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A Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara Federal aprovou, nesta quarta-feira (31), a convocação do ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, para dar explicações sobre processos de compras realizadas pelas Forças Armadas aprovados pelo governo federal - entre as quais, a de iguarias.

O requerimento do deputado Elias Vaz (PSB-GO) foi aprovado por unanimidade. Por ser uma convocação, e não um convite, Braga Netto é obrigado a comparecer. A previsão é de que a audiência ocorra na próxima semana. A data será confirmada pelo presidente da comissão, deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ).

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Segundo Elias Vaz, a convocação será uma oportunidade para tratar da crise das Forças Armadas. Bolsonaro demitiu nesta semana o general Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa. O motivo foi a recusa do então ministro em permitir o uso político das instituições militares pelo presidente. Com ele, saíram ainda os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

Em seu requerimento, Vaz pede que sejam esclarecidas as compras alimentares da Defesa. "Queremos saber por que o governo federal gastou milhões com picanha, cerveja, bacalhau, salmão e filé mignon para as Forças Armadas, um cardápio muito distante da realidade da maioria dos brasileiros", afirmou o parlamentar.

Em um dos primeiros atos como novo ministro da Defesa, o general Walter Braga Netto publicou nesta terça-feira, 30, "Ordem do Dia Alusiva ao 31 de março de 1964", em referência à data do golpe militar no País, que completa 57 anos nesta quarta-feira. No texto, disponível no portal da pasta, Braga Netto cita que os eventos daquele dia, "assim como todo acontecimento histórico, só podem ser compreendidos a partir do contexto da época" e sustenta que o "movimento de 1964 é parte da trajetória histórica do Brasil". Segundo o ministro, "assim devem ser compreendidos e celebrados os acontecimentos daquele 31 de março".

Na ordem do dia, Braga Netto lembra que o Século XX foi marcado por dois grandes conflitos bélicos mundiais e pela expansão de ideologias totalitárias, com importantes repercussões em todos os países. Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo, com participação do Brasil, "derrotou o nazi-fascismo e o mapa geopolítico internacional foi reconfigurado e novos vetores de força disputavam espaço e influência".

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No entanto, de acordo com a publicação, a Guerra Fria entre Estados Unidos e a então União Soviética envolveu a América Latina e trouxe "um cenário de inseguranças com grave instabilidade política, social e econômica" ao Brasil. "Havia ameaça real à paz e à democracia", sustenta Braga Netto.

Diante disso, na avaliação do ministro, "brasileiros perceberam a emergência e se movimentaram nas ruas, com amplo apoio da imprensa, de lideranças políticas, das igrejas, do segmento empresarial, de diversos setores da sociedade organizada e das Forças Armadas, interrompendo a escalada conflitiva, resultando no chamado movimento de 31 de março de 1964".

Após o golpe militar, classificado como "movimento" pelo ministro, as Forças Armadas pacificaram o País, "enfrentando os desgastes para reorganizá-lo e garantir as liberdades democráticas que hoje desfrutamos".

Braga Netto lembra também que, em 1979, a lei da Anistia, aprovada pelo Congresso Nacional, "consolidou um amplo pacto de pacificação a partir das convergências próprias da democracia" foi a "transição sólida, enriquecida com a maturidade do aprendizado coletivo". A partir de então, "o País multiplicou suas capacidades e mudou de estatura".

Para o ministro da Defesa, o cenário geopolítico atual apresenta novos desafios, entre eles as questões ambientais, ameaças cibernéticas, segurança alimentar e pandemias. "As Forças Armadas estão presentes, na linha de frente, protegendo a população", escreveu. "Marinha, Exército e Força Aérea acompanham as mudanças, conscientes de sua missão constitucional de defender a Pátria, garantir os Poderes constitucionais, e seguros de que a harmonia e o equilíbrio entre esses Poderes preservarão a paz e a estabilidade em nosso País", completa.

O ministro da Casa Civil, Walter Souza Braga Netto, teve um mal súbito nesta quarta-feira (24). Segundo a assessoria do ministério, Braga Netto passava férias em Alagoas quando se sentiu mal e teve que ser hospitalizado no hospital Santa Casa de Misericórdia, de Maceió.

Sem fornecer detalhes, a assessoria da pasta informou que o ministro passou a noite em observação, foi submetido a exames para identificar as causas do mal-estar e liberado na manhã de hoje (25). Ainda conforme a assessoria ministerial, ele passa bem e retorna a Brasília ainda hoje.

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A previsão inicial é que Braga Netto retorne ao trabalho na segunda-feira (29). O ministro estava de férias desde a última segunda-feira (22) – o curto período de descanso, que já estava programado para terminar amanhã (26), foi autorizado pelo presidente Jair Bolsonaro, conforme despacho publicado no Diário Oficial da União do último dia 19.

 

O ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, recebeu, nesta segunda-feira (3), a confirmação de que testou positivo para a Covid-19.

"O ministro passa bem e está assintomático", afirma nota divulgada pela assessoria da pasta. Além dele, outros seis ministros e o presidente Jair Bolsonaro já contraíram a doença.

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"Ele ficará em isolamento até novo teste e avaliação médica. Até lá, continuará cumprindo a sua agenda de forma remota", diz a nota.

A Casa Civil, comandada pelo general Walter Braga Netto, deu autorização para a Agência Nacional de Saúde (ANS) contratar a filha do ministro, Isabela Oassé de Moraes Ancora Braga Netto, para uma vaga de gerente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com salário de R$ 13.074 por mês. O cargo é de livre nomeação. Ou seja, não é preciso fazer concurso público para exercê-lo.

Com sede no Rio de Janeiro, a agência regula o mercado de planos de saúde. Se confirmada a nomeação, a filha de Braga Netto ocupará o cargo de Gustavo de Barros Macieira, servidor de carreira da agência e especialista em direito do Estado e da regulação pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que ainda ocupa o posto.

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A vaga disputada por Isabela é para comandar a Gerência de Análise Setorial e Contratualização com Prestadores. O posto trata da relação entre ANS, planos de saúde e prestadores de serviços, como hospitais. A filha do ministro é formada em comunicação social. O nome de Isabela foi analisado pela Casa Civil porque nomeações para cargos comissionados do alto escalão exigem aval da pasta.

A informação sobre a possível nomeação foi antecipada pela revista Veja. O diretor Rodrigo Aguiar, responsável pela gerência, confirmou ao Estadão que o nome da filha do ministro recebeu o ok da Casa Civil e informou que ainda não sabe quando a contratação será feita porque a análise do seu currículo ainda não foi concluída pela ANS. "Trata-se de cargo de livre nomeação e exoneração, para o qual profissionais de variados perfis são considerados, visando o melhor atingimento dos fins da função", disse.

Questionado sobre quem indicou a filha do ministro para a vaga e se ela tem experiência na área, o diretor disse que não poderia comentar o assunto. Procuradas, a ANS e a Casa Civil não se manifestaram até a publicação deste texto.

O ministro chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, exonerou dois secretários do Ministério da Cidadania, segundo portarias publicadas em edição extra do Diário Oficial que circula nesta segunda-feira (15).

Segundo os atos, estão sendo exonerados do cargo Ely Harasawa, secretária nacional de Atenção à Primeira Infância da Secretaria Especial de Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania; e o ex-jogador de vôlei Emanuel Fernando Scheffer Rego, secretário nacional de esporte de alto rendimento da Secretaria Especial do Esporte.

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Com formação e carreira militar, o ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, afirmou que perguntas sobre a possibilidade de um golpe de Estado no Brasil são "um absurdo". Ele e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, que também é militar, buscaram afastar a imagem da ligação das Forças Armadas com o governo durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

Braga Netto disse que não concorda com a ideia de que exista uma "ala militar" no governo. "As Forças Armadas são instituições de Estado. Não existe ala militar. Você tem militares, com formação militar, que são cidadãos muito bem informados, com valores éticos e morais", afirmou o ministro da Casa Civil.

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"A minha posição é que esse governo é conservador-liberal. Ele é conservador porque se pauta em valores, deus, família, liberdade, valores éticos e morais, contra a corrupção. Esse é o sentido do conservador. E do liberal, pelo liberalismo econômico, do caminho da prosperidade", declarou.

Em seguida, Luiz Eduardo Ramos afirmou que não tem mais contato direto com o Exército. "Não há nenhuma ligação de eu estar aqui representando o Exército", disse. "Eu estou aqui como cidadão, não há nenhuma influência política ou o que seja, que esteja sendo ligada ao Exército."

O ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Souza Braga Netto, alertou nesta sexta-feira (22) para o risco de a pandemia de coronavírus provocar “desabastecimento e caos social” no Brasil. Ele afirmou que, no momento, a população “está tranquila” por conta dos investimentos feitos pelo governo federal no combate à covid-19. Mas disse que o país precisa estar preparado para a retomada da economia porque os recursos públicos “são finitos”.

“Quando terminar o recurso, e não tem como continuar por muito tempo, a economia tem que voltar. Porque, se a economia não voltar, vamos ter gente morrendo de fome e vamos ter caos social. Desabastecimento e tudo mais. A população está tranquila, o abastecimento está tranquilo. Mas o governo está se desdobrando para manter esse nível de emprego e abastecimento “, advertiu.

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Braga Netto participou de uma reunião remota da comissão mista que acompanha as ações para o enfrentamento do coronavírus. Durante a audiência pública, o ministro destacou que 20 medidas provisórias editadas pelo presidente Jair Bolsonaro abrem crédito extraordinário de R$ 274 bilhões para o combate à covid-19. Mas alertou que as despesas provocam um aumento no déficit fiscal da União.

“A crise impôs um desafio fiscal muito grande. A meta original do déficit para 2020 era de R$ 124 bilhões. Com a covid, estamos até o momento com [a previsão de] R$ 525 bilhões de déficit. Isso vai requerer esforço e responsabilidade de todos os Poderes para retomarmos o caminho do crescimento e voltarmos à normalidade. Isso tudo está sendo feito para preservar vidas e empregos”, afirmou.

O ministro lembrou que o coronavírus matou 18.859 pessoas no Brasil até 20 de maio. Nesta sexta-feira, o número de óbitos confirmados já supera os 20 mil. Braga Netto destacou, no entanto, que mais 273 mil pacientes estão recuperados ou em recuperação. Segundo ele, não é possível ficar apenas “com o olhar para o lado negativo”.

“Nos solidarizamos com as famílias enlutadas, mas temos que mostrar que existe um grande número de recuperados. Tivemos até o momento 291 mil infectados. Mas já são quase 117 mil recuperados e 156 mil em recuperação. Novamente, nos sensibilizamos com as famílias brasileiras. Mas não podemos somente ficar com o olhar para o lado negativo, porque o Brasil não pode parar. A pandemia vai passar, e ninguém vai ficar para trás”,  disse.

Segundo a Universidade Johns Hopkins, que monitora a evolução do coronavírus ao redor do mundo, o Brasil ocupa a sexta posição entre os países com o maior número de mortos pela covid-19 — atrás de Estados Unidos, Reino Unido, Itália, França e Espanha. Braga Netto esclareceu, no entanto, que o governo brasileiro adota outra metodologia, que leva em conta o número de mortos por milhão de habitantes. Segundo essa abordagem, o Brasil figura na oitava posição — atrás de Bélgica, Espanha, Reino Unido, Itália, França, Estados Unidos e Alemanha.

Medidas provisórias

O ministro da Casa Civil detalhou as ações anunciadas pelo governo brasileiro para o combate à pandemia. Ele destacou que, dos R$ 274 bilhões liberados por meio de créditos orçamentários ao Orçamento, o Poder Executivo já empenhou o equivalente a 73,9%. São despesas que o governo se comprometeu a fazer, mas ainda não desembolsou integralmente.

O portal Siga Brasil, mantido pelo Senado com base em dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), confirma o percentual de empenho divulgado por Braga Netto. O site destaca, no entanto, que menos da metade do dinheiro (40,4%) foi efetivamente gasto com as ações de combate ao coronavírus.

Braga Netto enumerou algumas medidas desenvolvidas pelo governo federal para o enfrentamento da pandemia. Entre elas, o auxílio emergencial de R$ 600 para pessoas vulneráveis; o benefício emergencial para a manutenção de emprego e renda; e a linha de crédito para que micro, pequenas e médias empresas paguem os salários de funcionários.

O ministro lembrou também a liberação de R$ 34,5 bilhões para o Ministério da Saúde. Segundo Braga Netto, o governo federal habilitou 6.142 novos leitos de UTI, distribuiu 83 milhões de equipamentos de proteção individual e adquiriu 861 respiradores e mais de 6,9 milhões de testes.

Segundo o chefe da Casa Civil, o país contratou mais 3,3 mil médicos em 1.218 municípios e alocou mais de 1,2 mil profissionais de saúde em hospitais universitários federais. Braga Netto lembrou também que o governo federal zerou a cobrança de impostos sobre medicamentos usados para o tratamento da covid-19, o que impactou 118 fármacos antivirais e antirretrovirais.

Outra medida destacada pelo ministro foi a repatriação de 22,5 mil brasileiros, a maior parte de Portugal. Braga Netto disse que o número de pessoas que tentam voltar ao Brasil “está mais ou menos estabilizado”.

“Está reduzindo o número de pessoas que querem retornar. Temos ainda pouco mais de 4 mil brasileiros esperando para ver se vão retornar ou não. Temos brasileiros que podem procurar os parlamentares dizendo que não foram atendidos. Mas são casos de pessoas que não vieram porque disseram que só vinham se pudessem trazer o pet ou a moto. Tem situações que devem ser tratadas com um certo cuidado “, afirmou.

*Da Agência Senado

 

O chefe de gabinete de Regina Duarte foi exonerado da Secretaria da Cultura. A demissão do número dois na pasta foi assinada pelo chefe da Casa Civil, Braga Netto.

Pedro José Vilar Godoy Horta foi um dos nomeados por Regina e tinha status de ser seu braço direito no comando da secretaria. A atriz ainda não comentou sobre a decisão tomada pelo Governo Federal nessa sexta-feira (15).

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O ministro Walter Braga Netto (Casa Civil) afirmou à Polícia Federal (PF), em depoimento prestado nesta terça-feira (12) no Palácio do Planalto, que não ouviu o presidente Jair Bolsonaro mencionar em sua presença a possível troca de superintendente na PF do Rio de Janeiro durante reunião ministerial em 22 de abril.

"Na reunião do conselho de ministros, ocorrida em 22 de abril de 2020, quando apresentado o Pró-Brasil o presidente Jair Bolsonaro não chegou a se expressar sobre a substituição do superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro, reservando-se a expressar a sua inquietude, como já dito, sobre os dados de inteligência do Sisbin, mais precisamente, dos dados que deveriam ser fornecidos pela Defesa Nacional e pela Abin", aponta o depoimento.

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"Com relação ao conselho de ministros, quando o presidente revelou sua intenção de 'trocar a segurança do Rio de Janeiro', (Braga Netto) entende que se tratava de segurança pessoal do presidente a cargo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), não tendo referência à Polícia Federal", relata o depoimento. "Na perspectiva do depoente, ao citar 'segurança no Rio de Janeiro', o presidente apenas fez referência como ilustração de sua insatisfação".

Ao ser questionado especificamente sobre eventuais investigações da PF do Rio que incomodavam o presidente, Braga Netto afirmou que se recorda apenas que Bolsonaro "se queixava" de não terem sido esclarecidos por completo os fatos relacionados ao porteiro do condomínio Vivendas da Barra, "Nem muito por ele, mas por se tratar de fatos relacionados ao cargo de presidente", disse.

O porteiro implicou Bolsonaro no caso Marielle Franco ao dizer, inicialmente, que o presidente teria permitido a entrada de Ronnie Lessa, preso suspeita de matar a parlamentar. Ele se retratou depois. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os ministros Augusto Heleno (GSI), Walter Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) depõem na tarde desta terça, 12, no âmbito da investigação sobre suposta tentativa de interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. Os três militares próximos do presidente foram listados pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro como testemunhas de ameaças proferidas por Bolsonaro contra o ex-ministro caso ele não concordasse com a troca da direção-geral da PF.

Agendadas para as 15h, as oitivas serão realizadas simultaneamente no Palácio do Planalto e marcam o segundo dia de depoimentos agendados pela PF por determinação do o ministro Celso de Mello, relator do caso no Supremo Tribunal Federal. As audiências foram autorizadas, por sua vez, com base em pedido feito pelo procurador-geral da República Augusto Aras após o depoimento de mais de oito horas prestado por Moro no último dia 2.

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Nesta segunda, 12, foram ouvidos o ex-diretor da Polícia Federal, Maurício Valeixo, o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem e o ex-superintendente da PF do Rio de Janeiro Ricardo Saadi. De acordo com juristas ouvidos pelo Estado, os depoimentos terão um peso decisivo para a abertura de um processo judicial - seja contra o Bolsonaro ou Moro - ou para o arquivamento da investigação.

Segundo Moro relatou à PF, os três ministros ouvidos nesta terça, 12, participaram de duas reuniões em que o presidente Jair Bolsonaro pressionou o ex-ministro da Justiça a trocar o comando da Polícia Federal.

Uma dessas reuniões é a do dia 22 de abril, cuja gravação foi entregue pelo Palácio do Planalto ao Supremo na sexta, 8, e exibida a um grupo restrito de autoridades nesta terça exatamente para orientar a formulação de perguntas para os depoimentos que serão colhidos na presente semana.

Segundo Moro, em tal reunião, Bolsonaro teria dito que iria 'interferir em todos os ministérios'. "O presidente afirmou que iria interferir em todos os Ministérios e quanto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, se não pudesse trocar o Superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro, trocaria o Diretor Geral e o próprio Ministro da Justiça", relatou.

No dia seguinte, 23 de abril, ao ser informado pelo presidente que Maurício Valeixo seria exonerado do cargo, Moro se encontrou com Braga Netto e Augusto Heleno para informar os motivos pelos quais não aceitaria a substituição e declarou que deixaria o governo falando a verdade sobre a troca.

O ministro da Casa Civil, Braga Netto, disse nesta segunda-feira, 4, que é "inadmissível" qualquer tipo de agressão a jornalistas. Ele foi questionado, em coletiva no Palácio do Planalto, sobre o ataque de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro a jornalistas durante ato pró-governo ocorrido neste domingo, 3, como chutes, socos e empurrões a equipe de profissionais do Estadão.

"Liberdade de expressão é requisito fundamental e a liberdade de imprensa é prezada como um todo. O que pedimos, exatamente, é que mostrem todos os lados. Qualquer tipo de agressão a jornalistas, isso é opinião minha e do governo, ela tem de ser apurada. E ela é inadmissível", disse Braga Netto.

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O ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, concordou com Braga Netto. Ele disse que Bolsonaro "se mostrou bastante aborrecido" com a agressão. "É o que ele fala, ele não controla esse pessoal todo", disse Ramos.

Mais cedo o presidente Jair Bolsonaro colocou em dúvida a agressão sofrida por profissionais do jornal O Estado de S. Paulo em ato realizado contra o Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF) do domingo, 3, em Brasília, e disse que, "se houve", partiu de "possíveis infiltrados". Bolsonaro esteve presente na manifestação, mas disse que não viu a violência ao fotógrafo Dida Sampaio e a outros membros da equipe de reportagem.

Também nesta segunda, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, divulgou nota na qual afirma que qualquer agressão a profissionais de imprensa é inaceitável e que a liberdade de expressão é requisito fundamental de um País democrático.

Notícias positivas

No dia seguinte ao número acumulado de casos da covid-19 no Brasil ultrapassar 100 mil, o ministro Ramos voltou a pedir notícias positivas sobre a covid-19.

Ele disse que não é preciso omitir imagens de caixões e números sobre mortos e casos acumulados da doença, mas que faria bem para a população saber sobre quantas pessoas já foram curadas.

Na tentativa de afastar a polêmica em torno do lançamento do Plano Pró-Brasil, o ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, disse que o presidente Jair Bolsonaro é quem decidirá sobre as prioridades do plano. Mas ponderou que quem diz o que "é possível ou não fazer" com os recursos disponíveis é o Ministério da Economia.

Segundo ele, houve uma interpretação equivocada sobre o plano após o seu lançamento, na semana passada. Ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, Braga negou qualquer briga com o colega.

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"Em nenhum momento se pensou em sair do programado, sair do trilho, com diz meu amigo Paulo Guedes, programado pela Economia. Quem dá esse caminho, exatamente a palavra final, se é possível ou não, é a Economia. E quem decide é o presidente da República. Quem vai priorizar ao final é o presidente", disse Braga.

Braga Netto disse que é o seu papel, de centro de governo, coordenar os trabalhos. Ele contou que com a pandemia da Covid-19, depois de um terceiro ministro apresentar propostas, decidiu trabalhar no programa.

O ministro da Casa Civil reforçou a ideia de que não havia valores de gastos. "Em nenhum momento, falei de valores, porque não existe", disse. Ele justificou que resolver coordenar os trabalhos para evitar que os ministérios separadamente fossem até a Economia para "brigar pelo seu pedaço".

"Nunca briguei com o Paulo Guedes. Não brigamos. Não tem nenhuma desavença. Estamos sempre conversando e conversando", afirmou.

Voluntarismo

O ministro da Economia também disse que tem um excelente relacionamento com Braga Netto. "Foi um mal entendido. Tenho certeza disso", afirmou.

Guedes fez questão de ressaltar que a Junta Execução Orçamentária (JEO) é que vai definir os valores do plano. Ele admitiu, no entanto, que houve um "certo voluntarismo", sem nominar pessoas. "Em nenhum momento, me senti aborrecido com Braga Netto, não houve estresse com a Casa Civil", disse Guedes.

O ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, evitou falar diretamente sobre a eventual exoneração do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, por divergências com o presidente Jair Bolsonaro sobre o comando da Polícia Federal.

Ao ser questionado sobre o tema, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, Braga Netto limitou-se a dizer que a informação foi descartada pela assessoria de Moro. Em nota, a equipe do ministro afirmou que "não confirma" o pedido de demissão do ministro, relatado por aliados à imprensa.

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De acordo com interlocutores do presidente Jair Bolsonaro, Moro não chegou a pedir demissão nesta quinta-feira, mas afirmou que não concordava com a troca "de cima para baixo" do diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, e iria reavaliar a sua permanência no governo. Ao longo do dia, integrantes da ala militar entraram em campo para reverter uma possível saída do ministro.

Escalado para coordenar as ações do governo sobre o coronavírus, o ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, é tratado em alas militares como "interventor" do Palácio do Planalto. Um dos generais que convenceram o presidente Jair Bolsonaro a não demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, Braga Netto agiu nessa terça-feira para baixar a temperatura do atrito.

"A palavra união é a posição do governo", disse ele, em entrevista ao lado de Mandetta. "Vamos tocar esse barco chamado Brasil juntos", concordou o titular da Saúde.

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Bolsonaro chegou a planejar demitir Mandetta anteontem, mas recuou diante de pressões de militares, do Congresso e até do Supremo Tribunal Federal. Isso sem contar o apoio obtido pelo ministro nas redes sociais.

Militares do governo avaliam que a dispensa de Mandetta, neste momento, fortaleceria governadores que travam uma queda de braço com Bolsonaro, como João Doria (São Paulo) e Wilson Witzel (Rio).

Nesse cenário, o chefe da Casa Civil assumiu a função de "gerente" do governo. "Braga Netto é o homem certo, no lugar certo, na hora certa", disse ao Estado o vice-presidente, Hamilton Mourão, alvo de críticas do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e de seus seguidores nas redes sociais.

A ala ideológica do governo e o chamado "gabinete do ódio", comandado por Carlos, "filho 02" do presidente, desaprovam o poder concedido aos militares na equipe e, agora, na administração da crise. Braga Netto, no entanto, disse não se aborrecer com os ataques e continua dando ordens aos colegas, até mesmo em bilhetinhos que passa para ministros durante entrevistas no Planalto.

Diante de novo fogo amigo, coube ao general Mourão defender Braga Netto. "Ele não está enquadrando ninguém, apenas fazendo a verdadeira governança. Assim, a Casa Civil passa a atuar como um verdadeiro centro de governo", resumiu o vice. "Braga Netto está fazendo o que sabemos: colocar ordem na casa."

Na semana passada, circularam rumores de que o ministro da Casa Civil seria o nome escolhido por uma Junta Militar para assumir o comando do País, deixando Bolsonaro como uma espécie de "rainha da Inglaterra". A versão ganhou força nas redes sociais, a ponto de usuários alterarem o dicionário online colaborativo Wikipédia para apontar Braga Netto como o 39.º presidente do Brasil. A mudança, porém, foi desfeita assim que o site a identificou.

A tese da "conspiração" é alimentada por filhos do presidente, que têm Mourão entre seus alvos. Ao jornal O Estado de S.Paulo, porém, o ex-comandante do Exército Eduardo Villas Boas foi enfático: "Ninguém tutela Bolsonaro".

'Freio'

Ex-interventor na segurança pública do Rio em 2018, nomeado pelo então presidente Michel Temer, Braga Netto é conhecido pelo estilo "durão". Nos últimos dias, tem tratado de assuntos diversos: da crise com Mandetta a discussões econômicas.

Na Casa Civil há quase dois meses, o general ainda faz substituições na pasta, antes chefiada por Onyx Lorenzoni, hoje ministro da Cidadania. O núcleo militar do governo considera que, por não ter aspiração política - ao contrário de Onyx -, Braga Netto vai impor rapidamente um "freio de arrumação" na equipe. 

O ministro da Secretaria de Governo, Walter Braga Netto, evitou se comprometer com a permanência do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante todo o período de pandemia do novo coronavírus, mas defendeu união no governo. Indagado sobre o assunto, Braga Netto disse que Mandetta possui "um relacionamento cordial com todos os ministros". "A palavra 'união' é a posição do governo", disse Braga Netto durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.

No mesmo encontro, Mandetta minimizou divergências internas sobre as medidas adotadas pelo governo pelo enfrentamento da covid-19. Ontem, o ministro disse que funcionários chegaram a limpar as suas gavetas na sede da pasta diante dos rumores de que poderia ser demitido pelo presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, Mandetta também reclamou de interferências no seu trabalho e pediu "paz" para continuar.

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"Tudo o que estamos precisando agora é união. Tudo que estamos precisando agora é participação de todos, foco", disse Mandetta. Ele afirmou, ainda, que é "normal" ter visões distintas. "É normal, ninguém consegue em uma situação dessas ter um olhar só de um ângulo. No Ministério da Saúde, a gente tem dúvidas. Eu sei que nada sei, que vamos fazer o nosso melhor. Às vezes as pessoas têm opiniões divergentes, é normal que tenham. Acho que é um conjunto de cabeças muito qualificado que pensam juntas e ontem fez um exercício coletivo."

Mandetta defendeu que, agora, é preciso olhar para frente. "Isso é uma experiência que a gente tem que olhar pelo para-brisa, para frente, usar pouco o retrovisor e vamos olhar para a frente, vamos tocar este barco nosso chamado Brasil juntos", declarou o ministro da Saúde.

No novo formato de entrevistas coletivas do Palácio do Planalto, o ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, controla as perguntas que serão respondidas e até passa "cola" para os colegas. Foi o que ocorreu nessa terça-feira (31), quando Braga Netto voltou a intervir para que os ministros Sérgio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia) não dessem suas opiniões sobre o que acham da manutenção do isolamento social.

"Os ministros concordam plenamente com a posição do ministro Mandetta", interveio Braga Netto, em referência ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, quando jornalistas cobraram uma resposta de Moro e Guedes.

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Mandetta afirmou que o governo fará "o máximo de distanciamento social" possível como medida de prevenção à covid-19, mas que o modelo não é estanque. O ministro citou Paulinho da Viola ao dizer que é preciso fazer como um velho marinheiro que, durante o nevoeiro, leva o barco devagar. "Vamos passar na marcha certa, nem tão parado que a gente possa ser arrastado, nem tão acelerado que a gente possa cair em uma cachoeira. Vamos todo mundo junto (...) que vamos chegar a um porto seguro."

Discreto, Braga Netto usa pedaços de papel durante as entrevistas para passar mensagens aos outros ministros. Nesta terça, ele enviou informações para Guedes e para o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Cuidadoso, toma o cuidado de dobrar o papel algumas vezes para evitar que o teor seja flagrado por câmeras.

Em mais uma tentativa de unificar o discurso, o governo determinou nesta semana que todas as informações sobre coronavírus sejam prestadas exclusivamente no Palácio do Planalto, e não mais em entrevistas no Ministério da Saúde. Na véspera, no primeiro dia desse novo modelo, Braga Netto também entrou em cena quando Mandetta foi questionado por repórteres sobre a possibilidade de ser demitido pelo presidente Jair Bolsonaro, uma vez que o chefe do Executivo já o desautorizou várias vezes.

"(Vamos) deixar claro para vocês: não existe essa ideia de demissão do ministro Mandetta. Isso aí está fora de cogitação no momento. Tá certo? Não existe", disse Braga Netto. Mandetta aproveitou a deixa para fazer uma observação irônica. "Em política, quando a pessoa fala 'não existe', o professor já fala: 'Existe'."

Em outro momento, questionado sobre a atitude do presidente, Mandetta ensaiou responder, mas a assessoria do Planalto se apressou em informar que a reunião tinha acabado. Os demais ministros que participaram do encontro deixaram o Salão Oeste em silêncio. A entrevista foi encerrada repentinamente, sem que as oito perguntas previstas fossem feitas.

O presidente Jair Bolsonaro criou um comitê para supervisão e monitoramento da crise provocada pela pandemia no coronavírus no País, conforme decreto publicado em edição extra do Diário Oficial da União nesta segunda-feira (16). A coordenação do grupo ficará a cargo do ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, empossado em fevereiro.

O comitê terá um total de 22 membros. Serão 17 ministros, além dos presidentes da Caixa, do Banco do Brasil, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Também haverá uma vaga para a coordenação do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública.

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Caberá ao comitê a articulação da ação governamental e o assessoramento ao presidente Bolsonaro sobre os desdobramentos da pandemia. Até esta segunda, são 234 casos confirmados de infecção pelo vírus.

O colegiado deverá atuar de forma coordenada com um outro, o Grupo Executivo Interministerial de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional, criado por meio de decreto em 30 de janeiro.

O general Walter Braga Netto assumiu nesta terça-feira (18) a Casa Civil com a missão de cobrar resultados de todos os ministérios e fazer o governo andar. Escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para substituir Onyx Lorenzoni - deslocado para o Ministério da Cidadania -, Braga Netto não terá, porém, voz de comando sobre seus pares no Palácio do Planalto. Ali, no núcleo duro do governo, predomina a máxima da caserna, onde cada um toma conta do seu "quadrado".

A partir de agora, o quarto andar do Planalto será ocupado apenas por ministros militares. Do lado de fora do gabinete presidencial, no entanto, a realidade é que nenhum general se subordina a outro. Braga Netto vai chefiar a Casa Civil; Augusto Heleno seguirá no Gabinete de Segurança Institucional (GSI); e Luiz Eduardo Ramos, na Secretaria de Governo.

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Embora a Casa Civil tenha sido sempre considerada o ministério mais poderoso, para os militares não é assim. Na nova configuração do Planalto, os generais estão hierarquicamente no mesmo nível e só obedecem ao comandante em chefe: o presidente, que, por sinal, é capitão.

Na terça, durante a posse dos novos ministros, Bolsonaro disse que as mudanças nos comandos de ministérios visam fortalecer a relação do governo com o Parlamento. Segundo o presidente, o ex-ministro da Cidadania, deputado Osmar Terra (MDB-RS), retorna ao Congresso justamente para auxiliar nas relações com o Legislativo. "Essa mudança (de ministérios) marcará o destino do Brasil. Se hoje mexemos no tabuleiro de xadrez, é com a certeza de que nenhuma peça será deixada de lado", afirmou.

Braga Netto assume com a missão de dar um "choque de gestão na Esplanada", cobrar a execução de programas importantes e caros para o governo, como o Minha Casa, Minha Vida, e ações especiais para o Nordeste, até hoje um reduto do PT, neste ano eleitoral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro elogiou o general Walter Braga Netto e disse que ele é "cotado para qualquer coisa" no governo. Bolsonaro não respondeu perguntas sobre o convite feito ao general para assumir a Casa Civil no lugar de Onyx Lorenzoni, nem a eventual saída de Osmar Terra do Ministério da Cidadania.

"O Braga Netto eu conheço há algum tempo, me dou muito bem com ele, ganhou uma projeção muito grande em uma situação complicadíssima daquela intervenção da segurança do Rio de Janeiro, está certo? É um homem cotado para qualquer coisa", disse o presidente à imprensa na saída do Palácio da Alvorada.

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Bolsonaro insistiu que as eventuais mudanças nos ministérios ainda não foram formalizadas. "Saiu alguma coisa no Diário Oficial da União?", reagiu em diversas ocasiões.

Indagado sobre o que conversou na quarta-feira com Osmar Terra no Palácio do Planalto, o presidente respondeu que foi sobre "amor". "Me dou muito bem com ele, sem problema nenhum. Tem um bom trabalho", disse Bolsonaro. De acordo com fontes do Planalto, o ministro já foi comunicado pelo presidente que deixará a pasta. Com a entrada de Braga Netto, a ideia é que Onyx seja transferido para a Cidadania no lugar de Terra.

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