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A Amaggi confirmou neste domingo, 27, por meio de sua assessoria, que caminhões de sua frota foram alvo de disparos de arma de fogo na rodovia BR-163, nas proximidades de Novo Progresso, no Pará. A empresa informou que o incidente ocorreu por volta das 11h e que nenhum de seus motoristas se feriu. A companhia disse ainda ter comunicado imediatamente o ocorrido para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e que está prestando toda assistência aos seus motoristas. Detalhes sobre tipo de carga e prejuízo financeiro não foram fornecidos.

Mais cedo, a Polícia Militar do Pará havia confirmado a ocorrência ao Estadão/Broadcast. O governo do Estado entrou em contato com a PRF, que citou relatos de tentativas de bloqueios por moradores da Vila Isol, conhecida como "Km Mil", a cerca de 87 quilômetros do centro de Novo Progresso. A PRF informou ao governo paraense que tem feito rondas no local, inclusive durante a madrugada.

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A ocorrência ocorre em uma das regiões de maiores conflitos causados por manifestantes que não aceitam a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas. Nesta semana, foram presos seis suspeitos de participarem do ataque a tiros a agentes da PRF em Novo Progresso no dia 7 de novembro, durante operação para desobstruir um trecho da BR-163.

O autor do ataque a duas escolas de Aracruz, no Espírito Santo, usou a arma do pai, um policial militar, na ação que deixou duas professoras e uma aluna de 12 anos mortas. Ele permaneceu calmo quando foi apreendido em casa, segundo o governador reeleito do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB). "Os pais dele colaboraram (no momento em que o jovem foi detido), estavam destruídos", disse ele em entrevista.

O adolescente tem 16 anos e estudou até junho deste ano no primeiro colégio a ser invadido, a Escola Estadual Primo Bitti, que fica no bairro Coqueiral e distante cerca de um quilômetro do Centro Educacional Praia de Coqueiral, a outra unidade escolar atingida.

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De acordo com Casagrande, o atirador confessou o crime à Polícia Civil, mostrou a roupa camuflada com uma suástica nazista que vestia nos ataques e as armas. "Ele tinha uma pistola .40 do Estado, da Polícia Militar, que era do pai, e um revólver 38 particular, além de três carregadores."

O governador disse ainda que ele planejava o ataque havia dois anos. "Até então, não tem motivo."

O ataque

Eram cerca de 9h30 quando o atirador chegou na primeira escola, de ensino fundamental. Segundo imagens de câmeras de segurança, ele usava uma roupa camuflada, um capuz e uma máscara de caveira. Armado com uma pistola, ele tinha carregadores de munição e, ao invadir a escola, chegou primeiro na sala dos professores, onde começou a atirar. Duas professoras morreram no local.

Pouco depois, o atirador entrou em um Renault Duster dourado e foi para a segunda escola particular. No local, ele se dirigiu ao segundo andar do prédio, entrou em uma das salas de aula e começou a atirar em alunos que estavam próximos à entrada da sala. Uma estudante de 12 anos morreu.

Foi a identificação do proprietário do carro que levou a polícia à casa do adolescente.

Ataques a tiros em duas escolas de Aracruz, na região norte do Espírito Santo, na manhã desta sexta-feira (25) deixaram ao menos três pessoas mortas e outras 11 feridas. A polícia não descarta que o suspeito, que foi preso à tarde, seja aluno ou tenha alguma ligação com os colégios.

Quantas pessoas foram mortas e quantas ficaram feridas?

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Duas escolas da cidade de Aracruz foram alvo de ataques a tiros por volta das 9h30 da manhã desta sexta-feira.

Segundo a Polícia Militar, três pessoas morreram - dois professores e um aluno - e 11 ficaram feridas.

Quais escolas foram alvo de ataque?

Escola Estadual Primo Bitti e o Centro Educacional Praia de Coqueiral, colégio particular. Na primeira, houve 11 vítimas, com duas mortes. Na segunda, três vítimas, com um óbito.

Como aconteceram os ataques?

O suspeito, que ainda não teve a identidade revelada, entrou primeiro na Escola Estadual Primo Bitti, de acordo com informações da PM. Ele invadiu a sala dos professores e atirou nas pessoas que estavam lá. Duas morreram no local.

Após esse primeiro ataque, o homem entrou em um carro de cor dourada, que estava com as placas cobertas, e partiu para a segunda escola. No Centro Educacional Praia de Coqueiral, ele atirou contra cinco pessoas. Uma delas morreu no local.

O que se sabe sobre o criminoso?

O autor do crime usou uma pistola semiautomática. Ele estava com roupa camuflada e rosto coberto por uma máscara, não sendo possível, pelo vídeo, identificá-lo. Após buscas, o atirador foi detido na tarde desta sexta.

Ele atuou sozinho?

Ainda não há informações se fora da escola outras pessoas o ajudaram.

"Segundo informações preliminares, obtidas por imagens, o criminoso estava sozinho e arrombou um cadeado para ter acesso à primeira escola. Próximo ao acesso do portão, estava a sala dos professores. Ele teve acesso direto à sala, no momento do intervalo, e assim surpreendeu e vitimou os professores, sendo que nove foram socorridos e dois vieram a óbito", afirmou o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, coronel Márcio Celante.

Antes da prisão do atirador, o secretário disse que não havia informação se ele é ex-aluno ou se tem participação em alguma das escolas.

Como o governo do Espírito Santo tem se posicionado?

Em publicação no Twitter, Renato Casagrande (PSB), governador reeleito do Espírito Santo, lamentou os ataques. "Com sentimento de pesar e muita tristeza, estou acompanhando de perto a apuração da invasão nas Escolas Primo Bitti e Darwin, em Aracruz", postou. Em outra postagem, à tarde, o governador anunciou a prisão do atirador e decretou três dias de luto no Estado.

Ele recebeu apoio do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que também se manifestou em rede social.

Duas escolas de Aracruz, na região norte do Espírito Santo, foram alvo de ataques a tiros na manhã desta sexta-feira (25). Segundo a Polícia Militar, três pessoas morreram - dois professores e um aluno - e 11 ficaram feridas. O suspeito pelos atentados foi preso à tarde.

O homem, que ainda não teve a idade e a identidade reveladas, entrou primeiro na Escola Estadual Primo Bitti, de acordo com informações da PM. Ele invadiu a sala dos professores e atirou nas pessoas que estavam lá. Duas morreram no local. Após esse primeiro ataque, o homem entrou em um carro de cor dourada, que estava com as placas cobertas, e partiu para a segunda escola. No Centro Educacional Praia de Coqueiral, colégio particular, ele atirou contra cinco pessoas. Uma delas morreu no local. Anteriormente, as autoridades haviam informado que a segunda escola seria a Darwin, mas corrigiram a informação.

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A prisão foi anunciada pelo Twitter pelo governador reeleito do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), que decretou luto oficial de três dias no Estado. "Nossas equipes de segurança alcançaram o autor do atentado que, covardemente, atacou duas escolas em Aracruz pela manhã", escreveu.

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"Segundo informações preliminares, obtidas por imagens, o criminoso estava sozinho e arrombou um cadeado para ter acesso à primeira escola. Próximo ao acesso do portão, estava a sala dos professores. Ele teve acesso direto à sala, no momento do intervalo, e assim surpreendeu e vitimou os professores, sendo que nove foram socorridos e dois vieram a óbito", afirmou o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, coronel Márcio Celante.

Conforme o secretário, o autor do crime usou uma pistola semiautomática. Ele estava com roupa camuflada e rosto coberto por uma máscara, não sendo possível, pelo vídeo, identificá-lo.

Ainda não há informações se fora da escola outras pessoas o ajudaram.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou em redes sociais. "Minha solidariedade aos familiares das vítimas dessa tragédia absurda. E meu apoio ao governador Casagrande na apuração do caso e amparo para as comunidades das duas escolas atingidas."

A Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e outros órgãos também atuam no atendimento das vítimas e diligências para localização do suspeito.

Bahia e Ceará

Entre o fim de setembro e o início de outubro deste ano, houve três casos de violência em escolas do Brasil.

No dia 26 de setembro, um adolescente de 14 anos usou a arma do pai, um policial militar, e matou uma aluna cadeirante no Colégio Municipal Eurides Sant’Anna, em Barreiras, no oeste baiano. Dois policiais que estavam nas proximidades da escola atiraram no rapaz, que segue internado. A vítima foi Geane da Silva Brito, de 19 anos, portadora de paralisia cerebral, que via na escola uma ferramenta para inclusão e um local onde se sentia segura e acolhida pela comunidade escolar.

No dia seguinte, na cidade de Morro de Chapéu, na Chapada Diamantina, um adolescente de 13 anos ateou fogo na Escola Municipal Yeda Barradas Carneiro, onde estudava, e feriu a coordenadora com o uso de uma faca. Ele foi apreendido pela Polícia Militar.

No dia 5 de outubro, um adolescente de 15 anos foi apreendido após disparar contra três colegas em uma escola em Sobral, no interior do Ceará. Ele estava com uma arma de fogo registrada no nome de um CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador). Uma das vítimas, de 15 anos, morreu dias depois.

Abaixo, relembre outros ataques em escolas brasileiras

Saudades (SC), 2021

O ataque em Saudades, no oeste de Santa Catarina, deixou cinco pessoas mortas na manhã de 4 de maio de 2021, quando um rapaz de 18 anos invadiu um creche do município com um facão de 68 centímetros. Ele matou duas funcionárias da unidade e três bebês menores de 2 anos.

Suzano (SP), 2019

Um ataque na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, deixou dez mortos, incluindo os dois atiradores, e 11 feridos. Os autores do massacre, Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, e um jovem de 17, eram ex-alunos da instituição. Um dos atiradores acabou matando o comparsa e depois cometeu suicídio.

Medianeira (PR), 2018

Um estudante de 15 anos do ensino médio pegou uma arma e atirou nos colegas em uma escola estadual da pacata cidade de Medianeira, a 60 quilômetros de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Tinha uma lista para livrar os amigos - no fim, dois acabaram baleados. O atentado aconteceu no Colégio Estadual João Manoel Mondrone. Segundo a polícia, o autor do ataque seria alvo de bullying na escola.

Goiânia (GO), 2017

Um adolescente de 14 anos matou a tiros dois colegas e feriu outros quatro em uma sala de aula do Colégio Goyases, em Goiânia, em 20 de outubro de 2017. Filho de policiais militares, ele usou a arma da mãe, que havia levado à escola particular escondida na mochila. Segundo a Polícia Civil, o rapaz sofria bullying e o crime foi premeditado.

João Pessoa (PB), 2012

Dois jovens chegaram à Escola Estadual Enéas Carvalho, em Santa Rita (Região Metropolitana de João Pessoa), em uma moto e invadiram o pátio. Eles usavam uniforme da escola. Um deles atirou contra um adolescente de 15 anos. O atirador disparou outras cinco vezes, atingindo duas garotas. Uma delas, de 17 anos, foi baleada no braço direito. A outra, levou um tiro no pé esquerdo. De acordo com a polícia, o motivo do crime teria sido ciúme.

Realengo (RJ), 2011

Considerado à época como o maior massacre em escolas brasileiras até então, a tragédia em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, deixou 12 crianças mortas. O crime foi cometido por um ex-aluno de 23 anos que levou dois revólveres à Escola Municipal Tasso da Silveira e disparou contra os alunos, todos de 13 a 15 anos. Depois de invadir duas salas de aula, ele foi atingido na barriga pela polícia e disparou um tiro na própria cabeça.

São Caetano do Sul (SP), 2011

Um estudante de apenas dez anos atirou na professora e se matou em seguida na Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, no ABC paulista. Ele usou uma arma do pai, um guarda civil municipal. De acordo com colegas e funcionários da escola ouvidos na época, o menino era muito estudioso, inteligente e calmo.

Taiúva (SP), 2003

Em 27 de janeiro, um estudante de 18 anos disparou 15 tiros contra cerca de 50 estudantes no pátio da Escola Estadual Coronel Benedito Ortiz, em Taiúva, interior do Estado. Ele usou a última bala do revólver calibre 38 para atirar na própria cabeça e morreu. O episódio não deixou vítimas fatais além do rapaz.

Salvador (BA), 2002

Um estudante de 17 anos matou uma colega e feriu outra a tiros no Colégio Sigma, no Bairro de Piatã. O rapaz teria pegado um revólver calibre 38 do pai e escondido a arma na mochila. Os disparos foram feitos depois que a professora pediu para ele fazer um exercício.

Um ataque a tiros executado por um estudante na cidade de Aracruz (ES) deixou pelo menos três mortos, além de oito feridos, em duas escolas do município. Segundo a Polícia Militar, o responsável pelo ataque é um aluno adolescente da Escola Estadual Primo Bitti, no bairro do Coqueiral.

Ainda de acordo com a PM, ele entrou na sala dos professores e em outras salas da escola Primo Bitti, munido de uma pistola e vários carregadores, e efetuou vários disparos, matando duas pessoas e ferindo quatro.

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Depois disso, ele entrou em um carro e invadiu uma escola particular no mesmo bairro, o Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC), efetuando novos disparos. Pelo menos uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas.

Os feridos foram levados a hospitais da região. O adolescente apontado como responsável pelos disparos já foi identificado.

Por meio de seu perfil no Twitter, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, lamentou o atentado. “Com sentimento de pesar e muita tristeza, estou acompanhando de perto a apuração da invasão nas Escolas Primo Bitti e Darwin, em Aracruz. Todas as nossas forças de segurança estão empenhadas. Determinei o deslocamento dos Sec. de Segurança e Educação para acompanhar os trabalhos”.

A prefeitura de Aracruz divulgou nota informando que as aulas da rede municipal foram suspensas hoje a pedido da PM.

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou para o juízo da 1ª Vara Federal de Três Rios, no Rio de Janeiro, a investigação contra o ex-presidente do PTB Roberto Jefferson por suposta tentativa de homicídio de quatro policiais federais. O aliado do presidente da República, Jair Bolsonaro, foi preso em flagrante após atacar com tiros de fuzil e granada agentes e um delegado da PF que foram até sua casa em Comendador Levy Gasparian para cumprir ordem judicial do STF.

No despacho assinado na quarta-feira (9), Alexandre de Moraes ressaltou que as condutas investigadas foram perpetradas conta funcionários da PF, de modo que a competência para apurar o caso é da Justiça Federal.

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Mesmo com a remessa da apuração, fica mantida a decisão de Alexandre que converteu a prisão em flagrante de Jefferson em preventiva - que não tem data para acabar.

O ex-presidente do PTB também está preso preventivamente em razão de ordem proferida por Alexandre de Moraes por descumprimento reiterado de medidas cautelares impostas ao ex-deputado no bojo de ação em que é réu por incitação ao crime, homofobia e calúnia.

O ex-deputado cumpria prisão domiciliar desde janeiro, possibilidade condicionada ao respeito a uma série de determinações, como a proibição de uso de redes sociais.

A ofensiva do ex-presidente do PTB ao resistir à prisão deixou dois policiais feridos - a agente Karina Miranda e o delegado da Polícia Federal Marcelo Vilela.

A Polícia Federal indiciou Jefferson por quatro tentativas de homicídio - imputações ligadas não só aos atingidos por estilhaços da granada arremessada pelo ex-deputado, mas também a dois agentes que estavam em uma viatura, mas não foram atingidos.

O rapper Takeoff, membro do trio de hip hop Migos, foi baleado nesta terça-feira (1º) em uma pista de boliche em Houston, Texas, de acordo com o site de entretenimento TMZ. O cantor, que já foi indicado ao Grammy com seus parceiros, morreu aos 28 anos.

Segundo o TMZ, o rapper Takeoff, chamado Kirshnik Khari Ball em seu nome de registro, jogava dados com Quavo, membro do Migos, por volta das 2h30.

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A polícia de Houston informou ter se sido informada de um tiroteio durante a madrugada com uma pessoa morta no local, sem confirmar a identidade da vítima até a família ser notificada.

Outras duas pessoas foram atingidas e levadas para hospitais da região em veículos particulares, de acordo com a polícia.

O TMZ informou que, apesar de estar presente, Quavo não se machucou.

Nascido em 18 de junho de 1994, Takoff se tornou conhecido por sua participação no Migos junto com seu tio, Quavo, e seu primo de primeiro grau, Offset, que hoje é marido da rapper Cardi B.

A banda criada em Atlanta ganhou destaque com seu hit viral "Versace", de 2013, remixada por Drake.

Entretanto, apenas em 2016 com "Bad and Boujee" eles atingiram o topo da parada musical pela primeira vez.

O trio, gerenciado pela potência do hip hop Coach K, é considerado altamente influente no caminho do trap sulista contemporâneo, um popular subgênero do rap, para o rap mainstream.

Seguido do primeiro trabalho "Yung Rich Nation", de 2015, eles estrearam o segundo disco "Culture" no topo dos principais álbuns da Billboard.

Após assinar um contrato com Motown e Capitol Records, em 2017, eles seguiram com o "Culture II" e atingiram o primeiro lugar da parada musical mais uma vez

Eles completaram a trilogia em 2021 com o "Culture III". Os integrantes do Migos haviam acabado de lançar um novo videoclipe para a faixa "Messy".

Nos últimos dois anos, o ex-deputado Roberto Jefferson participou de pelo menos dez reuniões com a cúpula do governo Jair Bolsonaro (PL). Levantamento feito pelo Estadão com base em agendas oficiais do governo mostra que o presidente de honra do PTB que, nesse domingo (23), lançou granadas e disparou tiros de fuzil contra agentes da Polícia Federal, esteve com o presidente e ministros para tratar de temas variados. Após o ataque de Jefferson a policiais federais e a prisão do ex-deputado, Bolsonaro tem buscado se desvincular do petebista, a quem passou a chamar de "bandido".

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Entre 2020 e 2021, Jefferson foi recebido na Presidência da República e nos ministérios da Justiça; da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; e da Agricultura, além do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Em julho de 2020 e agosto de 2021, quando seria preso por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, por atuação em organização criminosa digital para atentar contra a democracia, Jefferson teve duas agendas com a Presidência da República. Em maio, participou também de reunião com o vice-presidente Hamilton Mourão, acompanhado do pastor Joel Bitencourt Serra, que é coordenador do Movimento Cristão Evangélico no PTB.

Em abril de 2021, o Ministério da Justiça abriu agenda para receber Jefferson, em reunião que teve a participação do reverendo José Góes, capelão da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo.

Assuntos

As articulações de Jefferson e sua influência sobre diversos assuntos alcançaram também a pasta da Agricultura. A então ministra Tereza Cristina teve encontro com o ex-deputado em fevereiro do ano passado, para falar sobre "ações de desenvolvimento para a Cooperativa Mista dos Produtores Rurais na Agricultura Familiar da Paraíba".

Ainda na Agricultura, o ex-deputado encontrou espaço para discutir, em maio de 2021, um "termo de cooperação técnica no banco de dados do Ministério da Agricultura". A reportagem questionou a pasta sobre as razões de Jefferson participar dessa discussão. Não houve resposta até a publicação desta matéria. Em junho do ano passado, ele esteve em agenda da Secretaria de Pesca, que é vinculada ao Ministério da Agricultura, para tratar de assuntos de seu interesse.

O ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, então comandado por Damares Alves, também abriu as portas para Jefferson. Foram duas reuniões, em março e maio do ano passado, na Secretaria Nacional da Família.

Segurança

As questões estratégicas de segurança da própria Presidência também estiveram no radar do ex-deputado. Em abril de 2021, Jefferson teve agenda com o general Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI da Presidência.

A reportagem questionou cada um dos ministérios mencionados sobre o objetivo de cada um dos encontros realizados. A pasta da Mulher declarou que, no dia 22 de março de 2021, houve contato telefônico entre a secretária Angela Gandra e Roberto Jefferson "a fim de alinhar agendas para a reunião presencial que ocorreu no dia 27/5/2021".

Segundo o ministério, neste encontro, "houve apresentação dos programas da Secretaria Nacional da Família, uma vez que o então dirigente havia manifestado interesse na temática sobre o fortalecimento de vínculos familiares".

Não houve posicionamento dos demais ministérios até a publicação deste texto.

Em depoimento prestado à Polícia Federal após ser preso em flagrante por tentativa de homicídio, o ex-deputado Roberto Jefferson afirmou que deu cerca de 50 tiros de fuzil em uma viatura da PF e jogou três granadas contra a equipe que foi até sua casa em diligência na manhã deste domingo (23) - 'uma atrás da viatura quando os policiais saíram e uma dentro de casa para assustar o policial que estava dentro da residência'. O ex-presidente do PTB alegou que os dispositivos eram de efeito moral. Além disso, sustentou que 'não atirou para machucar'. "Se quisesse, matava os policiais, pois estava em posição superior e com fuzil de mira", disse.

Apesar das alegações de Roberto Jefferson, a avaliação da Polícia Federal é a de que Roberto 'minimamente aceitou o risco' de matar policiais federais ao disparar mais de 50 vezes e lançar as três granadas contra a equipe que foi até Levy Gasparian, no interior do Rio, para cumprir mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes. A PF chega a citar 'motivação torpe' de Jefferson, em razão de o político ter externado que o 'motivo da reação foi a discordância em relação ao mérito da decisão judicial'. O ex-deputado acabou sendo indiciado por quatro tentativas de homicídio, ligadas aos quatro integrantes da equipe da PF que tentaram capturá-lo.

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No depoimento à PF, Jefferson narra que neste domingo estava falando no telefone sentado no quarto quando olhou pela televisão na câmera do portão quatro pessoas. Disse ainda que 'viu a equipe da Polícia Federal de pistola e sem colete' e afirmou que a PF 'nestas condições não teria a menor condição de retirar o interrogado da residência'. Em seguida, pegou uma granada e disse que não iria se render. Em depoimento, Jefferson narrou ainda que falou aos policiais: "corre que eu vou jogar em vocês".

Sobre a origem das granadas, Jefferson disse que 'sempre' as teve, tendo comprado os dispositivos 'no mercado' há cerca de cinco anos. O ex-deputado disse que 'precisava de autorização, mas não tinha', sustentando que 'sempre esteve ameaçado'. Além disso, afirmou que tinha 'muita' munição dos calibres .45, .38, 5x56m, 9mm, .12 e 357mag. Como mostrou o Estadão, a Polícia Federal apreendeu caixas de balas de grosso calibre na caso do ex-deputado. também foi confiscado o fuzil que ele usou para atirar nos policiais.

Jefferson ainda legou possuir de 20 a 25 armas, que ficariam em Brasília, no cofre de um hotel do qual era mensalista. Na residência vasculhada pela PF em Levy Gasparian, o ex-deputado mantinha o fuzil e uma pistola 9mm. Jefferson ainda disse à Polícia Federal que efetua em média 500 tiros por semana.

A Polícia Federal apreendeu neste domingo, 23, com o ex-deputado Roberto Jefferson uma coleção de munições de grosso calibre acondicionadas em caixas. O arsenal confiscado incluiu o fuzil 762, com mira telescópica, que ele usou para atacar policiais federais que foram à sua residência, no município de Levy Gasparian, interior do Rio, para prender o petebista. Imagens do armamento mostram ainda uma pistola que estava na posse do político.

A ofensiva do ex-presidente do PTB ao resistir à prisão deixou dois policiais feridos - a agente Karina Miranda e o delegado da Polícia Federal Marcelo Vilela. A Polícia Federal indiciou Jefferson por quatro tentativas de homicídio - imputações ligadas não só aos atingidos por estilhaços da granada arremessada pelo ex-deputado, mas também a dois agentes que estavam em uma viatura, mas não foram atingidos.

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A ordem que mandou Jefferson de volta à prisão foi assinada pelo ministro Alexandre de Moraes na noite de sábado, 22, em razão do descumprimento reiterado de medidas cautelares. O ex-deputado cumpria prisão domiciliar desde janeiro, possibilidade condicionada ao respeito a uma série de determinações, como a proibição de uso de redes sociais.

Depois de resistir à prisão por horas, Jefferson foi capturado no início da noite deste domingo, 23, por volta das 19h. Ele está detido no presídio José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio. Na tarde desta segunda-feira o ex-deputado será submetido a uma audiência de custódia, durante a qual um juiz vai decidir se mantém a sua prisão.

Após a resistência de Jefferson e a ofensiva do ex-parlamentar contra a PF, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal cumprisse a ordem de prisão preventiva por ele expedida e/ou prendesse o político em flagrante delito. Segundo o magistrado, a conduta de Jefferson, ao atirar nos agentes policiais, pode configurar, em tese, tentativa de duplo homicídio.

O presidente Jair Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo pela internet, neste domingo, 23, para negar que tivesse uma relação de proximidade com o ex-deputado Roberto Jefferson - horas antes, o político fluminense feriu dois policiais federais com granadas e tiros de fuzil. Na "live", Bolsonaro chegou a dizer que não tinha sequer uma fotografia com Jefferson. Não é verdade: Jefferson tem uma relação antiga e próxima com Jair Bolsonaro e com outros integrantes de sua família, como o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), de quem já foi chefe.

Em fevereiro de 2003, Jefferson empregou Eduardo, então com apenas dezoito anos, no gabinete da liderança da bancada do PTB na Câmara dos Deputados, então comandado por ele. A nomeação aconteceu poucos dias depois de Jair Bolsonaro trocar sua legenda anterior, o PPB (atual Progressistas) pelo PTB de Jefferson. Também se deu três dias depois de Eduardo ser aprovado no curso de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), cujo campus está localizado a mais de mil quilômetros da sede da Câmara, onde ele deveria cumprir expediente presencial de 40 horas semanais.

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O filho de Bolsonaro permaneceu no cargo por um ano e quatro meses. Recebia o equivalente a R$ 13,6 mil, em valores atuais. O caso foi revelado em 2019 pela BBC News Brasil. Questionado sobre como era possível trabalhar em Brasília e estudar no Rio ao mesmo tempo, Eduardo disse "não se lembrar" do antigo emprego.

"Olha, eu teria que puxar forte pela memória aqui então… Mas eu acho que não teria problema nenhum, conseguir trabalhar, prestar um serviço partidário. Inclusive eu já tive assessor meu que eu encontrava com ele uma vez por mês no máximo, né?", disse ele, à época. Jair Bolsonaro afirmou que não comentaria o assunto, assim como a assessoria de imprensa do PTB.

A nomeação para o cargo representa o primeiro emprego formal de Eduardo Bolsonaro - mais tarde, ele seria aprovado em um concurso para o posto de escrivão da Polícia Federal. Anos mais tarde, o próprio Jair Bolsonaro comentou o assunto numa entrevista ao jornal O Globo.

"Já tive um filho empregado nesta Casa e não nego isso. É um garoto que atualmente está concluindo a federal do Rio, uma faculdade, fala inglês fluentemente, é um excelente garoto. Agora, se ele fosse um imbecil, logicamente estaria preocupado com o nepotismo", disse ele. Na época, filhos de congressistas podiam ocupar cargos públicos no Poder Legislativo: a prática só foi banida em 2007, com uma súmula do Supremo Tribunal Federal.

O ataque do ex-deputado Roberto Jefferson com granadas e tiros de fuzil contra agentes da Polícia Federal teve forte repercussão nas redes sociais e dividiu apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Enquanto parte dos usuários condenou a violência, outra aplaudiu o fato de o ex-parlamentar resistir ao mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O Monitor de Redes Sociais do Estadão coletou mais de 1,28 milhão de menções ao caso Roberto Jefferson desde o início da tarde de domingo, 23 de outubro, até as 10h desta segunda-feira, 24. Cerca de 60% dos posts são negativos, segundo classificação automática da plataforma criada em parceria com a empresa Torabit; positivos e neutros somam 20% cada.

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O ataque do ex-deputado a policiais foi um dos assuntos mais comentados do domingo na rede. O nome de Roberto Jefferson ficou em primeiro lugar dos trending topics do Twitter no Brasil entre 14h e 21h e no topo da lista mundial por cerca de três horas. Outros termos relacionados, como "Polícia Federal", "Bandido", "Granada" e "Bolsonaro apoia o crime", apareceram no top 10 de assuntos mais virais da plataforma.

De acordo com análise do professor da Universidade de São Paulo (USP) Pablo Ortellado, em publicação no Twitter, a resistência armada de Jefferson contra policiais "desorientou a direita", que não soube como reagir adequadamente e foi superada pela mobilização da oposição - responsável por 55% dos tuítes nas quatro primeiras horas, contra 33% dos bolsonaristas.

"Bob Jeff deve ser tratado como bandido ou patriota? Estou confuso e preciso responder os ataques no WhatsApp", escreve um apoiador do presidente em um canal de Telegram ao qual a reportagem teve acesso.

No aplicativo de mensagens, também apareceram usuários dizendo que "se você se posicionar neste momento contra Roberto Jefferson, você está a favor de Alexandre de Moraes. Não existe meio termo" e questionando o fato de Bolsonaro ter repudiado não apenas a ação armada, mas as ofensas do petebista contra a ministra Carmen Lúcia.

No Twitter, houve ruído nas redes bolsonaristas antes do posicionamento de Bolsonaro sobre o assunto. A deputada Bia Kicis (PL-DF) chegou a postar um vídeo gravado pelo próprio Roberto Jefferson dizendo que não iria se entregar e tecendo críticas ao ministro Alexandre de Moraes. "Momento gravíssimo da nossa combalida democracia. PF cumpre ordem de prisão de Roberto Jefferson mas ele diz que não irá se entregar. Já houve tiroteio, como mostram as imagens".

Alguns usuários compartilharam o material com legendas como "nem todo herói usa capa" e "jamais cairei de joelhos por estes canalhas, cairei atirando".

Em sua primeira manifestação sobre o ocorrido, o pastor Silas Malafaia escreveu: "Vergonha total! Atentado contra a democracia! Mandar prender Roberto Jefferson por emitir opinião, mesmo que eu não concorde com elas, é o absurdo dos absurdos!". Depois, gravou um vídeo dizendo que não concorda com a ação violenta, mas questionando "o que seria mais grave", se a ofensa de Jefferson ou a atuação da ministra Carmen Lúcia.

Bolsonaro deu o tom nas redes às 13h40 de domingo, ao postar no Twitter que repudiava as falas e a ação armada de Roberto Jefferson contra agentes da Polícia Federal, "bem como a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP". O posicionamento foi replicado nas redes da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), com a legenda "não existe crime de opinião no Brasil", e de outros políticos bolsonaristas, que questionam a validade das decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Lamento as falas e repudio o episódio envolvendo o Sr. Roberto Jefferson. Tal estado de coisas acontece porque o sistema de freios e contrapesos não está funcionando", escreveu no Twitter o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos). O candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que lamenta o episódio e que "que nada justifica a violência".

Mais tarde, influenciadores e outros políticos repercutiram um vídeo no qual Bolsonaro dá a entender que teria mandado prender Roberto Jefferson e negativas do presidente de que teria relações de amizade com Jefferson. Em sabatina na TV Record, Bolsonaro se justificou dizendo que foi alvo de um processo movido por Jefferson contra ele em tribunal militar. Mais cedo, havia dito que não tinha fotos com Jefferson e foi desmentido nas redes e pela imprensa.

O ex-presidente Lula, adversário de Bolsonaro no segundo turno, compartilhou vídeo sobre o assunto. Opositores do presidente também subiram a tag "Bolsojeff" para reforçar ligações entre Bolsonaro e o aliado do PTB.

A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) por quatro tentativas de homicídio, em função do ataque praticado neste domingo, 23, contra quatro agentes da PF que foram à sua casa, em Levy Gasparian, município do sul fluminense, para cumprir uma ordem de prisão contra ele. Jefferson lançou duas granadas e atirou contra os policiais. Dois deles foram feridos, sem gravidade. O indiciamento foi confirmado hoje pela assessoria de imprensa da Superintendência da PF no Rio de Janeiro.

O Estadão procurou a defesa de Jefferson para que se manifeste sobre esses indiciamentos, sem sucesso até a publicação desta reportagem.

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Desde a noite deste domingo, 23, Jefferson está detido no presídio José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio. Na tarde desta segunda-feira, 24, ele será submetido a uma audiência de custódia, durante a qual um juiz vai decidir se mantém ou não sua prisão.

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) divulgou nota de repúdio à ação armada do ex-deputado Roberto Jefferson, que atacou a Polícia Federal com tiros e granada ao resistir à prisão. "A Ajufe repudia de maneira firme a conduta de réu e condenado pelo Poder Judiciário que, afrontando decisão judicial da mais alta Corte do País, resistiu ao seu cumprimento e, ainda, de forma covarde e premeditada, atentou contra a vida de agentes públicos no fiel cumprimento de seus deveres funcionais."

Na nota, a associação destacou que "liberdade de expressão não se confunde com liberdade de agressão ou de se espalhar pensamentos inverídicos e desconexos da realidade". Também disse acreditar que o fato do final de semana se trata de "situação isolada" e que o pleito eleitoral seguirá com "ânimos serenos".

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No sábado, 22, a entidade também havia repudiado os ataques sofridos pela ministra Cármen Lúcia - que foi comparada a "prostitutas" e "vagabundas" por Jefferson. "A reação da Magistratura deve ser firme e inequívoca, de forma que essas atitudes não sejam banalizadas ante tantas ofensas que vêm sendo proferidas", afirmou a associação.

Prisão

Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Roberto Jefferson foi encaminhado ao presídio de Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro, no início da madrugada desta segunda-feira, 24, após atacar com tiros de fuzil e granada agentes da Polícia Federal em Comendador Levy Gasparian (RJ). Jefferson deve ser transferido para Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, ainda nesta segunda.

A ex-deputada federal Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson, ex-deputado preso após atacar com tiros de fuzil e granadas agentes da Polícia Federal que cumpriam um mandado de prisão contra ele no domingo (23), defendeu, nesta segunda-feira (24), o comportamento do presidente Jair Bolsonaro em relação a seu próprio pai. Candidato à reeleição pelo PL, Bolsonaro tentou se distanciar de Jefferson, um antigo aliado que se tornou incômodo após a reação violenta contra os agentes que tentavam levá-lo de volta à prisão fechada, cumprindo ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O mandatário negou ser amigo do ex-deputado e disse que tratamento dispensado a quem atira em policial é o de "bandido". Aliada fiel do presidente, a petebista disse que a atitude de Bolsonaro é "justificável" a uma semana da eleição e afirmou que conversará com o mandatário após a eleição.

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"É justificável que ele tenha essa reação faltando uma semana para a eleição. O mais importante é ele seguir com a cabeça focada em vencer o Lula e as forças comunistas do PT", afirmou.

De acordo com Cristiane, "ainda é muito cedo para analisar a reação do presidente porque ele está com a cabeça envolvida na eleição". "Qualquer coisa nesse momento que ele fizer, seja contra ou a favor do meu pai, eu acho um pouco precipitado a gente fazer um julgamento de opinião, falar: "ah, o cara tá errado, tá certo…". Depois da eleição a gente conversa", disse.

A ex-deputada deve ser investigada por ter usado sua conta no Twitter para divulgar o vídeo em que o pai insulta a ministra do STF Cármen Lúcia. Ela diz que os advogados da família ainda devem decidir o que fazer em relação à prisão do pai. "Eu acompanhei toda a situação ontem (domingo). Vou falar com os advogados agora pela manhã para saber a situação e o que eles vão fazer", disse.

Mudança de tom

Em entrevista à Record TV, Bolsonaro disse que "não tem nada de amizade" com o ex-parlamentar. "Agora em meados de setembro ele entrou com uma queixa-crime contra o Superior Tribunal Militar, contra minha pessoa e do senhor ministro da Defesa, por prevaricação. Ou seja, quem me processa não pode alguém achar que ele é meu amigo", disse.

Bolsonaro ainda tentou colar o aliado ao seu adversário nas eleições, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lembrando o envolvimento de Jefferson no esquema de corrupção do Mensalão.

"Nós não passamos pano para ninguém, diferentemente do Lula, que quando Roberto Jefferson delatou o Mensalão, delatou inclusive José Dirceu, o Lula simplesmente passou pano para tudo isso. Nós não somos amigos, não temos relacionamento", disse, sobre o ex-deputado.

O presidente mudou de tom em relação ao ex-parlamentar durante o domingo, enquanto a crise se desenvolvia. Em sua primeira manifestação sobre o caso, evitou ataques fortes, dizendo que repudiava tanto as falas de Jefferson a respeito da ministra Cármen Lúcia quanto sua ação contra os policiais, mas também atacando os inquéritos de que o ex-deputado é alvo. Mais tarde, no entanto, mostrou-se mais incisivo. "O tratamento dispensado a quem atira em policiais é o de bandido. Presto minha solidariedade aos policiais feridos no episódio", afirmou, em vídeo publicado no Twitter.

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) trocou tiros com agentes da Polícia Federal na manhã do domingo (23) ferindo dois agentes. O caso aconteceu no município de Levy Gasparian, no Rio de Janeiro, onde Jefferson cumpre prisão domiciliar desde o começo do ano. De acordo com a PF, os agentes cumpriam um mandado de prisão contra o ex-deputado, quando Jefferson reagiu à abordagem. Ambos os agentes estariam fora de perigo.

Um vídeo que circula entre delegados da Polícia Federal mostra o momento em que um agente de segurança entra na casa do ex-deputado federal Roberto Jefferson após ele atirar com um fuzil e jogar duas granadas contra uma equipe que tinha ido à sua casa prendê-lo. Jefferson foi preso por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

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As imagens mostram um policial do Grupo de Pronta Investigação da Polícia Federal dizendo a Roberto Jefferson. "O que o senhor precisar a gente vai fazer."

A fala gerou desconforto entre delegados da PF. O ex-deputado feriu a agente Karina Miranda e o delegado da Polícia Federal Marcelo Vilela. Uma viatura da Polícia Federal teve o vidro da frente atingido por tiros. Não havia ninguém dentro do carro.

A conversa foi presenciada pelo ex-candidato à Presidência pelo PTB, Padre Kelmon, que estava ao lado de Roberto Jefferson. A sigla já foi presidida pelo ex-deputado.

Veja o momento:

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No vídeo, Jefferson diz que, no momento do ataque, estava com um fuzil nas mãos. O policial conta que "os meninos estão bem, no hospital", ao se referir aos colegas feridos pelo ex-deputado. "Foi um machucado, foi tranquilo", tranquiliza o policial.

Segundo o ex-deputado, um integrante da equipe da PF que tinha ido prendê-lo ficou três vezes na mira de seu fuzil. "Não atirei neles", diz Jefferson. Sorrindo, o policial responde. "Agradeço."

Roberto Jefferson diz ter usado granadas de efeito moral. O agente de segurança ri novamente e diz. "Tá todo mundo tossindo lá."

A conversa continua e Roberto Jefferson relata. "Tiro eu dei no carro quando não tinha ninguém."

A captura de Roberto Jefferson ocorreu depois de Moraes ordenar que a prisão do ex-deputado fosse feita "independentemente do horário". O ministro declarou ainda que 'a intervenção de "qualquer autoridade em sentido contrário, para retardar ou deixar de praticar, indevidamente o ato, será considerada delito de prevaricação".

Logo após a confirmação da prisão, o ministro Alexandre de Moraes parabenizou os agentes envolvidos na operação em postagem no Twitter. "Parabéns pelo competente e profissional trabalho da Polícia Federal, orgulho de todos nós brasileiros e brasileiras. Inadmissível qualquer agressão contra os policiais. Me solidarizo com a agente Karina Oliveira e com o delegado Marcelo Vilella que foram, covardemente, feridos", escreveu.

Toda operação foi acompanhada de perto pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, que por ordem do presidente Jair Bolsonaro (PL) se deslocou de Brasília até Juiz de Fora (MG), cidade próxima à casa de Jefferson. O ex-deputado é aliado político do presidente e atua como estrategista de sua campanha, o que no domingo foi negado por Bolsonaro, que disse não ter amizade nem uma única foto ao lado dele. Após a declaração, as redes sociais foram tomadas por imagens dos dois se abraçando.

Em nota, a Polícia Federal informou que "a prisão foi cumprida após intensa negociação entre a Polícia Federal e o investigado, que ofereceu resistência inicial ao cumprimento da decisão judicial com o uso de arma de fogo e explosivos".

"Durante a diligência, dois policiais federais ficaram feridos por estilhaços de granada lançada pelo alvo. Eles foram prontamente atendidos, tiveram ferimentos leves e seguem sendo acompanhados pela PF", afirmou a corporação.

"Além da prisão judicial, o investigado também foi preso em flagrante sob a acusação, inicial, de tentativa de homicídio, sem prejuízo de eventuais outros crimes cometidos durante a ação."

Segundo a PF, a perícia técnica criminal foi acionada e o local de crime está sendo periciado, incluindo a casa de Roberto Jefferson. O ex-deputado foi levado à Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro "para lavratura do auto de prisão em flagrante e demais formalidades decorrentes do cumprimento da ordem judicial".

"A Polícia Federal reafirma que agiu com toda a técnica e protocolos exigidos para a resolução de crises, culminando com a rendição do preso", informou.

Tiros disparados por um homem de motocicleta interromperam uma carreata a favor da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência pelo PT no município de Macaíba, na Região Metropolitana de Natal, no começo da noite deste domingo (23). A governadora reeleita do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), estava presente e teve de encerrar o evento.

Segundo nota publicada pela coordenação da campanha, ninguém da comitiva foi atingido. "A equipe de segurança da governadora agiu prontamente para proteger os participantes da atividade e, desde o momento do ocorrido, as polícias Civil e Militar estão fazendo diligências para apurar os fatos."

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A governadora publicou um vídeo do evento antes dos tiros.

O cinegrafista Rogério de Paula, da InterTV, afiliada da TV Globo, foi agredido neste domingo (23) por apoiadores do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) e do presidente Jair Bolsonaro (PL) perto da casa de Jefferson, em Levy Gasparian, no Rio de Janeiro. O político resistiu a uma ordem de prisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e mais cedo atirou contra agentes da Polícia Federal com um fuzil e granadas.

De Paula, 59 anos, foi empurrado pelas costas e caiu com a câmera, batendo com a cabeça no chão, e chegou a sofrer um início de convulsão, segundo a emissora. O profissional foi levado para o Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Três Rios, onde passa por exames. Segundo a emissora, ele está lúcido e não teve sangramento.

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Os agentes atingidos por Jeferson já foram liberados do hospital. Segundo policiais que acompanham a situação, a agente da Polícia Federal Karina Miranda foi atingida no quadril por estilhaços de granada e de raspão na sobrancelha por um tiro. O delegado da Polícia Federal Marcelo Vilela foi ferido na cabeça por estilhaços de granada.

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) se entregou à Polícia Federal na noite deste domingo (23), após trocar tiros com agentes, que cumpriam decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na manhã de hoje. Por volta das 19h, Jefferson teria deixado a residência, localizada no Rio de Janeiro, em uma viatura da PF. Na ocasião, o veículo foi escoltado por duas viaturas.

De acordo com o site UOL, apoiadores do ex-parlamentar chegaram a gritar palavras de apoio. Além disso, após a saída de Jefferson da residência, o presidente Jair Bolsonaro, que é aliado do petebista, usou as redes sociais para confirmar a prisão. "Como determinei ao minstro da Justiça, Anderson Torres, Roberto Jefferson acaba de ser preso. O tratamento indispensável a quem atira em policial é o de bandido", disse.

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O ex-deputado Roberto Jefferson jogou uma granada contra a Polícia Federal neste domingo, 23, ferindo um delegado e uma agente. Os policiais tentavam prendê-lo após ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A informação é da Polícia Federal.

Em nota à imprensa, a PF informou que Jefferson "reagiu à ordem de prisão anunciada pelos policiais federais". "Na ação, dois policiais foram feridos por estilhaços de granada arremessada pelo alvo e levados imediatamente ao pronto socorro. Após o atendimento médico, ambos foram liberados e passam bem", informou.

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"A equipe da PF foi reforçada e os policiais permanecem no local com o objetivo de cumprir a determinação judicial", completa a nota da PF

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