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De que forma o uso de agentes autônomos computacionais ou bots no contexto da internet tem influenciado a execução de processos informacionais e a interação com os seres humanos? Este foi um dos questionamentos levantados – e confirmados – pela tese de doutorado “A Influência dos Bots em Processos Informacionais: limitações, benefícios e desdobramentos”, de Camila Oliveira de Almeida Lima.

O estudo foi defendido, em 2022, no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e teve orientação da professora Sandra de Albuquerque Siebra, do PPGCI e do Departamento de Ciência da Informação.

Um bot – forma reduzida da palavra robot – é um software que executa tarefas automatizadas, repetitivas e pré-definidas. Por ser automatizado, ele é capaz de executar uma infinidade de processos informacionais em uma velocidade superior à dos seres humanos e em áreas tão diversas como saúde, educação, comércio e jurídica.

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“Uma das coisas que mais me chamou a atenção durante a pesquisa foi essa versatilidade dos bots em executar diferentes tipos de processos informacionais de forma autônoma, ou seja, sem intervenção humana na realização das atividades”, afirma Camila Lima. 

Processos informacionais para os quais é possível especificar uma lógica, por exemplo, são facilmente desempenhados por esses agentes, sem intervenção humana e com um bom nível de precisão, o que torna essas ferramentas atraentes para empresas e organizações. No entanto, conforme ressalta Camila, esses softwares ainda possuem limitações quando o processo informacional envolve cognição, empatia e criatividade, consideradas habilidades humanas.

Durante o estudo, Camila se deparou com três situações: uma na qual os processos eram realizados exclusivamente por seres humanos; outra, em que o trabalho era desenvolvido de forma híbrida, com validação humana; e uma terceira, na qual a ação era realizada pelos bots de forma incompleta ou com falhas de execução. Nesse caso, ao invés de apenas pontuar que não havia compreendido a mensagem recebida, o bot oferecia alternativas para tentar descobrir o que o usuário desejava para poder atender sua necessidade informacional. Tal cuidado foi visto como uma medida de segurança, uma vez que os agentes autônomos providos de mecanismos de aprendizagem mais complexos e evoluídos podem agir de forma imprevisível.

“Os bots possuem uma programação inicial que é feita por humanos, e isso já pode influenciar o comportamento deles. Contudo, ao passo que o bot é disponibilizado em rede, ele assume sua personalidade de acordo com as interações e o contexto, podendo adotar padrões benéficos, melhorando a eficiência em determinados processos; como de forma maléfica, propagando desinformação ou violando princípios éticos e legais”, alerta Camila.

Arte: Asscom/UFPE

Com base nisso, a pesquisadora destaca a importância de serem consideradas as implicações éticas, morais e legais relacionadas ao uso dessas ferramentas na interação com a informação. “Houve casos nos quais os bots violaram essas restrições, levantando questões importantes sobre a necessidade de regulação e diretrizes para seu uso responsável”, afirma Camila Lima.

ANÁLISE

Para obter os resultados apresentados na tese, Camila Lima fez um mapeamento da literatura envolvendo o tema, a análise documental e a observação direta da utilização de alguns bots. Para essa observação, ela analisou nove casos distintos nos quais os bots foram protagonistas ativos a fim de verificar os processos informacionais executados, limitações, benefícios, desdobramentos e também a influência em temáticas da área de Ciência da Informação para entender se o comportamento das pessoas poderia ser afetado pela interação com esses agentes computacionais. Os critérios utilizados para a escolha foram abrangência, impacto social da ferramenta, casos reconhecidos pela sociedade e comunidade científica e, principalmente, a existência de informações suficientes para a investigação.

Os chatbots mapeados e listados na tese, assim como aqueles analisados especificamente por Camila, tinham finalidade benigna e influenciaram positivamente seus usuários, motivando-os, orientando-os, informando-os e, em alguns casos, favorecendo o aprendizado. Com relação aos socialbots, segundo tipo de mecanismo mais mencionado nas produções analisadas pela pesquisadora, verificou-se que o cenário mudou um pouco, uma vez que foram encontrados casos de sistemas que atuaram tanto de forma benigna como maligna. Chatbot é um tipo de bot que se concentra na comunicação, enquanto que o socialbot é um software que se comunica de forma autônoma nas redes sociais.

Entre os episódios analisados por Camila está o das eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos, quando o conteúdo propagado artificialmente pelos bots enfraqueceu o debate político, influenciando opiniões e revertendo votos em favor do candidato republicano Donald Trump – estima-se que 81,9% do conteúdo automatizado sobre as eleições indexado no Twitter envolvia alguma mensagem pró-Trump, o que sufocava as mensagens contrárias ao republicano ou a favor de sua oponente. O mesmo fenômeno foi observado nas eleições presidenciais de países como México, Rússia, Venezuela e Brasil.

Outro contexto apresentado por Camila foi o uso de bots na análise da qualidade da informação publicada na Wikipédia, enciclopédia on-line de licença livre escrita de maneira colaborativa. Os bots presentes nesse ambiente têm por finalidade atuar de forma autônoma na correção do conteúdo inserido por humanos ou por outras máquinas, estando em constante processo de aprendizado. Isso já levou a situações, conforme explica a pesquisadora, nas quais os softwares entraram em conflito entre si e com os internautas a fim de manter na plataforma as informações na forma como julgavam corretas.

CAMINHO SEM VOLTA

Além da necessidade de uma regulamentação envolvendo o uso de bots, o trabalho de Camila ressalta que é preciso que o profissional da informação considere a presença e atuação desses agentes autônomos em suas pesquisas e estudos – uma vez que a realidade atual é marcada pela interação cotidiana entre máquinas e pessoas. Traz ainda como reflexão a importância de que sejam delimitados os papéis e responsabilidades tanto dos atores humanos como dos não humanos.

“Para garantir uma relação saudável e equilibrada, é essencial que sejam estabelecidas regulamentações adequadas para o uso de bots, especialmente no que diz respeito à ética e à proteção dos Direitos Humanos. Os profissionais da informação e pesquisadores da área devem continuar acompanhando de perto esses avanços tecnológicos e compreender como os bots afetam os processos informacionais, a fim de garantir o desenvolvimento responsável e ético dessas tecnologias”, afirma Camila.

Imagem: Pixabay

Deixa ainda um aviso para aqueles que ainda não perceberam a crescente presença desses softwares em nosso dia a dia – tanto em quantidade como em relevância.

“A relação entre seres humanos e bots/chatbots continuará a se desenvolver e evoluir. Este é um caminho sem volta”, diz. “Não há mais como pensar que os bots e a inteligência artificial não farão mais parte do nosso cotidiano, pois já o fazem em vários aspectos, mesmo quando não percebemos. Certamente, todo mundo tem um celular ou utiliza redes sociais. Essas ferramentas, tão comuns de nosso dia a dia, têm uma inteligência artificial sofisticada que conhece cada usuário tão profundamente a ponto de sugerir conteúdos relevantes para cada um”, completa Camila Lima.

Camila finaliza: “É crucial que o fator humano, com suas características únicas, continue sendo valorizado e preservado, evitando que sejamos meramente direcionados por algoritmos; e preservando nossa capacidade de sermos críticos, emocionais e conscientes em nossas interações com a informação na era da inteligência artificial.”

NÚMERO CRESCENTE

De acordo com o Mapa do Ecossistema Brasileiro de Bots mais recente, publicado em agosto do ano passado, de 2020 a 2022, a quantidade de bots produzidos no Brasil triplicou, passando de 101 mil para 317 mil. O dado reforça a necessidade de atenção ao tema.

Mais informações

Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFPE

(81) 2126.7754

ppgci@ufpe.br

 

Por Anderson Lima, da assessoria da UFPE

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) abriu, na última quarta-feira (23), o edital para inscrição do Programa de Pós-Graduação em Psicologia 2024 (PPGPSI). As inscrições vão até 17 de setembro por meio de formulário eletrônico.  

O PPGPSI está ofertando 18 vagas para Mestrado e sete vagas para Doutorado. Não há obrigatoriedade do preenchimento de todas as oportunidades.

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Para mestrado é exigido comprovação de término do curso de graduação reconhecido pelo MEC em psicologia ou em outra área de conhecimento. Para o Doutorado é exigido comprovação do término do curso de mestrado reconhecido pela Capes/MEC em Psicologia ou outra área de conhecimento.

Outras informações AQUI.

Nesta sexta-feira (18), será realizado mais um evento do Pernambuco Challengers. Será no hall do Complexo de Convenções, Eventos e Entretenimento da UFPE, das 9h às 15h. Haverá futebol de robôs, arena de batalhas de robôs, entre outras modalidades de competição e de demonstração. Participarão equipes da UFPE (Mandacaru Aerodesign, RobôCIn e Maracatronics) e da UPE (Caboclo Aerodesign, Tenpest Aerodesign e Carranca).

Nos dias 26 e 27 deste mês, será a vez da etapa de aerodesign, no aeródromo AeroTamboril em Paulista, com a participação de equipes da UFPE, UFRPE e UPE. Além da competição, será possível ver aeromodelos voando e realizando acrobacias. O evento ocorrerá das 9h às 17h, nos dois dias.

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*Da assessoria 

Alunos da UFPE denunciaram a estrutura do Centro de Artes e Comunicação, que estaria sofrendo processo de sucateamento. Foram relatados problemas como goteiras nas salas de aulas, ar condicionado, que teria caído e foi deixado no chão, entre outras reclamações.

Entre as denúncias feitas, está a da instalação de um novo elevador, contudo, já existe um aparelho no prédio. “A gente começou a discutir as políticas de acessibilidade do centro, que não tinha dentro do CAC. Quando falo que não tinha, é porque só tem um elevador dentro do prédio e esse elevador constantemente quebra.” Conta Emanuell George, estudante de Publicidade e Propaganda.

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Em nota, a Ascom da UFPE afirmou que o antigo elevador funciona, mas não consegue atender aos requisitos de acessibilidade, já que é um elevador de carga, usado sob demanda. Por isso o novo está sendo instalado. Além de novas rampas estarem sendo instaladas para atender de melhor forma PCDs (pessoas com deficiências).

As obras de acessibilidade teriam afetado diretamente alguns estudantes, como conta o estudante de Publicidade e Propaganda: “O Departamento de Música foi retirado de onde era para a construção da rampa que dá acesso ao teatro Milton Baccarelli, até então eles estão sem prédio dentro da Universidade”.

A equipe também achou outros pontos no prédio que põe em risco a segurança dos alunos, como alguns trechos do CAC com grades pelo chão e com pouca sinalização para avisar os transeuntes. Também foi informado que, em algumas salas de aulas, existem goteiras e que, num dos auditórios, um ar-condicionado caiu e foi deixado no chão ligado. “Fizeram alguma gambiarra pra que ele funcionasse direto no chão, não tem muito como regular a temperatura e ele faz bastante barulho”, conta um dos alunos que preferiu não se identificar.

Salas do Departamento de Dança e de Letras teriam sido interditadas em função de riscos no teto e por causa de goteira. “Os tetos das salas de aula estão com muita infiltração e a gente não pode nem ligar o ar-condicionado, porque se ligar explode” diz Emanuell.

A Ascom informou que o ar-condicionado se encontra no chão de forma intencional por causa da reforma estrutural que o prédio vem passando e que foram investidos sete milhões de reais na obra, que visa revitalizar todo o teto do prédio e melhorar as condições de acessibilidade. Além disso, foi informado que alguns aparelhos podem se encontrar no chão esperando a equipe de manutenção.

Alguns alunos também acabaram se queixando da qualidade da água dos bebedouros e da sua proximidade com o banheiro. “É comum faltar água lá, eu mesmo não pego água nos bebedouros”, nos contou, em anonimato, outro estudante.

Na nota, a UFPE informa que já solicitou a análise da qualidade da água e que, mesmo assim, a Universidade está em processo de mudança no contrato de fornecimento de água em todo o campus.

Interessados em realizar os cursos de idiomas da Coordenação de Línguas para Internacionalização (Cling), ligada à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), podem se inscrever até 25 de agosto, através do portal de cursos. As formações são ofertadas no formato presencial e remoto, a depender da língua estrangeira escolhida pelo estudante.

De acordo com a UFPE, a iniciativa não cobra uma mensalidade, mas o valor para todo semestre, que é diferente para cada idioma. Assim, os interessados em estudar italiano deverão pagar taxa única no valor de R$ 150. Já para espanhol, é necessário efetuar o pagamento da matrícula (R$ 150), além da taxa do semestre (R$ 280).

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Os estudantes que desejam aprender inglês, francês e alemão, precisam pagar taxa de matrícula de R$ 150 e uma semestralidade que varia de acordo com o público: estudantes da UFPE e UFRPE pagam R$ 280 pelo semestre; servidores das duas instituições pagam R$ 400 pelo semestre; e público externo paga uma taxa de R$ 600 pelo semestre.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) lançou edital de processo seletivo para o Programa de pós-graduação em geografia. A instituição oferece 39 vagas para o curso de mestrado e 14 para o curso de doutorado no ano letivo de 2024. O processo de inscrição se iniciou na última segunda-feira (31), através do do portal eletrônico 'Sigaa', e segue até 17 de agosto.

Os interessados em participar da seletiva para o curso de mestrado precisam ter graduação em geografia e áreas afins. Já para o doutorado, é necessário ter mestrado, realizado em instituições reconhecidas pela Capes. Os dois processos seletivos são divididos em quatro etapas: homologação das inscrições, provas de conhecimento e de suficiência do idioma, arguição do projeto de pesquisa e avaliação do currículo. Os resultados, de acordo com a UFPE, serão divulgados no dia 1 de dezembro e as aulas terão início em 2024.

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O Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco, abre inscrições para os cursos de mestrado e doutorado. Os interessados devem se candidatar às vagas pelo Sigaa do dia 7 de agosto a 14 de agosto.

São 35 vagas para mestrado e 19 para doutorado, distribuídas nas duas linhas de pesquisa: Mídia, Linguagens e Processos Sociopolíticos; Estética e Culturas da Imagem e do Som. Serão reservadas 30% das vagas para ações afirmativas e uma vaga adicional será destinada para servidores da UFPE. 

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Para o curso de mestrado é exigido graduação na área do programa ou área afim. Com relação ao doutorado, é exigido mestrado na área do programa ou área afim, em instituição reconhecida pela CAPES ( Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). 

Para conferir mais detalhes, acesse o edital.

A Universidade Federal de Perenambuco (UFPE) reduzirá o expediente durante os jogos da Seleção Brasileira feminina, na primeira fase, da Copa do Mundo. De acordo com o comunicado da instituição federal, a modificação dos horários das atividades acadêmicas está conforme a Portaria MGI nº 3.814, de 17 de julho de 2023 do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

Assim, no dia 24 de julho, que é a estreia da Seleção na competição [contra o Panamá], o expediente se iniciará às 12h. Já no dia da realização da partida, prevista para às 7h, em 2 de agosto, as atividades começarão às 11h. Ou seja, os trabalhos na UFPE terão início duas horas após a finalização dos jogos. 

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Além disso, a instituição recomenda que não haja agendamento de avaliações de aprendizagem e atendimento presencial ao público nessas datas. No que se refere às atividades acadêmicas de reposição é necessário observar as orientações da Pró-Reitoria de Graduação da universidade.

O Curso de Línguas Popular Aberto à Comunidade (Clipac), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), está oferecendo, para o segundo semestre deste ano, 245 vagas em cursos de nível iniciante para os idiomas de inglês, espanhol e francês. As inscrições se iniciam nesta sexta (14), às 20h e vão até o dia 16, às 23h.

Para concorrer a uma das vagas é preciso realizar uma pré-matrícula através da inscrição on-line. O critério para preenchimento das vagas nas turmas de A1.1 será a ordem de inscrição, já para ingressar nas turmas de A1.2 é preciso ter cursado o primeiro módulo do curso (A1.1) no projeto ou ser aprovado no teste de nivelamento oferecido pelo projeto.

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Com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino de línguas estrangeiras para estudantes de escolas públicas, oriundos de espaços populares, o Clipac oferece cursos de idiomas de forma gratuita e turmas remotas em algumas modalidades.

O Clipac faz parte das ações desenvolvidas pelo PET Conexões Gestão Político-Pedagógica (PET GPP) da UFPE, programa de educação tutorial promovido pelo Ministério da Educação (MEC) e vinculado à Pró-Reitoria de Graduação.

No ato da matrícula, é necessário pagar uma taxa de colaboração, no valor de R$ 25,00. O edital completo, contendo todas as orientações, pré-requisitos exigidos para realização da matrícula, bem como o link para cada modalidade disponível está no site do PET GPP, na aba Portal Clipac. 

Outras informações:

PET GPP no Facebook

PET GPP no Instagram @petgpp 

petconexoes.gpp@ufpe.br

Uma nova pesquisa científica desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical da UFPE deu origem a dois artigos que trazem informações importantes sobre pessoas idosas diagnosticadas com HIV.

O estudo foi conduzido pela médica auditora e preceptora da Residência Médica em Geriatria do Hospital das Clínicas (HC) da UFPE, Isaura Romero Peixoto, e constatou um processo de envelhecimento precoce nesses indivíduos, que pôde ser identificado por meio de uma estimativa de idade biológica utilizando inteligência artificial, bem como a baixa contagem de linfócitos T CD4+, disglicemia (pré-diabetes e diabetes) e uso de cannabis como fatores associados ao problema.

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Além de Isaura, a professora Heloísa Ramos Lacerda e a doutoranda Ladjane Santos Wolmer de Melo também participaram do desenvolvimento da pesquisa.

Os artigos são “Factors associated with early biological aging in older people with HIV (Fatores associados ao envelhecimento biológico precoce de idosos com HIV)” e “Older people living with HIV and antiretroviral therapy: The prevalence of dysglycemia and risk factors (Idosos vivendo com HIV e antiretroviral: a prevalência de disglicemia e fatores de risco)”. 

Eles foram apresentados nos congressos Advanced Cardiology & Cardiovascular Research (Reino Unido), Advances in Clinical Research & Trials (Reino Unido) e Future of Preventive Medicine & Public Health (Espanha), renomados eventos internacionais ocorridos em março deste ano.

O estudo ainda envolveu a análise de dados de uma amostra de pessoas vivendo com HIV/aids e estão em tratamento com Terapia Antirretroviral (TARV), que são atendidos em ambulatórios especializados do Hospital Universitário Oswaldo Cruz da Universidade de Pernambuco (UPE) e do Hospital das Clínicas da UFPE, uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

O Boletim Epidemiológico HIV/Aids publicado pelo Ministério da Saúde, em dezembro de 2022, reforça o aumento da infecção entre a população envelhecida. Mesmo com a pandemia da covid-19, foram registrados 1.517 casos de HIV entre os brasileiros mais velhos em 2021, representando um aumento em relação ao ano anterior (2020), quando mais de 1.200 pessoas idosas foram diagnosticadas com a infecção.

“Estudos apontam como causas para esse evento a falta de informação por parte das pessoas idosas, decorrente do fato dos profissionais de saúde acharem que as pessoas idosas são assexuadas”, diz a médica Isaura.

A pesquisadora, por sua vez, ainda ressalta que a falta de uso de preservativo por pessoas idosas é uma das causas da infecção pelo HIV, assim como a persistente crença de que o vírus afeta exclusivamente pessoas homossexuais, destacando a utilização de uma abordagem mais abrangente para esse público.

“Estudos como esses alertam para a necessidade de campanhas de prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) que envolvam pessoas com 60 anos ou mais. Precisamos dar visibilidade à pessoa idosa”, acrescenta.

Da assessoria da UFPE

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) divulgou, nesta segunda-feira (10), o edital de concurso público com 113 vagas. As oportunidades oferecidas pelo certame são para os níveis médio e superior e os salários variam entre R$ 2.667,19 a R$ 4.556,92.

De cordo com o cronograma do processo seletivo, o período de inscrições vai de 25 de julho a 14 de agosto. Ainda segundo o calendário, a prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório exclusiva para o cargo de Assistente em Administração, está prevista para 22 de outubro. Já a avaliação para cargos dos níveis D e E será em 29 do mesmo mês.

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Cargos, vagas e salários

- Nível médio/técnico-

Assistente em administração

70 vagas

salário de R$ 2.667,19

Técnico em contabilidade

20 vagas

salário de R$ 2.667,19

Técnico de Tecnologia da Informação/Sistemas

13 vagas

salário de R$ 2.667,19

Técnico em Enfermagem

2 vagas

salário de R$ 2.667,19

Técnico em Farmácia

1 vaga

salário de R$ 2.667,19

-Nível superior-

Administrador

2 vagas

salário de R$ 4.556,92

Engenheiro/Elétrica

1 vaga

salário de R$ 4.556,92

Analista de Tecnologia da Informação/Sistemas

3 vagas

salário de R$ 4.556,92

Produtor Cultural

1 vaga

salário de R$ 4.556,92

O expediente administrativo e acadêmico da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) está suspendo na manhã desta sexta-feira (30). A informação foi divulgada pela administração do centro de ensino.

A medida foi tomada por conta das fortes chuvas que caem desde a madrugada e do alerta emitido pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac). Ao longo do dia a administração informará sobre o expediente da tarde e da noite.

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A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) divulgou o edital de concurso para professor do magistério superior. O concurso está disponibilizando 40 vagas para os cargos de professor adjunto, que exige doutorado, e de professor assistente, que requer título de mestre.

As oportunidades estão divididas em 30 para ampla concorrência, oito destinadas a pessoas negras e duas voltadas a pessoas com deficiência (PcD). As vagas estão distribuídas entre 26 unidades acadêmicas ligadas a 12 centros, incluindo os do interior.

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As inscrições vão até o dia 23 de julho. O prazo para pedir isenção de pagamento da taxa de inscrição vai até 30 de junho.

Cada unidade acadêmica deve divulgar um cronograma de provas, que devem ser realizadas entre 25 de setembro e 20 de outubro. As etapas do concurso acontecem nos campi da UFPE, localizados no Recife, Vitória de Santo Antão e Caruaru.

O certame está dividido em quatro etapas: prova escrita, prova didática, defesa de memorial e prova de títulos.

De acordo com o edital, os centros, departamentos e núcleos podem aplicar, adicionalmente, provas práticas e defesa de plano de trabalho.

O projeto de extensão Pirráias da Periferia, criado em 2009 pelo professor do Centro de Educação da UFPE, José Luís Simões, retoma as atividades neste mês de junho/2023. A iniciativa vai atender mais de 300 crianças e adolescentes, de 8 a 17 anos, com práticas esportivas, aulas de futebol e apoio psicopedagógico nos bairros do Coque, Várzea, Linha do Tiro, Morro da Conceição, Ibura (UR-5) e Vasco da Gama. O projeto passará por uma ampliação, a partir de julho, para abranger também a comunidade da Portelinha, em San Martin.

Para participar basta entrar em contato, através do direct do Instagram do projeto @pirraiasdaperiferia, ou pelo whatsapp (81) 99601-4282. A inscrição é efetivada após a comprovação da matrícula escolar da criança ou adolescente e da autorização do pai/mãe ou responsável.

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O objetivo do projeto é unir esporte e educação em favor do fortalecimento da cidadania de jovens das periferias do Recife. Além do professor José Luís, outras 29 pessoas – entre professores, pesquisadores, estudantes e lideranças comunitárias – compõem a equipe que executa as atividades de forma voluntária. Com a extensão do projeto para Portelinha, a expectativa para 2022 é atender mais de 400 crianças e adolescentes.

Segundo o Prof. José Luís, ‘’ o Pirráias da Periferia já ajudou dezenas de jovens a ingressar na universidade, foi fonte de pesquisas científicas e artigos acadêmicos e, em 2018, virou história em quadrinhos pela Editora Liceu, com roteiro do Professor Fábio Paiva (DFSFE/CE).’’

Em 2021, o projeto contou com um estande na Bienal do Livro de Pernambuco e motivou o professor da UFPE a pedalar do Recife a São José dos Campos (SP), em uma campanha de arrecadação de doações para a realização do Festival Pirráias da Periferia, que aconteceu no mês de dezembro daquele ano, no Núcleo de Educação Física da Universidade, e conseguiu distribuir mais de 100 pares de chuteiras novas para as crianças atendidas pelo projeto.

Em 2023, além da ampliação do projeto, a expectativa é de participação da Bienal do Livro de Pernambuco com estande próprio, além de publicações que serão lançadas durante o ano, inclusive, na plataforma de lançamentos da Bienal do Livro.

Abaixo, o calendário do projeto:

06 a 15/06: Inscrições para novas/os voluntárias/os (pelo Instagram ou Whatsapp)

06/06 a 30/06: inscrição de crianças e adolescentes (pelo Instagram ou Whatsapp)

17/06, 10h, no hall do Centro de Educação: reunião com equipe do projeto

01/07: Início das atividades nos polos do Coque e Morro da Conceição

07/07: Início das atividades no polo Linha do Tiro

08/07: Início das atividades nos polos Ibura (Ur-5) e Várzea

15/07: Início das atividades no polo Portelinha

Da assessoria

Estão abertas as inscrições para o processo seletivo do ano letivo 2023 do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para o Mestrado em Gestão Pública para o Desenvolvimento do Nordeste. O edital foi publicado no Boletim Oficial de Nº 38/2023 da UFPE. O cadastro dos candidatos deve ser realizado do dia 19 ao dia 30 de junho.

O certame é composto por três etapas, sendo elas: homologação das inscrições, avaliação do currículo Lattes e Avaliação do Resultado do Teste Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (Anpad). Serão oferecidas 33 vagas, sendo 30 destinadas aos servidores da Universidade e três para o público geral, com 30% destas reservadas para as ações afirmativas.

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Os interessados devem se inscrever através do portal público de processos seletivos do Sigaa. A taxa de inscrição custa R$ 50,00, devendo ser pago até o dia 2 de julho, conforme boleto gerado pelo Sigaa após inscrição. O resultado final será disponibilizado no dia 18 de agosto, das 8h às 17h.

Por Gustavo Arland

Estudantes residentes de saúde coletiva e agroecologia da Universidade de Pernambuco (UPE), desenvolveram um texto-manifesto contrário ao marco temporal, assunto que vem colocando ruralistas e povos originários em lados opostos. Os discentes além de dizerem que o Projeto de Lei coloca em risco a vida de indígenas, também afirmam que a proposta impactará negativamente na preservação dos biomas brasileiros.

O marco temporal que é tão defendido por ruralistas, determina que a demarcação de uma terra indígena só pode acontecer se for comprovado que os indígenas estavam sobre o espaço requerido em 5 de outubro de 1988, quando a Constituição atual foi promulgada. Sendo assim, grande parte da população indígena de todo o território nacional perderia suas terras.

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''Historicamente os povos indígenas vem garantindo a preservação da natureza, em toda sua diversidade, e resistindo ao processo de destruição ambiental desde o início da colonização, que se fez pela morte, expulsão e exploração desses povos. Negar o território é negar culturas, conhecimentos, modos de vida e vivências de espiritualidade que se dão na relação com a terra. É, portanto, violentar esses guardiões e ameaçar local e globalmente tudo aquilo que sustenta a vida e a saúde'', escreveu os estudantes no documento que já obteve centenas de assinaturas de associações, movimentos sociais e laboratórios que também não concordam com a proposta.

No dia 30 de maio, a Câmara dos Deputados aprovou o marco temporal. Na votação, 283 parlamentares foram favoráveis ao PL, 155 contra e uma abstenção.

Assim como os estudantes da UPE que tentam impedir a evolução do projeto de lei, lideranças políticas contrárias e indígenas estão realizando protestos em todo o Brasil para com que a proposta seja barrada no Senado Federal.

''O PL foi aprovado em regime de urgência na Câmara dos Deputados (ou seja, sem passar por comissões e debates com a sociedade) e agora segue para votação no Senado Federal. Caso seja alterado, volta para a Câmara, e, se for aprovado, segue para sanção presidencial. Já a ‘tese do Marco Temporal’ (Parecer 001/2017 da AGU) vai ser votada pelo Supremo Tribunal Federal no dia7 de junho'', explica o texto-manifesto.

 

Pratos sujos e empilhados, acumulados até não sobrar mais espaço por falta de recolhimento. Essa foi a situação de um vídeo gravado por estudantes no Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), localizado na Várzea, Zona Oeste do Recife.

Nas redes sociais, um estudante divulgou fotos e vídeos que mostram pratos com restos de comida acumulados, inclusive alguns quebrados no chão do refeitório por conta da falta de espaço. Na publicação, outros estudantes reclamaram da situação.

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“A situação estava tensa mesmo!”, afirmou um dos internautas nos comentários. “Ontem, enquanto eu comia, eu contei 7 pratos quebrados do povo derrubando pq já tava virando empilhadeira”, disse outro.

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Em nota, a UFPE afirmou que o local dispõe de área reservada para o depósito dos pratos, e situações desse tipo acontecem quando os objetos não são colocados no local correto. “O recolhimento dos pratos é feito a partir de um procedimento que os usuários do restaurante os deixam num ponto específico. Quando as pessoas não seguem o procedimento, eventualmente, pode acontecer uma retenção e/ou acidente”, disse a instituição, em nota.

Inúmeras foram as tentativas de Cassiano Oliveira da Silva, de 29 anos, até a aprovação em uma universidade pública. “Eu faço o Enem desde 2010, antes mesmo de terminar os estudos. Fiz dois anos por experiência”, conta em entrevista ao LeiaJá. Natural de Recife e oriundo de escola pública, ele passou boa parte da infância e adolescência trabalhando, ao lado dos pais e um dos irmãos, em um lixão localizado em Passira, no Agreste de Pernambuco. “A gente saiu de Cumaru para trabalhar em Passira porque tinha mais oportunidade. Meus pais, um irmão e eu trabalhávamos nesse lixão, que nem existe mais”, relembra.

Sem curso preparatório e com uma rotina dividida entre o trabalho em uma cooperativa de material reciclável, família e estudos, Cassiano conquistou a segunda colocação no curso de ciências biológicas, modalidade a distância, ofertado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). “Para esse Enem, em específico, a preparação foi em casa mesmo, porque de tanto fazer a prova, eu fui ganhando experiência. Eu estudava pelas provas passadas. Eu fazia de conta que estava fazendo o Enem de fato e depois eu ‘ia’ (sic) para a correção. As questões que eu errasse, eu buscava vídeos sobre o assunto no YouTube”, relembra.  

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Cassiano Oliveira montou uma cooperativa de material reciclável. Foto: Arquivo Pessoal

À reportagem, ele relata que os pais não tiveram acesso à Educação, no entanto, faziam questão dos três filhos se dedicarem aos estudos. "Meu pai dizia que na hora de trabalhar, a gente trabalhasse, e na hora de estudar, era para focar nos estudos". Era do lixão que a família do, agora, universitário tirava o sustento. O local de trabalho nunca foi motivo de vergonha para Cassiano ou da família.

Porém, na infância, o jovem foi alvo de preconceito na escola. "Na escola, quando eu era criança, alguns colegas falavam porque eu trabalhava no lixão, preconceito mesmo. Quando cheguei no ensino médio, isso mudou", diz. Foi nessa etapa educativa que ele pode compartilhar, não somente com os colegas de turma, como também com professores, todo conhecimento sobre meio ambiente adquirido no lixão. “Nas aulas de campo, quando o professor levava a turma para o lixão, por exemplo, eu dominava. Tinha coisas que nem ele sabia. Era o meu momento”, conta.

À reportagem, ele relata que os pais não tiveram acesso à Educação, no entanto, faziam questão dos três filhos se dedicarem aos estudos. "Meu pai dizia que na hora de trabalhar, a gente trabalhasse, e na hora de estudar, era para focar nos estudos". Era do lixão que a família do, agora, universitário tirava o sustento. O local de trabalho nunca foi motivo de vergonha para Cassiano ou da família.

Trabalhar no lixão nunca foi motivo de vergonha para Cassiano. Foto: Arquivo Pessoal

Com um trabalho que demanda tempo, cerca de 12 horas por dia, e esforço físico, para Cassiano restava apenas o horário da noite para estudar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). "Eu não estudava todos os dias, mas sempre estudava. Eu não tinha todo dia aquela obrigação, porque, devido ao cansaço do trabalho, não tinha como ter aquele foco. Muitas vezes, eu começava a ver uma videoaula e pagava no sono. Eu optei por fazer [estudar] realmente quando estava preparado para ver uma videoaula do começo ao fim", ressalta. 

Casado e pai de dois filhos, o jovem fala que todo o esforço valeria a pena. "Eu sabia que a partir do momento que eu tivesse me esforçando para estudar, eu poderia melhorar ainda mais a minha vida, através da Educação, e também ser uma referência para os meus meninos. Porque meu pai e minha mãe não tiveram a oportunidade que eu tive de estudar. Meus pais só fizeram a 1ª série do fundamental. Eu concluí o ensino médio e eu pensava que poderia ir além, chegar em uma universidade, ser uma referência. Sempre digo que o estudo é a única coisa que ninguém pode tirar da gente".

Em 2018, o jovem montou uma cooperativa. Foto: Arquivo Pessoal

A opção por ciências biológicas não foi por acaso. Ao LeiaJá, Cassiano relata que desde criança é interessado nas questões ligadas ao meio ambiente. "No ensino médio, minha maior vontade era fazer medicina veterinária. Mas, com o tempo, eu fui vendo que com a ciências biológicas era mais a minha identidade, eu poderia contribuir mais".

O curso escolhido pelo jovem é uma licenciatura. Questionado se seguirá a carreira de docência, o reciclador foi categórico. "Eu quero ser aquele professor mais de campo. Porque eu gosto muito do campo. Eu acredito que levar experiências desperta mais o interesse dos alunos. Eu quero chegar, justamente, para fazer essa diferença. Não quero ficar só na sala de aula, na teoria, mas levar os alunos para a prática".

A espera de Cassino para, finalmente, iniciar os estudos no ensino superior está próximo do fim. Com certo entusiasmo, ele conta que as aulas começam na próximas segunda-feira (29). "O curso é EaD e eu só vou precisar ir em Vitória [de Santo Antão] ou Limoeiro algumas vezes, só quanto for algo prático. O que for mais simples será em Limoeiro, já algo mais complexo será em Vitória. Estou muito ansioso. Esperei muito por isso".

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) divulgou o edital do concurso público que visa contratar 40 professores de magistério superior em diversas áreas do conhecimento com denominação de adjunto A e assistente A. 

As vagas são para atuação no Centro Acadêmico do Agreste, Acadêmico de Vitória, Artes e Comunicação, Biociências, Ciências Exatas e da Natureza, Ciências Médicas, Ciências da Saúde, Ciências Sociais Aplicadas, Educação, Filosofia e Ciências Humanas, Informática e Tecnologia e Geociências.

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O processo seletivo será dividido em quatro etapas, com prova escrita, didática, defesa de memorial e avaliação de títulos. O processo acontece nas cidades de Recife, Vitória de Santo Antão e Caruaru.

Os candidatos contratados terão que cumprir uma jornada de 40 horas semanais com regime de dedicação exclusiva. O contrato tem validade de dois anos e a remuneração mensal varia entre R$ 2.681,35 e R$ 10.481,64.

Interessados nas vagas podem se inscrever a partir do dia 23 de junho e até o dia 23 de julho, exclusivamente pela internet da UFPE mediante pagamento da taxa no valor de R$ 239,00.

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