As vacinas já aprovadas para combater a Covid-19 geraram bilhões de dólares para os grupos farmacêuticos que as produzem, começando pela aliança entre a americana Pfizer e a alemã BioNTech, que publicaram seus resultados financeiros nesta segunda-feira (9).
Aqui estão os resultados dos grupos privados que comunicaram seus números. Os resultados econômicos das vacinas desenvolvidas por instituições públicas, como a russa Sputnik V e a chinesa, não foram divulgados.
Grandes vencedores: Pfizer e BioNTech
A gigante americana e a empresa de biotecnologia alemã, associadas para desenvolverem a vacina contra a Covid-19, foram os primeiros grupos ocidentais a obterem resultados positivos de sua vacina, assim como a autorização para comercializá-la na União Europeia e Estados Unidos, o que lhes permitiu estrear com uma enorme vantagem econômica.
A vacina rendeu para a Pfizer mais do que para qualquer outro concorrente: 10,8 bilhões de dólares (mais de 9 bilhões de euros) no primeiro semestre de 2021, período a partir do qual começou a faturar a maior parte das vendas da imunização.
As previsões apontam que ainda pode alcançar vendas de sua vacina pelo valor de 33,5 bilhões de dólares este ano.
Já a BioNTech registrou um faturamento de 8,5 bilhões de dólares no primeiro semestre. Ao contrário da Pfizer, que trabalha em diferentes tratamentos, a empresa alemã só comercializa este produto, portanto os números revelam o resultado específico desta vacina.
Para 2021, a BioNTech estima que as vendas da vacina chegarão a 18,7 bilhões de dólares.
Moderna: bem colocada
A empresa emergente americana Moderna desenvolveu uma vacina de RNA mensageiro como a da Pfizer/BioNTech, entre as primeiras aprovadas no Ocidente.
Assim como a BioNTech, a Moderna tem apenas a vacina anticovid-19 em seu portfólio de produtos em circulação, o que lhe gerou uma renda de 5,9 bilhões de dólares.
A Moderna estima ter um faturamento em 2021 de 20 bilhões de dólares graças à vacina.
AstraZeneca e Johnson & Johnson: atrasados
A anglosueca AstraZeneca e a americana Johnson & Johnson, por meio de sua filial belga Janssen, obtiveram a autorização da UE, porém mais tarde.
Embora desempenhe um papel importante na campanha de vacinação em países como a Índia, a vacina da AstraZeneca ainda não foi aprovada pelos Estados Unidos.
Esses dois grupos prometeram vender suas vacinas sem lucrar durante a pandemia, o que torna o preço de comercialização de seus produtos mais baixo que os da Pfizer/BioNTech e Moderna, e reduz sua renda.
A AstraZeneca anunciou 1,17 bilhão de dólares pela sua vacina durante o primeiro semestre. A Johnson & Johnson obteve 264 milhões de dólares (225 milhões de euros) pela sua, que foi aprovada mais tarde.
Até o fim do ano, a Johnson & Johnson espera um volume de vendas de 2,5 bilhões de dólares pela sua vacina. A AstraZeneca ainda não divulgou previsões detalhadas.