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Cotado como nome mais forte para ser o novo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), nem o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), nem a posição de líder do Governo no Senado impediu a derrota de lavada do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) na disputa. Depois do resultado da votação, nesta quarta-feira (15), o pernambucano entregou o comando da base governista na Casa Alta.

Apenas 7 dos 78 senadores apoiaram Bezerra Coelho ao TCU. O escolhido foi o senador Antonio Anastasia (PSD-MG), com 52 votos.

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Responsável por articular interesses de Bolsonaro no Senado e um dos defensores do presidente na CPI da Covid, a contagem entre os corredores do Congresso contabilizavam, pelo menos, metade dos votos a Bezerra Coelho.

Aparentemente decepcionado com o resultado que lhe deixou na última posição, atrás da senadora Kátia Abreu (PP-TO), que recebeu 19 votos, o senador emitiu na manhã de hoje o comunicado entregando a liderança do Governo Bolsonaro no Senado.

"O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) entregou nesta manhã o cargo de líder do governo no Senado. O pedido foi formalizado ao presidente Jair Bolsonaro a quem o senador agradece a confiança no exercício da função", informa a nota na íntegra.

Segundo o portal Deadline, a Disney está produzindo um novo filme live-action inspirado na animação "Cinderela" (1950). Dessa vez, a produção será um spin off focado na história das meias-irmãs da protagonista, Anastasia e Drizella. Será uma comédia musical, vai retratar a infância das irmãs e contar como ficou a vida delas após o casamento da princesa.

O filme será roteirizado pelas atrizes e produtoras Kristen Wiig, que viveu a Mulher-Leopardo em "Mulher Maravilha 1984" (2020), e Annie Mumolo, que atuou em "Perfeita é a Mãe" (2016). Ambas foram indicadas ao Oscar em 2012, na categoria de Melhor Roteiro Original por "Missão Madrinha de Casamento" (2011). Elas foram roteiristas e protagonistas no longa "Duas Tias Loucas de Férias" (2021).

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Ainda segundo o Deadline, a ideia para a produção cinematográfica é que as meias-irmãs da princesa sejam interpretadas por atrizes jovens, a fim de recontar toda a história pela perspectiva das antagonistas. Não é a primeira vez que Anastasia e Drizella ganham espaço nos filmes da franquia. Na sequência do clássico, "Cinderela 2 - Os Sonhos se Realizam" (2002), Anastasia se torna protagonista em uma das histórias, quando se apaixona pelo padeiro da cidade.

A ideia da Disney é promover obras focadas nos vilões dos clássicos, como ocorreu em "Malévola" (2014), filme sobre a vilã de "A Bela Adormecida" (1959), e em "Cruella", que tem estreia programada para 27 de maio, sobre a malvada de "101 Dálmatas" (1961). A empresa também está desenvolvendo uma produção focado na história de Gaston e LeFou, vilões de "A Bela e a Fera" (1991).

Por Thaiza Mikaella

O Senado vai realizar uma sessão remota na próxima segunda-feira (30) para votar o projeto que garante um auxílio emergencial de R$ 600. O auxílio é para trabalhadores informais e pessoas com deficiência à espera do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

A proposta foi aprovada na quinta-feira (26) pela Câmara dos Deputados.

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A sessão na segunda-feira foi anunciada pelo vice-presidente do Senado, Antonio Anastasia (PSD-MG), pelo Twitter.

"O Congresso continuará atuante para ajudar todo o Brasil nesse momento de dificuldades", escreveu o senador.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedidos de declínio de competência para a primeira instância de quatro inquéritos de investigações no âmbito da Operação Lava Jato. A procuradora destaca o entendimento firmado recentemente pela Corte sobre foro privilegiado - prerrogativa de função -, e "a necessidade de que as investigações continuem".

Raquel pede o envio das investigações para o Distrito Federal, e também para Minas e São Paulo.

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De acordo com a procuradora-geral, as investigações contra o ex-senador Romero Jucá (MDB/RR) pelo suposto recebimento de propina pela conversão em lei das Medidas Provisórias 470/2009 e 472/2009 devem ser conduzidas pela Justiça Federal no Distrito Federal.

Para ela, também devem ser enviadas para a Seção Judiciária do DF as apurações das condutas de Jucá e do também ex-senador Eunício Oliveira (MDB/CE), pelo suposto recebimento de propina pela conversão em lei da MP 613/2013. Os fatos são apurados no inquérito 4.437.

Em outro documento, Raquel manifesta-se pelo envio das investigações apuradas pelo inquérito 4.232, também para o DF. Ela defende o prosseguimento da investigação em relação ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB/RJ), o doleiro Lúcio Funaro e outros seis investigados.

Eles são acusados de corrupção passiva e ativa, além de lavagem de dinheiro.

Minas

Para a procuradora-geral, a investigação dos fatos apurados no inquérito 4.432 - que investiga suposto pagamento de "valores indevidos" ao senador Antonio Anastasia (PSDB/MG), ao deputado federal Dimas Fabiano (PP/MG) e ao ex-ministro Pimenta da Veiga, por solicitação do deputado federal Aécio Neves (PSDB/MG), a pretexto de suas campanhas eleitorais em 2014 - deve prosseguir na Justiça Federal em Minas.

O inquérito apura os delitos de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.

Delatores apontam que o então senador Aécio Neves, na campanha das eleições de 2014, teria solicitado doações no valor de R$ 6 milhões, em beneficio próprio e de aliados políticos.

Segundo os depoimentos, "as doações foram efetuadas de maneira dissimulada, com o propósito de ocultação, em função de influência política que o parlamentar exerceu, como governador de Minas, sobre seu partido e no Congresso Nacional, para favorecimento de empreitadas e projetos do Grupo Odebrecht".

Em relação à possível prática de falsidade ideológica eleitoral, a procuradora-geral afirma "não haver indícios mínimos sobre a utilização, em campanha eleitoral, de valores não contabilizados e não declarados à Justiça Eleitoral". Nesse ponto, a PGR promoveu o arquivamento dos fatos.

São Paulo

Raquel também defende que o inquérito 4.130, que investiga a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT/PR), deve ser enviado para a 6.ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária de São Paulo.

Investigações apontam a participação dela, quando era senadora, em suposto esquema de pagamento de propinas em valores milionários para diversos agentes públicos, entre 2009 e 2015, por meio de organização criminosa, no âmbito do antigo Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão.

O processo foi desmembrado e os outros envolvidos sem foro por prerrogativa de função já foram denunciados à 6.ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária de São Paulo.

Sobre a suposta omissão dos investigados em declarar à Justiça Eleitoral a utilização, em campanha eleitoral, dos valores identificados ao longo das apurações, a procuradora-geral promoveu o arquivamento, "dada a ausência de indícios de autoria e materialidade".

Defesa

Todos os políticos citados nos inquéritos negam recebimento de propinas.

Os dois candidatos ao governo de Minas Gerais que disputam o segundo turno das eleições 2018, Antonio Anastasia (PSDB) e Romeu Zema (Novo), investiram para conquistar o apoio do eleitorado evangélico em Belo Horizonte, nesta segunda-feira, 15. Ambos se encontraram com lideranças e fiéis da Igreja Batista Getsêmani, uma das maiores congregações evangélicas da capital mineira.

Anastasia, que não havia divulgado previamente que cumpriria agenda com os religiosos, defendeu a normalização dos repasses para prefeituras mineiras, melhorias na saúde e em infraestrutura no Estado. O tucano disse também que pretende colocar os salários dos professores em dia, antes de pensar em reajustes.

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"A igreja evangélica é muito expressiva, tem muitos valores sociais e nos ajudou em muitas parcerias", disse Anastasia, lembrado do apoio das entidades religiosas cristãs em programas de recuperação de usuários de drogas, enquanto ele esteve à frente do Palácio da Liberdade, entre 2010 e 2014. O senador eleito por Minas Gerais Carlos Viana (PHS), que foi apoiado pelo tucano, o acompanhou no evento.

Zema se disse favorável à "família tradicional" e contrário ao "ensino de ideologias" nas salas de aula. "Escola é para ensinar matemática e português, não para criar confusão na cabeça das crianças", disse. O candidato do Novo ainda se declarou favorável à isenção fiscal de igrejas e ao retorno da disciplina de educação moral e cívica nas escolas.

"Estou conversando com todo tipo de entidade, não me nego a falar com nenhuma classe. Da diversidade surge o enriquecimento e é extremamente bom para a democracia", disse o candidato Zema, que voltou a manifestar apoio ao candidato à Presidência pelo PSL nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, e declarou estar sendo "atacado" neste segundo turno, por falas "distorcidas" pela imprensa.

O pastor-presidente da Igreja Batista Getsêmani, Jorge Linhares, declarou voto em Bolsonaro e Anastasia. Entre as apresentações dos candidatos, o líder religioso fez diversas críticas ao PT e ao candidato à Presidência pelo partido, Fernando Haddad. "Os evangélicos precisam ser respeitados", disse Linhares, que dedicou orações tanto para Anastasia quanto por Zema.

O pastou pediu para que fiéis que votarão em Bolsonaro levantassem a mão. Em seguida, perguntou quem votaria no PT. "Está repreendido em nome de Jesus", disse ao ver uma mão levantada pelo partido de Haddad.

Representante de Bolsonaro

Um dos principais aliados de Bolsonaro, o senador Magno Malta (PR-ES), que não conseguiu se reeleger, representou o presidenciável. Além de minimizar a derrota nas eleições, Malta discursou defendendo pautas de Bolsonaro e fazendo diversos ataques contra Haddad e o PT, a quem o senador chamou de "demônio".

Malta afirmou que a eleição de Bolsonaro unirá o País. "Quebramos o preconceito que tínhamos contra os católicos, e eles e os espíritas quebraram o tabu que tinham contra a gente." No fim do discurso, o senador voltou a dizer que, se for eleito, o presidenciável do PSL transferirá a Embaixada Brasileira em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém.

A irmã do candidato ao governo de Minas Gerais pelo PSDB Antonio Anastasia se posicionou a favor de Fernando Haddad (PT) em sua página pessoal no Facebook nesta segunda-feira, 8. Carla Anastasia, que é professora de História da Universidade Federal de Minas Gerais, chegou a usar imagens de apoio a Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT) em sua foto de perfil antes do resultado do primeiro turno das eleições. Entretanto, ela trocou a imagem horas após o anúncio da votação.

Em uma publicação fechada para amigos, Carla chegou a utilizar a hashtag #EleNão, usada por grupos contra Jair Bolsonaro (PSL). A professora também ressaltou o apoio ao candidato do PT à Presidência da República. "Reitero meu apoio a Haddad e farei campanha para ele e Anastasia (a não ser que ele apoie Bolsonaro porque aí fica difícil)", publicou.

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Em setembro, o candidato a vice-governador da chapa de Anastasia, o deputado federal Marcos Montes (PSD), sugeriu apoio a Bolsonaro para o cargo de presidente. À época, Montes sugeriu que o colega tucano também apoiaria o presidenciável do PSL. "A partir do momento que eu achar e o professor Anastasia também achar que o candidato Alckmin não vai ao segundo turno, nós precisamos dar as mãos ao candidato Bolsonaro", comentou.

O tucano ainda não se posicionou sobre quem irá apoiar no segundo turno. Com 29,06% dos votos válidos, Anastasia ficou atrás de Romeu Zema (Novo), que teve 42,73%.

Por sua vez, Zema declarou já na semana passada, no debate da TV Globo, que vai apoiar Bolsonaro no segundo turno.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da defesa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) que pedia o arquivamento do inquérito em que ele era investigado por supostamente intermediar o pagamento de vantagens indevidas da Odebrecht para a campanha de Antônio Anastasia ao governo mineiro, em 2010. Os autos serão enviados ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais.

A decisão atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República.

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Os colaboradores revelaram que, em 2010, a pedido de Aécio, pagaram R$ 5,4 milhões em "vantagens indevidas" para a campanha de Anastasia ao governo de Minas. Os delatores contaram ainda que, também por solicitação de Aécio, quando ainda era governador, desembolsaram em 2009 R$ 1,8 milhão para a campanha de Anastasia.

Em sua decisão, o ministro escreveu que o pedido da defesa para arquivar o inquérito não deveria ser acolhido por entender que há indícios que devem ser aprofundados a partir das linhas investigativas estabelecidas pela Polícia Federal e Ministério Público, com base nos depoimentos e documentos constantes no inquérito. "Entendo que a investigação deve ser aprofundada para que as suspeitas indicadas sejam esclarecidas, com o posterior arquivamento dos autos ou oferecimento de denúncia", escreveu.

"Percebe-se claramente que os fatos em análise são anteriores e não relacionados ao exercício das funções de senadores da República pelos investigados Aécio Neves e Antônio Anastasia. Quanto à definição do juízo competente, os indícios apontados podem configurar o delito do art. 350 do Código Eleitoral (falsidade ideológica), a ensejar o declínio da competência à Justiça Eleitoral."

Defesa

Em nota, o advogado Alberto Zacharias Toron, que integra a defesa do senador Aécio Neves, disse que a decisão do ministro reconhece a improcedência da acusação formulada pela instituição. "O envio à Justiça Eleitoral foi uma solicitação subsidiária feita pela defesa. O senador confia que também nesse caso a verdade será restabelecida e o inquérito arquivado."

A assessoria de imprensa de Anastasia informou que o pedido da PGR e a decisão do Supremo "comprova que não houve qualquer crime no caso". "O TRE, que aprovou as contas da campanha na época, agora poderá analisar novamente a questão. Afinal, como afirma desde o início, em toda sua trajetória Anastasia nunca tratou de qualquer de assunto ilícito com ninguém."

O deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM) desistiu, na tarde desta segunda-feira, 6, de ser candidato ao governo de Minas Gerais. Mesmo com a aprovação do nome dele na convenção de ontem, 5, para a disputa ao cargo, Pacheco decidiu aceitar a vaga ao Senado na chapa do senador Antonio Anastasia (PSDB).

O candidato à presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB) e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), estiveram em Belo Horizonte para concluírem as negociações.

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Desde que os partidos do Centrão (DEM, PP, PRB, PR e Solidariedade) anunciaram acordo para apoiar o ex-governador de São Paulo, já existia a expectativa de que Rodrigo Pacheco deixasse a disputa.

Mesmo assim, deputado recebeu carta branca da cúpula nacional do DEM para prosseguir com a candidatura. No entanto, nos últimos dias, Pacheco passou a negociar para ser palanque do candidato à Presidência do PDT, Ciro Gomes, em Minas Gerais, situação que gerou mal-estar entre democratas e tucanos.

O pré-candidato ao governo de Minas Gerais, Antônio Anastasia, do PSDB, recebeu o apoio de mais um partido para a coligação nas eleições de 2018. Durante a convenção do PTB, nesta segunda-feira, 23, o PMN declarou que apoiará o tucano em sua campanha ao Palácio da Liberdade.

"Sempre fomos da base do Anastasia em Minas, mas, nos últimos meses, estávamos caminhando com o atual governador (Fernando Pimentel, do PT)", afirmou a presidente do diretório estadual do PMN, Juliana Galindo Moura.

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A confirmação de Dilma Rousseff (PT) como pré-candidata ao Senado e a possibilidade de o MDB integrar a coligação petista foram os motivos que levaram o PMN a declarar apoio ao pré-candidato do PSDB.

O PMN é o sexto partido a declarar apoio a Anastasia. Anteriormente, PTB, PSD, PSC, Solidariedade e PPS haviam entrado na coligação.

Questionado sobre as vagas para senador em sua aliança, Anastasia desconversou. "As escolhas vão se aperfeiçoando. A chapa ao Senado será anunciada em tempo oportuno, e eu não vou colocar os carros à frente dos bois", declarou o pré-candidato. A convenção tucana está marcada para o sábado, 28.

Fontes próximas à campanha de Anastasia estão confiantes de que conseguirão atrair o pré-candidato do DEM ao governo, Rodrigo Pacheco - enquanto o deputado federal afirma que segue na disputa pelo Palácio da Liberdade. O jornalista Carlos Viana (PHS) e o ex-presidente da Assembleia Legislativa Dinis Pinheiro também são cotados para ocupar as vagas na coligação do tucano.

Por conta do apoio dos partidos do Centrão (DEM, PP, Solidariedade, PR e PRB) a Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Anastasia afirmou que algumas negociações em Minas podem ser afetadas. "Estamos conversando sobre convergências. A ansiedade decorre do quadro nacional, que, é claro, repercute nos Estados", declarou o senador.

Além na convenção para homologação dos candidatos a deputado federal e estadual do PTB, Anastasia esteve também em um evento promovido pelo PSD nesta segunda, em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. O pré-candidato tucano participou de reunião com o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), cujo partido integra a chapa tucana em Minas com a postulação a vice-governador de Marcos Montes.

Pré-candidato ao governo de Minas Gerais, o senador Antonio Anastasia (PSDB) disse ao jornal O Estado de S. Paulo que o senador Aécio Neves, seu padrinho político, vai ouvir o partido antes de decidir se vai disputar o Senado nas eleições deste ano. Candidato à Presidência da República em 2014, Aécio se afastou dos antigos aliados depois que veio a público áudio em que ele pede R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, dono da JBS. Ele ainda não definiu seu futuro político.

A prisão do ex-governador Eduardo Azeredo coloca o PSDB na vala comum da corrupção?

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Ele sempre teve um conceito de um homem correto, mas tem de cumprir a pena. Não podemos adular as pessoas condenadas.

É uma mancha que pode constranger o partido na eleição em Minas Gerais?

Não acho mancha, nem que constrange o partido. Azeredo é considerado uma pessoa que foi vítima de uma circunstância. E o candidato (ao governo de Minas) sou eu.

Ele deve ser expulso do PSDB?

Não sinto o sentimento de necessidade dessa medida.

O senador Aécio Neves ainda não decidiu se disputa ou não o Senado. Essa é mesmo uma decisão pessoal dele ou do partido?

Eu recebi uma carta branca para a montagem das questões relativas ao partido. Temos que aguardar um pouco. Ele vai tomar essa decisão, e não deve demorar muito, sobre ser candidato ou não. E, se for, para qual cargo. Os prazos estão afunilando.

O sr. quer que ele seja mesmo candidato?

Nesse momento, ele próprio pondera sobre as dificuldades que teria em uma candidatura majoritária, do sim e do não. Mas temos que respeitar a decisão que ele tomar.

Até o ex-governador Geraldo Alckmin, que preside o partido e tem a prerrogativa de vetar candidatos, deixou claro que não gostaria que Aécio disputasse o Senado.

Ele (Aécio) vai ouvir os companheiros na hora de tomar a decisão. Não tomará uma decisão isolada. Ele está dedicado à sua defesa e em mostrar o que foi alegado, que foi vítima de uma armadilha.

Aécio se elegeria?

As pesquisas o colocam com uma votação positiva, mas em uma eleição a gente nunca sabe. Nem sei quem são os candidatos ao Senado. Há notícia de que Dilma (a presidente cassada Dilma Rousseff) seria candidata, mas isso não se confirma.

Dilma mudou seu título eleitoral para Minas Gerais e é pré-candidata ao Senado. O PT também cogita lançá-la ao governo. O que significaria para o sr., que foi relator do impeachment, entrar em campanha contra ela?

Lembro muito na eleição para governador de Minas de 2014, o nosso candidato, o Pimenta da Veiga, foi muito acusado pelo PT com o argumento de que estaria ausente de Minas Gerais há oito ou dez anos. Ela (Dilma) está ausente há 40 anos. Não sei como o povo vai encarar isso. Não sei se é uma candidatura forte ou fraca. Não vejo muita alteração no quadro eleitoral por causa disso, a não ser para o próprio PT, que, em razão disso, perderia o apoio do MDB.

O sr. estava muito convicto de que não seria candidato ao governo. Foi um sacrifício pessoal entrar na disputa?

Não é nenhum segredo que não era meu intuito me candidatar nesse ano ao governo. Mas tivemos circunstâncias de natureza política e social que formaram uma grande corrente clamando por minha responsabilidade de participar do pleito. Também é importante para o Geraldo Alckmin (pré-candidato do partido à Presidência) ter um palanque em Minas.

O PSDB perdeu em Minas Gerais em 2014, tendo Aécio como candidato. Por que com Alckmin, que é paulista, seria diferente?

Cada eleição é diferente da outra. Fernando Henrique (Cardoso) é paulista e ganhou duas eleições presidenciais seguidas em Minas Gerais. Acredito firmemente em uma vitória dele em Minas Gerais.

Há um movimento com a participação do PSDB que tenta unificar o centro em uma só candidatura. Para isso, não é necessário que se admita que Alckmin pode não ser o candidato?

É uma tese. A essa altura, não há ninguém que vai aparecer do nada com 10% ou 12% (das intenções de voto). Entre os atuais candidatos no centro, dois nomes de destacam: Alckmin e Alvaro Dias (presidenciável do Podemos). Só que o Alvaro Dias é de um partido muito pequeno e sem estrutura. Alckmin é mais viável eleitoralmente.

Dias seria o vice ideal?

Vejo com muita simpatia. Não sei se ele tem disposição para essa conversa.

Por que Alckmin não decola nas pesquisas?

Vivemos um clima de radicalismo que chega às raias do ódio. Há uma pulverização de candidatos. E falta uma definição em São Paulo, que é o Estado dele. Lá tem duas candidaturas que o apoiam, o que cria dificuldade. Há ainda uma completa apatia. O próximo presidente precisa ter a personalidade da serenidade e tranquilidade. Vejo o Geraldo nessa pessoa.

Como explica a força do ex-presidente Lula em Minas?

Ele tem muita força devido ao Bolsa Família e benefícios sociais que criou no seu tempo. Criou-se um imaginário de que só o Lula poderia ter dado isso.

É mais importante criar pontes com o PT pensando nos votos úteis num eventual segundo turno das eleições ou disputar o antipetismo com Jair Bolsonaro, presidenciável do PSL?

Bolsonaro vai diminuir. Não acredito que vai ao segundo turno. Quando os debates avançarem, um candidato mais calmo tende a ter mais vantagem. Acredito em um segundo turno entre um candidato de centro e outro de esquerda, que tem muito voto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado federal Marcos Montes (PSD) foi escolhido para ser o pré-candidato a vice-governador de Antonio Anastasia (PSDB). O anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira, 11, em um ato dos partidos em Uberaba, no Triângulo Mineiro. O evento teve a presença de Geraldo Alckmin, pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, e do presidente do PSD, Gilberto Kassab.

Ligado à bancada ruralista no Congresso, Marcos Montes já foi por duas vezes prefeito de Uberaba - entre os anos de 1997 e de 2004 - e está no exercício do seu terceiro mandato na Câmara dos Deputados. Em sua fala, Antonio Anastasia atribuiu a escolha do PSDB a fatores objetivos e subjetivos.

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"Nos fatores objetivos, temos a identificação do perfil do pré-candidato, sua trajetória política, seu conhecimento e a questão do Estado que ele representa. A questão subjetiva é a confiança e a ligação com o titular do cargo", explicou o senador. Pesou na decisão o fato de Marcos Montes ser do Triângulo Mineiro, o que permitiria uma melhor entrada do tucano na região.

Pré-candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin elogiou a formação da chapa e disse que Anastasia e Marcos Montes são uma "dobradinha campeã". O presidente do PSDB nacional também comentou sobre o fato de aparecer em quarto lugar na pesquisa do Datafolha. "A campanha começa mesmo quando a gente souber quem efetivamente é candidato e quando começar o programa eleitoral no rádio e televisão", afirmou.

O apresentador Carlos Vianna, pré-candidato do PHS ao Senado, também esteve presente no ato e sinalizou que o interesse do partido, incluindo do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, é de apoiar a pré-candidatura tucana. No entanto, a decisão passa pelo direção nacional do partido, que precisa definir apoios para que a aliança em Minas Gerais seja consolidada.

Decisão fechada

Outro partido que definiu, nesta segunda-feira, o pré-candidato a vice-governador, foi o Novo, que escolheu o economista Paulo Brant. Ele completa a chapa encabeçada pelo empresário Romeu Zema.

Brant foi diretor do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e esteve envolvido em uma polêmica nas eleições para a prefeitura de Belo Horizonte, em 2016. O empresário era considerado o sucessor de Marcio Lacerda, mas o ex-prefeito de BH acabou retirando o apoio às vésperas do registro eleitoral. Sem apoio, Brant acabou não entrando na disputa.

O PPS anunciou na manhã desta quarta-feira, 6, o apoio à pré-candidatura de Antonio Anastasia (PSDB) ao governo de Minas Gerais. Atual partido do ex-governador Alberto Pinto Coelho, o PPS é a terceira sigla a entrar para a base tucana que tentar retornar ao comando do Palácio da Liberdade.

De acordo com o presidente estadual do PPS, Raimundo Benoni, a decisão foi tomada de forma unânime pela direção da legenda, todos os pré-candidatos que estavam no campo de atuação do partido terem sido ouvidos.

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Benoni mencionou que Rodrigo Pacheco (DEM) Marcio Lacerda (PSB), João Batista Mares Guia (Rede) e Romeu Zema (Novo) foram consultados.

"Entendendo que os desafios em Minas vão requerer experiência, compromisso social, responsabilidade econômica, sensibilidade social e modernidade na atuação, a pessoa que melhor se encontra é o senador Anastasia", afirmou.

Além do PPS, PSD e PSC já confirmaram apoio a Anastasia.

O presidente estadual do PPS também negou que exista um temor de que a imagem do senador Aécio Neves, réu no Superior Tribunal Federal, respingue na campanha de tucana. "Os desgastes das legendas partidárias estarão presentes no debate eleitoral. Mas compreendemos que o Anastasia tem um legado e que está acima deste processo de desgaste", afirmou Benoni.

O ex-governador Alberto Pinto Coelho - que foi vice de Anastasia e assumiu o comando do Palácio da Liberdade em 2014, quando o tucano decidiu concorrer para o Senado - disse que nenhuma possibilidade de candidatura lhe foi oferecida. "Eu coloco meu nome à disposição do partido para cumprir missões."

Apesar do apoio ao PSDB em Minas Gerais, o diretório estadual do PPS não confirmou que haverá apoio do partido à pré-candidatura à presidência do tucano Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou estender por mais 60 dias o prazo das investigações em inquérito aberto contra os senadores do PSDB Aécio Neves e Antonio Anastasia. O pedido é do delegado da Polícia Federal Marlon Cajado, que comanda a investigação, instaurada com base na delação de ex-executivos da Odebrecht.

Os colaboradores revelaram que, em 2010, a pedido de Aécio, pagaram R$ 5,4 milhões em "vantagens indevidas" para a campanha de Anastasia ao governo de Minas. Os delatores contaram ainda que, também por solicitação de Aécio, quando ainda era governador, desembolsaram em 2009 R$ 1,8 milhão para a campanha de Anastasia.

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Segundo o delegado da PF, o prazo maior é necessário para ouvir o depoimento de Oswaldo Borges da Costa Filho, ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), também investigado no inquérito. Uma análise e eventual perícia em dados do 'my web day' e 'Drousys', sistemas de comunicação e contabilidade de propinas da Odebrecht, também é listada como uma das pendências da investigação.

Aécio é alvo de sete investigações e de uma ação penal no STF, que tramitam no Supremo. O senador se tornou réu recentemente pelo suposto recebimento de R$ 2 milhões de Joesley Batista, do Grupo J&F, acusado ainda de atrapalhar as investigações em torno da Operação Lava Jato.

No início do mês, o parlamentar teve um dos inquéritos em que é investigado baixado para a primeira instância da Justiça, a partir das novas regras do foro por prerrogativa. A investigação, que estava sob relatoria de Alexandre de Moraes, apura supostas irregularidades na construção da Cidade Administrativa no segundo mandato de Aécio como governador de Minas Gerais.

Réu por corrupção passiva e obstrução da Justiça no Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou a Antonio Anastasia que, por ora, ficará fora dos eventos de pré-campanha do correligionário ao governo de Minas Gerais.

"O senador Aécio Neves comunicou ao senador Anastasia que, enquanto não decidir seu futuro, sua participação nas eleições, não participará dos eventos", afirma nota da assessoria de Aécio.

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O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, por outro lado, se prepara para acompanhar Anastasia em viagem pelo interior do Estado. Os dois têm agenda em Poços de Caldas com líderes locais na sexta-feira, 18.

Após pressão do partido, Anastasia aceitou disputar mais um mandato ao Executivo estadual para garantir, entre outras coisas, palanque ao presidenciável tucano no segundo maior colégio eleitoral do País.

A cerimônia de anúncio da candidatura de Anastasia, na segunda-feira, 14, não teve a participação de Aécio nem de Alckmin. Durante o evento, Anastasia ressaltou que terá o controle da campanha no Estado com o objetivo de não deixar nenhuma dúvida sobre a possibilidade de Aécio ter participação no comando da campanha.

Sem citar os processos contra Aécio, afirmou que o colega de bancada decidirá "a seu tempo e hora" se será candidato em outubro. "O importante agora é continuar conversando com os partidos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Figuras influentes no PSDB, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, e o senador Antonio Anastasia (MG), saíram nesta terça-feira, 9, em defesa da candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à Presidência da República. Os elogios foram feitos em meio às movimentações do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para se viabilizarem como candidato de centro da base aliada ao Palácio do Planalto.

"Entre todos os aspirantes declarados, insinuados ou pressentidos a representar o centro reformista na eleição, @geraldoalckmin é o que tem maior densidade eleitoral. Além dos seus atributos pessoais de serenidade, traquejo administrativo e experiência política que poucos têm, há o enorme eleitorado de São Paulo, onde @geraldoalckmin tem muito boa avaliação", escreveu Nunes em sua conta oficial no Twitter.

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Segundo o ministro, Alckmin também tem "terreno fértil" a trabalhar em outros Estados onde "historicamente o PSDB tem tido bom desempenho". "Tudo isso nos faz crer que não há a menor hipótese da candidatura de @geraldoalckmin, no desenrolar da campanha, ficar patinando nesse ponto de partida inicial que, aliás, é muito maior do que os que aspiram a ocupar o lugar dele no universo eleitoral", declarou. "@geraldoalckmin é nome certo no segundo turno."

A análise feita pelo ministro das Relações Exteriores foi compartilhada por Anastasia, que é um dos tucanos mais próximos do senador mineiro Aécio Neves, que foi candidato do PSDB à Presidência nas eleições de 2014. "Perfeita análise, caro @Aloysio_Nunes. Aos poucos, e o tempo mostrará isso, o nome do @geraldoalckmin vai crescer e reverberar por todo País", escreveu Anastasia.

Com discurso reformista, Maia, Meirelles e Alckmin (PSDB) disputam nos bastidores para ser o candidato de centro-direita à Presidência. Os três sonham em ter apoio da maioria dos partidos da atual base governista do presidente Michel Temer, que defende uma candidatura única ao Planalto entre os aliados para defender o legado de seu governo, sobretudo na área econômica.

O Palácio do Planalto cogita nomear o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) como ministro das Relações Exteriores, no lugar do senador José Serra (PSDB-SP), que deixou o cargo na quarta-feira, 22, alegando problemas de saúde.

A nomeação de Anastasia seria uma forma de o presidente Michel Temer (PMDB) manter a pasta nas mãos do PSDB e, ao mesmo tempo, acalmar a bancada de Minas Gerais no Congresso Nacional, que cobra um espaço no primeiro escalão do governo. "Ele só não será ministro se ele e o PSDB não quiserem", afirmou um influente parlamentar, muito próximo de Temer.

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No PSDB, porém, outros nomes estão cotados para o cargo, entre eles, o do líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (SP), e o senador Tasso Jeireissati (CE).

Rompimento

Na quinta-feira, 23, o primeiro-vice-presidente da Câmara e coordenador da bancada mineira na Casa, Fábio Ramalho (PMDB), anunciou rompimento com o governo, após o Planalto nomear o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) para o Ministério da Justiça, em vez de um nome mineiro.

Após a reação, Temer ligou para Ramalho e disse ao peemedebista que recriaria um ministério para dar à bancada mineira. Ramalho afirmou que não aceitava a recriação de pasta e comunicou seu rompimento pessoal com o governo.

O Palácio do Planalto teme que Ramalho seja um "novo Waldir Maranhão" (PP-MA), ex-vice-presidente da Câmara (2015-2016), que teve uma conturbada gestão quando assumiu o comando da Casa, após a renúncia do então presidente, o hoje deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Sempre que Temer viajar para o exterior e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumir a Presidência do País, caberá a Ramalho comandar os trabalhos da Câmara, definindo, assim, a pauta de votações.

Além de Ramalho, outros deputados da bancada de Minas também reclamam da ausência de um mineiro na Esplanada dos Ministérios. "É a primeira vez que Minas não tem espaço no primeiro escalão. Temer precisa explicar para a gente qual é a razão disso. É pouco compreensível", afirmou Saraiva Felipe (PMDB-MG).

O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) torce pelo sucesso do governo Temer para facilitar a chegada do PSDB à presidência em 2018. O tucano fez um balanço positivo do governo peemedebista até então, minimizando críticas recentes dos colegas de legenda.

Analisando as chances de o PSDB chegar à presidência em 2018, o tucano disse que a melhoria da situação econômica do País nos próximos dois anos pode alavancar o PSDB, que é parte forte do governo Temer.

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"Se conseguimos engrenar, conseguimos fazer reforma, a economia volta a crescer, isso acaba sendo preponderante até no humor das pessoas", disse o senador em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Questionado se o PSDB tem que "torcer" para o governo dar certo, o tucano respondeu que "o Brasil tem que torcer".

O senador também minimizou críticas feitas em artigo do Instituto Teotônio Vilela, ligado ao PSDB, e ponderou que o governo atual teve pouco tempo para trabalhar. "É um momento de transição. Agora mais ainda, por ser um governo interino. Exigir agora do governo Temer é muito. Por enquanto, na minha opinião, está bom. Mas é todo um processo", disse Anastasia.

Entretanto, não faltaram críticas à condução das receitas, aspecto que tem sido muito questionado pelo PSDB, que defende uma postura econômica mais austera e com cortes de gastos. "Nesse momento, a despesa deve ser mais combatida. Quando houver um corte pleno e abrupto de despesas desnecessárias, será mais fácil reverter o quadro econômico", disse.

Quanto aos três principais presidenciáveis do PSDB, Aécio Neves (MG), José Serra (SP) e Geraldo Alckmin (SP), Anastasia não escondeu sua predileção pelo conterrâneo mineiro, mas elogiou os demais colegas de partido. Ele também negou que haja rivalidade entre os políticos e afirmou que não há nenhuma intenção de Serra de deixar o PSDB.

Impeachment

Anatasia, que também foi o relator do processo de impeachment, desviou de questões que compararam as acusações que ele imputou à presidente Dilma Rousseff com resoluções fiscais semelhantes que tomou durante o seu próprio governo no Estado de Minas Gerais.

Para o senador tucano, não há comparação, já que a acusação sobre pedaladas fiscais com bancos públicos não poderiam ter sido feitas em seu governo, visto que não há bancos públicos estaduais em Minas Gerais. Anastasia não chegou a debater o fato de que o Ministério Público Federal não considera as pedaladas como crime e pediu o arquivamento do processo contra Dilma.

No que diz respeito a edição de decretos de créditos suplementares, medida que o tucano também utilizou no governo de Minas Gerais, Anastasia respondeu que essa restrição não existe na lei estadual. Desta forma, Dilma pode ser punida, mas ele não. (Isabela Bonfim)

O Ministério Público de Minas Gerais instaurou investigação para apurar se o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) se beneficiou da desapropriação de terreno utilizado na construção da Cidade Administrativa, a sede do governo do Estado.

A área, de 830 mil metros quadrados, pertencia ao Jockey Club de Minas Gerais, que tinha Anastasia como sócio e conselheiro deliberativo. O valor pago pelo Estado foi de R$ 24 milhões. As investigações tiveram início a partir de denúncia feita por deputados estaduais do PT.

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Conforme descrição do inquérito pela promotoria, "trata-se de representação noticiando suposta irregularidade no processo de desapropriação da área onde está situada a Cidade Administrativa".

Anastasia foi secretário de Planejamento no primeiro mandato do atual senador Aécio Neves (PSDB) como governador de Minas, de 2003 a 2006 - quando o terreno foi desapropriado.

Segundo a representação à Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, Anastasia na época participou "simultaneamente do processo de desapropriação como desapropriado e desapropriante"e "sendo cotista proprietário foi o beneficiário direto do valor a ser pago pela desapropriação da área".

Aécio foi reeleito tendo Anastasia como vice na chapa. Ele assumiu o governo estadual em março de 2010, quando Aécio deixou o cargo e disputou o Senado. Por sua vez, Anastasia foi reeleito governador naquele mesmo ano.

A Cidade Administrativa foi inaugurada em março de 2010. O valor gasto declarado oficialmente à época foi de R$ 1,2 bilhão. O pagamento da desapropriação ao Jockey Club também ocorreu em 2010.

Anastasia, que é relator do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado, nega que tenha se beneficiado na negociação. Em nota, ele disse que era sócio da entidade desde 1985 e que doou sua cota ao governo de Minas em 2008. Anastasia disse ainda que "considera importante que o Ministério Público investigue o caso "para que mais uma vez sua lisura e correção possa ser reconhecida e atestada".

Segundo o diretor do Jockey Club de Minas Gerais, Marcio Ávila, a entidade é sem fins lucrativos e nunca houve repasse de recursos financeiros a qualquer sócio do clube. Segundo ele, em uma reforma estatutária feita há cerca de 10 anos, Anastasia teve o nome incluído em documentação como conselheiro da entidade, mas que ninguém no Jockey sabe dizer se o hoje senador aceitou realmente ser conselheiro da entidade.

O governo de Minas não se posicionou sobre a investigação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após diferentes discussões e divergências, o presidente da comissão especial do impeachment no Senado, Raimundo Lira (PMDB-PB), decidiu suspender a sessão até às 16h30. Na volta, ele pretende votar o parecer sobre a convocação de testemunhas.

A Comissão ainda não aprovou um cronograma para a condução do processo. Apesar de Lira ter aceito uma questão de ordem que encurta o processo e pode antecipar o julgamento de Dilma para julho, ele não colocou o novo cronograma para votação.

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Petistas pediram recurso ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, que coordena agora o processo. Lira fechou com os senadores um acordo para votar o cronograma apenas após a decisão do STF.

Lira acredita que Lewandowski deve se pronunciar sobre a questão até a próxima terça-feira, 7. Ele afirmou que, em encontro anterior com o ministro, ele demonstrou toda a intenção de dar celeridades às questões que pudessem surgir no processo de impeachment de forma a não travar os trabalhos da comissão.

No Supremo, Lewandowski garantiu que irá analisar a questão tão logo receba os recursos formalmente.

Testemunhas

No seu parecer, o relator Antonio Anastasia recusou o pedido da defesa de Dilma de incluir no processo a delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, assim como os áudios do senador Romero Jucá (PMDB-RR).

O ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo disse que a proposta de Anastasia rasga o direito de defesa da presidente afastada.

O relator da Comissão Especial do Impeachment do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), rebateu na tarde desta sexta-feira, 29, as acusações feitas pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ) de que ele teria usado expedientes semelhantes aos que são alvo do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff quando era governador de Minas Gerais. "Vossa Excelência quer cassar a presidente por um ato igual ao que Vossa Excelência adotou em Minas?", questionou Lindbergh.

Anastasia respondeu que não é o mandato dele como governador em Minas Gerais que está em questão, mas sim os atos da presidente Dilma Rousseff. "Nenhuma voz trovejante vai alterar a minha tranquilidade. Minha filiação partidária ou atos que tomei no passado não influenciarão a minha responsabilidade neste processo", afirmou. "Vamos nos restringir aos autos. Não será com desespero que vamos tratar desse processo, que é jurídico e político", completou.

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