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As vacinas já aprovadas para combater a Covid-19 geraram bilhões de dólares para os grupos farmacêuticos que as produzem, começando pela aliança entre a americana Pfizer e a alemã BioNTech, que publicaram seus resultados financeiros nesta segunda-feira (9).

Aqui estão os resultados dos grupos privados que comunicaram seus números. Os resultados econômicos das vacinas desenvolvidas por instituições públicas, como a russa Sputnik V e a chinesa, não foram divulgados.

Grandes vencedores: Pfizer e BioNTech

A gigante americana e a empresa de biotecnologia alemã, associadas para desenvolverem a vacina contra a Covid-19, foram os primeiros grupos ocidentais a obterem resultados positivos de sua vacina, assim como a autorização para comercializá-la na União Europeia e Estados Unidos, o que lhes permitiu estrear com uma enorme vantagem econômica.

A vacina rendeu para a Pfizer mais do que para qualquer outro concorrente: 10,8 bilhões de dólares (mais de 9 bilhões de euros) no primeiro semestre de 2021, período a partir do qual começou a faturar a maior parte das vendas da imunização.

As previsões apontam que ainda pode alcançar vendas de sua vacina pelo valor de 33,5 bilhões de dólares este ano.

Já a BioNTech registrou um faturamento de 8,5 bilhões de dólares no primeiro semestre. Ao contrário da Pfizer, que trabalha em diferentes tratamentos, a empresa alemã só comercializa este produto, portanto os números revelam o resultado específico desta vacina.

Para 2021, a BioNTech estima que as vendas da vacina chegarão a 18,7 bilhões de dólares.

Moderna: bem colocada

A empresa emergente americana Moderna desenvolveu uma vacina de RNA mensageiro como a da Pfizer/BioNTech, entre as primeiras aprovadas no Ocidente.

Assim como a BioNTech, a Moderna tem apenas a vacina anticovid-19 em seu portfólio de produtos em circulação, o que lhe gerou uma renda de 5,9 bilhões de dólares.

A Moderna estima ter um faturamento em 2021 de 20 bilhões de dólares graças à vacina.

AstraZeneca e Johnson & Johnson: atrasados

A anglosueca AstraZeneca e a americana Johnson & Johnson, por meio de sua filial belga Janssen, obtiveram a autorização da UE, porém mais tarde.

Embora desempenhe um papel importante na campanha de vacinação em países como a Índia, a vacina da AstraZeneca ainda não foi aprovada pelos Estados Unidos.

Esses dois grupos prometeram vender suas vacinas sem lucrar durante a pandemia, o que torna o preço de comercialização de seus produtos mais baixo que os da Pfizer/BioNTech e Moderna, e reduz sua renda.

A AstraZeneca anunciou 1,17 bilhão de dólares pela sua vacina durante o primeiro semestre. A Johnson & Johnson obteve 264 milhões de dólares (225 milhões de euros) pela sua, que foi aprovada mais tarde.

Até o fim do ano, a Johnson & Johnson espera um volume de vendas de 2,5 bilhões de dólares pela sua vacina. A AstraZeneca ainda não divulgou previsões detalhadas.

Um ano após o solavanco inicial da pandemia, os três maiores bancos privados do País mostraram sólidos lucros. Juntos, Santander Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco ganharam R$ 16,9 bilhões entre janeiro e março deste ano. A cifra representa uma volta à normalidade, após um 2020 em que as reservas para eventuais perdas com crédito combinadas superaram os resultados obtidos.

Em relação ao primeiro trimestre de 2020, quando dois desses três gigantes já reforçaram as provisões para enfrentar a crise que então se insinuava, o resultado combinado dos "bancões" saltou 46,7%. E também ficou R$ 300 milhões acima da soma dos lucros registrados no primeiro trimestre de 2019, quando o mercado ainda operava em ritmo normal.

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Mas a saúde financeira exibida não foi suficiente para tranquilizar totalmente o mercado, que vem reagindo de forma volátil em relação às três instituições financeiras. O Santander, por exemplo, conseguiu agradar com um resultado recorde para o período e com desempenho bem distribuído entre as diferentes linhas de negócio. As ações do banco chegaram a subir mais de 10% no dia do balanço (a instituição divulga os resultados pela manhã).

Apesar do crescimento dos resultados, o mercado viu ainda feridas abertas no balanço do Itaú Unibanco e, na terça-feira, derrubou as ações do maior banco da América Latina em mais de 4%. As ações do Santander e do Bradesco foram arrastadas e recuaram 2,08% e 2,53%, respectivamente.

Anunciado após o fim do pregão na terça-feira, o lucro do Bradesco foi o único dos três a não superar as estimativas de analistas apontadas pelo Prévias Broadcast. As ações do banco chegaram a cair 2% no pregão de ontem, mas se recuperaram ao longo do dia, fechando em baixa de 0,25%.

Retomada. Na visão do presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, os balanços dos bancos mostram um horizonte de negócios começando a se desanuviar, após a tormenta provocada pela pandemia de covid-19.

"Estamos trocando as dúvidas sombrias por uma narrativa virtuosa", afirmou o executivo no comunicado de divulgação do balanço do Bradesco. "Em termos objetivos, os bancos estão preparados para enfrentar o cenário desafiador da pandemia."

A rentabilidade dos três voltou a um patamar considerado saudável por analistas. O Itaú ficou na ponta mais baixa do indicador, com um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) de 18,5%, enquanto Bradesco e Santander marcaram 18,7% e 20,9%, respectivamente.

A XP apontou, em relatório, que a situação ainda não está totalmente equacionada. "O Itaú divulgou diversos itens não sustentáveis, que ajudaram no resultado, enquanto áreas relevantes como rendas de tarifas, margem financeira com clientes e custos apresentaram desempenho abaixo do esperado", apontou o documento.

Um contraste fica visível na comparação entre Santander e Itaú, principalmente: o comportamento da margem financeira das operações com clientes, que reflete o resultado das operações de crédito no varejo bancário. Enquanto o primeiro teve avanço de mais de 6% nessa rubrica, o segundo verificou um recuo superior a 5% nessa parte do balanço, entre janeiro e março deste ano.

Nas conferências com jornalistas e com analistas financeiros, o presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, ponderou que, face à crise, o mix da carteira de clientes se alterou, com mais operações de atacado, de spread mais baixo, e menos com clientes de varejo.

Nessa última categoria houve ainda migração para empréstimos com carência, prazos mais longos e taxas contidas. Mas ele disse também que já notava em abril a retomada de linhas que garantem mais ganhos para o banco, o que poderia levar a melhores resultados mais adiante.

Em seu balanço, o Bradesco passou a mensagem de que as operações podem ficar mais rentáveis. A margem financeira da instituição ficou praticamente estável em relação à verificada nos últimos três meses.

Cautela

Para Lazari, há clima para o Bradesco "sair da defensiva" e buscar novos negócios que ampliem seu volume operacional. Essa noção, no entanto, continua baseada em uma cobertura de provisão para créditos de liquidação duvidosa, conhecidas pela sigla PDD, equivalente a 350% do saldo de empréstimos em atraso superior a 90 dias do banco.

Existe também a expectativa de que essa inadimplência ainda volte a ter repiques. No Itaú Unibanco, que há um ano deu o tom do conservadorismo que seria adotado na pandemia, as provisões excedentes não serão revertidas, segundo Maluhy. As reservas não precisaram ser usadas nesse primeiro trimestre, com taxas de inadimplência ainda comportadas, mas seguirão à disposição em caso de uma piora de cenário.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS) aprovou, nesta terça-feira (11), a proposta do governo para distribuição de R$ 7,5 bilhões entre os trabalhadores cotistas, referentes à parte do lucro do fundo em 2019. Os valores serão depositados até 31 de agosto de forma proporcional aos saldos de cada conta do FGTS que detinha recursos em 31 de dezembro do ano passado.

O montante equivale a 66,23% do resultado global do FGTS em 2019, que foi superavitário em R$ 11,324 bilhões. No ano passado, o governo distribuiu 100% do lucro do fundo, com a repartição de R$ 12,22 bilhões entre as contas ativas e inativas do fundo. Ainda no fim de 2019, o presidente Jair Bolsonaro vetou uma nova distribuição integral do resultado neste ano.

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De acordo com o conselho curador do fundo, a repartição de R$ 7,5 bilhões com os trabalhadores e o acréscimo de juros e atualizações monetárias significam uma rentabilidade total de 4,90% para as contas no ano passado.

"Essa rentabilidade total é superior a aplicações com risco e tributação semelhantes (a caderneta de poupança, por exemplo), supera a rentabilidade da inflação medida pelo IPCA no ano passado, proporcionando um ganho real aos saldos, em cumprimento ao objetivo estratégico do Fundo de preservar o poder de compra dos recursos dos trabalhadores sob o FGTS", destacou o Conselho Curador.

Diversos membros do colegiado demonstraram preocupação com a série e medidas adotadas desde o ano passado para permitir novas modalidades de saques do FGTS.

Na semana passada, o governo conseguiu costurar um acordo para que a Medida Provisória 946, sobre os saques emergenciais de R$ 1.045 do FGTS durante a pandemia de Covid-19, fosse retirada da pauta da Câmara dos Deputados e, com isso, perdesse sua validade.

Os senadores haviam feito mudanças no texto incluindo a permissão para o saque de todo o FGTS pelos trabalhadores demitidos durante a pandemia, inclusive para os que pedirem demissão - o que não é permitido em tempos normais. Pelas contas do Ministério da Economia isso poderia retirar R$ 98,5 bilhões do fundo. Mesmo com a queda da MP, a Caixa manterá os pagamentos previstos no texto original a todos os trabalhadores.

Resultado

O Conselho Curador também aprovou nesta terça as Demonstrações Financeiras Consolidadas e o Relatório de Gestão do FGTS de 2019. Os documentos serão enviados ao Tribunal de Contas da União (TCU).

A arrecadação do FGTS chegou a R$ 128,7 bilhões em 2019. Os saques do fundo somaram R$ 151,3 bilhões, incluindo R$ 26 bilhões referentes ao saque imediato criado no ano passado. No fim do ano, o saldo total do FGTS nas contas dos trabalhadores era de 422,2 bilhões.

Dos R$ 536 bilhões em ativos do fundo no fim de 2019, R$ 385 bilhões estavam direcionados a operações de crédito, R$ 125 bilhões investidos em títulos públicos e privados, e ainda R$ 26 bilhões aplicados em fundos de investimento.

A empresária Mayra Cardi usou suas redes sociais na última terça-feira (21) para compartilhar uma sugestão inusitada, postada por um seguidor para o ex-marido dela Arthur Aguiar.

Na postagem, o seguidor escreveu: "Mayra, porque você não ajuda o Arthur Aguiar a montar um curso on-line! Que aí ele fica rico com o dinheiro dele e para de querer metade dos lucros das suas empresas!". A fala se referia ao processo movido pelo ator para receber metade os lucros da empresa de Mayra.

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O curso sugerido pelo seguidor seria o “Jogo da Sedução”, com a seguinte descrição: “Com os métodos apresentados nesse curso eu conto como cheguei a ter até 16 amantes” e “Método exclusivo com Saulo do um44K”, em referência ao cantor Saulo Pôncio, conhecido nas redes sociais por supostamente trair a esposa, a influenciadora Gabi Brandt.

Ao que tudo indica, Mayra curtiu a publicação que além de compartilhar em seus stories do Instagram, adicionou emojis de risos a postagem.

Muitos setores foram afetados pela crise provocada pelo coronavírus (Covid-19), entre eles o imobiliário. O segmento tem traçado estratégias para acordos entre locatários e inquilinos e, assim, continuar mantendo os negócios.

Quando o isolamento social foi orientado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), muitos inquilinos entraram em contato com os donos dos imóveis pedindo pela redução ou suspensão dos alugueis durante o período pandemia. "Tivemos a contraproposta de pagar as taxas e metade do aluguel, que nos pareceu razoável, e fechamos assim. Isso se deu em 3 e-mails no total, ainda em março", conta o advogado Fábio Cruz, 46 anos, de Catete (RJ).

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Os sócios da SF Consultoria Imobiliária Dario Ferraço, 35 anos, e Raphael Sampa, 34 anos, de Barueri (SP), receberam aproximadamente 10% de solicitações de seus clientes para renegociações de seus contratos. No setor de locação comercial o número foi bem maior, cerca de 50% dos inquilinos entraram com solicitações, alegando o fechamento dos comércios e queda nos lucros. "Estamos analisando caso a caso, de acordo com histórico de adimplência por parte dos locadores e sempre tentando encontrar o melhor para todas as partes", diz.

Como a pandemia atingiu a todos, os contratos que foram feitos antes de 20 de março devem ser analisados de acordo com o estado de calamidade que o mundo vive. "Os locadores fazem da locação seus investimentos e devem sim ser remunerados por eles. No entanto, os locatários precisam de uma revisão contratual provisória para que o 'equilíbrio da balança' contratual possa ser restabelecido", explica a advogada Bruna Giannecchini.

Caso a única renda do dono do imóvel seja o aluguel, a advogada afirma que o valor pode ser negociado em até 50%, com direito a revisões a cada dois meses. "Cumpre alertar que, o histórico do inquilino com os pagamentos faz toda a diferença", destaca. "Forçar, notificar e ajuizar ação não vai levar à lugar nenhum e, quem sabe, em alguns meses, poderá perder um bom inquilino", complementa.

Já está sendo planejada uma lei no Congresso Nacional que proibi o despejo durante o período de pandemia, porém isso não impede os locadores de realizarem as cobranças. "O prejuízo não pode ser suportado por apenas uma das partes, e o equilíbrio contratual deve ser buscado durante esse período e ser realizada uma revisão contratual provisória", informa Giannecchini.

A advogada recomenda aos donos de imóveis facilitar os processos e acordos com seus clientes, ao mesmo tempo em que os inquilinos devem estar abertos ao diálogo e dispostos a negociar. "Para o locador, não é o momento de pensar em lucro e sim em redução de prejuízos. Por outro lado, o locatário não deve acumular uma bola de neve de dívidas", finaliza.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresentou nesta terça-feira (17) seus números de 2019. E apontou um novo recorde. A entidade registrou uma receita de R$ 957 milhões, uma elevação de 43,3% em comparação ao ano anterior. Em 2018, a cifra foi de R$ 668 milhões. Os números foram divulgados após serem aprovados, por unanimidade, na Assembleia Geral da CBF.

Com o anúncio da receita recorde, a entidade ampliou sua arrecadação pelo segundo ano consecutivo. Antes disso, em 2017, a receita foi de R$ 590 milhões, uma queda em relação a 2016, quando registrou R$ 647 milhões. Por sinal, 2017 foi o único ano em que a receita da entidade caiu nos últimos dez anos. Para efeito de comparação, em 2010 a cifra era de R$ 263 milhões.

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A CBF atribuiu o crescimento em 2019 à elevação dos patrocínios, direitos de transmissão e Fundo de Legado da Copa do Mundo de 2014. A entidade não revelou as cifras de cada item. Com a alta receita, o superávit alcançado foi de R$ 190 milhões, um aumento de 265% em comparação a 2018, segundo a entidade.

De acordo com a confederação, a maior parte desta receita, ou R$ 535 milhões, foi investido na própria entidade, sendo R$ 215 milhões destinados ao custeio das seleções masculina e feminina e também da base. E R$ 320 milhões foram "investidos na realização de competições e no fomento do futebol em todos os estados brasileiros".

"A CBF é hoje uma grande empresa brasileira, com gestão e resultados na proporção do seu porte. Chegamos a mais de meio bilhão de reais investido no futebol nacional apenas em 2019. Se considerarmos os últimos três anos, os valores aportados superam R$ 1,37 bilhão", declarou o presidente da CBF, Rogério Caboclo.

A confederação ainda revelou que seu ativo total ao fim de 2019 atingiu o valor de R$ 1,248 bilhão. No final de 2018, era de R$ 1,046 bilhão.

"Em 2019 tivemos sucesso onde mais importa, que é dentro de campo. As seleções brasileiras foram protagonistas no ano que passou. Vencemos a Copa América, a Copa do Mundo Sub-17, o Torneio de Toulon (hoje chamado de Torneio Maurice Revello), o Sul Americano Sub-15, além de outros torneios de base no exterior e no Brasil. Os times masculino e feminino garantiram suas presenças nos Jogos Olímpicos. Nossas competições foram todas concluídas com êxito. O Campeonato Brasileiro teve recorde de público nos estádios e tivemos um ano de grandes investimentos na seleção e no futebol feminino", declarou Caboclo.

Os trabalhadores poderão receber mais de 50% do lucro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), informou nesta sexta-feira (13) a Presidência da República. Segundo a Secretaria Especial de Comunicação Social, o percentual de distribuição a ser definido todos os anos pelo Conselho Curador do FGTS dependerá das condições financeiras do fundo.

Na quinta-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro tinha vetado a distribuição de 100% do lucro do FGTS aos trabalhadores. O ponto tinha sido incluído pela equipe econômica na própria medida provisória que criou novas opções de saques para o FGTS, mas o Ministério do Desenvolvimento Regional pediu que a medida fosse vetada para não prejudicar os recursos para o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

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De acordo com a Secretaria Especial de Comunicação Social, a sanção da medida provisória revogou a legislação anterior, em vigor desde 2017, que previa a distribuição de metade dos lucros do FGTS aos trabalhadores. Pela nova legislação, caberá ao Conselho Curador definir o percentual de distribuição todos os anos, sem o teto de 50%.

O veto não anula a distribuição de 100% do lucro de R$ 12,2 bilhões do fundo em 2018, repassada para as contas do FGTS no fim de agosto. Isso porque a distribuição ocorreu durante a vigência da medida provisória.

 

Com uma valorização de 7,02% em apenas dez pregões neste ano, os investidores optaram por uma pausa para realização de lucros na sessão de negócios desta terça-feira, 15. No entanto, o Ibovespa conseguiu defender a marca dos 94 mil pontos, mesmo recuando 0,44% (94.055,72). E, por mais um dia, o mercado acionário brasileiro operou em sinal contrário ao de seus pares em Nova York, que mostraram menor aversão ao risco após o governo chinês sinalizar com possíveis estímulos àquela economia.

Perto do fim do pregão, as ordens de venda se acentuaram pontual e levemente, imediatamente após o parlamento britânico ter anunciado que rejeitou - com 432 votos a 202 - os termos do acordo para o Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia.

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Segundo Rafael Winalda, da equipe da Toro Investimentos, quando o Ibovespa perdeu o suporte dos 94 mil pontos, na parte da tarde, houve um fluxo vendedor grande, levado pelas ações do bloco financeiro. Os investidores aceleraram as ordens de venda de papéis do Itaú Unibanco, instituição que tem peso de 10,90% no novo Ibovespa.

Analistas ressaltam ainda que, embora haja uma entrada gradual dos investidores estrangeiros, o volume maior virá quando as reformas forem aprovadas. De acordo com a B3, os não-residentes ingressaram com R$ 269,024 milhões no pregão da última quinta-feira (10). Mas, em janeiro, a bolsa ainda acumula saldo negativo de R$ 869,602 milhões.

Pesquisa do Bank of America (BofA) divulgada nesta terça mostra que 80% dos participantes ainda querem ver a reforma aprovada para ficar com uma percepção mais positiva sobre o Brasil. Essa visão não mudou de dezembro para cá.

Na sessão desta terça, as blue chips encerraram todas no vermelho, com destaque para o recuo de 2,29% das units do Santander, que acumulam valorização de 12,80% em janeiro. Em seguida, os papéis do Itaú Unibanco caíram 1,56% e do Banco do Brasil, 1,16%. As ações da Petrobras ON (-0,32%) e PN (-0,08%), que operaram em grande parte do dia em alta, sucumbiram mesmo com as cotações do petróleo no mercado internacional subindo.

A saúde financeira das empresas ainda não transbordou para a atividade econômica. No segundo trimestre, o lucro das companhias de capital aberto avançou 22% na comparação com o mesmo período do ano passado (excluindo Petrobras e Eletrobras), segundo a Economatica. O total, de R$ 26 bilhões, é mais do que as empresas lucraram no ano passado inteiro (mesmo incluindo as duas estatais).

Na contrapartida, o Produto Interno Bruto (PIB) ficou praticamente estagnado no período, com avanço de 0,2% ante o primeiro trimestre do ano e alta de 1% na comparação com 2017. O consumo das famílias ficou estável (0,1%), pressionado pelo ainda elevado desemprego e também pela greve dos caminhoneiros, que elevou a inflação.

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"Esse descolamento acontece porque o ajuste das empresas não se deu por aumento de receita, o que indicaria aumento do consumo, mas por redução de despesas - além da queda dos juros, que derrubou os gastos das companhias com a dívida", explica Piellusch, da FIA.

Segundo levantamento do professor, do segundo trimestre do ano passado para o mesmo período em 2018, as despesas das empresas cresceram num ritmo menor que a receita - 7% ante 12%. Além disso, a despesa financeira, com a queda da Selic, recuou 21%.

Dividendos x investimento. Outro ponto observado pelos analistas é a freada dos investimentos à espera da definição eleitoral. Como não investem, as companhias distribuem os lucros aos investidores- o que parece uma boa notícia, mas esconde grande cautela. "No momento de muita incerteza, a empresa distribui dividendo acima do normal", diz Carlos Heitor Campani, da Coppead/UFRJ.

Foi o que aconteceu em 2018. Segundo levantamento da Economatica, nos últimos 12 meses até julho, a média do ganho dos acionistas com dividendos e juros sobre capital próprio foi a maior desde 2010. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As ações do Banco do Brasil tiveram forte alta na quinta-feira, 9, após a instituição divulgar seu balanço para o segundo trimestre de 2018. Com avanço de 22,3% em relação ao mesmo período do ano passado, o lucro da instituição somou R$ 3,24 bilhões. Os investidores reagiram com entusiasmo: os papéis do BB na Bolsa paulista, a B3, subiram 2,97%, encerrando o dia a R$ 33,60.

No primeiro semestre, o resultado do BB foi a R$ 6,3 bilhões, crescimento de 21,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando os ganhos somaram R$ 5,164 bilhões. O desempenho do banco foi alimentado pelas receitas com tarifas, controle das despesas administrativas e menores provisões de crédito, segundo informou a instituição.

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Em comentário sobre os resultados, a equipe de analistas da XP Investimentos considerou os resultados sólidos. "Vemos os resultados do BB no segundo trimestre como positivos, especialmente pela qualidade e sustentabilidade das principais métricas", disse a XP. A corretora afirmou, no entanto, que mantém recomendação neutra para as ações devido às incertezas no campo eleitoral.

A carteira de crédito ampliada do BB encerrou junho em R$ 685,5 bilhões, expansão de 1,5% ante o saldo ao fim de março. O índice de inadimplência do Banco do Brasil, considerando atrasos superiores a 90 dias, ficou em 3,34% no segundo trimestre, queda de 0,31 ponto porcentual em relação aos três meses anteriores.

Perspectivas

Na quinta, o presidente do BB, Paulo Caffarelli, disse esperar que o segundo semestre seja melhor que o primeiro, a despeito de um cenário volátil. O crédito deve crescer, puxado pelas pessoas físicas. "Vamos nos aproximar dos nossos pares em termos de rentabilidade." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O mercado brasileiro de ações voltou do feriado disposto a recuperar parte das perdas dos últimos pregões e levou o Índice Bovespa a uma alta de 2,38%, aos 72.511,78 pontos, neste quinta-feira, 16. Com a agenda doméstica bastante escassa e o final da temporada de balanços, os investidores dedicaram o dia a corrigir exageros da terça-feira e também ajustar preços, principalmente das "blue chips", cujos ADRs haviam subido ontem, quando o mercado brasileiro não operou. Os negócios somaram R$ 9,2 bilhões.

Nesse movimento de recuperação, o destaque ficou com as ações da Petrobras, que subiram 1,87% (ON) e 3,00% (PN), respectivamente, depois de quedas de 8,18% e 7,75% na terça-feira. Naquele dia, os papéis repercutiram um conjunto de fatores, que incluiu principalmente o balanço trimestral aquém do esperado e as fortes quedas dos preços do petróleo. Hoje, segundo profissionais do mercado, as análises sobre o resultado da empresa já eram mais brandas, o que favoreceu a recomposição de posições.

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As ações do setor financeiro também tiveram uma sessão de franca recuperação. Símbolos de liquidez e sensíveis ao risco político, esses papéis estavam entre os principais alvos das realizações de lucros dos investidores estrangeiros. As units do Santander Brasil subiram 5,48%, enquanto Banco do Brasil ON avançou 4,74% e Itaú Unibanco PN, 2,52%.

O cenário internacional foi acompanhado de perto e teve como principal acontecimento a aprovação da proposta de reforma tributária na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. O projeto de corte de US$ 1,4 trilhão em impostos teve 227 votos favoráveis e 205 contrários. Nenhum deputado democrata votou a favor do projeto. As bolsas de Nova York não esboçaram reação à aprovação, assim como as emergentes.

"Foram justamente as notícias de que a reforma tributária dos EUA poderia atrasar que levaram o índice Brazil Titans a subir ontem, o que gerou um movimento de ajuste aos ADRs que vimos hoje. Alguns investidores viram nisso as chances de obter mais algum ganho neste ano", disse Pedro Galdi, analista da Magliano Corretora. A expectativa dos parlamentares republicanos é concluir a reforma até o Natal. Até lá, novos impasses podem acontecer no Senado.

Entre as ações que fazem parte da carteira teórica do Ibovespa, a maior alta ficou com Natura ON, que disparou 10,09%. A alta é reflexo do balanço divulgado pela companhia na terça-feira, após o fechamento do mercado, que foi bem recebido pelos analistas. Na carteira do índice, somente CSN ON (-0,81%) e Braskem PNA (-0,67%) recuaram.

Uma análise realizada e divulgada este ano pela empresa de consultoria Gallup constatou que o alto engajamento de funcionários leva a um aumento de cerca de 20% na rentabilidade das empresas. O motivo, de acordo com a pesquisa, é que colaboradores motivados apresentam desempenho 147% melhor em relação às companhias que não promovem ações para motivar os funcionários, fazendo com que os clientes se sintam satisfeitos com o atendimento, gerando um crescimento no volume de vendas.

Segundo o CEO da empresa Viva! Experiências, Andre Susskind, o ideal para motivar os funcionários é oferecer prêmios que realmente agradem os diferentes perfis de colaboradores. “A gente oferece desde uma sessão de cinema, até uma viagem para assistir a Copa de 2018 na Rússia”, explicou André.

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Ele também acrescenta que mesmo em momentos de crise, oferecer dinheiro como prêmio de motivação não é eficaz, pois “a hora do reconhecimento é o momento de sair do lugar comum”. “A empresa precisa celebrar e reconhecer a meta alcançada e nesse caso, propomos sempre que se ofereça uma experiência, que depois de vivida, se torna uma boa lembrança”, completou, conforme informações da assessoria de imprensa.   

O juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, informou o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) que o ex-presidente Lula tem 'rendimentos provenientes de aposentadoria e ainda lucros e dividendos expressivos recebidos de pessoas jurídicas'.

A informação de Moro foi dada no âmbito de mandado de segurança ajuizado pela defesa de Lula contra o bloqueio de bens do ex-presidente que incluiu R$ 660,7 mil em quatro contas bancárias e R$ 9 milhões de fundo previdenciário na BrasilPrev.

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O confisco foi ordenado por Moro em ação de sequestro e arresto sobre o patrimônio de Lula movida pelo Ministério Público Federal em outubro de 2016.

Moro decretou o bloqueio em 14 de julho, dois dias depois que condenou Lula a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso triplex - imóvel no Guarujá (SP) que a Lava Jato atribui ao petista, o que ele nega enfaticamente.

Contra a medida, a defesa de Lula ajuizou mandado de segurança no TRF4, Corte federal que analisa recursos contra as decisões de Moro.

A defesa alegou, entre outros argumentos, 'ameaça à subsistência' do ex-presidente.

No ofício encaminhado ao desembargador João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato no TRF4, Moro assinala que 'os bloqueios ordenados não impedem a percepção de rendimentos supervenientes pelo acusado'.

"Na última declaração de rendimentos do acusado disponível nos autos, constam declarados rendimentos provenientes de aposentadoria e ainda lucros e dividendos expressivos recebidos de pessoas jurídicas, verbas estas, em princípio, não afetadas pela ordem judicial", destaca o magistrado.

"Também ali declarados rendimentos financeiros expressivos, mas estes, necessário reconhecer, são afetados pelo bloqueio judicial", seguiu Moro. "De todo modo, informa-se que a pretensão de liberação dos valores sob esse fundamento, da necessidade para subsistência, não foi apresentada a este Juízo."

Moro destacou que o sequestro e confisco atingiu ‘não só o produto identificado dos crimes, o aludido apartamento do Guarujá, mas também bens de valor equivalente ao total da propina paga, de cerca de R$ 16 milhões’.

O juiz da Lava Jato acentua que 'não foi possível identificar o seu (da propina) destino específico, eventualmente consumida para financiamento a eleições'.

A constrição foi ordenada também 'para garantir o ressarcimento dos danos provenientes do crime', segundo o juiz.

Moro assinalou que o Ministério Público Federal tem 'legitimidade concorrente ao da entidade pública especificamente lesada'.

"A constrição recaiu sobre imóveis e veículos do acusado, preservada, porém, a sua posse", seguiu Moro, nas informações ao TRF4. "Foi também preservada a meação do cônjuge sobre os bens imóveis, já que se trata de sequestro sobre bens substitutivos e arresto."

O bloqueio do Banco Central levou ao congelamento nas contas de R$ 660,7 mil. Moro já ordenou a transferência do montante para contas judiciais. "A medida não prejudica a livre movimentação das contas após a efetivação do bloqueio sobre o saldo do dia. Os valores bloqueados permanecerão em contas judiciais aguardando o trânsito em julgado."

O juiz acrescentou que a Brasilprev Seguros e Previdência comunicou bloqueio de R$ 7.190.963,75, em plano de previdência empresarial, e de R$ 1.848.331,34, em plano de previdência individual.

"Foi comunicado à Brasilprev que os valores devem permanecer bloqueados junto à própria empresa de previdência privada, sem movimentação ou resgate, até nova determinação judicial, o que só será feito após o trânsito em julgado."

"Observa-se que caso o bloqueio dos ativos bancários tenha inadvertidamente atingido verbas alimentares, pode-se proceder à liberação delas mediante requerimento da parte", ressaltou Moro. "Não houve requerimentos nesse sentido perante este Juízo até o momento."

O juiz anotou, ainda, que 'quanto à alegação de ameaça à subsistência, observa-se que os bloqueios ordenados não impedem a percepção de rendimentos supervenientes

pelo acusado’.

A defesa de Lula também reclamou, via mandado de segurança, que outros condenados na mesma ação do triplex 'não sofreram as mesmas medidas'. A defesa citou o empresário José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, e o executivo Agenor Franklin Magalhães Medeiros, ambos condenados no processo do triplex.

Sobre isso, Moro esclareceu o TRF5 que Léo Pinheiro e Agenor Franklin 'já tinham tido o seu patrimônio submetido à constrição em decorrência de ações penais e medidas cautelares pretéritas, sendo, portanto, desnecessárias novas'.

Moro finalizou."Quanto à reclamação da falta de demonstração de urgência, cumpre ressalvar que a lei não exige situação de urgência para as medidas assecuratórias patrimoniais do processo penal, já que o principal objetivo é recuperar o produto do crime. Era o que tinha a informar. Cordiais saudações."

Após recuar em nove dos últimos 10 pregões - acumulando retração de 4,76% -, o dólar sofreu realização de lucros nesta tarde de sexta-feira, 21, e fechou em alta, com o real acompanhando seus pares - peso mexicano e dólar australiano - em meio à desvalorização de mais de 2% do petróleo. Contribuiu também para o movimento altista a cautela antes da próxima semana, quando o Banco Central decide o novo patamar da Selic.

No mercado à vista, o dólar terminou em alta de 0,49%, aos R$ 3,1424. O giro financeiro somou US$ 1,24 bilhão. Na mínima, a moeda ficou em R$ 3,1116 (-0,49%) e, na máxima, a R$ 3,1429 (+0,50%).

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Segundo o diretor da corretora Correparti Jefferson Rugik, depois que o dólar atingiu o patamar dos R$ 3,11 com o anúncio de que o ingresso de investidores estrangeiros no País (IDP) em junho ficou acima do esperado (US$ 3,991 bilhões, acima da mediana de US$ 2,650 bilhões), os investidores, principalmente as tesourarias de bancos, viram oportunidade de recomposição de posição comprada. O operador da corretora Multimoney Durval Corrêa observou ainda uma corrida de importadores que avaliaram que o dólar estava com bom preço.

No entanto, foi somente durante à tarde que o movimento comprador ficou mais claro. Para um gerente de mesa de derivativos, o dólar estava muito baixo e isso gerou um ajuste no valor em função da cautela, com o investidor de olho na próxima semana.

Corrêa, da Multimoney, destacou que com o aumento efetivo dos preços nas bombas de gasolina, após a elevação do PIS/Cofins sobre os combustíveis anunciado ontem, houve uma mudança no parâmetro da inflação, com a previsão para o IPCA no ano passando de 3,0% para 3,5%. Embora não seja um aumento expressivo, segundo o operador, o mercado já começou a olhar para uma inflação mais acelerada e o "efeito cascata" que isso pode causar. Por causa disso, "o mercado está atento quanto ao próximo corte na Selic (na próxima quarta-feira), se será mesmo de 1 ponto porcentual ou quem sabe 0,5 ponto, prevendo que tenham mudanças pela frente", explicou Corrêa.

Além da realização e cautela, a trajetória de alta acompanhou também o exterior. O petróleo fechou em queda superior a 2%, pressionado pela expectativa de aumento da oferta da commodity pelos Estados-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Diante disso, moedas ligadas à commodity, como o peso mexicano e dólar australiano, foram penalizadas, influenciando o comportamento do real.

No mercado futuro, o dólar para agosto subiu 0,66%, aos R$ 3,1480. O volume financeiro movimentado somou US$ 12,78 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,1170(-0,33%) a R$ 3,1505 (+0,74%).

A Bovespa terminou em alta nesta quarta-feira, 23, pelo quarto dia seguido. O leve sinal positivo foi definido nos ajustes finais da sessão, que foi pautada majoritariamente por um movimento de realização de lucros, a partir dos ganhos de 3,65% acumulados entre sexta-feira e terça-feira e em meio à a volatilidade dos preços do petróleo no exterior nesta véspera de feriado do Dia de Ação de Graças nos EUA.

No decorrer da tarde, a correção em baixa já vinha perdendo força e culminou na virada para o positivo no apagar das luzes. Entre os papéis, as ações da Petrobras fecharam sem tendência única, diante da falta de direção firme nas cotações da commodity, enquanto Vale e siderúrgicas deram sequência à trajetória ascendente dos pregões recentes. Já o setor financeiro fechou majoritariamente em baixa.

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O Ibovespa terminou com ganho de 0,05%, aos 61.985,90 pontos. Na máxima, foi a 62.046 pontos (+0,15%). Na mínima, atingiu 61.234 pontos, queda de 1,16%. O volume financeiro foi de R$ 7,067 bilhões. Em novembro, o índice acumula perda de 4,53% e em 2016, avanço de 42,99%.

"O dia da bolsa foi de giro, com petróleo volátil e bolsas em Nova York no zero a zero. Nesta quinta-feira é feriado nos EUA, o que reduz um pouco o apetite do investidor", resumiu um operador, segundo o qual os estrangeiros seguiram nesta quarta na ponta de compra.

A despeito de terem renovado recordes de pontuação nos últimos dias, os índices de ações em Nova York relutavam em engatar uma correção diante indicadores positivos da economia divulgados ao longo do dia. Por volta de 18h, o Dow Jones subia 0,22% e o S&P 500 recuava 0,04%.

O petróleo alternou altas e baixas durante toda a sessão e as ações da Petrobras acompanharam. A PN recuou 0,50% e a ON subiu 0,62%. Enquanto aguardam um acordo sobre a produção na reunião da Opep, na semana que vem, os investidores avaliaram declarações do governo do Iraque e dados mistos de estoques na última semana divulgados nos EUA. A queda de 1,255 milhão de barris de petróleo surpreendeu analistas, que esperavam alta de 800 mil, mas, em contrapartida, os estoques de gasolina subiram 2,317 milhões, muito mais que o previsto (900 mil). No Iraque, o ministro da commodity do país, Jabbar al-Luaibi, disse estar preparado para cortar a produção, em cooperação com outros membros da Opep.

A volatilidade vista nos preços do petróleo estimulou uma correção em baixa na bolsa, mas que foi limitada pelo desempenho das mineradoras e siderúrgicas. "Se não fosse isso, estaria caindo bem mais", comentou o diretor da Valora Gestora de Recursos, William Castro Alves.

As ações da Vale, que vêm subindo entre 5% e 7%, desde o começo da semana, renovaram o fôlego de alta, a partir do avanço de 1,5% dos preços do minério na China. Siderúrgicas se destacaram entre as maiores valorizações do Ibovespa, diante da confirmação de aumento de preços pela Usiminas a partir de dezembro. Vale PNA subiu 1,29% e Usiminas PNA, +7,60%. CSN ON avançou 6,67%.

Enquanto outros segmentos do comércio e indústria ainda contabilizam os prejuízos em decorrência da crise, o varejo farmacêutico comemora o faturamento muito positivo do setor nos três primeiros trimestres de 2016. De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (21) pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP), as 27 redes associadas à Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) acumularam R$ 29,20 bilhões com as vendas entre janeiro a setembro. O valor representa um crescimento de 12,03% nos lucros em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo a Abrafarma, os genéricos tiveram um papel de destaque na elevação do faturamento. Em 2016, a busca por essa categoria de medicamentos cresceu 13,87%, movimentando R$ 3,45 bilhões com mais de quase 219 milhões de unidades vendidas. A tendência de envelhecimento da população também contribuiu para o crescimento das estatísticas. Mas para Sérgio Mena Barreto, presidente executivo da Associação, o fator primordial para os bons resultados do setor parte do processo de gestão desenvolvido pelas redes farmacêuticas. “Há um investimento constante na ampliação de lojas, diversificação de mix de produtos e investimentos em aberturas de centros de distribuição próprios, para evitar a falta de itens nos estoques”, ressalta.

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Ao todo, cerca de 1,6 bilhões de remédios - genéricos e não genéricos - foram comercializados no país até setembro (2,29% mais do que no ano passado), gerando um montante de R$ 19,75 bilhões para a rede varejista farmacêutica. No mesmo caminho e período, a venda dos não medicamentos (itens de higiene, cosméticos, perfumaria e conveniência) avançou 9,71% em relação à 2015 e resultou no faturamento de R$ 9,44 bilhões.

Os indicadores tem calhado no crescimento do número de unidades farmacêuticas em operação no país. Em 2015 eram 5.746 e em setembro já eram contabilizadas 6.289. A estimativa é que o ano se encerre com cerca de 7 mil unidades em funcionamento.    

Os contratos futuros de ouro fecharam em queda nesta quarta-feira, 3, em dia de fortalecimento do dólar e realização de lucros. Os operadores também ficaram de olho do relatório de empregos do setor privado, divulgado pela Automatic Data Processing/Macroeconomic Advisers (ADP/MA), que veio ligeiramente acima das expectativas.

Com esse cenário, a busca por ativos considerados seguros, entre os quais se encaixa o ouro, ficou prejudicada e fez o contrato para dezembro do metal negociado na Nymex fechar em queda de 0,57%, a US$ 1.364,70 por onça-troy.

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A alta do dólar justifica-se pelos dados da ADP, que mostraram a criação de 179 mil empregos no setor privado dos EUA em julho, ante expectativa de 178 mil. Um dólar mais alto significa que o ouro se torna mais caro para investidores estrangeiros, afetando a procura pelo metal precioso.

Além disso, o dado positivo do mercado de trabalho dá força à possibilidade do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) elevar os juros da economia, o que coloca pressão sobre o ouro. Como o metal não rende juros aos seus investidores, uma elevação deles tornaria outros ativos mais interessantes. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Bovespa deu continuidade nesta terça-feira, 2, ao movimento de realização de lucros iniciado ontem e fechou em queda, acompanhando o pessimismo nos mercados acionários internacionais e a persistente desvalorização do petróleo. Logo no começo do dia, os investidores já foram frustrados pelo pacote de estímulo econômico do Japão, que veio aquém do esperado. Mas o mau humor se consolidou de vez no início da tarde, quando os contratos futuros do petróleo, que antes tentavam uma recuperação, firmaram-se em território negativo, ampliando as perdas para a casa dos 2% em Nova York. Por aqui, apesar do sinal negativo, o Ibovespa ainda conseguiu se sustentar no patamar dos 56 mil pontos, graças ao bom desempenho de Itaú Unibanco PN. O papel de maior peso no índice à vista terminou entre os destaques de alta, beneficiado pelo balanço trimestral do banco, que agradou aos analistas.

O Ibovespa terminou o pregão em queda de 1,05%, aos 56.162,37 pontos, acumulando perdas de 2% desde ontem. No meio da tarde, quando os contratos futuros de petróleo ampliavam a trajetória de queda, o Ibovespa marcou mínima aos 55.696 pontos (-1,87%). Já durante a primeira metade dos negócios, a bolsa ficou instável e conseguiu subir apenas 0,38% na máxima, aos 56.974 pontos. O giro financeiro somou R$ 7,10 bilhões. No ano, a bolsa acumula valorização de 29,56%.

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"O mercado está tentando buscar uma zona de suporte para o Ibovespa; seria mais complicado se tivesse fechado abaixo do patamar dos 56 mil pontos hoje", comentou o economista-chefe da ModalMais, Álvaro Bandeira. Para ele, o fato de a Bovespa ter registrado queda pelo segundo dia seguido não indica necessariamente uma tendência de baixa para o mercado acionário brasileiro. "O fluxo do investidor estrangeiro tem sido forte, temos visto a pessoa física voltando, o IPO da Energisa superou bem a oferta. Na economia, alguns números começam a melhorar. O impeachment está na reta final e isso pode acionar medidas de maior correção de rumo", enumera o profissional. "O quadro é mais propositivo e isso vai bater na melhor precificação dos ativos", acredita Bandeira.

De fato, apenas no mês de julho os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 4,614 bilhões na Bovespa, segundo dados divulgados hoje pela BM&FBovespa. No acumulado de 2016, a bolsa acumula superávit de R$ 17,255 bilhões em recursos externos.

Entre as blue chips, as ações da Petrobras terminaram em direções opostas, com as ON em queda de 1,29% e as PN, com valorização de 0,80%. No exterior, os contratos futuros de petróleo seguem em baixa. Alguns analistas apontam que, em meio ao excesso de oferta e aumento da produção, as refinarias poderiam reduzir as encomendas de petróleo bruto e afetar ainda mais a demanda pela commodity.

Contrariando o mau desempenho dos papéis do setor financeiro, Itaú Unibanco PN encerrou com ganho de 1,20%, numa reação positiva ao balanço da instituição, divulgado antes da abertura dos mercados. O banco reportou lucro líquido recorrente de R$ 5,575 bilhões no segundo trimestre de 2016, um valor 11,5% acima da média estimada por 12 casas consultadas pelo Broadcast. Com base nesses números, o UBS recomendou a clientes a compra dos papéis, destacando provisões mais baixas, bom controle de custos e tarifas, menor carga tributária e capital de nível 1 mais alto. Por outro lado, a revisão do guidance de crédito no Brasil foi apontada por outras casas como um fator negativo.

O aumento do estresse no quadro político provocou realização de lucros no mercado de juros e as taxas fecharam a sessão em alta nos vencimentos de médio e longo prazos, enquanto os curtos subiram reagindo à fala de Ilan Goldfjan, indicado à presidência do Banco Central, sabatinado nesta terça-feira, 7, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Ao término da negociação regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 (154.260 contratos) projetava 13,600%, de 13,565% no ajuste da véspera.

O DI janeiro de 2018 (171.730 contratos) encerrou em 12,56%, de 12,51% no ajuste de ontem. O DI janeiro de 2019 (172.355 contratos) subiu de 12,29% para 12,34%, e o DI janeiro de 2021 fechou em 12,39%, de 12,31%, com 123.370 contratos.

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O sinal de alta foi determinado já na abertura dos negócios, em reação aos pedidos de prisão feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a Teori Zavascki, ministro relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-RJ), do ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) e do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que foi ministro do Planejamento do governo do presidente em exercício, Michel Temer. O trio aparece em conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que, para os investigadores, contêm indícios de conspiração para derrubar todas as apurações em curso sobre o esquema de corrupção da Petrobras.

Renan divulgou nota em que diz que o pedido de prisão foi "desproporcional e abusivo". "Toda vez que há exagero, extravagância, excesso, desproporcionalidade, expressões como democracia, Constituição, liberdade de opinião e presunção de inocência perdem prestígio. Não vamos colaborar com isso", disse Renan após informar que é preciso aguardar a decisão do STF.

Na sabatina, Ilan afirmou à CAE que à frente da autoridade monetária retribuirá confiança depositada em sua indicação atingindo meta de inflação e disse que vai mirar o centro da meta. "Bandas de tolerância servem para acomodar choques", disse. Segundo ele, a manutenção de nível baixo e estável de inflação reduz incertezas e torna a sociedade mais justa. Sua indicação foi aprovada pela CAE por 19 votos a 8. Na ótica do mercado, as afirmações sugerem que o ciclo de cortes da Selic pode demorar um pouco mais do que se espera.

Em plena crise política e com três presidentes em 2015, a CBF registrou um salto em seus lucros no ano passado. Segundo membros da cúpula da entidade, o faturamento chegou a mais de R$ 520 milhões, com lucros de R$ 72 milhões. O valor é um salto importante em comparação ao que foi registrado em 2014, com lucros de R$ 51 milhões.

Parte do aumento, porém, ocorreu graças à desvalorização da moeda brasileira. Com contratos assinados em dólar, a entidade viu sua renda aumentar em reais. Para 2016, porém, a história pode ser outra. A CBF perdeu patrocinadores como a Gillette, Sadia, Michelin e a Petrobrás, que bancava a Copa do Brasil. Mas entrou a Ultrafarma, além da Continental na Copa do Brasil.

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Em 2015, José Maria Marin foi preso, Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira foram indiciados pela Justiça americana e, em 2016, o presidente interino é o coronel Antonio Nunes.

Na Fifa, a crise de corrupção também já afetou a renda da entidade. Pela primeira vez em 14 anos, a Fifa registrou um déficit de US$ 110 milhões, um ano após a Copa mais milionária da história.

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