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A Americanas, em recuperação judicial, teve 5.526 trabalhadores desligados na semana de 27 de novembro a 3 de dezembro deste ano. De acordo com relatório divulgado pela empresa, esses desligamentos contemplam tanto profissionais demitidos quanto aqueles que pediram demissão.

A demissão voluntária, por iniciativa dos funcionários, correspondeu a 306 registros. No mesmo período, houve um total de 359 admissões.

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Depois das demissões, o número total de funcionários da Americanas caiu a 33.861 funcionários sob regime de CLT na data-base de 3 de dezembro.

A companhia destaca que seu quadro de funcionários é sazonal por natureza, variando conforme oscilações do mercado de varejo e com picos nas épocas de datas comemorativas, como Páscoa, Black Friday e Natal.

O número total de lojas, em 3 de dezembro, permanecia em 1.759, correspondendo a 93,4% do período anterior ao deferimento da recuperação judicial.

Durante a semana base deste relatório, não houve nenhuma loja encerrada.

A empresa informa ainda que o total de pagamentos na semana somou R$ 438 milhões, enquanto o total de recebimentos somou R$ 604 milhões.

A Americanas abre sete mil vagas temporárias para o Natal. De acordo com a empresa, as oportunidades buscam pessoas com idade a partir de 18 anos, ensino médio completo e perfil dinâmico, ágil e resiliente. Além disso, as opções ofertadas não exigem experiência prévia. As inscrições podem ser feitas pelo site de recrutamento.

O processo seletivo será on-line e presencial. Ainda segundo a Americanas, além de salário compatível com o mercado, os contratados receberão benefícios como vale-transporte, vale-refeição e seguro de vida. Após a contratação, todos os profissionais temporários passarão por treinamentos, integração e ambientação nas unidades de trabalho.

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“Apostamos na fortaleza do nosso canal físico e entendemos que precisamos reforçar a operação de fim de ano para atender com qualidade e eficiência os nossos clientes. Com as contratações temporárias, oferecemos para esses profissionais a chance de aprendizado e desenvolvimento profissional em uma das maiores operações de varejo do País”, afirma Leonardo Ferreira, vice-presidente de Gente e Gestão da Americanas.

 

A Americanas, uma das principais empregadoras do país, está com inscrições abertas para mais de 300 vagas efetivas destinadas a Pessoas com Deficiência. As oportunidades incluem posições de operador de loja em todo o Brasil e assistente administrativo nos escritórios do Rio de Janeiro e São Paulo. Os requisitos para candidatura são idade mínima de 18 anos e ensino médio completo, e não é exigida experiência prévia, facilitando a integração de quem busca o primeiro emprego.

Além de oferecer salário, que, segundo a empresa, é compatível com o mercado, a companhia proporciona treinamentos para capacitação profissional e suporte do time de Gente. Os contratados também têm acesso a benefícios como plano de saúde com adesão imediata, vale-refeição, vale-transporte, seguro de vida e descontos em compras nos sites e apps das marcas Americanas, Submarino e Shoptime. Após o período de experiência, esses benefícios se estendem às compras nas lojas físicas.

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“A Americanas acredita na construção de um time plural e diverso como estratégia competitiva de longo prazo. O combate às desigualdades deve ser feito com ações efetivas. Sabemos que, para ser realmente uma vaga inclusiva, não basta somente contratar. É preciso fomentar uma cultura organizacional com foco no crescimento, inclusão e engajamento dos colaboradores”, afirma Leonardo Ferreira, vice-presidente de Gente & Gestão da Americanas.

Os interessados no cargo de operador de loja devem se inscrever através deste link A vaga é destinada a todo o Brasil. Já os interessados na função de assistente administrativo para unidades no Rio de Janeiro e em São Paulo devem se candidatar aqui.

Após meses de negociações, a Americanas fechou um acordo com credores em torno do plano de recuperação judicial, em mais um passo para a execução das medidas previstas. A companhia receberá uma capitalização de R$ 24 bilhões, dividida entre recursos dos acionistas de referência e a conversão de dívida pelos bancos credores, e prevê que após a implementação do plano, sua dívida bruta cairá para R$ 1,875 bilhão. No final de 2022, dado mais recente, a dívida bruta da empresa era de R$ 37,331 bilhões.

O acordo, firmado nesta segunda-feira, 27, foi aceito por titulares de mais de 35% da dívida da companhia, excluídos os créditos intercompany (credores apoiadores). A rede varejista afirma que outros credores que participam das negociações indicaram interesse, de forma não-vinculante, em apoiar o plano, e que conduzem processos internos de aprovação para entrar no acordo assinado hoje.

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As negociações se estenderam ao longo do fim de semana, como havia antecipado o Estadão/Broadcast na sexta-feira, 24. Bancos como Bradesco, Itaú Unibanco, Santander Brasil e BV sinalizaram de maneira informal concordar com os termos de acordo, e outros analisavam internamente questões jurídicas, embora também fossem favoráveis à aprovação. Havia uma expectativa de fechar o acordo no domingo, mas a negociação acabou se estendendo para esta segunda. O acordo ainda depende de aprovação em assembleia geral de credores (AGC), convocada para 19 de dezembro.

O acordo prevê que as partes darão suporte às iniciativas de reestruturação da Americanas previstas no plano, como a capitalização, e que votarão a favor do plano de recuperação judicial da companhia na AGC. Além disso, também faz com que as partes se comprometam em participar do aumento de capital da empresa e a não tomar medidas contrárias aos termos do acordo ou às transações do plano.

A Americanas receberá um aporte de R$ 12 bilhões por parte de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, acionistas de referência da companhia, o que inclui o empréstimo DIP (debtor-in-possession, concedido a empresas em dificuldades) de R$ 2 bilhões. Os credores converterão o mesmo montante em ações da companhia. Todos os demais acionistas terão direito de preferência, segundo a Americanas. No aumento de capital, a cada três ações emitidas, haverá um bônus de subscrição adicional, ao preço de exercício de R$ 0,01.

Após o aumento de capital de R$ 24 bilhões ao todo, a Americanas destinará até R$ 8,7 bilhões para pagar os credores financeiros, através de um leilão reverso de R$ 2 bilhões, ou então do pagamento antecipado de créditos com desconto, ao qual serão destinados R$ 6,7 bilhões. Depois dessas operações, a empresa prevê que sua dívida bruta cairá para até R$ 1,875 bilhão, deixando sua estrutura de capital mais leve que a atual.

Além disso, após o aumento de capital, a Americanas vai realizar uma assembleia geral de acionistas para eleger uma nova chapa para compor o conselho de administração. O mandato será de dois anos, e permitirá a recondução por mais dois.

A Americanas afirma ainda que terá de obter até a data da AGC uma autorização societária para incluir no plano de recuperação a previsão de que as ações emitidas no aumento de capital tenham seu preço fixado de acordo com o preço médio de mercado ponderado pelo volume nos 60 dias correntes anteriores. A Americanas prevê que, se obtiver essa aprovação, o preço de emissão de cada papel será de 1,33 vez o preço médio nesse período.

Essa necessidade foi incluída no acordo por demanda dos credores. Se não for cumprida, de acordo com a varejista, o acordo pode ser extinto.

Fiança

A Americanas garantiu ainda, com os credores apoiadores, uma garantia firme para obter fianças bancárias ou seguros-garantia de R$ 1,5 bilhão, com validade de dois anos após a conclusão da reestruturação aplicável a esses credores, ou até o encerramento da recuperação judicial, o que acontecer primeiro. Outros credores que sejam elegíveis a essa opção poderão aderir à garantia até a véspera da AGC.

Em contrapartida, segundo a companhia, os credores que assinarem o plano nas condições descritas terão o direito a receber uma parcela do montante de R$ 1,5 bilhão a partir do pagamento antecipado de créditos, de R$ 6,7 bilhões, previsto no plano. Ou seja: ganharão lugar na fila de credores da empresa.

Depois de quatro adiamentos, e 11 meses após a divulgação de um dos maiores escândalos contábeis do Brasil, a Americanas divulgou na manhã desta quinta-feira (16) seu balanço de 2022. A rede de varejo teve prejuízo de R$ 12,912 bilhões em 2022, ante perda de R$ 6,237 bilhões em 2021, segundo o resultado revisado. A dívida líquida do grupo estava em R$ 26,287 bilhões, salto de 85% em um ano.

O último balanço divulgado pela Americanas antes da descoberta do rombo foi o do terceiro trimestre de 2022, revelado em novembro do ano passado. No acumulado do ano até setembro, a perda foi de R$ 447 milhões, crescimento de seis vezes na comparação com o mesmo período de 2021.

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Já o endividamento reportado ao final de setembro do ano passado era de R$ 5,3 bilhões, número cinco vezes menor do que o revelado agora para todo o ano de 2022. A rede informou nesta quinta que tinha um endividamento de curto prazo de R$ 37 bilhões e despesa financeira de R$ 5,2 bilhões.

O Ebitda recorrente foi negativo em R$ 2,927 bilhões em 2022, enquanto o caixa da companhia terminou o ano em R$ 6 bilhões e o capital de giro em R$ 2,5 bilhões, com uma piora de R$ 1,2 bilhão. Já a receita líquida ficou em R$ 25,809 bilhões, aumento de 14,6% em um ano.

Com os números divulgados, a prioridade agora é tentar chegar a um acordo com credores para salvar a rede de varejo. As demonstrações contábeis são peça essencial para os credores entenderem a viabilidade operacional da Americanas, comenta um banqueiro que ainda vai avaliar os números, segundo ele, "com lupa". Um dos pontos de mais interesse é ver as aplicações do endividamento e dos níveis de alavancagem.

Após o rombo, revelado em 11 de janeiro, a publicação do balanço de 2022 foi anunciada para março. Depois, postergada para agosto, em seguida para outubro e depois para 13 de novembro. Na madrugada do dia 13, foi novamente adiada para esta quinta-feira (16).

A Americanas voltou a adiar a publicação do balanço de 2022, que estava prevista para esta segunda-feira (13). A companhia afirma que publicará os resultados até a próxima quinta-feira (16), data em que também deve realizar uma teleconferência com o mercado, em horário que ainda será informado.

A rede varejista afirma que os balanços referentes a 2021 e 2022 estão prontos, mas que o processo de aprovação nas instâncias internas de governança não foi finalizado a tempo para que fossem publicados nesta segunda. Além dos resultados de 2022, a companhia deve republicar os de 2021, por causa das fraudes contábeis que a levaram à recuperação judicial.

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"A Americanas foi vítima de uma fraude sofisticada e muito bem arquitetada, o que tornou a compilação e análise de suas demonstrações financeiras ("DFs") históricas uma tarefa extremamente desafiadora e complexa", afirma a companhia, em fato relevante.

Segundo a rede varejista, os dados serão públicos "até o dia 16 de novembro de 2023" antes da abertura do mercado. Neste mesmo dia, a empresa informará, durante a teleconferência, atualizações sobre a evolução do plano de recuperação judicial, e apresentará o plano estratégico que está sendo implementado e que norteará a atuação no futuro.

A divulgação dos balanços da Americanas é chave para que a companhia e os credores finalizem o acordo sobre o plano de recuperação judicial. Os adiamentos anteriores na publicação atrasaram em alguns meses a aprovação do plano.

Os credores, em especial os bancos, consideram fundamental o acesso a informações financeiras auditadas da companhia para aprovar ou não a proposta feita pela empresa, que envolve um aporte de R$ 12 bilhões pelos acionistas de referência, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.

O grupo islamita palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza, afirmou, nesta sexta-feira (20), que seu braço armado libertou duas reféns dos Estados Unidos, das quase 200 pessoas que foram sequestradas na ofensiva sem precedentes ao território israelense, lançada pelos milicianos em 7 de outubro.

Um porta-voz do braço militar do Hamas indicou, em comunicado publicado no Telegram, que uma mulher americana e a sua filha foram libertadas "por motivos humanitários, após mediação do Catar".

O movimento, que controla este território palestino desde 2007, não deu detalhes sobre como ou quando as reféns foram libertadas.

O Exército de Israel afirmou, nesta sexta-feira, que a maioria dos sequestrados levados à Faixa de Gaza está viva, e indicou que também há corpos que foram levados ao mesmo local.

Os militares israelenses afirmaram que mais de 20 dos reféns são menores e que entre 10 e 20 têm mais de 60 anos.

Desde o ataque lançado há quase duas semanas pelos milicianos do Hamas contra o território israelense - o pior sofrido por Israel desde sua criação, em 1948 - entre 100 e 200 pessoas, aproximadamente, foram reportadas como desaparecidas, segundo o Exército.

Mais de 1.400 pessoas morreram na ofensiva dos combatentes do Hamas, a maioria civis que foram baleados, queimados vivos ou mutilados no primeiro dia do ataque, segundo as autoridades israelenses.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu "aniquilar" o Hamas após o ataque.

Ao menos 4.137 pessoas morreram em Gaza nos bombardeios incessantes lançados desde então por Israel, incluindo mais de 1.500 crianças, segundo o ministério da Saúde controlado pelo Hamas.

A sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Americanas desta terça-feira, 19, foi adiada pelo presidente, o deputado federal Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE).

Uma nova reunião deve ser realizada amanhã, na qual o relatório final deve ser votado. Além disso, parlamentares do PSOL vão apresentar um texto alternativo.

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A Americanas abriu 1200 vagas temporárias para a Black Friday e Natal. As oportunidades são ofertadas nos Centros de Distribuição (CDs) nas cidades de Uberlândia (MG), Itapevi e Barueri (SP), Seropédica (RJ), Belém (PA), Cabo de Santo Agostinho (PE), Salvador (BA), Curitiba (PR) e Gravataí (RS).

De acordo com a empresa, os postos de trabalho não exigem experiência e são para cargos de operação logística, operador de empilhadeira, auxiliar, assistente e motorista com carteira de habilitação D. Os interessados em participar do processo seletivo podem se inscrever pelo site da seletiva.

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Na segunda fase de contratação, também para a Black Friday e o Natal, está prevista para iniciar entre outubro e novembro, a companhia vai abrir novas vagas temporárias para diversas lojas físicas da marca distribuídas pelo país. “A abertura de novos postos de trabalho para as principais datas do varejo demonstra que a companhia está viva e continua comprometida com a manutenção de suas atividades, a geração de renda e o desenvolvimento profissional”, afirma Leonardo Ferreira, diretor de Gente da Americanas S.A.

A Americanas refutou nesta segunda-feira (11) as argumentações do ex-CEO da empresa, Miguel Gutierrez, apresentadas em processo judicial movido pelo Bradesco contra a Americanas. A varejista afirma ainda que o executivo tem responsabilidade direta na fraude nas contas da empresa.

Em nota à imprensa, a companhia destaca que o ex-dirigente da Americanas não apresentou contraprovas, em nenhum momento, para os documentos e fatos apresentados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no dia 13 de junho de 2023, que demonstram a sua participação na fraude.

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"O mesmo se deu com os demais órgãos competentes que atuam nas investigações do ocorrido e que já acataram e homologaram delações premiadas de ex-executivos da companhia", afirma a empresa.

A Americanas reforça ainda que foi a única parte a apresentar provas no âmbito do processo judicial e reitera a afirmação sobre a fraude e a responsabilidade direta do ex-CEO a partir da exposição de novas evidências apresentadas nesta manifestação.

A varejista diz que o arquivo digitalizado com anotações de próprio punho de Miguel Gutierrez, localizadas em equipamento eletrônico da companhia por ele utilizado, apontam a existência de duas versões dos demonstrativos da Americanas, uma de uso interno da antiga diretoria e outra destinada ao Conselho de Administração.

Segundo a empresa, o e-mail enviado por Miguel Gutierrez aos ex-diretores tem orientações para que não fossem levadas, em reunião com Sérgio Rial, respostas a dúvidas sensíveis em relação ao quarto trimestre e endividamento da companhia.

Conforme a empresa, no e-mail enviado pelo ex-CEO aos ex-diretores envolvidos na fraude, Gutierrez reclama do "mar de comentários", referindo-se a diligentes questionamentos dos membros do Comitê de Auditoria, em linha com as boas práticas de governança recomendadas.

"Adicionalmente, foram identificadas várias contradições e mentiras nas alegações contidas na carta apresentada por Miguel Gutierrez, tais como: Miguel Gutierrez alega que a companhia passava por situação financeira difícil no segundo semestre, que precisaria de aporte de capital e que todos os órgãos da administração tinham ciência desse fato. Documentos apresentados ao Comitê Financeiro em 07 de novembro de 2022, arquivados no portal de governança da companhia e já disponibilizados à CPI e demais autoridades, mostram de forma inequívoca que a antiga diretoria, liderada por Miguel Gutierrez, apresentou aos conselheiros visão de que a Americanas geraria R$ 500 milhões de caixa no quarto trimestre de 2022 e continuaria gerando caixa nos anos subsequentes, mantendo índice de endividamento financeiro saudável", afirma.

A empresa cita ainda que outra argumentação sem fundamento apresentada é a de que os órgãos sociais deliberavam sobre questões estratégicas da Americanas sem conhecimento e participação do ex-CEO Miguel Gutierrez. "Esta falsa afirmativa cai por terra diante de mensagem sobre ações do Comitê Financeiro, assim como de agendas de reuniões do conselho, que mostram que o senhor Miguel Gutierrez era ativo na gestão da companhia, como é de se esperar de qualquer presidente de empresa", diz.

A Americanas reitera que tanto as afirmações supracitadas quanto as evidências que as certificam constam da petição protocolada em resposta ao agravo em processo judicial de autoria do Bradesco e lamenta a posição da instituição financeira, não compartilhada pelos demais bancos credores da companhia, que seguem empenhados num consenso ao Plano de Recuperação Judicial.

A varejista reafirma ainda que o relatório preliminar apresentado na Comissão Parlamentar de Inquérito se baseia em documentos levantados pelo Comitê de Investigação Independente, além de documentos complementares identificados pela Administração e seus assessores jurídicos, que formataram os documentos em um relatório que indica que as demonstrações financeiras da companhia vinham sendo fraudadas pela diretoria anterior da Americanas, capitaneada por Miguel Gutierrez.

"A companhia confia na competência de todas as autoridades envolvidas nas apurações e investigações, à frente das conduções de delações homologadas já em segredo de justiça, que devem trazer ainda mais robustez às já contundentes provas apresentadas. A Americanas reforça que é a maior interessada no esclarecimento dos fatos e que irá responsabilizar judicialmente todos os envolvidos na fraude", conclui a empresa.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga a fraude contábil da Americanas deve votar o relatório final somente daqui a duas semanas, após a presidência conceder vistas coletivas ao documento.

Deputados criticam que os requerimentos de convocação do trio de acionistas de referência da varejista (Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles) não tenham sido nem mesmo votados. Em razão disso, votos alternativos à posição do relator, Carlos Chiodini (MDC-SC), devem ser apresentados na sessão do dia 19, quando a CPI deve terminar, de acordo com o prazo da Casa.

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Em uma declaração enviada à CPI e também em resposta juntada ao processo no qual o Bradesco, defendido pelo escritório Warde Advogados, pede a produção antecipada de provas no caso, o ex-CEO da varejista, Miguel Gutierrez, cita os três investidores. Apesar de ter vindo a público na noite de ontem, o documento não foi suficiente para pautar a convocação do trio.

O procurador do Ministério Público Federal (MPF) José Maria Panoeiro, responsável pela investigação da fraude contábil que levou ao rombo de mais de R$ 20 bilhões da Americanas, disse nesta terça-feira - em audiência pública da Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga o caso - que há negociações em curso para acordos de delação premiada na condução das investigações.

Panoeiro, que atuou na investigação do empresário Eike Batista, diz que, no caso da varejista, as apurações mostram possibilidade de delito de ação criminosa, associação criminosa, falsidade ideológica e insider trading.

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"Costumo dizer que, em delitos de empresas, a cadeia decisória da companhia normalmente é envolvida", disse ele aos parlamentares.

Para ele, cargos como os de CEO, diretor presidente, diretor financeiro, diretor de controladoria e de relações com o mercado são exemplos de executivos que, pela sua experiência teria conhecimento de uma fraude da magnitude da Americanas.

"Ficam perguntas sobre o conhecimento e participação a acionistas de referência", afirmou Panoeiro.

Ele disse que, no entanto, as investigações estão em curso e que ainda não houve indiciamentos. "Mais cedo ou mais tarde algumas medidas cautelares devem ser necessárias", afirmou.

Acrescentou ainda que acredita que o acesso a mensagens que envolvem a diretoria da companhia e o conselho de administração e processos que envolvem bancos têm, até agora, período de tempo limitado. A seu ver, porém, é preciso haver investigações anteriores. "União de B2W com Americanas precisa ser investigada", disse.

Ele entende que, quando o rombo veio à tona, a companhia já se preparava para trazer as informações ao público. "Já havia um cálculo", diz. A seu ver, é preciso saber se as práticas datam de antes da fusão das duas empresas.

Em meio à crise e alegando reestruturação, Americanas demite 1,4 mil funcionários em uma semana. Os desligamentos ocorreram entre os dias 17 e 24 de julho e a maioria dos trabalhadores atuavam como desenvolvedores, designers de produtos e especialistas em experiência do usuário. 

Além das demissões, uma unidade da marca, localizada no Mato Grosso do Sul, teve as atividades encerradas. Por meio de nota, a empresa informou que, “diante da reestruturação de algumas frentes de negócio a partir de seu plano de transformação, realizou o desligamento de colaboradores”.

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Além disso, a Americanas ressalta que todo processo foi realizado "com a transparência na relação com os sindicatos, mantendo-os informados dos movimentos de reestruturação, assim como garante o cumprimento integral e tempestivo de suas obrigações trabalhistas, na forma da legislação vigente”.

A Americanas afirmou na manhã desta quarta-feira (14) que a fraude, descrita em fato relevante nesta terça-feira (13), ajudou a incrementar os resultados da companhia ao longo do tempo em R$ 25,3 bilhões até o dia 30 de setembro de 2022.

Segundo a varejista, tal resultado decorreu de diversos contratos de VPC artificialmente criados para melhorar os resultados, que atingiram o saldo de R$ 21,7 bilhões, enquanto a ausência de lançamento de juros sobre operações financeiras totalizaram o saldo de R$ 3,6 bilhões.

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Em relação ao impacto na rubrica de fornecedores, "os efeitos praticamente se anularam", segundo a varejista. Houve uma redução líquida de R$ 700 milhões em 30 de setembro de 2022, em uma combinação de lançamentos que incrementam a conta de fornecedores de R$ 18,4 bilhões e R$ 2,2 bilhões e lançamentos que reduziam a conta de fornecedores de R$ 17,7 bilhões e de R$ 3,6 bilhões.

A rubrica de fornecedores teve impacto de contrapartidas contábeis dos contratos de VPC artificialmente cridos e do lançamento incorreto dos juros sobre operações financeiras já mencionados, que reduziram a conta de fornecedores e totalizaram o saldo de R$ 17,7 bilhões e R$ 3,6 bilhões, respectivamente. A redução também considera a contratação de operações de financiamento de compras (risco sacado, forfait ou confirming) de R$18,4 bilhões e de capital de giro de R$ 2,2 bilhões, ambas inadequadamente contabilizadas na conta de fornecedores no balanço patrimonial da companhia.

Sobre a alavancagem da Americanas em 30 de setembro de 2022, a incorreta contabilização das operações de financiamento de compras e de capital de giro minorou sua dívida financeira bruta em R$ 20,6 bilhões.

"Os entendimentos acima, preliminares e sujeitos a alterações, foram oriundos dos resultados dos trabalhos de refazimento das demonstrações financeiras históricas da companhia e do relatório apresentado por seus assessores", afirma a Americanas, em fato relevante.

Segundo a varejista, um resumo do relatório foi apresentado na terça-feira pelo CEO da Americanas na sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a fraude de resultado da companhia.

A Americanas, em recuperação judicial, informou nesta terça-feira (13) que os assessores jurídicos da administração da empresa apresentaram, em reunião do conselho de administração realizada nesta segunda-feira (12), relatório contendo achados preliminares sobre as inconsistências contábeis relatadas pela empresa em janeiro. O documento indica que houve fraude.

"Os documentos analisados indicam que as demonstrações financeiras da companhia vinham sendo fraudadas pela diretoria anterior da Americanas", afirma a empresa em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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A empresa explica que o relatório apresentado pelos assessores foi baseado em documentos entregues pelo comitê de investigação independente e por documentos complementares identificados pela administração e seus assessores após as reuniões com o Comitê.

Os documentos que deram origem ao relatório, destaca a empresa, demonstram ainda os esforços da diretoria anterior das Americanas para ocultar do conselho de administração e do mercado em geral a real situação de resultado e patrimonial da companhia.

As informações do relatório, associadas aos trabalhos de refazimento das demonstrações financeiras históricas da companhia que já vinham sendo realizados pela Americanas e seus assessores financeiros e contábeis, levaram ao entendimento de que como a fraude ocorria.

Contratos

Foram identificados diversos contratos de verba de propaganda cooperada e instrumentos similares (VPC), incentivos comerciais usualmente utilizados no setor de varejo, que teriam sido artificialmente criados para melhorar os resultados operacionais da companhia como redutores de custo, mas sem efetiva contratação com fornecedores. Esses lançamentos, feitos durante um significativo período, atingiram, em números preliminares e não auditados, o saldo de R$ 21,7 bilhões em 30 de setembro de 2022.

As contrapartidas contábeis em balanço patrimonial desses contratos de VPC criados ao longo do tempo, os quais não tiveram lastro financeiro associado, se deram majoritariamente na forma de lançamentos redutores da conta de fornecedores, totalizando, em números preliminares e não auditados, o saldo de R$ 17,7 bilhões em 30 de setembro de 2022. A diferença de R$ 4,0 bilhões teve como contrapartidas lançamentos contábeis em outras contas do ativo da companhia.

Financiamentos

Em adição às operações de VPC, e como forma de gerar o caixa necessário para a continuidade das operações das Americanas, a diretoria anterior da companhia contratou uma série de financiamentos nos quais a empresa é devedora perante instituições financeiras, sem as devidas aprovações societárias, todas inadequadamente contabilizadas no balanço patrimonial da companhia de 30 de setembro de 2022 na conta fornecedores.

Foram realizada operações de financiamento de compras (risco sacado, forfait ou confirming) de R$ 18,4 bilhões, em números preliminares e não auditados. Também foram realizadas operações de financiamento de capital de giro de R$ 2,2 bilhões, em números preliminares e não auditados.

"A indevida contabilização dessas operações de financiamento nos demonstrativos financeiros da Americanas não permitiu a correta determinação do grau de endividamento da companhia ao longo do tempo", ressalta a empresa.

Redutores de conta

Também foram identificados lançamentos redutores da conta de fornecedores oriundos de juros sobre operações financeiras, que deveriam ter transitado pelo resultado da companhia ao longo do tempo, totalizando, em números preliminares e não auditados, o saldo de R$ 3,6 bilhões em 30 de setembro de 2023.

"Os ajustes contábeis, derivados dos fenômenos, são preliminares, não auditados e ainda estão sujeitos a alterações. Os ajustes contábeis definitivos estarão refletidos nos demonstrativos financeiros históricos auditados que serão reapresentados assim que os trabalhos estiverem concluídos. Da mesma forma, o efeito desses ajustes nos resultados da companhia ao longo do tempo ainda está sendo apurado, mas a expectativa da administração é de que o impacto nos resultados mais recentes seja significativo", destaca.

Executivos envolvidos

O relatório indica, ainda, a participação na fraude do ex-CEO Miguel Gutierrez, dos ex- diretores Anna Christina Ramos Saicali, José Timótheo de Barros e Márcio Cruz Meirelles, e dos ex-executivos Fábio da Silva Abrate, Flávia Carneiro e Marcelo da Silva Nunes.

"Miguel Gutierrez desligou-se da companhia em 31 de dezembro de 2022. José Timótheo de Barros foi afastado de suas funções executivas na companhia em 03 de fevereiro de 2023 e comunicou sua renúncia em 1º de maio de 2023. Os desligamentos de Anna Christina Ramos Saicali, Márcio Cruz Meirelles, Fábio da Silva Abrate, Flávia Carneiro e Marcelo da Silva Nunes, também afastados de suas funções executivas na companhia desde o dia 03 de fevereiro de 2023, assim como dos demais colaboradores identificados até o momento, já foram determinados pela administração da companhia", afirma.

O Conselho de Administração orientou a Americanas e os assessores a apresentarem o Relatório a todas as autoridades competentes e avaliar as medidas visando ao ressarcimento dos danos causados pela fraude em suas demonstrações financeiras.

A Americanas divulgou na quarta-feira (31), em comunicado, que as demonstrações financeiras anuais de exercícios anteriores da empresa devem ser divulgadas até 31 de agosto.

Desde a descoberta em janeiro de um rombo bilionário, que resultou num processo de recuperação judicial, a empresa e uma equipe de assessores e auditores independentes têm revisado as demonstrações financeiras de anos anteriores, incluindo a do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2022.

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Os trabalhos de revisão, diz a empresa, ocorrem em paralelo e estão sujeitos à conclusão da apuração conduzida por um Comitê Independente.

"A companhia reitera que os trabalhos (...) visam garantir que as demonstrações financeiras reflitam adequadamente a posição patrimonial e financeira da companhia e de suas controladas, bem como a apuração acerca das circunstâncias que ocasionaram as referidas inconsistências contábeis", diz o comunicado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, disse nesta sexta-feira, 5, que a expectativa dos credores da Americanas é de um acordo até junho, conforme antecipou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) em abril. Segundo ele, o acordo não será "ótimo", mas deve atingir um ponto "razoável" a todas as partes envolvidas.

"Entre a última divulgação e esta, tivemos evoluções nas tratativas com a empresa", disse ele, sem citar a Americanas nominalmente, em coletiva de imprensa para comentar os resultados do banco no primeiro trimestre, divulgados na quinta-feira.

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Lazari afirmou que os bancos e os demais agentes envolvidos, tanto na ponta dos credores quanto na da empresa, estão discutindo os termos de um acordo. Esse desfecho deve ser "razoável" e não "ótimo", segundo o presidente do Bradesco.

"Não sabemos o quanto podemos recuperar, gostaríamos de recuperar 100% do que provisionamos", disse ele.

A Coluna do Broadcast mostrou que os bancos gostariam que o trio de acionistas de referência da Americanas, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, aportasse R$ 12 bilhões na companhia já de cara. A proposta atual contempla R$ 10 bilhões e uma tranche de R$ 2 bilhões que só seria aportada no futuro, a depender do desempenho da varejista.

Maior credor financeiro da Americanas, o Bradesco provisionou toda a exposição à companhia, de cerca de R$ 4,9 bilhões, no balanço do quarto trimestre do ano passado.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira, 3, a busca e apreensão de dados de executivos da Americanas após suspender a operação em fevereiro. Agora, contudo, o ministro determinou que mensagens trocadas entre os diretores da Americanas e seus advogados deverão ser excluídas da busca para preservar o sigilo garantido por lei.

Ao suspender a medida, Moraes havia atendido recurso da varejista contra decisão da Justiça de São Paulo.

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O ministro reconheceu que a medida colocaria em risco o sigilo de comunicação entre advogados e clientes.

A medida abrange membros do Conselho de Administração e do Comitê de Auditoria - tanto os atuais quanto os que atuaram nesses cargos pelos últimos dez anos.

Também atinge funcionários das áreas de Contabilidade e Finanças da companhia atuais e nos últimos dez anos.

A Americanas fechou a primeira loja física no Ceará, no último fim de semana. Na manhã desta segunda-feira (3), a unidade localizada na esquina da avenida Senador Virgílio Távora com a rua Ana Bilhar, no bairro Meireles, em Fortaleza, não abriu as portas. A loja era uma das mais frequentadas da área e ficava próxima à beira-mar, em área nobre. 

A rede, que descobriu um rombo de R$ 20 milhões em janeiro, está em fase de recuperação judicial e tem fechado lojas em todo o país.                     

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Um informe foi colocado na frente do estabelecimento notificando os clientes para se dirigirem a outras unidades próximas, citando a do Shopping Del Paseo e do Pátio Dom Luís, ambas no bairro da Aldeota. 

"Aos nossos clientes, informamos que esta loja encerrou suas atividades. Para realizar suas compras se dirija para as lojas mais próximas", diz anúncio colado na frente do empreendimento no Meireles. 

O “rombo de R$ 20 milhões” 

Em janeiro, a mídia divulgou informações de que a rede de lojas acumulava um rombo de cerca de R$ 20 bilhões, resultantes de uma sucessão de inconsistências contábeis e falta de transparência com investidores. Isso aconteceu por meio de um anúncio do então novo CEO Sérgio Rial, que havia chegado ao cargo há menos de um mês. 

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--> ‘Em crise, Americanas abre vagas temporárias para a Páscoa’ 

Apesar das dificuldades econômicas e recuperação judicial, as loja Americanas abre mais de mil vagas temporárias para a Páscoa.  As oportunidades não exigem experiência prévia no varejo e os interessado pecisam ser maiores de 18 anos, ter ensino médio completo e disponibilidade para trabalhar até 10 de abril.

O processo de candidaturas deve ser feito atá 3 de abril através do site da seletiva. Entre os cargos ofertados estão: atendimento ao cliente; operação de caixa; precificação de produtos; recebimento e reposição de mercadorias; além da organização de itens nas gôndolas e parreiras de ovos de Páscoa.

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“A abertura de novos postos de trabalho para a Páscoa é mais um sinal de que esta companhia centenária segue viva e cumprindo o seu maior papel social: gerar oportunidades a milhares de brasileiros. Seguimos otimistas na realização de um grande evento, honrando nossos compromissos trabalhistas e com nossos parceiros, e confiantes de que estamos no caminho certo para uma plena recuperação”, comenta Leonardo Coelho, CEO da Americanas S.A.

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