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As equipes de emergência na Turquia e na Síria enfrentam nesta quarta-feira (8) horas cruciais para encontrar sobreviventes entre os escombros do potente terremoto de segunda-feira, cujo balanço supera 9.500 mortes nos dois países.

Em um cenário de frio e devastação, os socorristas, auxiliados pelas primeiras equipes de emergência procedentes de outros países, lutam contra o tempo para encontrar pessoas com vida após o terremoto de 7,8 graus de magnitude registrado na madrugada de segunda-feira, com epicentro no sudeste da Turquia.

A imagem esperançosa de uma recém-nascida resgatada dos escombros na Síria contrasta com a desolação de um pai na Turquia, que segura a mão da filha falecida que permanecia com o corpo preso entre dois blocos de concreto.

O ministério do Interior da Turquia alertou na terça-feira que as próximas 48 horas seriam "cruciais" para encontrar sobreviventes. Ancara decretou luto nacional de sete dias para as vítimas do terremoto.

O número de vítimas fatais superou 9.500 nesta quarta-feira.

A Turquia registrou 6.957 mortes, de acordo com o balanço atualizado da Autoridade de Gestão de Desastres e Emergências (AFAD).

Na Síria foram contabilizados 2.547 óbitos: 1.250 em áreas controlados pelo governo, segundo o ministro da Saúde, Hassan Ghabbash, e 1.297 nas zonas dominadas pelos rebeldes, segundo os Capacetes Brancos (grupo de voluntários de proteção civil).

"O balanço deve aumentar consideravelmente na Síria porque centenas de pessoas continuam presas sob os escombros", afirmaram os Capacetes Brancos.

Este foi o terremoto com mais vítimas na Turquia desde 1999, quando um abalo sísmico matou 17.000 pessoas, incluindo mil em Istambul.

- "Onde está o Estado?" -

Na localidade síria de Jindires, as equipes de emergência resgataram uma recém-nascida dos escombros de um prédio.

A criança ainda estava unida pelo cordão umbilical a sua mãe, que morreu como os demais integrantes da família.

"Ouvimos um barulho e cavamos (...) limpamos o local e encontramos esta bebê, graças a Deus", disse Khalil Sawadi, amigo da família.

O resgate chegou tarde para Irmak, uma adolescente de 15 anos. Em silêncio, seu pai Mesur Hancer segura a mão inerte da jovem presa nas ruínas de um edifício em Kahramanmaras (sudeste da Turquia).

Localizada no epicentro do terremoto, a ajuda ainda não chegou à cidade de mais de um milhão de habitantes e de difícil acesso.

"Onde está o Estado? Onde está? (...) Já passaram dois dias e não vimos ninguém", afirma, desesperado, Ali, que tem esperanças de encontrar com vida o irmão e o sobrinho presos entre os escombros de seu apartamento.

O terremoto devastador foi seguido por vários tremores secundários, alguns potentes, que provocaram pânico entre milhares de moradores, que temem retornar para suas casas.

Na cidade turca de Gaziantep, muitas pessoas procuraram refúgio no aeroporto. "No momento, nossas vidas estão marcadas pela incerteza", declarou Zahide Sutcu, que abandonou sua casa com os dois filhos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que 23 milhões de pessoas foram "expostas" às consequências do terremoto, "incluindo cinco milhões de pessoas vulneráveis".

- Ajuda internacional -

Na terça-feira começaram a chegar as primeiras equipes de emergência estrangeiras. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que decretou estado de emergência por três meses em 10 províncias afetadas, afirmou que 45 países ofereceram ajuda.

A União Europeia mobilizou 1.185 socorristas e 79 cães farejadores para enviar à Turquia e trabalha com associações humanitárias na Síria para financiar operações de assistência.

O governo dos Estados Unidos prevê a chegada de duas equipes de emergência nesta quarta-feira à Turquia e também trabalha com ONGs locais na Síria para socorrer as vítimas.

O secretário de Estado, Antony Blinken, insistiu que "os recursos serão destinados a todo o povo sírio, não para o regime" de Damasco liderado por Bashar al Assad, cujos apelos por ajuda receberam resposta apenas da aliada Rússia até o momento.

O diretor de operações da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Stephen Allen, afirmou em Ancara que todo o "apoio humanitário está direcionado agora para o noroeste da Síria".

O terremoto destruiu a passagem de fronteira de Bab al Hawa, por onde transita quase toda a ajuda humanitária da Turquia para as zonas rebeldes da Síria, segundo a ONU.

A tragédia desencadeou uma onda de solidariedade que vai da China à Ucrânia, passando pelos Emirados Árabes Unidos, que prometeu uma ajuda de 100 milhões de dólares.

Até a Arábia Saudita, que não tem relações diplomáticas com a Síria desde 2012, anunciou a criação de uma ponte aérea para ajudar as populações afetadas dos dois países.

Neve, frio e estradas bloqueadas dificultaram os esforços para responder a dois fortes terremotos ocorrido na segunda-feira (6) que mataram mais de 5.150 pessoas no sul da Turquia e no norte da Síria, levando o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, a declarar estado de emergência por três meses nas áreas afetadas do país.

"A escala do terremoto, é claro, nos obriga a tomar certas medidas extraordinárias", disse Erdogan nesta terça-feira (7) em um discurso televisionado. "Estaremos completando todos os procedimentos e formalidades necessárias muito rapidamente."

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O sul da Turquia experimentou 285 tremores secundários, incluindo alguns fortes o suficiente para causar o desmoronamento de novos edifícios, disse Orhan Tatar, funcionário da agência de gerenciamento de desastres do país. "A cada minuto novos tremores estão acontecendo", disse ele.

Na Síria, o desastre abalou uma região do país que abriga milhões de pessoas deslocadas pela guerra civil do país, muitas delas vivendo em acampamentos improvisados. Os terremotos na Síria mataram mais de 1.600 pessoas na região de Alepo e em várias outras áreas do país, segundo a organização de Defesa Civil da Síria e o Ministério da Saúde afiliado ao governo em Damasco.

O chefe do Crescente Vermelho Sírio pediu a suspensão das sanções internacionais impostas ao governo de Assad para permitir a entrada de ambulâncias, veículos de combate a incêndios e outros equipamentos pesados no país para operações de resgate.

Em toda a Turquia, a agência de emergência do país reuniu cerca de dez mil pessoas para um esforço de busca e resgate, disseram autoridades. O governo turco também mobilizou as forças armadas ao lado das autoridades de saúde para uma resposta nacional ao desastre. Fonte: Dow Jones Newswires.

O jogador de futebol ganês Christian Atsu, que já defendeu Chelsea e Newcastle, foi encontrado com vida nos escombros após o terremoto que matou mais de 5.000 pessoas na Turquia e na Síria – confirmou a embaixadora de Gana na Turquia nesta terça-feira (7).

Atsu, de 31 anos, foi contratado em setembro pelo Hatayspor, da província de Hatay (sul da Turquia), perto do epicentro do terremoto de segunda-feira.

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"Tenho boas notícias. Acabo de ser informada pelo presidente da Associação Ganesa que Christian Atsu foi encontrado em Hatay", declarou a embaixadora Francisca Ashietey-Odunton à rádio Asaase.

A Federação de Futebol de Gana também confirmou que o jogador foi encontrado com vida: "Christian Atsu foi resgatado com sucesso dos escombros do prédio que desabou e está recebendo atendimento", escreveu a entidade no Twitter.

O terremoto, seguido por tremores secundários potentes, deixou mais de 5.000 mortos na Turquia e na Síria. Também deixou milhares de feridos e desabrigados.

Em um cenário de devastação, as equipes de resgate na Turquia e no norte da Síria prosseguiam nesta terça-feira (7) em sua luta contra o tempo e o frio para encontrar sobreviventes entre os escombros após o terremoto de segunda-feira que matou mais de 5.000 pessoas.

A ajuda internacional deve começar a chegar nesta terça-feira às zonas afetadas pelo terremoto e seus tremores secundários. O primeiro abalo, na madrugada de segunda-feira, atingiu 7,8 graus de magnitude e foi sentido inclusive no Líbano, Chipre e norte do Iraque.

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Na Turquia, o número de mortos subiu para 3.419, com 20.534 feridos, anunciou o vice-presidente Fuat Oktay.

Na Síria, 1.602 pessoas faleceram e 3.640 ficaram feridas, de acordo com os balanços das autoridades de Damasco e das equipes de resgate nas zonas rebeldes.

Com base nos mapas da região afetada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que "23 milhões de pessoas estão expostas às consequências do terremoto, incluindo cinco milhões de pessoas vulneráveis".

"A OMS está ciente da forte capacidade de resposta da Turquia e considera que as principais necessidades não atendidas podem estar na Síria, no imediato e a médio prazo", afirmou a diretora da OMS Adelheid Marschang ao conselho executivo da agência da ONU.

O secretário-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou para a a urgência da situação. "Agora é uma corrida contra o tempo. A cada minuto que passa, a cada hora que passa, diminuem as chances de encontrar sobreviventes".

Em vários momentos sem ferramentas, os bombeiros prosseguiram com a dramática busca por sobreviventes durante a noite, desafiando o frio, a chuva ou a neve, assim como o risco de novos desabamentos.

Em Hatay, sul da Turquia, as equipes de emergência resgataram com vida uma menina de 7 anos que estava bloqueada sob uma montanha de escombros.

"Onde está minha mãe?", perguntou a criança, com um pijama de cor rosa manchado pela poeira, no colo de um socorrista.

As condições meteorológicas na região de Anatolia dificultam os trabalhos de resgate e prejudicam as perspectivas dos sobreviventes, que se aquecem em tendas ou em fogueiras improvisadas.

- Ajuda internacional -

A ajuda internacional para a Turquia deve começar a chegar nesta terça-feira, com as primeiras equipes de socorristas procedentes da França e Catar.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu ao colega turco Recep Tayyip Erdogan "toda a ajuda necessária".

O contingente francês pretende chegar a Kahramanmaras, epicentro do terremoto, uma região de acesso difícil e que sofre com a neve.

Duas equipes americanas com 79 socorristas cada devem seguir para a região, informou a Casa Branca.

A China anunciou o envio de uma ajuda de 5,9 milhões de dólares, que incluirá equipes especializadas em resgates em áreas urbanas, equipamentos médicos e material de emergência.

Erdogan anunciou que 45 países ofereceram ajuda.

O pedido de ajuda do governo da Síria recebeu resposta da Rússia, aliada de Damasco, que prometeu enviar equipes de emergência nas próximas horas. E 300 militares russos que já estavam na região ajudam nos resgates.

A ONU afirmou que a ajuda deve chegar a toda a população síria, incluindo a parte que não está sob controle de Damasco.

Aproveitando o caos provocado pelos tremores, 20 supostos combatentes do grupo extremista Estado Islâmico (EI) fugiram de uma prisão militar em Rajo, controlada por rebeldes pró-Turquia.

A polícia turca anunciou a detenção de quatro pessoas que divulgaram mensagens "provocadoras" nas redes sociais sobre o terremoto.

De acordo com as forças de segurança, as mensagens tinham o objetivo de gerar medo e pânico. Outras investigações nas redes sociais foram iniciadas.

Os balanços de vítimas dos dois lados da fronteira não param de aumentar e, levando em consideração a magnitude da destruição, a tendência deve persistir.

Apenas na Turquia, as autoridades contabilizaram quase 5.000 imóveis desabados.

Além disso, a queda da temperatura representa um risco adicional de hipotermia para os feridos e as pessoas bloqueadas nos escombros.

- Dormir ao relento -

A OMS afirmou que teme por números ainda piores e na segunda-feira, quando o balanço era de 2.600 mortos, afirmou que previa um balanço de vítimas "oito vezes mais elevado".

Na segunda-feira foram registrados pelo menos 185 tremores secundários, além dos dois terremotos principais: um de 7,8 graus durante a madrugada (4H17) e outro de 7,5 graus de magnitude ao meio-dia.

Os tremores secundários prosseguiram durante a madrugada de terça-feira. O mais forte, de magnitude 5,5, aconteceu às 6H13 (0H13 de Brasília) a nove quilômetros de Gölbasi (sul).

As autoridades turcas adaptaram ginásios, escolas e mesquitas para abrigar os sobreviventes. Mas com medo de novos terremotos, muitos moradores preferiram passar a noite ao relento.

"Todo mundo está com medo", disse Mustafa Koyuncu, um homem de 55 anos que passou a noite com a esposa e os cinco filhos no carro da família em Sanliurfa (sudeste da Turquia).

Este foi o terremoto mais devastador na Turquia desde o tremor de 17 de agosto de 1999, que matou 17.000 pessoas, incluindo mil em Istambul.

O presidente turco decretou luto nacional de sete dias e o fechamento das escolas durante uma semana.

burs-ach/nzg/jnd/pz/dbh/zm/fp

Em um cenário de frio e devastação, as equipes de resgate na Turquia e no norte da Síria prosseguiam com os trabalhos nesta terça-feira (7) à espera da ajuda internacional, após a série de terremotos que matou quase 4.900 pessoas.

O número de vítimas fatais subiu para 3.381 na Turquia, de acordo com o balanço atualizado pela Autoridade de Gestão de Desastres e Emergências (AFAD).

Na Síria, o terremoto provocou 1.509 mortes e deixou 3.548 feridos, segundo os dados divulgados pelo governo e pelos socorristas nas zonas rebeldes.

Em vários momentos sem ferramentas, os bombeiros prosseguiram com a dramática busca por sobreviventes durante a noite, desafiando o frio, a chuva ou a neve, assim como o risco de novos desabamentos.

Em Hatay, sul da Turquia, as equipes de emergência resgataram com vida uma menina de 7 anos que estava bloqueada sob uma montanha de escombros.

"Onde está minha mãe?", perguntou a criança, com um pijama de cor rosa manchado pela poeira, no colo de um socorrista.

As condições meteorológicas na região de Anatolia dificultam os trabalhos de resgate e prejudicam as perspectivas dos sobreviventes, que se aquecem em tendas ou em fogueiras improvisadas.

- Ajuda internacional -

A ajuda internacional para a Turquia deve começar a chegar nesta terça-feira, com as primeiras equipes de socorristas procedentes da França e Catar.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu ao colega turco Recep Tayyip Erdogan "toda a ajuda necessária".

A equipe francesa deve seguir para Kahramanmaras, epicentro do terremoto, uma região de acesso difícil e que sofre com a neve.

Duas equipes americanas com 79 socorristas cada devem seguir para a região, informou a Casa Branca.

A China anunciou o envio de uma ajuda de 6,9 milhões de dólares, que incluirá equipes especializadas em resgates em áreas urbanas, equipamentos médicos e material de emergência.

Erdogan anunciou que 45 países ofereceram ajuda.

O pedido de ajuda do governo da Síria recebeu resposta da aliada Rússia, que prometeu enviar equipes de emergência nas próximas horas. E 300 militares russos que já estavam na região ajudam nos resgates.

A ONU afirmou que a ajuda deve chegar "a todos os sírios em todo o território", incluindo a parte que não está sob controle do governo.

Aproveitando o caos provocado pelos tremores, 20 supostos combatentes do grupo extremista Estado Islâmico (EI) fugiram de uma prisão militar em Rajo, controlada por rebeldes pró-Turquia.

Os balanços de vítimas dos dois lados da fronteira não param de aumentar e, levando em consideração a magnitude da destruição, a tendência deve persistir.

Apenas na Turquia, as autoridades contabilizaram quase 5.000 imóveis desabados.

Além disso, a queda da temperatura representa um risco adicional de hipotermia para os feridos e as pessoas bloqueadas nos escombros.

- Dormir ao relento -

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que teme por números ainda piores e um balanço de vítimas "oito vezes mais elevado".

Na segunda-feira foram registrados pelo menos 185 tremores secundários, além dos dois terremotos principais: um de 7,8 graus durante a madrugada (4H17) e outro de 7,5 graus de magnitude ao meio-dia.

Os tremores secundários prosseguiram durante a madrugada de terça-feira. O mais forte, de magnitude 5,5, aconteceu às 6H13 (0H13 de Brasília) a nove quilômetros de Gölbasi (sul).

As autoridades adaptaram ginásios, escolas e mesquitas para abrigar os sobreviventes. Mas com medo de novos terremotos, muitos moradores preferiram passar a noite ao relento.

"Todo mundo está com medo", disse Mustafa Koyuncu, um homem de 55 anos que passou a noite com a esposa e os cinco filhos no carro da família em Sanliurfa (sudeste da Turquia).

Este foi o terremoto mais devastador na Turquia desde o tremor de 17 de agosto de 1999, que matou 17.000 pessoas, incluindo mil em Istambul.

O presidente turco decretou luto nacional de sete dias e o fechamento das escolas durante uma semana.

O terremoto de magnitude 7,8 na Turquia, o pior desde 1939 segundo as autoridades, causou até aqui milhares de vítimas e o futebol também foi bastante afetado. Nesta segunda-feira (6), o ex-Flamengo Willian Arão concedeu entrevista ao G1 e falou que a tragédia deixou diversos companheiros de equipe desaparecidos.

Arão, que joga no Fenerbahçe, estava concentrado com a equipe para um jogo que acabou cancelado. Como estavam longe do epicentro, eles não sentiram o tremor, mas o clima de luto, segundo ele, tomou conta do ambiente. Funcionários do clube, parentes de jogadores e conhecidos estão entre as milhares de vítimas.

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“Estão todos mobilizados para tentar ajudar para tentar prestar serviço de alguma forma. Companheiros nossos de trabalho estão soterrados, suas famílias também, então é uma tragédia imensa", disse. 

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O castelo de Gaziantep, uma fortificação construída no século II, foi severamente danificado pelo terremoto que atingiu a Turquia e a Síria e matou mais de 1.500 pessoas nos dois países nesta segunda-feira (6). A cidade turca que batiza o castelo fica próxima ao local onde foi registrado o epicentro do terremoto, que ocorreu às 4h17 (22h10 do domingo pelo horário de Brasília).

Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o antes e depois do castelo de Gaziantep, ponto turístico mais famoso da cidade turca. Situado no topo de uma colina que já era utilizada como ponto de observação pelo povo hitita séculos antes de Cristo, o castelo foi destruído parcialmente.

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De acordo com o portal de divulgação cultural do governo turco, o castelo de Gaziantep foi construído como uma torre de vigia durante o período romano, mas a estrutura atual foi construída no período bizantino. O castelo tem uma forma circular, com 12 torres distribuídas em suas muralhas.

Nas imagens compartilhadas nas redes sociais é possível ver que partes das muralhas das fortalezas e torres de vigia foram abaixo e outras partes foram fortemente danificadas.

Busca por sobreviventes

Equipes de resgate continuam a trabalhar nos dois países para resgatar possíveis sobreviventes nos escombros de centenas de edificações que cederam com o tremor. (Com agências internacionais).

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O terremoto que atingiu a Turquia e a Síria e matou mais de 1.500 pessoas nesta segunda-feira provocou reações em atletas do mundo todo. Alguns deles, como a central Ana Beatriz Corrêa, medalhista olímpica com a seleção brasileira de vôlei, viveram de perto o medo causado pela situação. Bia atua no Kuzeyboru, da cidade turca de Askaray, e foi evacuada do prédio onde mora durante os tremores, mas o local não teve maiores danos, pois a magnitude foi menor do que em cidades nas redondezas de Gaziantepe, epicentro do fenômeno natural.

"Era umas 4h20 da madrugada, eu acordei e estava balançando. Eu não entendi bem o que estava acontecendo, meio perdida. Parou, eu peguei o telefone e perguntei em um grupo se estava tudo bem. Teve uma segunda vez e pediram para a gente sair do prédio, ficar dentro dos carros. Estava nevando bastante, passou uns 40 minutos mais ou menos e falaram para a gente voltar para o prédio que estava tudo bem", relatou Bia em vídeo publicado no Instagram.

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"Vi no grupo as meninas falando, preocupadas com família, amigos. Quando fui ver, foi uma intensidade bastante forte. Na nossa cidade foi escala 6.0 ou 5.8, mas onde foi mais forte morreram pessoas, caíram prédios. É uma situação que deixou todos bem preocupados. Na segunda vez que pediram para sair, deu bastante medo. Nossa cidade aqui está tudo bem, mas tem outras que a situação foi bem grave. Obrigado pelas mensagens e preocupação", completou.

Companheira de Bia na campanha do vice-olímpico nos Jogos de Tóquio, Gabi Guimarães também joga na Turquia, uma potência do vôlei mundial. Jogadora do VakifBank, a estrela da seleção brasileira mora em Istambul, onde o terremoto não causou grandes estragos. "Estamos bem por aqui, mas acompanhado as notícias com muita tristeza e rezando por todos", escreveu a ponta.

De acordo com a imprensa turca, um time de vôlei da segunda divisão turca estava em um hotel que desabou na Anatólia e pelo menos três foram resgatados. Também há relatos de que 14 jogadoras de um time feminino, também da segunda divisão do vôlei nacional, que estavam em um prédio que desabou.

JOGADORES DE FUTEBOL SE MANISFESTAM

O volante Souza, ex-Vasco, Grêmio e São Paulo, também se manifestou. Ele é jogador do Besiktas, time com sede em Istambul. "Estamos bem, mas infelizmente o estrago foi grande, e o país está em alerta", escreveu. O meio-campista também compartilhou uma imagem incentivando a doação de sangue. "Convidamos nossos cidadãos a doarem sangue durante o dia para necessidades adicionais que possam ocorrer nas regiões atingidas pelo terremoto".

O ex-meia Alex, ídolo do Fenerbahçe e hoje técnico do Avaí, não está no país, mas publicou uma mensagem de apoio ao povo turco. "Fique bem logo, Turquia. Compartilho com vocês toda a dor causada pelo terremoto. Deixo aqui minhas condolências aos falecidos e desejo uma melhora rápida aos feridos", escreveu em sua página no Instagram.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou "solidariedade" à Turquia e à Síria após o terremoto que matou mais de 1,3 mil pessoas nesta segunda-feira (6).

"Olhamos com preocupação para as notícias vindas da Turquia e Síria, após terremoto de grande magnitude", escreveu o petista em sua conta no Twitter.

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"O Brasil manifesta sua solidariedade com os povos dos dois países, com as famílias das vítimas e todos que perderam suas casas nessa tragédia", acrescentou.

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Da Ansa

Um terremoto de magnitude 7,8 sacudiu o sul da Turquia e o norte da Síria, causando centenas de mortos e milhares de feridos, além de danos significativos, segundo os primeiros balanços.

Ao menos 284 pessoas morreram na Turquia e mais de 2.320 ficaram feridas, segundo o último balanço divulgado pelo vice-presidente turco, Fuat Oktay.

Mais de mil prédios desabaram completamente, o que sugere um número de vítimas muito maior, acrescentou.

Na vizinha Síria, quase 400 pessoas perderam a vida. Segundo a televisão síria, 239 pessoas morreram e 648 ficaram feridas no desabamento de casas em várias cidades, incluindo Aleppo (norte), a segunda maior cidade da Síria. Também houve vítimas em Hama (centro) e em Lataquia e Tartus, na costa do Mediterrâneo.

Um balanço anterior apontava 237 mortes em áreas sob controle do regime sírio.

Nas regiões nas mãos dos rebeldes, perto da Turquia, são os Capacetes Brancos - socorristas que se mobilizam nessas áreas - que contabilizam as vítimas.

"Cento e quarenta e sete mortos e mais de 340 feridos segundo um balanço provisório na província de Idlib e arredores de Aleppo", no norte do país, anunciaram os Capacetes Brancos no Twitter.

O tremor foi sentido às 04h17 (22h17 de domingo, no horário de Brasília) e ocorreu a uma profundidade de 17,9 quilômetros, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).

O epicentro foi localizado no distrito de Pazarcik, na província de Kahramanmaras, no sudeste da Turquia, a cerca de 60 km da fronteira com a Síria.

O movimento telúrico também foi sentido no Líbano e em Chipre, segundo os jornalistas da AFP.

É muito provável que o saldo aumente rapidamente, levando em conta o número de prédios desabados nas cidades mais afetadas, como Adana, Gaziantep, Sanliurfa e Diayarbakir, no sudeste da Turquia.

Devido ao horário do terremoto, de madrugada, a maioria das pessoas estava dormindo em suas casas.

"Minha irmã e seus três filhos estão sob os escombros. Também seu marido, seu sogro e sua sogra. Sete membros da nossa família estão sob os escombros", disse à AFP Muhittin Orakci, ao testemunhar as operações de resgate em frente a um prédio em ruínas em Diyarbakir.

"A irmã dele ainda está sob os escombros", disse uma mulher, apontando para outra vítima inconsolável na mesma cidade.

Por questões de segurança, o gás foi cortado em toda a região, devido a tremores secundários que poderiam gerar explosões.

Este é o maior terremoto na Turquia desde 17 de agosto de 1999, que causou 17.000 mortes, mil delas em Istambul.

- Em busca de sobreviventes -

Segundo o vice-presidente turco, pelo menos três dos aeroportos da zona afetada, Hatay, Maras e Gaziantep, foram fechados ao tráfego. A neve e as tempestades que atingiram a região impediram o tráfego em outros aeroportos, incluindo o de Diyarbakir, segundo a AFP.

"Ouvimos vozes aqui e ali. Achamos que talvez 200 pessoas estejam entre os escombros", disse uma equipe de resgate em Diyarbakir, de acordo com uma transmissão da NTV.

Algumas imagens na televisão turca e nas redes sociais mostram pessoas assustadas, de pijama, vagando pela neve enquanto observam equipes de resgate vasculhando os escombros de suas casas.

A emissora NTV indicou que havia prédios desabados nas cidades de Adiyaman e Malatya.

Enquanto isso, a televisão estatal síria relatou o desabamento de um prédio perto de Latakia, na costa oeste do país.

A mídia pró-governo informou que vários prédios desabaram parcialmente em Hama, no centro da Síria, onde bombeiros e equipes de resgate tentavam resgatar um sobrevivente dos destroços.

Raed Ahmed, chefe do Centro Nacional de Monitoramento Sísmico da Síria, disse à rádio oficial que este foi "historicamente o maior terremoto já registrado".

Os Capacetes Brancos disseram que a situação é "catastrófica" e pediram às organizações humanitárias internacionais para "intervir rapidamente" para ajudar a população local.

- Ajuda internacional -

Na Turquia, o ministro do Interior, Suleyman Soylu, declarou que "todas as nossas equipes estão em alerta" e pediu ajuda internacional.

O Azerbaijão, país aliado da Turquia, anunciou o envio imediato de 370 socorristas, segundo a agência oficial de notícias turca.

Estados Unidos, União Europeia, França, Itália, Alemanha e Israel também informaram o envio de equipes de emergência.

A Turquia está localizada em uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo.

Especialistas alertam há muito tempo que um grande terremoto poderia devastar Istambul, que permitiu construções generalizadas sem precauções.

Um terremoto de magnitude 6,8 atingiu Elazig em janeiro de 2020, matando mais de 40 pessoas. Em outubro desse mesmo ano, outro de magnitude 7,0 sacudiu o Mar Egeu, causando 114 mortos e mais de 1.000 feridos.

Um terremoto de 6,1 graus de magnitude abalou a região noroeste da Turquia na madrugada desta quarta-feira (23) e deixou pelo menos 50 feridos, informaram os serviços de emergência do país.

O tremor, que aconteceu pouco depois das 4h00 locais (22h00 de Brasília, terça-feira), foi sentido em Istambul, a maior cidade do país.

O tremor foi registrado 170 km ao leste Istambul, a uma profundidade de 10 km, segundo o Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS).

As autoridades turcas afirmaram que o terremoto atingiu magnitude de 5,9 graus, menor que os 6,1 anunciados pelo USGS.

De acordo com a AFAD, a agência governamental para gestão de catástrofes, mais de 100 tremores secundários foram registrados, o mais intenso de 4,3 graus.

O ministério do Interior e a AFAD anunciaram um balanço de 50 feridos e danos leves em alguns prédios.

"Acordamos com um grande barulho e o tremor", declarou à AFP Fatma Colak, moradora de Duzce. "Saímos de casa em pânico e agora esperamos do lado de fora".

Muitas pessoas permaneceram ao ar livre durante a madrugada. Algumas posicionaram cobertores no chão a acenderam fogueiras para aquecer as crianças.

As autoridades anunciaram que as escolas permanecerão fechadas nesta quarta-feira nas províncias de Duzce e Sakarya.

O ministro do Interior, Suleyman Soylu, afirmou que não há relatos de danos graves.

A AFAD indicou a região de Duzce enfrenta cortes de energia controlados e pediu que os moradores permaneçam calmos.

A Turquia fica em uma das regiões de maior atividade sísmica do mundo.

Duzce foi uma das áreas afetadas por um terremoto de 7,4 graus em 1999, um dos mais violentos da história do país. O tremor matou mais 17.000 pessoas, mil delas em Istambul.

A Turquia rejeitou nesta segunda-feira (14) a mensagem de condolências do governo dos Estados Unidos após a morte de seis pessoas em um atentado no centro de Istambul, que Ancara atribuiu a grupos curdos.

"Não aceitamos a mensagem de condolências da embaixada dos Estados Unidos. Nós rejeitamos. Nossa aliança com um Estado que apoia Kobane e seus focos de terror (...) deve ser discutida", disse o ministro do Interior, Suleyman Soylu.

O ministro acusou os combatentes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e algumas facções aliadas, que têm apoio dos Estados Unidos, pelo atentado em Istambul.

A polícia turca anunciou que a jovem detida e acusada de colocar a bomba na avenida Istiklal de Istambul tem nacionalidade síria.

Também de acordo com a polícia, a mulher admitiu ter atuado por ordem do PKK e que recebeu orientações em Kobane, localidade do norte da Síria.

A Turquia acusa com frequência o governo dos Estados Unidos de fornecer armas aos combatentes curdos do PKK e das Unidades de Proteção Popular (YPG), que Ancara considera grupos "terroristas".

A cidade de Kobane ganhou fama pela batalha de 2015 que permitiu às forças curdas apoiadas pela coalizão ocidental expulsar o grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Na noite de terça-feira (08), arqueólogos da Academia Austríaca de Ciências divulgaram a descoberta de um distrito de quase 1400 anos, escondido abaixo de ruínas na Turquia. A área da cidade de Éfeso está sob constante escavação no último ano.

O local fica próximo à Praça Domiciano de Éfeso, que seria um centro político da cidade durante o Império Romano. De acordo com o comunicado oficial (publicado via Galileu), a parte investigada era composta por um ambiente comercial e gastronômico.

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Abaixo da camada de ruínas, foram encontradas salas com até 3,4 metros de altura. Estas estruturas seriam “uma cozinha, uma despensa, uma taberna, uma loja de lâmpadas e lembranças de peregrinos cristãos e uma oficina com uma sala de vendas anexa”.

De acordo com Sabine Ladstätter, líder da equipe de escavação, as descobertas podem resolver os mistérios da história urbana de Éfeso. A cidade tornou-se menor no século VII e o padrão de vida, assim como a circulação de moedas, caiu significativamente. Os motivos não eram claros, porém, com os dados obtidos os acadêmicos visam criar ligações com outros acontecimentos históricos, como as guerras bizantino-sassânidas.

Quarenta e uma pessoas morreram, e 28 ficaram feridas, em uma explosão de grisu na sexta-feira (14), em uma mina de carvão no noroeste da Turquia.

As equipes de resgate encerraram seu trabalho neste sábado (15), depois de encontrarem o corpo do último mineiro desaparecido.

"Nossa prioridade era encontrar os mineiros na galeria. Chegamos, finalmente, ao último. Ele também estava morto, o que eleva o número de óbitos para 41", declarou o presidente turco, Recep Tayyip Edogan.

Com isso, foram encerradas as operações de resgate, 20 horas após a explosão na mina de Amasra, no noroeste do país.

Cerca de cem mineiros estavam no fundo da galeria, quando se deu a deflagração, aparentemente devido a uma explosão de grisu, na sexta-feira às 18h15 locais (12h15 em Brasília), pouco antes do anoitecer, o que dificultou as buscas.

Segundo o ministro do Interior, Suleyman Soylu, "58 mineiros conseguiram se salvar, ou foram resgatados pelas equipes".

Os primeiros mineiros que conseguiram sair e que não estavam feridos participaram dos esforços de resgate.

"Estou bem. Quero ficar aqui para ajudar meus colegas", disse um homem com o rosto exausto e preto de fuligem, que se negava a entrar em uma ambulância, conforme imagens do canal privado NTV.

"Retiramos os corpos dos nossos companheiros. É uma coisa horrível para nós", disse outro mineiro ao mesmo canal.

Desde a noite anterior, parentes dos mineiros aguardavam, com angústia, as notícias na entrada da mina, observou um fotógrafo da AFP.

As galerias acidentadas ficam a cerca de 300 metros abaixo do nível do mar.

- Presidente promete investigação a fundo -

Erdogan, que tem uma difícil eleição presidencial no ano que vem, dirigiu-se aos mineiros resgatados e anunciou uma investigação exaustiva sobre "como a explosão ocorreu e quem são os responsáveis".

"Tudo isso será determinado em um inquérito administrativo e judicial, que já começou", garantiu o presidente.

Erdogan já havia prometido que o Estado “protegerá as famílias” das vítimas, cujos funerais estavam sendo realizados neste sábado em localidades vizinhas. Ao mesmo tempo, culpou "o destino" pelo que aconteceu na mina, que há três semanas recebeu a visita do ministro da Energia.

"A mina de Amasra é uma das mais avançadas (...) Mas somos pessoas que acreditam no destino, e esse tipo de coisa sempre vai acontecer, é preciso saber disso", disse Erdogan à multidão de familiares, muitos deles aos prantos.

"Não sei o que aconteceu. Houve uma pressão repentina e não consegui ver nada", relatou um mineiro que conseguiu sair dos túneis por conta própria, em entrevista à agência pública de notícias Anadolu.

Os acidentes trabalhistas são frequentes na Turquia, onde o forte desenvolvimento econômico da última década se deu, com frequência, às custas das normas de segurança, especialmente nos setores da construção civil e da mineração.

O país sofreu seu pior desastre em 2014, quando 301 trabalhadores morreram na explosão em uma mina de carvão na cidade de Soma, no oeste do território.

As equipes de resgate ainda buscam sinais de vida em uma mina de carvão no noroeste da Turquia, após retirarem 22 corpos de seu interior na madrugada deste sábado (15, noite de sexta em Brasília), após uma explosão que deixou dezenas de trabalhadores presos.

O acidente ocorreu às 18h15 locais de sexta-feira (12h15 em Brasília) na mina de Amasra, no litoral do Mar Negro, e deixou pelo menos 22 mortos, anunciou o ministro da Saúde da Turquia, Fahrettin Koca, no Twitter.

"Perdemos 22 de nossos cidadãos na explosão que ocorreu em uma mina [...] Estamos fazendo o melhor para garantir que os feridos se recuperem o mais rápido possível", escreveu Koca.

Outro funcionário do governo, o ministro do Interior Suleyman Soylu, disse aos jornalistas que se deparou com "um panorama realmente triste" ao comparecer ao local da tragédia ao lado do ministro de Energia.

As equipes de salvamento não estão poupando esforços para resgatar os trabalhadores, que estão presos em galerias subterrâneas situadas a entre 300 e 350 metros abaixo do nível do mar.

Segundo Soylu, 49 trabalhadores ainda estariam no interior da mina, de um total de 110 que trabalhavam no local no momento da explosão.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou que estava cancelando sua agenda para viajar ao local do acidente neste sábado. "Nosso desejo é que a perda de vidas não seja maior e que nossos mineiros possam sair sãos e salvos", tuitou.

Imagens da televisão local mostravam centenas de pessoas, muitas delas em prantos, reunidas diante de um edifício branco danificado perto da entrada da mina.

"De acordo com as primeiras observações", a explosão teria sido provocada pelo acúmulo de grisu, um gás comum em minas subterrâneas composto essencialmente por metano, informou o ministro de Energia, Fatih Donmez.

O Afad, órgão público responsável pela gestão de desastres da Turquia, anunciou inicialmente no Twitter que um transformador defeituoso tinha sido a causa da explosão, mas depois corrigiu essa informação e afirmou que se tratava de gás metano que explodiu por razões "desconhecidas".

- O resgate continua -

"Não sei o que aconteceu. Houve uma pressão repentina e não consegui ver mais nada", disse à agência estatal Anadolu um operário que conseguiu sair sozinho dos túneis.

Imagens difundidas pela televisão turca mostravam paramédicos dando oxigênio aos operários que conseguiram sair e depois sendo levados para hospitais próximos.

A governadora local afirmou que uma equipe de mais de 70 socorristas tinha conseguido chegar a um ponto situado a cerca de 250 metros de profundidade.

"Os esforços de resgate continuam", disse a governadora provincial. Ainda não está claro se as equipes conseguirão se aproximar mais dos trabalhadores e o que estaria bloqueando sua passagem.

O prefeito de Amasra, Recai Cakir, assinalou que "quase metade dos trabalhadores foram retirados", citado pela emissora turca NTV. "A maioria está a salvo, embora existam alguns seriamente feridos", acrescentou.

Os trabalhos de resgate continuam madrugada adentro, apesar da dificuldade adicional da falta de luz.

A promotoria local disse que estava tratando o ocorrido como um acidente e que havia aberto uma investigação formal.

Os acidentes de trabalho são frequentes na Turquia, onde o forte desenvolvimento econômico da última década veio muitas vezes em detrimento das normas de segurança, especialmente na construção e na mineração.

O país sofreu seu desastre mais mortal na mineração em 2014, quando 301 trabalhadores morreram em uma explosão na cidade de Soma (oeste).

O Parlamento da Turquia aprovou uma lei nesta quinta-feira (13) que prevê penas de até três anos de prisão pela divulgação de "informações falsas ou enganosas". A lei, que reforça o controle governamental sobre os meios de comunicação, foi aprovada há menos de um ano das eleições legislativas turcas, que serão celebradas em junho de 2023, cujas pesquisas são desfavoráveis ao atual presidente Recep Tayyip Erdogan.

A nova regra se aplica a jornais, rádios e emissoras de televisão, assim como às redes sociais e aos portais de internet, que deverão entregar informações sobre os usuários acusados de propagar notícias falsas.

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Os críticos temem que, à medida que as eleições se aproximam, a lei seja usada para reprimir ainda mais as mídias sociais e reportagens independentes.

A legislação de 40 artigos foi aprovada com os votos do partido governista de Erdogan e seus aliados nacionalistas, que juntos detêm a maioria no parlamento. A votação ocorreu após sessões barulhentas no parlamento, que viram legisladores da oposição aplaudirem e gritarem para interromper os procedimentos, segurarem cartazes denunciando o que chamaram de "lei de censura" e um legislador quebrar um smartphone com um martelo.

A Anistia Internacional disse após a votação que era "mais um dia sombrio para a liberdade de expressão online e a liberdade de imprensa na Turquia". "Essas novas medidas permitem que (o governo) censure e silencie ainda mais vozes críticas antes das próximas eleições na Turquia e além, sob o pretexto de combater a desinformação", disse o pesquisador regional da Anistia, Guney Yildiz.

A disposição mais controversa, o Artigo 29, determina até três anos de prisão por divulgar informações "contrárias à verdade" sobre a segurança doméstica e internacional da Turquia, ordem pública e saúde com o suposto propósito de causar "preocupação, medo e pânico público".

Críticos alertam que usuários de mídia social podem ser presos por postar ou republicar informações que o governo considera serem notícias falsas. "Aqueles que dizem: 'Há pobreza', irão para a cadeia. Aqueles que dizem: 'Há corrupção', irão para a cadeia", disse Engin Altay, um legislador do Partido Popular Republicano, principal na oposição.

Erdogan defendeu uma lei para combater a desinformação e notícias falsas, dizendo que notícias falsas e o crescente "fascismo digital" são ameaças à segurança nacional e global. Seu Partido da Justiça e Desenvolvimento e aliados nacionalistas dizem que a desinformação impede as pessoas de acessarem a verdade, minando a liberdade de expressão.

Mas a redação do artigo é tão vaga que os partidos da oposição dizem que ela pode ser usada pelo governo de maneira abusiva e levar à autocensura nas redações. O Partido Popular Republicano disse que buscará a anulação da legislação levando-a ao Tribunal Constitucional.

"Vocês estão trazendo a lei de censura antes das eleições de 2023 para que possam silenciar a voz (do público) e da oposição política", disse Saruhan Oluc, legislador do Partido Democrático do Povo pró-curdo. (Com agências internacionais).

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou nesta quinta-feira (8) que as forças de segurança do país prenderam um "alto dirigente" do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

Segundo Erdogan, trata-se de um comandante conhecido como Abu Zeid.

Seu nome verdadeiro é Bashar Khattab Ghazal al-Sumaidai, disse Erdogan a repórteres em um voo para casa após uma viagem a três países balcânicos.

Segundo o presidente turco, um relatório do Conselho de Segurança da ONU publicado em julho identifica al-Sumaidai como "um dos altos responsáveis da organização terrorista" EI.

A imprensa turca disse que havia indícios de que al-Sumaidai poderia ser na verdade o homem conhecido com Abu Hasan al-Hashimi al-Qurashi, um iraquiano autoproclamado o novo califa, ou líder, de todo o EI.

Erdogan apenas se referiu a Sumaidai como um alto responsável do EI na Síria.

"As conexões deste terrorista na Síria e Istambul estavam sendo acompanhadas há muito tempo e obtivemos informações de inteligência de que entraria na Turquia ilegalmente", informou Erdogan.

Após a ascensão meteórica do EI em 2014 no Iraque e na Síria, onde conquistou vastos territórios, o grupo viu seu autoproclamado "califado" entrar em colapso após várias ofensivas.

O EI foi derrotado no Iraque em 2017 e na Síria dois anos depois, mas as células adormecidas do grupo extremista sunita seguem realizando atentados em ambos os países.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos alertou as empresas e instituições turcas que têm relações comerciais com a Rússia que poderiam ser sancionadas, anunciou a principal organização de empregadores turca, Tusiad, na terça-feira (23).

"A Tusiad recebeu uma carta assinada pelo vice-secretário do Tesouro dos EUA, Adewale Adeymo, sobre o risco de sanção para as empresas na Turquia que mantêm relações com pessoas e instituições afetadas pelas sanções contra a Rússia", disse a organização patronal em comunicado.

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A carta, datada de segunda-feira e cujo conteúdo foi divulgado pelo jornal Wall Street Journal (WSJ), alerta que as empresas turcas correm um "risco maior" diante "das tentativas da Rússia de usar" a Turquia "para escapar das sanções".

“As empresas turcas não podem esperar poder negociar com indivíduos ou entidades russas sancionadas e manter laços com os Estados Unidos [...]. Os bancos turcos não podem esperar ter laços com bancos russos sancionados e manter seus relacionamentos com bancos mundiais nem podem ter acesso a dólares americanos", alertou o Departamento do Tesouro na carta enviada a duas organizações patronais turcas, segundo o WSJ.

O presidente russo Vladimir Putin e seu colega turco Recep Tayyip Erdogan haviam anunciado, no início de agosto, um acordo para reforçar a cooperação energética e econômica, após sua reunião na cidade russa de Sochi.

Turquia, um país-membro da Otan, também anunciou o pagamento parcial em rublos do gás russo e que o sistema russo de pagamentos "Mir" seria utilizado por mais bancos turcos.

Segundo dados oficiais, as exportações turcas para a Rússia entre maio e julho aumentaram quase 50% em relação ao ano anterior.

A Turquia, que rapidamente condenou a ofensiva russa na Ucrânia, optou pela neutralidade entre os dois países e não apoiou as sanções ocidentais contra Moscou.

No momento, as autoridades turcas não reagiram oficialmente à carta do Departamento do Tesouro.

Ao menos 34 pessoas morreram e cerca de 60 ficaram feridas neste sábado (20) no sudeste da Turquia em dois acidentes rodoviários, ocorridos com poucas horas de diferença.

No primeiro acidente, um ônibus bateu em uma ambulância, um caminhão dos bombeiros e um veículo com uma equipe de jornalistas na estrada entre Gaziantep e Nizip, deixando 15 mortos e 31 feridos, segundo o governado da província de Gaziantep, que horas antes havia reportado 16 vítimas fatais.

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Três trabalhadores de saúde, três bombeiros e dois jornalistas da agência turca Ilhas estão entre as 15 vítimas fatais, segundo veículos de comunicação locais.

Imagens divulgadas pela agência turca DHA mostraram a parte traseira da ambulância parcialmente arrancada e o ônibus virado de lado, com a parte da frente destruída.

O motorista do ônibus que provocou o acidente múltiplo está sendo interrogado pelos gendarmes da província de Gaziantep para esclarecer o ocorrido, segundo a DHA.

- Caminhão sem freios -

Poucas horas depois, um caminhão que perdeu os freios atropelou uma multidão da cidade de Derik, 250 km a leste do primeiro acidente, matando 19 pessoas e ferindo 26, informou o ministro turco da Saúde, Fahrettin Koca.

"O número de pessoas que pederam a vida no acidente (...) infelizmente subiu para 19. O número de feridos é de 26, incluídos seis em estado grace", informou o ministro no Twitter, atualizando o balanço anterior de 16 mortos.

"O acidente foi provicado pelo rompimento dos freios de um caminhão, que atropelou uma multidão em Derik", província de Mardin, destacou o ministro na mesma rede social.

Vídeos publicados pela mídia turca mostram o momento em que o motorista do caminhão perde o controle do veículo e arrasta pela frente a toda velocidade os veículos que estavam em seu caminho e pedestres em pânico.

A agência oficial turca Anadolu reportou que pouco antes havia ocorrido no mesmo local um acidente entre três veículos e que as equipes de emergência estavam ainda no local do acidente quando o caminhão atropelou a multidão.

O ministro da Justiça, Bekir Bozdag, anunciou a abertura de uma investigação do gabinete do procurador-geral de Derik sobre o duplo acidente, segundo a Agência Anadolu.

"Desejo misericórdia (...) a nossos cidadãos que perderam a vida (...) Todos os nossos meios estão mobilizados", tuitou o ministro, desejando a "pronta recuperação dos feridos".

O ministro do Interior, Suleyman Soylu, tinha previsto ir até o local dos fatos na noite deste sábado, representando o presidente Recep Tayyip Erdogan, noticiou a Agência Anadolu.

Foguetes caíram do lado de fora do consulado turco nesta quarta-feira (27) em Mossul, uma cidade no norte do Iraque, disseram à AFP uma fonte de segurança e um deputado, causando danos materiais na área.

Esses tiros ocorreram poucos dias depois que o Iraque acusou a Turquia de bombardear um centro turístico na região do Curdistão iraquiano (norte) em 20 de julho, matando 9 civis e ferindo outros 23.

Após este ataque, o Iraque exigiu que a Turquia retirasse suas forças de seu território e chamou seu encarregado de negócios para Ancara, denunciando uma "violação flagrante" de sua soberania.

A Turquia negou qualquer responsabilidade pelo ataque ao centro turístico, dizendo que o responsável foi o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que realiza uma insurreição contra Ancara desde 1984 e opera a partir de bases de retaguarda no norte do Iraque, onde o exército turco o ataca regularmente.

Segundo uma fonte de segurança, "quatro granadas de morteiro caíram durante a madrugada de terça para quarta-feira perto do consulado turco em Mossul, na região de Al-Hadba, sem deixar vítimas, apenas pequenos danos materiais".

Os disparos não foram reivindicados.

O consulado da Turquia está localizado em uma área residencial onde, segundo um cinegrafista da AFP, houve danos em um carro civil estacionado a cerca de 100 metros do consulado e as janelas de uma das casas ficaram destruídas.

Por sua vez, o deputado da província de Nínive, cuja capital é Mossul, Shirwan Dobardani, confirmou que "quatro foguetes caíram no setor do consulado, ao norte de Mossul", fazendo referência a "danos materiais em automóveis dos moradores".

O ministério das Relações Exteriores turco denunciou "o ataque contra o Consulado Geral de Mossul nas primeiras horas de 27 de julho" em um comunicado publicado nesta quarta-feira, pedindo "às autoridades iraquianas que protejam as missões diplomáticas e consulares e levem os autores do ataque à Justiça o quanto antes".

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