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O presidente nacional do PT, Rui Falcão, voltou a protestar nesta sexta-feira, 17, contra a prisão do ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto. "Não há nenhuma razão para a prisão de Vaccari", disse Falcão. O petista reclamou ainda das informações veiculadas pela mídia, segundo ele, de "forma seletiva", e negou as acusações de pagamento de propina em serviços que não foram prestados pela gráfica Atitude.

O suposto esquema foi tornado público ontem pela força-tarefa da Operação Lava Jato. Falcão disse que a evolução de patrimônio de Vaccari e da família, usada para justificar a prisão, tem comprovação fiscal e bancária.

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O presidente nacional do PT, Rui Falcão, deixou no início da noite desta quinta-feira, 16, a sede do partido, no centro de São Paulo, falou rapidamente com a imprensa, mas evitou dar pistas sobre quem será o escolhido para substituir o ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto, preso ontem pela Polícia Federal (PF).

Questionado sobre a possível dificuldade em encontrar um novo ocupante para o posto, Falcão se esquivou. "Não, não há nenhuma dificuldade." Falcão prometeu uma decisão para amanhã, quando o diretório nacional do partido se reúne. Após a reunião, Falcão disse que ele próprio dará uma coletiva anunciando o nome.

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O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Rui Falcão, lançou, nesta terça-feira (14), uma enquete sobre o fim do financiamento privado de campanha. A pesquisa visa colher informações se a legenda poderia ou não abrir mão, voluntariamente, de doações empresariais para financiar campanhas políticas.

Na enquete, o líder do PT garante ser contra o financiamento e lança a indagação aos internautas. “O PT defende o fim do financiamento empresarial de campanha. Eu defendo que nosso partido precisa abrir mão, VOLUNTARIAMENTE, desse tipo de contribuição. E você? Concorda comigo?”, pergunta Falcão no site do PT.

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Para Rui Falcão a pesquisa também tem o intuito de debater com os eleitores o assunto. “Ainda não há consenso sobre isso, essa é uma posição minha. Faço essa pesquisa como forma de ampliar o debate em torno do tema, tudo precisa ser debatido e analisado”, reforçou o petista.

Em reunião do partido no último dia 31 de março, em São Paulo, Rui Falcão já havia saído em defesa da proposta. A mudança na forma de recebimento dos recursos poderá ser votada em reunião o Diretório Nacional, no dia 17 de abril, em São Paulo. Para o presidente do PT, a alteração na forma de recebimento de doações eleitorais representaria uma “mudança de cultura”.

O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, fez um apelo por meio de um vídeo divulgado no Youtube, nesta sexta-feira (10) aos filiados e militantes da legenda.  Na gravação o líder nacional da agremiação conclamou que os integrantes da sigla mantenham a confiança no Brasil e na legenda.

“É hora da gente confiar no Brasil, confiar no PT. Nós já enfrentamos momentos mais difíceis do que os de hoje e a esperança sempre nos levou a avançar”, avaliou. Na publicação, Falcão reforçou a importância da militância e filiados o PT e disse que a força da legenda está no diálogo com o povo e em acreditar no futuro. “A força do PT é acreditar nas mudanças sociais e que nós vamos ter um país melhor”, pontuou.

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O presidente nacional do PT também comentou a existência de ações manipuladoras contra o partido e convidou os militantes para a defesa do partido nas ruas. “Tem uma manipulação grande contra nós, tem um ataque grande contra o nosso partido, e nós precisamos nos defender, precisamos ir pra rua, continuar debatendo com a população, porque essa é a nossa força”, solicitou.

PL 4330 - Ainda na gravação, Rui Falcão agradeceu a participação e apoio da militância nas manifestações do dia 31 de março e também na mobilização contra o Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização. “Eu sei que não está fácil, as pessoas trabalham, não têm todo tempo, tem muita mídia contra, muita gente falando mal, mas vocês têm tido coragem de promover debates e de apoiar a luta dos trabalhadores”, elogiou, relembrando aos petitas da realização do 5º Congresso Nacional da sigla, marcado para  os dias 11 e 13 de junho, em Salvador (BA).

Confira o vídeo na íntegra abaixo:

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse na noite desta segunda-feira (30) que não foi discutida na reunião com dirigentes estaduais do partido o afastamento do tesoureiro do partido, João Vaccari Neto. A Justiça Federal aceitou, na semana passada, denúncia contra Vaccari, no âmbito da operação Lava Jato. Segundo Falcão, foram apresentadas apenas duas cartas, pelos diretórios de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, pedindo genericamente que pessoas citadas na investigação sejam afastadas.

Falcão tentou evitar qualquer avaliação pessoal sobre o caso de Vaccari, mas argumentou que "quem é acusado não é culpado". Disse que qualquer iniciativa desse tipo no partido tem de partir de uma decisão coletiva, seguindo os ritos internos. "Não há nenhuma proposta, até o momento, para que o companheiro Vaccari seja afastado de suas funções", afirmou.

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Questionado sobre a posição do ex-governador Tarso Genro, que participou de outra reunião com lideranças petistas pela manhã e início da tarde, no mesmo hotel em São Paulo, e que defendeu o afastamento preventivo do tesoureiro, Falcão disse que opiniões têm de ser respeitadas e ouvidas mas que Tarso não apresentou uma proposta em instância formal. "Ele poderá apresentar na reunião do diretório nacional no dia 17 (de abril)."

Sobre o envolvimento do partido com as denúncias envolvendo desvios bilionários na estatal, Falcão repetiu a argumentação de que nenhum diretor envolvido até agora ou delator da Lava Jato é filiado ao PT. Disse também que além do PT são suspeitas movimentações financeiras para partidos como o PMDB, PSDB e PSB. "Por que para os outros partidos é doação e para o PT é propina?", perguntou.

Volta às origens

Falcão comentou os termos mais polêmicos do manifesto dos diretórios estaduais, divulgado após a reunião. O documento falou no combate ao "pragmatismo pernicioso" e ao "cretinismo parlamentar". Falou ainda em um reencontro com o partido dos anos 1980, retomada da "radicalidade" partidária e aproximação das massas e movimentos sociais, além de citar o apoio à reforma agrária e a uma reforma tributária, com taxação de grandes fortunas.

Falcão afirmou que a "radicalidade" não é de sair "quebrando coisas", mas de retomada das bandeiras históricas do PT. Com relação a política econômica de linha mais ortodoxa, adotada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse haver um consenso no partido que os ajustes são necessários para a retomada do crescimento e que essa retomada é prioritária para o país. "Subir e baixar juros não é questão de princípio para o PT. O importante pra nós é que a população não seja prejudicada com a volta da inflação, do desemprego."

O presidente do PT afirmou que Levy "está propondo um contingenciamento orçamentário que é possível fazer". Mas disse que certos ajustes, como as medidas que tocam seguro-desemprego, abono salarial, pensão por morte e seguro-defeso, precisam ser negociadas, com o Congresso Nacional e com os movimentos sociais. "As medidas, do jeito que estão, não serão aprovadas na minha opinião", afirmou.

PMDB

Perguntado se sair da "teia burocrática", do "pragmatismo pernicioso", não exigiria uma revisão da aliança com o PMDB, Falcão foi evasivo. Disse que o PT, como instância partidária, tem que discutir nacionalmente a política de alianças. Ressalvou, contudo, que há poucos partidos programáticos no País e que há realidades regionais muito distintas. "É muito difícil no Congresso, no quadro atual, você ter um quadro de alianças sem o PMDB", justificou.

Ao comentar as falas recentes do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de que o PMDB finge ser governo, Falcão também evitou polemizar. Disse apenas que Cunha é o presidente de uma instituição e que precisa ser considerado.

Após de mais de três horas de reunião entre presidentes estaduais do Partido dos Trabalhadores (PT) de todo o Brasil, o presidente nacional da legenda, Rui Falcão (PT) e o ex-presidente Lula, os integrantes do partido assinaram, com unanimidade, um manifesto nacional. O documento divulgado oficialmente pelo PT, elenca estratégias em defesa ao Governo Federal. 

Representando o Estado de Pernambuco, a presidente estadual e deputada, Teresa Leitão (PT), avaliou a reunião de forma positiva, principalmente pela adesão do documento por todos os presentes. “Vai ser um manifesto que vai sair oficialmente assinado pela Executiva Nacional do PT com todas as propostas”, reforçou.

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Antecipando o documento, a parlamentar contou ao Portal LeiaJá os principais detalhes do manifesto. “Um dos eixos é a defesa do PT. Outro eixo é a convocação de toda a base de militantes para defender o governo, e o terceiro é uma série de propostas que estarão descritas no manifesto”, revelou. 

De acordo com Teresa Leitão a reunião contou com os representantes de todos os Estados e iniciou com o discurso do presidente Rui Falcão. “Em seguida a palavra foi dada a cada um representante dos Estados e logo após houve a saudação de Lula”, detalhou. 

Confira o manifesto na íntegra:

“Manifesto dos DRs

Nunca como antes, porém, a ofensiva de agora é uma campanha de cerco e aniquilamento. Como já propuseram no passado, é preciso acabar com a nossa raça. Para isso, vale tudo. Inclusive, criminalizar o PT — quem sabe até toda a esquerda e os movimentos sociais.

Condenam-nos não por nossos erros, que certamente ocorrem numa organização que reúne milhares de filiados. Perseguemnos pelas nossas virtudes. Não suportam que o PT, em tão pouco tempo, tenha retirado da miséria extrema 36 milhões de brasileiros e brasileiras. Que nossos governos tenham possibilitado o ingresso de milhares de negros e pobres nas universidades.

Não toleram que, pela quarta vez consecutiva, nosso projeto de País tenha sido vitorioso nas urnas. Primeiro com um operário, rompendo um preconceito ideológico secular; em seguida, com uma mulher, que jogou sua vida contra a ditadura para devolver a democracia ao Brasil.

Maus perdedores no jogo democrático, tentam agora reverter, sem eleições, o resultado eleitoral. Em função dos escândalos da Petrobrás, denunciados e investigados sob nosso governo -– algo que não ocorria em governos anteriores –, querem fazer do PT bode expiatório da corrupção nacional e de dificuldades passageiras da economia, em um contexto adverso de crise mundial prolongada.

Como já reiteramos em outras ocasiões, somos a favor de investigar os fatos com o maior rigor e de punir corruptos e corruptores, nos marcos do Estado Democrático de Direito. E, caso qualquer filiado do PT seja condenado em virtude de eventuais falcatruas, será excluído de nossas fileiras.

O PT precisa identificar melhor e enfrentar a maré conservadora em marcha. Combater, com argumentos e mobilização, a direita e a extrema-direita minoritárias que buscam converter-se em maioria todas as vezes que as 2 mudanças aparecem no horizonte. Para isso, para sair da defensiva e retomar a iniciativa política, devemos assumir responsabilidades e corrigir rumos. Com transparência e coragem. Com a retomada de valores de nossas origens, entre as quais a ideia fundadora da construção de uma nova sociedade.

Ao nosso 5º Congresso, já em andamento, caberá promover um reencontro com o PT dos anos 80, quando nos constituímos num partido com vocação democrática e transformação da sociedade – e não num partido do “melhorismo”. Quando lutávamos por formas de democracia participativa no Brasil, cuja ausência, entre nós também, é causa direta de alguns desvios que abalaram a confiança no PT.

Nosso 5º Congresso, cuja primeira etapa será aberta, a fim de recolher contribuições, críticas e novas energias de fora, deverá sacudir o PT. A fim de que retome sua radicalidade política, seu caráter plural e não- dogmático. Para que desmanche a teia burocrática que imobiliza direções em todos os níveis e nos acomoda ao status quo.

O PT não pode encerrar-se em si mesmo, numa rigidez conservadora que dificulta o acolhimento de novos filiados, ou de novos apoiadores que não necessariamente aderem às atuais formas de organização partidária.

Queremos um partido que pratique a política no quotidiano, presente na vida do povo, de suas agruras e vicissitudes, e não somente que sai a campo a cada dois anos, quando se realizam as eleições.

Um PT sintonizado com nosso histórico Manifesto de Fundação, para quem a política deve ser “ atividade própria das massas, que desejam participar, legal e legitimamente, de todas as decisões da sociedade”.

Por isso, “o PT deve atuar não apenas no momento das eleições, mas, principalmente, no dia-a-dia de todos os trabalhadores, pois só assim será possível construir uma 3 nova forma de democracia, cujas raízes estejam nas organizações de base da sociedade e cujas decisões sejam tomadas pelas maiorias”.

Tal retomada partidária há de ser conduzida pela política e não pela via administrativa. Ela impõe mudanças organizativas, formativas, de atitudes e culturais, necessárias para reatar com movimentos sociais, juventude, intelectuais, organizações da sociedade – todos inicialmente representados em nossas instâncias e hoje alheios, indiferentes ou, até, hostis em virtude de alguns erros políticos cometidos nesta trajetória de quase 35 anos.

Dar mais organicidade ao PT, maior consistência política e ideológica às direções e militantes de base, afastar um pragmatismo pernicioso, reforçar os valores da ética na política, não dar trégua ao “cretinismo” parlamentar – tudo isso é condição para atingir nossos objetivos intermediários e estratégicos.

Em concordância com este manifesto, nós, presidentes de Diretórios Regionais de 27 Estados, propomos:

1. Desencadear um amplo processo de debates, agitação e mobilização em defesa do PT e de nossas bandeiras históricas;

2. Defesa do nosso legado político-administrativo e do governo Dilma;

3. Participar e ajudar a articular uma ampla frente de partidos e setores partidários progressistas, centrais sindicais, movimentos sociais da cidade e do campo, unificados em torno de uma plataforma de mudanças, que tenha no cerne a ampliação dos direitos dos trabalhadores, da reforma política, da democratização da mídia e da reforma tributária;

4. Apoiar o aprofundamento da reforma agrária e do apoio à agricultura familiar;

5. Orientar nossa Bancada a votar o imposto sobre grandes fortunas e o projeto de direito de resposta do senador Roberto Requião, ambos em tramitação na Câmara dos Deputados;

6. Apoiar iniciativas para intensificar investimentos nas grandes e médias cidades, a fim de melhorar as condições de saneamento, habitação e mobilidade urbana;

7. Buscar novas fontes de financiamento para dar continuidade e fortalecimento ao Sistema Único de Saúde;

8. Apoiar uma reforma educacional que corresponda aos objetivos de transformar o Brasil numa verdadeira Pátria Educadora;

9. Levar o combate à corrupção a todos os partidos, a todos os Estados e Municípios da Federação, bem como aos setores privados da economia;

10. Lutar pela integração política, econômica e cultural dos povos da América, por um mundo multipolar e pela paz mundial. O momento não é de pessimismo; é de reavivar as esperanças. A hora não é de recuo; é de avançar com coragem e determinação. O ódio de classe não nos impedirá de continuar amando o Brasil e de continuar mudando junto com nosso povo. Esta é a nossa tarefa, a nossa missão. É só querer e, amanhã, assim será! São Paulo, 30 de março de 2015.

O ex-presidente Lula (PT) participará no próximo dia 30 de março de uma reunião com representantes da Executiva Nacional e presidentes estaduais da legenda, em São Paulo. O encontro tem o objetivo de discutir a conjuntura política atual, a atuação do Partido dos Trabalhadores na agenda de mobilização dos movimentos sociais em defesa da democracia e das conquistas sociais do povo brasileiro nos últimos anos.

Durante coletiva de imprensa realizada na última segunda-feira (16), o presidente nacional do PT, Rui Falcão, informou que os diretórios regionais deverão, antes da reunião em São Paulo, fazer uma discussão sobre a conjuntura política e representatividades locais.

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Segundo o líder do PT, a intenção é que o encontro reúna avaliações sobre as situações nos estados e apresente propostas. A previsão é que o encontro ocorra no hotel Grand Mercure, na capital paulista.

 

A cúpula do PT vai defender a volta da CPMF, o imposto do cheque, como alternativa para manter os programas sociais em andamento diante do forte ajuste fiscal que será imposto pelo governo Dilma Rousseff. Além disso, o PT vai insistir na proposta de taxação das grandes fortunas, embora o governo pretenda enviar ao Congresso projeto de criação de um imposto federal sobre heranças.

"O governo é uma coisa e o partido é outra", disse o presidente do PT, Rui Falcão. "A presidenta vai mandar para o Congresso um projeto de taxar grandes heranças, que hoje é um imposto estadual sobre qualquer herança. É preciso tomar cuidado para que não achem que nós queremos tungar os velhinhos e as velhinhas. Nós queremos taxar as grandes fortunas, porque é isso que perpetua a desigualdade no mundo todo", disse o presidente do PT, Rui Falcão.

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A CPMF, por sua vez, não é chamada de imposto pelo PT. "Não estamos falando de novo imposto. É uma contribuição social sobre a saúde", afirmou Falcão.

O PT discorda da revisão de direitos trabalhistas e previdenciários proposta pelo governo para cortar despesas, como as restrições para acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial, e vai propor ao governo "fontes alternativas" para aumentar a arrecadação. Na lista estão a CPMF e o imposto sobre grandes fortunas. "Grandes fortunas, imposto sobre herança, financiamento da saúde são bandeiras aprovadas em reunião do Diretório do PT. Eu não estou inventando a roda", comentou o presidente do PT.

Questionado sobre declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para quem medidas como a taxação de grandes fortunas não têm tanto impacto, Falcão disse que, embora seja "muito difícil" no Brasil mudar a estrutura tributária "regressiva e injusta", o PT continuará insistindo nisso por causa de sua base social.

"É um impacto que ajuda no ajuste fiscal e que dialoga com a nossa base também", admitiu ele. Na avaliação de Falcão, que se reúne nesta quarta-feira com deputados do PT para discutir essas propostas, as mudanças na base tributária do Imposto de Renda também "reduzem a desigualdade e, além disso, favorecem a classe média".

Um dia depois dos protestos que reuniram milhões de pessoas contra o governo e o PT neste domingo, 15, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi para Brasília se encontrar com a presidente Dilma Rousseff para avaliar o impacto e as estratégias para lidar com as manifestações.

Lula se reuniu pela manhã com diretores do Instituto Lula e com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, para um balanço preliminar dos protestos. Logo em seguida, Lula e Falcão embarcaram juntos rumo a Brasília para encontrar com a presidente Dilma. Depois de passar mais de dois meses sem conversar, entre o final do ano passado e o começo desse ano, é a terceira vez que Lula e Dilma se reúnem para discutir política em menos de um mês.

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Apesar de ainda não se posicionar oficialmente sobre as manifestações realizadas em todo o Brasil neste domingo (15), o Partido dos Trabalhadores (PT), através de seu presidente nacional, Rui Falcão, levantou a bandeira em defesa da presidente Dilma Rousseff (PT). Nas redes sociais o petista ironizou a situação de muitas pessoas criticarem a gestão petista e mandou recado pedindo que esperem até a próxima eleição.

Demonstrando compreensão em relação aos atos públicos, Falcão postou no Twitter “que todas as manifestações são legítimas, ajudam a consolidar e fortalecem a democracia” além desta postagem, ele também afirmou que o partido respeita a mobilização. “O Partido dos Trabalhadores reconhece e respeita toda e qualquer manifestação popular”, acrescentou.

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Mesmo com o “entendimento” e aceitação em relação aos protestos, o presidente nacional da legenda mandou recado para quem é contra ao governo de Dilma. “Quem não quer a presidente, quem não quer o nosso governo, espere até 2018 para disputar nas urnas”, disparou Falcão. 

 

 

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, negou que haja qualquer tipo de crise no partido, mas disse que pretende aproveitar o debate em torno do 5º Congresso Nacional do PT - que ocorrerá nos dias 11 e 14 de junho - para fortalecer a legenda. "Vamos tomar medidas de ajuste, renová-lo. O Brasil muda, o PT muda com o Brasil", falou em conversa com jornalistas neste sábado (14), ao chegar a evento na capital gaúcha.

Falcão disse que o partido vai se reunir após os protestos deste domingo (15) para avaliar os próximos passos a serem tomados. "Existe um calendário, sim, no final do mês eu pretendo chamar todos os presidentes estaduais (do PT) para uma reflexão sobre a conjuntura, e nós vamos multiplicar esses atos. O nosso povo está indo para a rua", afirmou.

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Ele explicou que também existe a intenção de construir um "bloco político maior do que o PT", com a participação de entidades, organizações e partidos de esquerda, para avançar na reforma política e em outros projetos que o partido apoia, como a democratização dos meios de comunicação. "Nós não vamos ser nunca linha auxiliar da oposição, mas também não somos beija-mão da situação. Temos nossa independência, nossa autonomia, e queremos ajudar o governo a avançar."

Perguntado sobre a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas discussões sobre os rumos do partido, Falcão disse que Lula é a maior liderança nacional do Brasil. "Ele é a maior liderança que o País já produziu. Ele tem dialogado conosco, com a presidente (Dilma Rousseff), tem uma intuição política notável", falou.

Popularidade

Falcão afirmou que não vê crise econômica nem política no Brasil. Sobre o quadro político, avaliou que, diferentemente de uma crise, o que ocorre é um "jogo do Congresso com o Executivo". Algo que, segundo ele, já está sendo solucionado. E tratou a crise econômica como "dificuldades passageiras" que decorrem de uma crise mundial da qual o governo petista protegeu os brasileiros nos últimos 12 anos. "Essas dificuldades serão vencidas", disse.

Ele afirmou que considera natural que a popularidade da presidente Dilma Rousseff tenha caído nas pesquisas feitas no início do ano. "No momento tínhamos uma conjugação de crise de falta de água em São Paulo e outras regiões, aumento natural que ocorre todo ano no IPVA, IPTU, nas tarifas de transporte e de energia. Era natural que houvesse um declínio da popularidade", disse. "Mas estamos confiantes, pelas políticas que nosso governo vem fazendo, pelo tratamento que está dando à crise e pela perspectiva de futuro para o nosso País, de que certamente ela vai retomar a popularidade."

Segundo Falcão, Dilma tem se dedicado a ouvir a população e "vai continuar a fazer isso, seja em Brasília ou nos eventos de que participa". Na sexta-feira (13), em um ato de defesa da Petrobras, no Rio de Janeiro, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, desafiou a presidente a sair "do palácio" e "ouvir o povo". Stédile é esperado neste sábado (14) à tarde no seminário do PT gaúcho, para participar do painel denominado "As lutas sociais no Brasil no atual momento político e o Recrudescimento Conservador". O evento é fechado à imprensa.

Perguntado sobre a citação de políticos petistas no âmbito da investigação Lava Jato, Falcão voltou a dizer que a "simples menção numa lista apontada por delatores não é sinal de culpa". Segundo ele, o PT defende que todos os políticos, independentemente do partido, supostamente envolvidos sejam ouvidos e tenham direito à defesa.

"No caso do PT, acreditamos na inocência de todos que foram citados. Caso se comprove com relação a qualquer militante culpa formada e condenação, o PT tem um estatuto que prevê punições, e a mais grave é a expulsão", disse. Segundo ele, o PT não é um partido corrupto e não aceitará esse "tipo de estigma".

Impeachment

O presidente nacional do PT afirmou que o partido não está "apreensivo" com os protestos previstos para este domingo (15) no País contra o governo da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, a legenda encara esse tipo de manifestação com naturalidade. "O que nós achamos que não podemos permitir é que haja violência, estímulo ao quebra-quebra e rompimento da legalidade, porque houve uma eleição. Quem quiser mudar a presidente deve esperar 2018", disse.

Falcão argumentou que não existe "nenhuma base" para se discutir um processo de impeachment. "Não há um fato jurídico, um fato concreto que motive qualquer pedido de impedimento, e do ponto de vista político menos ainda porque as pessoas relutam em falar nisso", disse, acrescentando que as instituições no País estão funcionando a pleno vapor, punindo corruptos e corruptores. "Quem não quer a presidente, quem não quer o nosso governo, espere até 2018 para disputar nas urnas."

As declarações seguem o mesmo tom adotado pelo presidente petista em vídeo publicado na quinta-feira (12) direcionado à militância. Em Porto Alegre, ele elogiou os atos pró-Dilma realizados nesta sexta-feira (13) em 24 Estados pelo fato de terem ocorrido pacificamente. "No País todo houve manifestações. Em São Paulo ocorreu a maior delas, com mais de 50 mil pessoas, sem conflito, violência ou quebradeira", disse. Falcão ressaltou que os manifestantes defenderam a democracia, a reforma política e a Petrobras, mas também questionaram algumas políticas que o governo federal vem implementando e sobre as quais está "dialogando" com a sociedade.

Sobre a expectativa para os protestos anti-Dilma programados para este domingo (15), organizados pelas redes sociais, Rui Falcão afirmou que parecem ter "várias bandeiras". Ele disse acreditar que o engajamento de artistas e a divulgação por parte da imprensa pode levar a uma participação de grandes dimensões. Segundo ele, no entanto, a popularidade da presidente não se mede por esse tipo de evento. "O fato de as pessoas poderem ir às ruas é sinal de que nosso governo e a presidente garantem a democracia no País", disse.

Falcão chegou à capital gaúcha na manhã deste sábado (14) para participar de um seminário organizado pelo PT do Rio Grande do Sul. O ex-governador gaúcho Tarso Genro também está presente, assim como deputados federais e estaduais. O evento é fechado à imprensa.

Com nomes de seis petistas citados na lista do Supremo Tribunal Federal (STF) para serem investigados de supostos envolvimentos com a operação Lava Jato da Petrobras, o Partido dos Trabalhadores (PT), por meio de seu presidente nacional, Rui Falcão, emitiu nota oficial. No texto, com quase 20 linhas, o petista declara apoio às investigações da justiça de forma “rigorosa e sem favorecimentos ou parcialidade”. 

Apesar de mostrar-se favorável a investigação, Falcão pontua “que todos os acusados devem ter direito ao contraditório, à ampla defesa e ao devido processo legal”. Porém, ele também cita a possibilidade de punições previstas no Estatuto, caso seja comprovada a culpa de qualquer filiado ao PT. 

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Na lista divulgada pelo STF nessa sexta-feira (6) os petistas expostos são: a senadora Gleisi Hoffmann (PR),  o senador Humberto Costa (PE),  o senador Lindbergh Farias (RJ), o deputado José Mentor (SP), o deputado Vander Loubet (MS) e o ex-deputado Cândido Vaccarezza (SP).

Confira a nota do PT na íntegra:

Nota oficial

Diante dos pedidos de abertura de inquérito encaminhados ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral da República, em que nomes de filiados ao Partido dos Trabalhadores são mencionados, o PT tem a informar o seguinte:

1) Reafirmamos integral apoio ao prosseguimento das investigações que se realizam no âmbito da chamada Operação Lava Jato, de forma completa e rigorosa, sem favorecimentos ou parcialidade, nos marcos do Estado Democrático de Direito.

2) O partido reafirma ainda sua convicção, manifestada publicamente em seguidas reuniões do Diretório Nacional, de que todos os acusados devem ter direito ao contraditório, à ampla defesa e ao devido processo legal. E, ao final de eventual processo, caso seja comprovada a culpa de qualquer filiado ao PT, serão aplicadas punições previstas no Estatuto.

3) O PT se orgulha de liderar governos que combatem implacavelmente a corrupção. Foram os governos Lula e Dilma que mais combateram a corrupção, fortalecendo os órgãos de fiscalização e controle e garantindo a independência e a autonomia do Ministério Público e da Polícia Federal;

4) O PT reitera que todas as doações que recebe são legais e devidamente declaradas à Justiça Eleitoral.

São Paulo, 6 de março de 2015.

Rui Falcão

De passagem pelo Recife, nesta quinta-feira (15), para articular votos em apoio a sua candidatura à presidência da Câmara Federal, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) avaliou as críticas feitas pela senadora Marta Suplicy ao partido e elencou o posicionamento da ex-ministra como "solitário". O foco da até então correligionária é, segundo Chinaglia, disputar a Prefeitura de São Paulo em 2016.

"São incompreensíveis as declarações que a Marta deu", disparou. "O óbvio está se estabelecendo. Ela acaricia muito a ideia de ser candidata a prefeita de São Paulo e se isto é o principal, da fala dela, a conclusão é inevitável: não será candidata do PT.  Ela está olhando a paisagem fora do PT", acrescentou ironizando.

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De acordo com o parlamentar, Marta Suplicy já alegou ter recebido convite de diversos partidos para abrigar um provável embate com o atual gestor da capital paulista, Fernando Haddad. "Ela disse que só não teve convite do DEM e do PSDB", pontuou.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no último domingo (11), Suplicy avaliou as posturas do PT e disse que ou a legenda muda, ou acaba. Além disso, na reportagem a senadora voltou a criticar  a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT) e sugeriu que o ex-presidente Lula (PT) gostaria de ter sido o candidato na disputa presidencial em 2014. A ex-ministra também disparou contra o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, chamando-o de traidor e o ministro da Casa Civil, Aloízio Mercadante, a quem chamou de "inimigo". 

 

 

Em meio ao descontentamento generalizado de setores do PT e da base aliada com a montagem da nova equipe da presidente Dilma Rousseff, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse nesta terça-feira, 6, que a composição ministerial do segundo mandato tem "a cara do PT" e garantiu que o partido apoia todos os nomes escolhidos por Dilma.

"Não achamos que o ministério é montado de acordo com tendências políticas do PT. A presidente escolheu os ministros, eles têm toda a experiência política e o nosso apoio para exercerem suas tarefas", garantiu Falcão, após fazer uma visita de cortesia ao novo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas (PT-RS).

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No PT, atribui-se ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, a influência sobre Dilma, para que ela nomeasse Pepe Vargas, da tendência Democracia Socialista, na Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política do governo com o Congresso. Com a decisão, o grupo de Lula, abrigado na corrente Construindo um Novo Brasil, perdeu espaço na "cozinha" do Planalto.

"É um ministério com a cara do PT, como todos os anteriores, embora seja um ministério de coalizão. Nosso governo é um governo de coalizão. Não há essa oposição Dilma X Lula, Dilma X PT, Lula X PT", comentou Falcão. "Não há nenhum desconforto nosso com a escolha do ministro Pepe Vargas."

Vaias

Os novos titulares do Esporte, George Hilton (PRB), e da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB), foram vaiados na quinta-feira passada, 1º, diante da presidente Dilma Rousseff, durante a cerimônia de nomeação de ministros no Palácio do Planalto. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou pouco antes de Dilma subir a rampa do Planalto e receber a faixa presidencial, em uma passagem relâmpago na cerimônia de sua afilhada política.

Indagado se o PT não estaria virando um novo PMDB, com várias correntes internas disputando espaço e poder, Falcão respondeu: "Não vejo nenhuma similitude entre os dois partidos, o que acho é que as pessoas têm o direito de ter suas preferências, opiniões".

"O PT é um partido plural, a liberdade de expressão de pensamento que defendemos com toda a convicção não vale só para a imprensa, vale para a militância do PT", prosseguiu Falcão.

Às vésperas de o governo anunciar um novo corte de gastos, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse nesta terça-feira, 6, que o ajuste será feito sem prejudicar emprego e arrochar salários, repetindo o mesmo tom de discurso que vem sendo adotado pela presidente Dilma Rousseff desde a campanha eleitoral.

"Não vou ficar opinando sobre o alcance do ajuste. Vou repetir aquilo que eu disse: seja qual for o ajuste, é um ajuste que se fará sem sacrifício a direitos, sem prejudicar o emprego, sem arrochar salários, isso é a orientação da presidenta", afirmou Falcão, que se reuniu no Palácio do Planalto com o novo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas (PT-RS).

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"O ajuste é necessário pelo quadro econômico que vocês (dirigindo-se a jornalistas) conhecem e pelo impacto da crise econômica mundial aqui no Brasil", prosseguiu Falcão.

Demissões

Questionado sobre as demissões anunciadas pela Volskwagen, Falcão disse que ainda não conhece a "extensão" e as "razões" da decisão da empresa. "Naturalmente a preservação do emprego, principalmente de empresas que tiveram algum tipo desoneração ou benefício, é uma coisa que vamos defender", ressaltou o presidente nacional do PT.

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, entrou em contato com o presidente Volkswagen, Thomas Schmall, para pedir esclarecimentos sobre as 800 demissões anunciadas na Unidade de Anchieta.

Nesta terça-feira, funcionários da Volkswagen de São Bernardo, no ABC Paulista, decidiram iniciar uma paralisação para protestar contra as demissões.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou nesta sexta-feira, 12, que o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) deveria perder seu mandato e ser punido pelas declarações dirigidas a ex-ministra e deputada Maria do Rosário (PT-RS), quando disse que não a estupraria pois ela "não merecia". "Tem que botar ele para fora do Congresso e tem que imputar crime a ele, tem que criminalizar o que ele está fazendo", disse Rui.

O dirigente lembrou que o PT, em conjunto com PSB, PCdoB e PSOL, entrou com uma representação no Conselho de Ética contra o deputado e disse ver como positiva a manifestação, por meio de nota, do opositor PSDB. "Se o PSDB se juntar, ajuda muito na condenação do Bolsonaro", afirmou. Rui ponderou que não quer partidarizar a questão por Maria do Rosário ser petista. "Todas as mulheres foram atingidas e nós também, porque induzir, incitar o estupro é crime. O estupro em si já é crime, incitar então", reforçou.

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Rui lembrou que estatísticas conservadoras mostram que 50 mil mulheres são violentadas sexualmente por ano e disse que já está sendo organizada, pela Marcha Mundial das Mulheres, uma manifestação de repúdio ao deputado na próxima quarta-feira, 24.

Questionado se a presidente Dilma Rousseff não deveria se pronunciar também sobre o tema, Rui disse que é "evidente que ela deve estar condenando isso", mas que só ela poderia avaliar o momento certo de fazer ou não algum pronunciamento. "Tem que falar com ela. Eu não sou avaliador do sentimento da presidenta e nem porta voz."

Além de diversos partidos políticos, muitas entidades de classe já se manifestaram contrárias às declarações de Bolsonaro, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). A CUT, inclusive, informou que vai fazer uma representação no Ministério Público Federal para que ele seja imputado por apologia ao crime. (Carla Araújo, Ricardo Galhardo e José Roberto Castro)

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, negou que o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) vai diminuir o papel dos bancos públicos em um segundo mandato. Segundo Falcão, há uma tentativa de colar no governo ideias que estavam presentes nas campanhas dos adversários das eleições. "Não estamos fazendo o programa dos derrotados, o Estado vai continuar a ter papel na economia", disse, depois de reunião da chapa majoritária do partido, em São Paulo.

O dirigente disse que nunca houve campanha contra os bancos privados. "Não queremos é que os bancos públicos saiam de cena", garantiu. Falcão disse ainda que a redução de aportes do Tesouro não significa redução do papel dos bancos públicos.

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Segundo Rui, um dos pontos debatidos na reunião foram os desafios econômicos que serão enfrentados no segundo governo Dilma, como manter o mercado interno com capacidade de compra.

O petista disse ainda que as políticas de valorização salarial, transferência de renda e emprego têm crescido por 12 anos, mas que agora podem "ter algum tipo de limite". "Taxa de juros subiu para conter a inflação, mas mantida durante muito tempo não é possível induzir investimento em infraestrutura", afirmou.

O presidente do PT, Rui Falcão, disse nesta quinta-feira, 13 não acreditar que a ex-ministra da Cultura, Marta Suplicy, saia do partido para disputar a Prefeitura de São Paulo contra Fernando Haddad, em 2016, pelo PMDB ou por outra legenda.

"A Marta não vai fazer isso", afirmou Falcão, após participar de um seminário promovido pela bancada do PT na Câmara. "Ela é uma companheira valorosa e, se quiser mesmo ser candidata, tem espaço e pode se submeter ao processo de escolha no partido", emendou.

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Na terça-feira, dia 11, quando a presidente Dilma Rousseff já estava no exterior, Marta entregou sua carta demissão do Ministério da Cultura com duras críticas ao governo e à condução da política econômica. O tom da carta provocou mal-estar no Palácio do Planalto e expôs a divisão no PT.

Senadora, Marta foi preterida pelo partido nas últimas disputas e, em 2016, fará de tudo para concorrer novamente à Prefeitura de São Paulo. Apesar do discurso conciliador, porém, a cúpula do PT não quer saber de prévia entre ela e Haddad - candidato ao segundo mandato -, sob o argumento de que esse processo desgasta o partido.

Erundina

Ao ser questionado sobre a eventual saída de Marta do PT, Falcão fez questão de lembrar da derrota da ex-prefeita e hoje deputada Luiza Erundina, anos após deixar as fileiras petistas. "Lembram o que aconteceu com a Erundina? Ela foi para o PSB, concorreu à eleição com o apoio do PMDB, tinha Michel Temer de vice, um bom tempo de TV e quanto ela fez?", perguntou aos repórteres. Ele mesmo respondeu: "3% dos votos."

A referência de Falcão era à disputa de 2004, quando Erundina e também Marta perderam a eleição para a Prefeitura de São Paulo. À época, Erundina conquistou apenas 3,9% dos votos. "Na campanha, ela falava: 'Mudei de casa, mas não mudei de rua'. As pessoas respondiam: 'É, mas mudou de família'. Não acredito que a Marta siga esse caminho", insistiu o presidente do PT.

Falcão foi secretário de Governo na gestão de Marta Suplicy na Prefeitura de São Paulo (2001 a 2004). Nos últimos tempos, porém, os dois se distanciaram. Em setembro, durante ato de campanha de Dilma, no Largo 13 de Maio, em São Paulo, Falcão chegou a expulsar a então ministra do caminhão de som onde estava a presidente. Queria que ela se acomodasse em outro carro, com parlamentares. "Quem tem voto aqui sou eu", reagiu Marta, que não arredou pé de onde estava, ao lado de Dilma.

Alvo de críticas no PT, mas com base social e apoio de militantes, Marta foi porta-voz do movimento "Volta, Lula" e organizou três jantares de apoio ao ex-presidente no início deste ano. A partir daí, caiu em desgraça com Dilma, até que, logo após a eleição, pediu para deixar a equipe.

A presidente solicitou a ela que esperasse mais um pouco, para não precipitar a mudança ministerial do segundo mandato. Marta, no entanto, não conseguiu ficar nem mais uma semana após esse apelo. "Não me apequenei", escreveu ela na carta de demissão.

O presidente do PT, Rui Falcão, minimizou o impacto das denúncias da revista Veja na reta final da campanha da presidente Dilma Rousseff. Ele disse não acreditar que o tema seja abordado pelo adversário tucano, Aécio Neves, no debate desta noite, na TV Globo, mas afirmou que, se for, "terá resposta". Falcão disse ainda que espera um debate "sereno" e com "respeito" aos eleitores presentes.

"Estamos numa fase da eleição, depois do acordo do TSE, que os candidatos devem usar o debate para debater suas propostas para o País. Hoje tem um bloco de indecisos, os candidatos vão falar para o eleitor sobre as políticas, com perguntas e temas que tem que ter respeito a quem está ali. Eles querem resposta sobre saúde, educação, segurança", afirmou.

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No debate desta noite, as regras permitem que um grupo de eleitores indecisos, selecionados pela produção, façam perguntas sobre temas específicos aos candidatos. Também estão previstos perguntas diretas entre os candidatos.

"Tenho dúvida se o candidato oponente vai usar esse tipo de acusação em debate que vai ter tanto interesse, tanta audiência e ainda tantos indecisos que querem saber o que se propõe para o País. O que se propõe é uma fala suposta de um delator em revista sem credibilidade?", afirmou. "Mas se ele enveredar por esse caminho, certamente terá resposta."

Segundo ele, a estratégia será "demarcar o campo dos projetos diferentes, o que nós estamos propondo e o que eles fizeram" e disse que tem "confiança total" no desempenho da presidente. Falcão também disse que a coordenação da campanha está "tranquila" em relação às últimas pesquisas. "Mas são intenção de voto, e não voto. Não devemos antecipar o resultado."

"Ela domina todos os temas, manterá a calma. Acho que a agressividade prejudicou o candidato oponente, como tem mostrado as pesquisas. Se tiver desequilíbrio, pode haver alteração. O que não acredito é que vai ter margem para desequilíbrio. Acho que vai ser tranquilo, dificilmente vai mudar a opinião de alguém", afirmou.

O presidente do PT, Rui Falcão, classificou como "manobra de conteúdo eleitoral" a decisão da agência de classificação de risco Moody's que rebaixou a nota de crédito da Petrobras por preocupações com o endividamento e o caixa negativo da empresa.

"Precisava de mais dois rebaixamentos de nota para ter um efeito prático", ironizou Falcão em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. "Acho que é mais uma investida, uma tentativa político-eleitoral, como nós já vimos outras vezes fazerem estas agências de risco, cuja reputação, desde a queda do Lehman Brothers, precisa ser avaliada", atacou o petista.

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Falcão condenou, ainda, o que chamou de "interferência indevida" do jornal britânico Financial Times, que publicou matéria em defesa da candidatura do tucano Aécio Neves, e sobre as sucessivas quedas na Bolsa de Valores, aliadas à alta do dólar, sempre que a candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, sobe nas pesquisas, avisou: "Tem muita gente ganhando dinheiro com manipulação de pesquisas".

Ele saiu em defesa do tesoureiro do PT, João Vaccari, que estaria sendo acusado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef de arrecadar propina para o partido. Falcão nega e diz que "não há nenhuma denúncia comprovada envolvendo o companheiro Vaccari". E completou: "Ele permanece cuidando das contas do PT".

Em relação à permanência de Vaccari no Conselho de Administração da Usina Hidrelétrica de Itaipu, Rui Falcão disse que "essa decisão é do governo". Mas o presidente do PT contou que Vaccari lhe informou que quer deixar o cargo, cujo mandato só vence em 16 de maio de 2016, ainda este ano. "Ele me disse isso antes do surgimento destas denúncias infundadas", comentou. Vaccari justificou, segundo ele, que deseja ter mais tempo para se "concentrar" apenas nas questões do partido.

Questionado se pretende promover um saneamento do partido em função das denúncias, respondeu: "O PT não convive com malfeitos e atos de corrupção. Qualquer denúncia comprovada, que envolva militantes do PT, passará pelo crivo do estatuto, das regras partidárias, que exigem conduta ética e irrepreensível dos nossos militantes, inclusive no que diz respeito à fidelidade partidária".

Rui Falcão declarou que, passadas as eleições, o PT vai fazer uma avaliação interna para discutir seu futuro porque quer um "partido mais próximo das bases". Ele não disse, mas uma das avaliações internas defende a redução da influência que os quadros de São Paulo têm no partido.

No caso de um segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, ele anunciou que o partido vai "se renovar" e "dar mais efetividade nas campanhas pela reforma política". Quanto ao espaço do PT em um segundo mandato, avisou que "tem de ter um tempo para as conversas políticas", mas ressaltou que a preocupação do partido é com a "influência nas políticas públicas de governo, mais do que com postos a serem ocupados". Justifica que quer que "as políticas públicas que o PT defende possam ter visibilidade, presença e eficácia".

Fiscalização e motivação

O presidente do PT defendeu uma "intensa fiscalização" das eleições no domingo. O partido está preocupado com o que chama de "ausência pronunciada" dos eleitores que residem, principalmente, em áreas rurais e ribeirinhas, que têm dificuldade de locomoção para chegar às zonas eleitorais.

Essa taxa de ausência, lembrou, costuma ser da ordem de 18% a 20%. Boa parte do eleitorado do PT vem dessas áreas e poderia ter dificuldades de locomoção. Por isso, pediu ajuda aos tribunais regionais para que fiquem atentos ao atendimento dessas populações.

No caso dos grandes centros, Rui Facão assegurou que a militância petista está "muito motivada pelo debate e pela atuação da presidenta, pela apresentação das nossas propostas". Mas ressalvou que "não há vitória antecipada", apelando para que a militância continue nas ruas. "É preciso mais mobilização e muita fiscalização no dia da eleição e esperar vontade do eleitor manifestada nas urnas", emendou.

Debate

Segundo Rui Falcão, a presidente Dilma Rousseff dedicará a maior parte de hoje e de amanhã para se preparar para o debate da TV Globo. Para ele, o clima do encontro da noite desta sexta-feira, 24, entre os dois adversários será de tranquilidade, "pelo menos por parte da petista".

"Ela sempre procurou afirmar nossas propostas, manter um nível elevado de respeito aos adversários", comentou. "No primeiro turno, ela enfrentava línguas de aluguel, dobradinhas de vários candidatos contra ela. Agora é um contra o outro e ela tem mostrado sua superioridade, tanto na maneira de tratar o adversário, quanto no debate político de ideias", observou. "E vai se manter assim no debate da Globo."

Falcão disse ainda acreditar que o eventual segundo mandato de Dilma será melhor que o primeiro, repetindo o que houve no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sobre a possibilidade de o próximo presidente receber um país muito dividido, ele concordou que isso pode acontecer, mas "com condições de superar dificuldades, já que criamos uma base material, política e social e agora é ingressar no novo ciclo de crescimento". E completou: "cuidamos da infraestrutura, tiramos o Brasil do mapa da fome enquanto os tucanos tiveram a proeza de incluir São Paulo no mapa da seca".

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