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A partir de agora, a titulação de doutor passa a ser requisito para ingresso na carreira do magistério superior nas universidades federais. A lei que determina a decisão foi sancionada nessa terça-feira (24), pelo presidente da República em exercício, Michel Temer.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), as universidades não precisarão exigir doutorado nos editais dos concursos quando se tratar de áreas de conhecimento ou localidade com grave carência de detentores de titulação acadêmica de doutor. Nesse contexto, segundo o MEC, serão aceitos candidatos mestres, especialistas ou graduados, ficando a decisão para ser fundamentada pelos conselhos superiores das instituições de ensino.

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Nesta quarta-feira (25), a nova lei foi publicada na edição do Diário Oficial da União (DOU). Veja a lei na íntegra.



















Rio de Janeiro – Levantamento do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), mostra que as vagas reservadas nas universidades federais para estudantes pretos, pardos e indígenas cresceram em 2013.

Em 2012, as instituições destinaram 9,5% das vagas para alunos pretos, pardos e indígenas, participação que saltou para 19,6% este ano. Como resultado, o número de vagas reservadas a esse perfil de estudante subiu de 13.392 para 37.028.

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As destinadas a alunos de baixa renda e de escolas públicas passaram de 16.777 para 21.608. Se comparadas, as cotas raciais avançaram quatro vezes mais que as sociais.

A Lei 12.711 define que, até 2016, as instituições federais de ensino devem reservar 50% das vagas para estudantes pretos, pardos, indígenas, de baixa renda e formados em escolas públicas. O número de cotas para pretos, pardos e indígenas é estipuladas conforme o tamanho dessa população em cada estado.

"A lei federal vence, assim, uma resistência histórica das universidades a atribuir cotas específicas para pretos, pardos e indígenas e a suposição de que as cotas sociais seriam suficientes para a inclusão desses grupos, uma vez que eles pertencem às classes sociais mais pobres", conclui o levantamento.

"Embora a política anterior também seja bem-sucedida, ela ainda tinha o desvio de usar outros princípios de ações afirmativas. Necessitava uma correção e que todas as universidades adotasse", defendeu o professor de Ciência Política e participante da elaboração do levantamento, João Feres.

Na Região Sul, as universidades federais ultrapassaram a meta destinada à população preta, parda e indígena, com 17,7% das vagas reservadas ante 10,5% previstos até a implantação total da lei. Outras regiões se aproximaram da meta, mas ainda não a atingiram. O Sudeste reserva 18%, com a previsão de 22%; e, no Centro-Oeste, a fatia das cotas raciais está em 24,3%, quatro pontos atrás dos 28,5% esperados.

No Norte e no Nordeste, onde a população preta, parda e indígena é maior, as metas ainda estão mais longe de serem cumpridas. Enquanto na primeira região ainda é necessário avançar de 17% para 37,8%, na segunda, a taxa precisa crescer de 21,6% para 34,8%. Apesar disso, os percentuais das cotas raciais esperados para este ano, com a aplicação gradual da lei, foram superados em todas as regiões.

Para Feres, é preciso garantir agora o fechamento do ciclo, com a matrícula e a permanência dos estudantes nas universidades. "O importante é a gente ver se de fato as pessoas estão se matriculando e se o ciclo se fecha, porque esse estudo mostra as vagas oferecidas, mas não mostra se elas foram preenchidas ou não".

O levantamento aponta ainda que as cotas reservadas nas universidades federais com conceito 3, dentro do Índice Geral de Cursos das Instituições (IGC), passaram de 9,1% para 25,3%, de 2012 a 2013. As instituições com conceito 5 vêm logo depois, com uma evolução de 18,3% para 27% do total de vagas. As com conceito 4, que são maioria, saltaram de 24,5% para 32,2%.

O índice de cursos prevê uma escala de notas de 1 a 5, sendo 1 e 2 considerados insatisfatórios. Em relação às vagas destinadas para alunos pretos, pardos e indígenas de 2012 para 2013, o percentual subiu de 8,8% para 13,9% do total de vagas entre as universidades de conceito 5, o menor registrado. As universidades com conceito 4 saltaram de 10,2% para 20,3%. As com conceito 3 foram as que mais evoluíram: de 6,7% para 20,5%, assumindo a primeira posição.

"As universidades com conceito cinco eram as mais resistentes a adotar qualquer tipo de ação afirmativa. Como foram obrigadas, elas partiram do pouco e criaram só o que a lei manda, enquanto as de conceito quatro partem de patamares mais altos e criam até mais", explica João Feres.

A situação praticamente se inverte quando analisadas as cotas para alunos de escolas públicas e de baixa renda. As universidades com conceito 3 elevaram o percentual de 2,3% para 4%, enquanto as com conceito 4 reduziram a participação, de 14,1% para 11,4%. As universidades com conceito 5, neste caso, foram as que mais aumentaram o número de vagas, de 9,6% para 13%.

As universidades federais reservaram mais que o dobro de vagas para as cotas em 2013, superando as metas de adesão gradual prevista na Lei 12.711, apontou levantamento feito pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

No primeiro ano, as 58 universidades federais teriam de destinar 12,5% das vagas a alunos de escolas públicas, de baixa renda, pretos, pardos e indígenas. O percentual chegou a 31,5%.

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"Várias delas já tinham cotas altas antes da lei, algumas de 30% a 40%. Então, muitas delas mantiveram o que já tinham com pequenas alterações, sem partirem da estaca zero", destrincha João Feres, professor de Ciência Política e integrante do grupo da Uerj.

Em 2012, 32 instituições ofereceram 30.264 vagas para cotistas (a partir de programas com critérios próprios), equivalente a 21,6%, percentual superior ao exigido pela lei. Com a padronização dos critérios e a adesão de mais 18 universidades à lei, o número cresceu cerca de 96% em 2013.

"Foi um pico, com a adesão das 18 de uma só vez. Quando entram, já reservam pelo menos os 12,5% determinados pela lei, e isso conta muito no número total", explica Feres.

A lei prevê, até 2016, reserva de 50% das vagas das instituições federais de ensino superior para alunos de escolas públicas, de baixa renda, pretos, pardos e indígenas.

Conforme o levantamento, 19 universidades federais já atingiram a meta prevista para 2016 e outras definiram percentuais superiores aos 12,5% (mínimo ). Com isso, foram ofertadas 59.342 vagas para cotistas, 151% a mais que as 23.591 previstas se todas as universidades cumprissem apenas o mínimo previsto na lei.

O avanço ocorreu em todas as regiões do país, porém de forma diferenciada. Enquanto no Sul, houve salto de 31,9% para 45,8%, no Norte, o crescimento passou de 16,4% para 22,2%. O Centro-Oeste apresentou alta de 17% para 31,6%, acima da média nacional de 9,9 pontos percentuais. O Nordeste teve variação de 20,3% para 28,7%, e o Sudeste, de 20,7% para 31%.

Brasília - Os reitores das universidades federais comemoraram a aprovação pelo Senado Federal do projeto que autoriza as fundações de apoio à pesquisa a celebrar contratos com entidades privadas. O assunto foi debatido nessa quarta (4) na reunião do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). O Projeto de Lei de Conversão 18/2013 foi aprovado nesta terça-feira (3) e segue para sanção presidencial.

Com a lei ficará mais fácil captar dinheiro de empresas privadas. Os recursos serão voltados para projetos de ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnológico nas instituições federais de ensino superior. O projeto estabelece que todos os convênios dessa natureza serão regulamentados pelo Poder Executivo, que estabelecerá critérios de habilitação das empresas. Elas serão dispensadas das regras da Lei de Licitações (Lei 8.666/1993).

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"É um salto significativo e importante para que as universidades exerçam seu papel quanto instituição de pesquisa e inovação", diz o presidente da Andifes, Jesualdo Pereira Farias, "Com a aprovação [do projeto de lei de conversão], vamos ter uma maior flexibilidade para desenvolver pesquisa nas universidades".

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, acredita que a nova lei vai resolver "80% dos problemas das federais" em firmar compromissos com instituições privadas. "Uma coisa que é evidente, a falta de uma maior capacidade legal que possa dar segurança no relacionamento das universidades com órgãos privados, como as empresas", disse Raupp em sua primeira reunião com a Andifes. Ele está otimista com a sanção presidencial do projeto.

Além de tratar da lei e do financiamento privado, os reitores aproveitaram para cobrar do ministro melhorias na liberação de recursos públicos. "Isso nos estimula a aperfeiçoarmos nossas operações de financiamento", disse o ministro.

A Andifes recebeu também, nesta quarta-feira, a ministra da Cultura, Marta Suplicy. Ela pediu o apoio das universidades para a formação de gestores culturais dos centros de Artes e de Esportes Unificados (CEUs) - unidades que reúnem no mesmo espaço físico programas e ações culturais com práticas esportivas e de lazer. Serão 360 CEUs pelo Brasil até 2014. Segundo o presidente da Andifes, as universidades têm interesse na capacitação. Em troca, pedem incentivos para as produções artísticas das próprias universidades, que têm ampliado as vagas e os cursos voltados para as artes.

Sobre o Programa Mais Médicos, que recebeu o apoio da Andifes no mês passado, Farias diz que os reitores têm trabalhado no convencimento da importância do programa e que têm buscado vencer a resistência "que ainda existe nas escolas de medicina". 

Durante audiência pública ocorrida nessa terça-feira (14), na Comissão de Educação do Senado Federal, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante afirmou que todas as universidades federais têm metas para expandir as vagas de residência nos cursos de medicina. Segundo ele, a estimativa é ampliar para mais de 10 mil vagas nas regiões mais demandadas do país.

Na ocasião, Mercadante ressaltou que o governo federal ainda está finalizando o acordo para trazer médicos do exterior. Ainda de acordo com o ministro, a proposta prevê que esses profissionais trabalhariam exclusivamente no Sistema Único de Saúde (SUS), em áreas mais carentes. Os médicos estrangeiros teriam registro provisório de três anos para atuar no país. O processo seria acompanhado pelas universidades federais.

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A nova política de abertura de cursos de medicina estabelece critérios mínimos de demanda e infraestrutura. Os critérios serão divulgados no edital de chamamento público.

*Com informações do Portal MEC











O Ministério da Educação (MEC) autorizou, através de portaria divulgada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (12), um quantitativo de 28 vagas destinadas à realização de concursos públicos em universidades federais para o cargo de técnico-administrativo.

Ao todo, cinco universidades federais foram privilegiadas. São elas: a Universidade Federal da Bahia, que terá quatro vagas para o cargo, a Universidade Federal de Juiz de Fora, com três, a Universidade Federal de Santa Catarina (2), a Fundação Universidade Federal de Pelotas (11) e, por fim, a Fundação Universidade Federal de Viçosa (8).

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A presidente Dilma Rousseff sancionou hoje a Lei nº 12.799, que estabelece critérios de isenção do pagamento de taxa de inscrição para ingresso nas universidades federais. Pela norma, será assegurado isenção total do pagamento da inscrição ao candidato que comprovar cumulativamente renda familiar per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio e ter cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou como bolsista integral em escola da rede privada.

Entra em vigor nesta segunda-feira (15) a chamada Lei de Cotas, que visa reservar 50% das vagas nas instituições federais de ensino técnico e superior para estudantes da escola pública. O decreto, assinado pela presidente Dilma Rousseff na semana passada, foi publicado no Diário Oficial da União.

"O nosso objetivo com essa lei é ampliar o acesso às nossas universidades e aos nossos institutos federais para os jovens das escolas públicas, para os negros e para os índios", explicou Dilma, lembrando que o benefício também leva em consideração a raça declarada pelo estudante. Outro critério utilizado para ter direito à cota é ter a renda bruta familiar igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo per capita.

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As instituições terão quatro anos para se adaptar à nova norma, aumentando progressivamente o percentual de reserva de vagas. Os processos seletivos para as matrículas de 2013 já devem reservar 12,5% das vagas aos cotistas. "É bom ressaltar, que a lei vale para todos os cursos, inclusive, aqueles mais procurados, como medicina e engenharia, por exemplo", disse a presidente.

Confira a íntegra do decreto.

Projeto de Lei que visa criar Universidade Federal da Chapada Diamantina (UFCD) está em etapa de conclusão na Câmara dos Deputados. O Projeto de Lei 4094/12 (PL 4094/12), que já está em caráter conclusivo, prevê a criação de campi da universidade nos municípios de Seabra, Lençóis, Ipirá e Rio de Contas. Algumas dessas cidades, como Lençóis e Rio de Contas são conhecidas pelo turismo ecológico. O projeto foi homologado pelo deputado Afonso Florence (PT/BA).

Florence afirma que essa é uma “importante região do estado, caracterizada por suas tradições culturais, importância econômica e densidade populacional”. Ainda segundo o deputado “esta região tem sido marcada também pelo intenso e prolongado processo migratório intensificado, entre outros motivos, pela busca dos seus filhos por uma oportunidade para cursar uma instituição de ensino superior pública e de qualidade”.

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O texto do projeto indica que a criação da UFCD se dará com dotação consignada no orçamento da União, auxílios de quaisquer entidades públicas ou privadas, convênios, acordos e ou contratos com organismos nacionais ou internacionais. Para a criação da universidade o reitor e vice-reitor serão indicados pelo Ministro da Educação em exercício até que seja criado o estatuto da universidade. Para concluir o processo, o projeto deverá passar pelas comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, Educação e Cultura, Finanças e Tributação, e da de Constituição e Justiça e Cidadania.

Por Juliana Gomes

Após uma assembleia marcada por muita discussão, os professores da Universidade Federal do Pará (UFPA) decidiram aceitar a orientação do Sindicato Nacional dos Docentes (Andes) e suspender a greve depois de 126 dias. O retorno às atividades será nesta sexta-feira (21), mas as aulas só devem recomeçar na segunda-feira (24). 

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O plano de reposição dos dias parados deve começar a ser discutido a partir de amanhã. O período letivo, no entanto, deve prosseguir até 2013. 

A paralisação não alterou o calendário do processo seletivo 2013 da UFPA. A primeira fase corresponde às provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizadas nos dias 3 e 4 de novembro. A segunda etapa será no dia 9 de dezembro.

A greve começou no dia 17 de maio e teve a adesão de 57 das 59 instituições federais do País.

A Associação dos Docentes da UFRPE (Aduferpe) realiza assembleia nesta segunda-feira (17), às 10h. A reunião será na sede da associação, no bairro de Dois Irmãos, Recife, e irá discutir o futuro da greve.

Na última assembleia, no dia 11 de setembro, os professores decidiram pela continuidade da paralisação, que já dura 122 dias, com 88 votos a favor e 39 contra.

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De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a greve dos professores chegou ao fim em 44 das 57 universidades federais como um todo ou apenas em alguns câmpus. As universidades federais do Paraná, Mato Grosso do Sul, Piauí e Rural do Rio de Janeiro decidiram sair da greve.

O MEC tem acompanhado a volta das atividades acadêmicas ao receber e analisar o planejamento das instituições para a reposição dos dias parados. De acordo com o secretário de educação superior do ministério, Amaro Lins, instituições que oficialmente ainda não definiram, em assembleia, o fim da greve já estão retomando as aulas, segundo as próprias reitorias. “Independentemente de uma decisão formal dos sindicatos, temos percebido que a greve está em processo de encerramento e há ampla retomada das atividades em diversos cursos”, afirmou, de acordo com a página eletrônica do MEC.

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O governo federal encerrou as negociações com os sindicatos dos docentes e com todas as outras categorias, pois a Lei Orçamentária Anual (LOA) foi encaminhada ao Congresso Nacional em 31 de agosto. Após o envio, o Congresso Nacional rejeita a inclusão de novos valores para questões salariais.

Brasília – Professores universitários em greve anunciam na noite desta sexta-feira (31) se voltam ou não ao trabalho. Eles realizam nas próximas horas 40 assembleias regionais para discutir a última proposta do governo.

Representante da maior parte dos professores, a presidenta do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, Marinalva Oliveira, informou que a decisão só deve ser divulgada após a consolidação dos resultados das assembleias.

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Parte dos docentes, reunidos no Sindicato de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior, aceitou o reajuste com percentuais que variam de 25% a 40%.

Para o Ministério da Educação, esse acordo atende a todos os professores, independente do sindicato, e será incluído no projeto do orçamento do governo para 2013.

Os agentes da Polícia Federal, que também rejeitaram a proposta do governo, estão reunidos em assembleia, nesta quinta-feira (30), em Brasília, para decidir se mantêm a greve. Os servidores das agências reguladoras decidem à noite se suspendem a paralisação.

O Ministério do Planejamento informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que neste momento trabalha para concluir o Projeto de Lei de Orçamento Anual. O projeto prevê gastos com a folha de pagamento e precisa ser encaminhado ao Congresso Nacional até sexta.

O Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais de Pernambuco (Sintufepe) realizam nesta terça-feira (21) uma nova assembleia. Na pauta do encontro estarão a avaliação da greve dos professores, informes, delegados para o CNG e encaminhamentos.

A ação ocorrerá na sede do sindicato, que fica na Avenida Acadêmico Hélio Ramos, 396, no bairro da Várzea, no Recife. O início da assembleia está marcado para às 9h30.

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Servidores técnico-administrativos das universidades e institutos federais sinalizaram a finalização da greve. Após a última negocioção com o governo, a Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) e representantes do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) afirmaram que a proposta de reajuste e carreira será assinada até a proxima quarta-feira (22).

Ficou acertado um reajuste de 15,8% para os anos de 2013, 2014 e 2015 e a progessão da carreira. Além disso, eles também tiveram uma ascensão do step (espécie de degrau entre um nível e outro), de 3,6% para 3,8%, aumentando os percentuais de qualificação. O orçamento inicial era de R$ 1,7 bilhão. Hoje com o reajuste e os benefícios passou para R$ 2,9 bilhões.

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Junto aos servidores, alguns professores retomaram às aulas. Em assembleias, os docentes decidiram encerrar a greve nas universidades federais do Rio Grande do Sul (UFRGS); de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); de São Carlos (Ufscar), no câmpus de Sorocaba; de São Paulo (Unifesp), no câmpus de Guarulhos; de Santa Catarina (UFSC); além de doze câmpus do Instituto Federal do Paraná (IFPR) e três do Instituto Federal do Acre (IFAC). 



O aumento varia de 25% a 40% sobre os salários de março, já reajustados, a serem pagos em 2013, 2014 e 2015, na proporção de 50%, 30% e 20%. Em relação ao maior aumento, o professor titular com dedicação exclusiva, que antes ganhava R$ 12,22 mil var receber R$ 17,05 mil. Já um professor com doutorado recém-ingressado na carreira ganhará de R$ 8,4 mil durante o estágio. Após esse período de três anos, a remuneração subirá para R$ 10 mil.

Assim como os servidores, um novo calendário de reposição das atividades ainda vão ser definidos pelso conselhos universitários de cada instituição. 

Já se passaram três meses de greve dos professores de universidades e institutos federais do Brasil. Os docentes querem reestruturação da carreira, melhores salários, mais investimento na educação, e do outro lado, o Governo Federal diz que não mais negocia com a categoria.

Os estudantes, que desde que ingressam na universidade traçam um planejamento de carreira profissional, projetam estágios e empregos, todavia, tudo isso depende do desenvolvimento do curso. Uma paralisação deste nível atrapalha os universitários, mesmo assim, a grande maioria dos alunos é a favor dos professores e defende a ideia de que a universidades pública brasileira ainda sofre sem recursos.

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Cursando o oitavo período do curso de ciências biológicas na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Flávia Pina, de 22 anos, já teve vários prejuízos por causa da greve. “Não consegui um emprego porque não me formei”, reclama Flávia. Ela estagia numa escola, na cidade pernambucana de Vitória de Santo Antão. Sua contratação estava muito próxima de ser fechada, porém, por não conseguir concluir a graduação, sua certeira de trabalho não foi assinada.

Além desse transtorno, a festa de formatura foi prejudicada. Há vários meses pagando as parcelas da cerimônia, a comemoração agora não tem data definida. “Só restam apenas dois meses para pagar e não sei quando vou me formar e nem quando será a festa”, diz a estudante. Mesmo diante dessas dificuldades, Flávia integra o volumoso grupo de estudantes que apoia a paralisação dos docentes. “Apesar dos problemas eu sou a favor da paralisação. Eu concordo com o que os professores querem”, conta a jovem.

Sem pensar nos prejuízos

O estudante de história, Maicon Vasconcelos, defende veemente os professores. Para ele, os prejuízos causados pela paralisação poderão ser compensados com rapidez se a greve acabar. Mas, ele argumenta que “se a educação continuar abandonada, as gerações futuras vão sofrer mais”.

Vasconcelos não reflete somente sobre os universitários de hoje. “Não sendo mesquinho enquanto análise política e global, não podemos pensar apenas nos universitário de hoje. Precisamos pensar no futuro. Não há como construir uma universidade de qualidade sem professores qualificados, bem remunerados e com planos de carreira”, argumenta o universitário.

Marcela Vieira, 23, faz medicina, também da UFPE, e não se preocupa com o atraso do curso. “O prejuízo será maior se os apelos da educação não forem atendidos. A greve não pode terminar enquanto a vitória não for dos professores”, diz a futura médica.

O presidente da Associação dos Docentes da UFPE, (Adufepe), José Luís Simões, faz questão de elogiar os estudantes que apoiam a paralisação. De acordo com o presidente, os universitários estão compreendendo a razão da greve. “A gente deve ter um governo que valoriza a educação, ou então o País não avança”, relata.

Reestruturação da carreira docente; unificação da carreira; carreira docente em 13 níveis - atualmente é dividida em cinco classes (subdivididos em 16 níveis); manutenção de 8h/aulas no mínimo, dando continuidade as pesquisas nas universidades; autonomia das universidades; reajuste de 20,5% para todos os docentes em 2012; e melhoria nas condições de trabalho são o que os professores pedem. Ainda não há planos da categoria sobre quando o fim da greve poderá ser discutido. Só em Pernambuco, mais de 30 mil estudantes estão sem aula.

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Um país em desenvolvimento, mas com sérios problemas na educação. A greve dos professores, em rede nacional, que hoje (17) já dura três meses, é um desses graves gargalos na área. Somente em Pernambuco, a greve deixa longe das salas de aula 33 mil estudantes.

O Governo Federal fez algumas propostas, mas a categoria afirma que os principais pontos de reivindicações foram deixados de lado, como a reestruturação da carreira docente; unificação da carreira; carreira docente em 13 níveis, atualmente é dividida em cinco classes (subdivididos em 16 níveis); manutenção de 8h/aulas no mínimo, dando continuidade as pesquisas nas universidades; autonomia das universidades; reajuste de 20,5% para todos os docentes em 2012; e melhoria nas condições de trabalho.

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Para fortalecer ainda mais a paralisação, na última segunda-feira (13), funcionários da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) aderiram à paralisação. O órgão possui vínculo com o Ministério da Educação (MEC), e concede bolsas de pós-graduação de mestrado e doutorado no Brasil.

Em Pernambuco, nessa quinta-feira (16), professores da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe) realizaram uma assembleia, no Recife, em que decidiram nem se quer debater a possibilidade de, nas próximas reuniões, colocar em votação na categoria a continuidade ou não da paralisação.

De acordo com o presidente da Adufepe, José Luís Simões, a greve está cada vez mais forte e o governo deve apresentar novas propostas. “ Nós estamos pedindo que o poder público tenha bom senso e reabra a negociação com os professores. Queremos a valorização do professor e mais qualidade para a universidade pública brasileira”, diz José Luís.

Ainda neste mês de agosto, segundo informações do MEC, os reitores das universidades federais e institutos federais receberam informes que a negociação está encerrada. De acordo com o ministério, a proposta apresenta reajustes de 25 a 40%, assegura ganhos reais expressivos superiores aos portadores de maior titulação e com dedicação exclusiva, o que representa um impacto de R$ 4,2 bilhões.

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A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe) realizou na tarde desta quinta-feira (16) mais uma assembleia com a categoria para discutir se este é omomento de se debater e colocar em votação o rumo do movimento grevista. O encontro não teve novidade, e com 219 votos contra 76, os docentes decidiram pela continuidade da greve e nos próximos eventos será este o encaminhamento, segundo a vontade da maioria. 

A assembleia ocorreu em um dos auditórios da UFPE, no bairro da Cidade Universitária, no Recife. Apesar de grande parte dos professores ainda apoiarem a greve, alguns docentes apresentaram ideias contrárias à paralisação, e em certos momentos do encontro, houve discussões.

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Para o presidente da associação, José Luís Simões, a assembleia fortaleceu ainda mais a paralisação da categoria. “A greve continua, e continua porque a gente quer uma carreira forte, uma universidade de qualidade e o professor valorizado”, comentou o presidente.

De acordo com informações da assessoria de comunicação da Adufepe, ainda não há datas para próximos eventos, e muito menos não há ideia de quando a greve pode acabar, se o Governo Federal não apresentar uma proposta que agrade aos professores.

Os professores pedem reestruturação de carreira, melhorias salariais, mais investimentos na educação, entre outras reivindicações.



O projeto de lei aprovado ontem (7) no Senado, que prevê metade das vagas de universidades federais para alunos oriundos da rede pública, é visto com reservas por educadores. Para o diretor da Fapesp e ex-reitor da Unicamp, Carlos Henrique de Brito Cruz, o projeto de lei é ruim porque fere a autonomia. "É uma usurpação da autonomia universitária, porque viola o direito de que cada instituição decida o modelo mais adequado, que tenha mais relação com a sua tradição de avaliar o mérito acadêmico", argumenta.

Para o professor Ocimar Alavarse, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), o estabelecimento de cotas sociais é importante à medida em que pode facilitar o acesso de estudantes de escolas públicas a cursos mais concorridos. "Basta ver os cursos mais disputados de qualquer universidade pública, para ver como é raríssimo encontrar algum estudante oriundo do sistema público", diz - o que, segundo ele, perpetua a disparidade social, já que os estudantes do sistema público tendem a ter um nível socioeconômico mais baixo.

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Uma boa implementação da política, no entanto, depende de estudos prévios. "É preciso pegar os dados do Sistema de Avaliação Básica (Saeb), para entender as particularidades desses estudantes de escolas públicas. Eles não são todos iguais", avalia. "Não dá para fazer políticas genéricas". Quanto às cotas raciais, ele é contrário. "Acho que isso não funciona, porque vai muito da autodefinição e os detalhes e diferenças são todos muito sutis", explica Alavarse.

Segundo o projeto de lei, nas vagas reservadas a cotas sociais ocorrerá um ajuste racial, feito com base nos porcentuais dos perfis étnicos em cada Estado. Por exemplo, a reserva de vagas para negros em Santa Catarina será menor que na Bahia.

Nas universidades estaduais paulistas, a discussão sobre cotas raciais está fora da pauta. Assim que o Supremo Tribunal Federal (STF) votou pela constitucionalidade das cotas raciais, em abril deste ano, USP, Unesp e Unicamp se disseram contrárias à medida. Elas defendem a prevalência do mérito na seleção, embora tenham ações de inclusão - sem, no entanto, reservar vagas.

Atualmente, a USP mantém o Programa de Inclusão Social (Inclusp), que dá bônus no vestibular a estudantes da rede pública. Neste ano, 28% dos novos alunos vieram de escolas públicas. Mesmo sem reservar vagas, a Unicamp é a única que tem benefício específico para pretos, pardos e indígenas. Eles chegam a receber 7% de bônus na nota, cerca de dois pontos porcentuais a mais que alunos de escola pública - também beneficiados. No último vestibular, 8,9% dos matriculados na Unicamp vieram do grupo de pretos, pardos e indígenas. Das três, a Unesp foi a que mais incluiu alunos vindos de escolas públicas: 41%.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Professores da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe) se reuniram em assembleia nesta sexta-feira (3), no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da UFPE, no bairro da Cidade Universitária, no Recife. Na ocasião, os integrantes da associação decidiram continuar a grave, que já permanece por 79 dias. 

De acordo com informações da Adufepe, após avaliar a postura do Governo Federal e do Sindicato Nacional (Andes) durante a última reunião, nessa quarta-feira (1º), a categoria decidiu fortalecer a paralisação e abertura imediata de negociações. Cento e oitenta educadores estiveram na assembleia, em que desses, somente cinco voltaram contra e dois se abstiveram.

No evento, o descontentamento dos professores com o poder público foi visível, segundo informações da assessoria de comunicação da Adufepe. O presidente da associação, José Luis Simões, destacou que “todas as falas foram na direção de continuar a greve e é necessário deliberar sobre isso”. O texto seguinte foi aprovado na assembleia pelos docentes: "esta assembleia reconhece o Andes-SN, como seu único representante, diz não à assinatura do acordo e exige a abertura imediata das negociações e fortalecimento da greve".  

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Ainda de acordo com a Andes-SN, o Sindicato Nacional ao qual a Adufepe é filiada, não aceitou assinar o acordo, já que as assembleias das suas bases sindicais não aceitaram a proposta do Executivo. No que diz respeito à Federação Nacional dos Docentes das IFES (Proifes), que corresponde a somente 3% dos docentes nas instituições federais, esta aceitou a proposta. A Adufepe informa que o Governo afirmou que o processo de negociação estava finalizado.  

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