Tópicos | mundo

Centenas de estudantes de Aceh, no oeste da Indonésia, invadiram, nesta quarta-feira (27), um abrigo temporário onde estavam hospedados mais de 100 refugiados da minoria muçulmana apátrida rohingya, perseguida em Mianmar, obrigando-os a fugirem.

Mais de 1.500 refugiados rohingya chegaram à costa da província de Aceh desde meados de novembro, nesse que é, segundo a ONU, o maior afluxo em oito anos. Alguns deles sofreram a hostilidade por parte da população local e, em alguns casos, foram devolvidos ao mar.

Os estudantes invadiram uma instalação do governo na capital provincial, Banda Aceh, onde estavam hospedados 137 refugiados rohingya, para exigir sua transferência para um escritório de imigração local, visando a sua deportação.

Aos gritos de "expulsem eles" e "rejeitem os rohingyas em Aceh", os estudantes chutaram os pertences dos refugiados, segundo imagens filmadas no local.

Os manifestantes enfrentaram a polícia que protegia os refugiados aterrorizados, mas os agentes acabaram permitindo que os estudantes retirassem-nos de lá, observou um jornalista da AFP presente no local.

Procurada pela AFP, a polícia de Banda Aceh não fez comentários.

O ataque deixou os rohingyas em choque e traumatizados, disse o escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

"O ACNUR continua profundamente preocupado com a segurança dos refugiados e pede às autoridades locais que tomem medidas urgentes para garantir a proteção de todas as pessoas desesperadas e do pessoal humanitário", afirmou, em um comunicado.

"Este ataque contra os refugiados não é um ato isolado, mas o resultado de uma campanha on-line coordenada de desinformação e discurso de ódio contra os refugiados", acrescentou.

A Indonésia não é signatária da Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados e afirma que não pode ser forçada a acolher refugiados de Mianmar. Nesse sentido, pede aos países vizinhos que compartilhem a "carga" e recebam os rohingyas que chegam ao seu litoral.

A Torre Eiffel, uma das maiores atrações turísticas do mundo, ficou fechada nesta quarta-feira (27), devido a uma greve de funcionários, informou um de seus operadores.

A mobilização, convocada no centenário da morte do engenheiro Gustave Eiffel, que construiu o monumento, é um protesto contra "a gestão atual", de acordo com um comunicado do sindicato CGT.

A empresa que opera este símbolo parisiense, SETE, está "caminhando para o desastre", acrescentou, alertando para "um modelo (econômico) muito ambicioso e insustentável".

O sindicato denuncia a desvalorização "dos orçamentos para as obras do monumento" e a "sobrevalorização das receitas" com base em uma meta "de 7,4 milhões de visitantes", um número nunca alcançado até então.

Em 2022, o monumento mais famoso de Paris recebeu 5,9 milhões de visitantes, a marca mais elevada desde 2019.

Construída em 1889, para a Exposição Universal de Paris, a Torre Eiffel se tornou rapidamente o símbolo da capital francesa.

Seu construtor, Gustave Eiffel, nasceu em 15 de dezembro de 1832 em Dijon e faleceu em 27 de dezembro de 1923, em Paris, aos 91 anos.

No telefone de Rita Safi, um vídeo mostra o caixão coberto com um lençol vermelho de sua irmã Frozan, assassinada após a volta dos talibãs ao poder no Afeganistão: um símbolo, para ela, dos dois pesos e duas medidas dos países ocidentais, que se preocupam com a situação das mulheres afegãs, mas não lhes oferece abrigo suficiente.

Frozan Safi era uma conhecida ativista dos direitos das mulheres de Mazar-i-Sharif, uma grande cidade no norte do Afeganistão. Seu corpo foi encontrado no final de outubro de 2021, dois meses e meio após a queda da República do Afeganistão.

"Atiraram nela sete vezes. Seu rosto ficou completamente destruído", lembra sua irmã caçula, Rita, com quem a AFP conversou em um centro de acolhida nos subúrbios de Paris, poucos dias depois de sua chegada à França.

O Ministério do Interior do novo regime afegão incriminou dois homens, em cuja casa foram encontrados os restos mortais de Frozan Safi e de outras três mulheres.

Rita rejeita esta versão oficial: "Foi brutalmente assassinada pelos talibãs", diz ela, que em breve completará 30 anos.

Os países ocidentais "disseram que apoiariam" as mulheres afegãs, "mas foram apenas palavras", lamenta Rita.

Após a morte da irmã, a jovem disse que também estava na mira das autoridades talibãs.

"Disseram ao meu pai que, se eu não parasse de falar, fariam o mesmo comigo", contou.

- "Casos enterrados" -

Em dezembro de 2021, Rita fugiu para o Paquistão com um visto de dois meses, na esperança de ser acolhida rapidamente no Ocidente. Acabou vivendo ilegalmente por dois anos, escondida nos subúrbios de Islamabad.

Enquanto isso, a situação das mulheres no Afeganistão continua piorando.

A administração talibã proíbe-lhes progressivamente o acesso a escolas de ensino médio e superior, a parques, a centros esportivos... Muitas perdem o emprego.

Para Rita Safi, a vida mudou quando um jornalista francês contou sua história e apoiou seu pedido de visto. Em 8 de dezembro, ela desembarcou em Paris com mais uma dúzia de afegãs que deixaram Islamabad. Todas pedem asilo na França, e é provável que consigam.

"No Paquistão, há muitas mulheres como Rita, com familiares assassinados ou sequestrados no Afeganistão, que foram ameaçadas e que agora vivem em condições terríveis. Mas se não encontrarem um ocidental disposto a ajudá-las, seus casos serão enterrados entre os demais", lamenta Margaux Benn, jornalista e membro do coletivo Accueillir les Afghanes (Acolher as Afegãs, em tradução literal).

O governo francês afirma ter emitido mais de 15.000 vistos para cidadãos afegãos desde 2021, "principalmente para mulheres, defensores dos direitos humanos, jornalistas e juízes".

Mas este número "não corresponde a nenhuma realidade", afirma a diretora-geral da France Terre d'Asile (França Terra do Asilo), Delphine Rouilleault.

Há mais de um ano, "não chega ninguém do Afeganistão, e as mulheres afegãs chegam do Paquistão a conta-gotas", relata.

Procurado pela AFP, o Ministério francês das Relações Exteriores não reagiu.

Desde o retorno dos talibãs ao poder em agosto de 2021, o Reino Unido acolheu 21.500 afegãos, 70% deles durante a retirada aérea de Cabul no final do referido mês. Os Estados Unidos acolheram 90.000 afegãos, e mais de 30.000 chegaram à Alemanha.

Já Suécia e Dinamarca, dois países muito rigorosos em matéria de imigração, decretaram a concessão automática de vistos às afegãs em dezembro de 2022 e em fevereiro de 2023, respectivamente. Suas estatísticas de imigração, nas quais o gênero não aparece, tornam impossível, no entanto, determinar o impacto dessa medida.

Os cortes nas telecomunicações se tornaram recorrentes na Faixa de Gaza, mas graças aos chips virtuais eSIM, seus habitantes podem acessar a internet e comunicar-se com seu contatos no exterior.

"Sem eles estaríamos isolados do mundo", afirma Hani al Shaer, um jornalista local que depende do chip para suas transmissões ao vivo.

##RECOMENDA##

"Ninguém saberia o que ocorre em Gaza", afirma. Na terça-feira, o território enfrentou o quarto corte de serviços de telecomunicações desde o início da guerra entre Hamas e Israel em 7 de outubro.

Os eSIM são uma versão digital dos chips habitualmente inseridos nos telefones para conectá-los à internet. De funcionamento simples, se tornaram fundamentais em Gaza.

Familiares que vivem no exterior se encarregam de comprá-los e enviar um QR-code. Para ativá-los, basta escanear o código com a câmera de um celular compatível com o sistema. Assim, o usuário em Gaza se conecta em modo 'roaming' a uma rede exterior, geralmente israelense ou egípcia.

- Uma "bênção" -

O sistema tem sido uma bênção, comenta Samar Labad. A mulher de 38 anos deixou sua casa na Cidade de Gaza, no norte, e fugiu para o sul, onde milhares de palestinos deslocados vivem em acampamentos improvisados.

Agora em Rafah, Samar perdeu contato com sua família por uma semana, até que seu irmão, na Bélgica, enviou um eSIM. "A conexão não é estável, mas funciona", afirmou. "Ao menos podemos estar em contato para tranquilizá-los, mesmo que seja intermitente".

Ela também tem pessoas queridas em Khan Yunis. "Posso saber como estão por meio de alguém que vive com eles cujo telefone seja compatível com um eSIM", comentou.

O serviço está disponível apenas em regiões próximas à fronteira com Israel. Em outras áreas, é necessário subir no telhado para captar o sinal.

- Buscas por vítimas -

Ibrahim Mujaimar, proprietário de uma loja de telefones celulares, disse que seus principais clientes são jornalistas que usam os eSIM para divulgar a situação de Gaza no exterior. Os profissionais da imprensa informam sobre "a escassez de itens básicos necessários para a sobrevivência" no território cercado.

Seus clientes de eSIM incluem também "médicos e trabalhadores da defesa civil que buscam saber a localização dos bombardeios para ajudar as pessoas", acrescentou Mujaimar. Trabalhadores da agência da ONU para refugiados palestinos, a UNRWA, os utilizam para organizar caravanas de ajuda.

Embora os chips ajudem a enfrentar os apagões das telecomunicações, é necessário ter conexão para ativá-los.

O preço varia de "15 a 100 dólares, dependendo do tempo de validade", indicou o jornalista de vídeo Yasser Qudieh.

Hani al Shaer indicou que muitos jornalistas com eSIM acabaram se tornando mensageiros. "Muitas pessoas no exterior nos procuram para saber as últimas notícias de Gaza e informações sobre suas famílias", contou.

A guerra começou após o ataque surpresa do movimento islamista Hamas em 7 de outubro que deixou 1.140 mortos em Israel, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em números oficiais israelenses.

Em resposta, Israel prometeu destruir o Hamas e iniciou uma campanha em larga escala por ar e terra contra o movimento palestino. A ofensiva devastou a Faixa de Gaza e matou mais de 21.100 pessoas, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território controlado pelo Hamas.

A Human Rights Watch advertiu que os cortes nas telecomunicações em Gaza podem "encobrir atrocidades e criar impunidade, e, ao mesmo tempo, minar os esforços humanitários além de colocar vidas em perigo".

O ator sul-coreano Lee Sun-kyun, famoso por seu papel no filme "Parasita", que venceu o Oscar e a Palma de Ouro em Cannes, foi encontrado morto nesta quarta-feira (27), anunciou a polícia.

Lee, que interpretou Park Dong-ik, pai da família rica no filme do diretor Bong Joon-ho, foi encontrado dentro de um veículo em um parque no distrito Seongbuk de Seul, informou à AFP um funcionário da delegacia da região.

##RECOMENDA##

"Acreditamos que o corpo foi levado para o Hospital da Universidade Nacional de Seul", acrescentou.

A agência sul-coreana de notícias Yonhap informou que Lee deixou um "bilhete que parece um testamento".

O ator de 48 anos era investigado por suposto uso de maconha e outras drogas psicoativas.

Antes reconhecido por sua imagem saudável, o ator começou a ser dispensado de projetos de televisão e comerciais após o escândalo com as drogas, segundo a imprensa sul-coreana.

Formado na prestigiosa Universidade Nacional de Artes da Coreia, Lee estreou como ator na série de televisão de comédia "Lovers", em 2001.

Ele foi muito elogiado por vários papéis, incluindo um chef carismático e um neurocientista genial que é incapaz de ter empatia.

Lee foi aclamado pela crítica por sua interpretação na série de TV "My Mister", de 2018, na qual interpretou um arquiteto que enfrenta turbulências pessoais ao descobrir que é traído pela esposa.

No cenário internacional, ele é conhecido por interpretar o patriarca rico e superficial em "Parasita", do diretor Bong Joon-ho, vencedor do Oscar de melhor filme em 2019 e da Palma de Ouro em Cannes em 2018.

Em outubro, ele falou rapidamente com a imprensa antes de entrar na delegacia de Incheon para conversar com os investigadores.

"Peço sinceras desculpas por causar grande decepção a muitas pessoas por estar envolvido em um incidente tão desagradável", disse na ocasião sobre a investigação.

"Eu sinto pena da minha família, que está enfrentando uma dor tão difícil neste momento", acrescentou.

Fãs emocionados expressaram tristeza nas redes sociais. "Eu ri e chorei muito assistindo suas interpretações. Obrigado", escreveu um deles na rede social X.

A renomada escritora Min Jin Lee expressou condolências. "Lee foi digno de elogios em 'Parasita' e excepcional em 'My Mister'", escreveu no Instagram. "Que ele seja lembrado por seu excelente trabalho e dons criativos".

A Coreia do Sul tem leis drásticas contra o uso de drogas ilícitas que permitem processar, inclusive, os cidadãos do país que consomem drogas no exterior quando eles retornam ao país.

Lee era casado com a atriz Jeon Hye-jin, com quem teve dois filhos.

Israel prosseguiu com os bombardeios na Faixa de Gaza nesta terça-feira (26), depois de anunciar que pretende intensificar ainda mais a guerra contra o Hamas, até "desmilitarizar" e "desradicalizar" o território palestino.

Em Khan Yunis, no sul de Gaza, onde Israel informou que concentra a ofensiva contra o grupo islamista palestino, era possível observar a fumaça provocada pelos bombardeios.

Um correspondente da AFP relatou que os bombardeios israelenses continuaram durante a noite, em Khan Yunis e na vizinha Rafah, na fronteira com o Egito, localidade que abriga dezenas de milhares de pessoas deslocadas de outros pontos do território palestino.

Trinta corpos de vítimas de bombardeios foram levados nas últimas 24 horas para o hospital Nasser de Khan Yunis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

O Exército israelense anunciou que visou, nas últimas horas, a mais de 100 alvos do Hamas, incluindo acessos a túneis e posições militares para atacar os soldados, em particular em Jabalia, no norte, e em Khan Yunis.

"Não vamos parar (...) vamos intensificar os combates nos próximos dias. Será uma guerra longa", afirmou na segunda-feira o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, depois de visitar Gaza.

"O Hamas deve ser destruído, Gaza deve ser desmilitarizada, e a sociedade palestina deve ser desradicalizada. Estes são os três requisitos para a paz entre Israel e seus vizinhos palestinos em Gaza", escreveu o chefe de Governo em um artigo publicado no Wall Street Journal.

- "Relatos comoventes" -

Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que governa a Faixa desde 2007, mais de 20.600 pessoas, a maioria mulheres e menores de idade, morreram nas operações israelenses em Gaza.

Em Israel, o ataque sem precedentes de 7 de outubro executado por milicianos do Hamas deixou quase 1.140 mortos, a maioria civis, de acordo com balanço da AFP baseado em dados israelenses.

O Hamas também sequestrou mais de 240 pessoas, e 129 permanecem em cativeiro em Gaza.

O Exército israelense informou que 158 militares morreram desde o início da ofensiva terrestre, em 27 de outubro.

No território, sob certo total desde 9 de outubro, a guerra obrigou 1,9 milhão de pessoas a abandonarem suas casas, o equivalente a 85% da população, segundo a ONU.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), cujos funcionários visitaram na segunda-feira o hospital de Deir al Balah, no centro de Gaza, após um bombardeio a um campo de refugiados próximo, afirmou que suas equipes ouviram "relatos comoventes" de famílias inteiras mortas.

"O último bombardeio contra uma comunidade de Gaza mostra porque é necessário um cessar-fogo imediato", escreveu o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na rede social X.

O bombardeio de domingo contra o campo de Al Maghazi matou 70 pessoas, segundo o Hamas. O Exército israelense anunciou que está "investigando o incidente".

A entrada de ajuda humanitária em Gaza não aumentou de maneira significativa, apesar da aprovação na sexta-feira, no Conselho de Segurança da ONU, de uma resolução que pede o envio "imediato" e em larga escala.

- Pressão em Israel -

Em Israel, a pressão aumenta para obter a libertação dos reféns. Parentes das pessoas sequestradas interromperam na segunda-feira o discurso de Netanyahu durante uma sessão especial do Parlamento, com gritos de "agora, agora", depois que o chefe de Governo afirmou que precisa de mais tempo.

"E se fosse o seu filho?", "80 dias, cada minuto é o inferno", afirmavam os cartazes dos manifestantes.

O Hamas, considerado um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia, exige o fim dos combates antes de iniciar novas negociações para a libertação dos reféns.

Os países mediadores, Egito e Catar, tentam obter uma nova trégua, depois da pausa do fim de novembro que permitiu a libertação em uma semana de 105 reféns em troca de 240 presos palestinos em Israel, além da entrada em Gaza de ajuda humanitária procedente do território egípcio.

Na Cisjordânia ocupada, onde a violência aumentou de maneira considerável desde o início do conflito em Gaza, dois palestinos morreram em ações do Exército israelense nesta terça-feira.

- Bombardeios dos EUA no Iraque -

Os temores de que o conflito provoque uma escalada regional também aumentaram. A fronteira entre Líbano e Israel registra trocas de disparos quase diárias entre o grupo Hezbollah, aliado do Hamas, e o Exército israelense. E os rebeldes huthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, multiplicaram os ataques contra navios comerciais no Mar Vermelho e no Mar da Arábia.

Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira que bombardearam três posições de grupos pró-Irã no Iraque. O governo iraquiano denunciou um "ato hostil" que matou um integrante das forças de segurança e deixou 18 feridos.

O Irã acusou Israel pela morte na segunda-feira de um militar em um ataque com mísseis na Síria. A Guarda Revolucionária, exército ideológico iraniano, identificou o general Razi Moussavi como um "comandante de logística do eixo da resistência" contra Israel, que reúne Irã, Hezbollah, Hamas e os huthis.

A polícia francesa anunciou a detenção nesta terça-feira (26) de um homem suspeito de matar a esposa e os quatro filhos, encontrados mortos no dia de Natal em um apartamento em uma região próxima de Paris.

As autoridades encontraram na segunda-feira os corpos da mulher e seus quatro filhos, de nove meses, quatro, sete e 10 anos, na casa da família na cidade de Meaux, que fica 40 km ao leste de Paris, depois que parentes não receberam notícias dos cinco e alertaram a polícia, informou o procurador Jean-Baptiste Bladier em um comunicado.

"O apartamento não apresentava nenhum sinal de entrada forçada e o pai da família estava ausente", disse.

Uma fonte próxima ao caso afirmou que a mãe, de 35 anos, e os filhos foram assassinados a facadas. O pai tem 33 anos.

O homem, que tem antecedentes de atos de violência dentro da família e transtornos psiquiátricos, foi detido em Sevran, outro subúrbio no leste de Paris, segundo uma fonte policial.

A investigação aberta por "homicídio doloso com premeditação" é liderada pela direção regional da polícia judicial de Versalhes.

Recentemente, dois infanticídios triplos foram registrados em áreas próximas da capital francesa.

No final de novembro, um homem de 41 anos, já condenado por violência doméstica, compareceu a uma delegacia para confessar os assassinatos das três filhas, com idades entre 4 e 11 anos, em Alfortville. Um mês antes, um gendarme matou as três filhas e depois cometeu suicídio, em sua residência em Vémars.

A França tem a média de um feminicídio a cada três dias.

No ano passado, 118 mulheres foram assassinadas pelo cônjuge ou ex-companheiro.

No total, 244.300 vítimas de violência de gênero, a maioria mulheres, foram registadas pelas forças de segurança, um número que representa um aumento de 15% na comparação com 2021.

As associações de defesa dos direitos das mulheres interpretam o aumento como um sinal de que suas reivindicações estão sendo mais ouvidas.

Um avião com centenas de passageiros indianos retidos desde quinta-feira (21) em um aeroporto perto de Paris, por suspeitas de um caso de tráfico de seres humanos em massa, aterrissou com 276 de seus 303 passageiros iniciais nesta terça-feira (26) em Mumbai, Índia, confirmaram as autoridades.

O avião, um Airbus A340 da empresa romena Legend Airlines, que seguia dos Emirados Árabes Unidos (EAU) para a Nicarágua, foi bloqueado na última quinta-feira durante uma escala para reabastecimento no aeroporto de Vatry (a 150 km de Paris).

##RECOMENDA##

Uma denúncia anônima afirmou que entre os passageiros estavam vítimas de tráfico de pessoas.

Um funcionário do aeroporto de Mumbai, que não se identificou porque não está autorizado a falar com jornalistas, confirmou que o avião pousou na cidade às 4h00 (19h30 de Brasília, segunda-feira).

O governo indiano não se pronunciou oficialmente sobre a chegada do avião.

A aeronave foi autorizada a partir após quatro dias de investigações e interrogatórios no aeródromo francês de Vatry, transformado em um dormitório gigantesco, mas com destino à capital econômica da Índia.

Do contingente inicial, 25 solicitaram asilo em França, e dois foram retidos para interrogatório, embora tenham sido liberados pouco depois, de acordo com fontes judiciais. Entre os demandantes de asilo, estão cinco dos 11 menores desacompanhados do voo.

Uma fonte próxima à investigação disse que no voo provavelmente havia trabalhadores indianos nos EAU que pretendiam chegar à América Central. De lá, tentariam seguir para o norte e entrar, de forma irregular, nos Estados Unidos ou no Canadá.

Durante a investigação, os passageiros permaneceram nesse aeroporto, que fica 150 quilômetros ao leste de Paris, em zonas habilitadas pelos serviços de Defesa Civil, com camas individuais, banheiros e chuveiros.

A advogada da companhia aérea, Liliana Bakayoko, disse que muitos passageiros se recusavam a viajar para a Índia.

"Várias pessoas não querem ir para a Índia. Estão muito insatisfeitas, querem ir para a Nicarágua", um destino que alguns deles afirmaram ter fins turísticos.

- Situação "surpreendente" -

“Não sabemos se se trata de um caso de tráfico de seres humanos, de tráfico de migrantes, ou de nenhuma das duas coisas (...). Mas, mesmo assim, ficaram retidas em um aeroporto, por três noites e três dias, 303 pessoas que faziam uma escala - homens, mulheres e crianças. É algo surpreendente", disse à AFP no domingo Geneviève Colas, coordenadora de Secours Catholique-Caritas do Coletivo contra o Tráfico de Pessoas.

"Se foram vítimas de tráfico, não é normal fazê-los partir para outro país", acrescentou.

Segundo o site especializado Flightradar, a Legend Airlines é uma pequena empresa que possui uma frota de quatro aviões.

A Justiça descartou indiciar as duas pessoas interrogadas nesta segunda-feira por suspeita no envolvimento com uma rede de tráfico de seres humanos. Os dois, nascidos em 1984 e 2000, foram libertados, com "status" de "testemunhas assistidas".

A advogada de um deles, Salomé Cohen, celebrou a decisão e considerou que a juíza que a proferiu fez "uma leitura extremamente precisa que soube se distanciar da cobertura midiática deste processo".

A retenção da aeronave ocorreu em um momento em que os Estados Unidos alertaram que a Nicarágua permite a operação de voos para facilitar a passagem de migrantes irregulares.

"O governo [nicaraguense] facilitou o negócio de uma rede de serviços aéreos internacionais para que as pessoas possam chegar à fronteira com o México e os Estados Unidos de forma mais rápida através do território nicaraguense como uma ponte de transição", afirmou à AFP o analista Manuel Orozco, do centro de estudos Diálogo Interamericano.

Para o presidente Daniel Ortega, disse o analista, "os Estados Unidos são um inimigo a ser atingido como for possível" e a migração "é um mecanismo de política externa e ao mesmo tempo uma oportunidade econômica".

burs/jh/yad/es/an/fp/tt/dd/ic

O número de vítimas da explosão em uma fábrica de níquel na Indonésia subiu para 18 mortos, enquanto muitos feridos continuam hospitalizados, informou a polícia nesta terça-feira.

O acidente aconteceu na manhã de sábado na província de Sulawesi, durante os trabalhos de reparo em uma caldeira na fábrica 'Indonesia Tsingshan Stainless Steel' (ITSS), no parque industrial Morowali.

##RECOMENDA##

"O número de vítimas fatais subiu para 18", afirmou à AFP Suprianto, chefe de polícia de Morowali, que utiliza apenas um nome como vários indonésios. O balanço inicial era de 13 mortos.

A ilha de Sulawesi é um centro importante de produção de níquel, minério utilizado nas baterias de veículos elétricos e no aço inoxidável.

Suprianto disse que as vítimas morreram depois que sofreram queimaduras que afetaram 70% de seus corpos.

Dez vítimas eram indonésias e oito estrangeiras. Vinte e quatro pessoas permanecem hospitalizadas e seis recebem atendimento nas clínicas da ITSS.

Uma investigação preliminar revelou que a explosão ocorreu quando resíduos da caldeira, que estava em manutenção, entraram em contato com materiais inflamáveis.

O grupo chinês 'Tsingshan Holding Group' - maior produtor mundial de níquel e maior fabricante de aço inoxidável da China - possui uma participação majoritária na ITSS.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o número de casos de dengue em 2023 apontam o Brasil como o país com maior incidência da doença no mundo. Ao todo, foram 2,9 milhões de casos registrados até 11 de dezembro - mais da metade dos mais de 5 milhões registrados mundialmente. De acordo com a entidade, vivemos um patamar mundial histórico.

Na publicação, divulgada na sexta-feira, 22, a OMS alertou sobre o fato de a doença também ter se espalhado para países onde historicamente não circulava, como França, Itália e Espanha.

##RECOMENDA##

Entre as razões para a disseminação está a crise climática, que tem elevado a temperatura mundial e permitido que o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, sobreviva em ambiente onde antes isso não ocorria - dessa maneira, ele consegue se reproduzir cada vez mais.

O fenômeno El Niño de 2023 também acentuou os efeitos do aquecimento global das temperaturas e das alterações climáticas, e a previsão é que ele persista até meados de 2024.

O Ministério da Saúde do Brasil já projeta um aumento de casos da doença no País no ano que vem.

A pasta decidiu incorporar uma vacina contra a dengue, da farmacêutica Takeda, à rede pública após parecer favorável da Conitec, comissão que avalia novas tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS).

Casos graves de dengue

Os dados da OMS alertam, ainda, para o número de casos graves da dengue: ao todo, 5 mil pessoas morreram pela doença neste ano em todo o mundo. No Brasil, 1.474 casos, ou 0,05% do total de registros, são da chamada dengue hemorrágica, que pode matar.

A dengue é a infecção viral mais comum transmitida a humanos picados por mosquitos infectados. Ocorre principalmente em áreas urbanas em climas tropicais e subtropicais e tem como sintomas principais febre alta, mal estar, falta de apetite, manchas vermelhas na pele, além de dor no corpo, nas articulações, atrás dos olhos e na cabeça.

Para evitar a infestação de mosquitos, o Ministério da Saúde orienta que é necessário eliminar os criadouros, mantendo os reservatórios e qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos com telas, capas ou tampas.

Medidas de proteção contra picadas também podem ajudar, especialmente nas áreas de transmissão. O Aedes aegypti ataca principalmente durante o dia.

A aplicação da vacina contra a dengue está prevista para começar em fevereiro de 2024 e, com isso, o Brasil será o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público de saúde. / Com informações de trechos de reportagem da Agência Brasil.

Os presidentes da Rússia e da Ucrânia, Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, estabeleceram recentemente suas prioridades para 2024 em entrevistas coletivas anuais, nas quais apresentaram o balanço do conflito.

Com base nas declarações dos dois governantes, confira uma lista do que podemos esperar no próximo ano de uma guerra que começou em 24 de fevereiro de 2022 com a invasão russa.

- Guerra de desgaste -

Zelensky atribuiu o fracasso da contraofensiva de verão (hemisfério norte, inverno no Brasil) à falta de munições e de superioridade aérea. Duas carências que continuam afetando as forças ucranianas, quando o que surge é uma guerra de desgaste, com as forças russas novamente tomando a iniciativa em alguns pontos.

"Precisamos de apoio, porque simplesmente não temos munições", disse o presidente ucraniano, que não revelou mais detalhes sobre os planos de seu Exército para 2024.

Putin destacou que suas tropas estão "melhorando as posições em quase toda a linha de contato".

O presidente russo admitiu que os ucranianos conseguiram estabelecer uma cabeça de ponte na margem sul do rio Dnieper, mas afirmou que as tropas de Kiev estavam sendo "exterminadas" na área sob o fogo da artilharia de Moscou.

- Cansaço dos aliados ocidentais -

Putin, cuja reeleição em março é algo assegurado, também aposta na erosão do respaldo ocidental à Ucrânia, um tema que provoca divisões na Europa e nos Estados Unidos. Ele afirmou que o apoio político, diplomático, econômico e militar "poderia terminar", e de fato "parece que está acabando pouco a pouco".

Zelensky declarou, no entanto, acreditar que a ajuda continuará sendo enviada e, em particular, que os Estados Unidos "não trairão" a Ucrânia.

Ele, no entanto, reconheceu que teme uma guinada em Washington se Donald Trump retornar à presidência após as eleições de novembro de 2024.

"Se a política do próximo presidente (americano), independente de quem seja, for diferente em relação à Ucrânia, ou seja, mais fria ou menos generosa, penso que isso teria um impacto muito forte no curso da guerra", alertou Zelensky.

- Falta de soldados -

Diante da evidente falta de soldados na frente de batalha, de mais de mil quilômetros, Zelensky mencionou um plano do Exército que pretende convocar "entre 450.000 e 500.000 pessoas adicionais" em 2024, mas não revelou detalhes.

Para amenizar a falta de munições, ele também disse que o objetivo é produzir "um milhão de drones no próximo ano".

Putin considerou que "não é necessária" uma nova convocação depois da realizada em setembro de 2022, que foi muito impopular. Segundo ele, o país conseguiu recrutar 486.000 voluntários para aumentar o número de soldados do Exército em 2023, um esforço que prosseguirá.

Também prometeu seguir reforçando as capacidades militares do Exército, em uma Rússia que tem a economia concentrada no esforço de guerra e que pode ter recebido grandes quantidades de munições da Coreia do Norte.

- Sem negociações à vista -

Putin reiterou que a paz será possível apenas quando Moscou alcançar seus objetivos: "a desnazificação da Ucrânia, sua desmilitarização e o status de neutralidade".

Ele disse que Moscou e Kiev "estabeleceram" os critérios nas primeiras negociações em Istambul, no início do conflito, conversas que foram abandonadas em seguida.

"Há outras possibilidades: alcançamos um acordo ou resolvemos o problema pela força. É o que vamos tentar fazer", disse Putin.

Zelensky insistiu que o objetivo é recuperar o controle de todos os territórios ocupados pela Rússia no leste e sul do país, incluindo a Crimeia, anexada em 2014 por Moscou. "A estratégia não pode mudar", insistiu.

Também descartou qualquer negociação com Moscou. "Hoje não é pertinente. Não vejo que a Rússia esteja pedindo, não vejo em seus atos. E na retórica, eu vejo apenas insolência", afirmou.

- Quando acabará a guerra? -

Em tom firme, Putin prometeu a "vitória" aos compatriotas.

Ele disse que a Rússia acumulou bastante "margem de segurança para avançar". A sociedade russa está "fortemente consolidada" e a economia tem uma "reserva de força e estabilidade".

Zelensky pediu aos ucranianos que mantenham a "resiliência". Ele admitiu que não sabe se a guerra terminará em 2024: "Acho que ninguém tem a resposta".

A controladora canadense do site de pornografia Pornhub, Aylo Holdings, irá pagar US$ 1,8 milhão (R$ 9 milhões) à justiça americana e uma indenização às vítimas, para evitar um processo por tráfico sexual, anunciou a procuradoria federal do Brooklyn, em Nova York.

Um supervisor independente será nomeado por um período de três anos para garantir que a Aylo respeite os termos acordados. A empresa terá que depositar mais de US$ 1,8 milhão para o governo federal.

A controladora do Pornhub.com e de outros sites de pornografia, como Brazzers e Youporn, também terá que indenizar "indivíduos vítimas de tráfico sexual", segundo o comunicado da justiça americana.

'Esse acordo responsabiliza a controladora do Pornhub.com por seu papel ao hospedar vídeos e aceitar pagamentos de atores criminosos que forçaram mulheres jovens a praticar atos sexuais em vídeos publicados sem o seu consentimento", disse o procurador federal do Brooklyn, Breon Peace.

Em seu site, a Aylo, fundada em Montreal em 2004, diz 'oferecer entretenimento mundial para adultos" em suas plataformas, "que estão entre as mais seguras da internet".

Segundo a justiça federal, a Aylo começou em 2009 a hospedar e divulgar vídeos de sexo no Pornhub.com produzidos pela empresa GirlsDoPorn (GDP), de propriedade de Michael Pratt e associados. Essas pessoas foram acusadas em 2019, na Califórnia, de tráfico sexual e de terem enganado e forçado mulheres jovens a aparecer em vídeos pornográficos publicados na internet sem a autorização das mesmas.

O acordo judicial foi divulgado um dia depois de um anúncio da Comissão Europeia, que adicionou os sites Pornhub, Stripchat e XVideos à lista de grandes plataformas sujeitas a controle reforçado, no contexto da nova legislação sobre serviços digitais, principalmente para proteger os menores.

O Conselho de Segurança da ONU deve votar nesta sexta-feira (22) uma resolução para aumentar o envio de ajuda à Faixa de Gaza, após as advertências de que a guerra entre Israel e Hamas arrasta a população palestina para um cenário de fome.

Também prosseguem os esforços diplomáticos para alcançar uma trégua no conflito, provocado por um ataque sem precedentes do movimento palestino Hamas contra Israel em 7 de outubro.

##RECOMENDA##

Com a deterioração das condições de vida em Gaza, o Conselho de Segurança está em negociações sobre uma resolução para aumentar a entrega de ajuda.

A versão mais recente do rascunho do texto, a qual a AFP teve acesso e que deve ser votada nesta sexta-feira, pede "medidas urgentes para permitir imediatamente o acesso seguro e sem obstáculos da ajuda humanitária, e também para criar as condições para um cessar duradouro das hostilidades".

Mas não pede o fim imediato dos combates.

Com o respaldo dos Estados Unidos, Israel rejeita o termo "cessar-fogo". O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reafirmou na quarta-feira que não acontecerá um cessar-fogo em Gaza até a "eliminação" do Hamas.

Linda Thomas-Greenfield, embaixadora americana na ONU, indicou que o país apoiará a resolução se fora "apresentada em sua versão atual".

A guerra começou em 7 de outubro, quando combatentes do Hamas invadiram o território israelense e mataram quase 1.140 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em informações divulgadas pelas autoridades israelenses.

Os milicianos do Hamas também sequestraram quase 250 pessoas.

Israel prometeu "aniquilar" o grupo islamista e iniciou uma campanha de bombardeios incessantes contra Gaza, além de uma ofensiva terrestre, com um balanço de mais de 20.000 mortos, a maioria mulheres e menores de idade, segundo o Hamas, que governa o território.

Toda a população do enclave enfrentará riscos elevados de insegurança alimentar nas próximas seis semanas, alertou um relatório da ONU.

"Durante semanas alertamos que, com esta escassez e destruição, cada dia que passa trará mais fome, doenças e desespero ao povo de Gaza", escreveu o subsecretário-geral de Assuntos Humanitários da ONU, Martin Griffiths, na rede social X.

- "Basta" -

A ONU calcula que 1,9 milhão de habitantes de Gaza foram deslocados, de uma população total de 2,4 milhões.

Muitas pessoas estão em refúgios superlotados, onde enfrentam dificuldades para obter alimentos, água, combustível e medicamentos.

"Minha mensagem é que acabem com esta humilhação", implorou Fuad Ibrahim Wadi, que está em uma estufa em Rafah. "Esta guerra não faz nada além de destruir. Basta".

Após muita pressão, Israel aceitou a abertura temporária nesta sexta-feira da passagem de fronteira de Kerem Shalom para o envio de ajuda à Faixa de Gaza, sem a necessidade de seguir até o posto de Rafah, na fronteira com o Egito.

Porém, o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stephane Dujarric, afirmou que a agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) "não pode receber caminhões" de ajuda em Kerem Shalom após um "ataque de drones". Também disse que o Programa Mundial de Alimentos (PMA) suspendeu as operações.

O presidente israelense, Isaac Herzog, havia anunciado que o país permitira a entrada de até "400 caminhões por dia" com ajuda.

Diplomatas apelam por mais ajuda para o território.

O ministro britânico das Relações Exteriores, David Cameron, declarou no Egito: "Tudo que pode ser feito deve ser feito para que a ajuda entre em Gaza".

O presidente francês, Emmanuel Macron, conversou na quinta-feira na Jordânia com o rei Abdullah II sobre medidas para acelerar a entrega de assistência humanitária.

- Pressão -

Israel acusa o Hamas de usar escolas, mesquitas, hospitais e uma extensa rede de túneis como bases militares, o que o grupo islamista nega.

O porta-voz militar Daniel Hagari declarou na quinta-feira que as forças israelenses mataram mais de 2.000 combatentes palestinos desde o fim da trégua de uma semana, em 1º de dezembro.

Um balanço divulgado no site do Exército israelense informa que 139 soldados desde o início da ofensiva terrestre em Gaza, em 27 de outubro.

Um bombardeio israelense contra uma casa em Rafah matou cinco pessoas nesta sexta-feira, informou o Ministério da Saúde do Hamas.

Israel enfrenta uma pressão cada vez maior dos aliados para proteger os civis.

Segundo juristas consultados pela AFP, as duas partes do conflito podem ser acusadas de crimes de guerra.

- Distantes -

O Catar, com o apoio do Egito e dos Estados Unidos, atuou como mediador no acordo de trégua de novembro que permitiu a libertação de 105 reféns, 80 deles israelenses, em troca de 240 prisioneiros palestinos.

Esta semana aumentou a esperança de que Israel e o Hamas estariam mais próximos de uma nova trégua para libertar os restantes 129 reféns, depois que o líder do movimento islamista visitou o Egito e representantes do governo israelense participaram em negociações na Europa.

As posições públicas de Israel e do Hamas, no entanto, permanecem distantes.

O braço militar do Hamas afirmou na quinta-feira que o objetivo israelense de eliminar o movimento está "condenado ao fracasso" e que novas libertações de reféns dependem do "fim das hostilidades".

A guerra também afeta outras regiões do Oriente Médio, com incidentes frequentes na fronteira de Israel com o Líbano e lançamentos de mísseis dos rebeldes huthis no Iêmen contra navios de carga no Mar Vermelho.

burs-qan/cwl/mas/es/fp

A Justiça francesa condenou nesta quinta-feira (21) o chileno Nicolás Zepeda a 28 anos de prisão pelo assassinato premeditado de sua ex-namorada japonesa Narumi Kurosaki em 2016.

"Você foi considerado culpado de assassinato premeditado" e condenado a 28 anos de prisão, disse o presidente do Tribunal de Apelações de Vesoul, François Arnaud, ao fim de cinco horas de deliberações dos doze membros do júri.

O acusado ouviu a leitura da sentença impassível, em pé diante do banco dos réus, antes de cair no choro.

Seu pai, Humberto Zepeda, a quem uma tradutora comunicou a sentença ao chegar atrasado com a esposa Ana Luz Contreras, tentou consolá-lo acariciando-lhe a cabeça.

Durante o julgamento, negou os fatos: "Não sou um assassino! Não matei Narumi!", reiterou nesta quinta-feira.

O tribunal manteve a pena imposta em primeira instância em 2022 e acrescentou a proibição de permanecer na França, após o cumprimento da pena.

O chileno também deverá pagar uma indenização de 220.000 euros (1,17 milhão de reais na cotação atual) à família de Kurosaki (divididos entre pai, mãe e irmãs), e 5.000 euros (26 mil de reais) a Arthur Del Piccolo, namorado da jovem à época dos fatos.

- Recurso possível -

Após quase três semanas de julgamento, a acusação conseguiu impor sua tese: Nicolas Zepeda teria cruzado o Atlântico no final de 2016, dois meses após o fim do relacionamento com a jovem de 21 anos, sem avisá-la, com o objetivo de reconquistá-la, caso contrário, a mataria.

Após espioná-la durante vários dias na residência universitária de Besanzón (leste), foram jantar juntos em 4 de dezembro de 2016. Em seguida, a matou na madrugada do dia 5 em seu quarto.

"Ele a asfixiou ou a estrangulou", disse o promotor Étienne Manteaux, para quem os "gritos de mulher" ouvidos na madrugada são a "prova central" de que morreu. Um dia depois, teria se desfeito do corpo em uma zona florestal perto do rio Doubs.

A defesa tentou em vão, em suas alegações finais, plantar a "dúvida" sobre a morte, apontando para um homicídio acidental. E se Narumi morreu ao bater a cabeça no equipamento de calefação durante uma briga?, lançou Renaud Portejoie.

Para Manteaux, Zepeda não aceitou que sua ex-namorada tenha ido estudar na França, escapando de seu "controle", terminado com ele e iniciado um novo relacionamento com Arthur del Piccolo. "Foi um feminicídio", sentenciou nesta quinta-feira.

Para a acusação, ele também se apossou do celular de sua ex-namorada e se fez passar por ela ao enviar mensagens a pessoas próximas, quando já estava morta, fazendo com que as buscas pela jovem fossem adiadas até seu retorno ao Chile, em 13 de dezembro, de donde foi extraditado em 2020.

A defesa tem agora cinco dias para recorrer da condenação à Corte de Cassação Francesa, que examinará simplesmente se o processo tramitou corretamente. Se concluir que não, poderá determinar um novo julgamento.

O governo federal lançou nesta quinta-feira (21) uma nova etapa da "Operação Voltando em Paz" para resgatar brasileiros e seus familiares na zona de conflito no Oriente Médio e levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

Segundo o Palácio do Planalto, uma aeronave KC-30 (Airbus A330 200), da Força Aérea Brasileira (FAB), decolou da Base Aérea do Galeão (BAGL), no Rio de Janeiro, às 8h20 (horário local) rumo ao Egito, com um carregamento com seis toneladas de purificadores e kits voltaicos.

##RECOMENDA##

Ao todo, são 150 purificadores de água portáteis, equipados com "kit" voltaico (painel solar, inversor veicular e controlador de carga) para ampliar sua autonomia de energia.

De acordo Alessandro Candeas, embaixador da representação brasileira em Ramala, a escassez de água potável na Faixa da Gaza é crítica, especialmente na área norte, o que faz com que as pessoas apelem com cada vez mais frequência a fontes salobras ou poluídas.

Esta é quarta doação feita pelo Brasil desde o início da guerra entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas, em 7 de outubro, e será entregue ao Crescente Vermelho Egípcio, organização responsável por transportar os insumos até a Faixa de Gaza.

O objetivo da missão é também realizar a repatriação de cidadãos que estão no território palestino e desejam retornar ao Brasil em decorrência do conflito. A previsão de pouso da aeronave na Base Aérea de Brasília é para o próximo sábado (23), por volta das 8h da manhã. 

Israel ordenou uma nova evacuação de grande parte da principal cidade do sul da Faixa de Gaza, enquanto prosseguem nesta quinta-feira (21) os esforços para alcançar uma trégua no território palestino, onde o balanço de mortos na guerra superou 20.000, segundo o movimento islamista Hamas.

O Exército israelense ordenou a "evacuação imediata" de uma área que representa quase 20% da cidade de Khan Yunis, informou o Escritório para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) da ONU.

##RECOMENDA##

A Faixa de Gaza está sem energia elétrica devido ao bloqueio total imposto por Israel. Muitos moradores contam apenas com rádios que funcionam com pilhas e com a informação que circula entre a população para obter informações.

Antes do início dos combates, esta área tinha mais 111.000 habitantes, segundo o OCHA.

A área inclui 32 abrigos com mais de 141.000 deslocados internos, a maioria pessoas que precisaram abandonar o norte do território palestino, acrescentou a ONU.

O Exército israelense anunciou na segunda-feira a intensificação das operações em Khan Yunis.

Israel prometeu destruir o movimento islamista Hamas, que governa a Faixa de Gaza, após os atentados de 7 de outubro do grupo islamista no sul de Israel que mataram quase 1.140 pessoas, segundo um balanço da AFP baseado nas informações divulgadas pelas autoridades do país.

Quase 250 pessoas foram sequestradas pelo grupo islamista e 129 continuam como reféns em Gaza, segundo Israel.

O governo do Hamas anunciou na quarta-feira que as operações militares israelenses deixaram 20.000 mortos no território desde o início da guerra, incluindo ao menos 8.000 menores de idade e 6.200 mulheres.

O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, chamou o número de "trágico e vergonhoso".

Na cidade Rafah (sul), bombardeada por Israel, os moradores depositam esperanças nas negociações para uma trégua.

"Desejo um cessar-fogo completo, o fim das mortes e do sofrimento. São mais de 75 dias", declarou Kassem Shurrab, de 25 anos.

- Diálogo para trégua -

A possibilidade de uma trégua entre Israel e Hamas, e da libertação de reféns, aumentou esta semana com a visita do líder do movimento islamista, Ismail Haniyeh, ao Egito e com negociações na Europa.

Haniyeh, que mora no Catar, chegou na quarta-feira ao Cairo para uma reunião com o diretor da inteligência egípcia, Abas Kamel.

Uma fonte do Hamas declarou à AFP que "o cessar-fogo total e a retirada do Exército de ocupação israelense são condições para qualquer negociação séria de troca de reféns por prisioneiros".

Porém, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, insistiu que não haverá cessar-fogo antes da "eliminação" do Hamas.

Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, admitiu que "não há expectativas nesta questão, mas estamos pressionando para alcançar um acordo".

David Barnea, chefe do serviço de inteligência israelense, o Mossad, afirmou que teve uma "reunião positiva" esta semana em Varsóvia com o diretor da CIA, Bill Burns, e com o primeiro-ministro do Catar, Mohamed bin Abdulrahman Al Thani.

O Catar, com o apoio do Egito e dos Estados Unidos, atuou como o mediador da trégua de uma semana no fim de novembro que permitiu a libertação de 80 reféns israelenses em troca de 240 prisioneiros palestinos.

- Rede de túneis -

Israel afirmou que suas tropas encontraram uma rede de túneis utilizada por líderes do Hamas, incluindo o líder do movimento em Gaza, Yahya Sinwar.

O Exército divulgou imagens da "grande rede" de túneis na cidade de Gaza, que conecta esconderijos e residências.

Também relatou combates corpo a corpo e mais de 300 bombardeios nas últimas 24 horas. Israel anunciou as mortes de três soldados na quarta-feira, o que eleva a 137 o número de baixas em Gaza desde o início das operações terrestres.

O Ministério da Saúde do Hamas informou que os ataques israelenses contra casas e mesquitas mataram pelo menos 12 pessoas e que 30 faleceram em bombardeios ao leste de Khan Yunis.

"Basta. Perdemos tudo e não aguentamos mais", afirmou Samar Abu Luli, uma moradora de Rafah, após um bombardeio israelense contra o bairro de Al Shabura.

- Estagnação na ONU -

O Conselho de Segurança da ONU deve tentar mais uma vez, nesta quinta-feira, aprovar uma resolução para pedir a suspensão dos combates, depois de não conseguir o apoio dos Estados Unidos.

Israel rejeitou o termo "cessar-fogo" e, por este motivo, a delegação dos Estados Unidos utilizou duas vezes seu poder de veto para frear resoluções desde o início de la guerra.

Os Emirados Árabes Unidos defendem um projeto de resolução sobre o conflito que foi diluído para garantir apoio, segundo uma versão consultada pela AFP.

A proposta pede a "suspensão urgente das hostilidades para permitir o acesso humanitário seguro e sem obstáculos para um cessar sustentável das hostilidades".

Israel permitiu a passagem de caminhões pelo posto de Rafah, na fronteira com o Egito, e esta semana também autorizou o envio de ajuda pelo posto de Kerem Shalom.

A guerra provocou temores de uma escalada regional, com incidentes na fronteira com o Líbano e mísseis dos rebeldes huthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, contra navios de carga no Mar Vermelho.

Israel anunciou na quarta-feira que atacou um "centro operacional de comando" utilizado pelo grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã, e que atirou contra combatentes que seguiam em direção a sua fronteira com o Líbano.

Uma idosa morreu e seu marido ficou ferido, informou a imprensa oficial, em um bombardeio israelense contra a cidade de Marun al Ras, na fronteira no sul do Líbano, a partir de onde o Hezbollah lançou vários ataques noturnos contra Israel.

O grupo japonês Sony anunciou que o console de jogos PlayStation 5 superou a marca de 50 milhões de unidades vendidas, três anos após o lançamento.

"Graças ao apoio dos fãs do PlayStation no mundo inteiro, o console PS5 teve um forte impulso este ano, estimulado por uma série de jogos muito populares", afirmou a Sony em um comunicado.

##RECOMENDA##

As vendas foram sustentadas pelo lançamento de jogos de sucesso como "Marvel’s Spider-man 2", que vendeu 2,5 milhões de exemplares nas primeiras 24 horas no final de outubro, "Baldur’s Gate 3" e "Alan Wake 2".

A produção e os envios do PS5, lançado em novembro de 2020, em plena pandemia del covid-19, foram afetadas pela escassez de semicondutores e as dificuldades na cadeia global de abastecimento devido às medidas sanitárias em muitos países.

"Estamos empolgados porque esta é o primeiro período de festas de fim de ano desde o lançamento do PS5 em que dispomos de um estoque completo de consoles PS5. Então, qualquer pessoa que deseja adquirir pode conseguir", afirmou Jim Ryan, presidente e CEO da Sony Interactive Entertainment.

O número foi alcançado 161 semanas após o lançamento do PS%, apenas uma semana a mais que as 160 necessárias para a venda de 50 milhões de unidades do PlayStation 4, lançado em 2013, segundo números compilados pelo jornal Financial Times.

Em todo o ciclo desde o lançamento, o PS4 vendeu mais de 117 milhões de unidades, segundo o site especializado VGChartz.

Entre todos os modelos, o console mais vendido da história foi o PlayStation2, com mais de 158 milhões de unidades.

Sobreviventes do terremoto na China se recuperavam nesta quinta-feira nos hospitais, enquanto as equipes de emergência transportavam mantimentos para a região afetada, três dias depois do tremor que deixou 135 mortos, segundo um balanço atualizado.

As equipes de emergência prosseguem com as buscas por vítimas na província de Qinghai, noroeste do país.

##RECOMENDA##

Quase mil pessoas ficaram feridas na província e na vizinha Gansu após o terremoto potente, de pouca profundidade, que abalou a região na segunda-feira à noite.

O balanço anterior registrava 134 mortes.

No hospital do condado de Jishishan, em Gansu, perto do epicentro do terremoto, médicos atendiam os feridos em edifícios visivelmente danificados pelo tremor.

"Eu quero voltar para casa", declarou à AFP uma paciente que aguardava por uma cirurgia na perna. "Mas a minha casa foi destruída, não sei para onde ir", acrescentou.

"As pessoas estão preocupadas com os tremores secundários, não conseguem dormir porque não há lugar seguro", disse um funcionário do governo de Jishishan.

O Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS) afirmou que o terremoto foi registrado às 23H59 locais de segunda-feira, com 5,9 graus de magnitude a 100 km de Lanzhou, capital de Gansu.

Vários tremores secundários foram registrados. As autoridades alertaram para a possibilidade de terremotos de mais de 5 graus de magnitude nos próximos dias.

Os sobreviventes do terremoto na China, que matou 131 pessoas conforme um balanço atualizado, estavam abrigados em barracas nesta quarta-feira (20), no momento em que uma onda de frio afeta o norte do país.

O terremoto aconteceu na segunda-feira à noite, em uma região 1.300 km ao sudoeste de Pequim.

##RECOMENDA##

"As operações de busca e resgate terminaram ontem", declarou nesta quarta-feira um dos coordenadores do serviço de gestão de emergências de Gansu em uma entrevista coletiva.

"A principal missão agora é atender os feridos e realocar os desabrigados", acrescentou.

O terremoto, que também deixou quase 1.000 feridos, segundo a agência estatal Xinhua, foi o mais letal no país desde 2014, quando mais de 600 pessoas morreram em um tremor em Yunnan (sudoeste).

Correspondentes da AFP observaram famílias refugiadas em barracas no condado de Jishishan, na província de Gansu (noroeste), perto do epicentro do terremoto.

Uma mulher afirmou que teme retornar para casa. "Não podemos voltar, é muito perigoso", disse à AFP, recusando-se a revelar seu nome.

"Tudo pode desabar a qualquer momento", explicou.

O terremoto provocou 113 mortes na província de Gansu, e 18, na província vizinha de Qinghai. Quase mil feridos foram hospitalizados, segundo o canal estatal CCTV.

O papa Francisco afirmou que seus "pensamentos estão com as vítimas e os feridos do devastador terremoto" e se declarou "próximo das populações que sofrem, com afeto e oração".

Apenas na província de Gansu, 87.000 pessoas foram levadas para "abrigos temporários", segundo a CCTV.

Para as famílias que dormem ao relento, as únicas fontes de calor são os fogões e cobertores carregados às pressas de suas casas.

- Temperaturas polares -

Na localidade de Liugou, os habitantes estão aglomerados em grandes barracas montadas pelas autoridades locais em uma quadra de basquete.

Algumas barracas recebem até 35 pessoas.

As esperanças de encontrar sobreviventes parecem mínimas quase dois dias após o terremoto, ainda mais com as temperaturas polares na região.

A meteorologia indica que o termômetro deve atingir -17ºC nesta quarta-feira em Jishishan.

O norte da China enfrenta uma onda de frio sem precedentes. Na cidade histórica de Datong, província de Shanxi, o termômetro chegou a 33,2 graus abaixo de zero na terça-feira.

As autoridades enviaram bombeiros e equipes de emergência às regiões afetadas.

A imprensa estatal chinesa informou que 2.500 barracas, 20.000 casacos e 5.000 camas dobráveis foram enviadas para a província de Gansu.

O tremor de segunda-feira teve 6,2 graus de magnitude, segundo a Xinhua (ou 5,9, de acordo com Centro Geológico dos Estados Unidos, USGS), e foi seguido por vários tremores secundários.

As autoridades chinesas alertaram que, nos próximos dias, podem ser registrados mais tremores com magnitude superior a 5.

bur-tjx-cmk-etb/chv/lch/pz/mab/meb/fp/tt

Em junho passado, a americana Jessica Vincent passou em um brechó Goodwill em Hanover, no estado americano da Virgínia, onde se interessou por um vaso de vidro, em formato de garrafa, pintado de verde e vermelho.

Ao perceber um pequeno "M" no fundo, ela cogitou que poderia se tratar de vidro de Murano, o icônico material italiano característico de Veneza, e pensou que ele poderia valer algo.

##RECOMENDA##

A mulher, de 43 anos, disse a si mesma que pagaria até US$ 8,99, e comprou ao descobrir que ele custava apenas US$ 3,99.

Após levar a peça para casa, ela entrou em grupos de Facebook sobre identificação de vidros, e lá, descobriu que parecia um design de Carlo Scarpa, o renomado arquiteto italiano.

A história foi publicada nesta segunda-feira (17) pelo jornal The New York Times, depois que o vaso foi vendido pela casa de leilões Wright por US$ 107,100.

A venda foi efetuada para um colecionador privado de arte na Europa.

Especialistas que avaliaram a peça determinaram que ela fazia parte da série "Pennellate" (Pinceladas, em português), da década de 1940.

O presidente da casa de leilões, Richard Wright, disse ao Times ter se impressionado principalmente pela condição perfeita da peça: "Se tivesse uma lasca, mesmo pequena, provavelmente teria sido vendido por US$ 10 mil. Foi como ganhar na loteria".

Jessica Vincent disse que, apesar do valor, sabia que não queria ficar com o vaso: "Quando soube quão raros e valiosos eles são, fiquei nervosa de tê-lo, qualquer coisa poderia acontecer. Queria devolvê-lo ao mundo da arte. Eles não sabiam que ele existia, sinto que o salvei da escuridão". 

Da Ansa

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando