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O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou nesta segunda-feira, 22, que o partido não tem com o que se preocupar em relação a uma possível delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS) no âmbito da Operação Lava Jato. O dirigente petista disse ainda que não conseguiu verificar, dentro do partido, o impacto em relação à soltura do parlamentar, ocorrida na última sexta-feira, 19.

"O PT não tem nada de se preocupar com possível delação (de Delcídio)", afirmou Falcão em rápida entrevista após apresentar o programa de TV da sigla que será veiculado nesta terça-feira, 23, em cadeia nacional.

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Questionado sobre como andava o clima no PT após a saída de Delcídio da prisão, Falcão abriu um sorriso. "Não consegui tomar a temperatura ainda", observou ele. De acordo com o presidente do PT, o processo contra o senador será discutido na reunião do Diretório Nacional do partido, marcado para a próxima sexta-feira, dia 26, no Rio.

Na reunião, o Diretório analisará a decisão da Executiva Nacional do PT, que no início de dezembro suspendeu Delcídio por 60 dias. Foi, na prática, uma tentativa do partido de se desvincular da crise, depois que Delcídio foi preso, em 25 de novembro, sob acusação de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.

À época, Falcão divulgou nota dizendo que o PT não se julgava obrigado a qualquer gesto de solidariedade com Delcídio porque nenhuma das tratativas do senador tinham relação com sua atividade partidária.

É provável que o comando do partido prorrogue a suspensão do senador por mais algum tempo, antes de decidir o seu destino. Até a soltura de Delcídio, na sexta-feira, a tendência era pela expulsão do senador.

De qualquer forma, caso o Diretório Nacional do PT confirme o parecer da Executiva, será criada uma comissão interna que dará dez dias para Delcídio se explicar. Falcão disse que o que essa comissão decidir será levado para votação do Diretório.

Chinaglia

Para o deputado do PT de São Paulo Arlindo Chinaglia a situação de Delcídio é complicada. "A situação é difícil porque o caso ainda não foi transitado em julgado", afirmou.

"As gravações feitas são muito fortes. Existe um constrangimento (com a volta de Delcídio)? Sim, porque ele era presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e não poderá continuar, era líder do governo e não pode continuar, por motivos óbvios. Então, não há nada a comemorar", completou o deputado.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou na noite desta sexta-feira, 19, em ato do PT municipal paulistano, que as denúncias contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de que teria repassado recursos a uma ex-amante através de uma empresa, a Brasif, precisam ser apuradas.

"Não quero entrar na vida pessoal de ninguém, mas se é verdade que houve utilização de empresa para pagar salário de forma irregular, seja de quem for, tem que se investigar também", afirmou o dirigente nacional do partido, sem citar nominalmente o ex-presidente tucano.

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Reportagem da Folha de S. Paulo trouxe denúncia de que a ex-amante de FHC Mirian Dutra teria recebido mesada do tucano através de um contrato fictício com a Brasif. Rui Falcão voltou a defender Lula nos casos do sítio em Atibaia e do tríplex de Atibaia. E reforçou a posição da legenda quanto ao que o PT classifica de 'vazamentos seletivos' e ao que consideram o fim do direito de habeas corpus - o PT critica a Lava Jato pelo uso das prisões preventivas.

A legenda de Lula também critica o que considera uma condenação pública do ex-presidente petista antes de haver a devida averiguação. "O que valeu contra Lula, contra Vaccari, pode valer um dia contra cada um de nós. Temos que ser implacáveis com denúncias de corrupção, mas dentro dos marcos do Estado de direito."

Em setembro, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari foi condenado em primeira instância na Lava Jato a 15 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

"O Lula é o Cassius Clay da caatinga." "E venceria para presidente da República se a eleição fosse hoje." As frases são do marqueteiro do PT, Edson Barbosa, o Edinho, dono da Link Propaganda. Desde dezembro, ele está de volta ao marketing do partido, de onde saiu há oito anos. Seu trabalho - seis vídeos de propaganda partidária - está sendo exibido, este mês, nas televisões e redes sociais.

"Essa campanha de agora é uma mistura de 'baixem os vidros' (do carro - pedido do papa Francisco em sua visita ao Brasil, em 2013) com 'hay que endurecerse pero sin perder la ternura jamás', ou seja, o papa Francisco com Che Guevara", afirmou o marqueteiro ao Estado em demorada entrevista por telefone na tarde da terça-feira passada.

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Barbosa já tem um diagnóstico do que precisa ser feito para o PT melhorar sua imagem: "Tem que tratar a imprensa e as demais ferramentas de comunicação com mais qualidade, ver a questão da política e da economia de uma forma mais inteligente e parar essa onda estúpida de reclamações queixosas", disse.

"Tomei um susto quando o Rui Falcão (presidente do PT) me convidou para voltar, e aceitei", contou. O "susto" se explica: depois que saiu do PT, ou foi saído, nunca se sabe, Barbosa foi o marqueteiro fiel do governador Eduardo Campos, o quase concorrente de Dilma Rousseff se o acidente de avião não o tivesse levado. Barbosa nem sequer cogitava uma nova aproximação.

Falcão bateu em outras portas, é verdade, mas acabou optando pela dele: "Ô, Barbosinha, tem jeito? Como é que se comunica com a sociedade diante de uma pancadaria dessa?", perguntou, no primeiro encontro, depois de relatar singularidades da atual crise que PT e Lula atravessam, com investigações em andamento nas operações Lava Jato e Zelotes e no Ministério Público de São Paulo. Barbosa achou que tinha jeito - e topou o trabalho que Falcão ofereceu. Barbosa substitui o concorrente João Santana, cordial adversário.

Por que Santana não renovou o contrato, se era, há anos, o marqueteiro preferencial, consagrado com a reeleição de Lula (2006) e as duas de Dilma Rousseff (2010 e 2014)? "Não perguntei", disse Barbosa. "Essas coisas sempre têm a versão número 1, a versão número 2 e a versão verdadeira, que nem sempre se descobre qual é." João Santana respondeu, por sua assessoria, que "o marketing do PT está em excelentes mãos". Rui Falcão, por sua assessoria, não respondeu.

O trabalho que cabe ao dono da Link, pelo contrato, é essa meia dúzia de inserções publicitárias que está na TV e, principalmente, o programa de dez minutos que o partido exibirá no próximo dia 23.

Metáfora

Depois que assumiu, Barbosa já teve uma demorada conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mais ouviu do que falou. Ao comentar essa conversa é que o marqueteiro saiu-se com a metáfora de uma histórica e inesquecível luta de boxe.

"Achei o presidente sereno e tranquilo, muito Cassius Clay contra George Foreman, na luta do Zaire. Respirando, esperando o momento, entendendo que o processo precisa rodar, muito consciente de que não existe materialidade de práticas ilícitas nas investigações contra ele. Até comentei: 'Ô, presidente, achei que ia encontrá-lo mais preocupado'. Ele disse: 'Estou chateado, né, velho, família, filhos, amigos...'. O Lula é o Cassius Clay da caatinga. Está muito chateado, é claro, porque é incômodo você tomar tanta porrada".

No ringue africano, Clay, ou Mohammad Ali, ganhou a luta no oitavo round, por nocaute, depois de muito apanhar.

Você não acha que o Lula devia falar e esclarecer as denúncias - e não ficar com esse discurso do Rui Falcão, "coitadinho do presidente" etc. etc.? "Eu estou chegando agora, não devo ficar dando muito palpite", responde o marqueteiro. "Tem uma turma muito experiente que está junto com o Lula. Agora é que eu comecei a conversar com eles, mas sempre com muito cuidado. A sensação que eu tenho é a de que houve um erro de avaliação, como se eles achassem que o poder de desgaste não fosse tão forte como começou a se tornar. Quando você tem um erro de avaliação, não é fácil encontrar um ponto e recompor a correção do movimento."

Teclando o iPhone da baiana Irará, sua terra natal, Barbosa mandou para o Estado, na mesma terça-feira gorda, a pedido, os seis vídeos - ou comerciais, como os chama - que já foram ao ar. Cinco nas TVs abertas e nas redes sociais. E um outro, só para os militantes, que o receberam por e-mail.

Os comerciais falam em "grandeza para vencer os desafios e ampliar as conquistas", dizem que "o povo sabe o caminho" e que "a hora não é de defender as bandeiras que nos separam, mas a de reunir forças para defender o Brasil". Em um deles, Rui Falcão diz que "Lula está morando no coração do nosso povo".

São textos de Rui Falcão ou de Edinho Barbosa? "Tudo é Rui Falcão", responde Barbosinha. "Nem conheço Edinho", brinca. E depois fala sério: "Eu estou muito integrado, o Rui escreve muito bem, eu me comporto como um juntador de letrinhas".

Não achou muito piegas e fora de hora frases como "Lula mora no coração do povo"? "A verdadeira história é feita de bolero, samba-canção e hip hop", respondeu o marqueteiro. "Tem que ter de tudo um pouco. Tudo é o momento, a verdade da coisa. Se não for de verdade, imprime falsidade", rimou. "E o momento é muito difícil. Há uma percepção de incredulidade, e, ao mesmo tempo, uma confusão mental muito grande não apenas nos protagonistas do PT, mas uma confusão muito grande em tudo. Tudo está muito confuso. Dr. Eduardo Azeredo (ex-governador de Minas Gerais pelo PSDB) condenado a 20 anos de cana? Como é que pode? Dr. (Fernando) Capez (presidente da Assembleia de SP e deputado pelo PSDB) suspeito de trambicar a merenda dos meninos? Que p*** é essa?".

O marqueteiro explicou a mensagem que deseja passar em seus comerciais para o PT: "É uma conversa no sentido de os caras [os petistas] ajustarem a política. O tiroteio foi muito excessivo, está tudo muito excessivo, e a racionalidade das coisas exige que todo mundo baixe a bola. Se essa turma do PT tiver realmente maturidade, capacidade política de articulação, pode se dar aí para a presidente Dilma três anos de estabilidade, e então lidar com eleições qualificadas em 2018".

Barbosa não conta nada sobre o que vai ao ar no programa do dia 23, mas dá uma ideia do que lhe vai pela alma (se for realmente verdade que os marqueteiros a tem): "O que é essencial, neste instante, é uma conversa do PT consigo próprio. É isso que está no ar. Todos os vídeos novos falam disso. Mesmo o do Rui, em que ele defende o presidente Lula de uma forma assertiva, tudo é com esse espírito. Não dá para desrespeitar tudo o que as pessoas pensam daquilo que de melhor se construiu".

Depois do programa do dia 23, o PT fará, no dia 27, sua festa de aniversário, no Rio de Janeiro, com reunião do diretório nacional. "É fundamental, neste momento, que eles unifiquem a casa, harmonizem as relações externas, tenham humildade pra olhar um no olho do outro e ver qual é a responsabilidade daqui para a frente", disse Barbosa. "Como é que pode falar alguma coisa para os outros partidos, para o País, para o governo, sem ter essa harmonização?".

Em um de seus comerciais, Barbosa mostra um balé de bandeiras e panos, de cores variadas. A vermelha, cor característica do partido, só aparece em uma bandeira, sem maior destaque na contradança. O marqueteiro comenta: "O vermelho é apenas uma cor, no meio de tantas outras. Uma coisa monocromática é muito chata, sempre foi". E se empolga: "O PT é o partido das cores. A sociedade é o partido das cores. O Brasil é o partido das cores". Fez uma pausa, chamou de volta a retórica, e complementou: "É o momento de se pensar no Brasil, as pessoas e a sociedade estão muito distantes de uma reflexão mais profunda, estão muito mais ligadas nesse confronto maluco, nessa espuma de chope que a mídia permite o povo acessar".

Resultados

A campanha do marqueteiro começou no dia 2, com a mensagem de Rui Falcão aos militantes. Na terça do carnaval, passados sete dias, ele já tinha uma avaliação dos resultados. "Nas pesquisas que eu tenho, o efeito é muito positivo. Produziu raivas incontidas entre os opositores. E fez a dona Maria, as pessoas em geral, voltarem a ter interesse em abrir os ouvidos, em escutar a versão do PT. Mas é claro que não é possível imaginar que meia dúzia de comerciais vão mudar um azedume como esse que está aí."

A segunda frase inusitada - sobre a vitória de Lula, se a eleição presidencial fosse hoje - surgiu no fim dos 45 minutos da conversa. Barbosa disse, primeiro, voltando a comentar o encontro com o Cassius Clay da caatinga, que não o sentiu "muito preocupado" com a eleição de 2018.

"Ele está mais preocupado é com o País, com a governabilidade, com a estabilidade do estado de direito democrático", perorou. "Se tivesse eleição hoje, o Lula ganharia, total. Seria muito mais fácil do que em 2018. Seria uma porrada só, não tinha nem discussão."

Mas as pesquisas não estão dizendo o contrário? "Nada", respondeu. "Pesquisa em cima do que não existe não vale nada. É prestidigitação. Parou-se o País numa maluquice esquizofrênica, como se fosse uma Câmara de Vereadores comandada por Eduardo Cunha (presidente da Câmara dos Deputados), num contrassenso total." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nas inserções que levará ao ar a partir de amanhã, 2, em rede nacional, o Partido dos Trabalhadores (PT) faz uma defesa enfática do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em um dos quatro vídeos já disponibilizados pelo PT, o presidente nacional da sigla, Rui Falcão, diz que o País inteiro sabe o que Lula fez para melhorar a vida do povo brasileiro. "Por isso mesmo, ele tem sido alvo de ataques, provocações e perseguições pelos preconceituosos de sempre. Eles não aceitam que o Lula continue morando no coração do nosso povo, principalmente daqueles que mais precisam", reitera Falcão. E complementa que, apesar deste cenário, "mais uma vez a verdade vai vencer a mentira".

Após o acirramento da crise política e econômica e os recentes desdobramentos da 22ª fase da Operação Lava Jato, que apura as eventuais ligações do ex-presidente Lula e sua família com um apartamento tríplex no Guarujá, a ideia era centrar os programas partidários do PT, que serão exibidos nos dias 2, 4, 6, 9 e 11 deste mês, sem suas duas maiores lideranças, Lula e a presidente Dilma Rousseff. Apesar de Lula não aparecer nesses vídeos, a defesa feita por Falcão do ex-presidente é enfática. Já a presidente Dilma Rousseff não aparece nas quatro inserções disponibilizadas nesta segunda-feira, 1º, no site do PT e também não há nenhuma defesa de sua gestão ou imagem.

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Nos vídeos, o PT vai mostrar também que crises fazem parte da história de todos os países e que nenhuma dessas nações superou tais momentos sem trabalho e união, exemplificando que o Brasil já venceu a escravidão, a ditadura, a hiperinflação e a pobreza extrema e agora é hora de novas vitórias. "Não existe mágica para voltar a crescer, tem que ser passo a passo, sem descanso, mas também sem desespero, o desafio é grande, mas o Brasil é muito maior", diz o partido.

Em outra inserção, é destacada a imagem de populares portando bandeiras de várias cores, para mostrar que é momento de as disputas partidárias serem deixadas de lado para pensar na união em prol de saídas para a crise que o Brasil atravessa. "Tem uma hora em que precisamos conversar, ir além das nossas opiniões, é isso que o Brasil está pedindo de todos nós, grandeza para vencer os desafios e ampliar as nossas conquistas. A hora não é de defender as bandeiras que nos separam, é de reunir forças para fortalecer o Brasil." Em outro vídeo, populares falam sobre a crise, destacando que é momento de pensar em ajudar o País e defender a democracia, respeitando quem foi eleita pelo voto - a presidente Dilma Rousseff.

Além dessas inserções, o programa partidário do PT, com cerca de dez minutos de duração, está programado para o dia 23 de fevereiro. A ideia dos dirigentes é defender a imagem do próprio partido, que vem sendo abalada desde a eclosão do escândalo do mensalão e agravada com os desdobramentos da Operação Lava Jato, que apura os desvios na Petrobras.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, diz em seu editorial semanal que a carta aberta de criminalistas apontando "exageros" na Operação Lava Jato é "mais uma denúncia relevante" sobre os "desmandos perpetrados" pela força-tarefa.

A ação já prendeu vários petistas, entre eles o ex-tesoureiro João Vaccari Neto, o ex-ministro José Dirceu e o senador Delcídio Amaral (MS), e investiga suspeita de abastecimento de campanhas do PT com dinheiro desviado da Petrobras.

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Segundo Falcão, o fato de que vários signatários defendem presos pela operação não tira o mérito do documento, que foi divulgado na semana passada como "informe publicitário" nos principais jornais do País. O texto repudia a "supressão episódica de direitos e garantias" que estaria sendo praticada na Lava Jato.

Para o dirigente petista, o combate à corrupção e aos seus praticantes não pode "servir à violação de direitos, nem tampouco para fragilizar a democracia, tão duramente conquistada". "É preciso vigilância e luta aberta contra este embrião de Estado de exceção que ameaça crescer dentro do Estado Democrático de Direito", afirma Falcão.

No texto, publicado nesta segunda-feira na Agência PT, Falcão critica a publicação de fotos de réus "em uma semanal da imprensa marrom", no fim de semana. Para o petista, as fotografias, provavelmente extraídas de prontuários, serviriam para "promover-lhes o enxovalhamento e instigar a opinião pública", disse, citando o texto dos criminalistas.

Falcão afirma que exigem resposta das autoridades as denúncias dos "exageros das delações forçadas, dos vazamentos seletivos de informações, ao excesso das prisões preventivas, para a espetacularização dos julgamentos, às restrições ao direito de defesa e ao trabalho dos advogados".

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) repudiou o conteúdo da nota dos advogados, apontando acusações genéticas, e defendeu a autuação da força-tarefa, que há quase dois anos vem investigando um esquema de corrupção bilionário dentro da estatal petrolífera.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, publicou nesta segunda-feira, 28, um texto intitulado "Uma Nova e Ousada Política Econômica para 2016" no qual diz que "chega de altas de juros e cortes de investimentos" e cobra a adoção de medidas para a retomada do crescimento no ano que vem.

Com o texto, Falcão se junta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e movimentos sociais e sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Sem Terra (MST), Central de Movimentos Populares (CMP) e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) que cobram a adoção de medidas concretas para acompanhar a entrada de Nelson Barbosa no Ministério da Fazenda.

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No texto divulgado nesta tarde, Falcão fala em retomada da "confiança" diante da "frustração" causada pelo início do segundo governo Dilma.

"Entre o final e de 2015 e o início de 2016, o governo da presidenta Dilma Rousseff precisa se concentrar na construção de uma pauta econômica que devolva à população a confiança perdida após a frustração dos primeiros atos de governo.

Claro que a oposição partidária do quanto pior melhor também contribuiu para agravar os problemas (muitos deles decorrentes da crise global do capitalismo), insistindo o ano todo com suas tentativas golpistas que desembocaram numa crise política.

Agora que o risco do impeachment arrefeceu, mas sem que as ameaças de direita tenham cessado, é hora de apresentar propostas capazes de retomar o crescimento econômico, de garantir o emprego, preservar a renda e os salários, controlar a inflação, investir, assegurar os direitos duramente conquistados pelo povo.

Chega de altas de juros e de cortes em investimentos. Nas propostas da Fundação Perseu Abramo e entidades parceiras, nos projetos da nossa Bancada, da Frente Brasil Popular, da CUT, do MST, entre outras, há subsídios à vontade para serem analisados e adotados.

Sabemos da competência, habilidade e capacidade de diálogo dos novos ministros Nelson Barbosa e Valdir Simão. Confiamos em que eles deem conta da tarefa, mudando com responsabilidade e ousadia a política econômica."

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, recorreu a uma frase que remete à Guerra Civil espanhola (1936-1939) para se manifestar sobre a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de aceitar a abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. "Golpistas não passarão", escreveu o petista em uma rede social com a marcação #NãoVaiTerGolpe.

Falcão anunciou nesta quarta-feira (2), também pelo microblog Twitter, que apoiaria a continuidade do processo que pode levar à cassação de Cunha no Conselho de Ética da Câmara.

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Antes mesmo de Cunha fazer o anúncio, a direção do PT já dava como certa a abertura do processo de impedimento. "Temos que encarar. Não podemos viver sob ameaça e chantagem", disse Jorge Coelho, um dos vice-presidentes da legenda.

A certeza do PT vinha do fato de a bancada do partido na Câmara ter decidido, no início da tarde de ontem, fechar questão em favor da continuidade do processo contra Cunha, contrariando acordo feito entre o governo e o presidente da Câmara.

Segundo dirigentes do partido, tanto o posicionamento de Falcão como a decisão da bancada foram ações calculadas que já levavam em conta o cenário do processo de impedimento.

Lula

Antes de publicar a mensagem defendendo a continuidade do processo contra o presidente da Câmara, Falcão conversou por telefone com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo relatos de interlocutores do ex-presidente e do dirigente petista, que estava no interior do Acre na terça-feira à tarde, Lula disse que a direção da legenda tinha autonomia e discernimento para decidir sobre o assunto. Conforme integrantes da cúpula petista, "Rui não faria nada em discordância com Lula".

Falcão sabia que a decisão de apoiar o procedimento contra Cunha seria o estopim do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, mas vinha sofrendo forte pressão da base partidária. De acordo com dirigentes do PT, desde o início da semana militantes de todo o País telefonavam para a sede do partido ou mandavam e-mails pedindo que a sigla se posicionasse frontalmente contra o peemedebista sob o risco de o partido perder de vez as condições de reabilitar a imagem combalida por intermináveis denúncias de corrupção.

Cobrança

O presidente do PT vinha se esquivando das cobranças para reunir a Executiva Nacional do partido e deliberar sobre a orientação que a direção daria aos três petistas que integram o Conselho de Ética. Na última reunião, no início de novembro, a Executiva havia determinado que a bancada do partido no colegiado votaria unida, seguindo ordem da direção.

A cúpula petista acreditava que não seria necessário se posicionar formalmente, o que poderia levar Cunha a deflagrar o processo de impeachment. Para vários dirigentes e parlamentares, o peemedebista "cairia sozinho" diante das fortes denúncias de corrupção reveladas pela Operação Lava Jato e da pressão da opinião pública.

O quadro mudou na terça-feira, quando ficou claro que os votos petistas seriam decisivos para determinar o destino de Cunha e a pressão sobre os três representantes do partido se tornou insuportável, ao ponto de um deles, Zé Geraldo (PT-PA) dizer que iria votar "não com uma faca, mas com uma metralhadora no pescoço". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cercado por jornalistas ao acompanhar um evento do Instituto Lula em São Paulo, o presidente do PT, Rui Falcão, evitou nesta quinta-feira, 26, emitir novas opiniões sobre a prisão do ex-líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS). O dirigente foi questionado se o caso é diferente da situação do ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto, preso e condenado em primeira instância na operação Lava Jato.

"Tem uma diferença clara entre atividade partidária e atividade não partidária", respondeu Rui Falcão. Vaccari tem a solidariedade das lideranças petistas e não foi expulso da legenda. Já Delcídio pode ser expulso em reunião da Executiva Nacional do PT que será convocada para deliberar sobre o destino do senador.

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Vaccari foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, tendo a Justiça considerado que ele foi responsável por desvios em contratos da Petrobras que teriam sido destinados aos cofres do PT. Delcídio foi flagrado em áudio negociando uma pensão para a família do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e até uma fuga do ex-executivo da estatal. Em troca, não seria citado em delação premiada de Cerveró.

Falcão disse que ainda não há data definida para a reunião em que a direção decidirá se expulsa Delcídio, mas que tenta marcá-la para a semana que vem. "Temos que consultar a agenda dos 18 membros da Executiva, mas seguramente será nos próximos dias", garantiu.

Nesta quinta-feira, Falcão emitiu uma breve nota sobre a prisão do senador. Nela, disse que "o PT não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade" com Delcídio.

O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, divulgou nota, nesta quarta-feira (25), em que se diz “perplexo” com os fatos que ensejaram a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de ordenar a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Na nota, Falcão reforça que as tratativas atribuídas ao senador não têm qualquer relação com sua atividade partidária e que por isso, não deve qualquer gesto de solidariedade para com o líder do governo no senado.

O presidente anunciou que irá convocar, em breve, uma reunião da Executiva Nacional para adotar as medidas cabíveis, o que passa a impressão de que o senador pode passar por um processo de expulsão do partido.

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Leia a nota, na íntegra:

“O presidente Nacional do PT, perplexo com os fatos que ensejaram a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de ordenar a prisão do Senador Delcídio do Amaral, tem a dizer o seguinte:

1- Nenhuma das tratativas atribuídas ao senador têm qualquer relação com sua atividade partidária, seja como parlamentar ou como simples filiado;

2- Por isso mesmo, o PT não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade;

3- A presidência do PT estará convocando, em curto espaço de tempo, reunião da Comissão Executiva Nacional para adotar medidas que a direção partidária julgar cabíveis.

Brasília, 25 de novembro de 2015

Com informações da Agência PT

Rui Falcão

Presidente Nacional do PT”

O ex-presidente Lula disse, nesta quinta-feira (29), durante a reunião do diretório nacional do PT que “a prioridade zero” do partido no Congresso Nacional é criar condições políticas para que sejam aprovadas as medidas do ajuste fiscal encaminhadas pela presidenta Dilma Rousseff. A reunião do Diretório Nacional do PT ocorre no Centro Empresarial Brasil 21, em Brasília.

Segundo Lula, é necessário recuperar a economia para fazer o Brasil voltar a crescer. Lula afirmou que a presidenta Dilma precisa recuperar o prestígio do governo.

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“A prioridade zero - se quisermos começar governar esse país, de fato - é criar condições para aprovar as medidas que Dilma mandou para o Congresso Nacional a fim de que ela encerre definitivamente o ajuste. Sem a conclusão do ajuste ficamos numa confusão política e uma confusão de credibilidade muito grande”, disse Lula.

“Quero dizer que nenhuma mulher ou homem aqui quer arrumar a economia mais rápido do que a Dilma, porque ela necessita, ela sabe que é importante. Ela sabe que a única condição de a gente começar a recuperar o prestígio que o PT e o governo já tiveram é recuperar a economia”, acrescentou Lula em outro momento do discurso.

Lula disse que a recuperação da economia é urgente. Acrescentou que não é possível passar meses discutindo as medidas de ajuste, como a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e questões de crise política.

“Não podemos ficar mais seis meses discutindo ajuste. Não podemos discutir mais seis meses a CPMF. Temos que votar amanhã, se for o caso. Tudo que interessa à oposição é que a gente arrume quinhentos pretextos para discutir qualquer assunto e depois não discutir o que interessa, que é aprovar o que a Dilma mandou para o Congresso Nacional. A não ser que tenha alguém aqui que ache que isso não é importante. Primeiro, vamos tentar derrubar o Eduardo Cunha, depois derrubar o impeachment, e, depois, se der certo, a gente vota nas coisas que a Dilma quer. Acho que é importante a gente medir. O tempo do governo urge, nossa situação é uma situação que nós precisamos urgentemente começar recuperar o potencial que a nossa presidenta já teve”, disse o ex-presidente.

Mudança de discurso

Lula também lembrou que o governo fez alguns ajustes que, durante a campanha eleitoral, a presidenta Dilma disse que não faria. “Ganhamos as eleições com um discurso e, depois, tivemos que mudar o discurso e fazer o que dizíamos que não íamos fazer. Isso é fato conhecido pela nossa querida presidente Dilma Rousseff", afirmou Lula.

Enquanto falava sobre a economia do país, Lula citou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e disse que vê integrantes do partido falar “fora Levy” com a mesma facilidade que diziam “fora FMI” o que, segundo ele, não é a mesma coisa. “Às vezes fico vendo companheiros gritar 'fora Levy' com a mesma facilidade com que gritavam 'fora FMI' e não é a mesma coisa. É importante lembrar que o programa de ajuste estava feito antes do Levy”, afirmou.

Aos integrantes do diretório do PT, o ex-presidente disse que, do ponto de vista da economia, o PT não é obrigado a concordar com tudo que o governo faz, porém, é preciso perceber a situação vivida e não fazer propostas de mudanças econômicas apenas teóricas.

Durante o discurso, que durou mais de uma hora, Lula fez uma defesa enfática da presidenta Dilma Rousseff e convocou os petistas a fazerem o mesmo. “A tarefa principal agora é recuperar a imagem do nosso partido e de Dilma. Não é justo que Dilma esteja passando pelo que está passando, pela história e caráter dela e por tudo que ela representa para nós e esse país”, acrescentou.

Lula disse ainda que Dilma não é uma “candidata dela”, mas de “um partido chamado PT” e de “uma coligação muito grande”. “Todos nós temos responsabilidade de fazer com que gente saia dessa situação”, disse.

Lula também falou sobre a dificuldade de governabilidade e avaliou que há uma “estranheza” de comportamento no Congresso Nacional com partidos enfraquecidos o que torna mais difícil construir acordos. Ele avalia que houve melhora na relação política entre o governo e o Congresso depois que a presidenta passou a participar mais de perto das negociações. “Diria que, de um tempo para cá, a presidenta Dilma começou a agir pessoalmente e discutir diretamente com os partidos e sentimos que nos últimos dois meses houve melhora na relação política e a tendência é que possamos consolidar essa relação dentro do Congresso”.

Bombardeio contra o PT

Ao falar sobre o PT, o ex-presidente disse que há um momento de “acirrado bombardeio” contra o partido com nunca ocorreu antes. Segundo Lula, sempre que o PT foi bombardeado, ele reagiu como fênix e ressurgiu das cinzas.

O caso do mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal na nova fase da Operação Zelotes em empresas que tem como sócio seu filho, Luís Claudio Lula da Silva, foi lembrado por Lula durante o discurso. Ele brincou que tem vários filhos que ainda não foram denunciados.

O ex-presidente disse que os próximos três anos serão de “pancadaria”, mas que irá “sobreviver”, após ter citado denúncias contra ele e sua família. “Digo que ninguém precisa ficar com pena porque, se tem uma coisa que aprendi na vida, é enfrentar adversidade. Se o objetivo é truncar qualquer perspectiva de futuro, então, vão ser três anos de muita pancadaria. E pode ficar certo que eu vou sobreviver”.

O presidente do PT, Rui Falcão, discursou antes de Lula e também disse que o partido sofre constantes ataques. Falcão falou ainda sobre a situação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e disse que o PT vai votar de forma unitária no Conselho de Ética, sob orientação da Executiva Nacional. Cerca de 50 parlamentares de sete partidos (PSOL, Rede, PT, PSB, PROS, PPS e PMDB) fizeram uma representação no Conselho de Ética em que pedem o afastamento de Cunha, em decorrência das denúncias de que o peemedebista, sua mulher e filha têm contas na Suíça que não foram declaradas. As contas seriam mantidas com dinheiro originado  do pagamento de propina em contratos da Petrobras, investigados na Operação Lava Jato.

Rui Falcão acrescentou que não é possível fazer pré-julgamento e que o partido sempre combateu a corrupção.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, classificou nesta quarta-feira, 28, como uma "arbitrariedade" a operação de busca e apreensão na empresa do filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Operação Zelotes. Ele lembrou que, apesar de grandes empresas estarem sendo investigadas, um dos poucos alvos foi a companhia do filho do petista.

"Tem um monte de tubarão e você vai correr atrás de um peixinho", afirmou em entrevista coletiva na sede nacional do PT, na capital federal, após reunião da Executiva Nacional do partido. Ele afirmou que nesta quinta-feira, 29, no encontro do Diretório Nacional do PT, deverá haver manifestações em defesa de Lula, mas não haverá um agravo formal, pois Lula "não está agravado".

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"Vamos mencionar a agressão", afirmou Falcão. De acordo com ele, há uma campanha da mídia, da oposição e de setores conservadores contra o PT, Lula e a presidente Dilma Rousseff. O petista informou que a presença de Dilma no encontro amanhã ainda não está confirmada.

A Operação Zelotes realizou busca e apreensão na empresa LFT Marketing Esportivo, pertencente a seu filho Luís Cláudio. A Polícia Federal investiga fraudes em julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda, e, na nova etapa, investiga incentivos fiscais a favor de empresas do setor de automóveis, como a CAOA e MMC Automotores.

Como revelou o jornal O Estado de S.Paulo no início do mês, a empresa de Luís Cláudio recebeu pagamentos de Mauro Marcondes, apontado como lobista investigado por supostamente negociar a edição e aprovação da Medida Provisória 471 durante o governo Lula. A norma prorrogou incentivos fiscais para o setor automotivo. Luis Cláudio, que também é dono da empresa Touchdown, confirma o recebimento de R$ 2,4 milhões por serviços prestados.

Impeachment

Rui Falcão disse também ter "certeza" que o impeachment da presidente Dilma Rousseff não vai se concretizar. Segundo ele, não há embasamento jurídico para o pedido de afastamento protocolado pela oposição, que usa como justificativa a prática das chamadas "pedaladas fiscais" pelo governo Dilma tanto em 2014 quanto em 2015. Segundo ele, o PT não se preocupa com o parecer.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que a partir desta semana a legenda passará a discutir oficialmente as eleições de 2016. Uma reunião do Diretório Nacional com o ex-presidente Lula (PT), na próxima quinta-feira (29), em Brasília, dará largada a discussão e o dirigente pediu, em nota, que a militância se afaste do “clima de pessimismo”.  

“Não é verdade que o PT vai ser varrido do mapa ou que vamos sofrer uma derrota avassaladora. Só quem perde antecipadamente é quem se recusa a lutar – e esta não é a tradição petista. É fato, porém, que vamos enfrentar uma disputa difícil. Não só pela campanha de intolerância e ódio contra o partido, mas também porque as dificuldades econômicas tendem a repercutir negativamente nas eleições”, disse.

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Sob a ótica do presidente, a campanha para a próxima eleição vai exigir “mais capacidade de articulação, mais unidade e mais organização” e o resultado dependerá do próprio PT. “Nossas campanhas terão de ser pautadas, obrigatoriamente, pela defesa do PT, do legado dos governos Lula/Dilma, do nosso projeto político e do modo petista de governar/legislar. A construção do programa do governo deve envolver o diálogo com a população, com os movimentos sociais e com aliados nos municípios”, frisou.

Além dos membros do diretório e de Lula, deputados, senadores e ministros petistas são esperados na reunião, que também deve avaliar a conjuntura nacional. 

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse no início da noite desta terça-feira (13) que o partido vai aguardar a decisão do Conselho de Ética da Câmara antes de se posicionar oficialmente sobre as denúncias contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

"Ele (Cunha) foi representado hoje no Conselho de Ética. O partido vai aguardar. O Conselho de Ética é que vai decidir", disse Falcão antes de participar da abertura do 12º Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) ao lado da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente do Uruguai, José Pepe Mujica.

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Segundo ele, as liminares concedidas nesta terça pelo Supremo Tribunal Federal suspendendo a tramitação dos pedidos de impeachment no Congresso reforçam a legalidade, mas não representam um alívio para o governo.

"O STF decidiu que tem que ser cumprida a lei e a constituição e não mistura com o regimento interno. Não é alivio porque ninguém estava tenso. É cumprimento da lei, só isso. Não mudou nada. Mudou no sentido de que qualquer tentativa de impeachment tem que seguir o ritual da lei. Foi uma decisão sábia do Supremo", disse Falcão.

A cautela em relação a Cunha marcou as falas das lideranças antes do início do evento. A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, também evitou o confronto com o peemedebista. "Fazemos oposição política ao Cunha mas não vamos entrar nessa de 'fora' porque senão é fora muita gente. Não queremos causas instabilidade política no País", disse ela.

Já entre os sindicalistas que participaram do evento o tom era outro. Antes mesmo da abertura muitos deles já gritavam "fora Cunha" e "fora Levy", em referência ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Antes da abertura do evento, Lula participou de uma reunião fechada com convidados estrangeiros. Segundo relatos, o ex-presidente situou a crise econômica e política brasileira no contexto da crise mundial. Na reunião, Lula ouviu da sindicalista australiana Sharan Burrow, secretária geral da International Trade Union Confederation (ITUC) que o movimento sindical tem obrigação de defender o governo contra a ameaça de impeachment. "O movimento sindical deve defender a democracia e a legalidade, mesmo que o governo fosse de um adversário", disse ela.

Com a conjuntura nacional repleta de altos e baixos para o Governo Federal, o líder do PT no Senado, Humberto Costa, reuniu-se, na noite dessa segunda-feira (28), com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini. Segundo o parlamentar, o encontro durou mais de três horas e os representantes da gestão debateram com os senadores temas como a reforma administrativa e a apreciação dos vetos presidenciais, marcada para esta quarta (30). 

A reunião aconteceu na tentativa de afinar os discursos do PT tanto no Senado quanto no governo, principalmente diante da perda de alguns espaços representativos da legenda na máquina federal para partidos da base. "Todos esses aspectos que vêm sendo tratados nos últimos dias foram abordados: a negociação com o PMDB, as mudanças de posições do PT dentro da Esplanada, com a perda de alguns espaços, tudo isso foi discutido”, detalhou Humberto. 

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Para o senador, os petistas vão entender as articulações do Palácio do Planalto. “Obviamente, na política, nós não só queremos preservar espaços como ampliá-los. Mas acredito que o PT entenderá que, num novo contexto ministerial, será preciso ter um primeiro escalão mais representativo da base de sustentação no Congresso e que garanta a governabilidade", ponderou.   

Já para a apreciação dos vetos presidenciais foram definidas estratégias para a manutenção dos vetos feitos pela presidenta Dilma Rousseff e o avanço dos projetos de interesse do Governo e do partido no Senado. Na madrugada da última quarta-feira, o Congresso Nacional manteve, com votos contrários da oposição, 26 vetos da presidenta Dilma. Outros seis que estavam na pauta, incluindo o veto ao reajuste de até 78% aos servidores do Judiciário, serão examinados esta semana.

O Partido dos Trabalhadores (PT) realiza, neste sábado (26), mais um ato em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT). A manifestação, intitulada de "Primavera Democrática”, acontece ao meio-dia, na Praça da Sé, em São Paulo. 

Além das bandeiras em prol da presidente e do debate contra ao impeachment, os militantes também devem defender a realização de reformas populares no país.

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“Será um ato em defesa do mandato da presidenta Dilma, da democracia, por mudanças na política econômica, por realização de reformas populares”, detalhou o presidente nacional da legenda, Rui Falcão. 

Na contramão do Palácio do Planalto, que definiu nesta segunda-feira, 14, o corte adicional de R$ 26 bilhões no Orçamento do ano que vem, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, publicou um artigo na página do partido na internet no qual defende o aumento de impostos e a redução dos cortes como saída para a crise.

O objetivo da estratégia é evitar o afastamento entre governo e os movimentos populares que têm saído em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff. Para o petista, a mobilização dos movimentos é "indispensável" para evitar a queda de Dilma.

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"Como já disse antes, mais receitas e menos cortes. E estes, quando realizados, não devem sacrificar os que mais precisam das políticas públicas, nem recaírem sobre conquistas dos trabalhadores e do povo", diz o texto de Falcão.

Entre os possíveis novos impostos que o governo poderia criar para ajustar as contas públicas, Falcão cita a elevação da Cide, tributação de lucros e dividendos, grandes fortunas, heranças e a recriação da CPMF. Segundo Falcão, algumas dessas propostas são aceitas até por setores do empresariado.

"Outras receitas já vêm sendo buscadas através de projetos em tramitação (como o que pretende a repatriação de recursos depositados irregularmente no exterior), nenhum deles a dispensar uma ampla reforma tributária, ancorada num princípio de justiça fiscal: quem tem mais, paga mais: quem tem menos, paga menos", diz o artigo.

De acordo com Falcão, o governo precisa dar uma "sinalização efetiva" aos movimentos sociais que tem ido às ruas contra os pedidos de afastamento de Dilma. "Para barrar as manobras golpistas (…) é indispensável mobilização e pressão social, só possível com uma sinalização efetiva do governo", diz o texto.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, criticou, nesta segunda-feira (14), a pressão da oposição para que a presidente Dilma Rousseff (PT) renuncie ou seja deposta. Falcão intitulou as atitudes da bancada como “chantagem descarada” e disse que eles estão promovendo uma “agenda do retrocesso” no país. 

“[A oposição] Exige cortes nos programas sociais, revogação de direitos, revisão [para pior] da lei do salário mínimo, sanção do projeto de reforma política que autoriza o financiamento empresarial – enfim uma pauta inaceitável, que só agravaria os problemas que o país vem enfrentando”, argumentou o dirigente no editorial divulgado pela Agência de Notícias do PT.

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Sob a análise do petista, a ofensiva da oposição foi a queda no ranking da Standard & Poors quanto a confiabilidade do país para o pagamento de dívidas. Mas otimista com uma possível ampliação da arrecadação, apesar dos cortes da União, Rui mencionou a elevação da CIDE sugerida por empresários e defendeu a volta da CPMF. 

“É necessário acabar com a dedutibilidade dos juros sobre capital próprio, tributar lucros e dividendos, recriar a CPMF compartilhada com os Estados, numa alíquota menor que 0,38%, taxar grandes fortunas e grandes heranças”, sugeriu. 

“Outras receitas já vêm sendo buscadas através de projetos em tramitação (como o que pretende a repatriação de recursos depositados irregularmente no exterior), nenhum deles a dispensar uma ampla reforma tributária, ancorada num princípio de justiça fiscal: quem tem mais, paga mais: quem tem menos, paga menos”, acrescentou.

Para “barrar as manobras golpistas e viabilizar uma agenda de reformas”, o presidente afirmou ser “indispensável uma mobilização e pressão social”. “De nossa parte, todo apoio ao mandato legítimo da presidenta. Nesta terça-feira, inclusive, partidos da base e lideranças de movimentos estaremos no Congresso, manifestando solidariedade e denunciando os conspiradores antidemocráticos”, informou. 

Além disso, ele também orientou os militantes a participarem de um ato no dia 26 em São Paulo e outro no dia 3 de outubro em comemoração ao aniversário da Petrobras. 

 

A Polícia Federal quer ouvir, na Operação Lava Jato, o presidente do PT, Rui Falcão, e José Filippi Júnior, tesoureiro das campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, e da presidente Dilma Rousseff, em 2010. Os nomes do líder petista e do tesoureiro constam do rol de políticos, inclusive ex-ministros dos dois governos Lula e Dilma, submetido pela PF ao Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira, 9.

O pedido é do delegado Josélio Sousa, que integra a força-tarefa da Lava Jato perante o Supremo ao STF. A PF pede 80 dias para tocar as apurações alegando 'dimensão dos fatos e a quantidade de investigados nos autos'.

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Nesta etapa da investigação, a PF mira em quadros importantes do PT, PMDB e PP. Os três partidos estão sob suspeita de lotearem diretorias da Petrobras, entre 2004 e 2014, para arrecadar propina em grandes contratos, mediante fraudes em licitações e conluio de agentes públicos com empreiteiras organizadas em cartel. O esquema instalado na estatal foi desbaratado pela força-tarefa da Lava Jato.

A PF não imputa a eles nenhuma prática de ilícitos, mas avalia ser importante ouvir suas versões sobre o esquema na Petrobras. A PF suspeita que Lula pode ter sido 'beneficiado pelo esquema em curso na Petrobras, obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo'.

Rui Falcão é presidente do PT desde 2011. Desde que o escândalo da Lava Jato estourou e atingiu seu partido, ele tem reiterado que todas as arrecadações de recursos para as campanhas eleitorais foram lícitas.

Do PT, a PF quer ouvir além de Lula, Rui Falcão e José de Filippi, os ex-presidentes da Petrobras José Eduardo Dutra e José Sérgio Gabrielli, o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil/Governo Lula), a ex-ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti e o ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência Gilberto Carvalho.

As investigações incriminam o ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto, preso desde 15 de abril por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro. O petista nega taxativamente ter arrecadado propinas para a sua legenda.

Do PP, a PF pede ao Supremo para ouvir o ex-ministro de Cidades Mário Negromonte e Daniela Negromonte. Do PMDB, o delegado mira no lobista Jorge Luz, no ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, já condenado em duas ações da Lava Jato, na 1ª Instância, e em Maria Cléia Santos de Oliveira, assessora do senador Valdir Raupp (PMDB-RO).

Defesa

Por meio de sua assessoria de imprensa, o PT informou 'que não vai se pronunciar pois não tem conhecimento oficial dessa demanda da Polícia Federal'.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse nesta sexta-feira, 07, em São Paulo, que os pedidos de novas eleições são um "problema do PSDB". "Nós temos uma presidenta democraticamente eleita. Eleição, agora, só em 2018. A oposição deveria buscar nas urnas uma vitória em vez de tentar um golpe de mão para afastar a presidenta", disse ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado

Falcão participa de uma manifestação em solidariedade ao Instituto Lula organizada pelo diretório municipal do partido. Além dele, estão presentes deputados e vereadores da legenda, diretores do instituto e dezenas de manifestantes. Há faixas pedindo "liberdade" e "democracia" e de entidades de sindicatos, como as Centrais Única dos Trabalhadores (CUT) e dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

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Até o meio-dia, horário marcado para o "abração" ao instituto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava no ato. "Estamos protestando contra isso que foi um ataque terrorista ao instituto. A Polícia Federal (PF), que tem como responsabilidade a proteção e escolta dos ex-presidentes, na nossa visão, deve assumir a investigação", disse Falcão. Na semana passada, uma bomba arremessada de um carro explodiu em frente ao prédio do Instituto Lula. Ninguém se feriu.

Com dez minutos de duração o Partido dos Trabalhadores (PT) exibirá nesta quinta-feira (6), em rede nacional de rádio e TV, sua propaganda partidária. Na veiculação, lideranças petistas como o ex-presidente Lula, a presidente da República, Dilma Rousseff e o presidente nacional da legenda, Rui Falcão. abordarão à crise econômica vivenciada no Brasil e defenderão à gestão atual. 

Logo no início da gravação, o ator José de Abreu inicia a propaganda pontuando as escolhas que às pessoas devem fazer. “Todas às vezes que enfrentamos uma crise escolhemos dois caminhos: o da esperança e o do pessimismo”, pontua. 

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Outros atores e atrizes frisam que há anos a legenda evita a chegada da crise ao País. “Durante seis anos os governos do PT conseguiram retardar a chegada de uma crise econômica no Brasil. Hoje, o País vive problemas passageiros na economia, e tem gente tentando se aproveitar disso para criar uma crise política. Uma crise política podia trazer efeitos bem piores do que uma crise econômica”, relatam.

A propaganda faz um apelo pedido que a sociedade “não se deixem enganar pelos os que só pensam em si mesmo”, enquanto exibem imagens de políticos da oposição como o senador Aécio Neves (PSDB), o deputado federal Paulinho do Força (SDD) e o senador Ronaldo Caiado (DEM), entre outros.

Em defesa da gestão de Dilma, Falcão faz questão de dizer que a crise existe por toda a parte e não apenas no Brasil. “Tem gente dizendo que só existe crise no Brasil, mas as manchetes provam que há crise em toda a parte. Os que tentam restringir a crise ao Brasil querem mesmo é enfraquecer o governo e tumultuar a política. Uma coisa é cobrar e criticar o governo, outra, bem diferente, é tentar desestabilizar um governo eleito democraticamente. Isso não podemos admitir jamais”, cravou.

O presidente nacional do PT também aproveitou a veiculação para mandar um recado aos concorrentes no pleito de 2014. “Aos que não se conformam com a derrota nas urnas só pedimos uma coisa: juízo, pois o povo saberá defender a grande conquista de todos os brasileiros: a nossa nova e vibrante democracia”, destacou. 

Outro líder que integra as veiculações é o ex-presidente Lula. “Temos tudo para ter um futuro melhor do que o nosso presente e muitíssimo melhor do que o nosso passado. Problemas econômicos se resolvem com políticas corretas e corajosas, não com oportunismo. Eu mesmo fiz um ajuste na economia e depois o Brasil ficou muito melhor. O mais adequado é unir e superar a crise com quem já fez muito. Esse é o caminho mais rápido”, sugeriu. 

A presidenta Dilma também participa do vídeo e promete que o Brasil voltará a crescer. “Estamos atualizando as bases da economia e vamos voltar a crescer com todo o nosso potencial”, garantiu. “Quem pensa que nos falta energia e ideias para vencer os problemas, está enganado. Sei suportar pressões e até injustiças. Eu tenho o ouvido e o coração neste novo Brasil que não se acomoda”, disparou a petista. 

Confira a propaganda na íntegra abaixo:

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