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Firme na estratégia de alavancar pré-candidaturas governistas Brasil afora, o presidente Jair Bolsonaro (PL) levou nesta segunda-feira (25) dois ex-ministros para sua viagem a Ribeirão Preto (SP), reduto do PSDB: Tarcísio de Freitas (Republicanos), antigo titular da Infraestrutura e pré-candidato ao governo de São Paulo, e Walter Braga Netto (PL), que deixou a Defesa e está alocado como assessor da Presidência para ser o candidato a vice do chefe do Executivo na busca pela reeleição.

A comitiva presidencial foi hoje à cerimônia de abertura da 27ª Agrishow - Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação. Antes, Bolsonaro, Tarcísio e Braga Netto participaram de uma cavalgada nos arredores do evento. O presidente ainda andou de moto com apoiadores.

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Tarcísio vem intensificando a pré-campanha no interior de São Paulo para fisgar um eleitorado que costuma dar votos ao PSDB, que hoje tem o governador Rodrigo Garcia como pré-candidato à reeleição e João Doria como pré-candidato a presidente.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou o ex-ministro da Defesa, general Braga Netto, de "meu eterno amigo", nesta terça-feira (29), durante a solenidade do Dia do Exército. O militar é o mais cotado para ser vice do presidente nas eleições desse ano, além de já ter chefiado a Casa Civil na atual gestão.

Durante o evento, Bolsonaro fez o aceno. "A todos vocês, as minhas continências. O orgulho de já ter integrado esta força nativa, orgulho também pela missão de estar à frente da nação e poder, juntamente com meus 23 ministros, com meus comandantes de força, bem como do meu eterno amigo general Braga Netto colaborar nas políticas para bem servir o nosso Brasil”, falou.

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Sobre as eleições, o presidente afirmou que "há 90% de chance" do  militar estar ao seu lado na campanha para sua reeleição ao Planalto. Além disso, o chefe do executivo acrescentou que o general  poderá disputar qualquer cargo nas eleições, incluindo a vice-presidência.

Vale ressaltar que Braga Netto foi exonerado do comando do Ministério da Defesa no dia 31 de março, e atualmente exerce o cargo de assessor especial do gabinete pessoal do presidente da República. Segundo a lei eleitoral, os servidores públicos que desejam se candidatar a cargos eletivos devem deixar a função até três meses antes do pleito.

Ao apresentar ministros presentes em cerimônia no Palácio do Planalto nesta terça-feira, 12, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o ex-titular da Defesa Walter Braga Netto, hoje alocado como assessor da Presidência, está em "repouso ativo".

Braga Netto deixou a Defesa no último dia 31 para ficar autorizado, pelos prazos definidos pela lei eleitoral, a ser o vice de Bolsonaro na disputa pela reeleição. Hoje, o general é o nome mais cotado para o posto. Três meses antes do primeiro turno, em 2 de julho, deverá também ser exonerado da assessoria no Planalto.

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Na prática, a declaração de Bolsonaro expõe o que se comenta nos corredores da sede do Executivo: Braga Netto deixou a Esplanada para cumprir a lei eleitoral, mas segue com o status de "ministro informal" para aconselhar o presidente.

Em mais uma sinalização de que está fechada a indicação do general Walter Braga Netto para a vice-presidência na chapa de Jair Bolsonaro (PL), o filho "Zero Dois" do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL), fez uma publicação no Twitter onde compara a escolha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a vice com a de seu pai. "Nunca foi tão fácil escolher", declara o deputado.

Na publicação, Eduardo anexou a foto de Lula logo após o PSB ter oficializado a apresentação do ex-governador Geraldo Alckmin para a chapa do ex-presidente. Na imagem, os antigos rivais aparecem de mãos dadas. Acima da foto de Lula, Eduardo colocou uma foto de seu pai junto de Braga Netto.

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Ex-ministro da Defesa, Braga Netto deixou o cargo para ser assessor especial do gabinete pessoal do Presidente da República. Mesmo que Bolsonaro não tenha dito com todas as letras que o ex-ministro será seu vice, a indicação já está dada como certa.

A publicação de Eduardo precisou ser corrigida já que na primeira vez ele tinha publicado apenas a imagem de Lula com a mensagem "Nunca foi tão fácil escolher", uma gafe que gerou piadas nas redes, já que abria interpretação para seu apoio ao petista.

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O general Paulo Sérgio Nogueira assumiu o comando do Ministério da Defesa, nesta sexta-feira (1º), durante cerimônia de transmissão de cargo na sede da pasta, em Brasília (DF). O evento contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro e dos comandantes da Marinha, Almir Garnier Santos; do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior.

  "Honrado com a distinção de ter sido nomeado, agradeço ao senhor presidente da República por confiar à minha pessoa a condução das políticas setoriais de uma das áreas essenciais para a soberania e para a própria existência do Estado brasileiro. Recebo essa missão com entusiasmo e muita vibração", afirmou o novo ministro. 

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Nogueira substitui o também general Walter Braga Netto, que assumirá um cargo na assessoria especial do presidente da República. Braga Netto é cotado para concorrer às eleições como candidato à vice-presidente na chapa de reeleição de Bolsonaro. 

 Ontem (31), o presidente Jair Bolsonaro havia dado a posse a nove ministros e outros integrantes do governo que se desincompatibilizaram dos cargos para concorrem a cargos eletivos nas eleições de outubro deste ano. A Lei Eleitoral exige o afastamento dos cargos até seis meses antes do pleito. 

  Perfil

O novo ministro da Defesa é natural de Iguatu, no Ceará. Ele ocupava o Comando do Exército desde o ano passado, até ser convidado para assumir o primeiro escalão do governo federal. 

 Nogueira ingressou na força pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em 1977, tornando-se aspirante a oficial da Arma de Infantaria em 1980. Como general, chefiou o Estado-Maior do Comando Militar do Oeste, em Campo Grande (MS); a 16ª Brigada de Infantaria de Selva, em Tefé (AM); o Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia, em Manaus (AM); o Comando Logístico do Hospital das Forças Armadas, em Brasília (DF); e o Comando Militar do Norte, em Belém (PA).

O governo federal exonerou nesta quinta-feira, 31, o general Walter Braga Netto do cargo de ministro da Defesa e o nomeou para um novo posto no Palácio do Planalto, o de Assessor Especial do Gabinete Pessoal do Presidente da República, Jair Bolsonaro.

A mudança foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) nesta tarde, depois da saída de outros nove ministros que disputarão as eleições neste ano. Braga Netto é cotado para ser o vice de Bolsonaro na busca pela reeleição à Presidência.

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O novo ministro da Defesa agora será o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, que até há pouco era o comandante do Exército, cargo que passará a ser ocupado pelo general Marco Antônio Freire Gomes, também nomeado na mesma edição do diário.

A posse de Freire Gomes como novo comandante do Exército está marcada para ocorrer ainda hoje, às 17 horas. A solenidade deve contar com a presença do presidente Bolsonaro.

O Ministério da Defesa publicou, nessa quarta-feira (30), uma ordem do dia celebrando o golpe de Estado de 31 de março de 1964, que culminou na ditadura militar, em que qualifica a ação como um "movimento" e um "marco histórico da evolução política brasileira". O documento também diz que o golpe agiu para "restabelecer a ordem e para impedir que um regime totalitário fosse implantado no Brasil", ainda que não haja nenhuma evidência histórica para sustentar tal afirmação.

A ordem do dia às vésperas do aniversário do golpe do dia 31 de março é uma tradição mantida desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro, em 2019. O texto é assinado pelo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, que vai deixar o cargo nesta quinta-feira (31) e deve ser o vice na chapa de Bolsonaro nas eleições de outubro.

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O documento diz que sociedade brasileira "conduziu um período de estabilização, de segurança, de crescimento econômico e de amadurecimento político" nos anos seguintes ao dia 31 de março de 1964.

A ditadura militar durou 21 anos no País e, durante o período, proibiu eleições diretas, perseguiu e torturou opositores e decretou censura à imprensa. Cidadãos contrários ao regime militar como o ex-deputado Rubens Paiva e o jornalista Vladimir Herzog foram assassinados.

No documento, Braga Netto defende que é preciso "isenção e honestidade" para se avaliar fatos históricos e que "a história não pode ser reescrita" sem contextualização. Também alega que o mobilização teria sido apoiada por famílias, igrejas, empresários, políticos, a imprensa, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), as Forças Armadas e a "sociedade em geral".

O ministro ressalta ainda que civis e militares deixaram "um legado de paz, liberdade e democracia" no período, "cuja preservação demanda de todos os brasileiros o eterno compromisso com a lei, com a estabilidade institucional e com a vontade popular".

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) confirmou que o general Paulo Sérgio, hoje comandante do Exército, vai assumir o ministério da Defesa com a descompatibilização de Braga Netto, principal cotado para compor a chapa com o presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa pela reeleição. No lugar de Sérgio, quem será alçado à chefia da arma é o responsável pelo Comando de Operações Terrestres, Marco Antônio Freire Gomes, destacou Mourão.

Questionado nesta quarta-feira por jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto se as mudanças seriam essas, o vice-presidente confirmou. "Ao que consta, sim, porque amanhã (quinta-feira) de tarde é a passagem de comando do Exército, onde o Paulo Sérgio entrega o comando ao Freire Gomes. E não sei se ele assume o ministério amanhã mesmo de manhã ou dia 1º, na sexta-feira, não sei ainda".

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Mourão também elogiou a escolha de Freire Gomes para o Exército. "É um oficial discreto, ponderado e respeitado pelo restante do Exército. Então tá muito bem entregue o Comando", afirmou.

MEC

O general ainda comentou a exoneração de Milton Ribeiro do Ministério da Educação após o Estadão revelar a existência de um gabinete paralelo na pasta, com direito a cobrança de propina em ouro. "Acho que o próprio ministro se deu conta que estava numa situação complicada, tanto que ele escreveu uma carta ali para o presidente solicitando a exoneração dele", disse Mourão. "O ministro teve a saída que eu digo, condigna né, e aguarda-se aí que haja uma investigação completa sobre os próximos", acrescentou.

O ministro da Defesa, general Braga Netto, está sendo cotado a vice do presidente Bolsonaro (PL) para as eleições presidenciais de 2022. No entanto, mesmo o chefe do Executivo fazendo ‘mistério’ para divulgar quem vai compor a sua chapa, em entrevista à Jovem Pan, ele sinalizou que o seu vice fez escola militar, faz parte da sua cúpula de ministros e é nascido em Minas Gerais.

“Eu tenho que ter um vice que não tenha ambições de ocupar a minha cadeira. O que posso adiantar para vocês é que, por coincidência, o vice é de Minas Gerais, mas não quero adiantar o nome dele”, afirmou o presidente na entrevista. 

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O atual vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), já desagradou o seu chefe por várias vezes ao se pronunciar sobre algum tema sem a sua 'autorização'. A última vez foi sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia, que Mourão afirmou que o Brasil não apoiava a guerra e, claramente revoltado, Bolsonaro o desautorizou ao falar que “quem fala sobre esse assunto é o presidente, e o presidente se chama Jair Messias Bolsonaro”. 

Na entrevista com Bolsonaro, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a pedido do presidente, sugeriu quem será o vice. O seu “palpite e desejo”, é de “um homem leal, competente, sério e, acima de tudo, muito discreto e eficiente”. “Então eu espero que seja ele o mineiro que o senhor está se referindo. Para termos novamente um bloco do presidente Bolsonaro, agora, se Deus quiser, com Braga Netto”, contou.

Por sua vez, o cientista político e professor da UFPE, Arthur Leandro, observou, sobre Braga Netto estar sendo cotado a vice, que Bolsonaro “se dá bem e tem uma boa relação com quem o obedece, e é basicamente isso o que ele procura”. “Bolsonaro não lidera, ele tem uma dificuldade de liderança nas Forças Armadas. Ele sabe mandar e gosta de mostrar quem manda, mas não lidera o processo de comandante supremo das forças armadas, tanto é que quando ele tem qualquer tipo de dificuldade e dissonância entre o que ele e uma outra pessoa fala, ainda que o que ele tenha falado seja em desacordo do que está sendo desmentido, ele inicia o processo de fritura”. 

“A fala de Ricardo Salles é emblemática, de alguém discreto e eficiente, o discreto significa não contestar a não se posicionar de maneira polêmica ou de modo a questionar a fala do presidente da República. A dificuldade é que as falas do presidente da República são erráticas, muitas vezes. Aparentemente, ele fala sem muita preparação e cautela mas, na verdade, ele fala refletindo o ponto de vista das pessoas que o circundam. Alguém indiscreto deixaria de mostrar ou evidenciar que, aquilo o que o presidente representa não é consenso sequer dentro da estrutura de um governo que ele vai liderar. A discrição que está sendo buscada significaria anuência com o jeito do presidente de governar e se posicionar diante das questões relevantes para o País”, salientou o cientista político. 

Arthur afirmou que o presidente da República “não quer um vice-presidente com autonomia e independência”. “Quando a fala dele entra em colisão com a do vice-presidente Mourão, que fala com independência na maior parte das vezes sobre os assuntos que lhe convém, por isso que o presidente em muitas situações o desmente. Como o general Braga Netto se mostra alinhado com a fala do presidente da República, talvez num nível semelhante, apesar do perfil mais discreto, com o que o general e ex-ministro da Saúde Pazuello demonstra, talvez por isso Bolsonaro prefira um vice-presidente que seja ligado, dependente, reverente a sua autoridade”. 

“Bolsonaro viveu todo o mandato sem conseguir construir alianças estáveis do ponto de vista da política. Um general não vai somar votos pra ele; ele quer alguém que ocupe o lugar com fidelidade à sua liderança, que não conteste o que ele fala e que não atrapalhe, o desminta, é basicamente por isso que Braga Netto é visto como ‘melhor’ que Mourão, do ponto de vista do presidente Bolsonaro e dos políticos mais próximos a ele que estão preocupados em construir a sua campanha de reeleição”, afirmou o especialista. 

Braga Netto

Walter Souza Braga Netto é nascido em 11 de março de 1957 em Belo Horizonte. Ele é general do Exército Brasileiro e já atuou como interventor federal no Estado do Rio de Janeiro. Também foi comandante militar do Leste e assumiu a chefia do Estado-Maior do Exército até chegar como ministro-chefe da Casa Civil, em 2020, ocupando o lugar de Onyx Lorenzoni. Sendo nomeado como ministro da Defesa em 2021 pelo presidente Bolsonaro.

Ele é um dos ministros mais próximos do presidente da República, sendo indiciado no relatório da CPI da Covid-19 pelo tempo que coordenou o Centro de Coordenações das Operações do Comitê de Crise da Covid-19. Tem ao menos 13 condecorações do Brasil, sendo a primeira delas uma medalha de Serviço Amazônico, uma de Israel e outra dos Estados Unidos pela Legião do Mérito. 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) deu sinais de que vai, como previsto, escolher do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, como seu vice para as eleições deste ano. "Vou dar mais uma dica: é de Belo Horizonte e fez escola militar", disse o chefe do Executivo em entrevista à Jovem Pan nesta segunda-feira (21). Considerado o favorito para o posto, Braga Netto é natural da capital mineira e militar. "Vocês vão tomar conhecimento do meu vice pelas possíveis saídas de ministros em 31 de março", acrescentou o presidente.

Bolsonaro ainda afirmou que a possibilidade de uma terceira via nas eleições deste ano está cada vez menor e, por isso, a polarização entre ele e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se concretizar na disputa. "Eu tenho um lema: Deus, Pátria, Família e Liberdade", disse o presidente, voltando a utilizar o lema de inspiração fascista.

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A esperada escolha de Braga Netto tem sido atribuída sobretudo a uma espécie de "seguro" contra eventuais tentativas de impeachment, como o próprio presidente já sinalizou. "Tenho que ter vice que não queira ambições de assumir minha cadeira", afirmou Bolsonaro na mesma entrevista.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou categoricamente nesta quinta-feira, 10, que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, será candidata ao Senado pelo Mato Grosso do Sul. Ela era o nome favorito do Centrão para ser a vice de Bolsonaro nas eleições deste ano. Com isso, o presidente pavimenta o caminho para o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, assumir o posto.

Como mostrou reportagem do Broadcast Político/Estadão em fevereiro, Bolsonaro era pressionado pelo Centrão a aceitar Tereza Cristina, mas preferia o militar Braga Netto na chapa como uma espécie de "seguro-impeachment". Os dois eram as principais opções do presidente.

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"Aproximadamente oito ministros deixarão os respectivos ministérios para concorrer às eleições", disse Bolsonaro em transmissão ao vivo nas redes sociais.

Além da ministra da Agricultura, que vai trocar o União Brasil pelo Progressistas no final do mês, o presidente confirmou que a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, será candidata ao Senado pelo Amapá - e não por São Paulo, como chegou a ser considerado nos bastidores do governo.

Bolsonaro ainda citou outras candidaturas de ministros já esperadas: Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) ao governo paulista; Flávia Arruda (Secretaria de Governo) ao Senado pelo Distrito Federal; João Roma (Cidadania) ao governo da Bahia; Gilson Machado (Turismo) ao Senado por Pernambuco; Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) para deputado federal por São Paulo.

A pré-candidatura de Tercio Arnaud Tomaz, assessor especial da Presidência, também foi informada pelo chefe do Executivo durante a live.

Por pressão política do governo Jair Bolsonaro, o Comando do Exército decidiu elaborar uma nota de esclarecimento sobre a diretriz do comandante-geral, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, editada para regular o retorno ao trabalho presencial na tropa, com sinal "um verde" para os militares já vacinados. O comunicado deve ser divulgado na página do Centro de Comunicação Social do Exército.

A interpretação de que a diretriz do general era uma forma de cobrar "passaporte da vacina", o que o presidente rejeita, gerou cobranças de explicações por parte do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, porta-voz de Bolsonaro junto ao generalato.

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O ministro se reuniu com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica nesta sexta-feira (7) para discutir a diretriz verde-oliva. O tema vacina é considerado "sensível" na Defesa, por ter virado bandeira política do presidente. Houve cobranças de Braga Netto. Reservadamente, oficiais comentam que o ministro deu claros sinais de não querer melindrar Bolsonaro, no momento em que tenta se viabilizar como potencial candidato a vice-presidente.

Como o Estadão noticiou, a diretriz orientou que oficiais em cargos de chefia avaliassem a volta ao regime presencial dos já vacinados, quinze dias após a imunização. Porém, a diretriz não continha um veto total ao retorno dos não-vacinados. Havia no texto uma brecha para que os militares sem vacinação completa apresentassem para análise das circunstâncias, caso a caso, ao Departamento Geral de Pessoal, o DGP, que tem uma área de Saúde e um comitê relacionado à prevenção da covid-19. Apesar disso, o próprio Braga Netto editou uma portaria semelhante que entrou em vigor na virada do ano. Ao normatizar o retorno gradual no ministério, ele determinou que os servidores administrativos retornassem às atividades presenciais quinze dias após terem se imunizado contra a Covid-19.

Além disso, o teor geral da nova diretriz do general Paulo Sérgio é de flexibilizar a realização de atividades e treinamentos na caserna, em vez de restringir. Ela recomenda, porém, a adoção de medidas de prevenção à contaminação, para poder e por isso, fala expressamente no "uso de máscaras, no distanciamento social e higienização de mãos", medidas cuja eficácia Bolsonaro questiona, apesar das evidências científicas e das recomendações sanitárias.

O documento do comandante-geral reproduz uma ordem para que não haja difusão de notícias falsas sobre a pandemia do novo coronavírus na internet. Esse trecho da normativa também não é uma novidade, pois estava em vigor desde março de 2020, emitido pelo então comandante-geral, general Edson Leal Pujol.

O Ministério da Defesa gastou mais de meio milhão do orçamento destinado ao enfrentamento da pandemia do novo coronavírus com itens de luxo, como caviar, picanha, filé mignon e bebidas alcoólicas. As informações foram apontadas em uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) e publicadas pela Folha de S. Paulo.

A análise sigilosa dos gastos da pasta com alimentação desde 2017 surpreendeu os técnicos quando começaram a verificar as contas das Forças Armadas em 2020. A lógica sugeria uma redução expressiva já que parte do trabalho ocorreu de forma remota. Porém, o Ministério do general Braga Netto fez o contrário e adquiriu itens supérfluos e de luxo.

Pasta que mais gastou com itens sem necessidade na pandemia

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Bacalhau, salmão e camarão também fizeram parte da lista de compras de R$ 535 mil, paga com parte dos recursos do orçamento "21C0 – Enfrentamento da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional decorrente do Coronavírus". 

"Ressalta-se que, dos recursos destinados ao combate à pandemia Covid-19 utilizados indevidamente para aquisição de itens não essenciais (aproximadamente R$ 557 mil), 96% foram despendidos pelo Ministério da Defesa", apontou parte da apuração preliminar do TCU, que colocou a pasta como a que mais usou recursos públicos fora do avaliado como essencial.

Para o TCU, luxo é desvio de finalidade

O documento indica que não há critérios claros e justificáveis para a aquisição e faz críticas sobre o uso da verba para a pandemia. "Não parece razoável alocar os escassos recursos públicos na compra de itens não essenciais, especialmente durante a crise sanitária, econômica e social pela a qual o país está passando, decorrente da pandemia", assegurou.

A compra de comida por pelo poder público tem a finalidade de garantir alimentação saudável e adequada às necessidades nutricionais básicas de determinado público-alvo. "Além de não servir à finalidade a que se destina, a contratação desse tipo de insumo fere o princípio da moralidade", concluiu.

O relatório foi finalizado no dia 8 de outubro e seguiu para processo na Corte no último dia 12, baseado nos bancos oficiais da Administração Pública: Siasg (Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais), Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira) e o Comprasnet (Portal de Compras Governamentais).

O pedido pela apuração foi de parte da bancada do PSB na Câmara, representada pelos deputados Elias Vaz (GO), Ubirajara do Pindaré (MA), Denis Bezerra (CE) e Gervásio Maia (SP).

Ministério se defende

Em resposta ao relatório do TCU, o Ministério da Defesa afirmou em nota que o documento não é conclusivo e defende que as atividades das Forças Armadas foram mantidas na pandemia.

Cerca de 34 mil militares foram destinados para atividades como desinfecção de locais públicos, distribuição e aplicação de vacinas, campanhas de doação de sangue, entrega de kits de alimentação e de higiene, transporte de pacientes, oxigênio e de itens de saúde, explicou a pasta.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, abriu uma apuração preliminar contra o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, que ameaçou a realização das eleições em 2022. Conforme revelou o Estadão, no dia 8 de julho, o ministro enviou um recado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressista-AL), com a mensagem de que não haveria eleições no que vem, se não houvesse impressão dos votos e contagem pública dos resultados.

Em manifestação enviada ao gabinete do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira, 28, a PGR informou que abriu o procedimento para apurar a ameaça e pede que a Corte arquive um pedido de mesmo teor movida pelo advogado Ronan Wielewski Botelho contra Braga Netto. Para requerer o fim do processo, Aras informou ao STF que já havia investigações em curso no Ministério Público Federal (MPF).

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"Nesta Procuradoria-Geral da República, já tramita Notícia de Fato destinada à averiguação preliminar dos fatos relatados pelo noticiante, bem assim de outros que possam com eles guardar relação de pertinência", escreveu Aras. "Eventual surgimento de indícios razoáveis de possível infração político-administrativa cometida pelo noticiado (Braga Netto) ensejará, pois, a adoção das providências necessárias à sua apuração", afirmou Aras.

Como mostrou o Estadão, após o recado de Braga Netto contendo ameaças, o presidente da Câmara disse a um grupo de confiança ter muita preocupação com as declarações do ministro da Defesa porque a situação era "gravíssima". Relatos obtidos pela reportagem revelam que Arthur Lira disse a Bolsonaro que não contasse com ele para qualquer ato de ruptura institucional.

Em nota, Braga Netto negou as ameaças às eleições. No dia seguinte à revelação, o ministro limitou-se a dizer que se tratava de "invenção". O chefe das Forças Armadas não deu nenhuma informação complementar. O Estadão mantém todas as informações publicadas.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, procurou pessoalmente Braga Netto para pedir o envio de um representante militar à Comissão Externa de Transparência instituída na Corte para dar mais confiança ao processo eleitoral. O general de divisão do Exército e comandante de defesa cibernética, Heber Garcia Portella, foi indicado pelo ministro da Defesa.

A despeito das declarações do ministro, seu indicado terá livre acesso a recursos do TSE para ajudar no planejamento de auditoria de cada etapa do processo eleitoral.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso é defendida reiteradamente pelo presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, mesmo após derrota no plenário da Câmara, em agosto deste ano. A pauta, no entanto, não saiu do radar do governo e permaneceu forte entre os bolsonaristas, que defenderam o projeto durante as manifestações antidemocráticas de 7 de Setembro.

Após reações do Supremo e do Congresso às ameaças de Bolsonaro durante os atos, o presidente ensaiou um recuo e, em entrevistas e transmissões ao vivo nas redes sociais, tem dito que a participação das Forças Armadas na preparação das urnas eletrônicas, segundo ele, dá garantias de que não haverá fraude nas eleições do ano que vem.

Em entrevista à revista Veja, Bolsonaro disse que não vai "melar" as eleições de 2022 e que "a chance de golpe é zero". Antes do recuo tático, porém, o presidente disse que poderia agir fora das "quatro linhas da Constituição" contra os ministros do TSE. Segundo ele, "um ou dois" ministros, em referência velada a Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, estariam extrapolando suas competências.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) defendeu a convocação do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, na reta final dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. A convocação do chefe da pasta, no entanto, não tem consenso entre os integrantes do colegiado.

A convocação de Braga Netto chegou a ser solicitada por alguns senadores, como Renan e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), mas não foi aprovada. O argumento é ouvir Braga Netto sobre o período em que ele chefiou a Casa Civil, responsável pela articulação do governo na pandemia de covid-19.

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A pressão para o depoimento do ministro da Defesa aumentou após Braga Netto assinar uma nota com os comandantes das Forças Armadas criticando o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM). O senador atacou o que chamou de "lado podre das Forças Armadas" ao determinar a prisão do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, ex-integrante da Força Aérea Brasileira (FAB).

A CPI mira na atuação de militares no Ministério da Saúde no período em que Eduardo Pazuello chefiou a pasta e promoveu a nomeação de uma série de integrantes e ex-integrantes das Forças Armadas em cargos estratégicos. Por isso, a comissão quer implicar os militares nas denúncias contra o governo por atos praticados na pandemia. Outro alvo de um novo depoimento é o ex-secretário-executivo do ministério Elcio Franco.

"Ele (Braga Netto), mais do que qualquer um, por ter sido o coordenador do comitê de enfrentamento da covid, precisa vir. Mas esse é o ponto de vista do relator. Para que seja o ponto de vista da comissão, nós precisamos ter maioria nesse encaminhamento", disse Renan Calheiros em entrevista a jornalistas no Senado.

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados promove audiência pública, na terça-feira (17), com a participação da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, para ouvir o ministro da Defesa, Braga Netto.

A pedido do deputado Elias Vaz (PSB-GO), o ministro foi convidado para prestar esclarecimentos sobre nota oficial assinada por ele e pelos comandantes das Forças Armadas, publicada em 7 de julho, para repudiar declarações do senador Omar Aziz (PSD-AM) sobre a conduta de alguns militares envolvidos em casos suspeitos de corrupção no governo federal.

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"Ao nosso ver, esse tipo de manifestação configura claramente uma verdadeira intimidação não só ao senador Omar Aziz, mas ao Parlamento brasileiro", diz o deputado.

Já os deputados Rogério Correia (PT-MG), Paulão (PT-AL), Arlindo Chinaglia (PT-SP), Henrique Fontana (PT-RS), David Miranda (Psol-RJ) e Odair Cunha (PT-MG) pedem explicações sobre supostas afirmações do ministro feitas a interlocutores condicionando a realização de eleições à adoção do voto impresso como forma de promoção de auditoria da referida eleição.

O debate com o ministro será realizado às 9h30, no plenário 13.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), pediu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a interpelação do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, para que o chefe da pasta preste esclarecimentos sobre uma denúncia apresentada pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE).

Na reunião da CPI, Carvalho acusou o ministro da Defesa de enviar um oficial da ativa do Exército para fazer uma "espionagem" contra o petista em Sergipe. "Não vão me intimidar", disse o senador.

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"O ministro da Defesa do Brasil não está ali para defender partido político, posição política e ideológica, mas para defender a Constituição, as instituições democráticas, e está submetido inclusive a este Poder e não está autorizado a bisbilhotar a vida de nenhum parlamentar", afirmou o petista.

Em ofício encaminhado a Pacheco, Omar Aziz pediu que o Senado acione Braga Netto para prestar informações e tome as devidas providências no caso. Nesta terça-feira, 3, os senadores retiraram um pedido para convocar Braga Netto na CPI argumentando risco político. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou um novo requerimento para chamar o ministro em função da atuação na pandemia de covid-19.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid retirou da pauta a convocação do ministro da Defesa, Walter Braga Netto. A decisão foi tomada após senadores discordarem da tentativa de chamar o chefe da pasta na comissão e tumultuar a relação entre os Poderes. Braga Netto entrou em conflito com a cúpula da CPI ao assinar uma nota em conjunto com os comandantes das Forças Armadas criticando o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM).

No âmbito da CPI, senadores querem coletar informações do período em que Braga Netto chefiou a Casa Civil, entre fevereiro do ano passado e abril deste ano, e sobre a atuação do ministro na pandemia. Ele chefiou o comitê interministerial de combate à crise do novo coronavírus. A convocação dividiu os senadores e será reapresentada para votação em outro momento.

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"No momento de maior dificuldade da pandemia, quem estava coordenando era o ministro da Casa Civil, Braga Netto, e não o general. Se eu tiver que votar, meu voto é favorável à convocação do general Braga Netto", disse o presidente da CPI.

O relator da comissão, Renan Calheiros, classificou a convocação do ministro como um "dever funcional". "Nós não queremos trazer apenas porque ele está tentando desestabilizar os Poderes, emporcalhar a democracia, promover retrocessos institucionais. Não é por isso. Nós precisamos trazer porque ele foi o coordenador do comitê de crise de enfrentamento à pandemia de Covid-19 e certamente tem responsabilidade grande sobre mortes que poderiam ter sido evitáveis", disse Renan.

Autor do requerimento de convocação, Alessandro Vieira argumentou que Braga Netto precisa ser chamado para explicar sua atuação no governo envolvendo a pandemia "Esta é a figura que tem que explicar porque ele, como coordenador, foi incapaz de evitar esse desastre", disse.

Outros senadores, porém, foram contra em função do risco político. Para Eduardo Braga (MDB-AM), a CPI precisaria ter acesso a uma série de informações antes de convocar o ministro da Defesa. "Criar um factoide político e não termos questionamentos, esta conclusão da CPI, me parece a construção inoportuna diante de um cenário político nacional", disse o emedebista. Otto Alencar (PSD-BA) disse que a melhor decisão seria adiar a convocação.

A CPI da Pandemia pode votar nesta terça-feira (3) a convocação do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e a transferência dos sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR). A comissão tem um total de 135 requerimentos na pauta. Entre eles, 41 pedidos de convocação, 64 de quebras de sigilos e 26 de informação.

Braga Netto pode ser chamado a depor sobre uma reunião realizada no Palácio do Planalto no ano passado, quando ele era ministro-chefe da Casa Civil. Segundo o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, Braga Netto teria convocado e conduzido o encontro para discutir a edição de um decreto presidencial para mudar a bula da cloroquina.

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O deputado Ricardo Barros pode ter os sigilos quebrados por causa de um suposto esquema de corrupção na compra da vacina Covaxin. O nome dele teria sido envolvido no caso pelo presidente Jair Bolsonaro, segundo denúncia apresentada pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF), que também pode ter os sigilos quebrados.

Veja a seguir outros requerimentos na pauta da CPI da Pandemia:

Convocações

A comissão pode votar a convocação de Andrea Siqueira Valle, ex-cunhada do presidente da República. Em uma gravação divulgada em julho, ela acusa Jair Bolsonaro de envolvimento em um esquema de desvio de recursos públicos conhecido como “rachadinha”. Segundo a denúncia, dinheiro para o pagamento de servidores da Câmara era “devolvido” para o então deputado Bolsonaro. O advogado Frederick Wassef, que representa o presidente, nega as acusações.

A CPI pode convocar ainda testemunhas ligadas a Francisco Emerson Maximiano. O dono da Precisa Medicamentos é investigado pela CPI por suspeitas de irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin. Entre os convocados, estão Danilo Berndt Trento, Gustavo Berndt Trento, Leonardo Ananda Gomes, Elson de Barros Gomes Júnior, Raphael Barão Otero de Abreu e José Clovis Batista Dattoli Júnior. Todos participaram de viagens à Índia com Francisco Maximiano.

Outro lote de convocações mira irregularidades na compra do imunizante da AstraZeneca. O policial militar Luiz Paulo Dominguetti disse ter recebido do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias um pedido de propina para vender doses da vacina. A cobrança de US$ 1 teria ocorrido durante jantar com o coronel Hélcio Almeida, presidente do Instituto Força Brasil. Um dos requerimentos de convocação sugere o depoimento de Hélcio Almeida.

A CPI também pode reconvocar Antônio Elcio Franco Filho, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde. Em depoimento à comissão, Roberto Ferreira Dias disse que Elcio Franco era o responsável pela aquisição de vacinas no Ministério da Saúde.

A comissão pode decidir se aprofunda as investigações sobre um suposto esquema de corrupção que envolve organizações sociais e hospitais federais no Rio de Janeiro. A suspeita é de que dinheiro público para o enfrentamento à pandemia foi desviado para organizações criminosas. Podem ser convocados Cristiane Jourdan Gomes e Paulo Cotrim, ex-diretores do Hospital Federal de Bonsucesso, e os ex-servidores da Superintendência do Ministério da Saúde no estado George Divério, Joabe Oliveira, Marcelo Lamberti e Jonas Roza.

Quebras de sigilo

Entre os 64 requerimentos para a transferência de sigilos, 39 requisitam relatórios de inteligência ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Parte dos pedidos pretende apurar o envolvimento de organizações sociais em esquemas de corrupção no Rio de Janeiro.

Os senadores também podem requisitar dados do Coaf para apurar o eventual favorecimento a laboratórios e distribuidores que negociaram o chamado “kit-covid”, um conjunto de medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença. Entre os alvos dos requerimentos está a empresa Prati, Donaduzzi & Cia Ltda. O faturamento da firma com a venda de Azitromicina saltou de R$ 53 milhões em 2019 para R$ 100 milhões em 2020 — um aumento de 88%.

A CPI pode votar ainda a quebra de sigilos de empresas de comunicação que seriam disseminadoras de fake news durante a pandemia. Há requerimentos para a transferência de dados bancários da rádio Jovem Pan e dos responsáveis pelos sites Terça Livre, Brasil Paralelo, Crítica Nacional, Senso Incomum e Conexão Política.

Quem também pode ter os dados pessoais transferidos para a comissão de inquérito é o policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que denunciou o pedido de propina para a compra da AstraZeneca. A CPI também pode votar a quebra de sigilo do reverendo Amilton Gomes de Paula, que depõe à CPI comissão nesta terça-feira. Representante da entidade Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), ele recebeu aval do Ministério da Saúde para negociar a aquisição de vacinas.

Pedidos de informação

Os senadores podem votar pedidos de informação para diversos órgãos. Entre eles, Ministério da Saúde, Anvisa, Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), Conselho Nacional de Saúde, Advocacia-Geral da União e Conselho Federal de Medicina.

Um dos requerimentos pede que o Ministério da Saúde esclareça os motivos do atraso na distribuição de vacinas a estados e municípios. Outro pedido cobra todos os documentos trocados com a Senah e o Instituto Força Brasil sobre a compra de vacinas.

A CPI também pode votar um requerimento de informações ao Comando do Exército. O objetivo é esclarecer o uso das instalações industriais do Laboratório do Exército para a produção de cloroquina.

Fonte: Agência Senado

 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid pautou para esta terça-feira, 3, a convocação do ministro da Defesa, Braga Netto. O pedido ainda divide os senadores da comissão, até mesmo dentro do grupo majoritário. Na terça, a CPI retoma os trabalhos após o recesso parlamentar. A cúpula do colegiado deve discutir na noite desta segunda-feira, 2, a possibilidade de chamar o ministro para depor.

Braga Netto entrou em conflito com a cúpula da CPI ao assinar uma nota em conjunto com os comandantes das Forças Armadas criticando o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM). Durante depoimento do ex-diretor do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde Roberto Dias, Aziz afirmou que o "lado podre das Forças Armadas" estava envolvido em "falcatruas" do governo.

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A insatisfação dos senadores cresceu ainda mais após o Estadão relevar que o ministro condicionou, por meio de um interlocutor, a realização das eleições ao voto impresso. No âmbito da CPI da Covid, senadores querem coletar informações do período em que Braga Netto chefiou a Casa Civil, entre fevereiro do ano passado e abril deste ano. A comissão quer apurar se houve pressão sobre o Ministério da Saúde para fechar contratos que viraram alvo da CPI, entre eles o da compra da vacina indiana Covaxin.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), autor do requerimento para convocar o ministro, justificou o pedido para detalhar a atuação do ministro na pandemia. O presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, durante depoimento na comissão, apontou atuação de Braga Netto na tentativa de mudar a bula da cloroquina, medicamento sem eficácia comprovada contra o novo coronavírus. O incentivo ao chamado tratamento precoce, na contramão de evidências científicas, é uma das linhas de investigação que colocou o presidente Jair Bolsonaro na mira da CPI.

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