição, o partido com maior número de senadores apresenta o nome para a Presidência do Senado. "O candidato a presidente, do PMDB, que ganhou nas urnas de novo o direito de indicar o presidente, ele será escolhido pela bancada", destacou. Parlamentares da base aliada e da oposição consideram que Renan Calheiros só não será presidente do Senado mais uma vez se ficar inviável, politicamente, pela delação premiada feita pelo ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa. O nome do presidente do Congresso foi um dos citados na delação, que, entretanto, ainda não se tornou pública por estar sob segredo de Justiça.

Reforma política

O presidente do Senado reafirmou sua preferência pelo referendo popular para a reforma política. A intenção de Renan contrasta com a proposta apresentada pela presidente reeleita Dilma Rousseff (PT), no discurso da vitória no domingo, que é favorável a se fazer um plebiscito para, em seguida, enviar ao Congresso uma reforma política.

Calheiros e outras lideranças do PMDB do Senado e da Câmara já haviam externado na segunda-feira, 27, sua defesa a favor da reforma por meio de referendo. "É uma questão técnica. Fazer um plebiscito, responder sim ou não, e depois o Congresso votar, é uma coisa que delonga. O referendo, não. Você vota a lei e depois referenda, pela sociedade", considerou.

Renan disse que a decisão sobre o melhor modelo é uma discussão menor e o importante é fazer a reforma porque o modelo político atual está "falido". "Eu sempre defendi o referendo, mas se é referendo ou plebiscito, é uma coisa técnica. O que convém mais para ouvir a sociedade de uma maneira precisa? Um plebiscito, perguntar sim ou não, ou votar uma lei e submetê-la à sociedade como nós fizemos na proibição de venda de armas e munição? Esta é uma questão técnica e o Congresso depois decidirá qual o melhor caminho", afirmou.

O presidente do Senado criticou a Câmara por não votar os projetos que tratam do assunto aprovados pelos senadores. "O Senado, sobre reforma política, sempre esteve muito à vontade, porque o Senado já votou algumas vezes a reforma política. Como nós vivemos o bicameralismo no Brasil, essa matéria precisa tramitar nas duas Casas do Congresso. Lamentavelmente, só tramitou no Senado", disse.

Uma das propostas aprovadas pelo Senado e encaminhadas para Câmara previa a redução de dois para um o número de suplentes de senador e também proibia a presença de parentes na coligação para o Senado. Essa sugestão está parada na Câmara. Contudo, nem sempre o Senado levou adiante todas as propostas de reforma político-eleitoral. Em 2011, por exemplo, o Senado não quis tocar num assunto delicado: o fim da reeleição. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa rejeitou uma proposta que acaba com a reeleição para cargos eletivos, a partir de um parecer do próprio Renan Calheiros.

Questionado sobre o "recado das urnas", diante da margem apertada de votos na reeleição de Dilma, o presidente do Senado disse que o diálogo é "insubstituível". "É preciso construir um governo de união nacional e ele pode se estabelecer em cima de três ou quatro pontos, que precisam ficar previamente estabelecidos.", disse.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota nesta segunda-feira, 27, em que diz que não existe 3º turno nas eleições e reafirmou a sua defesa de se aprovar uma reforma política. Embora tenha dito que o pleito deste ano entrará para a história como uma das "disputas mais acirradas e combativas desde a redemocratização", ele disse que "venceu a democracia e o pleito foi marcado pela ordem e respeito aos resultados".

Renan Calheiros conclamou os brasileiros, notadamente os homens públicos, para refletir "sobre a humilde convocação feita pela presidente reeleita em torno da conciliação nacional". "Eleição não tem 3º turno e, portanto, devemos seguir em frente neste propósito de união nacional pelo bem do País, como também defendeu elegantemente o senador Aécio Neves, candidato da oposição", afirmou Renan, que é aliado de Dilma Rousseff (PT), a quem trabalhou pela vitória.

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Em discurso da tribuna, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu nesta terça-feira, 7, a candidatura própria do partido a presidente da República em 2018. A defesa feita pela primeira vez publicamente por Renan ocorre após o desempenho que ele considerou "acima" das expectativas do partido nas eleições de domingo, 5. O peemedebista, entretanto, voltou a pedir a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

O peemedebista citou uma série de resultados de integrantes do partido para justificar a proposta. Ele mencionou o fato de que o partido elegeu em primeiro turno quatro governadores e ainda pode eleger outros oito no segundo turno, o maior número do País, que permanecerá como a maior bancada do Senado, será a segunda maior na Câmara dos Deputados e terá o maior número de deputados estaduais no País.

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Renan fez um "agradecimento especial" e uma "homenagem sincera" ao que chamou de renovação que será conduzida em Alagoas pelo seu filho, o deputado federal Renan Filho (PMDB), eleito governador do Estado em primeiro turno.

"São números superlativos que impõem ao partido uma sincera reflexão sobre a necessidade de ter um projeto próprio de poder em 2018", conclamou Renan. Para ele, o "bom desempenho" da legenda reforça a necessidade de um projeto próprio e reposiciona o PMDB no centro da decisão das três esferas de poder. Questionado após em entrevista quem poderiam ser os candidatos do partido, Renan respondeu laconicamente: "Tem muitos".

Sem citar nominalmente Dilma Rousseff, o presidente do Senado disse que o PMDB deixou as "dúvidas" que tinha no passado e "embarcou num projeto que está mudando o Brasil", numa referência às gestões petistas.

"Nós do PMDB nunca faltamos e nunca faltaremos ao Brasil", disse. "O PMDB está, de fato em um relacionamento sério com o Brasil, o partido mostrou a sua densidade eleitoral. A força e a confiança naturalmente reservarão ao PMDB o papel de protagonista tanto no Legislativo quanto no Executivo", completou.

Renan defendeu a aprovação de uma reforma política para tirar o País da "idade da Pedra" e disse assumir o compromisso de tratá-la como prioritária após o segundo turno.

Em aparte, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) elogiou o pronunciamento do colega, mas lembrou que o partido não deu apoio unânime à reeleição de Dilma. Um dos defensores da candidatura do tucano Aécio Neves, Ferraço mencionou o fato de que 40% do partido não apoiaram a coligação com o PT e, para ele, as oposições venceram as eleições no primeiro turno, com as votações do candidato do PSDB e de Marina Silva (PSB).

Renan disse a Ferraço que não tinha a pretensão de dar ênfase à unidade do partido, mas destacou que a maioria da legenda decidiu apoiar Dilma e indicar o presidente do PMDB, Michel Temer, novamente vice na chapa da petista.

O candidato a governador de Alagoas Renan Filho (PMDB) votou por volta das 10h30 e disse estar preparado para o desafio de administrar o Estado, que é o mais violento do País e um dos mais pobres.

"Vamos retomar o desenvolvimento de Alagoas. Propomos que o Estado deve voltar a crescer na mesma velocidade que crescem os estados do Nordeste", afirmou. Pesquisa Ibope de sexta-feira apontou possibilidade de vitória no primeiro turno.

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Filho do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e aliado do senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello, o candidato afirmou ser de "uma nova geração de políticos".

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nesta quinta-feira, 25, nota em que afirma que o senador Edison Lobão Filho (PMDB), candidato ao governo do Maranhão, foi abordado de "forma intimidatória e anômala" pela Polícia Federal na noite de quarta-feira, 24.

Renan é o segundo cacique do partido a se manifestar a respeito da ação da PF que fez uma busca em um avião da campanha de Lobão Filho no aeroporto de Imperatriz, no interior do estado. A partir de uma denúncia anônima, a PF pretendia apurar denúncia de suspeita de recursos ilegais na campanha.

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"Edison Lobão Filho é um senador no exercício de suas atividades político-partidárias. Ações desencadeadas com base em denúncias anônimas, em pleno processo eleitoral, só se prestam a explorações políticas", critica Renan, em nota. "As instituições brasileiras devem estar zelosas de suas funções sem, entretanto, descambar para a exploração político-partidária", completa.

Mais cedo, o vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer, criticou a ação dos policias que abordaram a comitiva "com armas em punho". "Sob o pretexto de buscar recursos ilegais de campanha, foram feitas buscas na aeronave, nos automóveis e na bagagem dos membros da comitiva, numa ação intimidatória que, ao final, nada encontrou de irregular.

O procedimento foi baseado em denúncia anônima durante o curso da disputa eleitoral intensa. No estado democrático de direito é inadmissível que forças policiais sejam instrumentalizadas para atingir candidaturas legitimamente constituídas", afirma.

O Ministério Público Federal em Brasília acusou na Justiça o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de ter recebido propina da construtora Mendes Junior pela elaboração de emendas parlamentares que beneficiavam a empreiteira. Em ação de improbidade administrativa, obtida com exclusividade pelo Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, a Procuradoria da República no Distrito Federal afirma que Renan teve despesas de um "relacionamento extraconjugal" pagas pela empresa na sua primeira passagem pelo comando da Casa (2005-2007).

Na ação apresentada no último dia 2 de setembro à 14ª Vara Federal do DF, a Procuradoria sustenta ainda que Renan enriqueceu ilicitamente, forjou documentos para comprovar que tinha recursos para bancar as despesas e ainda teve evolução patrimonial incompatível com o cargo. O MPF defende que, se condenado, o senador tenha suspenso seus direitos políticos.

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O caso de que trata a ação veio à tona em 2007. Na época, Renan renunciou à presidência do Senado para evitar a cassação após ser alvo de uma série de acusações, entre elas a de ter tido despesas pessoais pagas por Cláudio Gontijo, apontado como lobista da construtora Mendes Junior.

No final de janeiro do ano passado, dias antes de Renan ser reeleito para comandar o Senado, o então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ofereceu denúncia criminal ao Supremo Tribunal Federal contra o senador por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. Ainda sem decisão.

Relacionamento

A ação de improbidade é um desdobramento, na esfera cível, do mesmo caso. O MP diz que a Mendes Junior pagou pelo menos R$ 246 mil para Mônica Veloso, com quem Renan teve um "relacionamento extraconjugal".

Boa parte desses valores foi repassado pelo lobista da empreiteira para Mônica, conforme a denúncia.

Renan e Gontijo confirmaram na época o pagamento dos valores informados por Mônica, mas alegaram que era feito apenas como favor entre amigos e que o dinheiro pertencia ao senador. "Não é minimamente crível que o senador tivesse preferido sacar o dinheiro, entregá-lo ao requerido Cláudio para então repassá-lo à senhora Mônica, quando poderia tê-lo feito diretamente", escreveram os procuradores, sustentando que no período dos repasses, Renan ainda mantinha relacionamento com ela. O nascimento da filha do casal é também dessa época, diz a ação.

Para mostrar como Renan beneficiou a empreiteira, a ação cita o fato de no Orçamento enviado ao Congresso para os anos de 2005 e 2006 não havia qualquer alusão à construção do cais de contêineres no Porto de Maceió, obra tocada pela Mendes Júnior desde 2001. O empreendimento, avaliou o Procuradoria, só passou a figurar como prioridade após a apresentação das emendas pelo presidente do Senado.

O contrato celebrado entre a empresa e a Companhia das Docas do Rio Grande do Norte foi de R$ 38,792 milhões, chegando a R$ 47,914 milhões após 11 aditivos. Segundo os procuradores, "não resta dúvida" de que as emendas de Renan propiciaram a destinação prioritária de recursos à obra.

A ação acusa formalmente Renan, a Mendes Junior e Cláudio Gontijo. A Justiça determinou a citação e em seguida vai decidir se torna o presidente do Senado e os demais réus na ação. No julgamento do mérito, pede, em caso de condenação, a perda do cargo público de Renan e o ressarcimento do dano causado.

Citado em depoimento relacionado a recebimento de propina, o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-RN), divulgou nota em que nega as acusações. O nome dele foi mencionado pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, sobre envolvimento no esquema que desviou recursos de contratos bilionários da Petrobras.

Na nota entregue à imprensa, Renan "repudia as especulações" de Costa e diz que as relações dele com "todos os diretores da estatal nunca passaram os limites institucionais". Preso na Operação Lava Jato, Costa deu depoimento à Justiça para tentar conseguir o perdão judicial por meio da delação premiada. Foi nesse momento que ele citou diversos parlamentares, ministros e governadores que, supostamente, teriam sido beneficiados pela ação criminosa.

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O ex-diretor da estatal disse que havia um acerto com o doleiro Alberto Youssef para que o Postalis comprasse R$ 50 milhões emitidos da Marsans Viagens e Turismo, que tinha Youssef como um dos investidores. O doleiro teria se reunido com Renan, em Brasília, no início de março, para acertar a comissão do PMDB nesse negócio. Calheiros negou tal encontro e disse que "sequer o conhece ou dele ouviu falar antes dos fatos se tornarem públicos".

O parlamentar acredita que a apuração do caso irá revelar sua inocência. Renan também considerou que as declarações estão sendo usadas com estratégia eleitoral e pediu providências do Supremo Tribunal Federal e do Ministério Público. "É dever do STF e do MP apurar a veracidade das declarações do ex-servidor a fim de esclarecer se o mesmo merecerá ou não o benefício da delação premiada", frisou.

"A delação premiada, quando usada para encobrir ou ocultar eventuais beneficiários, deve redundar em um agravamento de pena daquele que tentou manipular os rumos da apuração", acusou.

O nome do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi mencionado pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em depoimentos prestados à Justiça na tentativa de conseguir o perdão judicial por meio da delação premiada. A empresa UTC Engenharia também foi citada pelo ex-executivo como integrante do esquema que desviou recursos de contratos bilionários da Petrobras. As empresas ganhariam os contratos em troca de pagar propina de 3% para deputados e senadores, conforme antecipado pelo Broadcast nesta tarde.

Um dos negócios mencionados envolvendo Renan é um acerto com o doleiro Alberto Youssef para que o Postalis comprasse R$ 50 milhões emitidos da Marsans Viagens e Turismo, que tinha Youssef como um dos investidores. O doleiro teria se reunido com Renan, em Brasília, no início de março, para acertar a comissão do PMDB nesse negócio. O fundo de pensão dos Correios é controlado pelo PMDB e PT. O negócio não ocorreu porque estava em curso quando Youssef e Paulo Roberto foram presos. A empresa fechou após as prisões. A assessoria de Renan afirmou que não localizou o senador para comentar o assunto. A UTC Engenharia também não respondeu até a noite desta sexta-feira, 5, os questionamentos da reportagem.

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No início das investigações, foram citados nomes de vários parlamentares e partidos supostamente envolvidos no esquema de corrupção. Entre eles, o tesoureiro do PT, João Vaccari, os deputados André Vargas (sem partido-PR), Luiz Argolo (SD-BA) e o senador Fernando Collor (PTB-AL). O ex-diretor da Petrobras envolveu 32 deputados e senadores e um governador de cinco partidos políticos que receberiam 3% de propina em negócios com contratos da Petrobras durante sua gestão na diretoria de abastecimento da empresa. Desde a sexta-feira passada, Paulo Roberto está prestando depoimentos diários que se estenderam por toda semana numa tentativa de conseguir o perdão judicial por meio da delação premiada.

Paulo Roberto relatou aos policiais a formação de um cartel de partidos políticos que atuavam para desviar recursos da Petrobras por meio de comissões em contratos arranjados. E exemplificou: "Todo dia tinha político batendo na minha porta". Num dos depoimentos, ele citou uma conta de um "operador do PMDB" em um banco europeu.

Paulo Roberto contou que os desvios nos contratos da Petrobras envolveriam desde o funcionário do terceiro escalão até a cúpula da empresa, durante sua gestão na diretoria de Abastecimento.

O ex-executivo também citou nomes de empreiteiras que conseguiram os contratos. Inicialmente seu alvo foram as empresas, mas não havia como isentar os políticos, uma vez que foram beneficiados com propinas. Por causa da citação aos políticos, que têm foro privilegiado, os depoimentos estão sendo enviados para a Procuradoria Geral da República.

A reportagem apurou que o acordo de delação premiada assinado por Paulo Roberto prevê praticamente o perdão judicial. A pena será mínima perto dos 50 anos que poderia pegar se respondesse aos processos. Paulo Roberto deve ficar um ano usando tornozeleira eletrônica, em casa, no Rio, sem poder sair na rua.

Os depoimentos têm sido longos. No primeiro dia, duraram mais de quatro horas. Pessoas que estiveram com ele dizem que está exausto, mas se diz aliviado. O ex-executivo teria demonstrado preocupação apenas quando soube que a imprensa noticiou a delação premiada. Seu temor é se tornar um "arquivo vivo". São horas de relatos, acompanhados de um advogado, um delegado e um membro do Ministério Público.

Os depoimentos são todos filmados e tomados em uma sala na Custódia da PF. Ao final de cada dia, são lacrados e criptografados pelo MPF, que os envia diretamente para a PGR que mandou emissário a Curitiba no início do processo de delação. O doleiro Alberto Youssef, preso acusado de ser um dos cabeças do esquema desbaratado pela Lava Jato, também tentou negociar com o MP uma nova delação premiada (ele fez a primeira no caso do Banestado), mas o advogado o demoveu da ideia porque pegaria pelo menos 3 anos de prisão, em regime fechado.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, recebe, nesta quinta-feira (28), às 10h, a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, que traz ao Congresso o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2015.

Pela Constituição, a LOA, que deve ser entregue pelo Poder Executivo  até o dia 31 de agosto de cada ano, compreende: o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público; o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; e o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público.

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O projeto é acompanhado de uma mensagem do presidente da República, na qual é feito um diagnóstico sobre a situação econômica do país e suas perspectivas.

Como no ano passado, o projeto chega antes da aprovação final, pelo Congresso, da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015 (PLN 3/2014). É a LDO que define as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Segundo afirmação do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), em entrevista no início deste mês, o Congresso Nacional pode votar a LDO 2015 no esforço concentrado de setembro.

*Com informações da Agência Senado

A morte do ex- governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), em um acidente aéreo, na manhã desta quarta-feira (13), chocou o Brasil. Políticos de diversos partidos do país manifestaram a tristeza pela perda do presidenciável.  O vice-presidente Michel Temer (PT), foi um dos primeiros a emitir nota. Ele declarou que a tragédia abateu a política brasileira e ressaltou as qualidades do candidato que fazia oposição aos petistas na disputa presidencial. 

“Eduardo Campos era um político de princípios e valores herdados de sua família e levados com dignidade e honra por toda sua trajetória no Parlamento e no Executivo. Assim como todo o país, estou chocado com esse acidente e com as perdas para amigos e familiares. Que Deus dê conforto a seus filhos, a sua mãe, familiares e a tantos admiradores que deixou órfãos neste triste dia”, afirmou Temer.

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O senador Cristovão Buarque (PDT) avaliou que a chama de esperança para o Brasil se apaga neste momento. De acordo com Buarque, a tragédia não afeta apenas os familiares de Campos, mas acaba com a esperança de progresso que o povo almejava para o Brasil.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), afirmou que nesse trágico momento não há divisão partidária, pois o país perde uma liderança forte. “Perdi um amigo, uma pessoa com quem tive a honra de atuar na política. Eduardo Campos deu grande contribuição ao processo político brasileiro. Nesse momento todo mundo está em choque”, afirmou.

O presidenciável pelo PSDB, Aécio Neves declarou que perdeu um amigo e o Brasil um dos mais talentosos políticos. “É com imensa tristeza que recebi a notícia do acidente que vitimou o ex-governador e meu amigo Eduardo Campos. O Brasil perde um dos seus mais talentosos políticos, que sempre lutou com idealismo por aquilo em que acreditava. A perda é irreparável e incompreensível. Nesse momento, minha família e eu nos unimos em oração à família de Eduardo, seus amigos e a milhões de brasileiros que, com certeza, partilham a mesma perplexidade e pesar”, publicou Aécio Neves. 

O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antônio Imbassahy (BA), destacou o lado familiar de Campos. "Uma tragédia se abateu sobre todos nós, hoje, com o desaparecimento inesperado e impensado de Eduardo Campos. O acidente aéreo vitimou não apenas um personagem da política nacional, mas uma grande personalidade brasileira. O país perde um líder carismático, um guia, um homem de família, pai exemplar e marido amoroso. Enfim, não tenho palavras para expressar tudo aquilo que estou sentindo, mas quero registrar meu profundo pesar e celebrar o legado que Eduardo Campos deixa para Pernambuco, para o Nordeste e para o Brasil. Eu e minha família nos solidarizamos com o seus familiares, amigos e correligionários. Estamos em oração, pedindo conforto para todos e seu descanso em paz."

O presidente do senado, Renan Calheiros, decretou luto oficial de três dias no Senado e também lamentou a morte do presidente do PSB.

O candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), justificou, nesta segunda-feira (11), a saída dele da gestão petista e reforçou a tese de que o tempo do PT e do PSDB no Brasil já passou. Sobre o desembarque do atual governo, o candidato citou o “protagonismo” que Renan Calheiros (PMDB), presidente do Senado, e José Sarney (PMDB) ganharam na gestão da presidente Dilma Rousseff (PT). 

“Não na minha vida mudei de lado. Sempre fui do mesmo partido. Mas às vezes na vida a gente tem que tomar atitude de coragem. Sempre participamos deste campo político e na hora que foi para o centro do governo figuras como Collor e Sarney, tivemos que mostrar que era preciso e necessário deixar aquela frente política”, afirmou durante uma sabatina ao Portal G1.

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Sobre o PSDB e o PT, frisou que “eles fizeram pelo Brasil, mas hoje não compreendem os governos que eles mesmos fizeram”. 

Indagado porque Marina Silva (PSB), candidata à vice, não é a líder da chapa, o candidato não foi direto e justificou a escolha no processo enfrentado pela Rede Sustentabilidade para legalizar o registro na Justiça Eleitoral. “No último momento ela nos procurou (o PSB) para construirmos um programa que melhore a agenda do Brasil”, disse. 

Em relação a uma possível frustração quanto aos votos da vice, que ainda não migraram para ele, Campos disse não acreditar em “transferência de voto”. “Você não tem um voto dentro de uma caixa e sai levando por aí”, disparou. 

O candidato desconversou sobre o envolvimento de políticos elencados por “velhas raposas”, como por exemplo, o deputado federal Inocêncio Oliveira (PR), no governo em Pernambuco. E confiante na passagem para o segundo turno, preferiu não dizer quem apoiaria caso não passe pela primeira fase da eleição. 

No pinga fogo, onde o postulante foi convidado a dizer se era contra ou a favor de algumas questões, Eduardo Campos se disse contra a revisão da Lei da Anistia, a legalização da maconha e o foro privilegiado para parlamentares. Ele se colocou a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, o imposto diferenciado para grandes fortunas e a obrigatoriedade do voto.

Veja outras respostas do candidato:

Presença de Ana Arraes no TCU

"Isso não é um problema, quando ela foi ser ministra ela nunca imaginou que o filho dela seria candidato a presidência da República. Lá só tem ela de mulher. Ela terá um ano e meio, até a compulsória, e não terá nem condições de julgar as minhas contas. Você não imagine que ela não teria meu apoio. Naquela data não imaginava que eu seria candidato. O problema do país não é este é outro". 

Inflação

"Nós precisamos e com a boa governança é possível colocar a inflação na meta dos 4,5. E ir mais adiante. Para passar segurança e vencer a crise de confiança que há no Brasil. Pois juros altos e a inflação batendo na porta fez o Brasil parar. Estamos em um cenário que nenhum economista consegue explicar. O Brasil está perdendo de sete a um não só no futebol. Vamos botar o Brasil para voltar a crescer para dar conta da nova agenda".

Aumento da Gasolina 

"Todo mundo sabe que ela mandou guardar o aumento da energia e para segurar o aumento do fluxo de caixa está emprestando dinheiro. Em outubro, eles vão dar esta resposta e o orçamento fiscal já não suporta o que eles estão fazendo. 

Plano para a Petrobras

"A primeira ação é blindar a Petrobras da política partidária. Precisamos garantir a Petrobras com regras seguras e uma gestão especializada. Vi um estaleiro que diminuiu 12 mil dos funcionários. A Petrobras será tratada com muito respeito".

Estrutura de Ministérios

"Vamos reduzir pelo menos a metade. A equipe de transição anunciará um novo organograma do estado brasileiro. Vamos reduzir não só os ministérios, mas os cargos de livre provimento. Vamos reservar ao menos 2/3 para os funcionários de cargos e carreiras. Teremos entre vinte e vinte e dois ministérios". 

O Senado deu continuidade, no primeiro semestre, a discussões que devem resultar em mudanças profundas em códigos e leis que tratam de temas de grande impacto na sociedade. Os mais adiantados são o projeto do novo Código de Processo Civil (CPC) e duas propostas de alteração no Código de Defesa do Consumidor (CDC).

O texto proposto para o novo CPC (PLS 166/2010) foi elaborado a partir de anteprojeto apresentado por uma comissão de juristas instituída pelo então presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Depois de aprovado no Senado, o projeto passou pela Câmara dos Deputados, onde sofreu diversas mudanças.

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Agora, os senadores vão analisar as alterações, podendo apenas fazer emendas de redação ou supressão de partes incluídas pelos deputados. Para ajudar na busca de um consenso entre os textos do Senado e da Câmara, a comissão de juristas que elaborou o anteprojeto, presidida pelo ministro do STF Luiz Fux, auxilia a comissão especial de senadores que examina o projeto.

O novo código cria mecanismos para simplificar o processo e acelerar as decisões da Justiça, inclusive eliminando parte dos recursos hoje permitidos. Além disso, muda o processo de ações de família, introduz instrumentos para ampliar a segurança das empresas e regulamenta a gratuidade da Justiça.

Entre os pontos polêmicos, incluídos pela Câmara, estão a proibição da penhora de contas e investimentos (penhora online) por decisão liminar e a previsão de pagamento de honorários a advogados públicos, na forma de lei a ser editada posteriormente.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou que pretende incluir o projeto na pauta do Plenário em agosto. Para ele, a matéria é uma das mais importantes do ano no Senado.

– Essa é a grande matéria que o Senado tem para entregar ao Brasil. É a oportunidade da simplificação dos processos judiciais, da redução dos prazos, da celeridade da Justiça – disse Renan.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) fez, nesta quinta-feira (17), um balanço das medidas de contenção de gastos adotadas pela direção da Casa Legislativa em seu Programa de Racionalização. Segundo o parlamentar, mais de 90% da meta de economia de R$ 300 milhões para o biênio 2013/2014 já foram alcançados e a intenção é “continuar fazendo mais por menos”.

“Os novos tempos exigem parcimônia, notadamente com os recursos públicos. É isto que estamos buscando: melhorar a qualidade do gasto sem prejuízo da produção e fiscalização legislativa. Este ano, posso garantir a todos, vamos gastar menos que o ano passado”, disse o peemedebista.

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O senador enumerou uma série de iniciativas para a redução de gastos e custeios, entre elas, a eliminação do 14º e 15º salários dos senadores, uma economia de R$ 4,3 milhões por ano; e a extinção de 630 funções comissionadas, 30% do quantitativo total, o que preservou R$ 9,6 milhões.

Renan Calheiros também ressaltou o cancelamento e a redução dos valores de contratos com terceirização de mão de obra. Os contratos emergenciais foram proibidos e os gastos com material de consumo, como combustíveis, foram reduzidos à metade do que vinha sendo gasto, informou.

A Procuradoria da República no Distrito Federal quer proibir que a gestão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), nomeie funcionários admitidos por apadrinhamento político. Em parecer apresentado em uma ação popular que corre na Justiça de Brasília, o procurador Anselmo Henrique Lopes pretende impedir que a Casa Legislativa designe novos servidores comissionados ou terceirizados para exercer atividades próprias de cargos efetivos nos casos em que há candidatos aprovados em concursos recentes.

Em novembro do ano passado, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que, pela primeira vez em 11 anos e sob o comando de Renan Calheiros, a Casa tinha mais funcionários comissionados do que concursados. O Ministério Público, que abriu inquérito à época também para apurar essa situação e o loteamento partidário do Senado, sustenta na manifestação encaminhada à Justiça Federal do DF que essa situação pouco mudou: atualmente o quadro é composto por 3.244 cargos em comissão e 2.954 efetivos.

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Segundo a apuração feita pelo MP, o número de comissionados no Senado quase dobrou de 2002 a 2014. Para o procurador, o quadro se agrava, pois até o fim do ano há mais de 700 aposentadorias potenciais de efetivados e o concurso vigente expira no final deste mês.

O Ministério Público argumenta que a forma que o Senado tem provido os postos comissionados de forma contrária ao que prevê a Constituição. Esses cargos deveriam ser destinados exclusivamente a atividades de direção, chefia e assessoramento, o que não tem ocorrido.

"É certo que, não compete ao Judiciário determinar o momento da contratação dos servidores efetivos concursados. Contudo, é inegável que o Senado lança mão de comissionados para suprir a força de trabalho do órgão de natureza executiva/operacional e em número exacerbado, quando há servidores concursados no aguardo de nomeação, cargos vagos e orçamento capaz de suportar a contratação de servidores efetivos", afirma o procurador, que integra o Núcleo de Combate à Corrupção (NCC) do Ministério Público Federal.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu nesta terça-feira, 10, que a proposta de instituir a Política de Participação Social e o Sistema de Participação Social se deem por meio de projeto de lei ou de uma Medida Provisória. O senador disse ter feito a sugestão em conversa hoje com a presidente Dilma Rousseff. "Sempre defendi a ampliação popular, mas não é aconselhável que se recorra a um decreto para tal", afirmou em discurso no plenário.

O governo divulgou, em 26 de maio, um decreto que institui um sistema de consultas à sociedade civil, por meio de conselhos, comissões, conferências, ouvidorias, mesas de debate e fóruns, audiências e consultas públicas. "Quem representa o povo é o Congresso Nacional e, por este motivo, o ideal - eu falei isso para a Presidente da República ontem e queria repetir aqui - é que a proposta seja enviada através de um projeto de lei ou mesmo através de uma medida provisória para que seja aqui aprimorada, para que possa receber as insubstituíveis colaborações e aprimoramentos dos deputados e dos senadores", completou Renan.

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A divulgação do decreto desencadeou uma série de reações de parlamentares, que acusam a presidente de "autoritarismo", comparando a iniciativa com práticas "bolivarianas" ou "chavistas", em referências aos governos repressivos dos vizinhos brasileiros. No Senado, inclusive, o PSDB apresentou uma proposta de decreto legislativo com o objetivo de sustar os efeitos da decisão de Dilma.

Mais cedo, ao chegar ao Congresso para a convenção nacional do PMDB, o presidente do PT, Rui Falcão, disse que o decreto tem sido mal interpretado, não cria novas estruturas nos órgãos. "Não tem nenhum sentido bolivariano ou chavista. Ele apenas institucionaliza o que já existe", afirmou o dirigente partidário.

Em tom crítico à proposta petista de regulamentação da mídia, Renan se disse contra qualquer tentativa de controle da liberdade de expressão. "O único controle tolerável é o controle remoto. E o controle remoto não deve ficar na mão do Estado, mas nas mãos dos cidadãos" disse. "A simples menção ou pretensão de abolir o direito à liberdade de expressão, a qualquer pretexto, inclusive administrativo, financeiro ou comercial, como ocorreu em países vizinhos, é insana. Não pode, e não deve haver", finalizou.

Conflitos

Assunto usado como gancho para falar sobre o decreto, a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que redefiniu o número de cadeiras de deputados federais, voltou a ser alvo de críticas de Renan, que aproveitou a oportunidade para dar mais uma alfinetada no Judiciário.

"Há duas semanas, fomos surpreendidos com decisão do Tribunal Superior Eleitoral, ao usurpar uma competência exclusiva do Congresso Nacional e fixar o tamanho das bancadas dos Estados na Câmara dos Deputados. Obedientes à lei, recorremos e estamos aguardando o pronunciamento da Justiça, marcado para esta semana, já que a Constituição Federal determina que esta é uma definição que cabe à lei complementar", afirmou o senador.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, vai deixar o comando da Corte para se aposentará em junho. A informação foi revelada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), após uma reunião de rotina com o magistrado, nesta quinta-feira (29). Segundo Calheiros, durante a conversa Barbosa comunicou que a visita "era uma oportunidade para se despedir". 

"O ministro (Joaquim Barbosa) veio se despedir, ele estará deixando o Supremo Tribunal Federal. Ele falou que vai se aposentar agora, no próximo mês. Nós sentimos muito porque ele é uma das melhores referências do Brasil”, revelou Renan. O presidente do Senado também afirmou ter se surpreendido com a despedida, de acordo com ele a reunião, inicialmente, estava agendada para tratar de temas relacionados ao STF, como o Código do Processo Civil, que Renan se comprometeu em acelerar a tramitação. 

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Barbosa já se encontrou com a presidente Dilma Rousseff (PT), provavelmente também para comunicar a decisão e se reúne, neste momento, com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). 

O magistrado é ministro do STF desde 2003, quando foi nomeado pelo ex-presidente Lula (PT), e foi o primeiro negro a comandar a Corte. O mandato dele seria encerrado em novembro deste ano. Barbosa relatou a Ação Penal 470, mais conhecido como o processo do mensalão, deixando-o mais conhecido pela população brasileira. 

Os partidos DEM e PSDB formalizaram, no plenário do Senado, que não vão participar da CPI instalada para investigar a Petrobras. Após a nomeação pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB), de cinco senadores dos dois partidos para as vagas que lhes cabem (três titulares e dois suplentes), os líderes das legendas anunciaram em público, na sessão da tarde desta terça-feira (13), que desistem de compor a Comissão.

Os senadores José Agripino Maia (RN), presidente nacional do DEM, e Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB e pré-candidato a presidente da República, foram dois dos que manifestaram a negativa em integrar a CPI.

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Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), essa é mais uma demonstração de que a oposição deseja apenas usar a Comissão Parlamentar para fazer disputa político-eleitoral. Mesmo com a recusa dos adversários em investigar as denúncias contra a Petrobras, a Comissão criada no Senado terá, nesta quarta-feira (14), sua primeira reunião, uma vez que pode começar os trabalhos com 50% mais um do total de 13 membros titulares. Até agora, eles já somam 10.

"Vamos instalar a CPI e começar a fazer a investigação. O que tiver que ser investigado, apurado e punido, será feito com todo o rigor", esclareceu o líder do PT, que integrará a CPI.

Além dele, participarão José Pimentel (PT-CE), Aníbal Diniz (PT-AC), João Alberto Souza (PMDB-MA), Valdir Raupp (PMDB-RO), Vital do Rêgo (PMDB-PB), Ciro Nogueira (PP-PI), Acir Gurgacz (PDT-RO), Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP) e Gim (PTB-DF).

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), convocou, para esta quarta-feira (7), uma sessão extraordinária do Congresso Nacional, para definir a abrangência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. A reunião estava inicialmente agendada para o dia 20 de maio. Segundo a Agência Senado, o peemedebista deverá optar por um colegiado misto e vai pedir formalmente aos líderes partidários a indicação dos integrantes da CPMI. Também na sessão, que está agendada para as 20h, Renan vai responder os questionamentos contra a instalação da CPI, feitos durante a última reunião do Congresso.

Após a convocação, Calheiros cancelou a reunião já agendada para a tarde desta terça (6) com os líderes dos partidos. Segundo o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), a reunião foi cancelada porque Renan optou por criar a CPMI. O petista, no entanto, disse que essa era uma interpretação pessoal e que a palavra final será dada pelo presidente do Congresso.

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“O certo é que sendo uma CPI do Senado ou uma CPMI, nós vamos participar de qualquer maneira. Estranhamos porque a oposição, que queria uma coisa, agora não quer mais. Eles não estão indicando os nomes para a CPI (no Senado)”, sugeriu o petista.

 

 

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quarta-feira, 30, que caberá aos líderes partidários escolherem se será instalada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras exclusiva do Senado ou a mista, com participação de senadores e deputados.

Nesta terça-feira, 29, Renan autorizou os líderes da Câmara a indicarem os nomes para a CPMI e, caso os partidos não apresentem seus indicados, caberá a ele fazer as indicações. Não está descartada a possibilidade de se instalar duas comissões, hipótese considerada remota nos bastidores. "Não compete ao presidente do Congresso decidir se é uma ou duas CPIs. Não cabe ao presidente decidir quem é que vai investigar", disse o peemedebista.

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A reunião com os líderes acontecerá na próxima terça-feira, 6, e a intenção é instalar a comissão imediatamente. A base aliada insiste que o melhor foro é o Senado, mas a oposição pressiona para que o grupo de investigação seja formado também por deputados. "Os líderes precisam se entender no sentido que tenhamos uma concertação para saber em qual foro vai haver investigação", apelou Renan.

Questionado sobre o possível esvaziamento da CPI - que deve funcionar no período da Copa do Mundo e da campanha eleitoral - e a real eficácia dos trabalhos, Renan desconversou. "Aí vai depender da eficiência da própria investigação", afirmou. Os petistas alegam que a discussão inicial sobre a instalação de uma CPI sobre a Petrobras começou no Senado, Casa que teria condições de fazer uma investigação "mais serena" e que não transformaria a comissão em "palco para espaço de disputa política". "Seria irracional termos duas CPIs. A mista não é a melhor alternativa para quem quer investigar", defende o líder do PT, Humberto Costa (PE).

O PT, que é contra a CPMI, já definiu os nomes para a CPI do Senado: José Pimentel (CE), Jorge Viana (AC) e Aníbal Diniz (AC). O PCdoB será representado pela senadora Vanessa Grazziotin (AM) e o PDT por Acir Gurgacz (RO). O PSDB havia indicado inicialmente os senadores Mário Couto (PA) e Álvaro Dias (PR), mas como a sigla defende a CPMI, as indicações serão rediscutidas para integrar os deputados tucanos Carlos Sampaio (SP) e Izalci (DF). Se prevalecer a CPI exclusiva do Senado, o PTB indicará Gim Argello (DF) e o PR Antonio Carlos Rodrigues (SP).

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), disse que apresentará nomes tanto para a CPI quanto para a CPMI. Instalada a comissão, o PMDB já avisou que escolherá a presidência. O PT deve ficar com a relatoria.

Na presidência do Senado durante a ausência de Renan Calheiros (PMDB), que está em Roma, o senador Jorge Viana (PT) explicou que a Casa Legislativa cumprirá a decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, pela instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) exclusiva da Petrobras. No entanto, a instalação da CPI ocorrerá apenas quando o Supremo for notificado oficialmente pela Corte, o que deve acontecer nesta semana. A declaração do petista foi feita nesta segunda-feira (28).

“Tão logo se receba a comunicação oficial da decisão da ministra, o caminho é a instalação da CPI, sem prejuízo de um recurso que deve passar pela decisão da Mesa do Senado e sem efeito suspensivo. Há quatro requerimentos de instalação de CPIs (dois no Senado, dois no Congresso), mas tudo aguarda a comunicação oficial da ministra Rosa Weber”, disse Jorge Viana.

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O líder do PT, o senador Humberto Costa, explicou a estratégia do partido: “O PT não vai pagar o preço de ser considerado o partido que não quer a CPI”.

“Nós vamos participar da CPI. Se ela for ampla, melhor. Nossa decisão é de, assim que o presidente Renan receber a comunicação e nos instar a indicar os nomes, vamos fazer isso de imediato, para começar os trabalhos o mais rápido possível, sem prejuízo de que o Senado possa recorrer para instalar a CPI mais ampla”, relatou.

Mas, da Itália, Renan Calheiros disse quer recorreria da decisão de Rosa para o Pleno do STF, o que daria chance de a liminar ser alterada pelos demais ministros. A decisão final sobre o andamento do mandado de segurança da oposição no Supremo caberá à Mesa do Senado, que se reúne nesta terça-feira (29), pela manhã, com o próprio presidente do Senado.

Os temas que ampliariam a CPI da Petrobras já são parte de um pedido para instalar uma nova CPI que investigue especialmente a empresa Alstom, por prática de cartel nas licitações do metrô de São Paulo durante os governos do PSDB.

“Já temos as assinaturas da Câmara e estamos colhendo aqui no Senado. Deve ser apresentado o requerimento no dia 20 (de maio) e se não houver recurso, o presidente já deve pedir a indicação dos membros. Os partidos terão até 30 dias para fazer isso” informou Humberto Costa.

 

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