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Acontece no sábado (20) mais uma edição do projeto 'Rua Cultural- Olinda', ação que envolve cultura, educação, gastronomia, arte e lazer. O evento acontecerá na Praça Laura Nigro, a partir das 14h.

O projeto contará com apresentação dos grupos de capoeira BrasileirArte, Escola Viradança e do Grupo Frevança de Frevo, além da Feira de artesanato e Empreendedor, ensaios culturais e muito mais.

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Serviço

Rua Cultural

Sábado (20) | 14h

Praça Laura Nigro (Rua de São Bento, - Olinda)

(81) 998084182

por Rebeca Ângelis

"Capoeira é muito mais que uma luta, capoeira é ritmo, é música, é malandragem, é poesia, é um jogo, é religião”, já dizia mestre Pastinha - um dos primeiros guardiões da tradição praticada no Brasil. E, seguindo seus ensinamentos, muitos adeptos continuam mantendo-na como forma de ideologia, a exemplo do grupo de Capoeira Angola N’golo N’guzo, situado na cidade Alta de Olinda. 

É noite de segunda-feira e, aos poucos, o salão começa a se encher de alunos para a aula do mestre Marcelo Baia - professor de capoeira há 40 anos. A turma, que outrora era formada apenas por homens, hoje se contrapõe ao antigo cenário e agrega mulheres e crianças, todos juntos, formando uma roda em que todos são iguais. 

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Antes mesmo da aula propriamente dita iniciar, membros do grupo já começam a praticar outra aprendizagem: a de cidadania. Os primeiros que chegam se dividem na tarefa de varrer, organizar e manter o espaço limpo para mais um dia de “treino”. Eis que começa a aula. Nas lições, todos aprendem sobre ginga, maneira correta de se posicionar e tocar o berimbau. Capoeirista aprende, sobretudo, a dialogar com o próprio corpo, por meio dos reflexos ou da própria mandinga executada nos movimentos do Aú, Rabo de arraia, Biqueira, Tesoura, Rolê e várias outras defesas diante do adversário.

Todos aprendem a jogar de forma ímpar, mas em unanimidade, respeitando os princípios de ser cidadão em coletivo. “A capoeira vem da arte, de onde vem a ancestralidade. Vem da fé de acreditar em você e em algo mais, na união de pessoas. Na espiritualidade que se pode transformar as coisas.”, explica Marcelo. Confira o vídeo com entrevista exclusiva sobre o assunto:

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Luta e enfrentamentos

Desde seu início, a capoeira que existia originalmente no Brasil com referências africanas, era do tipo de Angola. Passou por várias lutas, principalmente, de 1890 a 1937, quando foi considerada crime previsto pelo Código Penal da República. Na época, para sobreviver ao ambiente hostil da sociedade, os alunos a praticavam em escolas clandestinas nos subúrbios.

No intuito de torná-la permitida, o angoleiro (nome dado ao praticante da Capoeira Angola) Mestre Bimba criou, em 1932, uma nova capoeira: a Regional. Fugindo de qualquer pista que lembrasse a origem “marginalizada”, uniu  técnicas de artes marciais como o boxe e jiu-jítsu e denominou como um método de ensino em academias.

A nova modalidade eliminava algumas posturas, mudava alguns movimentos e exigia alguns critérios para os integrantes como higiene, uniforme e até boas notas no colégio. Foi então, o período que a classe média branca começou a se interessar. Essa adaptação fez uma divisão entre os angoleiros e regionais, que criticam-se mutuamente embora se respeitem. Na missão de guardiões, os primeiros defendem a preservação da essência capoeirista, enquanto que os mais novos endossam que a capoeira precisa evoluir. 

De lá para cá, essa técnica corporal se expandiu e já ganhou adeptos em várias partes do mundo. Chegando ainda a ser reconhecida pelo Comitê Olímpico Brasileiro.

Um jogo de resistência da cultura negra

Símbolo da resistência, desde quando era vista como uma prática marginalizada, a capoeira passa até hoje por obstáculos que desafiam sua essência. Isso porque nem todos os adeptos se consideram atletas e a tem como modalidade esportiva, mas sim como um símbolo e expressão da cultura negra, empregado desde a época da escravidão.

“Ê,  Zum zum zum, zum zum zum...Capoeira mata um”, já dizia  a letra do cantor Jackson do Pandeiro, mas a realidade para muitos é que querem matá-la, destruindo todo seu contexto. Entre as novas práticas, encontra-se a inserção da capoeira Gospel, criada por cristãos que propõem adaptar novas canções que não use nomes em menção a religiões matriz africanas como o candomblé e umbanda.

A adaptação é vista por muitos praticantes como sinônimo de apropriação cultural que impõe apagar a raiz do negro, bem como, seus símbolos sagrados, mantidos hoje desde sua origem. “É uma tentativa de assassinar a gênese da capoeira. Como é que um religião surge para matar a origem da própria cultura?”, questiona a mestra Mônica Santana, também integrante do grupo N’golo N’ guzu.

“Capoeira é filosofia de vida, é o legado dos nossos ancestrais. Tentar mudar ou adaptar isso a outros modos, é esquecer da história de lutas e enfrentamentos que nossos ancestrais passaram”, ressalta Marcelo.

Capoeira feminista

“Tem mulher que joga melhor do que muito homem capoeirista”. Seja nas ruas ou dentro das rodas, ouvir comentários como esse e achar que se trata de uma reprodução natural ainda é uma problemática comum entre os “capoeiras”. Justamente porque, o feminismo na capoeira luta contra as desigualdades e as comparações à força e estilo masculino de estar em uma roda de capoeira. Combater o machismo é defender a igualdade de gênero, sem medir qualidades específicas das mulheres. 

Essa compreensão de luta tem se tornado cada vez mais assídua entre as mulheres para defender seus espaços. Sobretudo na capoeira, que, durante muito tempo, foi predominantemente masculino. “Sofri com o machismo nas rodas, desde muito cedo. Até mesmo pela minha mãe que me proibia e permitia apenas que meu irmão fosse aos treinos. Na época questionei, mas por ser impedida de ir, só comecei a praticar com frequência a capoeira, anos mais tarde”, explica Mônica, angoleira desde 1985, que já tem o título de mestra e contra-mestra.  

“Nem mesmo o título de contra-mestra que me foi dado eu aceitava, achava que aquilo não era para mim. Quando quiseram me dar um título, eu dizia: ‘Não, eu não tenho capacidade!’ Ou seja, é tão imposto pra gente que, enquanto mulher não somos capazes, que a gente termina acreditando. Mas não, somos capazes, sim, de ir muito além!”, endossa.

Embora seja mais fácil encontrar registros na história da capoeira apenas de homens, poucas mas (marcantes) mulheres fizeram história, desde que tudo, inclusive, sua presença era proibida. Poucos são os locais que as citam e mergulham em suas histórias, mas seus nomes marcantes fortalecem e encorajam as mulheres atuais ainda mais no legado feminista nas gerações futuras. Confira em nosso Infográfico:

Um agricultor identificado como Jurandir Alexandre dos Santos, de 42 anos, foi encontrado morto a facadas no Sítio Lagartixa, em Capoeiras, Agreste de Pernambuco. Ele teve o próprio órgão genital arrancado e colocado em sua boca. Esse caso aconteceu no último domingo (22).

A Polícia Civil de Pernambuco informa que instaurou um inquérito para apurar autoria e motivação do homicídio. O corpo do agricultor foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML). O caso será investigado pelo delegado Paulo Eduardo Bicalho Carvalho, da delegacia de Capoeiras.

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Tem gerado bastante repercussão um vídeo que mostra um policial militar fardado jogando capoeira com um grupo na Micareta de Feira de Santana, na Bahia. O vídeo foi postado pela PM da Bahia no perfil do Instagram na última segunda-feira (23).

Diz a Polícia Militar na publicação: "A PMBA não está apartada da cultura que nos cerca. Somos parte da sociedade e interagimos com o cidadão de diversas formas para passar a mensagem da paz, da segurança e da proteção. PM e comunidade na corrente do bem!".

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Até o momento, o vídeo possui mais de 108 mil visualizações. A publicação rendeu elogios. "Muito legal, show de bola", disse um. "Parabéns, essa é a polícia que queremos", comentou outro usuário.

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A capital baiana recebe neste sábado (3), em frente ao Farol da Barra, a segunda edição do Red Bull Paranauê maior evento de capoeira do mundo. O objetivo é encontrar o capoeirista mais completo e com habilidades que misturem os três principais segmentos: Angola, Regional e Contemporânea. O acesso é gratuito.

A Seletiva Bahia terá um total de 16 vagas, 8 para categoria masculina e foi criada a categoria feminina que também terá direito a 8 vagas, após a baiana Débora Santos, conhecida como Pérola, ter sido a única mulher a disputar o título contra outros 14 finalistas.

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Os candidatos devem ter idade igual ou maior a 18 anos. Qualquer nível de capoeirista pode se inscrever, exceto os graus de 'Mestres'. O candidato que levar a melhor na competição nível Brasil, poderá se inscrever para a Seletiva Mundo onde disputará com outros capoeiristas internacionais que representarão seus países de origem.

Em 2017, o Red Bull Paranauê teve mais de 300 inscritos e o vencedor foi o baiano Lucas Dias Ferreira, mais conhecido como “Ratto”, que recebeu o troféu pelas mãos do Mestre João Grande, um dos maiores nomes da capoeira mundial.

A capoeria, manifestação cultural brasileira reconhecida como Patrimônio Imaterial da Humanidade, será discutida e reverenciada na Semana Municipal da Capoeira, com atividades em diversos pontos do Recife. O evento abre sua programação nessa sexta (1°), no Paço do Frevo e, até a próxima quarta (6), promoverá diferentes atividades com o objetivo de valorizar, visibilizar e refletir criticamente a capoeria tanto como esporte, luta, dança e música. O evento é aberto ao público. 

Para abrir as atividades será realizada uma roda de capoeira, maculelê, frevo e samba de roda, no Paço do Frevo, às 10h. O evento contará com as presenças de representante do Fórum Municipal Permanente de Políticas Públicas para Capoeira - que discute mensalmente ações de preservação e divulgação desta manifestação. 

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A programação contará, também, com campeonatos, palestras, batizados e troca de cordas, oficinas e aulas abertas. Além do Paço, a Semana Municipal da Capoeira também passará pelo Parque da Macaxeira, Vila Tamandaré, Engenho do Meio, Coque, Alto Santa Terezinha, Coelhos e Boa Viagem.

Programação

Sexta (1°)

Abertura da Semana Municipal da Capoeira

Local: Paço do Frevo

Horário: 10h

Sábado (2)

Batizado e troca de corda

Local: Convento da Glória, no bairro dos Coelhos.

Horário: 7h30

Domingo (3)

Mundialito de Capoeira 

Local: Compaz Eduardo Campos – Alto Santa Terezinha

Horário: 09h30

Segunda (4)

Oficina e roda de capoeira

Local: Academia da Cidade do Coque

Horário: 17h

Roda de capoeira e palestra: Capoeira, inclusão social e políticas públicas

Local: Praça Mendes de Sá, em Campo Grande

Horário: 19h30

Terça (5)

Oficina e roda de capoeira

Local: Academia da Cidade da Vila Tamandaré

Horário: 18h às 19h

Aula aberta com roda de capoeira e samba de roda

Local: Parque da Macaxeira

Horário: 19h30

Quarta (6)

Palestra – Mulher na roda de capoeira

Local: Escola Municipal Papa João XXIII, no Engenho do Meio

Horário: 9h30

Oficina e roda de capoeira

Local: Academia da Cidade do 2º Jardim de Boa Viagem.

Horário: 19h30

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Comemorado na próxima terça-feira, 21 de março, o Dia Internacional da Síndrome de Down será celebrado em grande estilo pelo Shopping Guararapes, em Jaboatão. O mall montou uma programação para lá de especial em combate ao preconceito e em parceria com o Aria Social - que apresenta o projeto Arte para Todos - e conta com roda de capoeira, dança, vivência de musicoterapia e ainda conversas com mães que fazem parte da instituição. A ideia é mostrar como as crianças com Síndrome de Down são capazes de desenvolver atividades artísticas. 

O Shopping Guararapes fica localizado Av. Barreto de Menezes, número 800, em Piedade. A ação acontece na Praça de Eventos, a partir das 17h.

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Sobre a Instituição

O Aria Social é um espaço onde as crianças de baixa renda e risco social tem a oportunidade de experimentar de perto o desenvolvimento artístico cultural humano. Essa parceria tem como objetivo ressaltar e mostrar a capacidade das pessoas com a síndrome com ênfase na habilidade física deles.

A Capoeira Angola no Estado e a relação entre a Capoeira e a Mulher, o Corpo, a Dança e Autonomia, enquanto princípio educacional, são temas relevantes para a história cultural de Pernambuco. Neste sábado (12) e no dia 26 de novembro será lançado, às 10h e às 19h, no Museu do Homem do Nordeste e no Centro Cultural Grupo Bongar Nação Xambá, o registro audiovisual  "Jogo aberto: Conversas sobre a Capoeira Angola do Recife e de Olinda”. O projeto foi realizado pela professora mestre Gabriela Santana em colaboração com 12 mestres (as) e professores (as) de Capoeira do Recife e Olinda. A ideia do filme foi retomar os assuntos debatidos ao longo dos últimos anos e mostrar a sociedade pernambucana essa diversidade artística e musical. A entrada é gratuita.

O projeto teve início em 2013 por meio de aulas e rodas realizadas no Centro de Artes e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (CAC- UFPE), através do programa de extensão Capoeira no Cac que desenvolve uma série de atividades como seminários, oficinas e bate-papos entre alunos do curso de dança e alguns mestres (as). O lançamento será aberto ao público e contará com a presença dos Mestres de Capoeira de Recife e Olinda, além de um coffee break e uma roda de celebração. 

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Serão distribuídas cópias da produção audiovisual em escolas de capoeira de Pernambuco, cinematecas, cursos superiores de dança e instituições no norte, nordeste, sul e sudeste do país. O valor artístico de "Jogo Aberto" está no conteúdo marcante para a história da capoeira Pernambucana e a linhagem da capoeira Angola. O vídeo foi pré-lançado em fevereiro de 2015 e recentemente contemplado pelo Funcultura, para finalização e reedição. 

Serviço

Lançamento "Jogo aberto: Conversas sobre a Capoeira Angola do Recife e de Olinda"

Museu do Homem do Nordeste

Av. Dezessete de Agosto, 2187 – Casa Forte 

12 de novembro | 10h

Centro Cultural Grupo Bongar Nação Xambá 

26 de novembro | 19h

Entrada Gratuita

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A Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (Centur), em Belém, deu início, na última quinta-feira (14), à programação especial do Festival Internacional de Capoeira. O evento tem por objetivo realizar um grande encontro de praticantes de capoeira com o Mestre João Grande, um dos mais antigos e respeitáveis mestres de capoeira em atividade, que hoje atua em Nova Iorque (EUA).

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O festival, que ocorre no Centur, oferece oficinas de capoeira feminina, capoeira da angola e oficina de benguela. A programação segue neste fim de semana, mas com uma modificação do local do evento. No sábado (16) e domingo (17), o festival de capoeira será no Complexo Ecológico Parque dos Igarapés, localizado no bairro do Satélite, em Belém.

Em entrevista ao portal LeiaJá, Luis Carlos Leal, coordenador do evento pela Associação de Capoeira Berimbau Brasil, destacou a importância do festival. “Acreditamos que este intercâmbio de capoeira possibilitará o saber-fazer da fonte e a troca de ideias inovadoras memoráveis da capoeira”, disse. Para o professor Jhonson Maré Cheia, do Grupo de capoeira angola Negros de Aruanda, praticar capoeira envolve espiritualidade. “Eu aprendi que a capoeira é além do limite. A capoeira envolve muito a espiritualidade e a ancestralidade. Para mim, as rodas de capoeira são como rituais”, contou.

João Caxixi, professor de musicalidade da capoeira, contou que a música na capoeira é algo muito importante. “Por meio da musicalidade é possível se aprender um pouco mais da história da capoeira. Mas acho muito importante destacar que hoje a música na capoeira ficou um pouco de lado. Infelizmente muitas pessoas só pensam em ficar bom nos movimento e esquecem a importância da musicalidade para a capoeira”, informou.    

Confira a programação:

Parque dos Igarapés

16/04- Sábado

08h30 às 09h15- Trilha ecológica e contos de lendas amazônicas (Professor Alcir Santos).

09h30 às 12h- Oficina de capoeira angola e roda (Mestre João Grande).

14h30 às 15h30- Oficina de Maculelê (Mestre João Grande).

15h30 às 17h- Roda de conversa (Mestre João Grande).

17h às 18h- Roda de capoeira (Mestre Kall).

19h- Festa do Reggae.

17/04- Domingo

09h- Aulão e roda de encerramento (Mestre Kall).

12h- Espaço Livre de lazer no parque.

O município de Santa Isabel do Pará, na Região Metropolitana de Belém, recebeu um encontro de capoeiristas paraenses no mês de fevereiro, no Complexo Poliesportivo de Santa Isabel. Quem organizou o evento foi o Mestre Joel, um dos principais representantes da manifestação cultural no Estado do Pará. Propostas por líderes do Grupo Muzenza, essas reuniões ocorrem a cada três meses, tendo debates, avisos sobre a programação das atividades de capoeira e as tradicionais rodas de capoeira.

Além de dar aulas de capoeira, Joel Charles de Araújo exerce a função de sargento no 12º Grupamento de Bombeiros Militar, em Santa Isabel do Pará. Por isso, ele é conhecido como o Mestre Joel Bombeiro.

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Residente em Castanhal, Mestre Joel começou a atuar como professor de capoeira em Santa Isabel. Depois de alguns anos, deixou a liderança do Grupo Muzenza de Santa Isabel para um de seus antigos alunos, o Professor Laeris. “Iniciei na capoeira na década de 1980, lá mesmo em Castanhal, e em maio, farei 31 anos de prática ininterrupta. Por curiosidade, o primeiro lugar onde dei aula de capoeira foi aqui em Santa Isabel, aonde eu vinha de Castanhal três vezes por semana para dar aula. Quando consegui formar o Laeris, ele deu continuidade ao meu trabalho”, conta Mestre Joel.

Por questões geográficas, Santa Isabel foi escolhida mais uma vez para sediar o encontro, já que fica entre Castanhal e Belém, dando a possibilidade de capoeiristas de Concórdia do Pará e São Caetano de Odivelas, municípios próximos, por exemplo, se deslocarem com mais facilidade. Mesmo assim, Mestre Joel deixou claro que outras cidades também podem sediar os encontros. “A gente fez esse encontro aqui em Santa Isabel. Mas isso não quer dizer que o pessoal de Concórdia não possa nos receber, também. Quem quiser fazer um encontro na sua cidade, é só me dizer”, diz.

Após o momento de debates, os capoeiristas ficaram entusiasmados com a bela roda feita no Complexo Poliesportivo de Santa Isabel. "Se a gente deixar, eles ficam na roda até o fim do dia", disse o Mestre Joel.

A capoeira é uma das manifestações culturais que mais promovem o fortalecimento das raízes africanas no Brasil e valorização da cultura nacional. Vista como uma arte marcial violenta, aos poucos, a capoeira deixou de ser apenas um instrumento de defesa dos negros contra a opressão da escravidão imperial.

Para Mestre Joel, a capoeira é um ótimo instrumento na construção de um cidadão. “A capoeira contribui muita para a formação de um cidadão. Ela que me deu toda a base para ser hoje um militar e um chefe de família. Ela está em um patamar que sempre deveria estar. Hoje, a capoeira está dentro das universidades e dos quartéis”, diz.

No MMA, alguns atletas apostam em artes marciais não tão comuns entre seus praticantes. É o caso de Jonas “Diabo Louro”, do Grupo Muzenza, ex-aluno de Mestre Joel, que é lutador de MMA e tem como porto forte a capoeira, pouco usada no octógono. “Eu comecei na capoeira e pouco depois comecei a fazer jiu-jítsu. Aí dei início à carreira no MMA. Nunca deixei a capoeira de lado, porque foi ela que me tirou das ruas e que me salvou. A capoeira serve muito, principalmente no jiu-jítsu, já que são muitos movimentos de solo com a mandinga, a malícia e o corpo molejo”, revela Jonas.

Praticar capoeira ajuda na evolução do condicionamento físico e da coordenação motora, diz Mestre Joel. Além disso, melhora o aspecto disciplinar de seus praticantes. “Eu faço esse convite aos internautas que queiram aprender um pouco da cultura brasileira e trabalhar sua postura, sua coordenação motora e, principalmente, malhar o corpo para ficar em forma”, conclui.

Por Amaro Júnior, do SI News, especial para o LeiaJá.

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Fátima Bernardes tem ficado cada vez mais próxima do público mostrando desprendimento à frente do seu programa Encontro e provando que é 'gente como a gente'. Depois de arriscar um pole dance, executar a coreografia de Bang, da cantora Anitta, entre outras façanhas, a apresentadora se jogou na capoeira, nesta quinta (26), com o ator Rodrigo Simas e acabou no chão por causa de um tombo.

Sem se preocupar com o salto, ou com o fato de estar ao vivo para todo o Brasil, Fátima topou jogar capoeira, uma das especialidades da família Simas, com Rodrigo. Ao tentar lhe aplicar um golpe, a apresentadore se desequilibrou e desabou no chão do estúdio. Sem perder o bom humor, muito menos a elegância, a ex-âncora do jornal Nacional disparou após se levantar: "Tá bom que nós já temos memes suficientes por hoje. Eu não imaginei cair né".

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Rapidamente, o fato ganhou as redes sociais e os internautas se divertiram com a situação. O perfil @AnnaDisse comentou: "A verdadeira dona dos prêmios de melhor apresentadora do ano é Fátima Bernardes"; @luannedias postou: "Fátima Bernardes literalmente caiu no paranauê. Maravilhosa" e @glaubermacario falou: "A Fátima Bernardes está se tornando uma espécie de Silvio Santos da Globo".

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Oito mestres da capoeira de Pernambuco são homenageados na exposição fotográfica Menino quem foi seu mestre? no Centro de Capoeira São Salomão, no bairro da Várzea. A mostra fica em cartaz até o fim de janeiro e a visitação é de terça a domingo das 17h às 22h.

Mestre Pirajá, Mestre Mulatinho, Mestre Lospra, Mestre Meia-Noite, Mestre Nen Cangalha, Mestre Sapo, Mestre Mago e Mestre Renato são os grandes homenageados desta exposição. As fotografias são assinadas por Roberta Guimarães e a pesquisa e textos são de Izabel Cordeiro, com participação de jovens aprendizes. 

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Tendo como guia a trajetória dos mestres de referência de PE, a mostra documenta também a execução do Projeto Caxinguelês Jovem, que ensinou a jovens de diversas comunidades recifenses os fundamentos, tradições e movimentos da capoeira, patrimônio cultural imaterial do Brasil.

Serviço

Exposição Menino quem foi seu mestre? - Histórias e imagens de mestres da Capoeira de Pernambuco

Até 31 de janeiro

Terça a domingo | 17h às 22h

Centro de Capoeira São Salomão (Rua Amaro Gomes Poroca, 267 - Várzea)

Gratuito

O mestre de capoeira "Acordeon", ou Ubiraja Almeida, iniciou uma aventura sob duas rodas, em agosto do ano passado. O baiano de 70 anos saiu de Berkley, na Califórnia, rumo ao Brasil, com o objetivo de chegar antes de completar mais um ano de vida. A viagem de 22 mil quilômetros passou por mais de 10 países e cerca de 30 cidades ao longo das Américas.

De acordo com o mestre, a intenção da viagem foi conhecer as variações da dança africana pelos países e os efeitos da capoeira pelos países. “Muitas pessoas viajaram com a gente nesse tempo. A minha ideia é reunir todo o conhecimento do percurso e criar um documentário e escreve um livro sobre essa experiência. Além disso, nada mais é importante do que nosso espírito de comunidade. É isso que nos dá força, principalmente agora no final, que já estamos cansados”, afirmou.

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O capoeirista comanda um projeto que envolve diversos programas sociais com crianças e adolescentes pela América, o B2B Joga Capoeira. “Com os fundos arrecadados com o documentário e o livro, pretendemos sustentar nosso projeto e levar mias ajuda para as crianças”, afirmou a esposa de Acordeon, Suellen, à primeira mestra de capoeira dos Estados Unidos, que fez todo o percurso da viagem com o marido.

Mestre Acordeon e mais 16 amigos chegaram ao Recife na última terça-feira (26) e para festejar o sucesso da viagem resolveram unir diversos capoeiristas para um final de semana dedicado para o esporte. No último sábado, pela manhã, eles participaram de palestras no Centro de Capoeira São Salomão, no bairro da Várzea. À noite, no parque Dona Lindu realizaram uma roda de capoeira. Neste domingo (31), farão um passeio pelo Recife Antigo, pela manhã e a partir das 14h a programação se encerra com uma roda no Paço do Frevo.

Em seguida, o mestre e os amigos seguem para o destino final da viagem que é a cidade de Salvador até o dia 19 de setembro. Na capital baiana, ainda serão realizadas outras comemorações em homenagem ao mestre Acordeon.

Até o fim da noite deste sábado (23) a praça Pinto Dâmaso, mais conhecida como a Praça da Várzea, estará recebendo o V Festival de Inverno da Várzea. Diversos grupos musicais, de coco, maracatu, reggae e samba se apresentaram durante o dia. À noite, o festival recebe o lançamento do clipe Pra Verdade Estremecer, da banda N’Zambi, e o Som na Rural, de Roger de Renor. Toda a programação é gratuita.

O Festival de Inverno da Várzea surgiu em homenagem a um grupo de capoeira da Várzea, do mestre Corisco e do contra mestre Betão, que organiza o festival. Todo anos eles realizavam um evento com muita música – como o maracatu e coco – na casa de Betã, mas com o tempo o espaço ficou pequeno para a celebração. “Há cinco anos a gente organizava grupos de maracatu e rodas de coco e capoeira. Mas o espaço foi ficando pequeno e a gente veio aqui para a praça (da Várzea). Eu tenho equipamento de som, trouxe para a praça e fizemos a festa, que também cresceu”, contou Betão. Ele também explicou que conversou com os moradores e os comerciantes ao redor da praça para que tudo ocorresse sem problemas.

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O nome do festival só foi criado há três anos quando durante a festa, que acontece sempre em agosto, caiu uma chuva muito forte e os participantes fizeram uma brincadeira sobre o evento ser equivalente ao Festival de Inverno de Garanhuns. Não há nenhum investimento público no festival, tudo vem de contribuições dos amigos, organizadores e comerciantes. As atrações são em sua maior parte de grupos do bairro e de amigos dos organizadores. Ninguém recebe cachê e nem tem hora para começar a tocar. Além disso, quem vai aproveitar a festa acaba levando seus instrumentos, juntam os amigos e vão criando suas próprias atrações.

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Cineclube Curta Doze e Meia retoma suas as atividades nesta quinta (13), às 12h30, no Centro Cultural Correios, localizado no Bairro do Recife. Desta vez, o tema do cineclube é Cinema Esportivo, após as exibições do dia, que são gratuitas, acontece um debate relacionado às sessões.

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Nesta retomada, a programação está repleta de curtas: Maré Capoeira (2005) será o primeiro apresentado, dirigido por Poala Barreto Leblanc, o vídeo conta a história de um menino de 10 anos que sonha em seguir os passos do pai e se tornar um mestre de capoeira. Seguido por Pelada (2012), uma curtíssima metragem de 2 minutos sobre as peladas de bairro, a diretora Dani Neves estará presente no debate.

Futebol Sociedade Anônima (2009), diretamente do Rio Grande do Sul foi dirigido por Cintia Langie e Rafael Andreazza, enquadra a sociedade brasileira em um campo de futebol de várzea. Um pouco da história futebolística pernambucana é retratado no curta Um Artilheiro no meu Coração (2008), que aborda a carreira do ex-jogador Ademir Marques de Menezes. O artilheiro foi descoberto no Sport, mas escreveu seu nome na história no carioca Vasco da Gama.

Serviço

Cineclube Curta Doze e Meia Cinema Esportivo

Centro Cultural Correios - Recife (Avenida Marquês de Olinda, 262 – Bairro do Recife)

Quintas-feiras (13, 20 e 27 de março) | 12h30

Entrada Franca

O Cantor pernambucano Rafael Furtado, conhecido na noite recifense pelos shows com a banda Papaninfa, da qual faz parte, conseguiu uma vaga no reality show The Voice Brasil nesta quinta (17). Dentre os quatro 'técnicos' do programa, apenas Cláudia Leitte não cogitou a permanência do artista em seu time. Os outros três técnicos do programa, Carlinhos Brown, Lulu Santos e Daniel disputaram a entrada de Rafael em seus times. O cantor acabou optando por Lulu Santos.

No terceiro dia de audições às cegas do programa, Rafael defendeu a música Don't look back in anger, da banda britânica Oasis. "Você se ver na tv é muito diferente de tudo o que você já está acostumado, é muita tensão", contou Rafael com exclusividade ao LeiaJá. A apresentação dele repercutiu nas redes socias e sua fanpage já conta com quase 9.000 curtidas. "Eu não tinha noção da repercussão e como é ainda", declarou ele.

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O pernambucano foi disputado por Lulu e Brown, que ensaiaram ginga e movimentos de capoeira. “O cara tem um overdrive na garganta. O Lulu vai tentar te seduzir”, avisou Brown. Sobre a escolha do técnico, Rafael explica: "Sou mais próximo do Lulu, conheço a carreira, as músicas. Fiquei na dúvida, mas qualquer um que virasse a cadeira já seria muito bom. A expectativa são as melhores, espero que dê certo".

O The Voice Brasil começou a segunda temporada no dia 3 de outubro. A primeira etapa do programa é o de audição às cegas. Em seguida, os escolhidos pelos técnicos vão se enfrentar em duelos. O programa é apresentado toda quinta-feira após a novela Amor à vida, sob o comando de Tiago Leifert. A primeira edição do programa coroou a cantora Ellen Oléria como vencedora.

A Livraria Jaqueira, localizada no bairro homônimo, recebe no próximo sábado (19) o lançamento do livro As palavras que me compõem, de Danielle Souza. O evento será realizado às 18h e a entrada é gratuita.

O livro é uma coletânea de poesias sobre amor entre casais, temática que rege a maioria das páginas, mas é composto também por críticas sociais, história e cultura de Pernambuco, abordando as pontes, o frevo e a capoeira. 



Serviço:

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Lançamento As palavras que me compõem, de Danielle Souza

Sábado (19) | 18h

Livraria Jaqueira (Rua Antenor Navarro, 138 – Jaqueira)

(81) 3265 9455

A Prefeitura do Recife na próxima quinta (25), Dia Internacional da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha promove uma Roda de Diálogo sobre Mulher Negra e Sustentabilidade. O evento é realizado pelas Secretarias da Mulher e de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, às 9h, no 15º andar da sede da Prefeitura.

O objetivo é ampliar e fortalecer a luta das mulheres negras pelo reconhecimento de sua identidade e a abolição do racismo, sexismo, discriminação, preconceito e desigualdades raciais e sociais. Mãe Nazinha Ialorixá (também coquista) será homegeada na ocasião.

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O evento é aberto é aberto ao público, que será recebido por uma roda de capoeira formada só por mulheres.

Serviço

Dia da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha

Quinta (25) | 9h

Auditório da PCR (Cais do Apolo, 925 - Bairro do Recife, 15º Andar)

Gratuito

 

Pensando no tempo livre que as crianças durante as férias escolares, o Memorial da Justiça oferece oficinas gratuitas para os pequenos, de 4 a 10 anos, aproveitar o tempo vago com atividades culturais e educativas.

Divididas de acordo com sua faixa etária, as atividades ocorrem durante as manhãs e tardes, para as crianças de 4 a 6 anos, e contam com a oficina faz de conta (manhã) e a de capoeira (tarde). Os pequenos de 7 a 10 anos participam da oficina de animação, que começa na segunda (21) e ocorre apenas no período da tarde.

As oficinas estão diretamente ligadas à exposição Uma questão de Justiça, que aborda temas como a escravidão, cangaço, capoeira e como a justiça tratava esses pontos. Ou seja, além de participar das atividades, os pequenos ainda podem conhecer na exposição a evolução do judiciário brasileiro em relação aos temas acima citados.

Serviço

Oficinas de férias do Memorial da Justiça
Memorial da Justiça (Av. Alfredo Lisboa)
Incrições: 13h às 17h
3224-0142
Gratuito

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Nesta sexta-feira (5), a capoeira será tema de atividade na Universidade Católica de Pernambuco. O projeto Capoeira, História e Musicalidade promove apresentações, oficinas e debates sobre esta expressão da cultura negra e sua influência na inclusão social.

As atividades começam com a apresentação de um grupo de capoeiristas de São Lourenço da Mata, seguida de um debate sobre a musicalidade e cultura popular. A ação será finalizada com uma oficina de percussão, às 19h, ministrada pelo professor doutor Sandroni.

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O projeto segue com ações até novembro, mês em que se comemora a consciência negra. A ideia é não deixar que a capoeira seja marginalizada e valorizá-la enquanto expressão cultural típica de um povo, que merece ser respeitada.

Serviço
Capoeira, História e Musicalidade.
Sexta-feira (5), 17h30
Universidade Católica de Pernambuco (Rua do Lazer, Boa Vista)
Informações: (81) 8832-2713 / 9818-4626

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