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O jovem Alessandro Ferreira dos Santos, 21 anos, foi executado com  16 tiros de pistola 380, na noite da última terça-feira (7). De acordo com a polícia, o homicídio foi praticado por desconhecidos próximo a residência da vítima, localizada na rua João Cabral de Melo Neto, no bairro do Curado II, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife.

Segundo informações de testemunhas, o jovem era traficante de drogas na área. A Delegacia de Jaboatão dos Guararapes está investigando o caso e trabalha com a hipótese de que o crime tenha sido motivado pela disputa do tráfico na região.

Ainda durante o tiroteio, o adolescente Diogo Soares da Silva, 14, foi atingido com um tiro no pé e socorrido para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Curado. Após receber os primeiros atendimentos, o menor foi transferido para o Hospital da Restauração, no bairro do Derby, área Central do Recife.

O corpo de Alessandro Ferreira foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) no Recife. 

Serão levados a julgamento, nesta quinta-feira (2), sete dos oito apontados de cometer uma chacina com cinco mortos, na madrugada do dia 11 de novembro de 2006, no bairro de Campo Grande, no Recife. O julgamento acontecerá no 1º Tribunal do Júri da Capital, no Fórum Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra, a partir das 9h. O promotor de Justiça André Rabelo vai representar o Ministério Público de Pernambuco na acusação dos réus, durante sessão a ser presidida pelo juiz Ernesto Bezerra Cavalcanti.

Consta dos autos que por volta das 2h30 daquele sábado, os réus Ezequiel José de Oliveira (Tuel), Tiago Pereira da Silva (Titica), Ubiratan Nascimento da Rocha (Bira), Nilton Alves de Santana Filho (Nino Satanás), Luiz Fernando da Silva (Pimentinha) Anderson César Fraga (César China), Evandro Silva dos Santos e Rafael Carlos da Cunha (Rafa) – este já falecido – invadiram a casa de número 102, da Rua José Bento Batista, onde residiam as vítimas, e assassinaram a tiros as irmãs Alexandra Maria da Silva, 24 anos, Rosângela Maria da Silva, 20; Roseana Maria da Silva, 19; e uma adolescente, de 15 anos; além de Vianei Guilhermino dos Santos, de 22.

Durante a chacina, uma criança de um ano e dez meses ficou ferida, mas sobreviveu aos ferimentos depois de levada ao Hospital da Restauração. De acordo com o promotor André Rabelo, o casal Elisângela Maria da Silva e Cláudio Crispim Soares foi poupado pelos assassinos, sem que se saiba a razão. “Esta chacina foi um acerto de contas do tráfico de drogas, já que Roseane e Vianei compraram grande quantidade de pedras de crack ao traficante Ezequiel Oliveira, que comanda a quadrilha da João de Barros, e não quitaram a dívida”, adiantou. Já as demais vítimas, segundo a Polícia, foram executadas para não servir de testemunhas.

O promotor de Justiça adiantou que vai se valer das provas colhidas durante a instrução do processo, sendo certo que se trata de uma perigosa quadrilha comandada por Ezequiel e que rivalizava com a quadrilha do Campo do Onze, chefiada pelo também traficante Valderrama, que se encontra preso.

As quatro mulheres foram abatidas a tiros dentro de casa, enquanto Vianei, namorado de uma delas, foi assassinado ao lado de uma cocheira, quando tentava escapar. O processo conta com sete volumes e 1.210 páginas.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul apresentou nesta quarta-feira, 1, o resultado da Operação Beira Mar de combate ao tráfico de drogas, realizada na terça-feira, 31. A ação foi deflagrada nas praias de Imbé, Mariluz e Capão da Canoa.

Durante a operação foram realizadas 13 prisões, além de dez mandados de busca e apreensão. Foram encontrados 306 pedras de crack embaladas para venda, dois carregadores de pistola calibre .40, de uso restrito a policiais, e uma porção de maconha.

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Alguns locais onde havia disputa pelos pontos de tráfico eram monitorados por câmeras pelos traficantes.

Policiais militares da 4ª Companhia do 16º Batalhão estouraram, por volta das 3h desta madrugada, uma casa utilizada por criminosos como ponto de distribuição de drogas, no Jardim São Jorge, próximo ao km 18,5 da Rodovia Raposo Tavares, na zona oeste da capital.

Ao receberem uma denúncia anônima, os policiais foram até o endereço e localizaram a casa, na Rua Juliante Vigna, na Favela do Balão. Havia pelo menos dois homens dentro do imóvel. Ao perceberem a aproximação da viatura, os suspeitos correram e fugiram pelo telhado das casas vizinhas.

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Dentro da residência denunciada foram apreendidos um quilo de cocaína, distribuído em cerca de 1.000 cápsulas plásticas; um quilo de maconha, em trouxinhas, 800 gramas de crack, em pedras, R$ 3.200,00, em notas, um caderno com anotações sobre a movimentação do tráfico, um videogame e outros objetos, supostamente adquiridos como forma de pagamento da droga.

O caso foi encaminhado para o plantão do 89º Distrito Policial, do Portal do Morumbi.

O Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri) apresenta, às 9h desta segunda-feira (23), três pessoas presas na última quinta-feira (19). O vendedor autônomo Geraldo José da Silva Souto, 26 anos, foi preso com uma máquina para plastificar documentos, diversas cédulas de identidade não preenchidas, pedaços de plástico de filme preenchidos com dados de identidades, comprovantes de residência falsificados, cartões de crédito em nome de terceiros, entre outros objetos.

Já o entregador de água Luciano da Silva, 18, foi preso portando sete papelotes de maconha, um aparelho celular e R$ 119,50. A cabeleireira Ana Lúcia, Sobral, 26, foi detida após trocar duas piscinas plásticas com cupom fiscal falsificado.

Às 10h, o Grupo de Operações Especiais (GOE) apresenta uma mulher presa em flagrante no bairro da Guabiraba, Zona Norte do Recife. Com Rita de Cássia Pereira de Menezes, 25, foram encontrados crack, maconha, munições de calibres 38 e 40, além de R$ 1.260, uma caminhonete e uma balança de precisão.

Às 14h, a delegada Patrícia Domingos vai disponibilizar imagens de uma quadrilha de assaltantes formada por sete mulheres, entre elas uma grávida. O grupo já assaltou cinco lojas em Jaboatão dos Guararapes. Numa livraria, roubaram aproximadamente R$ 4 mil em mercadorias e numa loja de roupas as mulheres levaram cerca de R$ 2,5 mil. Elas chegam nos estabelecimentos e enquanto duas distraem os vendedores, as outras realizam o roubo.

Três suspeitos de tráfico foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais por terem sido flagrados com quase 800 quilos de maconha, sendo que parte da droga era transportada em um carro oficial da Receita Federal. Se condenados, os acusados podem pegar até 25 anos de prisão.

Eles foram flagrados por agentes federais em outubro do ano passado. Dois suspeitos que haviam saído com a droga de Ponta Porã (MS) encontraram-se com o terceiro acusado em um posto em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, para entregar a maconha. Quando os policiais chegaram ao local, viram que um dos carros em que estava parte da droga era a caminhonete de placa ANH-5471, com o logotipo da Receita nas portas.

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Os agentes verificaram a placa e constataram que o veículo pertencia à Delegacia da Receita Federal (DRF) em Foz do Iguaçu (PR). De acordo com a denúncia do MPF, os policiais ligaram para o posto e receberam a resposta de que a caminhonete apreendida com a droga estava "estacionada no pátio" da Receita.

A princípio, os responsáveis pelas investigações acreditaram que o veículo era clonado. Durante as investigações, porém, a própria DRF de Foz do Iguaçu confirmou à Polícia Federal e à Procuradoria da República que o veículo usado pelos traficantes era legítimo, mas que estava "fora de uso desde o início do mês de agosto de 2010".

Agora, o MPF solicitou à Justiça Federal que determine a apuração do furto da caminhonete e de como ela foi parar em Ponta Porã, a mais de 500 quilômetros de Foz do Iguaçu, para ser abastecida com a droga. O Ministério Público ainda pediu à Justiça Federal rigor nas penas por causa da "ousadia dos acusados em utilizar veículo com o logotipo da Receita Federal e placa da União, para o tráfico de 794 kg de maconha". Os suspeitos devem aguardar julgamento presos na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana da capital, para onde foram levados após o flagrante.

Ao menos 12 pessoas foram presas na manhã de hoje durante uma operação da Polícia Militar em oito comunidades das zonas oeste e norte do Rio. Um homem, ainda não identificado, foi ferido durante a operação no Morro do Chapadão, em Costa Barros, e foi levado para o Hospital Carlos Chagas.

Os cerca de 700 policiais já apreenderam 27 granadas defensivas, 32 caça-níqueis, 54 tabletes de maconha, 1.500 papelotes de maconha, uma espingarda calibre 12 mm, uma pistola calibre 9 mm, rádios, motos e carros.

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Policiais militares de quatro batalhões participam da ação, além de policiais do Batalhão de Choque, do Batalhão de Ações com Cães e do Batalhão de Operações Policiais Especiais, com o objetivo de reprimir o tráfico de drogas e apreender material relacionado ao tráfico e motos irregulares.

A operação é realizada nas comunidades de Jorge Turco, Faz-Quem-Quer, Complexo de Senador Camará, Vila Vintém, Rola e Antares, Juramento e Chapadão.

Uma denúncia anônima levou a polícia a flagrar 50 porções de crack, cocaína e maconha no estômago de um detento que voltava para o Presídio Sebastião Satiro, em Patos de Minas (MG), depois de ser beneficiado com o indulto de Natal. Os agentes penitenciários levaram o acusado ao hospital regional para ser submetido a um raio x, que comprovou a droga no estômago.

Francisco Souto, 35 anos, cumpre pena por homicídio. O preso alegou que o entorpecente era para seu próprio consumo, mas, diante da grande quantidade de papelotes, ele vai responder a inquérito por tráfico. Segundo a PM, a droga foi expelida com o uso de laxantes. Esse é o segundo caso de detento flagrado com drogas no estômago na penitenciária nos últimos meses.

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Eraldo Souza da Silva, de 52 anos, conhecido como Eraldo da Rocinha e tido como chefe do tráfico na comunidade da zona sul do Rio durante a década de 1990, foi preso hoje pela Polícia Civil do Rio em sua casa, na Taquara (zona oeste do Rio).

Segundo a polícia, ele foi reconhecido por uma vizinha, que viu sua foto em uma reportagem de jornal e avisou os policiais. Silva é acusado de formação de quadrilha, tráfico de drogas e homicídio. Ele é considerado fundador da facção criminosa Comando Vermelho. Atualmente, a Rocinha era controlada por um grupo rival, a ADA, liderado por Antônio Bonfim Lopes, o Nem, preso no último dia 10.

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Segundo a polícia, Silva comandou o tráfico de drogas na Rocinha até 1994. Preso, ele fugiu do presídio Frei Caneca nesse mesmo ano, após falsificar um alvará de soltura. Em 1996 ele foi preso novamente e voltou a fugir.

O venezuelano J.M.M. foi preso na sexta-feira (25), em Pelotas, no Rio Grande do Sul, por envolvimento em tráfico internacional de drogas. Segundo a Polícia Federal, contra ele havia mandado de prisão expedido para fins de extradição pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O estrangeiro era procurado por envolvimento em tráfico internacional de drogas, após ter abandonado uma embarcação com aproximadamente 500 quilos de cocaína, encontrada pela Polícia Naval Argentina em junho desse ano. Ele foi levado ao Presídio Regional de Pelotas, onde permanecerá à disposição do STF durante a tramitação do processo de extradição.

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A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) do Paraná apreendeu cerca de 515 kg de maconha em uma caminhonete, no município de Iporã, na tarde de ontem. O motorista do veículo não obedeceu à ordem de parada, na altura do km 357 da PR-323, e fugiu em alta velocidade. Houve perseguição, mas o condutor abandonou o carro e a carga em uma estrada secundária e fugiu para o matagal localizado às margens da rodovia.

Durante a vistoria ao veículo os agentes encontraram na carroceria 21 fardos com 709 tabletes de maconha. O motorista não foi localizado. O veículo e o entorpecente foram encaminhados para a delegacia de Iporã.

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São Paulo, 27 - A Justiça do Rio negou ontem um pedido de relaxamento da prisão de Danúbia de Souza Rangel, de 27 anos, mulher de Antonio Bonfim Lopes, o Nem, líder do tráfico na favela da Rocinha (zona sul do Rio).

Ela foi presa na noite de sexta-feira, acusada de associação para o tráfico. Segundo o delegado Carlos Augusto Nogueira Pinto, titular da 15ª DP (Gávea), Nem, preso no último dia 10, sustentava a mulher com o dinheiro ilícito.

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O pedido de relaxamento de prisão foi apresentado durante a madrugada de sábado ao plantão judiciário. A juíza Renata Pacheco negou a medida. Ontem Danúbia foi transferida da delegacia para o complexo penitenciário de Bangu (zona oeste do Rio).

A namorada do ex-chefe do tráfico de drogas da Rocinha, Danúbia de Souza Rangel, de 27 anos, foi levada neste sábado para a Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Ela foi encontrada na tarde de ontem por policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), em uma casa na Estrada da Gávea, a partir de denúncias anônimas. Danúbia foi encaminhada para a 15ª DP (Gávea), onde prestou esclarecimentos. Depois de ser ouvida, ela foi presa sob suspeita de associação para o tráfico de drogas. Às 9h30 de hoje, ela deixou a delegacia e passou por exames de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML).

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Antônio Bonfim Lopes, o Nem, foi preso no último dia 10, em uma abordagem policial. Em seguida, uma operação de ocupação da comunidade apreendeu mais de cem armas. O traficante estava em Bangu 1, na zona oeste do Rio, mas foi transferido no dia 19 para o Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

Na manhã de quinta-feira, o traficante Robson Silva Alves Porto, apontado pela polícia como braço direito do Nem, foi preso por policiais civis em uma casa em Realengo, próximo à Vila Vintém. Robson é conhecido por ser violento e teria participado de torturas a moradores e esquartejamento na favela.

A polícia da Sérvia prendeu 17 pessoas suspeitas de tráfico de centenas de imigrantes ilegais da África e Ásia para a Europa ocidental. As detenções ocorreram nesta terça-feira em incursões em diversas cidades por todo o país, informou a corporação. A polícia disse que encontrou armas, drogas e dinheiro e confiscou diversos carros enquanto realizava buscas na casa dos suspeitos, que registravam ganhos de mais de US$ 135 mil cada um, acrescentou a corporação.

Também nesta terça-feira, oficiais de fronteira encontraram 12 imigrantes ilegais tentando chegar à Sérvia por meio da Macedônia. Dois afegãos e dez somalis estavam escondidos em um caminhão com placas da Macedônia, disseram funcionários aduaneiros.

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A Sérvia e o resto dos Bálcãs são uma das principais rotas de trânsito para imigrantes que buscam alcançar as 27 nações que compõem a União Europeia (UE). Autoridades dizem que os imigrantes na maioria das vezes são traficados para a Hungria, um membro da UE.

Muitos dos imigrantes buscaram abrigo na Sérvia, causando a superlotação de seus centros para quem busca asilo no país. A Sérvia se comprometeu a reduzir o crime organizado, uma vez que pretende se tornar membro da UE. As informações são da Associated Press.

A polícia civil apresentou na manhã desta quarta-feira (16), na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), cinco pessoas (três homens e duas mulheres), que foram presos em uma operação no bairro de Maranguape II, em Paulista. Eles são acusados de integrar uma quadrilha, que praticava homicídios e tráfico de drogas na Região Metropolitana do Recife, que era comandada por um preso de dentro do Aníbal Bruno.

De acordo com o delegado Izaias Novaes, quem recebia as ordens do chefe da quadrilha, que já está preso no Aníbal Bruno, era um dos menores envolvido no caso, e tinha o cuidado de repassar para os demais integrantes. O bando agia em Recife e Olinda, com ajuda de um taxista, de nome José Laurentino Barbosa, 47 anos, conhecido por “Zinho”. O suspeito transportava as drogas e armamentos.

Os bandidos possuíam uma casa, onde nela, as mulheres envolvidas, tratavam de guardar as armas com munições e balanças de precisão. Nesta residência, os policiais encontraram com Edilane Rufino da Silva, 18 anos, vulgo “dilane”, cerca de 26 mil reais em espécie. A polícia civil investiga agora, quem são os proprietários das armas e em nome de quem elas estão registradas.

O Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) do Rio de Janeiro informou que a comunidade da Rocinha foi tomada às 6h20 deste domingo. Segundo o comando da Operação 'Choque de Paz', nenhum tiro foi disparado até o momento.

Participam da ação três mil homens, apoiados por quatro helicópteros da Polícia Militar, três da Polícia Civil, 18 veículos blindados da Marinha e mais sete da Polícia Militar (caveirões), além de mil policiais militares nas favelas, 1.300 nas ruas do Rio, 194 fuzileiros navais, 186 policiais civis, 160 policiais federais e 46 policiais rodoviários.

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Os agentes começaram a avançar por ruas e vielas das favelas da Rocinha e do Vidigal, na zona sul da cidade, as duas últimas grandes comunidades da zona sul carioca que ainda estavam sob domínio do crime organizado, às 4h10 de hoje.

O comandante da Polícia Militar, Coronel Erir Ribeiro, e o comandante do Estado Maior da Polícia Militar, Coronel Alberto Pinheiro Neto, passaram a noite na sede do Batalhão da PM no Leblon, onde está montado o centro de operações, que também é responsável pela divulgação de informações para a imprensa.

Segundo as autoridades, até agora não houve prisões, mas os policiais informaram que os traficantes espalharam óleo combustível nas ruas da Rocinha, em uma tentativa de atrapalhar o avanço dos blindados.

O problema do tráfico de drogas no Rio de Janeiro é histórico. Em fraldas de bebê, em imagens de Nossa Senhora Aparecida, em papai-noel ou até dentro do corpo humano a droga insiste vencer fronteiras. As obras antropológicas de Luís Eduardo Soares e Alba  Zaluar revelam que o desenvolvimento do tráfico no estado está vinculado aos agentes estatais.  A conclusão inexorável do estudo é que o tráfico só cresce em decorrência da contribuição dos agentes público - o que é paradoxal.

Ora com assistencialismos ( pagamento de enterros, compra de remédios, cestas   básicas, tijolos para construção de casas populares ) aos da comunidade, ora com “arregos”, ou seja, extorsões para agentes públicos do baixo ou alto escalão, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico de drogas na Rocinha (RJ), preso no último dia 4 de dezembro, declara para a Polícia Federal que metade de seu faturamento, cerca de R$ 100 milhões por ano, era repassado para os “arregos”, sobretudo. Para Zaluar, essas ações espúrias permitem “o aumento da criminalidade violenta”.

Mais de 800 bilhões de dólares é o que o mercado no  planeta tem movimentado.  Seja no varejo, seja no atacado, não falta consumidor. Pelo menos 146 países integram o tráfico. Entre os países da América do Sul, o Brasil  é expressivo com uma população já superior a 6,7 milhões de usuários de drogas. As regiões sudeste e sul do nosso país superam índices estatísticos.  Dos 11 milhões de usuários de heroína no mundo, mais de 600 mil são brasileiros.  Maceió é a capital mais violenta do Brasil  - 107,1 mortes por 100 mil habitantes. Em seguida, surge Recife, com 85,2 . Apesar de o Rio de Janeiro  estar em 20º lugar, temo-lo com 31 mortes por 100 mil habitantes, conforme dados do Estado de São Paulo. E, claro, o tráfico de drogas responde expressivamente por esses números. Grupos de extermínio costumam atuar.

Há, neste imenso país, uma cartografia urbana dividida em duas zonas: as  selvagens e as civilizadas. Aquelas são as hobesianas; estas são as de contrato social, ou seja, vivem sob a comum ameaça dos selvagens. Por conseguinte, mostram-se estas últimas como castelos neofeudais, enclaves fortificados que tipificam as novas formas de segregação urbana. E o tráfico de drogas quebra essa blindagem. E desarmoniza a família. E desordena vidas. E causa mortes. Não faltar com os “arregos” é potencializar toda essa criminalidade.

E todo mundo ganha, sobretudo jovens desprovidos de oportunidades de emprego  e renda. Equiparações econômicas e até mesmo superações a classes privilegiadas legalmente viabilizam em curto prazo o consumo de roupas de marcas, carros importados e inclusões em grupos sociais das capitais, permitindo integrar-se a modismos urbanos.

Mas no meio do caminho há Beltrames.  Há Beltrames no meio do caminho.  Apesar  das ações meritórias do secretário de defesa, variadas áreas do Rio de Janeiro continuam dominadas pelo tráfico e também por milícias. As milícias representam mais um problema para o Rio de janeiro, já que elas são formadas por agentes do estado e, assim como o tráfico, exercem poder coercitivo e despótico junto aos moradores de áreas pobres.

E a imprensa, engatilhada com suas câmeras, documenta tudo – ou quase tudo. As  evidências de imagens reais não negam os números acima. Jornalistas disparam diariamente fotos, vídeos que desagradam muitos soldados de líderes criminosos do tráfico. Mas, do outro lado, engatilhando fuzil, levaram ao chão, na zona Oeste do Rio, recentemente, o cinegrafista da TV Bandeirantes, Gelson Domingos da Silva.  Às vésperas da Copa do Mundo, e próximo das olimpíadas, o Brasil precisa discutir profundamente estas questões de extrema importância para o Brasil no afã de pôr termo a estes problemas vergonhosos à luz da opinião pública mundial. Enquanto isso, câmeras se mantêm na linha de tiro, insistindo em dizer que há necessidades nas ruas, nas avenidas, nos morros, em eventos, em projetos, nas vidas urbanas que precisam ser atendidas, nem que para isso algemas recaiam sobre os que portam suas chaves.    O que não falta,  é, de fato,  uma câmera atenta para fazer o registro disso. Não falta, mesmo. Tê-la-emos, insistentemente.

A Favela da Rocinha, em São Conrado, na zona sul do Rio, vive a expectativa de uma ocupação policial nos próximos dias para implantação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). De acordo com a polícia, o chefe do tráfico local, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, decretou desde quinta passada um toque de recolher do comércio e moradores, além de limitar a circulação de motociclistas.

Investigações da 15ª Delegacia de Polícia da Gávea apontam que, apesar de falar aos moradores que vai resistir contra a ocupação policial, o traficante Nem já anda com três seguranças e grande quantia de dinheiro vivo para uma provável fuga. "Ele fala em resistência para não perder a autoridade entre os subordinados, mas já tempos informes sobre planos para escapar", disse o delegado titular da 15ª DP, Carlos Augusto Nogueira Pinto. Entre os destinos prováveis de Nem estariam o estado da Paraíba, a cidade de Macaé (no Norte Fluminense) ou o conjunto de favelas da Pedreira, em Costa Barros no subúrbio do Rio.

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O comportamento de Nem mudou nos últimos dias, segundo as informações da polícia. Desde que assumiu o comando do tráfico em 2005, o traficante promoveu diversas festas e shows na favela, além de exibir as fotos dele e da mulher Danúbia de Souza Rangel em redes sociais na Internet. Hoje, não fica mais que 10 minutos nos eventos, proíbe fotografias e o uso de celular perto dele.

Mas, na noite de domingo, segundo relatos, depois de consumir uísque com ecstasy, chegou a subir no palco durante um show para avisar aos moradores que resistiria à UPP. Depois disso, foi levado por comparsas para a Unidade de Pronto Atendimento da Rocinha. Acompanhado por 40 homens, ficou apenas alguns minutos sob cuidados médicos e saiu com o soro ainda na veia.

Desde domingo, o Disque Denúncia recebeu pelo menos 16 telefonemas informando sobre a ida do traficante à UPA e seu possível paradeiro. Para os investigadores, a delação anônima é um termômetro da insatisfação dos moradores da Rocinha com o líder com tráfico. Procurados, os advogados de Nem não retornaram as ligações

Uma das razões da queda de popularidade de Nem é a presença de traficantes expulsos pelas UPPs, em especial do morro do São Carlos, na zona norte, que foram abrigados por Nem. Estes bandidos não teriam o compromisso de Nem com a comunidade. Ele chegou a ser cobrado pelos moradores e fez uma reunião com lideranças comunitárias para afirmar que a situação era transitória.

Os líderes comunitários negam o toque de recolher, mas reconhecem que a situação é tensa por causa da eminente ocupação da polícia. Segundo eles, os moradores estão mais preocupados com as invasões de residências e saques que os policiais promovem quando fazem incursões na comunidade. "Um toque de recolher aqui é impossível, porque aqui as pessoas trabalham e o maior movimento do comércio é à noite", disse o presidente da União Pró-Melhoramentos da Rocinha, Leonardo Rodrigues Lima, o Leo.

O cabo Gomes, do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que participou da ação, hoje pela manhã, na favela do Antares, em Santa Cruz, zona oeste do Estado, disse que ele era o alvo do tiro que matou o cinegrafista da TV Bandeirantes Gelson Domingos. "Muito abalado, afirmou: "O tiro que pegou o Gelson era para mim".

O tiroteio começou cedo, por volta das 6h, quando oito policiais, acompanhados de jornalistas, foram recebidos a tiros. Em determinado momento o grupo se separou. A maioria ficou protegida por um muro. O cabo Gomes atravessou a rua e foi seguido por Gelson, protegidos por uma árvore. Os traficantes dispararam dois tiros de fuzil. O primeiro acertou a árvore e o segundo, o cinegrafista.

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Segundo testemunhas, o atendimento a Gelson demorou cerca de 20 minutos, já que o tiroteio continuou com intensidade mesmo depois de o cinegrafista ter sido socorrido. Além de Gelson, morreram outras quatro pessoas que a polícia informa serem traficantes. A Polícia Civil quer analisar as filmagens de Gelson para ver se o grupo de quatro pessoas que ele filmara e que posteriormente fez os disparos é o mesmo que foi morto em seguida.

O Grupo Bandeirantes publicou uma nota em seu site sobre a morte de Gelson Domingos sob o título "Band lamenta morte de cinegrafista no RJ - Repórter cinematográfico foi atingido por um tiro de fuzil na favela Antares, zona oeste da cidade".

A íntegra da nota é a seguinte:

"O Grupo Bandeirantes lamenta a morte do seu funcionário Gelson Domingos, de 46 anos, na manhã deste domingo. O repórter cinematográfico foi atingido no peito em pleno exercício da sua profissão na cobertura de uma operação da polícia na favela de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. Ele chegou a ser socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento da região, mas não resistiu.

"O funcionário estava de colete à prova de balas - modelo permitido pelas Forças Armadas, sempre usados por profissionais da Band em situações como esta. Ele foi atingido por um tiro de fuzil, provavelmente disparado por um traficante.

"Gelson Domingos deixa 3 filhos, 2 netos e esposa. Repórter cinematográfico da TV Bandeirantes, ele já trabalhou em outras emissoras como SBT e Record e sempre foi reconhecido pela experiência e cautela no trabalho que exercia. "O Grupo Bandeirantes se solidariza com a família e está prestando toda a assistência."

A Polícia Militar informou há pouco que, além do cinegrafista da TV Bandeirantes Gelson Domingos da Silva, de 46 anos, outros quatro homens morreram durante tiroteio entre traficantes e policiais na favela de Antares, na zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã deste domingo. Segundo a PM, os outros quatro mortos eram criminosos da favela.

A nota oficial informa que seis traficantes foram presos, entre eles o gerente do tráfico da favela, conhecido como "BBC" e seu braço direito, identificado apenas como "China".

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Segundo a PM, o objetivo da operação, que reuniu cem policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o Batalhão de Choque, "era checar informações da área de Inteligência de que líderes do tráfico fortemente armados se reuniam no local". Houve apreensão de armas e drogas.

De acordo com a PM, o cinegrafista foi baleado no peito durante troca de tiros na localidade conhecida como rua do Valão. A PM lamentou, na nota, a morte do profissional.

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