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O Ministério da Saúde de Gaza disse que um ataque aéreo israelense atingiu um hospital da cidade de Gaza lotado de feridos e outros palestinos em busca de abrigo, matando centenas de pessoas. Se confirmado, o ataque será, de longe, o aéreo israelita mais mortífero em cinco guerras travadas desde 2008.

Fotos do Hospital al-Ahli mostraram fogo consumindo os corredores, vidros quebrados e partes de corpos espalhadas pela área.

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O ministério disse que pelo menos 500 pessoas foram mortas.

Vários hospitais na Cidade de Gaza tornaram-se refúgios para centenas de pessoas, na esperança de serem poupadas aos bombardeamentos depois de Israel ter ordenado que todos os residentes da cidade e áreas circundantes evacuassem para o sul da Faixa de Gaza.

O porta-voz militar israelense, contra-almirante Daniel Hagari, disse que ainda não há detalhes sobre as mortes no hospital. "Vamos obter os detalhes e atualizar o público. Não sei dizer se foi um ataque aéreo israelense." Fonte: Associated Press.

Um homem armado com uma faca matou um professor e feriu gravemente outras duas pessoas nesta sexta-feira (13), em uma escola de ensino médio em Arras (norte da França), disseram à AFP a prefeitura e uma fonte policial.

O ataque está sendo investigado como ato terrorista, quase três anos depois do assassinato de outro professor nas mãos de um jihadista.

O episódio se deu na escola Gambetta da cidade, escreveu o ministro do Interior, Gérald Darmanin, na rede social X (antigo Twitter), acrescentando que o agressor foi detido.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram um homem jovem, vestido com calças pretas e casaco cinza, brigando com vários adultos no pátio, visivelmente armados, antes de se dirigir à porta do centro educacional.

O autor do ataque gritou "Allah Akbar" (Alá é grande, em tradução livre), disseram à AFP a administração regional e uma fonte policial.

"Allah Akbar", uma expressão formal de fé usada por pessoas de crença muçulmana, tornou-se um grito usado pelos autores dos ataques jihadistas que abalaram a França na última década.

O autor é de origem chechena e estava fichado pelas autoridades no registro de segurança nacional, disse outra fonte policial. Ainda conforme as primeiras informações policiais, seu irmão também foi detido perto de outra escola, mas sem armas.

Nenhum aluno ficou ferido. Os outros dois feridos são um agente de segurança, que recebeu várias facadas, e um professor, segundo diversas fontes.

A Promotoria Antiterrorista (Pnat) anunciou a abertura de uma investigação por homicídio e tentativa de homicídios em relação a empreitada terrorista, entre outras acusações.

Os alunos e funcionários do colégio foram confinados na instituição, acrescentou a polícia.

"Mantenham a calma e sigam as instruções para facilitar o retorno à situação normal", escreveu a entidade administrativa na rede X.

As forças de segurança isolaram a área ao redor da escola, para onde também foram enviados bombeiros e socorristas, observaram jornalistas da AFP. Os pais dos alunos também ficaram posicionados em frente ao liceu.

- "Nos entrincheiramos" -

Um professor de filosofia que presenciou o ataque, Martin Dousseau, descreveu um movimento de pânico durante um intervalo entre as aulas, quando os alunos se viram cara a cara com o atirador.

"Quis descer para intervir. Ele se virou para mim, me perseguiu e me perguntou se eu era professor de Geografia e História", contou, acrescentando que a vítima era um professor de francês do centro.

"Nos entrincheiramos. Depois, a polícia chegou e o imobilizou", completou.

O presidente francês, Emmanuel Macron, viaja nesta sexta-feira para Arras, assim como o ministro da Educação, Gabriel Attal, disseram à AFP a presidência francesa e a equipe deste último.

Esses fatos ocorrem quase três anos após o assassinato, em 16 de outubro de 2020, em Conflants-Sainte-Honorine, a noroeste de Paris, do professor Samuel Paty.

Abdoullakh Anzorov, um refugiado russo de origem chechena, esfaqueou-o e decapitou-o por ter mostrado charges de Maomé nas aulas durante um curso sobre liberdade de expressão. Foi abatido pela polícia.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, mostrou, nesta quinta-feira (12), ao secretário de Estado americano, Antony Blinken, "fotos abomináveis de bebês assassinados e queimados pelos monstros do Hamas" no sábado, informou o gabinete do chefe de governo.

Em uma das fotos, publicada pelo governo na rede social X (antigo Twitter), vê-se o corpo de um menino ensanguentado em uma bolsa mortuária. Outras imagens mostram os restos mortais carbonizados de outro bebê.

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Estas imagens "superam praticamente tudo o que um ser humano pode entender e assimilar", disse o secretário de Estado americano, responsável pela diplomacia do país.

"O mundo está vendo novas provas da perversidade e da desumanidade do Hamas [...], direcionadas a bebês, crianças, jovens adultos, idosos, pessoas com deficiência", acrescentou.

Nos últimos dias, uma polêmica sacudiu Israel sobre a existência de provas das atrocidades cometidas pelos milicianos do movimento islamita Hamas em um kibutz (fazenda coletiva), depois que uma emissora de televisão reportou, citando uma fonte militar, a descoberta de "bebês decapitados".

No sábado, o Hamas lançou uma ofensiva ampla contra Israel, que respondeu bombardeando Gaza.

Segundo balanços dos dois lados, a guerra matou ao menos 1.354 palestinos em Gaza e mais de 1.200 pessoas foram mortas pelos milicianos do Hamas em território israelense.

O Exército informou, ainda, ter encontrado cerca de 1.500 corpos de combatentes do Hamas que haviam se infiltrado no país.

- 'Necessidades humanitárias' -

Na reunião com Netanyahu e outros altos funcionários do governo israelense em Tel Aviv, Blinken falou sobre as "necessidades humanitárias" da Faixa de Gaza e defendeu o direito de Israel de se defender da ofensiva do Hamas.

"Falamos sobre a forma de atender às necessidades humanitárias da população de Gaza para protegê-la de qualquer dano, enquanto Israel realiza suas operações legítimas de segurança para se defender do terrorismo e tentar garantir que isto não volte a acontecer", disse o chefe da diplomacia americana após o encontro.

"Também mencionamos as possibilidades de uma passagem segura para os civis [da Faixa de Gaza], que queiram abandonar a região ou buscar refúgio", acrescentou Blinken.

Funcionários americanos anunciaram diálogos sobre estas passagens com Israel e com o Egito, que também faz fronteira com a Faixa de Gaza, antes de uma possível operação terrestre israelense.

O presidente do Egito, Abdel Fattah al Sissi, porém, disse, nesta quinta-feira, que os moradores da Faixa de Gaza "devem se manter firmes e permanecer em sua terra", ignorando a pressão para autorizar a saída de civis do território.

Blinken também culpou o Hamas pelo tratamento dos civis palestinos.

"O Hamas continua usando os civis como escudos humanos", afirmou o secretário de Estado, acusando o movimento de "pôr civis em perigo, intencionalmente, para se proteger a si próprio, sua infraestrutura e suas armas".

Gaza sofre um bloqueio israelense desde que o Hamas chegou ao poder no enclave, em 2007.

Dois dos três adolescentes esfaqueados na porta de uma escola particular em Poços de Caldas, em Minas Gerais, por um ex-aluno de 14 anos continuam internados em estado grave, segundo boletim médico divulgado no início da tarde desta quarta-feira (11), pela Santa Casa da cidade, onde eles estão internados.

São um menino de 13 anos e uma menina de 14, que, segundo a unidade de saúde, estão entubados com ventilação mecânica. Ambos estudam na escola Dom Bosco e foram atacados em frente a ela na terça-feira (10).

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A terceira vítima que sobreviveu é uma adolescente de 17 anos que trabalha como monitora de uma van que transporta alunos dessa escola e foi atingida por uma facada quando tentava proteger estudantes que poderiam ser alvos do esfaqueador. Ela também está internada na Santa Casa. Segundo a unidade de saúde, a adolescente está "estabilizada" e não corre risco de morte em razão do ferimento. As informações prestadas pela Santa Casa foram divulgadas pela Polícia Militar.

O estudante que morreu esfaqueado - Leonardo Willian Silva, de 14 anos, outro aluno da escola - foi enterrado às 17h desta quarta-feira no Cemitério Parque, em Poços de Caldas. Ao ser atingido, ele chegou a ser socorrido e levado à Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos.

O autor das facadas, um adolescente de 14 anos ex-aluno dessa escola, foi apreendido pela Polícia Militar. A Polícia Civil investiga o caso. O motivo do ataque ainda não foi esclarecido, mas os investigadores acreditam que foi um ato isolado, sem a participação de outras pessoas.

Logo após o episódio, a Escola Dom Bosco anunciou o cancelamento das aulas. Nesta quarta, pelas redes sociais, a instituição de ensino veiculou nota de pesar lamentando a morte do aluno e informou ter decretado luto oficial por três dias em função do ataque.

Em nota, o governo de Minas Gerais lamentou o ocorrido e se solidarizou com as famílias dos jovens atingidos. O Estado também se comprometeu a aprimorar as ações para garantir a segurança dos alunos.

"A segurança nas escolas têm sido uma preocupação constante da atual gestão do governo de Minas. Está em contínuo reforço, por exemplo, a Patrulha Escolar, responsável pela identificação de pontos sensíveis de segurança e a consequente realização de rondas preventivas no entorno das escolas, assim como outras operações", diz o texto.

NOTA DA REDAÇÃO: O Estadão decidiu não publicar detalhes sobre o autor do ataque. Essa decisão segue recomendações de estudiosos em comunicação e violência. Pesquisas mostram que essa exposição pode levar a um efeito de contágio, de valorização e de estímulo do ato de violência em indivíduos e comunidades de ódio, o que resulta em novos casos. A visibilidade dos agressores é considerada como um "troféu" dentro dessas redes.

O embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte, secretário da África e do Oriente Médio, afirmou que ainda não há confirmação de que há brasileiros feitos de reféns pelo Hamas na guerra entre Israel e o grupo. De acordo com o Palácio do Itamaraty, também não há informações em relação à terceira brasileira desaparecida por conta do conflito.

As informações foram dadas em coletiva realizada nesta quarta-feira, 11, no Palácio do Itamaraty. De acordo com o ministro Aloysio Mares Dias Gomide Filho, diretor do departamento consular, até esta manhã, foram registrados 2.723 nomes de brasileiros que estão em Israel em uma lista elaborada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Gomide, contudo, ressaltou que está sendo feito um "pente-fino" na lista, pois foram verificados nomes duplicados ou, até, triplicados. Neste número, estão incluídos também os nomes dos 211 brasileiros que desembarcaram nesta madrugada em Brasília.

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O ministro pontuou que não necessariamente todos os nomes da lista solicitaram repatriação. Segundo ele, em alguns casos, os brasileiros registraram os nomes apenas para solicitar informações da Embaixada e informar a situação do conflito.

Sobral disse que o governo brasileiro ainda trabalha para a confirmação da possibilidade de reféns brasileiros na região. Ainda, o Itamaraty busca mais informações sobre o desaparecimento da terceira brasileira.

Gaza

Já na Faixa de Gaza, o embaixador confirmou a presença de um grupo com cerca de 30 brasileiros na região. "A situação dessas pessoas que estão em Gaza é muito particular porque é uma zona conflagrada", reconheceu Sobral.

Na manhã desta quarta, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou com o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, para tratar sobre a passagem de brasileiros que se encontram na Faixa de Gaza. No telefonema, Vieira pediu a Shoukry para facilitar a passagem de ônibus por Rafah, na fronteira entre Gaza e Egito, para que os brasileiros consigam entrar em território egípcio.

O Ministério da Defesa de Israel afirmou nesta quarta-feira, 11, que há brasileiros entre as pessoas que estão sendo mantidas reféns pelo Hamas em Gaza. O anúncio foi feito por um porta-voz do Exército israelense. Segundo ele, há também reféns da Argentina. O número de reféns e suas identidades não foram confirmados pelo governo israelense.

O grupo terrorista levou reféns para a Faixa de Gaza durante o ataque relâmpago do sábado, dia 7. Na segunda-feira, 9, o grupo chegou a afirmar que haveria uma execução de refém para cada bombardeio de Israel no território. A ameaça não intimidou os militares israelenses, que continuam bombardeando o enclave palestino um dia depois do comunicado

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De acordo com o Itamaraty, com a confirmação da morte de Ranani Glazer e Bruna Valeanu na terça-feira, 10, sabe-se que ainda há uma brasileira considerada desaparecida, a carioca Karla Stelzer Mendes, de 41 anos. Entretanto, não há confirmação de que Karla possa estar entre os reféns de Hamas.

Procurado pela reportagem, o Itamaraty ainda não confirmou se já foi comunicado sobre os reféns.

A brasileira Bruna Valeanu, de 24 anos, que estava entre os desaparecidos após o ataque terrorista do Hamas, no sábado, 7, em uma rave no sul de Israel, foi encontrada morta. A informação foi confirmada pela organização StandWithUs Brasil e pela irmã de Bruna, Florica, nas redes sociais. Bruna estava em um festival de música realizado no sábado, alvo de um atentado.

A jovem, natural do Rio de Janeiro, se mudou para Israel em 2015 e morava em Petah Tikva, cidade a 10 quilômetros da capital Tel Aviv, com sua mãe, Roza Valeanu, também carioca. Ainda no Brasil, ela trabalhou em um movimento sionista religioso chamado Bnei Akiva e estudou na escola judia bilíngue TTH Barilan, que tem duas unidades no Rio.

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Atualmente, Bruna estudava Comunicação, Sociologia e Antropologia na Universidade de Tel Aviv, com competência em Marketing. Ela já trabalhou como representante de vendas e foi instrutora de tiro nas Forças de Defesa de Israel por dois anos, entre 2018 e 2020.

De acordo com o comunicado publicado pela irmã de Bruna, o funeral da brasileira acontecerá nesta terça-feira, 10, às 21h30, em Petah Tikva.

Nesta terça-feira, o governo brasileiro confirmou a morte de Ranani Glazer, gaúcho que também estava na rave com outros dois brasileiros - a namorada, Rafaela Treistman, e o amigo, Rafael Zimerman - em uma festa a 5 km da Faixa de Gaza.

Com a notícia da morte de Ranani e Bruna, há somente uma brasileira ainda considerada desaparecida, a carioca Karla Stelzer Mendes, de 41 anos de idade.

O Egito apresentou pedidos para levar caminhões de ajuda para a Faixa de Gaza, mas Israel não apenas rejeitou a solicitação como sinalizou que eventuais veículos que tentem entrar no território serão bombardeados, segundo apurou o site de notícias israelense Ynet.

Nesta terça-feira (10), um segundo bombardeio atingiu a fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza, conhecida como Rafah, informou a AFP. A fronteira é a única passagem que permite a saída de Gaza com as fronteiras de Israel fechadas e está intransitável, segundo o Hamas.

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Israel prometeu mobilização total contra Gaza, cortando todos os combustíveis, alimentos e eletricidade.

*Com informações da Associated Press.

Os ministros de Relações Exteriores de Israel e da Autoridade Palestina foram convidados para participar da reunião ministerial de emergência da União Europeia (UE) nesta terça-feira (10), informou hoje o chefe de política externa do bloco, Josep Borrell, em publicação no X (antigo Twitter).

"Convidei o Ministro de Relações Exteriores israelense Eli Cohen para participar na reunião dos ministros de Relações Exteriores da UE que estou convocando para esta tarde. Também convidei o ministro das Relações Exteriores Riyad al-Maliki para discursar na reunião e apresentar as opiniões da Autoridade Palestina", escreveu Borrell na rede social.

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As discussões devem ocorrer em Omã, onde as autoridades estão reunidas para o encontro dos ministros da UE e do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG). Mais cedo, Borrell divulgou que conversou também com o ministro saudita Faisalbin Farhan sobre a "situação em Israel/Palestina".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez publicação, nesta terça-feira (10), na rede X (antigo Twitter), lamentando a morte do brasileiro Ranani Glazer nos conflitos em Israel.

"O Governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, do falecimento do cidadão brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, natural do Rio Grande do Sul, vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro, em Israel. Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o Governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis", escreveu Lula.

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Um ataque aéreo de Israel matou dois jornalistas palestinos em Gaza nesta terça-feira (10), segundo a agência de notícias da Palestina, a Wafa. O editor Saeed Al-Taweel e o fotógrafo Mohammed Sobih foram mortos no ataque, que ocorreu perto de uma área onde estão localizados vários escritórios de mídia.

Também nesta terça-feira, militares israelenses disseram que um vice-comandante do Exército do país, identificado como Alim Abdallah, foi morto em confronto na fronteira com o Líbano. As circunstâncias da morte não foram especificadas pelos oficiais. Fonte: Associated Press.

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A deputada estadual Rosa Amorim (PT) fez uma publicação em suas redes sociais nesta segunda-feira (9) para comentar sobre o conflito entre Israel e a Palestina, que já contabiliza centenas de mortos desde o último sábado (7), quando o grupo palestino Hamas realizou um ataque surpresa em Gaza.

Em um vídeo publicado pela parlamentar que tem origem do Movimento Sem Terra (MST), há uma crítica contundente a "mídia hegemônica". "Não fala das décadas de opressão que o povo (Palestino) vem sofrendo por Israel com apoio dos Estados Unidos para invasão do território e o genocídio dos povos que ocupam aquela região", cravou ao defender a ofensiva feita contra os palestinos.

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Rosa, ainda fez questão de citar o poeta alemão, Bertolt Brecht, para destacar a violência que o povo daquela região vive cotidianamente. "Do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. Essa frase de Bertolt Brecht explica bem a opressão que os palestinos vem sofrendo pelo estado de Israel", explanou sobre o maior conflito entre os países.

A parlamentar também rememorou a trajetória dos palestinos nos últimos 75 anos, que sofrem com expulsões de suas casas, são separados dos familiares, são assassinados e exilados. "Anos e anos de pedido de socorro do povo da Palestina são ignorados por todo o mundo. Enquanto isso, eles são obrigados a conviver com o aumento da violência, a ameaça de invasão de mais áreas da Cisjordânia  pelos israelenses e o ataque contra mesquitas em Jerusalém. Nem os templos religiosos são mais locais seguros", lamentou.

Sobre os ataques que os palestinos estão promovendo contra o povo de Israel, Rosa disse que se tratam de "resistência". "A resistência é um direito garantido pela ONU e é isso que os palestinos estão fazendo. A ofensiva do Hamas é uma resposta aos 75 anos de invasão do território palestino pelo Estado Israel. O contra-ataque é uma ação militar de reposta a opressão e pela liberdade do povo palestino. A Palestina resiste", afirmou.

Mortes   

O conflito entre Israel e Palestina já matou 687 palestinos e outros 3.726 ficaram feridos, segundo divulgou o Ministério da Saúde da Palestina nesta segunda-feira (9). Os Estados Unidos anunciaram o reforço do apoio à Israel no domingo (8) com a oferta de mais armas, munições e militares para ajudar Israel no embate contra os palestinos. 

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O Ministério das Relações Exteriores informou, na tarde desta segunda-feira, 9, que cerca de 1.700 brasileiros manifestaram interesse em deixar Israel e voltar ao Brasil, a maioria dos quais turistas, hospedados em Tel Aviv e Jerusalém. Em um primeiro momento, segundo a pasta, deverão ser priorizados os residentes no Brasil, sem passagem aérea.

Os sobrevoos e pousos das aeronaves destacadas para repatriação de brasileiros foram autorizados por Israel. De acordo com o Ministério, a primeira aeronave destacada para repatriação encontra-se neste momento em Roma, na Itália. Já o segundo avião tem decolagem prevista para a tarde desta segunda-feira.

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O número de brasileiros interessados em repatriação foi feito por meio da Embaixada em Tel Aviv que colheu, através de um formulário online, os dados dos brasileiros interessados. Os candidatos à repatriação serão acomodados em listas de prioridade.

"Face à incerteza quanto ao momento em que poderão ocorrer os voos de repatriação, o Ministério das Relações Exteriores reitera recomendação de que todos os nacionais que possuam passagens aéreas, ou que tenham condições de adquiri-las, embarquem em voos comerciais do aeroporto Ben-Gurion, que continua a operar", diz nota divulgada nesta tarde. "O Escritório de Representação em Ramala segue em contato com os brasileiros na Faixa de Gaza e, tendo em conta a deterioração das condições securitárias na área, está implementando plano de evacuação desses nacionais da região, em coordenação com a Embaixada do Brasil no Cairo."

Na nota, o governo brasileiro desaconselha quaisquer deslocamentos não essenciais para a região do conflito. Até o momento, o Ministério das Relações Exteriores informou que ainda seguem desaparecidos três brasileiros na região após o início do embate entre Israel e o grupo Hamas. O mesmo número havia sido divulgado no domingo, 8, pelo governo.

A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva usará seis aviões para buscar os brasileiros que estão na região do conflito entre Israel e o Hamas e querem voltar ao País. A decisão havia sido anunciada no domingo, após uma reunião no Palácio do Itamaraty, em Brasília, da qual participaram, além do comandante da FAB, o ministro da Defesa, José Múcio, a ministra substituta das Relações Exteriores, embaixadora Maria Laura da Rocha, e o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim.

O conflito entre Israel e o Hamas foi deflagrado no sábado, 7, e surpreendeu o mundo com um ataque planejado do grupo palestino, deixando centenas de mortos e milhares de feridos, segundo as autoridades. Milhares de foguetes foram disparados por milícias palestinas em direção a Israel. Em resposta, o país atacou alvos em Gaza.

O ministério da Defesa de Israel ordenou um "cerco completo" à Faixa de Gaza nesta segunda-feira (9) impedindo a entrada de alimentos, combustível e suprimentos aos seus 2,3 milhões de habitantes, enquanto atacavam o território governado pelo Hamas com ondas de ataques aéreos em retaliação à sangrenta incursão dos militantes no fim de semana.

Mais de dois dias depois de o Hamas ter lançado o seu ataque surpresa a partir de Gaza, os militares israelitas afirmaram que conquistaram, em grande parte, o controle das cidades do sul, onde lutavam contra os homens armados do Hamas.

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Tanques e drones foram mobilizados para proteger as brechas na fronteira e evitar novas incursões. Milhares de israelitas foram evacuados de mais de uma dúzia de cidades perto de Gaza e os militares convocaram 300 mil reservistas - uma mobilização massiva num curto espaço de tempo.

As medidas, juntamente com a declaração formal de guerra de Israel no domingo, 8, apontaram para uma mudança cada vez maior de Israel para a ofensiva contra o Hamas, ameaçando com maior destruição na densamente povoada e empobrecida Faixa de Gaza. Fonte: Associated Press.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, prometeu no domingo (8) aniquilar o Hamas após os ataques de sábado, que mataram mais de 700 israelenses e deixaram 2 mil feridos. Segundo os militantes palestinos, mais de 130 reféns israelenses, entre civis e soldados, foram levados para Gaza, o que deve tornar ainda mais complexas as operações militares contra o enclave de 2 milhões de habitantes.

"Será uma guerra longa e difícil", disse o premiê, que aconselhou a todos os palestinos que vivem em Gaza a fugir imediatamente.

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Netanyahu afirmou ainda que as forças israelenses entrariam em uma "fase ofensiva" da guerra. "Ela continuará sem limites nem tréguas até que os nossos objetivos sejam alcançados."

Os soldados de Israel passaram o domingo combatendo militantes do Hamas ainda em território israelense. Os militares de Israel relataram combates em sete comunidades fronteiriças e em uma base militar. Tanques foram vistos cruzando terras agrícolas em partes do sul de Israel em direção a Gaza.

Combates

Abu Ubaida, porta-voz das brigadas Izz ad-Din al-Qassam, o braço militar do Hamas, afirmou que os combates continuam em diversas áreas perto da fronteira de Gaza, incluindo Zikim, Sufa e Mefalsim. Ele afirmou que o grupo conseguiu tomar uma nova leva de reféns israelenses no domingo.

Em 2006, o sequestro feito por militantes islâmicos de um único recruta, Gilad Shalit, consumiu a atenção da sociedade israelense por anos - uma pressão que levou Israel a concordar com a libertação de mais de 1.000 prisioneiros palestinos, muitos dos quais haviam sido condenados por terrorismo.

O Hamas, grupo que controla Gaza, continuou no domingo a disparar foguetes contra Israel, atingindo a cidade de Sderot, ferindo pelo menos uma pessoa. As autoridades israelenses emitiram um alerta para que os moradores não saíssem de casa, porque se acreditava que militantes palestinos poderiam novamente se infiltrar na cidade.

Os ataques por terra, ar e mar lançados por militantes palestinos no sábado - a pior invasão sofrida por Israel em 50 anos - fez o governo israelenses responder com bombardeios pesados a Gaza.

Mais de 400 palestinos foram mortos, incluindo 78 crianças, e 2,3 mil ficaram feridos, segundo o Ministério da Saúde palestino.

Reforço

Dezenas de reservistas israelenses partiram no domingo para suas bases, depois de Netanyahu convocar uma mobilização nacional. O governo também determinou a retirada dos moradores de 24 aldeias perto da fronteira, uma indicação de que Israel estaria preparando uma operação terrestre contra a Faixa de Gaza.

Os militares de Israel começaram no domingo a divulgar os nomes dos soldados mortos nos ataques de sábado e surgiram os primeiros relatos de testemunhas das batalhas contra os militantes palestinos.

"Havia terroristas dentro do nosso kibutz", disse Amir Tibon, por telefone. "Podíamos ouvi-los falar. Podíamos ouvi-los correr. Ouvimos eles disparando contra nossa casa."

Civis

Para o analista Aluf Benn, os ataques de sábado foram os piores golpes sofridos por Israel desde 1948.

"Em 1973, Israel foi apanhado de surpresa, mas os combates ocorreram longe dos civis", disse Benn ao jornal Haaretz. "Este foi um ataque contra civis e, pela primeira vez, temos dezenas de prisioneiros de guerra.

As pessoas estão tentando desesperadamente descobrir o que aconteceu com seus parentes." (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de declarar guerra e prometer destruir o Hamas, Israel intensificou os bombardeios na Faixa de Gaza nesta segunda-feira (9). Ao mesmo tempo, soldados israelenses tentavam proteger a fronteira e expulsar os membros do grupo islâmico que ainda permanecem na região.

O porta-voz do exército israelense, Richard Hecht, afirmou que a caça ao Hamas está demorando mais do que o esperado por causa de brechas na fronteira. "Pensávamos que estaríamos em uma situação melhor [nesta segunda] pela manhã", disse Hecht. Os combates ocorrem em "sete a oito" locais no sul de Israel.

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Os militares israelenses disseram já ter atingido mais de mil alvos na Faixa de Gaza. O contra-ataque inclui bombardeios, como que arrasou grande parte da cidade de Beit Hanoun, no nordeste da Faixa de Gaza. "Continuaremos a atacar desta forma, e com esta força, continuamente, em todos os [locais] e rotas utilizadas pelo Hamas", disse o contra-almirante israelense Daniel Hagari.

Pelo menos 700 pessoas foram mortas em Israel desde sábado, 7, quando começou a ofensiva do Hamas. Em Gaza, já são 400 vítimas. O grupo islâmico diz manter mais de 130 prisioneiros. Fonte: Associated Press.

Três brasileiros continuam desaparecidos após ataques terroristas do Hamas a Israel, segundo o Ministério das Relações Exteriores informou neste domingo (8). São duas mulheres e um homem, todos jovens, que participavam de um festival de música eletrônica no distrito sul israelense. Autoridades do governo federal já sabem que cerca de 260 corpos foram encontrados no local.

Um quarto brasileiro, ferido durante a invasão de radicais islâmicos à mesma festa rave, recebeu alta hospitalar e passa bem.

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Trata-se de Rafael Zimerman. Ele já foi ouvido por autoridades brasileiras e investigadores de Israel.

Segundo relatou, uma granada teria sido lançada pelos militantes extremistas do Hamas no bunker onde havia se refugiado.

Zimerman foi encontrado desacordado e com vida. Os socorristas o levaram ao hospital em Soroka e depois o transferiram para Haifa.

Os quatro brasileiros tinha dupla nacionalidade, frequentavam a mesma rave em que o pai de Alok tocaria. Alguns eram conhecidos entre si.

Segundo relatos de participantes da festa, quando amanhecia e os foguetes do Hamas disparados de Gaza atingiam Israel, parte das pessoas se dispersou rapidamente, enquanto outros preferiram esperar uma brecha no bombardeio aéreo para se deslocar.

No entanto, os terroristas palestinos também invadiram por terra e por ar o território israelense, chegaram até a área do festival Tribe of Nova Edição Universo Paralello, a cerca de 20 quilômetros da Faixa de Gaza. Lá, abriram fogo indiscriminadamente. Zimerman desencontrou-se dos demais durante a fuga.

Até o momento, ainda segue desconhecido o paradeiro de Bruna Valeani, Ranani Glazer e Karla Stelzer.

Bruna e Karla ainda fizeram comunicações com familiares e amigos, na manhã de sábado (7), mas depois não foram mais localizadas por telefone.

Muito abalados, familiares dos três foram orientados a comparecer a delegacias de polícia para colher amostras de DNA, por causa da quantidade de vítimas encontradas na área da festa.

Desaparecidos

- Bruna Valeani: Fez contato com a família por telefone pela última vez no sábado, às 9 horas;

- Ranani Glazer: Amigo de Rafael Zimerman, estavam juntos na festa, mas se separaram durante a fuga;

- Karla Stelzer: Fez o último contato com amigos às 8h11 de sábado, quando o ataque do Hamas já havia começado.

Ferido

- Rafael Zimerman: Foi encontrado desacordado em um bunker, pela explosão de uma granda, e foi socorrido. Já recebeu alta hospitalar.

Uma caravana religiosa de 103 brasileiros aguarda resgate em Jerusalém, Israel, em meio ao conflito após ataque do grupo Hamas, deflagrado no sábado 7. Neste domingo, 8, o governo do Brasil anunciou que seis aeronaves serão utilizadas para realizar a operação de repatriação dos cidadãos, com prioridade aos que vivem no País - mas nenhum posicionamento oficial foi dado ao grupo.

A caravana é comandada pelo pastor Felippe Valadão, da Igreja da Lagoinha, em Niterói (RJ). O grupo saiu do Brasil no dia 28 de setembro e, com passagem por Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, chegou a Israel no dia 2, segunda-feira passada. A chegada a Jerusalém ocorreu há três dias.

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"Quando chegamos em Jerusalém, à noite, acordamos de madrugada já com o barulho dos foguetes", lembra o pastor Felippe Valadão. "O pessoal estava tomando café no hotel, foi o maior desespero."

Atualmente, a caravana está hospedada em um hotel em Jerusalém. A previsão de Valadão é de que o grupo consiga retornar ao Brasil em breve, após preencherem uma lista enviada pela embaixada brasileira em Israel.

A ponte do grupo com o Itamaraty foi realizado com ajuda do deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ). Segundo o político, houve problemas ao contatar o Itamaraty ao longo de sábado, mas, no domingo pela manhã, tudo já estava resolvido.

"As pessoas que estão lá estão em estado emocional debilitado. É um desafio grande nessa caravana, porque há bebês e idosos", declarou Ribeiro.

Segundo o governo federal, há cerca de 14 mil brasileiros morando em Israel, e outros 6 mil na Palestina. Desde o sábado, fontes declaram já ter recebido contato de 500 pessoas em busca de repatriação ou de mais informações.

O governo usará seis aviões para buscar os brasileiros que estão na região do conflito entre Israel e o Hamas e querem voltar ao País. As primeiras operações de repatriação devem ocorrer entre segunda-feira, 9, e terça-feira, 10.

A lista dos primeiros resgatados deve ser fechada até segunda-feira pela manhã, de acordo com o comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno.

'Clima de guerra'

Felippe Valadão relata o clima tenso na cidade de Jerusalém após os ataques. "O clima é de guerra. É possível ver soldados e até civis de armas nas mãos, como metralhadoras. Isso é chocante para nós, não estamos acostumados", relata Valadão. "Só os serviços emergenciais estão funcionando, como padarias, farmácias. Quase não há restaurantes abertos."

O pastor relata que, por motivos de segurança, o hotel onde está hospedado o grupo proibiu o uso das áreas de lazer do espaço, forçando os hóspedes a se alojarem nos quartos. "Ao ligar a televisão, só existe noticiário da guerra. É terrível", diz. "Isso prejudica a saúde emocional das pessoas."

Para a caravana, outra opção é aguardar até terça-feira 10, quando está planejada a decolagem do voo de retorno comprado pelo grupo antes de estourar o conflito. Até a publicação desta reportagem, a companhia aérea Emirates não havia cancelado a viagem, diz o pastor.

"Só vamos ter paz quando estivermos dentro do avião", diz Valadão.

A reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (CSNU) para tratar do conflito entre o grupo Hamas e Israel durou cerca de 1h30 e terminou neste domingo, 8. Não se chegou a um consenso sobre o tema e, portanto, não há previsão de divulgação de um comunicado em conjunto do órgão, conforme apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O conflito iniciado após ataques do grupo Hamas a Israel neste sábado é o primeiro teste de fogo da presidência rotativa do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, durante o mês de outubro.

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Após o início do conflito, o País ao lado de outros membros convocaram uma reunião de urgência para este domingo, na sede da organização, em Nova York.

No entanto, a expectativa era de que não se chegasse a um consenso entre os membros. Enquanto os Estados Unidos reforçou o apoio a Israel, a China defendeu a criação do Estado independente da Palestina e a Rússia é próxima ao Irã, um dos principais financiadores do Hamas.

O Brasil condenou os bombardeios e ataques feitos a Israel a partir da Faixa de Gaza neste sábado e defendeu ações para evitar que o conflito tome maiores proporções.

"O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU", disse o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no sábado, em sua conta oficial no X, antigo Twitter.

A reunião do CSNU foi fechada à imprensa. É esperado que o representante permanente do Brasil junto à ONU, o diplomata Sérgio França Danese, fale à imprensa.

O Ministério das Relações Exteriores confirmou oficialmente na tarde deste domingo, 8, que o número de brasileiros desaparecidos em Israel após o início do conflito entre o país e o grupo Hamas subiu de dois para três. A informação foi antecipada ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) por fontes do governo.

De acordo com o Itamaraty, o brasileiro identificado como ferido já recebeu alta do hospital e passa bem. Cerca de 14 mil brasileiros moram em Israel e 6 mil na Palestina. A maioria está fora das áreas afetadas pelos ataques.

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"A Embaixada em Tel-Aviv identificou, até o presente momento, três brasileiros desaparecidos e um ferido, todos binacionais, que participavam de festival de música no distrito sul de Israel, a menos de 20 km da Faixa de Gaza. O brasileiro ferido, também binacional, recebeu, hoje, alta do hospital e se encontra bem", diz nota divulgada pelo Itamaraty. "A Embaixada em Tel-Aviv colheu, até agora, por meio de formulário 'online', os dados de cerca de 1.000 nacionais e seus dependentes, a maioria dos quais turistas, hospedados em Tel-Aviv e Jerusalém", afirma outro trecho do documento.

De acordo com fontes do governo, ao menos 500 brasileiros já entraram em contato com a embaixada do País em Tel-Aviv desde o sábado. Esses contatos podem ser para pedir repatriação, ou seja, retornar ao Brasil, ou para solicitar informações, por exemplo. Ainda não se sabe se todos esses brasileiros estão em Israel ou se houve também contatos de cidadãos que estão em outros países do Oriente Médio.

O governo usará seis aviões para buscar os brasileiros que estão na região do conflito entre Israel e o Hamas e querem voltar ao País. As primeiras operações de repatriação devem ocorrer entre segunda-feira, 9, e terça-feira, 10. A lista dos primeiros resgatados deve ser fechada até a segunda pela manhã, de acordo com o comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno.

A decisão foi anunciada após uma reunião no Palácio do Itamaraty, em Brasília, da qual participaram, além do comandante da FAB, o ministro da Defesa, José Múcio, a ministra substituta das Relações Exteriores, embaixadora Maria Laura da Rocha, e o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim.

"Nós somos quiçá um dos primeiros países a fazer esse tipo de operação lá na região", declarou Damasceno, a jornalistas. De acordo com ele, o resgate será feito por duas aeronaves KC-30, com capacidade entre 220 e 230 passageiros, duas KC-390, que carregam em torno de 80 pessoas, e duas VC-2, cedidas pela Presidência da República, com capacidade de levar até 40 passageiros.

Uma das aeronaves KC-30 já está em Natal (RN) pronta para decolar ainda neste domingo para Roma. De lá, o avião partirá para Tel-Aviv, em Israel, e para outras localidades do Oriente Médio. "A ideia é que a aeronave fique na Itália, aguardando as nossas coordenações finais", disse o comandante da FAB. "Não sabemos ainda se essa primeira decolagem será amanhã ou na terça-feira, dependendo da montagem dessa lista de passageiros que desejam voltar ao Brasil nessa missão de repatriação", emendou.

De acordo com ele, médicos e psicólogos serão enviados para auxiliar no resgate dos brasileiros que estão na região de conflito. "Estamos com militares da nossa ajudância de ordens junto à Embaixada de Israel e nas demais embaixadas da região também, para que possamos fazer as primeiras levas, trazer os primeiros brasileiros para cá", afirmou. "Em função das demandas nós vamos equacionando esses voos pelo tamanho da aeronave."

As decolagens de Tel-Aviv e de outras localidades do Oriente Médio com brasileiros resgatados devem ocorrer à tarde, pelo horário local. A ideia é que os cidadãos sejam levados até os aeroportos pela manhã, para evitar que façam o deslocamento terrestre de madrugada. Segundo Damasceno, alguns brasileiros também podem voltar em voos comerciais.

Israel se declarou oficialmente em guerra após terroristas do grupo Hamas realizarem um ataque surpresa contra o país a partir da Faixa de Gaza. O número de mortos já passa de mil. O conflito ocorre 50 anos após a Guerra do Yom Kippur, em 1973, quando nações árabes lideradas por Egito e Síria também fizeram um ataque surpresa contra Israel.

O Itamaraty condenou no sábado os ataques em território israelense. "Ao reiterar que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o Governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação", diz nota divulgada pelo MRE.

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