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Por meio de vídeo, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) repudiou a ação do Conselho Regional de Educação Física (CREF) contra um professor do Colégio de Aplicação (CAP), ligado à instituição, ocorrida no dia 18 de maio. Na ocasião, o profissional foi retirado de sala de aula, na presença de alunos, por fiscais do Conselho acompanhados por policiais.

No comunicado, divulgado na noite da última terça-feira (23), o reitor da UFPE, Alfredo Gomes, afirmou que a universidade foi surpreendida pela conduta 'truculenta e irresponsável" do CREF. Além disso, ele salientou que ação da organização gerou uma "situação de risco e constrangimento professores e professoras, nossas crianças, nossos estudantes e o pessoal técnico-administrativo". 

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Alfredo Gomes ressaltou que a instituição possui profissionais no corpo docente e técnico atuando dentro da Lei. "O Colégio de Aplicação é um espaço de ensino, pesquisa e extensão. É um espaço tratado com isonomia, respeito e autonomia no desenvolvimento das suas funções". 

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CREF alega ilegalidade no Colégio de Aplicação

Através de nota, o Conselho Regional de Educação Física (CREF) alega ilegalidade no Colégio de Aplicação da UFPE. No comunicado, a organização afirma que a ação, em conjundo com a Polícia Civil, atuou em locais onde houve denúncia de exercício ilegal da profissão. 

"Um dos locais foi a quadra do Colégio de Aplicação da UFPE, onde segundo o quadro de atividades da escola, exposto em seu site, haveria a dinamização de atividades privativas do profissional de Educação Física por uma pessoa não habilitada. Já no local, foi identificado três pessoas que exercem atividades privativas do profissional de Educação Física sem habilitação, tais pessoas já haviam sido identificadas em outras ações de fiscalização e orientadas para se regularizar, contido ignoraram as determinações administrativas do CREF12/PE", diz trecho da nota de esclarecimento.

Ademais, o CREF reforça que a ação está dentro das obrigações legais "a fim de defender a sociedade e coibir o exercício ilegal da profissão regulamentada da Educação Física, diante disso, RENOVA o compromisso de seguir firme contra todos aqueles que atuam de forma ilegal, especialmente os que insistem em exercer a docência de Educação Física sem habilitação legal em todas as esferas (Municipal, Estadual e Federal)".

Foram dois anos e meio de espera para que estudantes e comunidade acadêmica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) pudessem novamente ter acesso ao restaurante universitário (RU). O equipamento, fechado desde 2020, reabriu oficialmente nesta quarta-feira (10) com a oferta das três refeições (dejejum, almoço e jantar).

Mesmo com alguns cursos de graduação em período de recesso acadêmico, um grande quantitativo de alunos da UFPE compareceu neste primeiro dia de funcionamento do RU. Com uma fila longa que ocupava grande parte da área externa do restaurante, os alunos aguardavam com certa impaciência a compra do ticket e, assim, ter acesso ao almoço, que já estava sendo servido desde às 12h. 

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Uma longa fila se formou na área externa do RU. Foto: Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

Ítalo Monteiro, estudante da pós-graduação em ciências biológicas, acompanhou todo processo do fechamento até a abertura do restaurante universitário da UFPE. Ao LeiaJá, ele, que aguardava na fila por cerca de 40 minutos, ressaltou que estava feliz com a estrega do equipamento, no entanto, chamou atenção para o tempo de espera e organização da fila. 

"Está uma fila só para comprar o ticket do RU, mas, está bem desorganizado, o processo de pagamento está bem lento. Acredito que seja porque é o primeiro dia. Acho também que é porque muita gente não fez o cadastro [biométrico] ainda e está fazendo hoje, então tem esse tumulto. Mas, também acho que poderia melhorar com a venda online do ticket ou qualquer outra opção para agilizar essa compra".

A espera de Débora da Silva, também estudante da pós-graduação, foi a mesma de Ítalo. "A gente está feliz com a volta, mas é um misto esta reabertura. Os valores das refeições estão maiores do que esperávamos. Não são todas as pessoas que conseguem pagar. Outra coisa, eu sou super a favor que haja um aplicativo que facilite essa compra do ticket. Isso iria melhorar essa fila, pelo menos, da entrada. Isso aqui está uma bagunça, está tudo bagunçado", frisou. 

Ítalo Monteiro (de barba e camisa cinza), Débora da Silva (no centro) e Erick Andrade (camisa cinza, à direita). Foto: Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

Após uma hora de espera, o graduando Erick Andrade viu a felicidade em ter novamente o restaurante universitário se transformar em cansaço. "Estou revoltado", brincou.

À reportagem, ele, que está no sexto período de licenciatura em ciências biológicas, relatou que estava na pausa e que teria que voltar em breve para terminar uma demanda no laboratório.

"Saí para almoçar, porque dou expediente no laboratório, e faz mais de uma hora que estou esperando. A gente ainda está na fila para comprar e, só assim, poder entrar. Para sanar isso é preciso ter vários pontos de venda para evitar essa aglomeração e a gente consiga cumprir a carga horária do dia a dia. Eu não trouxe almoço, nem dinheiro suficiente para comprar uma refeição fora", contou. 

Nathan Barbosa e Matheus Henrique são estudantes de engenharia e,mesmo de recesso, estavam presentes na reabertura do RUFoto: Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

A entrega do espaço aos estudantes e comunidade acadêmica foi feita durante o recesso acadêmico de algumas graduações. Mesmo assim, os alunos de engenharia da computação Nathan Barbosa e Matheus Henrique compareceram a reabertura do restaurante universitário. 

"Eu vim para a reabertura do RU para saber como ele estava. Eu tinha uma expectativa grande por esse momento. Achei a estrutura muito boa, mas um pouco de falta de organizações no começo, porque você chega aqui e não sabe como é que faz para entrar, como faz o pagamento.  Tem que ter alguma coisa antes. Você chega aqui e cadê os horários? Tem um monte de fila", aponta Nathan. 

Assim como a maioria dos alunos da instituição, Matheus está satisfeito em ter o equipamento funcionando novemente. Entretanto, ele pede para que a logística adotada nos próximos dias seja diferente. "Eu estive aqui ontem, no dia da distribuição gratuita da feijoada. Vejo que essa fila poderia ser evitada e espero que seja adotado um sitema, um aplicativo para a compra desse ticket. Ajudaria muito nessa organização". 

O que diz a UFPE

Em entrevista ao LeiaJá, o reitor Alfredo Gomes falou sobre as demandas pontuadas pelos estudantes da UFPE. "É tudo muito novo. Quem está cadastrado [biometria] não precisa pegar fila. Mas, tem alguns alunos que ainda não realizaram o procedimento. Além disso, temos aqui estudante com isenção total, que é um número bastante significativo, e parcial, além da comunidade toda da universidade. Isso, em um primeiro momento, a gente está tentando lidar", ressalta. 

Para o segundo dia de atividades no RU, a reitoria e Pró-Reitoria para Assuntos Estudantis (Proaes) da UFPE estudam demarcar os espaços na fila para manter a organização. "Como a gente está fazendo o cadastramento [biométrico], algumas pessoas estão aproveitanto para comprar o ticket dos próximos dias, o que vai facilitar esse impacto inicial".

À reportagem, Alfredo Gomes frisa que está feliz com a reabertura do RU após um período de pandemia e cortes orçamentários promovidos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). " Estamos abrindo o nosso restaurante ampliado. Passamos para 900 lugares. No próximo ano, sem sombra de dúvidas, o RU do CAV [Centro Acadêmico de Vitória], porque Recife tem [restaurante universitário], Caruaru tem e vai ter essa política estabelecida para o CAV".

O Reitor da UFPE, Alfredo Gomes (óculos), ao lado do Pró-Reitor Fernando José do Nascimento (à direita). Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

Funcionamento

O Restaurante Universitário funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h, fornecendo café da manhã, almoço e jantar aos alunos, servidores da UFPE e visitantes. De acordo com a instituição, os valores das refeições são: estudantes de graduação e pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado) - R$ 4,78 (almoço) e R$ 4,88 (janta); servidores e visitantes - R$ 11,95 (almoço) e R$ 12,20 (janta).

O café da manhã é destinado aos graduandos residentes das Casas dos Estudantes Universitários da UFPE. Para os demais, a reifeição terá o valor de R$ 10,31. Bolsistas e alunos em situação de vulnerabilidade social terão direito à gratuidade das alimentação.

Ainda segundo a instituição, a capacidade total é de até 8.200 refeições por dia. Uma outra novidade no equipamento é a substituição de itens descartáveis, como pratos, copos e talheres. "Esse é um dos novos desafios do restaurante", frisou a UFPE. 

Após dois anos de espera, os alunos e comunidade acadêmica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), campus Recife, terão acesso ao Restaurante Universitário (RU). Nesta segunda-feira (8), data fornecida pela instituição para a reabertura do RU, estudantes puderam visitar as novas instalações e realizar o procedimento de cadastro biométrico.

O LeiaJá esteve no local e a empresa responsável, a General Goods, ainda realizava ajustes em alguns equipamentos. Mas, de acordo com a comunicação da UFPE, isso não comprometerá a cronograma divulgado nos canais oficiais da universidade no último sábado (6).

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Segundo o calendário, na terça-feira (9), das 12 às 14h, haverá distribuição gratuita de feijoada, “mesmo para quem não está cadastrado ainda. Na quarta-feira (10), o restaurante abre a partir do café da manhã”, afirmou a Superintendência de Comunicação da UFPE à reportagem.

RU da UFPE, campus Recife. Foto: João Velozo/LeiaJáImagens/Arquivo

Funcionamento

O Restaurante Universitário funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h, fornecendo café da manhã, almoço e jantar aos alunos, servidores da UFPE e visitantes. De acordo com a instituição, os valores das refeições são: estudantes de graduação e pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado) - R$ 4,78 (almoço) e R$ 4,88 (janta); servidores e visitantes - R$ 11,95 (almoço) e R$ 12,20 (janta).

O café da manhã é destinado aos graduandos residentes das Casas dos Estudantes Universitários da UFPE. Para os demais, a reifeição terá o valor de R$ 10,31. Bolsistas e alunos em situação de vulnerabilidade social terão direito à gratuidade das alimentação. A nova estrutura comporta cerca de 350 pessoas e possui um ambiente climatizado.

Ainda segundo a instituição, a capacidade total é de até 8.200 refeições por dia. Uma outra novidade no equipamento é a substituição de itens descartáveis, como pratos, copos e talheres. "Esse é um dos novos desafios do restaurante", frisou a UFPE. 

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A espera

A demora para o reativação do espaço, fechado desde 2020, segundo a superintendência de comunicação, teve relação com imprevistos da empresa responsável pela obra , a General Goods, com fornecedores de materiais, como mesas e cadeiras, que não chegaram no prazo previsto. "Uma cláusula do contrato de licitação prevê a prorrogação em 30 dias do início da operação, que foi o que eles solicitaram", disse a comunicação.

A UFPE também esclareceu que durante todo período de inatividade do restaurante universitário, o alunos, com cadastro estudantil, receberam um auxílio extra destinado à alimentação. "Esse auxílio permanece sendo concedido", salienta a instituição. Além disso, a universidade reforça que "busca entender a assistência de uma forma mais ampla, que não se encerre apenas em repasse de recurso" e que a reitoria mantém um canal de diálogo com os diretórios acadêmicos, afim de atender a demanda estudantil.

O Colégio de Aplicação (CAp), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), oferta curso on-line e gratuito de francês para iniciantes. Ao todo, a formação conta com 60 vagas, sendo 50% das vagas destinadas à comunidade da UFPE (docentes, técnicos e discentes) e os outros 50% destinados à comunidade em geral (pessoas sem vínculo com a UFPE).

As inscrições devem ser feitas através do e-mail do professor Marlon Freire (marlon.melo@ufpe.br), que é o responsável pelo curso. As aulas serão entre os dias 8 de maio e 31 de julho, nas segundas e quartas, das 18h30 às 19h30. Apesar de ser uma iniciativa gratuita, os interessados precisam pagar uma taxa única de inscrição para receber o material didático.

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A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares em Pernambuco tornou público, nesta segunda-feira (24), o edital para o novo processo seletivo simplificado que visa a contratação temporária de três profissionais de nível superior.

As oportunidades são duas para o cargo de médico neonatologista, sendo uma reservada para pessoa com deficiência (PCDs), e uma para física médica - medicina nuclear. Os profissionais contratados irão trabalhar no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

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O período de inscrições vai até às 23h59 do dia 4 de maio e podem ser feitas virtualmente pela página da EBSERH na área de processos seletivos simplificados no Nordeste. A seleção será feita pela análise curricular, com avaliação de títulos e experiência profissional.

Os aprovados terão que cumprir uma jornada semanal de 24 a 40 horas e terão remuneração a partir de R$ 9.973,12 e que pode chegar até R$ 11.937,05. O edital tem validade de dois anos, sem direito a prorrogação.

Um estudante da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) é acusado de praticar crimes de ódio contra outros alunos da instituição. Segundo a denúncia, Fábio Leonardo de Lima, do curso de geografia, expõe falas racistas, gordofóbicas e de intolerância religiosa. Além disso, as acusações afirmam que ele persegue estudantes negros e os ameaça.

Em um áudio que circula nas redes sociais, Fábio Leonardo, que também foi aluno do Conservatório Pernambucano de Música, refere-se a algumas colegas de graduação como "neguinha, gorda e a macumbeira" em meio a risadas. Em uma thread, divulgada no Twitter pelo também estudante David Alves, há o relato de uma aluna da mesma graduação que o acusado.

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"Ele falava que eu era pobre por ser do interior, falava da minha cor e do meu cabelo. Ele falava coisas do tipo “que cabelo horrível” comigo e as meninas que têm cabelos cacheado ou crespos".  Além disso, segundo as denúncias, Fábio chamou uma outra estudante negra de "empregada doméstica" e ameaçou jogar cadeiras em alunos negros.

Em entrevista ao LeiaJá, essa estudante, que é da mesma turma de Fábio, relembra que ele sempre apresentou um comportamento "soberbo". "Ele se sentia melhor do que todo mundo. Com falas bonitas, ele tentava rebaixar intelectualmente a gente. Ele era um pouco grosseiro com algumas pessoas, inclusive com uma amiga minha. A gente comentava que as grosseirias vinham a troco de nada". 

As falas discriminatórias e o comportamento agressivo de Fábio, segundo a aluna, que aceitou falar sob anonimato, começaram em novembro de 2022. "Comportamentos mais grosseiros, mais agressivos e, depois, recistas. Todo tipo de intolerância que se pode imaginar saia da boca dele (...) o auge dele explodir foi durante uma viagem de campo, há umas três semanas. Ele quis quebrar o quarto do hotel, jogou as coisas de um colega de turma no chão. Após isso, descobrimos, por esse colega, tudo isso que se está denunciando". 

Após o episódio, os estudantes compilaram provas e foram orientados a formalizar uma denúncia na ouvidoria da UFPE. No entanto, a graduanda oponta que nunca houve um posicionamento da instituição sobre o caso. "Um posicionamento da UFPE mesmo nunca tivemos. O que tivemos foi a coordenação do curso [geografia] ajudando um pouco a gente. Fora isso, não tivemos nenhum suporte."

O diz a UFPE

O LeiaJá entrou em contato com a Universidade Federal de Pernambuco, que respondeu através da assessoria de comunicação. No e-mail, a instituição confirma que já está ciente do caso envolvendo o estudante de geografia e reforça que "repudia o racismo, assim como todo e qualquer tipo de violência física ou simbólica contra qualquer pessoa, dentro ou fora de seus espaços institucionais".

 Além disso, a comunicação reforça que a universidade possui canais oficiais de denúncia para ações efetivas da administração central. "A comissão disciplinar discente aprecia denúncias de infrações ao Código de Ética da UFPE e demais normas de convivência, praticadas por discentes". 

A reportagem também fez contato com o Conservatório Pernambucano de Música. A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE) informou que Fábio Leonardo de Lima abandonou o curso e não é mais aluno do Conservatório.

Fechado desde antes da pandemia de Covid-19, o Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), campus Recife, reabre no dia 8 de maio, afirmou ao LeiaJá, a superintendência de comunicação da instituição. A data, no entanto, é durante o recesso acadêmico, porém, segundo a assessoria, "é dentro do calendário de aula das 114 pós-graduação. E ainda dentro do período onde permanecem os residentes das casas do estudante".

A demora para o funcionamento do espaço, que atendia os estudantes da UFPE, segundo a superintendência de comunicação, tem relação com imprevistos da empresa responsável pela obra com fornecedores de materiais, como mesas e cadeiras, que não chegaram no prazo previsto. "Uma cláusula do contrato de licitação prevê a prorrogação em 30 dias do início da operação, que foi o que eles solicitaram", disse a comunicação.

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A UFPE também esclareceu que durante todo período de inatividade do restaurante universitário, o alunos, com cadastro estudantil, receberam um auxílio extra destinado à alimentação. "Esse auxílio permanece sendo concedido", salienta a instituição. Além disso, a universidade reforça que "busca entender a assistência de uma forma mais ampla, que não se encerre apenas em repasse de recurso" e que a reitoria mantém um canal de diálogo com os diretórios acadêmicos, afim de atender a demanda estudantil.

Alunos da UFPE protestam pela reabertura do RU

No dia 5 de abril, alunos da UFPE realizaram um ato, com venda simbólica de feijoada a R$1, para pedir a reabertura do RU. Na ocasião, os estudantes questionaram a demora para a entrega do espaço à comunidade acadêmica e alegaram que a ausência desse recurso contribuiu para que alguns alunos deixassem as graduações.

“Quatro estudantes. Isso é muita coisa para o nosso curso, ainda mais do sexto e sétimo período porque não conseguem se sustentar dentro da universidade e por não conseguir o auxílio do RU. A gente está vendo alunos da área de saúde em evasão ou trancando o curso porque não estão conseguindo se alimentar, assim como dar conta das outras demandas”, afirmou Andresa Cândida, que é vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Pernambuco e estudante do curso de enfermagem na instituição.

Fechado desde a pandemia de Covid-19, o Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), campus Recife, segue vazio e com nova previsão de abertura dada pela reitoria da instituição. À espera da reabertura do espaço desde o retorno das atividades presenciais, estudantes da UFPE realizaram um ato, nesta quarta-feira (5), com venda simbólica de feijoada a R$1.

Ao LeiaJá, Manoel George, graduando de publicidade e propaganda, explica que a manifestação foi uma maneira de pressionar a reitoria, que vem dando vários prazos para a reabertura do RU.

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“A gente está aqui na frente do Restaurante Universitário para pedir a reabertura. A reitoria está há algum tempo dando vários prazos para a gente. Inclusive, que o RU seria aberto essa segunda-feira, dia 3, porque a empresa tinha 30 dias, a partir da assinatura do contrato para reabrir o espaço. Mas, a gente chegou aqui no dia 3 e o RU ainda estava fechado. Quem está acompanhando essa situação, compreende que o RU está fechado há muito tempo”.

De acordo com o estudante, a justificativa da reitoria da UFPE para o atraso da entrega do restaurante universitário à comunidade acadêmica é que a empresa contratada não consegue dar conta da estrutura do local. “Segundo eles [reitoria], a empresa alegou que não tinha nenhuma outra empresa que atendesse à solicitação de cadeiras e mesas aqui no estado de Pernambuco, teria que trazer de São Paulo e essa solicitação vai demorar mais um mês. O novo prazo de reabertura do RU, agora, é 8 de maio”.

À reportagem, Manoel George ressalta que a data anunciada pela reitoria da UFPE não é viável e que retomada do RU será no período de recesso universitário. “O restaurante universitário será reaberto durante o recesso. Enquanto nós, que estamos na universidade todos os dias estamos sem esse espaço. Na reunião que tivemos ontem com a reitoria, propomos também a criação de uma comissão de acompanhamento dessa abertura, que foi acatada”.

Sem RU, estudantes desistem da graduação

A falta do restaurante universitário da UFPE vai de encontro à política de permanência estudantil. Segundo Andresa Cândida, que é vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Pernambuco e estudante do curso de enfermagem na instituição, alguns alunos procuraram do Diretório Acadêmico e, indiretamente, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) para informar que desistiram do curso.

“Quatro estudantes. Isso é muita coisa para o nosso curso, ainda mais do sexto e sétimo período porque não conseguem se sustentar dentro da universidade e por não conseguir o auxílio do RU. A gente está vendo alunos da área de saúde em evasão ou trancando o curso porque não estão conseguindo se alimentar, assim como dar conta das outras demandas”.

Maria Vitória Bandeira, da graduação de letras, reforça o que foi exposto por Andresa e aponta que, além do RU, os estudantes do UFPE estão sem acesso à água. “Sem acesso à água, os estudantes estão tendo que comprar. Não temos aquela bolsa real, que realmente ajude a arcar tudo isso. Muitas vezes, deixam de comprar coisas necessárias para a graduação por conta desses custos”.

Nina Silva, do curso de cinema e audiovisual, aponta que parte dos alunos da UFPE precisam escolher entre o trabalho e a formação acadêmica. “Muita gente também nem consegue trabalhar porque os cursos não dão tempo para isso. Conseguir um estágio que tenha essa flexibilidade também é difícil”.

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O ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, cumpre agenda no estado de Pernambuco a partir desta terça-feira (4). Uma das atividades na programação é a inauguração do projeto “RU Na Hora do Pescado Artesanal”, que será posto em prática na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Um almoço será servido no Restaurante Universitário (RU) da instituição, com o ministro, reitores e representantes da comunidade pesqueira.

O projeto é ligado ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), lançado pelo presidente Lula (PT), em visita ao Recife no último dia 22. No mesmo dia, de Paula ainda se reunirá com pescadores artesanais de Pernambuco, com o Secretário de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca, Aloísio Ferraz, e com o presidente do Instituto de Pesca, Joaquim Neto. 

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Na quarta-feira (5), o ministro participa do evento de despesca, do Projeto Peixe na Mesa, e realiza também de uma reunião com Lideranças Políticas Locais e Pescadores Artesanais dos municípios que compõem a Barragem de Botafogo (Lagoa do Carro; Limoeiro; Feira Nova; Lagoa do Itaenga e Glória do Goitá).

No último dia da agenda, na quinta-feira (6), na Região Metropolitana do Recife (RMR), André de Paula vai conhecer a colônia de pescadores de Olinda, acompanhado do prefeito da cidade, professor Lupércio. À tarde ele se reúne com associados de uma empresa de comércio de pescados sobre a possibilidade de reabrir a exportação de camarão para países da Europa, e abrir o comércio com a China.

Um grupo de estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) prestou uma denúncia de assédio na tarde desta terça-feira (28). Segundo os alunos, um homem que estava presente em um evento do curso de filosofia no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) filmou e tirou fotos de uma mãe amamentando seu bebê. O suspeito foi levado pela polícia e presta depoimento.

Yasmin Gomes, estudante de filosofia da universidade, detalhou os relatos que recebeu do aluno que presenciou tudo. De acordo com a testemunha, o homem esteve presente primeiro no Centro de Educação (CE) da UFPE, onde fez comentários violentos em relação ao assédio de mulheres.

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“O assediador foi em encontro a três pessoas, duas alunas e um aluno. Ao se aproximar, questionou se podia fazer algumas perguntas. Uma delas foi ‘por que as mulheres podem assediar os homens e os homens não podem assediar as mulheres?’ O assediador acrescentou com ‘as mulheres sempre estão em poses eróticas e ainda querem que eu ainda reprima os meus desejos’,” conta Yasmin.

Após a primeira situação, o homem seguiu para o CFCH, onde foi acusado de gravar e tirar fotos de uma mãe que estava amamentando seu filho. Após a denúncia, os estudantes ficaram observando o caso do lado de fora da recepção do CFCH. Ingrid de Lima, discente da UFPE, contou que a situação foi uma medida de segurança do próprio corpo estudantil.

“Assim que os estudantes começaram a apontar o homem como assediador, os seguranças da universidade agiram para protegê-lo de alguma agressão física, porque a galera estava com os ânimos bem exaltados. E como esses seguranças andam armados, houve essa divisão do pessoal do lado de fora como uma tentativa de proteger os próprios estudantes”, explica Ingrid.

A aluna, junto com relatos de outros amigos, afirma que a situação não é incomum e que gera medo nos estudantes. “Esse não é o primeiro caso que acontece. Toda semana tem estudantes relatando assédio no CFCH. Essa foi a única vez que pegaram o cara, mas sempre tem“, afirma a universitária.

A presidente do DCE (Diretório Central dos Estudantes), Débora Karolayne, diz que as denúncias oficializadas são muito poucas. “Existem boatos sobre recorrência [de casos de assédio] sempre, no entanto como nunca é denunciado nas ouvidorias, não fica registrado. Nós enquanto movimento estudantil é quem nos aproximamos para tanto assegurar a vítima, quanto para fazer a denúncia em nome do DCE”, relata.

Débora contou ao LeiaJá que a segurança da UFPE acompanhou as vítimas para depor na delegacia. Em nota, a universidade confirmou que recebeu a denúncia e que sua Superintendência de Segurança Institucional (SSI) esteve em contato com as vítimas. Leia a nota na íntegra:

“A Universidade Federal de Pernambuco foi acionada, através de seus canais institucionais, sobre ocorrência no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), no início da tarde de hoje (28.03). 

A Superintendência de Segurança Institucional - SSI atuou no sentido de conter o suspeito e informar a Polícia Militar que, por sua vez, encaminhou o mesmo para a Delegacia da Mulher com a finalidade de apurar o caso. A SSI ofereceu suporte às vítimas no acompanhamento até a unidade policial.

A Administração Central está acompanhando a situação e permanece à disposição para colaborar com o que for solicitado. A UFPE repudia todo e qualquer caso de violência contra a mulher, em seus espaços institucionais e fora dele; e trabalha para construção de uma sociedade inclusiva, livre de preconceitos, discriminações e violências.”

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), por meio da Universidade Aberta do Brasil (UAB), abriu inscrições para o preenchimento das vagas não ocupadas dos cursos de pós-graduação lato sensu em nível de especialização, ministrados na modalidade Ensino À Distância (EAD).

Ao todo, serão ofertadas 166 vagas distribuídas em 10 polos de apoio presenciais, para os cursos de ensino de ciências e matemática e ensino de língua e literatura hispânicas.  As oportunidades são voltadas para estudantes que possuam diploma de conclusão de curso superior de graduação (ou de curso equivalente) que atendam à formação de cada especialização.

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O início das aulas está previsto para o dia 05 de maio. O processo seletivo será realizado por veio da avaliação do curriculum lattes, com comprovantes de atividades dos últimos cinco anos; e do envio de uma carta de intenção e motivação para cursar a especialização.

Os interessados podem se inscrever até o dia 07 de abril neste formulário para as vagas de ciências e matemática e nesse endereço eletrônico para línguas e literatura.

Para mais informações, acesse o edital.

Estão abertas as inscrições para o curso de introdução a astronomia promovido pela Coordenaria de Ensino de Ciências do Nordeste (Cecine) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O curso é gratuito, e irá conceder certificado após a conclusão. Os interessados podem se inscrever no endereço eletrônico

Durante a formação, os participantes aprenderão sobre estrelas, asteroides, buracos negros, viagens espaciais e vida extraterrestre. Além disso, a Cecine irá proporcionar uma experiência prática através do lançamento de foguetes e visitas ao Observatório Astronômico do Sertão. 

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Para participar, é necessário ter a partir de 12 anos de idade. As aulas terão início no dia 5 abril, ministradas pelo professor Antônio Carlos Miranda no auditório da Cecine, situado dentro da cidade universitária. Ao todo, serão oito encontros presenciais nas quartas-feiras à tarde, das 15h às 16h30.  

Com informações da Assessoria.  

 

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) divulgou, nesta sexta-feira (17), o edital do vestibular para o curso de música. Para participar do processo seletivo, o candidato precisa ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de um dos últimos cinco anos e também realizar provas específicas, no formado remoto.

Ao todo, a seletiva conta com 60 vagas para o curso de licenciatura, com duas entradas: uma em 2023.1, turno integral, com 30 vagas e outra com entrada para 2023.2, também com 30 vagas. Para a formação em canto (bacharelado) são ofertadas quatro vagas, no horário diurno.

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Já para o curso de bacharelado em instrumento são disponibilizadas 18 opções, distribuídas pelas habilitações: Flauta Transversa, Oboé, Clarineta, Fagote, Saxofone, Violino, Viola, Violoncelo, Contrabaixo Acústico, Trompete, Trombone, Trompa, Cravo, Piano, Violão, Flauta Doce e Percussão.

A etapa de pré-inscrição, realizada através de formulário eletrônico, será do dia 17 de março a 3 de abril. Após esse período, os candidatos receberão nos e-mails que informaram um link para efetivar a inscrição, no prazo que vai de 5 a 11 de abril. A seletiva conta com duas etapas: habilitação e classificação (avaliação com três provas de caráter eliminatório).

Os últimos dias têm sido intensos para a professora Antonella Galindo, recém-eleita vice-diretora da Faculdade de Direito do Recife (FDR), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Com 16 anos de docência na instituição, Antonella venceu, na chapa do professor Torquato de Castro Júnior, uma eleição histórica para a comunidade acadêmica. Com 195 anos de existência, a professora é a segunda mulher vice-diretora e a primeira trans eleita na FDR.

“Uma faculdade com 195 anos de história só teve uma mulher diretora e uma mulher vice eleitas. Eu sou a segunda mulher a assumir o cargo de vice-diretora e a primeira mulher trans. Isso, de fato, é inusitado, chama atenção. Mesmo o pessoal questionando que essa não deveria ser a questão, que a imprensa deveria destacar o meu currículo, mas, fico pensando que é exatamente isso que deve ser destacado. Porque pessoas que assumem cargos com bons currículos é um fato, até certo ponto, corriqueiro. Mas, uma pessoa de um segmento social historicamente vulnerabilizado chegar aonde eu estou chegando é realmente inusitado, inédito”, ressalta a docente.

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Antonella Galindo ressalta à reportagem sobre a importância do destaque da eleição na mídia e reforça o seu comprometimento com a comunidade trans e LGBTQIA+. “Para a sociedade em geral desmistifica e desmitifica o fato de ser uma condição que, de algum modo, impeça pessoas como eu de estarem nesses lugares e para as pessoas trans é um estímulo, no sentido de que elas não precisam ser condenadas a profissões muito específicas”, diz.

Professora Antonella Galindo na FDR-UFPE. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Com formação acadêmica pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e mestrado e doutorado em direito na instituição onde atualmente leciona, ao LeiaJá, a docente contou que a escolha pelo direito foi reflexo pelo gosto pela leitura, pelas Ciências Humanas, como também uma possiblidade de ganhos financeiros e sem interferência familiar.

“Sempre fui muito estudiosa, gostava muito de ler, sempre tive um português muito bem concatenado (...) o direito terminou sendo, na época, algo que unia, de certo modo, possibilidades de ganhos financeiros, uma profissão que era talvez, menos difícil de galgar uma condição financeira melhor. No direito, o que me encantou, embora eu pensasse em ser advogada, ou mesmo juíza ou promotora, foi quando eu comecei a fazer monitoria e tive esse contato com a sala de aula, transmissão de conhecimento, debate de pesquisas. Isso terminou me encantando de uma forma e coincidiu com a abertura de faculdades e, com isso, tinha mais oportunidades profissionais”.

A trajetória profissional de Antonella Galindo foi dedicada à docência. "Advoguei muito pouco", frisa. Após terminar o doutorado, a professora participou de processos seletivos em universidade federais. "Fui professora nas três nos estados de Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Aqui na FDR sou, atualmente, vice coordenadora do curso [de direito] e fui, por dois mandatos, subchefe de departamento e, em outras faculdades, eu fui coordenadora de curso, de pós-graduação, de pesquisa e extensão”.

A vice-diretora recém-eleita na entrada da FDR. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Eleições

“Torquato [Castro Jr] sentou comigo e falou da vontade de me ter na chapa dele. Eu questionei no sentido que tinha acabado de me assumir publicamente e que tinha um certo medo. Embora eu tenha sido muito bem recebida pelos funcionários, pelos alunos, pelos colegas também, mas, uma coisa é ser professora, outra coisa é cargo de gestão. Não sabia até que ponto a faculdade, que tem também um conservadorismo, por mais que eu tenha um currículo que me credencie, estaria preparada pra um processo eleitoral desse”, observa.

E complementa: "Ele disse: olha, eu quero que a faculdade esteja preparada exatamente para isso, porque, se não for, também não vai estar preparada para as minhas ideias, minhas perspectivas, para aquilo que eu entendo como é democracia, participação, inclusão, horizontalidade". 

Concorrer ao cargo de vice-diretora da Faculdade de Direito do Recife não fazia parte dos planos da professora. "Eu tinha passado muito recentemente por esse processo de transição de gênero, de me assumir publicamente com uma nova identidade e isso já tinha sido um processo muito desgastante, muito duro, das perdas que eu tive por mudanças na minha vida pessoal, na minha vida familiar. Tudo foi muito desgastante. Até que o momento, depois de conversar com várias pessoas, depois de preparar o terreno, eu fiz a revelação e fui muito bem acolhida pela comunidade de modo geral".

O processo eleitoral foi realizado antes do Carnaval. Antonella e Torquato Castro Jr venceram a chapa formada pelos professores Ivanildo Figueiredo e Humberto Carneiro. "Fomos eleitos nos três segmentos. Nos professores foi mais apertado, um voto só de diferença. Mas, nós ganhamos assim mesmo. Com os alunos tivemos mais que o dobro e no corpo funcional foi quase quatro vezes do que a chapa concorrente", explicou.

Antonella Galindo concorreu na chapa do professor Torquato Castro Jr. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Inspiração

Questionada sobre ser considerada uma inspiração, Antonella Galindo pondera. "Eu acho que sim, eu acho que, assim, querendo ou não, eu termino sendo. Acredito que qualquer mulher que ocupe esses espaços vira referência importante porque são os espaços que as mulheres foram conquistando ao longo do tempo. Alguns lugares começam a ver certa normalização dessa presença feminina, na medida em que mais e mais mulheres os ocupam. No meu caso, pela minha peculiaridade de ser uma mulher trans, termina sendo uma inspiração tanto pra mulheres de cisgênero como para mulheres transgênero", aponta.

A docente ressalta que espera que as mulheres cheguem cada vez mais longe. "Espero que a gente chegue mais adiante, que mulheres, de modo geral, ou mulheres trans, em particular, não precisem fazer muito mais do que seria necessário para conquistarem esses espaços porque parece que, historicamente, isso já acontece com a mulher no sentido de que a mulher tem que mostrar, às vezes, ser muito mais competente que um homem pra ocupar um determinado espaço. Quanto mais nós pudermos normalizar essa presença isso vai deixar de ser notícia, inclusive, vamos poder ter na sociedade mais igualitária mesmo".

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), se reuniu nesta terça-feira (7) com membros de grupos de pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), além de outros órgão do estado para tratar da reestruturação do Comitê de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (CEMIT).

Em publicação nas redes sociais, a governadora destaca que o objetivo era de pactuar “novas ações, pesquisas e intervenções que permitam o uso da praia e do mar do nosso Estado com segurança”.

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“Estamos aqui desenhando o protocolo de intenções, voltar com estudo, pesquisa, intervenção, para permitir que a gente possa ter o uso da praia e do mar de maneira segura”, declarou a governadora.

À tarde, Lyra se reúne com os prefeitos da Região Metropolitana do Recife (RMR) para definir novas ações conjuntas.

Nos últimos dois dias (5 e 6), dois jovens foram mordidos por tubarões na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes. Ainda em fevereiro, um banhista foi mordido quando mergulhava na praia de Del Chifre, em Olinda.

Na última terça-feira (28), a estudante Rebeca Leal da Cunha Torres, de 17 anos, viu seu nome entre os aprovados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2023. Mas, não foi apenas isso. Rebeca foi classificada em 1° lugar no curso de medicina ofertado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A colocação foi uma surpresa para a jovem, que ainda tinha dúvidas sobre a aprovação no processo seletivo.  

"Eu sequer sabia se ia (Sic) conseguir passar em alguma [universidade] pública antes de sair a nota do Enem. Quando eu vi a média de 809, também vi que conseguiria passar, mas só fui perceber que tinha chances do 1º lugar durante o Sisu", conta em entrevista ao LeiaJá.  

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Esta não é a primeira vez que Rebeca alcança essa colocação. Em 2020, ela foi aprovada no curso técnico de química integrado ao ensino médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), campus Recife, na primeira posição geral. "Fui para cerimônia sem saber que tinha sido 1º lugar na época do IF, eu tinha noção de que ia passar, mas não em 1º lugar", observa. 

Início cedo e incentivo da família

Incentivada pela família, Rebeca começou a participação nos processos seletivos, como os realizados para ingresso na Escola de Aplicação do Recife (FCAP/UPE) e Colégio Militar de Pernambuco, aos 10 anos de idade. "Começou com o incentivo da minha família que, desde cedo, me colocaram para fazer provas e poder ter acesso à educação pública de qualidade. Na época, eu não passei. Até chegar no 9ª, quando passei no IFPE em 1º lugar geral e na Escola de Aplicação do Recife". 

À reportagem, a, agora, universitária, conta que quando foi noticiada a aprovação no IFPE, os pais estavam em São Paulo, pois, a mãe realizava tratamento de câncer. "Ela passou nove meses internada no hospital entre a vida e a morte. Foi muito difícil, mas eu tinha muito como um objetivo poder fazer algo que fizesse ela feliz, mesmo no meio de tanta dor, que eu pudesse trazer um sorriso de alegria pra ela mesmo estando longe", relembra. 

Rotina de estudo e saúde mental

Para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022, Rebeca teve uma rotina de estudos que começava às 7h da manhã e finalizava às 20h. "Eu passava a manhã no cursinho, a tarde na escola, resolvendo questões do cursinho, e à noite eu voltava para curso e ficava até umas 8 da noite. Eu não contava horas, dava o meu melhor todos os dias. Geralmente, isso era de 7/8h da manhã até 8 da noite se você contar os horários assistindo aula", menciona.

Mesmo com certo costume em seletivas e vestibulares, ela ressalta que no último ano do ensino médio passou por um período de autocobrança. "A minha família sempre me apoiou incondicionalmente. No terceiro ano, a cobrança foi inteiramente minha, porque, assim como eles diziam, eles confiavam em mim pra saber o quanto eu aguentava e o que era melhor pra mim", destaca. 

Para manter a saúde mental equilibrada nesse período de preparação, a estudante contou com o apoio incondicional da família, amigos e do namorado. “Foi fundamental o apoio da minha família, amigos e namorado. Eu não tinha nem tempo nem dinheiro pra pagar uma consulta com um psicólogo, mas eu cheguei a fazer [terapia] uma vez on-line com uma psicóloga que fazia um preço mais barato a depender da sua renda quando estava perto do Enem e me ajudou”. 

#studygram

Após a aprovação no IFPE, Rebeca ganhou visibilidade e muitas pessoas passaram a solicitar dicas, "perguntar sobre a minha rotina e como estudar. Foi aí (SIC) que eu percebi que eu poderia ajudar outras pessoas com a minha experiência e decidi criar uma conta no Instagram para isso", explica. Com o ingresso no curso de medicina, ela pretende dar continuidade ao projeto. "Eu pretendo mostrar a minha nova rotina como uma forma de inspiração para outros vestibulandos que ainda não chegaram lá, mas continuarei com o conteúdo focado em vestibulares", ressalta.

Para os estudantes que também desejam estudar medicina, Rebeca pontua que é necessário ter uma boa estratégia de estudos, fazer muitas questões, simulados e redações durante o ano. "A minha maior dica sempre é dar o seu melhor. Estudar e se esforçar até o limite é difícil, mas passar mais um ano em cursinho também, então precisamos escolher o nosso difícil".

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), por meio da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), publicou o edital de matrícula do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2023.1, cujo resultado foi disponibilizado nesta terça-feira (28). Além disso, o UFPE também divulgou a lista de candidatos selecionados na primeira chamada regular.

De acordo com o cronograma, os novos alunos devem entregar a documentação exigida para a matrícula no período de 2 a 6 de março, de forma remota, por meio da plataforma STIDocs. A UFPE salienta que os documentos devem estar legíveis, devidamente nomeados e salvos em formato pdf, jpeg ou png. A senha para acesso à plataforma será enviada para o e-mail indicado pelo candidato no ato da inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022. 

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Quantitativo de vagas

Nesta edição do Sisu, a UFPE oferece, ao todo, 7.012 vagas, para cursos dos campi Recife (5.522 vagas), Agreste/Caruaru (1.060 vagas) e Vitória de Santo Antão (430 vagas). Das opções ofertadas pela instituição, 3.500 são destinadas a ampla concorrência e 3.512 para alunos que podem ser beneficiados por políticas de ação afirmativa.

Pela primeira vez, a Faculdade de Direito do Recife (FDR), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), elegeu uma mulher trans como vice-diretora. Antonella Galindo, que faz parte do corpo docente da instituição, venceu a eleição na chapa encabeçada pelo professor Torquato Castro Jr, eleito diretor. "Uma enorme responsabilidade, farei o possível e o impossível para estar à altura do desafio", escreveu a nova vice-diretora em uma rede social. 

Nas eleições da FDR, ela e Torquato Castro Jr venceram a chapa formada pelos professores Ivanildo Figueiredo e Humberto Carneiro. Antonella Galindo é formada pela Universidade Católica de Pernambuco, possui mestrado e doutorado em Direito pela FDR e fez estágio na Universidade de Coimbra, em Portugal. 

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A Universidade Federal de Pernambuco, através do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (PPGCB), abriu inscrições para o processo seletivo dos cursos de mestrado e doutorado, com ingresso no primeiro semestre letivo de 2023. No total, serão ofertadas 4 vagas para mestrado e 2 para doutorado. 

Para concorrer ao mestrado, os candidatos devem ser graduados em instituições reconhecidas pelo MEC nas áreas de biologia celular, biologia molecular, biotecnologia, farmacologia, fisiologia, microbiologia, química, dentre outras. Já para o doutorado é exigido mestrado em algum dos campos supracitados, obtido em cursos recomendados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).  

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Os interessados podem se inscrever no portal Sigaa até às 12h do dia 2 de março. O resultado será divulgado no dia 18 de abril, às 17h.  

 

Uma nova decisão, desta vez do Tribunal Regional Federal da 5ªRegião (TRF5), garante o bônus do Exame Nacional do Ensino Médio para o curso de medicina na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O benefício estava suspenso devido uma ação popular, movida pelo cirurgião plástico Arlindo Barros de Aguiar, e anulava dispositivos da Resolução Normativa nº 24/2022, que rege o benefício para inclusão regional no acesso dos discentes à graduação.

No recurso, a UFPE apontou que a bonificação para os estudantes do Estado é uma forma de reduzir a evasão escolar e suprir a necessidade de formar um quantitativo de profissionais "conhecedores da realidade do local onde estão inseridos". Além disso, a nova decisão jusicial salienta "que não haveria tempo hábil para a reabertura do sistema [Sisu], com a inclusão de novo termo de adesão pela UFPE".

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Na ação popular que supendeu o bônus do Enem para o curso de medicina no câmpus Recife, O juiz Francisco Antonio de Barros e Silva Neto considerou que a criação do bônus, que existe desde 2020, "conflita com o princípio da isonomia, criando distinções entre os brasileiros, vedada expressamente pela Constituição (art. 19)". 

Na época, o magistrado, que é docente da UFPE, entendeu que "a ruptura ao texto constitucional fica ainda mais explícita quando o mecanismo é aplicado a apenas um dos cursos da Universidade (Medicina, "câmpus" Recife), não tem por objetivo o desenvolvimento de uma microrregião desfavorecida por profissionais dessa área (aplicando-se apenas ao curso sediado nesta capital) e, sobretudo, quando dificulta o acesso de candidatos e candidatas advindos de contextos substancialmente idênticos aos beneficiados pelo adicional, como os alunos e alunas que cursaram o ensino médio em outros Estados da região Nordeste". 

Na ocasião, a UFPE chegou a acatar a decisão da Justiça Federal de Pernambuco (JFPE), através da Resolução 06/2023, emitida no dia 16 de fevereiro e assinada pelo reitor Alfredo Gomes.

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