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Os presidentes do Irã, Rússia e Turquia se reúnem em Teerã nesta terça-feira (19) para negociações focadas principalmente no conflito da Síria, mas também na guerra na Ucrânia e seu impacto na economia mundial.

Esta é a primeira cúpula presidida por Ebrahim Raisi desde que assumiu o cargo há um ano e a segunda viagem de Vladimir Putin ao exterior desde que lançou sua ofensiva na Ucrânia em 24 de fevereiro.

A reunião tripartite ocorre dias após a viagem do presidente dos EUA, Joe Biden, ao Oriente Médio, onde visitou Israel e Arábia Saudita, dois países hostis ao Irã.

A cúpula se concentrará na Síria, onde Rússia, Turquia e Irã são os principais atores na guerra que devastou o país desde 2011. Moscou e Teerã apoiam o governo de Bashar al-Assad e Ancara apoia os rebeldes. Os três países lançaram o chamado processo de Astana em 2017, cujo objetivo oficial é levar a paz à Síria.

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan chegou em Teerã na noite de segunda-feira e foi recebido na manhã desta terça por seu homólogo iraniano no Palácio de Saadabad.

Juntamente com seu homólogo russo Vladimir Putin, eles participarão de "uma reunião de chefes de Estado que são garantidores do processo de paz" na Síria, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em 12 de julho.

O modelo Jonas Piazon, natural de Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, estava seguindo seus sonhos em Istambul, na Turquia. Aos 27 anos de idade, ele viu a sua vida ser colocada em risco quando foi esfaqueado na saída de uma casa noturna no meio de uma confusão.

O caso aconteceu no final de 2021, quando o modelo foi atingido enquanto ajudava um amigo que estava sendo atacado por outros dois homens. Segundo informações do jornal EXTRA, Jonas teve o intestino perfurado, mas apenas recebeu alguns pontos na barriga antes de ser enviado para casa. Porém a ferida não cicatrizou como deveria ter acontecido e ele foi forçado a voltar à unidade médica de saúde, onde ficou internado.

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"Fiquei três dias sem me alimentar e estive entre a vida e a morte", afirma Piazon.

O atentado contra sua vida lhe deixou uma cicatriz na barriga que o impediu de conseguir novos trabalhos na capital turca e por isso ele decidiu voltar ao Brasil.

"Após quatro anos trabalhando de forma estável, eu pensava que aquela seria minha vida por muitos anos. Estava criando raízes em Istambul, já tinha meu apartamento alugado e boas agências em vários países. Quando tudo aconteceu foi um grande baque. Tive muitas incertezas, depressão, questionamentos, mas após superar isso entendi que existe um propósito maior em tudo isso."

Com o apoio da família, Jonas custeou o tratamento em um hospital privado no Rio de Janeiro. O modelo passou por uma cirurgia para retirar parte do intestino e usou por algum tempo uma bolsa de colostomia, que já foi retirada. A cicatriz que agora ele exibe com orgulho se tornou um diferencial em sua aparência e Piazon parece estar ansioso para retornar aos trabalhos.

"Estou organizando para viajar em breve, retomando contratos com minhas agências e a expectativa é de retornar ao exterior agora neste segundo semestre. Agradeço a Deus pela oportunidade de passar por tudo isso e sair vivo para contar para outras pessoas sobre superação e minha história. Meus planos foram atrasados, mas não cancelados!"

A seleção brasileira feminina de vôlei derrotou a Turquia, nesta quarta-feira (15), por 3 sets a 1 (19/25, 25/23, 25/23 e 25/23), em Brasília, no Ginásio Nilson Nelson, em duelo válido pela primeira rodada da segunda semana da Liga das Nações.

O time do técnico José Roberto Guimarães volta à quadra, nesta quinta-feira (16), para enfrentar a Holanda. No sábado, a adversária será a Itália, enquanto no domingo a rival será a Sérvia.

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O Brasil começou a partida com Ana Cristina, Macris, Carol, Diana, Gabi e Pri Daroit. Líbero: Nyem. O primeiro set foi marcado por vários erros da seleção brasileira, que deixou as turcas abrirem 5 a 1 logo no início. Aos poucos, as brasileiras foram adquirindo ritmo, mas não conseguiram evitar a derrota por 25/19.

O segundo set começou com o mesmo panorama. A diferença é que Brasil conseguiu ter melhor desempenho nos fundamentos mais cedo, equilibrou o placar em 15 pontos, depois em 20 pontos. Kisy, mais uma vez com atuação destacada, foi decisiva para o Brasil igualar o placar: 25/23.

O Brasil começou o terceiro set diferente e abriu 6 a 2. Com bom saque e recepção, a seleção brasileira conseguiu controlar a partida para fechar o segundo set a seu favor: 25/23.

O quarto set foi bastante disputado com as duas seleções se revezando na liderança do placar. Kisy foi bem no saque e bloqueio, deixando o Brasil em vantagem com 15/13 e 17/14. No final, Carol fez três pontos seguidos e garantiu importante triunfo: 25/23.

A Turquia comunicou às Nações Unidas que, por desejo de seu presidente, deseja ser apresentada a partir de agora como "Türkiye" em todos os idiomas, anunciou a ONU na quinta-feira (2).

"A mudança é imediata", disse à AFP Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.

Ele explicou que uma carta oficial de Ancara recebida na quarta-feira na sede da ONU formalizou de maneira imediata a mudança de nome da Turquia.

Na terça-feira, o ministro turco das Relações Exteriores, Mevlüt Cavusoglu, publicou no Twitter uma carta enviada ao secretário-geral da ONU na qual exibia que o "nome do país na ONU, em idiomas estrangeiros, seja registrado como 'Türkiye'".

Ancara evita assim que o nome do país em inglês seja "Turkey", una palavra que nesta língua também significa "peru" e que, portanto, poderia adquirir uma conotação negativa.

O chefe da diplomacia turca se referiu em seu tuíte ao desejo do presidente Erdogan, desde o fim 2021, de "aumentar o valor da marca" de seu país.

De fato, na área econômica, Ancara tenta há alguns anos impor no cenário internacional a marca "made in Türkiye", em detrimento do "made in Turkey".

"Alguns podem considerar a mudança de nome um bobagem, mas coloca Erdogan no papel de protetor e salvaguarda do respeito internacional pelo país", declarou Mustafa Aksakal, professor de História da Universidade de Georgetown, em Washington D.C., ao jornal The New York Times.

O jornal lembra que em junho de 2023, quando Erdogan completará 20 anos no poder, a Turquia terá eleições presidenciais e também celebrará o centenário de sua fundação após o desmantelamento do Império Otomano.

Um forte terremoto atingiu o leste da Turquia neste sábado (9). Até a publicação desta matéria, não havia registro de vítimas ou danos graves, segundo informações do serviço de desastres do país. O terremoto de magnitude 5,2 atingiu a cidade de Pütürge, na província de Malatya, às 17h02, hora local, informou o Diretório de Gestão de Desastres e Emergências da Turquia (AFAD, na sigla em inglês). O tremor foi registrado a uma profundidade de 6,7 quilômetros.

"Não recebemos nenhum relatório negativo até agora. Nossas equipes continuam suas atividades de varredura em campo", disse o governador de Malatya, Aydin Barus, à agência estatal Anadolu. O ministro do Meio Ambiente e Urbanização, Murat Kurum, escreveu em sua conta em uma rede social que o governo turco estava acompanhando a situação de perto.

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A Turquia fica sobre uma grande falha geológica, por isso terremotos são frequentes no país. Um terremoto de magnitude 6,7 atingiu a província vizinha de Elazig em janeiro de 2020, matando 41 pessoas e ferindo mais de 1.600. Em 1999, pelo menos 17 mil pessoas morreram em um forte terremoto no noroeste da Turquia. Fonte: Associated Press.

Alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro e de seus aliados, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que 'em várias localidades do mundo' governos tentem pressionar, coagir e ofender o Poder Judiciário quando não gostam das decisões judiciais ou da 'defesa intransigente que o Poder Judiciário faz da Constituição e da legislação'.

A afirmação foi feita durante sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal na tarde desta terça-feira, 5, durante julgamento que negou pedido de extradição feito pela Turquia contra o empresário Yakup Sagar. O colegiado, por unanimidade, seguiu o voto de Alexandre de Moraes, que considerou que parte das imputações feitas a Sagar 'tem clara motivação política'.

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"Um dos pilares do estado democrático de direito, junto com eleições livres e imprensa livre, é a independência do Poder Judiciário. Um Poder Judiciário independente, autônomo, que não sofre pressões do Executivo. Não sofre pressões, coações e perseguições. Lamentavelmente nós temos, de tempos pra cá, em várias localidades do mundo, Executivos tentando pressionar o Poder Judiciário. Quando não gostam das decisões do Judiciário. Quando não gostam da defesa intransigente que o Poder Judiciário faz da Constituição e da legislação. Simplesmente ou pressionam, ou coagem, ou ofendem, ou pior ainda, prendem, como no caso em questão", afirmou o ministro em seu voto.

Alexandre destacou que o governo turco prendeu 2745 juízes e promotores, o que chamou de 'absurdo', e ainda apontou como as detenções implicam em uma 'coação psicológica gigantesca' a outros magistrados. Além disso, o ministro destacou que um integrante da suprema corte do País chegou a ser preso pelo governo turco, em um ataque direto à instância máxima do Judiciário daquele país. "Claramente, ostensivamente e eu diria vergonhosamente, o Poder Judiciário vem sofrendo um ataque à sua autonomia e à sua independência", afirmou.

O ministro do STF não fez nenhuma menção ou referência aos aliados do presidente Jair Bolsonaro, mas é atacado com frequência pela base bolsonarista, incomodada com os posicionamentos do magistrado em investigações que são sensíveis ao Palácio do Planalto. Nos últimos anos, houve diferentes momentos em que foram registradas escaladas dos ataques - o mais recente deles no final de março, quando Bolsonaro exaltou o golpe de 1964, que deu início à ditadura militar.

O caso de Sagar

No julgamento em que Alexandre fez as declarações sobre os ataques ao Judiciário em todo mundo, os ministros do STF analisaram algumas alegações feitas pelo governo turco contra Yakup Sagar, que foi preso, para fins de extradição, em dezembro de 2021.

Depois de ser interrogado, Sagar teve a preventiva substituída pelo uso de tornozeleira eletrônica. Dono de uma empresa de confecção em São Paulo, ele mora no Brasil desde dezembro de 2016, com a mulher e a filha, e obteve a condição de refugiado no início deste ano.

O Executivo da Turquia acusa o empresário de integrar, junto com mais 83 pessoas, o movimento Hizmet, ligado à suposta organização Fethullah Gülen, que, em julho de 2006, teria tentado golpe armado contra o governo, que tinha como primeiro-ministro o atual presidente, Recep Tayyip Erdogan.

Ao pedir a extradição de Sagar, o País citou delitos tipificados no Código Penal do país e na lei sobre financiamento ao terrorismo, argumentando que os crimes não são políticos e que o empresário seria responsável por 'angariar recursos para viabilizar as atividades criminosas da organização'.

Já a defesa do empresário apontou a descrição genérica dos fatos a ele imputados e alegou desvio de finalidade do processo, que 'teria se tornado instrumento de perseguição extraterritorial do governo turco a seus opositores'.

O advogado de Sagar também destacou que a Constituição proíbe extradição no caso de imputação de crime estritamente político.

Além disso, a defesa evocou a condição de refugiado de Sagar, indicando ainda que o empresário não tem antecedentes criminais no Brasil, tem endereço conhecido e sua filha cursou Comércio Exterior no País.

Ouvida no processo como parte 'amiga da corte', a Defensoria Pública da União argumentou que o governo turco 'tem realizado acusações como forma de perseguição'. No mesmo contexto, a Conectas Direitos Humanos destacou que o Estado turco 'não demonstra respeitar os direitos de seus nacionais e que há uma série de denúncias internacionais contra a prática de perseguição política por meio de extradições'.

Ao analisar o caso, Alexandre de Moraes votou por negar o pedido de extradição e ainda revogou as medidas cautelares impostas ao empresário, destacando como parte das acusações contra Sagar tem 'clara motivação política'. Além disso, o ministro indicou que não há comprovação de que o movimento Hizmet seja terrorista.

O relator explicou que o Supremo não autoriza extradições se houver risco 'de o réu ser julgado por juízes de exceção'. "Um dos pilares do Estado de Direito é a independência do Poder Judiciário, que deve ser autônomo e não pode sofrer pressões, coações e perseguições", apontou.

As delegações de Rússia e Ucrânia concluíram nesta terça-feira (29) o primeiro dia da nova rodada de negociações em Istambul, na Turquia, que devem prosseguir nesta quarta (30).

Esse foi o primeiro encontro presencial entre representantes de Moscou e Kiev em duas semanas, já que as tratativas vinham sendo realizadas por meio de videoconferência.

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O objetivo das negociações é alcançar um cessar-fogo na Ucrânia ou ao menos garantir ajudas humanitárias aos deslocados pela guerra.

Para interromper a invasão, a Rússia exige a desmilitarização da Ucrânia, o compromisso de o país não ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e o reconhecimento da anexação da Crimeia e da soberania do Donbass, região onde ficam as autoproclamadas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk.

Segundo a mídia internacional, o Kremlin teria abdicado da controversa reivindicação de "desnazificar" a Ucrânia. "O potencial de combate das Forças

Armadas ucranianas foi notavelmente reduzido, o que nos permite concentrar nossos esforços no objetivo primário, que é a liberação do Donbass", disse nesta terça o ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, citado pela agência estatal Tass.

Kiev já reconheceu que sua adesão à Otan não será possível, mas, em troca, pede garantias de segurança por parte de uma coalizão de países contra eventuais ataques russos no futuro. Esse grupo incluiria os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, Alemanha, Canadá, Turquia e Itália.

Ao receber as duas delegações, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que ambos os lados têm "preocupações legítimas" e devem ser ouvidos para "colocar fim a essa tragédia". "Chegar à paz e ao cessar-fogo o quanto antes será benéfico para todos", declarou o mandatário.

Segundo Erdogan, uma "paz justa" não terá perdedores. "Espero que nossos encontros sejam de bons auspícios para seus países, para nossa região e para toda a humanidade", acrescentou.

De acordo com a emissora britânica Sky News, o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, alertou que os negociadores do país não devem "comer, beber nem tocar quaisquer superfícies" para evitar envenenamentos.

Na última segunda-feira (28), surgiram notícias sobre um suposto envenenamento do oligarca russo Roman Abramovich, dono do Chelsea, e de dois negociadores ucranianos durante uma reunião em Kiev no início de março, informação não confirmada oficialmente - Abramovich está em Istambul para a nova rodada de negociações.

Até o momento, o único resultado concreto das tratativas entre Kiev e Moscou é um mecanismo para abertura de corredores humanitários para evacuação de civis e envio de ajuda. No entanto, devido a recorrentes acusações mútuas de violações, o número de corredores varia diariamente.

Nesta terça, foram abertas três rotas humanitárias, sendo uma delas a partir Mariupol, cidade sitiada pela Rússia há um mês.

Da Ansa

Os ministros das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, e da Ucrânia, Dmytro Kuleba, iniciaram uma reunião em Antalya, sul da Turquia, com o objetivo de alcançar um cessar-fogo, confirmou à AFP um diplomata turco.

Este é o primeiro encontro entre funcionários do primeiro escalão dos governos dos dois países desde o início da invasão russa da Ucrânia, há duas semanas.

Antes do início da reunião, o ministro turco das Relações Exteriores, Mevlüt Cavusoglu, conversou de maneira separada com os dois chanceleres, que chegaram a Antalya na quarta-feira e estão hospedados em hotéis diferentes.

Ele primeiro recebeu Kuleba, sorridente, que o cumprimentou com o um abraço, e depois Lavrov, que estava com um semblante sério.

Kuleba agradeceu aos turcos e seu ministério explicou que insistira em três "pontos cruciais" durante a negociação com a Rússia: "cessar-fogo permanente, avanço da situação humanitária em Mariupol, Kharkiv, Sumy, Volnovakha e outras cidades ucranianas, assim como a retirada das tropas russas do território da Ucrânia".

As quatro cidades citadas estão cercadas pelos ataques russos e muitos civis estão bloqueados.

Antes de viajar à Turquia, no entanto, Kuleba afirmou, em um vídeo publicado no Facebook, que suas expectativas para a reunião eram "limitadas".

"A Turquia espera sobretudo garantir um cessar-fogo", disse um diplomata turco à AFP, antes de explicar que a reunião deve durar uma hora e meia.

A Turquia receberá na quinta-feira (10) os ministros das Relações Exteriores da Rússia e da Ucrânia, que terão seu primeiro contato pessoal desde o início da ofensiva russa na Ucrânia.

Serguei Lavrov e o seu homólogo ucraniano Dmytro Kuleba serão recebidos pelo ministro turco Mevlut Cavusoglu em Antália (Sul), uma região balnear muito agradável aos russos.

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan, que multiplicou os esforços de mediação desde o início da crise, afirmou nesta quarta-feira que "a Turquia pode conversar com a Rússia e a Ucrânia ao mesmo tempo".

"Estamos trabalhando para evitar que a crise se transforme em tragédia", insistiu.

Os dois países concordaram nesta quarta-feira com um cessar-fogo de 12 horas priorizando uma série de corredores humanitários para evacuar civis.

Nesta quarta-feira, Kuleba garantiu em um vídeo no Facebook que faria de tudo para que as "conversas fossem as mais efetivas possíveis", embora admitisse "expectativas limitadas".

"Tudo vai depender das instruções que Lavrov recebeu antes dessas negociações", completou. Ambos os ministros devem chegar à Turquia nesta quarta-feira.

No entanto, o clima corre o risco de ficar tenso. O ministro ucraniano recentemente chamou Lavrov de "Ribbentrop contemporâneo" na CNN, em alusão ao ministro de Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.

Esta viagem a Antália constitui na primeira viagem de Lavrov fora da Rússia, um país cada vez mais isolado por sanções internacionais, desde o início da invasão da vizinha Ucrânia em 24 de fevereiro.

A Turquia, membro da Otan, é aliada da Ucrânia, país para o qual fornece drones de combate. Mas, ao mesmo tempo, preserva suas relações com a Rússia, da qual depende fortemente de seus suprimentos de energia e trigo, bem como para o turismo.

Erdogan pode ter o prazer de organizar este encontro "em território neutro", diz Soner Cagaptay, pesquisador do Instituto Washington. Porém, ele se declararia "realmente surpreso" caso a reunião em Antália levasse a um acordo.

Os presidentes de Rússia, Vladimir Putin, e Turquia, Recep Tayyip Erdogan, se comprometeram neste domingo (2) a melhorar as relações durante um telefonema, após o aumento das tensões em torno da Ucrânia, segundo informaram os escritórios dos dois chefes de Estado.

Putin e Erdogan "trocaram cumprimentos de Ano Novo, resumiram os principais resultados da cooperação bilateral e confirmaram o desejo de intensificar ainda mais a associação mutuamente benéfica entre Rússia e Turquia", afirmou o Kremlin em um comunicado sobre a conversa entre os líderes.

O gabinete de Erdogan disse, por sua vez, que as duas partes "discutiram os passos para melhorar as relações turco-russas" e reiteraram o desejo de desenvolver a cooperação "em todos os campos".

A Turquia, que é membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) desde 1952, provocou protestos da Rússia ao fornecer à Ucrânia drones de combate que Moscou teme que possam ser utilizados pelas forças estatais ucranianas no conflito com os separatistas do Donbass, no leste do país.

No mês passado, Putin criticou a Ucrânia por usar aeronaves não tripuladas fabricadas pela Turquia no conflito com os separatistas pró-Rússia.

A Turquia, por sua vez, rejeita qualquer culpa pelo fato de a Ucrânia usar drones turcos. Ancara argumenta que, se um Estado compra um armamento turco, este deixa de ser da Turquia e passa a pertencer ao país comprador.

O ministro de Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, instou na semana passada a Rússia a abandonar suas demandas "unilaterais" e a adotar um enfoque mais construtivo em seu enfrentamento com as potências ocidentais e a Otan sobre a Ucrânia.

A Rússia quer que a Otan lhe ofereça uma garantia de segurança e que seus efetivos retornem às posições que ocupavam antes da onda de expansão rumo ao leste, iniciada após a dissolução da União Soviética.

Vinte e uma pessoas sobreviveram ao desabamento de um prédio de um andar em Malatya, leste da Turquia, nesta terça-feira (9), informaram autoridades locais.

"Cerca de 20 pessoas" estavam no edifício no momento do acidente, disse o governador da província de Malatya, Aydin Barus, ao canal privado A Haber.

De acordo com o vice-ministro do Interior turco, Ismail Catakli, 13 pessoas foram resgatadas e levadas ao hospital e outras oito conseguiram sair por conta própria.

“Pelas informações que temos, não há ninguém desaparecido”, afirmou o responsável. "Esperamos não ter nenhuma surpresa ruim", acrescentou.

Dois dos feridos estão em estado grave, disse o prefeito desta cidade de 450 mil habitantes, localizada 500 quilômetros a leste de Ancara.

No momento, nenhuma explicação foi dada sobre os motivos do desabamento, mas a mídia local informou que obras estavam em andamento no prédio, que abrigava várias empresas, incluindo uma cafeteria e um restaurante.

Quatro pessoas, incluindo o proprietário do imóvel, foram detidas, segundo as autoridades.

O presidente da Turquia, Recep Erdogan disse nesta sexta-feira (22) que ordenou ao ministro das Relações Exteriores do país que dez embaixadores estrangeiros fossem declarados no critério de "persona non grata" no país, após pedirem a libertação de um filantropo preso desde 2017.

Entre os embaixadores estão representantes dos Estados Unidos, França e Alemanha, Holanda, Canadá, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Noruega e Nova Zelândia. No início da semana, eles emitiram um comunicado pedindo uma resolução para o caso de Osman Kavala, um empresário e filantropo detido há quase quatro anos, apesar de não ter sido condenado por nenhum crime.

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Após as manifestações contrárias à prisão do empresário, os diplomatas foram convocados ao Ministério das Relações Exteriores na terça-feira.

Descrevendo a declaração como uma "imprudência", Erdogan disse que ordenou que os embaixadores fossem declarados indesejáveis. Uma declaração de "persona non grata" contra um diplomata geralmente significa que o indivíduo está proibido de permanecer no país anfitrião.

Kavala, 64, foi absolvido no ano passado de acusações ligadas a protestos antigovernamentais em todo o país em 2013, mas a decisão foi anulada e juntou-se a acusações relacionadas a uma tentativa de golpe de 2016.

Observadores internacionais e grupos de direitos humanos pediram repetidamente a libertação de Kavala e do político curdo Selahattin Demirtas, que está preso desde 2016. Eles alegam que as prisões se baseiam em considerações políticas. Ancara nega as reivindicações e insiste na independência dos tribunais turcos.

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos pediu a libertação de Kavala em 2019, dizendo que sua prisão ocorreu para silenciá-lo e não foi apoiada por evidências de um crime. O Conselho da Europa afirma que iniciará o processo de infração novamente na Turquia no final de novembro, se Kavala não for libertado. Fonte Associated Press.

Recém-chegado ao Adana Demispor, da Turquia, Balotelli já protagonizou atitude que deu o que falar na partida da última sexta-feira (27). Ao ser substituído no segundo tempo, o atacante se revoltou e chegou a socar um colega de equipe no banco de reservas.

Na partida, entre Adana Demispor e Konyaspor, pela terceira rodada da Super Liga Turca, Balotelli deixou o campo com o placar em 0x0 e ficou extremamente chateado, gritando e jogando coisas no chão, até socar o companheiro de time no braço.

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Do banco, o jogador viu o gol de seu time dois minutos após ser substituído. A partida terminou em 1x1 e o Adana segue sem vencer na competição, com dois empates e uma derrota.

No início do mês passado, Balotelli assinou contrato de três anos com o clube após sair do Monza, equipe da segunda divisão italiana, onde marcou 6 gols em 14 jogos. Pelo Adana Demispor, o atacante tem três partidas e nenhum gol marcado até o momento.

Confira o momento de fúria de Balotelli no banco de reservas:

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A Grécia ergueu uma barreira de 40 quilômetros de extensão em sua fronteira com a Turquia para bloquear uma eventual onda de refugiados do Afeganistão.

A obra havia sido iniciada em junho passado, em meio à retirada das tropas dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) do território afegão, o que indica que os países envolvidos na missão militar já esperavam uma rápida retomada do poder pelo Talibã.

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"Não podemos esperar passivamente por um possível impacto", disse na última sexta-feira (20) o ministro da Proteção dos Cidadãos da Grécia, Michalis Chrisochoidis, durante uma visita a Evros, onde fica a barreira.

A Grécia esteve na linha de frente da crise migratória de 2015, quando centenas de milhares de migrantes e refugiados, sobretudo da Síria, entraram no país a partir da Turquia e seguiram em direção ao norte da Europa através dos Bálcãs.

A chamada "rota balcânica" só foi fechada em 2016, quando a UE assinou um acordo que prevê a deportação para a Turquia de sírios que cheguem à Grécia de forma clandestina.

Segundo Chrisochoidis, a crise afegã cria a possibilidade de "novos fluxos migratórios" na Europa. "Nossas fronteiras continuarão invioláveis", prometeu o ministro, enquanto a União Europeia vem cobrando que os Estados-membros acolham refugiados do Afeganistão.

"Peço a todos os países que participaram da missão no Afeganistão, europeus ou não, que ofereceram cotas para reassentamento e corredores seguros, de modo a garantir refúgio a todos que necessitam. Estamos prontos a ajudar os Estados-membros da UE que decidam acolher", disse nesta sábado (21) a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Da Ansa

As inundações que afetaram na semana passada a região norte da Turquia deixaram 70 mortos, de acordo com o balanço atualizado divulgado pelas autoridades, que continuam procurando dezenas de pessoas desaparecidas

A Agência para a Gestão de Desastres Naturais (AFAD) informou que 47 pessoas continuam desaparecidas após as inundações, provocadas por chuvas torrenciais, em regiões próximas ao Mar Negro.

Nesta segunda-feira, na cidade de Bozkurt, as máquinas retiravam árvores, placas de sinalização e outros objetos arrastados pelas águas.

As inundações, as mais letais na Turquia nas últimas décadas, aconteceram no momento em que o país se recuperava dos grandes incêndios que deixaram oito mortos e destruíram as zonas turísticas da região sul.

Muitas autoridades políticas e associações pediram ao governo turco a adoção de medidas radicais para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, pois atribuem os desastres à mudança climática.

A Turquia é um dos poucos países que não adotou o acordo do clima de Paris de 2015.

O número de mortos nas enchentes no norte da Turquia subiu para 27 nesta sexta-feira (13) - informaram as autoridades locais.

Uma pessoa continua desaparecida, segundo as mesmas fontes.

A imprensa turca noticiou nesta sexta que o presidente Recep Tayyip Erdogan visitará hoje uma das regiões mais afetadas para mostrar sua solidariedade para com as vítimas e avaliar os danos.

Essas inundações ocorreram após violentos incêndios no final de julho e início de agosto no sul do país, que deixaram oito mortos.

Várias lideranças políticas e associações pediram ao governo turco que tome medidas radicais para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa, já que atribuem estes desastres à mudança climática.

A Turquia não ratificou o Acordo de Paris sobre o Clima de 2015, que estabeleceu metas a serem atingidas para se conter o aquecimento global.

Como consequência das fortes chuvas, o nível da água subiu até quatro metros em algumas localidades, e as ruas das cidades se viram tomadas de escombros, lama e carros revirados.

Adem Senol, de 75 anos, conta como a água cercou sua casa na província de Bartin em apenas poucos minutos.

"Nunca vi uma coisas dessas na minha vida", disse este aposentado à agência de notícias pública Anadolu.

"A água subiu mais alto do que as nossas janelas, levou a porta e derrubou até o muro do jardim", acrescentou Senol.

Por causa das inundações, os serviços de emergência tiveram que evacuar 45 pacientes de um hospital da região costeira de Sinop.

Os moradores se viram obrigados a buscar abrigo no telhado das casas, e vários foram retirados de helicóptero, como mostram imagens veiculadas pelas emissoras de televisão e nas redes sociais.

Várias pontes rodoviárias desabaram, após deslizamentos de terra.

Abalados, alguns sobreviventes começaram a manifestar sua indignação com as autoridades locais, acusando-as de não terem reagido na velocidade necessária para socorrer os moradores.

"Eles nos disseram apenas para salvar nossos veículos, porque o rio corria o risco de transbordar. Não nos disseram para salvar nossas vidas, nem a dos nossos filhos", criticou Arzu Yücel, cujas duas filhas gêmeas estão desaparecidas desde o desabamento do prédio onde moravam.

"Se tivessem nos alertado, teríamos saído em menos de cinco minutos (...) Não nos pediram para deixar o local", lamenta a moradora, citada pela agência de notícias DHA.

Os impressionantes incêndios que arrasam o sudoeste da Turquia há sete dias estão se aproximando de uma central termelétrica perto da cidade de Milas - alertou seu prefeito, enquanto milhares de pessoas são evacuadas por uma catástrofe que deixou oito mortos até o momento.

O prefeito de Milas, Muhammet Tokat, publicou uma série de mensagens urgentes no Twitter, alertando sobre o avanço descontrolado das chamas pela colina onde a termelétrica está instalada.

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"É um lugar crítico", disse ele em um vídeo, no qual se veem as chamas.

Tokat é membro do maior partido de oposição ao presidente Recep Tayyip Erdogan e uma das vozes críticas à gestão de Erdogan durante esta catástrofe.

O líder turco se tornou alvo de críticas e de piadas nas redes sociais, após sua visita à área afetada no fim de semana passado, realizada sob um forte esquema policial. Nela, jogou saquinhos de chá, sob os olhares de moradores atônitos.

Ontem (2), o governo informou que 145 incêndios foram sufocados e que luta para controlar outros nove. Os Ministérios do Interior e da Defesa anunciaram o envio de tropas militares para ajudar os bombeiros.

A polícia disse ainda que usará caminhões-pipa, os mesmos que são utilizados para dissolver as manifestações contra o governo.

O prefeito de Milas denunciou, porém, que suas primeiras mensagens de ajuda, solicitando aviões de combate às chamas, ficaram sem resposta.

"Era óbvio que isso ia acontecer", tuitou, enquanto as chamas se aproximam cada vez mais da termelétrica.

Há décadas, este país de 84 milhões de habitantes vive aterrorizado pelas imagens de incêndios cada vez mais intensos, destrutivos e letais.

Apavorados, turistas na costa do mar Egeu, no sudoeste do país, tentam fugir das chamas, pulando em barcos. Enquanto isso, dezenas de vilarejos foram evacuados diante do avanço impetuoso das chamas, incentivadas por fortes ventos.

Uma equipe da AFP na cidade costeira de Marmaris registrou fazendeiros, conduzindo seus assustados animais para a relativa segurança das praias.

A União Europeia (UE) enviou três aviões de combate a incêndios para ajudar a Turquia na luta contra as chamas que devoram o sudoeste do país há seis dias, causando oito mortes e aumentando a pressão sobre o presidente Recep Tayyip Erdogan pela má gestão da crise.

Mobilizados no âmbito do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia, dois aviões Canadair da Espanha e um da Croácia foram enviados para ajudar a Turquia.

"A UE é totalmente solidária com a Turquia neste período muito difícil. (...) Nossos pensamentos estão com o povo turco, que perdeu entes queridos, e com os bravos socorristas que fazem seu melhor para combater os incêndios mortais", declarou o comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, em um comunicado divulgado no domingo (1º).

Dos 130 incêndios que eclodiram em todo país em seis dias, sete ainda estão ativos, informou nesta segunda-feira (2) a Direção de Florestas, um órgão público turco.

Diante do avanço das chamas que ameaçam as cidades de Antalya, Bodrum e Marmaris (sudoeste), centenas de turistas e moradores foram evacuados de suas casas e hotéis no domingo.

Mais de 1.100 pessoas tiveram de ser evacuadas de barco, informou o prefeito de Bodrum, Ahmet Aras, no domingo, pois era impossível retirá-las por estrada.

Em várias das cidades afetadas, voluntários estão se organizando para ajudar os mais de 4.000 bombeiros mobilizados no local.

Em Marmaris, os voluntários são responsáveis pela coleta e pela distribuição de alimentos e de água, além de cremes antiqueimadura e roupas antifogo.

"Muitos moradores de Marmaris, como eu, não conseguem dormir em paz com esses incêndios. Temos que evitar que nosso futuro queime", disse Evran Ozkan, um voluntário de Marmaris, à AFP.

Outros voluntários estão diretamente envolvidos nos esforços para controlar o fogo.

"Tentamos limpar o terreno, cortamos a grama, limpamos. Também ajudamos os bombeiros a se deslocarem com suas mangueiras na floresta", relatou outro voluntário de Marmaris, Tevfik Kahraman.

A Turquia sofreu os piores incêndios em pelo menos uma década, com cerca de 95.000 hectares queimados até agora em 2021, contra uma média de 13.516 no mesmo período entre 2008 e 2020, de acordo com dados oficiais.

O presidente Recep Tayyip Erdogan foi muito criticado pela crise. Apesar de ser um problema que se agrava em um país que tem um terço de seu território coberto por florestas, a Turquia não possui aviões de combate a incêndios.

O principal partido da oposição, o CHP (Partido Republicano do Povo, social-democrata), censurou o presidente turco por ter desmantelado a infraestrutura de uma organização semipública que contava com este tipo de aeronave.

Antes do anúncio da ajuda da UE, a Turquia já havia usado aviões de Rússia, Ucrânia, Azerbaijão e Irã.

Na vizinha Grécia, dois grandes incêndios devastam a ilha de Rodes e o noroeste da península do Peloponeso. Temperaturas acima de 40ºC são esperadas durante o dia.

Os incêndios florestais continuavam neste domingo (1º) na Turquia - onde deixaram seis mortos - e na Grécia, onde os bombeiros tentavam pelo segundo dia apagar as chamas que castigam o noroeste do Peloponeso, em meio a uma onda de calor.

Cerca de 20 casas foram queimadas, e oito pessoas ficaram feridas, em um grande incêndio florestal que continuava neste domingo (1º) no noroeste do Peloponeso, perto da cidade de Patras, informou a Defesa Civil grega.

Com problemas respiratórios e queimaduras, os oito feridos leves foram transferidos para hospitais da região, disse a mesma fonte.

Cinco localidades foram evacuadas por causa deste intenso incêndio declarado no sábado (31), devido às altas temperaturas, disseram os bombeiros.

Na madrugada de domingo, cerca de 300 bombeiros, com 77 caminhões, oito aviões de combate a incêndio e cinco helicópteros, tentavam controlar o fogo.

Desde a manhã de sábado, 58 incêndios florestais foram registrados. A maioria deles foi rapidamente controlada, conforme os bombeiros.

Dimitris Kalogeropoulos, prefeito de Aigialeias, uma das cidades próximas ao incêndio, afirma que "a catástrofe é imensa".

O incêndio também causou enormes engarrafamentos, bloqueando os motoristas por horas. A estrada principal entre Corinto e Patras foi fechada ao tráfego no sábado, assim como a ponte Rio-Antirio que liga o Peloponeso e a Grécia continental.

A Grécia enfrenta uma nova onda de calor desde sexta-feira (30), com temperaturas entre 42°C e 44°C, de acordo com serviços meteorológicos. Há poucos dias, um incêndio devastou o Monte Pentélico, perto da capital grega.

Em julho de 2018, 102 pessoas morreram na cidade costeira de Mati, perto de Atenas, o pior número de mortos causado por um incêndio no país.

- Turquia: pior incêndio em uma década

Os incêndios no sul da Turquia forçaram mais moradores a abandonarem suas casas neste domingo, enquanto aumenta a pressão sobre o governo por sua resposta a estes dramáticos incêndios florestais.

Este é o pior ano para incêndios na Turquia em uma década, de acordo com dados oficiais, com quase 95.000 hectares queimados desde janeiro, em comparação com uma média de 13.516 entre 2008 e 2020 no mesmo período.

Desde o início dos incêndios, na quarta-feira (28), seis pessoas morreram, e mais de 330 receberam atendimento médico.

Um bairro na cidade turística de Bodrum foi evacuado, informou a rede turca da CNN, porque o vento forte soprava as chamas em direção ao distrito de Milas, que fica próximo.

Sem ter como deixar a localidade pela estrada, 540 moradores foram transferidos para hotéis em barcos, acrescentou a emissora.

Também houve evacuações na cidade de Sirtkoy, na província de Antalya, relatou a rede NTV, que exibiu imagens de nuvens de fumaça cinza ao redor das casas.

O ministro da Agricultura e Florestas, Bekir Pakdemirli, disse que 107 dos 112 incêndios declarados estão sob controle, enquanto as chamas continuam a arder nas regiões turísticas de Antalya e Mugla.

As temperaturas continuarão altas na região, em torno de 40ºC, após registrarem níveis recordes no mês passado. Em 20 de julho, o serviço de meteorologia registrou 49,1ºC no município de Cizre, no sudeste do país.

O governo foi criticado pela escassez de aviões-hidrante, o que obrigou a Turquia a aceitar ajuda de Azerbaijão, Irã, Rússia e Ucrânia.

Especialistas indicam que a mudança climática causará mais estragos na Turquia, com mais incêndios, caso não sejam tomadas medidas para remediar o problema.

Segundo dados da União Europeia, a Turquia sofreu 133 incêndios desde o início de 2021, em comparação com uma média de 43 nesta mesma época do ano entre 2008 e 2020.

Com apresentação do tenor Andrea Bocelli e presença dos lendários Alessandro Nesta e Francesco Totti, diante de 12.916 espectadores no Estádio Olímpico de Roma, a Itália mostrou sua força, ao vencer a Turquia, por 3 a 0, nesta sexta-feira, na partida de abertura do Grupo A da Eurocopa. O segundo duelo da chave será neste sábado entre País de Gales e Suíça.

O primeiro tempo foi todo da Itália, que praticamente atuou os 45 minutos no campo turco. Com Berardi, Immobile e Insigne formando o trio de ataque, a seleção da casa pressionou o tempo todo, mas faltou criatividade para furar o bloqueio defensivo do rival.

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Além de várias finalizações erradas, os italianos ainda viram Insigne errar chute colocado e Chiellini forçar Çakir a fazer bela defesa, aos 21 minutos. O artilheiro Immobile também teve sua oportunidade, mas cabeceou, livre, para fora.

A Turquia só incomodou o goleiro Donnarumma aos 34 minutos, assim mesmo em um cruzamento de Yilmaz, que tinha como objetivo a chegada de Tufan. Uma postura muito diferente daquele que venceu França e Holanda nas Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo.

A primeira etapa também foi marcada por um lance polêmico, no qual o árbitro holandês Danny Makkelie não marcou a mão na bola de Celik, após cruzamento de Spinazzola. Os jogadores italianos foram para o vestiário reclamando muito da atitude do juiz.

Depois de tentar tanto no primeiro tempo, a Itália foi recompensada logo aos sete minutos. Berardi fez rápida jogada pela direita e cruzou forte. A bola explodiu no peito de Demiral e entrou. O primeiro gol desta edição da Eurocopa.

Com a vantagem, os italianos permaneceram no ataque e exigiram boas defesas de Çakir. A Turquia até tentou sair mais para o jogo, mas acabou sufocada pela Azurra. A situação piorou aos 21 minutos, após jogada de todo o ataque, Spinazzola disparou, Çakir defendeu parcialmente e Immobile não perdoou no rebote: 2 a 0.

Se a Turquia estava mal na partida, a situação ficou ainda pior, aos 33 minutos, após falha do goleiro Çakir na saída de bola. Berardi, tocou para Immobile, que acionou Insigne. O chute foi bonito para fazer 3 a 0 no placar.

A vontade da Itália pode ser exemplificada pelo veterano Chiellini, de 36 anos, que em um carrinho bloqueou um ataque turco e festejou como um gol.

As seleções voltam a atuar na quarta-feira. A Itália recebe a Suíça, em Roma, enquanto os turcos enfrentam o País de Gales,, em Baku, no Azerbaijão.

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