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A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vai promover, em novembro, a Expo UFPE 2023. O evento busca mostrar como são os cursos de graduação da universidade para alunos do 3° ano do ensino médio. A iniciativa ocorre no dia 23 de novembro das 8 horas às 17 horas no Complexo de Convenções, Eventos e Entretenimento (CCEE) do campus Recife da UFPE. 

A feira contará com 25 estandes e salas, onde os alunos e professores apresentarão os cursos aos visitantes. Ainda haverão atividades culturais como exibição de curtas feitos por estudantes de cinema, além de visitação ao campus. O evento ainda conta com um site, onde é possível conferir todas as atividades. 

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“A Expo 2023 faz parte da política de consolidação dos cursos de graduação da UFPE. Este é o momento em que a comunidade acadêmica apresenta a toda sociedade o que acontece nos cursos, bem como traz elementos importantes que vão impactar na escolha profissional de diversos estudantes do Ensino Médio. Trata-se, portanto, de um evento com enorme impacto social e de grande contribuição para o desenvolvimento do estado de Pernambuco, quer seja na capital ou no interior”, afirma a pró-reitora de Graduação da UFPE, Magna Silva.

As escolas interessadas têm até 10 de novembro para se inscrever pelo formulário online.

Confira a programação da Expo UFPE 2023

Das 8h às 8h30 – Recepção das escolas na Concha Acústica

Das 8h30 às 9h30 – Abertura do evento, com apresentação musical e fala das autoridades

Das 9h30 às 17h – Visitação aos estandes no hall do Complexo de Convenções, Eventos e Entretenimento. Nos estandes, os cursos estarão se apresentado e tirando as dúvidas dos alunos

Das 9h30 às 17h – Visitação às instalações dos cursos nos centros acadêmicos

Das 9h30 às 17h – Exibição de vídeos institucionais da UFPE no hall do Complexo de Convenções, Eventos e Entretenimento

Das 9h30 às 12h – Exibição dos curtas produzidos pelos alunos do curso de Cinema, no Cinema UFPE

Das 10h às 17h – Programação artístico-cultural no hall do Complexo de Convenções, Eventos e Entretenimento e na Concha Acústica

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) divulgou, nesta quarta-feira (25), que vai ofertar 7.012 vagas através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) em 105 cursos presenciais de graduação nos campi Recife, Caruaru e Vitória.

Do total de oportunidades, 5.522 são para o campus Recife; 1.060 para o Centro Acadêmico do Agreste (CAA), em Caruaru; e 430 vagas para o Centro Acadêmico de Vitória (CAV), em Vitória de Santo Antão. Metade serão reservadas para o sistema de cotas. Além disso, será assegurada a reserva de, no mínimo, uma vaga por curso aos candidatos de escola pública autodeclarados pretos, pardos e indígenas e às pessoas com deficiência (PcD).

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Os cursos presenciais de Música/Canto – bacharelado, Música/Instrumento – bacharelado, Música/licenciatura, Dança/licenciatura, Intercultural Indígena/licenciatura e Letras-Língua Brasileira de Sinais Libras/licenciatura, que serão regidos por resolução específica. 

A Área Básica de Ingresso (ABI) Engenharias, forma de entrada unificada em 11 cursos de Engenharia do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) da UFPE no Campus Recife, também não será ofertada no Sisu 2024. O processo de ingresso para essas graduações serão de forma específica aos candidatos, como uma opção direta.

Pesos e notas mínimas

A nota final do Enem será obtida a partir da média ponderada das notas da prova objetiva e da redação, conforme os pesos de cada prova estabelecidos pela Universidade. Para cada curso oferecido pela UFPE, os candidatos serão classificados por ordem decrescente da nota final do Processo Seletivo UFPE | Sisu 2024. 

Será considerado eliminado do processo seletivo o candidato que obtiver, em qualquer prova, nota inferior à pontuação mínima definida pela Universidade.

Inclusão regional

Todos os cursos presenciais dos campi Vitória e Caruaru, assim como o curso de Medicina do Campus Recife, terão Argumento de Inclusão Regional. 

Isso significa que os estudantes terão acréscimo de 10% à nota final do Enem para os candidatos aos cursos de Vitória e Caruaru que tenham cursado e concluído todo o Ensino Médio em escolas regulares e presenciais localizadas nas mesorregiões do Agreste e Zona da Mata pernambucanos; acréscimo de 5% para os candidatos ao curso de Medicina do Campus Recife que tenham cursado e concluído todo o Ensino Médio em escolas regulares e presenciais em Pernambuco e para os candidatos aos cursos de Vitória e Caruaru que tenham cursado e concluído, no mínimo, 2/3 do Ensino Médio em escolas regulares e presenciais das mesorregiões da Zona da Mata e do Agreste pernambucanos; e o acréscimo de 3% para os candidatos ao curso de Medicina do Campus Recife que tenham cursado, pelo menos, 2/3 do Ensino Médio em escolas regulares e presenciais do Estado.

O acréscimo terá efeito apenas classificatório, não sendo levado em conta na análise do atendimento de eventuais critérios eliminatórios. Os candidatos que forem possíveis beneficiários tanto do Argumento de Inclusão Regional como do Sistema de Cotas deverão optar, no ato da inscrição, por uma das ações afirmativas, não sendo permitida a aplicação cumulativa.

Com informações da assessoria

A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Departamento de Química Fundamental da UFPE começa nesta segunda (23). Estudantes do Ensino Fundamental e Médio do estado participarão de atividades, experimentos e de uma Feira de Ciências. Este evento, previsto por decreto nacional desde 2004, visa democratizar o acesso ao conhecimento científico e acontece anualmente em outubro. O tema deste ano é "Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável."

O Departamento de Química Fundamental está envolvido em dois projetos apoiados pelo CNPq. O primeiro, liderado pelo professor Antonio Carlos Pavão, busca promover a "Química para o Desenvolvimento Sustentável," estabelecendo parcerias entre a universidade e escolas de Ensino Básico. Após as atividades com os estudantes na universidade, os pesquisadores universitários visitarão as escolas para conversar com os alunos e fornecer apoio técnico na melhoria dos laboratórios escolares.

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Quatro escolas de Itapissuma, Abreu e Lima e Igarassu têm visitas programadas na próxima semana, com o seguinte cronograma:

23/10: Escola Municipal Dilma Cecilia da Silva – Itapissuma

24/10: Escola Técnica Estadual Pastor Isaac Martins Rodrigues - Abreu e Lima

25/10: Escola Municipal Centro de Educação Integral São Luís – Igarassu

26/10: Escola Municipal João Bento de Paiva – Itapissuma

 

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) iniciou as inscrições para a nova edição do curso intensivo de francês on-line para iniciantes. O curso é gratuito mas possui uma taxa única de R$ 40,00 para entrega do material didático.

Esta edição conta com 60 vagas gerais, sendo 30 destinadas à comunidade da UFPE, como alunos, docentes e técnicos, e os 30 restantes para pessoas sem vínculo com a instituição. 

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As aulas serão ministradas pelo professor do Colégio Aplicação da UFPE e acontecerão de segunda a quinta, das 18h30 às 20h30. As aulas irão durar um mês, com início no dia 6 de novembro e fim no dia 6 de dezembro.

Os interessados podem se inscrever através do endereço de e-mail marlon.melo@ufpe.br.

Árvore comum em muitos quintais brasileiros, cujos frutos são largamente utilizados na culinária e indústria cosmética, a pitangueira foi tema de pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que teve como resultado a criação de três medicamentos – um gel, um creme e um comprimido – destinados ao tratamento da candidíase vaginal.

Causada pelo fungo Candida, a infecção pode causar inflamação e coceira intensa, acometendo três em cada quatro mulheres, pelo menos, uma vez ao longo da vida. Muitas, no entanto, poderão sofrer mais de uma vez com o problema. Além de combater o fungo, os medicamentos desenvolvidos na UFPE ainda aliviam as inflamações e dores causadas pela infecção.

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Intitulado “Desenvolvimento tecnológico de formas farmacêuticas contendo derivados padronizados das folhas de Eugenia uniflora Linn (Myrtaceae) - Pitangueira”, o estudo foi coordenado pelo professor Luiz Alberto Lira Soares, do Departamento de Ciências Farmacêuticas da UFPE.

“O destaque dessa pesquisa foi a criação de produtos simples e seguros, feitos a partir de nossa biodiversidade e empregando recursos renováveis”, avalia o docente, que também coordena o Núcleo de Desenvolvimento Analítico e Tecnológico de Fitoterápicos (Nudatef), local onde foram realizados os trabalhos.

Conforme explica Luiz Soares, o tratamento habitual para a candidíase vaginal utiliza insumos farmacêuticos ativos (IFAs) sintéticos de uso oral ou tópico. Tais formulações, no entanto, têm desvantagens em seu uso que podem levar a uma baixa adesão ao tratamento, comprometendo assim sua eficácia. Além disso, a prescrição indiscriminada tem favorecido o surgimento de cepas multirresistentes.

“As dificuldades em tratar as pessoas acometidas com infecções fúngicas representam, além de um problema de saúde pública, um problema econômico que está levando a comunidade científica a buscar novos IFAs de amplo espectro, que apresentem menor toxicidade e baixa ocorrência de efeitos adversos”, afirma o docente.

Dentro desse cenário, os pesquisadores utilizaram as folhas da pitangueira como fonte para obtenção do princípio ativo dos medicamentos. O princípio ativo é a substância responsável pela ação terapêutica de um medicamento. Ele foi extraído a partir do uso de métodos físicos, como moagem, secagem e extração com alto cisalhamento. Como resultado final, os pesquisadores obtiveram o medicamento nas formas de creme, gel e comprimido. Cada um deles passou por testes para verificar a capacidade de impedir o crescimento dos fungos e a estabilidade (capacidade do medicamento de manter suas características durante longos períodos de armazenamento), bem como segurança e eficácia.

A pesquisa foi possível graças ao apoio do Ministério da Saúde e do CNPq, a partir da Chamada Pública CNPq/MS/SCTIE/Decit n.º 19/2018 - Fitoterápicos, que incentivou ideias que impulsionassem a ciência e a inovação no Brasil com o objetivo de desenvolver fitoterápicos que pudessem ser incluídos no SUS. Além do desenvolvimento dos três medicamentos a partir das folhas da pitangueira, o estudo desenvolvido na UFPE resultou ainda na orientação, via iniciação científica, de alunos do Ensino Médio e da graduação e pós-graduação da UFPE; na publicação de oito artigos científicos (três em revista A1, dois em revista A4, um em revista B2 e um em revista B3); além da apresentação de 12 trabalhos em congressos nacionais e internacionais.

Os pesquisadores gravaram um vídeo no qual detalham o estudo e todo o processo para obtenção dos medicamentos.

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Da assessoria da UFPE

O Colégio de Aplicação (CAp) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) divulgou, nesta terça-feira (3), o edital de abertura do processo seletivo para ingresso de novos alunos no 6º ano do ensino fundamental. Ao total, são 56 vagas disponíveis. As inscrições começam no dia 1º de novembro e vão até 16 de do mesmo mês, de forma gratuita pelo site.  

Das oportunidades disponíveis para o ano letivo de 2024, 26 são destinadas à livre concorrência e duas dessas para PCDs, já as outras 26 são para alunos vindos de escola pública, também com duas para PCDs. 

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O processo seletivo se dará por meio de sorteio, que vai acontecer no dia 30 de novembro, às 15 horas. Os interessados poderão assistir o evento pelo canal institucional da UFPE.

Mais informações estão disponíveis no edital de abertura

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) anunciou mudanças no ingresso dos cursos de engenharia. A Área Básica de Ingresso (ABI) Engenharias, forma de entrada unificada em 11 cursos de Engenharia do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), no Campus Recife, deixará de ser ofertada no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2024.

Assim, cada curso que fazia parte desse grupo apresentará as suas vagas de forma específica aos candidatos, como uma opção direta, da mesma maneira que é feita pelos demais cursos da UFPE no momento da escolha no Sisu.

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A extinção da forma de ingresso foi aprovada pela Câmara de Graduação e Ensino Básico (CGEB) da UFPE, no dia 12 de setembro, a partir de solicitação do CTG e seus colegiados de curso. "Considerando-se a vontade da maioria dos cursos de graduação envolvidos, o Conselho do CTG optou em extinguir o sistema ABI Engenharias de ingresso na UFPE, com o intuito de preencher todas as vagas de cada curso de graduação, como já ocorre com os cursos de graduação de Engenharia do Centro Acadêmico do Agreste e os cursos de graduação de Engenharia do CTG, que utilizam a entrada direta no curso”, explicou o diretor do CTG, Afonso Oliveira, segundo informações divulgadas pela UFPE.

Faziam parte da ABI Engenharias os seguintes bacharelados: Engenharia de Materiais; Engenharia de Telecomunicações; Engenharia Eletrônica; Engenharia Elétrica; Engenharia de Alimentos; Engenharia Mecânica; Engenharia Naval; Engenharia Civil; Engenharia Química; Engenharia de Energia; e Engenharia de Controle e Automação.

A nova regra será válida apenas para os estudantes que ingressarem a partir do semestre letivo 2024.1. Todos os ingressantes na então ABI Engenharias, em semestres anteriores a esse, continuam sujeitos às regras da ABI. A UFPE inda frisou que todos os cursos do conjunto ABI permanecem ativos, ou seja, nenhum será extinto.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vai ofertar uma disciplina prática, na praia de Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho, em janeiro e fevereiro, e teórica de surfe. Pioneira em Pernambuco, a oferta do tema faz parte do curso de bacharelado em Educação Física da instituição e está alinhada às ações realizadas dentro do projeto de extensão sUrFPE. 

Os interessados podem se inscrever, através do formulário eletrônico. Ao todo, a iniciativa conta com 25 vagas. De acordo com o projeto, os participantes da disciplina terão direito a certificado apenas com participação em todos os encontros teóricos e, pelo menos, uma atividade prática, ou seja, 75% de presença. 

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A disciplina de surfe será oferecida no segundo semestre de cada ano, sendo em 2023, realizada no semestre letivo 2023.2. A modalidade tem como objetivo tratar o esporte enquanto atuação profissional, abordando competências físicas e técnicas, planejamento e elaboração de intervenções de letramento, modelos de negócios, estratégias de avaliação e aspectos biopsicossociais e culturais.

“Focaremos nos aspectos de formação, treinamento e benefícios terapêuticos do surfe. Os estudantes viverão, dessa forma, a experiência de aprendizes e instrutores, além de participarem de discussões relacionadas aos aspectos teóricos da modalidade”, aponta o professor do Departamento de Educação Física, Tony Meireles.

O Programa de Educação Tutorial (PET) promove a primeira edição do Conecta PET, a iniciativa de alunos do Centro de Informática (CIn) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) tem como objetivo introduzir alunos e professores do ensino médio aos conhecimentos de programação. São 140 vagas e  as inscrições vão até 10 de outubro por meio de formulário online.  

O curso vai acontecer nos dias 21 e 28 de outubro de forma presencial, no Cin. Serão duas turmas por dia, uma pela manhã das 8:30 horas às 13 horas e das 13:30 às 17 horas. Além de ministrar as aulas na linguagem Python, serão aplicados exercícios para proporcionar uma base sólida em lógica de programação. 

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A formação tem 140 vagas disponíveis para alunos e professores do ensino médio de instituições de ensino de Pernambuco, dividindo 70 participantes por turma. O curso ainda oferece certificado de participação com nove horas para os estudantes que comprovarem 100% de presença. 

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) através do seu núcleo de políticas LGBT, nesta quarta-feira (27), se manifestou em solidariedade à servidora que sofreu caso de transfobia em terminal de ônibus de Recife. Geovana Borges foi constrangida na última segunda-feira (25), ao tentar usar o banheiro feminino do Terminal Integrado da CDU. 

Em vídeo gravado pela própria vítima é possível ver um funcionário pedindo que ela saia do banheiro feminino e vá para o masculino. Contudo, mesmo antes do vídeo ela já havia sido abordada pelo funcionário e que falou que ela devia se retirar do banheiro feminino, mesmo ela explicando ser uma mulher trans.

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Devido ao ocorrido ela começa a gravar com seu celular e mostra sua CNH ao funcionário para provar sua identidade de gênero. Após a gravação do vídeo e de mostrar o documento, ele se retira e deixa ela utilizar o banheiro. 

Na manhã da terça-feira (26), Geovana Borges foi até o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, onde prestou queixa na Divisão de Apoio a Testemunhas e Vítimas de Intolerância. Em nota da polícia civil enviado ao G1, a polícia civil informa que instaurou inquérito para investigar o caso. 

Já em nota da UFPE, a instituição afirmou que, “O uso do banheiro de acordo com autoidentificação de gênero é um direito assegurado a todas as pessoas trans no Brasil e que deve ser plenamente respeitado”. Ainda completando com, “o direito de acesso aos banheiros independe do nome e ou gênero em documento oficial”.

O Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), realiza o primeiro Workshop de Análise de Dados (Wanda 2023). O evento acontece entre os dias 9 e 11 de outubro no Centro Acadêmico do Agreste, localizado em Caruaru. Os interessados têm até o dia 1º de outubro para se inscrever gratuitamente por meio de formulário online

O evento contará com palestras internacionais e oficinas de ciência de dados, programação em python, machine learning, algoritmos heurísticos e meta-heurísticos para problemas de otimização, metodologia e técnicas de escrita científica com uso do LaTex e Beamer. O workshop também oferecerá acompanhamento e orientação para os participantes desenvolverem um artigo científico com temas do evento. 

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Os participantes do evento receberão certificado e os interessados no desenvolvimento de artigo científico receberão certificado adicional de participação em curso de extensão com carga horária de 30 horas.

 

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) abriu, nesta quarta-feira (27), as inscrições para a Edição 2023 do Circuito de Oficinas Benfica. A ação do Centro Cultural Benfica visa trazer para a comunidade cursos nas áreas de arte popular e contemporânea. As aulas acontecem no próprio centro cultural, localizado na rua Benfica, n.º 157, na Madalena, no Recife, e as inscrições são feitas de forma gratuita pelo site.

Para 2023, a programação recebeu duas oficinas aprovadas em editais de fomento à cultura realizados pela Prefeitura do Recife. Até dezembro serão oferecidas cinco oficinas, com carga horária de 20 horas de duração. As atividades além de gratuitas, valem certificados para os participantes que tiverem 75% de frequência nos cursos. 

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Programação

Figurino Sustentável: Oficina de Estamparias Artesanais e Tingimentos Naturais (oferecida em parceria com edital da Prefeitura do Recife)

Ministrante: Rafael Augusto da Silva Ferreira

De 2 a 6/10, das 14h às 18h

O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea

Ministrante: Grupo O Poste Soluções Luminosas

Terças de outubro e novembro (10, 17, 24 e 31/10 e 07/11), das 14h às 18h

A Mão e a Luva: Oficina de fabricação e manipulação de fantoches

Ministrante: Álcio Lins

De 23 a 29/10, das 14h às 17h – As aulas dos dias 28 e 29 serão realizadas no Espaço Fiandeiros

Corpo Ambiente em Fluxo – Oficina de eco performance

Ministrante: Gabi Holanda

De 13 a 17/11, das 14h às 18h

Caboclos de lança: bordando golas de maracatu

Ministrante: Maurílio

Terças e quintas de novembro e primeira semana de dezembro (7, 9, 14, 16, 21, 23, 28, 30 de novembro; e 5 e 7 de dezembro), das 15h às 17h

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) anunciou, nesta quarta-feira (20), que o antigo curso de bacharelado em rádio, TV e internet passou por reformulação. Além de mudanças nos componentes curriculares, a graduação recebeu um novo nome e agora se chama Estudos de Mídia. O curso entra como opção no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de 2024. 

O curso Rádio e TV existe desde 1989 e tem o intuito de formar profissionais que podem atuar como roteirista, diretor artístico, diretor de produção e outras funções. Já em 2011 a graduação passou por alteração, recebendo Internet no nome e tendo mudanças significativas. 

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Agora o curso vai passar por mais uma alteração expressiva, além de mudar o nome para estudos de mídia, a ideia é ter mais conexão com o mundo do trabalho cada vez mais digital. A graduação deve ter mais foco em comunicação e tecnologia com a mudança.

O Centro de Informática (Cin) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) abriu inscrições para curso gratuito de capacitação na área de fotografia computacional com foco em inteligência artificial e dispositivos móveis. A formação será remota e terá duração total de 180 horas, além de oferecer certificado para os alunos concluintes. As inscrições vão até 9 de outubro, por meio de formulário online.  

Estudantes e profissionais de todo Brasil podem se inscrever, sendo necessário cursar graduação ou pós graduação, ou já ter concluído em instituições reconhecidas pelo MEC. Os interessados ainda devem atender os requisitos básicos de conhecimento de programação em Python e programação básica em C++. Além de noções em estatística e probabilidade. 

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A lista com os pré-selecionados será divulgada no dia 18 de outubro, no site do Cin. Mais informações estão disponíveis no edital

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), nesta quinta-feira (14), prorrogou o prazo de inscrição para interessados em prestar serviços no concurso da UFPE 2023. Os selecionados irão trabalhar de 22 de outubro a 29 de outubro, na região metropolitana de Recife (RMR). As inscrições são gratuitas e se encerram no dia 24 de setembro.

O edital é voltado para preenchimento de cadastro de reserva nas áreas de fiscal de aplicação de provas, ledor, intérprete de libras, brailista, cinegrafista, médico, chefe de setor, subchefe de prédio e chefe de prédio. As remunerações variam de R$ 142,85 a R$ 3.000,00 por turno.

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Para se candidatar é preciso ter mais que 18 anos, ensino médio completo e possuir conta bancária. Já para concorrer a vaga de cinegrafista, é preciso ter equipamento de filmagem. Os interessados na vaga de médico devem ter registro no Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe). Para conferir o edital completo e se inscrever, acesse o site.

O Projeto Rumo à Universidade promove, a partir deste sábado (16), uma série de aulões gratuitos para estudantes que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. Ao todo, a iniciativa realizará sete aulas, com 200 vagas, sempre aos sábados, das 12h às 19h20, no anfiteatro do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), localizado no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife.

Os interessados devem se inscrever através de formulário eletrônico. De acordo com a organização do Rumo à Universidade, nos dias dos aulões, os participantes, que devem residir, preferencialmente, na Região Metropolitana da capital pernambucana, precisam usar farda da escola estadual de Pernambuco ou a camisa do projeto, que custa R$ 14.

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A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) lançou, na última quarta-feira (13), o edital do processo seletivo de ingresso por reintegração 2023.2. A seletiva é para cursos de graduação presenciais e a distância da instituição e os interessados devem se inscrever, de 15 de setembro a 3 de outubro, exclusivamente pelo site.

Ao todo, a seleção oferta 771 vagas para os cursos presenciais dos campi Recife, Vitória e Agreste e mais 73 vagas para seis cursos a distância. De acordo com a UFPE, podem participar ex-estudantes de graduação da UFPE exclusivamente para reingresso no mesmo curso e campus que não tiverem registrado no sistema de gestão acadêmica a situação “integralizado” ou “formado” ou não tiverem sido desvinculado ainda no 1º período letivo do curso ou não tiverem sido desligados de um curso de graduação por motivo de punição disciplinar.

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Também podem se inscrever ex-estudantes de graduação da UFPE que tiverem perdido seu vínculo por recusa definitiva de matrícula nos casos em que a carga horária total a ser concluída seja equivalente a até 15% do curso, exclusivamente para a conclusão do mesmo curso em até dois períodos letivos, e que não tiverem registrado no sistema de gestão acadêmica a situação “integralizado” e/ou “formado” ou já não tenham sido beneficiados pela reintegração após o advento da recusa definitiva de matrícula.

Segundo o cronograma do processo seletivo, até 9 de outubro haverá a publicação da lista de classificados no site da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd). De 11 a 16 de outubro, será realizada a matrícula acadêmica em componentes curriculares. O início das aulas se dará no dia 23 de outubro. De 23 a 30 do mesmo mês é o período de rematrícula.

Uma pesquisa realizada no Departamento de Zoologia do Centro de Biociências (CB) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) descobriu cinco novas espécies de lagartos amazônicos do gênero Iphisa. A novidade foi celebrada pela comunidade científica, e uma homenagem foi feita a ativistas ambientais que atuaram nas regiões onde as espécies foram registradas, entre eles Bruno Pereira e Dorothy Stang. 

A investigação científica, encabeçada pela pesquisadora Anna Virginia Albano de Mello, doutoranda em biologia animal na UFPE, teve como objetivo catalogar as novas espécies à medida que diferenças morfológicas foram identificadas. Das sete espécies catalogadas na pesquisa, cinco são a novidade na comunidade zoológica, e seus nomes científicos foram escolhidos para homenagear os seguintes ativistas: Dorothy Stang, Ivaneide Suruí, Alessandra Korap Munduruku, Kátia Pellegrino e Bruno Pereira. 

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Lagartos amazônicos levam nome de ativistas ambientais. Foto: Divulgação/UFPE 

“A nossa ideia era nomear os bichos de uma forma que fosse ajudar os cientistas a localizar cada um, mas diante da situação socioambiental do Brasil nos últimos anos, principalmente no que se refere à Amazônia, com invasões a Terras Indígenas e queimadas, a gente decidiu homenagear essas pessoas que defendem a Amazônia. A gente escolheu Dorothy Stang, Ivaneide Suruí, Alessandra Korap Munduruku, Kátia Pellegrino e por último já em 2022 a gente resolveu homenagear Bruno Pereira. Os nomes não foram aleatórios, eu escolhi homenagear as pessoas que foram atuantes nas áreas onde cada um dos bichos foi descoberto”, afirmou Anna de Mello em entrevista ao portal ((o))eco. 

A pesquisa foi realizada em parceria Universidade de São Paulo (USP) e o Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), na França. A orientação do trabalho foi feita pelo professor Pedro Murilo Sales Nunes. 

 

Na última sexta-feira (1), estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), campus Recife, tiveram um mal-estar após alimentação no restaurante universitário da instituição (RU), que é administrado pela empresa General Goods. Vômitos, diarreia e dores abdominais foram os principais sintomas relatados pelos alunos, de acordo com um levantamento realizado pela Casa do Estudante. Através do formulário on-line, a CEU’s contabilizou mais de 1200 relatos de mal-estar. Algumas vítimas precisaram de atendimento médico em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O LeiaJá também encontrou relatos de casos de intoxicação alimentar nas redes sociais.

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Nesta segunda-feira (4), diversos alunos da UFPE participaram de um ato em frente ao restaurante universitário, que foi reaberto em maio de 2023 após dois anos sem funcionamento. Aos gritos de “Fora, General Goods” e “Fora, reitor Alfredo [Gomes]”, eles pediam por qualidade e segurança no serviço oferecido de alimentação à comunidade acadêmica.

Júlio Gomes/LeiaJá

Júlio Gomes/LeiaJá

Júlio Gomes/LeiaJá

Os manifestante chegaram a entrar no RU para protestarJúlio Gomes/LeiaJá

Entre os estudantes que passaram mal, está Vinícius Souza, que estuda ciências biológicas e é morador da Casa do Estudantes desde novembro de 2022. Ele disse à reportagem que os relatos de mal-estar começaram já na segunda-feira (28). 

"O foco do surto mesmo [intoxicação] foi da sexta para o sábado. Na Casa [do Estudante] teve gente vomitando pela janela, porque não dava nem tempo de chegar no banheiro. Os corredores de lá estão sujos, os banheiros, que já são precários, ficaram piores. Foi um surto infeccioso entre os alunos. No sábado, começamos a nos articular em um grupo no WhatsApp e percebemos que não era só a gente que estava passando mal, mas toda a universidade. Então, demos início a um formulário, que mostra que as pessoas tiveram sintomas semelhantes, mas, alguns se destacaram, como diarreia, dor de cabeça, febre, vômitos”, salienta.

Vinícius também contou que chegou a desmaiar e que um amigo vomitou sangue. Ao LeiaJá, o universitário ressaltou que a Casa do Estudante entrou em contato com a Pró-reitoria, que foi ao local para prestar assistência às vítimas. No entanto, ele pontua que a atuação da Pró-reitoria não foi suficiente para a gravidade do caso. “Eles levaram uma enfermeira até a Casa do Estudante. Ela analisou o que a gente tinha, mas, nada além disso. O máximo que disseram foi para a gente ir para a UPA e tomar os remédios que já estávamos usando”. Durante a entrevista, o estudante falou que ainda apresenta sintomas como dor de cabeça e enjoo.

Vinícius Souza é estudante de ciências biológicas e morador da Casa do Estudante. Ele chegou a desmaiar por causa da infecção alimentar. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Mesmo com os casos de infecção alimentar o RU segue aberto

Dois dias após o ocorrido, o restaurante universitário funcionou nesta segunda. De acordo o com pró-reitor para assuntos estudantis da UFPE, Fernando José do Nascimento, uma equipe da Vigilância Sanitária esteve no local e acompanhou o preparo das refeições de hoje. "Desde que a universidade foi notificada, nós acionamos de pronto a Vigilância Sanitária e Epidemiológica. Então, ontem, a Vigilância Sanitária passou aqui (UFPE), aproximadamente, quatro horas fazendo uma inspeção detalhada da cozinha, do setor de produção, do estoque, que não foi encontrado nada que justificasse o fechamento do RU”, afirmou em entrevista ao LeiaJá.

À reportagem, o pró-reitor esclarece que uma equipe da Vigilância Sanitária coletou material para uma análise clínica “do que a empresa [General Goods[ recebeu do fornecedor e identificar a causa [intoxicação]. É certo que, até o presente momento, [o problema] não está na produção e no serviço. A Vigilância Sanitária esteve aqui ontem e hoje e não encontrou nada que depusesse contra o restaurante”, frisou.

O restaurante universitário aberto gerou um incômodo em alguns estudantes, que chegaram a alegar que a UFPE e General Goods estavam tratando os estudantes como cobaias. A estudante Charly, que cursa pedagogia e é moradora da casa mista do estudante, pontuou que os relatos de mal-estar dos alunos da instituição não são novidade. “Casos isolados, que foram levados à administração do RU, para a Proaes, para uma comissão de estudantes. Então, esses casos de infecção, intoxicação alimentar vem ocorrendo por uma questão estrutural do RU”, contou.

A aluna critica o funcionamento do espaço, que contou com um público reduzido durante o almoço. "Eu acho que o restaurante funcionando significa que nós estamos aqui diante de um experimento público. Por mais que a vigilância sanitária diga 'pode abrir o RU porque vamos analisar a produção da comida', mas, como é que você vai analisar essa qualidade com insumos que vieram da semana passada? Com coisas que estão armazenadas e a gente nem sabe como está funcionando", critica. 

À reportagem, Charly conta que algumas vezes o restaurante serviu pão morfado aos estudantes. "Na sexta-feira não teve pães morfados, mas já rolou outras vezes no restaurante universitário". Questionado sobre o caso, Fernando José do Nascimento afirmou que as pontuações dos alunos da UFPE não foram amplamente difundidas. "Nós temos uma canal para atender essa demanda [RU]. Pedimos para que esses casos sejam relatados nessa plataforma ou na ouvidoria", menciona. 

Pró-reitor para assuntos estudantis da UFPE, Fernando José do Nascimento, almoçou no RU enquanto estudantes realizavam ato no local. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

General Goods e casos de intoxicação alimentar

Este não é o primeiro episódio de intoxicação alimentar envolvendo a General Goods. Em março de 2022, 60 estudantes da Escola Técnica Estadual Luiz Alves Lacerda, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, tiveram mal-estar após a merenda, de responsabilidade da terceirizada. Na época, a empresa alegou que não houve irregularidades nas refeições servidas na instituição. 

Para a reabertura do restaurante universitário, a UFPE realizou um processo se licitação para escolha da empresa que ofertaria o serviço, sendo a General Goods a escolhida. A contratação da terceirizada foi publicada no Diário Oficial, em março de 2023. "Contratação de empresa especializada na prestação de serviços para a produção e distribuição de refeições para coletividade sadia no restaurante universitário da Universidade Federal de Pernambuco, Campus Joaquim Amazonas, Recife, PE, que serão prestados nas condições estabelecidas no termo de referência, anexo do edital". 

A reportagem questinou Fernando José do Nascimento sobre a contratação da General Goods, diante de uma caso semelhante no Estado, após todo o processo de licitação realizado pela UFPE. O pró-reitor afirmou que todos os documentos solicitados à empresa foram entregues e não havia nenhuma sinalização sobre o caso ocorrido no Cabo de Santo Agostinho.

Um cearense nascido em uma casa de taipa em 1946, na beira do rio Jaguaribe, em Aracati, veio ao Recife, em Pernambuco, com menos de 17 anos buscando trabalho. Sem nenhum sonho, Francisco Ferreira Lima Filho não imaginava que um dia iria se tornar o Seu Passarinho, o fotógrafo oficial da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) durante quatro décadas.

O tempo antes da câmera

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Francisco Ferreira Lima Filho. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Francisco Ferreira conta que veio ao Recife ainda adolescente junto com um colega, este que tinha uma esposa e filhos no Ceará, à procura de um emprego e uma forma de viver. Assim que chegou, os trabalhos não apareceram logo. Os dois amigos começaram a viver de pensão em um quartinho na rua de frente à uma praia.

Certo momento, o dinheiro guardado para sobreviver no Recife acabou. Ainda desempregado, o colega de Francisco decide que é melhor voltar para o Ceará e desistir de ganhar a vida em Pernambuco. Francisco, por outro lado, decide ficar.

“Ele disse ‘vamo simbora, vamo voltar. Não tem jeito não’. E eu disse ‘eu não vou’. Ele chorou, esse cidadão, chorou para me levar de volta e eu não fui. Tirei meu relógio, ele tirou o dele e a gente vendeu ali, na Rua do Imperador, para comprar a passagem dele para ele ir embora. E eu fiquei, na calçada do Jornal (do Commercio) com a minha maletinha”, conta Seu Chico.

Sozinho em uma cidade que não conhecia, o cearense morou, por quase dois meses, na calçada do jornal. Ferreira conta que conseguia se alimentar porque pedia comida em alguns estabelecimentos por perto ou a algum funcionário do jornal.

“Depois de quase dois meses, eu já não aguentava mais não. À noite eu dormia ali sentado na calçada, encostado na parede do Jornal. Eu não podia nem entrar por causa da ditadura. Quando foi um dia, eu me desesperei e disse, vou embora”, relembra.

Francisco Ferreira Lima Filho. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Caminhando pelas ruas de Recife, Francisco resolveu procurar pela estação ferroviária para poder voltar para o Ceará. Nessa procura, ele esbarrou com um rapaz que soube do seu desejo de arrumar um emprego e ofereceu uma vaga, na cidade de Camaragibe, em Aldeia, como funcionário de uma indústria de fubá de milho e colorau. Chico aceitou, mas seu emprego só durou dois meses.

“Sabe o que aconteceu? Eu arrumei uma namorada lá, filha de um cidadão brabo, valente que só a gota. Ele pensava que ela tinha que acabar esse namoro comigo, que eu era um forasteiro. Aí ela disse que não acabava e ele puxou uma faca e jogou atrás dela. O dono da granja lá disse ‘seu cearense, você vai ter que ir embora daqui, se não você vai morrer’”, crelembra Ferreira.

Dessa forma, ele teve que voltar para o Recife e retornou à calçada do jornal, onde morou mais dois meses, quando conseguiu uma quartinho cedido dentro de uma barbearia, na Madalena. Depois de um tempo, Francisco conseguiu uma vaga como ajudante de pedreiro para construção do prédio da Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da UFPE. O que ele não sabia é que aquele era o início de uma longa vivência no campus.

Ferreira Filho e o prédio da CFCH, na UFPE. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Memórias de uma lente

Eventualmente, no final dos anos 1960, Francisco Ferreira encontrou um jornal que anunciava: ‘Precisa-se emendador no Diario de Pernambuco’, Então, decidiu começar a trabalhar nas oficinas do estabelecmento. Foi nesse emprego, que o cearense conheceu o que era uma máquina fotográfica. Ao ver os fotógrafos saindo para trabalhar na rua com os repórteres, foi amor à primeira vista.

“De perto, a primeira vez que eu vi uma máquina fotográfica, foi quando eu estava no Diario. Parece que era uma coisa que eu tinha que ser fotógrafo, né? Eu comecei a gostar de fotografia, gostar da máquina fotográfica, e querer ser fotógrafo. E fui, e sou. Não sou bom, mas sou”, se declara humildemente.

“Eu fiquei morrendo de vontade de ser fotógrafo. Aí consegui, com o chefe de departamento fotográfico da época, me levar lá pra cima para fazer o teste de laboratorista. Eu passei no teste e fui ser laboratorista, e comecei a fotografar. Se faltava um fotógrafo no jornal, eu tava lá e mandavam eu fazer uma foto”, lembra Ferreira.

Francisco Ferreira Lima Filho e sua câmera fotográfica. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Toda sua técnica e conhecimento da máquina foram adquiridas de forma autodidata, com sua experiência e interesse pela fotografia. O recém-fotógrafo passou oito anos trabalhando no Diario e experimentou a vida de fotojornalista ao extremo. Chegou a fotografar conflitos, a se infiltrar em lugares para tirar a melhor foto e até correr riscos pelo amor à câmera.

“Na Guararapes, existia uma greve de ônibus, aquelas coisas. Eu pulei por cima de um capô de carro e fotografei a cena do cara brigando na frente da Caixa Econômica. Os policiais vieram com cassetete batendo na gente, eu me pendurei naquele grade da Caixa e o cassetete passou por debaixo dos meus pés. Foi uma loucura…”, diz Francisco, aos risos.

Com as cinco horas de jornada de trabalho, Ferreira conseguiu uma indicação com um colega para trabalhar como auxiliar de serviços gerais na Universidade Federal de Pernambuco, onde passou boa parte da sua carreira. Apesar do cargo ser de auxiliar, sua função foi, também, como fotógrafo na universidade. Durante anos, ele conciliou os dois empregos.

Já acostumado com a câmera no campus e na rua, Francisco começou a ser solicitado para tirar fotos particulares e foi ficando conhecido. Quando ia fotografar alguém, sempre ouvia o grito: ‘Olha o passarinho!’. Esse foi o gancho para que ele fizesse seu cartão de visita com o apelido que se tornaria parte de seu nome: Francisco Ferreira Passarinho.

Seu Passarinho segurando seu antigo cartão de visitas. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

No governo de José Sarney, Ferreira foi contemplado por uma reformulação em que as pessoas que trabalhavam nos órgãos públicos se tornaram servidores. Assim, ele passou a ser o fotógrafo oficial da UFPE, fotografando e vivendo muitos momentos importantes.

“Aqui (na UFPE) eu fotografava muitas visitas de pessoas. Eu fotografei o presidente Lula, ministros, Fernando Henrique Cardoso com a esposa, aqui no gabinete. Tive o prazer de ir a Brasília entregar uma encomenda do reitor ao grande Nelson Mandela. (...) Outra solenidade importante que eu entreguei um álbum de fotografia, fui levar lá em Abreu e Lima, entreguei na mão dele, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez”, conta o fotógrafo.

“Na área de política, eu já vi os maiores políticos aqui de Pernambuco, Marcos Freire, Miguel Arraes, Fernando Lira, Cristina Tavares, os deputados federais, esse povo todinho eu conheço. Conheci, pode-se dizer assim, muita gente importante. Muitas pessoas de outros países”, continua Passarinho.

Seu Passarinho e sua câmera fotográfica. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Com muito tempo de profissão, o fotógrafo oficial da UFPE passou por 12 diferentes reitores da universidade. Desde Marcionilo de Barros Lins (agosto de 1971 até agosto de 1975), até a reitoria de Alfredo Macedo Gomes, em 2019. Nessa bagagem, ele viajou por 43 anos pelos vários campi, prédios e histórias que a universidade possui.

O sentimento de saudades

Em 2020, ano auge da pandemia, Seu Passarinho se aposentou. Pela idade, quase aos 75 anos, teve que sair de forma compulsória, mas não deixou de amar a fotografia. Aos seus quase 77 anos, ele afirma que ainda visita a UFPE por lazer e, por onde passa, colaboradores da universidade param para cumprimentá-lo.

“Às vezes dá saudades (de fotografar), né? Às vezes a gente fica pensando, eu viajava, ia para Caruaru, Vitória (de Santo Antão)... Em Caruaru, eu fotografei aquele cidadão ali (ex-reitor Amaro Henrique Pessoa Lins) olhando o terreno onde ia ser construída a universidade lá de Caruaru”, relembra o cearense.

Seu Passarinho e quadros dos ex-reitores com quem ele trabalhou. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Passarinho conta que, depois da aposentadoria, tem fotografado mais sua família ou a natureza pelo quintal de sua casa. Mas a saudade da rua está sempre presente. Chico é uma pessoa de lembranças e guarda grandes álbuns de fotografia com partes da sua história eternizadas em papel fotográfico. 

“Para mim, a fotografia foi tudo na minha vida. Eu comecei a viver, mesmo, foi com a fotografia. (...) Eu digo a todo mundo, a universidade é a extensão da minha casa. Minha vida foi aqui dentro, começou tudo aqui. (...) Uma das melhores experiências da minha vida foi aqui dentro da universidade. De outras empresas que eu trabalhei, nenhuma deixa saudades. E a universidade… Foi tudo. Tudo na minha vida”, desabafa Ferreira.

Casado duas vezes, seu Francisco tem cinco filhos e cinco netos. Hoje em dia continua fotografando por prazer, mas sonha em fazer um trabalho especial com um livro fotográfico apenas de fauna e flora da UFPE, algo que ele tem de sobra guardado. Segundo ele, foram vários domingos passando o dia no campus para capturar esse momentos. Ele chegou a plantar pés de manga que, hoje em dia, anos depois, aparecem grandes e altos enfeitando a universidade.

Seu Passarinho e o pé de manga que ele platou anos atrás. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

“Eu gosto de fotografar, às vezes eu fico lá no quintal de casa, tem lá uns pé de manga, uns passarinhos. Se Deus quiser, no final deste ano, no começo do outro, eu vou terminar de fazer meu trabalho, que eu tô fazendo um livro sobre fauna e flora aqui do campus da universidade. Eu tenho muita coisa, eu passava o domingo aqui no campus, trazia uma cadeira, uma comida. Aqui tem tanta coisa, você não consegue imaginar”, compartilha Franscisco.

O aposentado conta que admira suas fotos. Quando tem um tempo em casa, gosta de revê-las. São tantas lembranças que dava para preencher uma sala de material fotográfico. Passarinho conta, com humor, que ainda tem umas trinta máquinas fotográficas dentro de casa e um dia será inaugurada no Museu Passarinho.

Seu Passarinho e sua câmera fotográfica. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Admirado por muitas pessoas, pelo seu trabalho e pelo seu carisma como pessoa, Francisco carrega histórias de fotos e viagens que entretêm qualquer um. Quando perguntado como Francisco Ferreira gostaria que Seu Passarinho seja lembrado pela Universidade Federal de Pernambuco, o mesmo responde: “Como um grande fotógrafo!”

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