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A seleção brasileira chegou à sétima vitória consecutiva nas Eliminatórias para a Copa do Mundo ao derrotar o Chile por 1 a 0 nesta quinta-feira (2), em Santiago. Depois de um fraco primeiro tempo, o time de Tite melhorou com as entradas de Éverton Ribeiro e Gerson e manteve os 100% de aproveitamento no torneio.

O resultado mantém o time de Tite com folga na liderança da tabela. Agora, tem 21 pontos, seis a mais do que a Argentina, a segunda colocada. No domingo, às 16h, o Brasil encara a Argentina na Neo Química Arena.

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O duelo no Chile contou com 10.800 torcedores. Como o país tem 72% da população totalmente vacinada contra a covid-19, maior porcentual da América Latina, o governo local decidiu abrir o estádio para o público. Cerca de 100 mil chilenos se inscreveram para ir à partida e uma minoria foi sorteada para comprar o ingresso.

Aos gritos tímidos de "chi, chi chi, le, le le", os torcedores viram um jogo de pouca técnica. A seleção brasileira tinha baixa de 12 jogadores que haviam sido convocados inicialmente, mas não foram liberados por seus clubes. Com um time remendado, Tite achou melhor se preocupar em não tomar gols.

O Brasil parecia mais desorganizado e foi dando espaço para o Chile. Os laterais Danilo e Alex Sandro não apoiavam no ataque e Lucas Paquetá tinha dificuldade para criar. Somente em um contra-ataque, Gabigol, que atuou aberto pela direita, avançou e tocou para Neymar. A bola pegou no morrinho e o camisa 10 isolou a única boa chance do time brasileiro na etapa inicial.

O Chile teve duas boas chances na sequência. Vidal cobrou falta no meio do gol e Wevertou espalmou para frente. Vargas aproveitou o rebote de cabeça e o goleiro brasileiro fez uma boa defesa para evitar o gol. A equipe da casa continuou em cima e chegou a marcar, mas não valeu. Morales mandou para as redes em impedimento.

Na volta do intervalo Tite colocou Gerson no lugar de Bruno Guimarães, que estava com cartão amarelo, e Éverton Ribeiro na vaga de Vinicius Jr. O time melhorou um pouco, mas ainda tinha dificuldades. Os laterais não apoiavam e demorou para criar uma boa chance de gol.

Aos 18, Danilo, em uma das raras chegadas ao ataque, tocou para o meio. Éverton Ribeiro tocou para Neymar, que chutou em cima do goleiro Bravo. Na sobra, Éverton Ribeiro mandou para as redes. Foi o segundo gol do meia do Flamengo com a camisa da seleção.

A vantagem deu impressão de que o Brasil embalaria. Marquinhos, uns minutos depois, apareceu na área adversária e quase ampliou. De volta na marcação, o zagueiro cometeu falta e recebeu cartão amarelo. Como estava pendurado, vai ter que cumprir suspensão no clássico com a Argentina. Tite deverá escolher entre Lucas Veríssimo e Miranda.

Mesmo visivelmente fora de forma e com atuação discreta, Neymar permaneceu em campo o jogo inteiro. Nos minutos finais, o Chile tentou tumultuar a partida. Vidal se jogou na área e pediu pênalti. O VAR mandou seguir. O Brasil segurou a pressão e garantiu a vitória

FICHA TÉCNICA:

CHILE 0 X 1 BRASIL

Chile: Bravo; Maripán, Medel e Paulo Díaz (Palacios); Isla, Vidal, Pulgar, Charles Aránguiz (Valdés) e Mena; Vargas e Morales (Jiménez).[/FICHA][FICHA] Técnico: Martín Lasarte.

Brasil: Weverton; Danilo, Éder Militão, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro, Bruno Guimarães (Gerson)e Lucas Paquetá; Neymar, Gabigol (Matheus Cunha) e Vinicius Jr (Éverton Ribeiro). Técnico: Tite.

Gol: Éverton Ribeiro, aos 18 do 2º tempo

Juiz: Diego Haro (Peru).

Amarelos: Bruno Guimarães, Marquinhos, Neymar e Gerson; Morales, Maripán e Pulgas.

Local: Estádio Monumental de Santiago.

Nesta quinta-feira (2), Chile e Brasil se enfrentam pela 7ª rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo. O jogo ocorre no estádio Monumental David Arellano, no Chile, a partir das 21h (horário de Brasília).

O Chile está na 7ª colocação da eliminatórias, com apenas uma vitória. Por outro lado, o Brasil é líder e está invicto na edição da competição.

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A seleção brasileira viveu dias de polêmicas por conta da convocação. Os clubes da Premier League (Inglaterra) não liberaram os jogadores convocados para atuar por suas seleções na América Latina - a organização inglesa afirma que a América Latina ainda não tem a pandemia controlada e não irá colocar seus jogadores em risco.

Com isso, o técnico Tite teve de convocar mais nove jogadores para fechar o elenco para a competição. Nomes como: Santos (Athletico Paranaense), Edenilson (Internacional), Hulk (Atlético Mineiro) e Vinicius Jr. (Real Madrid).

Já a seleção chilena espera reencontrar o bom futebol e subir na tabela de classificação. O elenco empatou os dois últimos jogos e soma apenas 6 pontos na competição.

Anunciada nessa quinta (5) pelo Chile, a decisão de autoridades sanitárias de dar uma nova vacina aos que foram imunizados com a Coronavac já vem sendo adotada em outros países.  A justificativa seria uma suposta queda na proteção da vacina de origem chinesa, de onde vem um estudo nesse sentido. O Instituto Butantan, responsável por produzir o imunizante no Brasil, afirma que a dose adicional de uma outra fabricante seria para “aprimorar o esquema vacinal de duas doses da Coronavac”.

As pesquisas que apontam a necessidade de uma terceira dose da Coronavac ainda são preliminares, assim como há estudos nesse sentido com relação à Pfizer e à Astrazeneca. Essas hipóteses vêm sendo amplamente discutidas, especialmente diante do avanço da variante delta, que ainda não é predominante no Brasil.

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“Vale ressaltar que, o avanço da variante delta está sendo acompanhado por meio da Rede de Alertas das Variantes do SARS-Cov-2, coordenada pelo Butantan, e por enquanto, não foi considerado representativo do ponto de vista populacional”, diz um trecho da nota enviada ao LeiaJá.

Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pede que países não apliquem a dose adicional de vacinas até que mais pessoas de todo o mundo estejam imunizadas.

Dose extra no Chile

A biomédica e neurocientista Mellanie Fontes-Dutra – coordenadora da Rede nacional de pesquisadores voluntários para o enfrentamento da COVID-19 – fez, em julho, uma postagem extensa no Twitter explicando como tem sido analisada a 3ª dose, usando como exemplo o caso do Chile.

Segundo Fonte-Dutra, alguns locais estão estudando a necessidade de uma terceira dose para reforçar as defesas contra a variante Delta, que está assumindo dominância global.

“Precisamos ter algo muito claro: a CoronaVac é capaz de proteger contra a doença grave”, alerta ela, que complementa. “Nas 45 pessoas do estudo (no Chile) que foram vacinadas e acabaram se infectando, os níveis de anticorpos subiram rapidamente e ficaram acima do máximo que já havia sido apresentado na 2ª ou 4ª semana após a segunda dose", disse.

Segundo a pesquisadora, essa reação do corpo mostra que, mesmo que os níveis caiam após seis meses, uma nova onda de anticorpos é induzida nessas pessoas, protegendo-as de uma infecção mais séria.

“Isso se traduz nas porcentagens obtidas: apenas 0,088% dos vacinados e infectados necessitaram de hospitalização”, tuitou.

Ainda de acordo com a Fontes-Dutra, até julho, as UTIs no Chile estavam com 90% de ocupação, porém 85% dos internados em UTI não tinham tomado nenhuma vacina.

“Para o Chile, considerando todo o seu cenário, e diante da dificuldade de reduzir os números de contágios, mortes e internações, a discussão está sendo considerada. Ainda não se sabe se seria uma 3ª dose homóloga (mesma vacina) ou heteróloga”, detalhou.

Mellanie Fontes-Dutra explicou ainda que populações mais vulneráveis, como a população mais velha, tem uma queda natural da imunidade com o tempo.

“Uma terceira dose, no futuro, pode ser importante para uma manutenção dessas defesas. Da mesma forma que não podemos afirmar que hoje a 3ª dose é necessária, também não podemos afirmar que ela nunca seria necessária”, disse a pesquisadora.

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As pessoas vacinadas no Chile com duas doses da vacina CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, receberão uma "dose de reforço" ou terceira dose das vacinas AstraZeneca ou Pfizer/BioNTech para reforçar sua imunização, confirmou o presidente Sebastián Piñera nesta quinta-feira (5).

"Decidimos iniciar um reforço da vacinação de todas as pessoas que já receberam suas duas doses da vacina. Este processo de reforço começará na quarta-feira, 11 de agosto", destacou o presidente durante o relatório diário sobre a evolução da pandemia.

As autoridades de saúde detalharam que o processo começará com os adultos maiores de 55 anos que se vacinaram com duas doses da CoronaVac, a mais usada no país. Eles receberão uma terceira injeção da vacina AstraZeneca.

Em seguida, serão incorporados ao calendário de reforço de vacinação os menores de 55 anos, que reforçarão sua imunização com doses da Pfizer/BioNTech.

O processo também contempla o reforço da vacinação dos profissionais da saúde que receberam a CoronaVac, assim como os portadores de comorbidade.

O Chile vacinou até o momento 12,2 milhões de pessoas, 80,3% da população adulta do país - que tem 19 milhões de habitantes. Atualmente, está vacinando também os menores de até 12 anos.

Até o momento, não fazem parte deste processo de terceiras doses os vacinados com a Pfizer/BioNTech, AstraZeneca ou CanSino, que também são usadas no país.

A terceira dose ou dose de reforço será implementada após a comprovação em um estudo de que a vacina do laboratório chinês Sinovac reduz sua eficácia com o passar dos meses. Em abril, foi informado que a capacidade de prevenir casos sintomáticos era de 67% e atualmente foi comprovado que diminuiu para 58,49%.

O Chile começou sua vacinação em massa em 3 de fevereiro, iniciando com os idosos, que agora serão de novo os primeiros a receber o reforço.

O país está entre os mais rápidos a vacinar sua população no mundo e o efeito da imunização em massa começa a se refletir na redução de casos e hospitalizações por covid-19.

Atualmente, o país registra uma média de 1.000 casos por dia e soma mais de 1,6 milhão de casos e supera as 35.000 mortes.

A chilena Fernanda Aguirre, atleta de tae kwon do na categoria 57 quilos, testou positivo para covid-19, nesta terça-feira, em sua chegada a Tóquio. Segundo o Comitê Olímpico do Chile, ela está assintomática, mas foi colocada em quarentena por pelo menos 10 dias, sem sequer ir à Vila Olímpica. Com isto, ela está fora dos Jogos Olímpicos porque suas lutas seriam no domingo.

Fernanda fez treino de ambientação no Usbequistão e apresentou resultado negativo para o novo coronavírus antes do embarcar para Tóquio. Mas na chegada à capital japonesa foi flagrada no teste de antígeno e no PCR. O técnico José Zapata, que viajou com ela, testou negativo, mas também foi colocado em isolamento por prevenção.

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Outros casos recentemente relatados espalhados pelo Japão incluem empreiteiros dos Jogos e um voluntário, cujos identidades não foram reveladas.

Os últimos casos entre atletas foram de uma ginasta americana e um jogador de vôlei de praia checo, adicionados nesta terça-feira à contagem oficial de pessoas credenciadas para as Olimpíada, que tiveram resultado positivo para covid-19 este mês.

Os testes positivos para a ginasta dos Estados Unidos, Kara Eaker, e o membro da equipe checa, Ondrej Perušic, foram anunciados na última segunda-feira. Eaker estava em um campo de treinamento na prefeitura de Chiba e Perušic ficou na Vila Olímpica na Baía de Tóquio.

Ambos entraram em quarentena por 14 dias, segundo os organizadores. Esse período inclui todos os três jogos agendados para Perušic com o parceiro David Schweiner.

O Chile começou a aliviar as restrições sanitárias nesta segunda-feira (19) depois de registrar o menor número de infecções por covid-19 desde novembro, reabrindo bares em espaços internos, restaurantes e cinemas.

Pela primeira vez em oito meses, toda a Região Metropolitana - onde vivem sete dos 19 milhões de habitantes do país - passou para a Fase 3 do plano de abertura, que inclui 5 fases. Não há quarentena em nenhum dia da semana.

Nas mesmas condições estavam 138 das 345 comunas de todo o país, onde é permitida maior mobilidade principalmente para quem já está vacinado - 76,9% da população-alvo - e tem o passe de mobilidade concedido pelo governo para quem tomou as duas doses. O restante está na Fase 2, o que implica quarentena nos finais de semana.

Nas últimas 24 horas, foram notificados 1.015 novos casos - o menor número desde novembro - somando um total de 1.600.883 infecções, enquanto 25 novos óbitos foram detectados, totalizando 34.539 óbitos desde 3 de março de 2020, quando foi confirmado o primeiro caso de covid-19 no Chile.

O ministro da Saúde, Enrique Paris, afirmou em entrevista coletiva que a flexibilização das medidas se deve à diminuição de 34% dos casos em sete dias e de 44% em 14 dias, enquanto os testes positivos de PCR atingiram 2,9%, o menor percentual em 16 meses de pandemia no Chile.

“Há uma queda considerável de novos casos (...) Fizemos avanços significativos no enfrentamento da pandemia, mas não vencemos o vírus”, disse o ministro. Paris disse que apesar da boa evolução da pandemia, o governo está em alerta depois que cerca de dez casos da variante Delta foram detectados no Chile.

“Chegarão e chegarão novas variantes, portanto, temos que estar muito atentos”, acrescentou. Enquanto isso, o número de mortes por covid-19 diminuiu 18% nos últimos 7 dias em todo o país, disse o ministro.

Ela tem habilidade com os pés, boa reposição de bola e sabe passar segurança para suas defensoras. Com esses atributos, Chris Endler espera comandar a seleção do Chile nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 e, assim, ajudar a alavancar o futebol feminino em seu país.

A equipe sul-americana está no Grupo E juntamente com o Canadá, a Grã-Bretanha e o Japão. A estreia na competição acontece nesta quarta-feira, às 4h30 (de Brasília), diante das britânicas. Com a experiência de já ter enfrentado atacantes da qualidade da brasileira Marta, Endler sabe da responsabilidade e liderança que tem sobre as companheiras.

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"Nosso principal objetivo não é só participar, mas sim competir. Temos como prioridade passar da fase de grupos e estamos focadas nisso", comentou a jogadora, que em 2015 foi escolhida entre as 100 jovens mais influentes de seu país.

Essa é a primeira participação do futebol feminino do Chile em Olimpíadas. No ranking da Fifa, as sul-americanas estão longe das potências da modalidade e ocupam apenas o 37.º lugar no ranking.

Filha de pai alemão e mãe chilena, ela tem uma história ligada ao pioneirismo no que diz respeito à modalidade no Chile. A jogadora fundou a primeira escola de futebol para meninas em sua terra natal: a Escuela Christiane Endler.

Do início da carreira em 2008, no Unión La Calera, Endler foi se destacando no esporte. Passou pelo Colo-Colo, Chelsea e Paris Saint-Germain. E a receita para tentar cumprir a meta de passar primeira fase está decorada pela atleta. "O futebol se guia por resultados. Temos que tentar ganhar uma partida e empatar outra para termos chances", afirmou.

Os mais de 24 mil seguidores de Nayara Vit ficaram chocados com uma notícia sobre ela. A modelo brasileira morreu na semana passada, aos 33 anos, após cair do 12º andar de um edifício no Chile. Segundo informações da imprensa local, a causa da morte continua desconhecida. O irmão afirmou que os familiares descartam a hipótese de Nayara ter tirado a própria vida.

Guilherme Vit contou ao jornal Campo Grande News que a modelo não aparentava ter depressão. "Sempre foi muito alegre. O aniversário dela foi no dia 3, ela falou com todo mundo pelo telefone, estava feliz. Minha mãe conversou com ela no dia que aconteceu. Ela estava muito feliz porque a academia ia reabrir, fazendo planos para o futuro, falando do cotidiano", disse.

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Ainda de acordo com o irmão de Nayara Vit, a família quer que o caso seja investigado. O namorado dela, Rodrigo Del Valle Mijac, revelou que estava na sala quando a brasileira se jogou da varanda do prédio. Guilherme discorda da versão dada pelo cunhado. Nayara Vit deixou uma filha de quatro anos, e estava há oito meses separada do marido.

Em 2015, ela participou do programa chileno Toc Show e era bastante conhecida pelo público. Nayara Vit era natural de Cuiabá, no Mato Grosso, e morava no Chile há 16 anos.

A polêmica que se criou em torno da efetividade da Coronavac após surtos de covid-19 no Chile, mesmo com a vacinação avançada, pode estar perto de arrefecer. Estudo publicado na quarta-feira (7), no New England Journal of Medicine, mostra que o imunizante teve 86% de eficácia na prevenção de mortes causadas pela doença no país andino.

O estudo foi realizado com o acompanhamento dos resultados de 10,2 milhões de pessoas vacinadas com as duas doses da Coronavac entre 2 de fevereiro e 1.º de maio. É o primeiro estudo de efetividade da vacina publicado em uma revista científica. Até então, essa era uma das críticas que o imunizante da chinesa Sinovac recebia.

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Entre as pessoas que foram totalmente imunizadas, a eficácia da vacina foi de 65,9% para a prevenção de Covid-19, de 87,5% para a prevenção de hospitalização, de 90,3% para a prevenção de internações em UTI, e de 86,3% para a prevenção de morte relacionada à doença. Cerca de 55% da população chilena já está protegida pelas duas doses, o melhor desempenho na América Latina.

"É o primeiro artigo sólido, publicado na revista mais conceituada do mundo. Os resultados falam por si. A Coronavac tem um excelente desempenho naquilo que mais importa que é salvar vidas", diz o médico infectologista e professor da Unesp Alexandre Naime. "É um resultado sólido que contraria as fakenews dos 'antivaciners' mostrando que toda vacina conta e impulsiona a necessidade de reforçar a vacinação."

No Brasil, a Coronavac é produzida no Instituto Butantan. Apesar de ter sido primeira vacina a ser utilizada na campanha de imunização e a mais usada até abril, ela é constantemente alvo de críticas. "É provavelmente a vacina que mais salvou vidas, milhares, no Brasil. Ela vai ficar para sempre na história", afirma Naime.

O Brasil teve o seu mais duro teste no torneio, sofreu, mas garantiu vaga nas semifinais da Copa América após bater o Chile por 1 a 0, nesta sexta-feira, no Engenhão, no Rio. Agora, o time do técnico Tite encara na segunda-feira, novamente no estádio do Botafogo, o Peru, que eliminou o Paraguai nos pênaltis.

Muito do aperto que a seleção passou se deve a Gabriel Jesus, que foi expulso em um lance bobo aos três minutos do segundo tempo, logo depois de Lucas Paquetá ter feito um gol. Com um jogador a menos durante praticamente toda a etapa final, o Brasil foi bastante pressionado pelo Chile, que esteve perto do empate e chegou a acertar uma bola na trave.

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A outra semifinal será decidida neste sábado. A Argentina, de Lionel Messi, encara o Equador, em Goiânia. Já o Uruguai enfrenta a Colômbia, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Ao contrário dos demais jogos na Copa América, o Brasil enfrentou nesta sexta-feira um adversário que não ficou fechado na defesa. O Chile, ao contrário, começou com o domínio da posse da bola, sem dar espaço, pressionando a saída de bola brasileira. Assim, os primeiros minutos de jogo foram complicados para o Brasil. O time demorou para encaixar boas jogadas até que Neymar, Firmino e Gabriel Jesus conseguissem segurar a bola no ataque e amenizar a pressão inicial chilena.

Neymar participou das principais jogadas da seleção, mas rendeu abaixo do esperado. O Brasil tinha muita dificuldade para apresentar uma variação de jogadas. Faltava, por exemplo, lances em profundidade ou chutes de fora da área. A seleção era um time previsível, fácil de ser marcado pela defesa chilena. Os lateral pouco apoiavam, mais preocupados em apenas defender.

Não à toa, as chances claras de gol do Brasil demoraram para sair. Aos 36, Gabriel Jesus tabelou com Firmino e cruza para Neymar, que conseguiu escanteio. Depois, aos 42, Neymar acionou Gabriel Jesus na entrada da área, que bateu com força e virou Bravo desviar para escanteio.

No segundo tempo, o jogo mudou completamente. Lucas Paquetá entrou no intervalo no lugar de Firmino e logo no primeiro minuto abriu o placar após ótima troca de passes com Neymar.

O Brasil, porém, não teve muito tempo para comemorar. Aos três minutos, Gabriel Jesus foi expulso em um lance infantil. O atacante levantou demais a perna, acertou uma "voadora" no rosto de Mena e levou o cartão vermelho merecidamente.

Com um jogador a menos, o Brasil se viu pressionado novamente no jogo, a exemplo do que já havia ocorrido em boa parte do primeiro tempo. A seleção tinha muita dificuldade para sair no contra-ataque. Neymar, várias vezes, acabava fazendo a opção equivocada na hora de concluir a jogada. Quando tinha de dar o passe, o craque tentava o drible. E, no momento em que o melhor era partir para a jogada individual, ele passava a bola para algum companheiro bem marcado. Nos lances de bola parada, Neymar também estava sem muita inspiração. Muitas das suas cobranças de falta pararam na barreira.

O Chile foi ganhando espaço e tomando conta do jogo, sem que o Brasil conseguisse reagir. Aos 23 minutos, por muito pouco o Chile não empatou. Após aproveitar cruzamento para a área brasileira, Brereton cabeceou no travessão.

Nos minutos finais do jogo, o cansaço abateu os jogadores da seleção brasileira. Faltava força para apostar nos contra-ataques. Neymar era a válvula de escape do time. Quando o Brasil recuperava a bola, logo acionava o seu principal craque. Cabia, então, a Neymar segurar a bola para gastar o tempo ou cavar uma falta.

Tite mexeu na equipe, mas não conseguiu mudar o panorama da partida. Everton Cebolinha entrou no lugar do exausto Richarlison na tentativa de renovar o fôlego do ataque e manter a bola mais no ataque, mas pouco conseguiu fazer durante o tempo em que esteve em campo. Na defesa, Éder Militão reforçou a zaga na vaga do lateral Renan Lodi para segurar as investidas do Chile.

Os minutos finais foram tensos, com faltas duras e muita reclamação dos dois lados. Era claro e evidente o desespero de alguns jogadores da seleção brasileira contando os segundos para que o jogo terminasse logo. Mas, o Brasil se segurou até o apito final e garantiu vaga na semifinal.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 1 x 0 CHILE

BRASIL - Ederson; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Renan Lodi (Éder Militão); Casemiro, Fred e Neymar; Gabriel Jesus, Firmino (Lucas Paquetá) e Richarlison (Everton). Técnico: Tite.

CHILE - Bravo; Isla, Medel, Sierralta, Vegas (Palacios) e Mena; Pulgar (Meneses), Vidal e Aránguiz (Valencia); Alexis Sanchez (Brereton) e Vargas. Técnico: Martín Lasarte.

GOL - Lucas Paquetá, a 1 minuto do Segundo Tempo.

ÁRBITRO - Patricio Loustau (ARG).

CARTÃO VERMELHO - Gabriel Jesus

CARTÕES AMARELOS - Sierralta, Palácios, Ederson e Vidal.

LOLCA - Estádio Nilton Santos, no Rio.

Sete anos depois das oitavas de final de Copa do Mundo de 2014, Brasil e Chile voltam a se enfrentar em uma partida eliminatória, agora pelas quartas de final da Copa América. A partida das 21h revive cenas marcantes, como o choro de Thiago Silva nos pênaltis. Embora seja favorito, o Brasil encara o seu grande teste no torneio já que o Chile mudou de patamar no cenário sul-americano depois daquela disputa. Por isso, a seleção treinou cobranças de pênaltis - elas serão necessárias se houver empate no tempo normal. Tudo isso com um desafio adicional: o gramado do estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro.

A imagem de Thiago Silva afastado do grupo, sentado em cima de uma bola na beira do gramado, aos prantos, marcou o zagueiro em 2014. Suspenso no jogo seguinte, na semifinal contra a Alemanha, o defensor não teve culpa do massacre dos 7 a 1. Mesmo assim, ficou marcado. Ele só recuperou espaço na seleção meses depois. Nesta sexta-feira ele deve começar no banco de reservas - Marquinhos e Éder Militão serão os titulares.

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"Fiquei marcado negativamente por esse episódio. Foi uma tristeza por um grande período. Foi um aprendizado para os seguintes objetivos. Embora tenha sido o episódio da emoção, foi vitorioso para a seleção", afirmou o zagueiro. "Hoje tenho uma experiência um pouco maior. A gente sabe por quem chorar. Se acontecer, vai ser naturalmente. Mais importante é que continuo na seleção".

Aquela derrota foi marcante para os chilenos. Ainda no vestiário do estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, atletas como Claudio Bravo, Arturo Vidal, Gary Medel, Charles Aránguiz e Alexis Sánchez - a base da equipe atual - fizeram um pacto. Prometeram ganhar a Copa América do ano seguinte em casa. Conseguiram. Foi o primeiro da história da seleção chilena, que venceria também o torneio em 2016.

O que aconteceu sete anos atrás ajuda a entender o confronto do Engenhão. Tite resgatou essas conquistas recentes para mostrar respeito ao rival. "O Chile é bicampeão da Copa América nas duas anteriores às que o Brasil foi campeão, em 2019", disse o treinador. "É uma seleção cascuda, que tem remanescentes dessas conquistas. É uma seleção que sabe muito bem administrar pressões, com jogadores acostumados a performar em adversidades. Que tem na imposição técnica o seu forte, principalmente no meio", completou César Sampaio, auxiliar técnico da seleção. Precavido, o Brasil treinou cobranças de pênaltis nesta quinta-feira.

A campanha atual, no entanto, não reflete essas glórias. Na Copa América, os chilenos venceram a Bolívia, empataram com Uruguai e Argentina e perderam para o Paraguai. Por isso, eles conquistaram a quarta e última vaga do Grupo A. Nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, estão em sétimo lugar, fora da zona de classificação.

Além de um rival acostumado às decisões, o Brasil terá um rival "doméstico": o gramado do Engenhão. Motivo de reclamação de Tite ao longo da fase de grupos, o piso virou até motivo de ironia de Neymar nas redes sociais. Tite desistiu de reclamar depois de ser multado pelas críticas. "Vou falar de campo ruim, vou ser multado. Se falar que foi atabalhoado (a organização do torneio), vou ser multado. Não vou falar nada", declarou o treinador.

A qualidade do gramado é fundamental para o estilo de jogo da seleção, baseado na técnica, nos toques rápidos e na velocidade. Um bom piso aumenta a vantagem em relação às outras equipes. Tite também mostrou preocupação com a condição física dos atletas e o risco de lesões. Os gramados são motivo de preocupação desta edição de 2019, quando os melhores estádios estavam à disposição. "É claro que o gramado pode nos prejudicar um pouco, pela forma que jogamos, com posse de bola e com um ou dois toques, mas vai estar igual para os dois. Vai ser um jogo muito duro, que pode ser decidido nos detalhes", disse o goleiro Ederson.

A escalação terá novidades. A principal delas deve ser a saída de Roberto Firmino, titular nas quatro primeiras rodadas das Eliminatórias e artilheiro do Brasil na competição, ao lado de Neymar, com três gols. O astro do Liverpool está em má fase. Gabriel e Gabriel Jesus foram testados no ataque. Os dois tiveram uma conversa reservada com o treinador na última quarta-feira. A disputa está aberta.

Além da saída de Roberto Firmino da equipe titular, Renan Lodi deve ser o titular da lateral esquerda. O jogador sofreu um trauma na região da bacia na partida contra o Equador, no último domingo, mas já está recuperado. No meio, Fred ganha a vaga de Douglas Luiz. Depois da ausência diante do Equador, Neymar volta para ser a referência técnica e tática da seleção.

O volante Arturo Vidal se desculpou pela quebra de protocolos contra a covid-19 por parte dos jogadores da seleção do Chile antes da partida contra o Uruguai, na segunda-feira, em Cuiabá, pela terceira rodada do Grupo A da Copa América. No último domingo, um cabeleireiro furou a "bolha" da competição para atender os chilenos no hotel na capital do Mato Grosso.

Após o empate por 1 a 1 contra o Uruguai, na Arena Pantanal, o volante da Internazionale admitiu o erro e se desculpou por receber visita de uma pessoa não autorizada na concentração chilena. No entanto, ele minimizou a gravidade do atendimento aos jogadores em meio à pandemia do novo coronavírus.

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"No Chile, já estamos acostumados. Sempre procuram coisas onde não há. Sabemos que cometemos um erro com o (caso do) cabeleireiro. Não quisemos fazer com maldade. Não há o que fazer e não voltaremos a errar assim", afirmou Vidal, em entrevista para a imprensa chilena.

Após a nota da Associação Profissional de Futebol do Chile (ANPF, na sigla em espanhol), revelando a quebra da "bolha" da Copa América, a imprensa do país chegou a especular que os jogadores teriam recebido mulheres ao invés do cabeleireiro. Vidal negou os boatos e garantiu que o técnico Martín Lasarte não deixaria o cargo, como também foi apontado.

"Nunca houve um problema com o técnico. É incrível o que se fala. Estamos muito unidos, demonstramos hoje (segunda-feira), que lutamos até o final com um jogador a menos (o volante Pulgar se machucou e não pôde ser substituído)", disse o volante.

Depois da visita não autorizada na delegação chilena, o Uruguai chegou a pedir que a Conmebol suspendesse os quatro jogadores atendidos (Gary Medel, Eduardo Vargas, Pablo Aránguiz e Vidal) antes do jogo de segunda-feira. A solicitação foi negada pela entidade, que deve multar os atletas.

Na noite de domingo, o capitão e goleiro chileno Claudio Bravo já havia admitido o erro em entrevista coletiva. "Assumimos nosso erro com total personalidade. Acredito que estamos numa situação em que a pandemia é muito forte. Se falhamos estamos alimentamos coisas erradas. O mais importante é assumir os erros. Somos responsáveis nesse sentido. Assumimos que erramos por termos permitido a entrada de uma pessoa, mesmo tendo avisado", comentou.

A seleção do Uruguai fez o primeiro gol e conquistou seu primeiro ponto, mas ainda não venceu na Copa América, após empatar, por 1 a 1, com o Chile, nesta segunda-feira, em Cuiabá, pela terceira rodada do Grupo A. Com este resultado, os chilenos somam cinco pontos e voltam a atuar quinta-feira, em Brasília, diante do Paraguai. Já os uruguaios jogam no mesmo dia, de novo em Cuiabá, diante da Bolívia.

Em menos de dez minutos de partida, o Uruguai conseguiu criar três boas oportunidades para abrir o placar, todas articuladas pelo meia Arrascaeta. Em duas delas, o goleiro Bravo realizou belas defesas. Apesar do domínio uruguaio, foi o Chile que abriu o placar, aos 26 minutos.

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Em rápida tabela, Vargas tocou para Brereton, que devolveu para o atacante. O jogador do Atlético Mineiro invadiu a área e emendou uma bomba, sem defesa para o goleiro Muslera. Foi o 14º gol do atleta, que se aproxima dos lendários Noberto Mendéz, da Argentina, e Zizinho, do Brasil, autores de 17 gols na competição sul-americana.

Mesmo à frente no placar, o Chile permaneceu recuado, sofrendo uma pressão menor por parte do Uruguai, ressentido por ter sofrido o gol. Cavani, nos acréscimos, finalizou pela primeira vez com perigo, mas errou o alvo.

A etapa final foi muito mais interessante. O Uruguai se lançou ao ataque, mas mostrou problemas na recomposição do setor defensivo. Já o Chile ficou sem Vargas, machucado, e não teve habilidade para aproveitar os contra-ataques. Brereton e Arriagada falharam.

Mas contou com o oportunismo de Suárez para acabar com jejum de quatro jogos sem marcar. O atacante do Atlético de Madrid venceu a disputa com Vidal e empatou a partida, aos 21 minutos. O experiente chileno acabou deixando o gramado contundido.

A vitória esteve mais perto do Uruguai, após oportunidades desperdiçadas por Cavani e Suárez, mas o empate foi o resultado mais justo.

FICHA TÉCNICA:

URUGUAI 1 X 1 CHILE

URUGUAI - Muslera; Giovanni González (Cáceres), Giménez, Godín e Viña (Jonathan Rodríguez); Vecino (Torreira), Valverde, Arrascaeta (Facundo Torres) e De La Cruz (Nández); Luis Suárez e Cavani. Técnico: Óscar Tabárez.

CHILE - Bravo; Isla, Sierralta, Medel e Maripán (Roco), Mena; Vidal (Alarcón), Pulgar e Charles Aránguiz; Vargas (Meneses) e Brereton (Arriagada). Técnico: Martín Lasarte.

GOLS - Vargas, aos 26 minutos do primeiro tempo. Suárez, aos 21 do segundo.

ÁRBITRO - Rapha Claus (BRA).

CARTÕES AMARELOS - Valverde e Sierralta.

LOCAL - Cuiabá.

A federação chilena de futebol reconheceu que houve uma quebra do protocolo sanitário de prevenção à covid-19 com a presença não autorizada de um cabeleireiro em Cuiabá (MT), onde a seleção do Chile está concentrado para a disputa da Copa América. A seleção brasileira também recebeu a visita de um cabeleireiro na Granja Comary, em Teresópolis, na semana passada, mas a CBF não confirma oficialmente. A entidade informou que não vai se pronunciar.

"A Federação e a comissão técnica reconhecem o rompimento da bolha sanitária da delegação com a entrada não autorizada de um cabeleireiro que, apesar de ter um teste PCR negativo, não deveria ter entrado em contato com os jogadores", informou a federação chilena em um comunicado publicado nas redes sociais.

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O caso chileno foi encaminhado ao Comitê de Disciplina da Conmebol por infração ao protocolo, que é parte integrante do Regulamento de Competições. Deve haver punições. "Por garantia, toda a delegação chilena fez testes de antígeno hoje (segunda-feira), além do teste PCR de ontem (domingo) e estão todos negativos. Aqui a tolerância é zero e o controle, máximo", afirmou Jorge Pagura, chefe da comissão médica da CBF.

O especialista afirmou que ainda não foi informado sobre o episódio do Brasil, mas diz que a "regra é para todos".

A entidade chilena indicou que "os envolvidos serão sancionados financeiramente". O meia Arturo Vidal, o atacante Eduardo Vargas e o zagueiro Gary Medel publicaram fotos em suas redes sociais com um cabeleireiro, provavelmente nos quartos do hotel. As imagens foram publicadas antes do jogo contra a Bolívia, na sexta-feira.

Na noite de domingo, o capitão e goleiro chileno Claudio Bravo admitiu o erro da delegação em entrevista coletiva. "Assumimos nosso erro com total personalidade. Acredito que estamos numa situação em que a pandemia é muito forte. Se falhamos estamos alimentamos coisas erradas. O mais importante é assumir os erros. Somos responsáveis nesse sentido. Assumimos que erramos por termos permitido a entrada de uma pessoa, mesmo tendo avisado", disse Bravo.

Um cabeleireiro também esteve na concentração da seleção brasileira antes da partida contra o Peru, na sexta-feira, na Granja Comary, em Teresópolis. Ele pintou e cortou o cabelo dos jogadores. O profissional fez um teste rápido para detecção de covid-19, que deu negativo. A CBF ainda não se pronunciou sobre o episódio. Os últimos testes da seleção continuam resultados negativos.

A seleção do Chile terá mudanças no seu uniforme para a partida contra a Bolívia, nesta sexta-feira (18), pela Copa América. Mas não se trata da estreia de uma nova camisa. A equipe vai entrar em campo com o símbolo da Nike escondido de seu uniforme.

A decisão por não exibir o logotipo da marca se deve ao fato da federação chilena, a Associação de Futebol Profissional (ANFP, na sigla em espanhol), ter entrado em litígio com a gigante americana de material esportivo.

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A entidade alega o não pagamento de valores que chegam a US$ 4,2 milhões (cerca de R$ 21 milhões na cotação atual), referentes à temporada 2019-2020.

A Nike entrou com uma ação para rescindir o contrato entre as partes, alegando o não cumprimento de itens previstos no acordo. O caso será levado para o Tribunal Arbitral da Câmara de Comércio Internacional.

O Chile enfrenta a Bolívia, pela segunda rodada do Grupo A, nesta sexta-feira, às 18 horas (de Brasília), na Arena Pantanal, em Cuiabá.

O Chile tem se tornado o grande obstáculo da Argentina nos últimos anos. Nesta segunda-feira, não foi diferente. Na estreia das duas seleções na Copa América, os chilenos buscaram o empate por 1 a 1 e resistiram até o fim diante das investidas de Lionel Messi e companhia no Engenhão, no Rio de Janeiro.

A partida marcou a abertura do Grupo A da Copa América, que conta também com Uruguai, Paraguai e Bolívia - os quatro melhores vão avançar às quartas de final. Paraguaios e bolivianos entram em campo ainda nesta segunda.

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O empate no Engenhão repetiu o mesmo placar entre argentinos e chilenos em jogo disputado há 11 dias, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Igualdades têm sido recorrentes entre as duas seleções nos últimos anos. Argentina e Chile decidiram as edições 2015 e 2016 da Copa América. Em ambas, houve empate no tempo normal e vitória e título dos chilenos nos pênaltis.

Antes de a bola rolar nesta segunda, a Conmebol fez uma homenagem a Maradona, falecido em novembro do ano passado. Com sons e luzes, imagens do argentino foram projetadas no gramado do Engenhão. A entidade pretendia lembrar o ídolo argentino num grande evento na abertura da competição, quando a Argentina estava definida como uma das sedes da competição. Mas o país desistiu de receber o torneio, por causa da pandemia, e as questões logísticas, causadas pela mudança da Copa América para o Brasil, inviabilizaram uma homenagem maior.

Quando o jogo começou, a Argentina esteve longe de lembrar Maradona. Com um futebol burocrático, até dominava o jogo, mais por conta da postura recuada do Chile do que por boa atuação. Messi e Lautaro Martínez estavam apagados. Lo Celso e Nicolás González foram os motores do time no primeiro tempo.

González criou a primeira boa chance de gol, aos 15, em finalização rasteira, defendida por Bravo. A Argentina só começou a se destacar em campo quando Messi chamou a responsabilidade e cobrou falta sobre a barreira, aos 32, marcando belo gol. Mais animada, a equipe argentina quase chegou ao segundo aos 36, em lance de Lautaro.

O segundo tempo começou com muitas faltas e tensão crescente entre os jogadores dos dois times. O Chile abandonava a postura retrancada e se arriscava no ataque. Aos 7, Vargas teve duas chances em sequência para empatar, o que aconteceu somente quatro minutos depois.

Vidal sofreu a falta dentro da área e ele mesmo cobrou a penalidade, confirmada pelo VAR. O goleiro Martínez pulou no canto certo e espalmou. A bola acertou o travessão e, no rebote, Vargas completou de cabeça para as redes. Os argentinos reclamaram de um suposto toque de mão na bola do chileno, mas Wilmar Roldan confirmou o gol de empate.

Com o placar igualado, os dois times passaram a adotar posturas mais ofensivas. Vidal atuava mais adiantado, enquanto Lionel Scaloni colocou em campo Palacios e Di María, abrindo brechas no lado esquerdo da defesa chilena.

Sem "sentir" o gol de empate, a Argentina retomou o domínio do jogo e Messi voltou a liderar o time. Aos 25, levou perigo em chute rasteiro. Aos 34, foi a vez de González desperdiçar grande oportunidade, de cabeça.

A seleção argentina era melhor, criava mais chances, mas falhava demais nas finalizações e no último passe. Com Di Maria, a equipe mostrou evolução. Mesmo assim, não conseguiu evitar novo empate com os chilenos.

Pela segunda rodada, a Argentina enfrentará o Uruguai na sexta, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. No mesmo dia, os chilenos jogarão com os bolivianos na Arena Pantanal, em Cuiabá.

 

FICHA TÉCNICA:

ARGENTINA 1 x 1 CHILE

ARGENTINA - Emiliano Martínez; Montiel (Molina), Martínez Quarta, Otamendi, Tagliafico; Paredes (Palacios), De Paul, Lo Celso (Di María), Nicolás González (Joaquín Correa); Lionel Messi e Lautaro Martínez (Agüero). Técnico: Lionel Scaloni.

CHILE - Bravo; Isla, Medel (Roco), Maripán, Mena; Pulgar, Vidal (Alarcón), Aránguiz, Meneses (Galdames); Palacios (Brereton) e Vargas (Pinares). Técnico: Martín Lasarte.

GOLS - Messi, aos 32 minutos do primeiro tempo. Vargas, aos 11 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Martínez Quarta, Ilsa, Pulgar, Vidal, Lautaro Martínez.

ÁRBITRO - Wilmar Roldan (Colômbia).

RENDA E PÚBLICO - Jogo sem torcida.

LOCAL - Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ).

Autoridades sanitárias do Chile informaram nesta quinta-feira (10) que a região metropolitana de Santiago, onde vivem 7 milhões de pessoas, voltará ao confinamento no sábado (12). A decisão foi tomada em razão do aumento de casos de Covid-19 nos últimos dias e do iminente colapso do sistema de saúde da capital.

O Chile, onde a pandemia já matou mais de 30 mil pessoas, realiza um dos processos de vacinação mais bem-sucedidos do mundo. Mais de 11,2 milhões dos 19 milhões de habitantes já receberam ao menos uma dose das vacinas. "Embora tenhamos visto alguma estabilização dos casos e, em algumas regiões, tendências positivas, a região metropolitana nos preocupa mais pelo número de habitantes e de leitos críticos", disse a subsecretária de Saúde, Paula Daza.

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Segundo o Ministério da Saúde, a situação hospitalar em Santiago está no limite, com 98% dos leitos de UTIs ocupados, apesar de alguns de seus bairros estarem em regime de confinamento total há mais de nove semanas.

A disponibilidade de camas, segundo Daza, é um elemento importante com a chegada do inverno, uma vez que, com as baixas temperaturas, as pessoas tendem a permanecer em locais fechados em vez de ficarem ao ar livre e a ventilação dos espaços é reduzida, uma situação que pode levar a um aumento de casos.

É a terceira vez em 14 meses de pandemia que as autoridades chilenas tomam essa medida, em um dia em que foram registrados 7,7 mil novos casos e 198 mortes por Covid-19, totalizando 1,453 milhão de infectados e 30,3 mil mortes desde a detecção do primeiro caso, em 3 de março de 2020. A vacinação em massa no Chile começou no dia 3 de fevereiro. Atualmente, é a vez dos maiores de 22 anos. A partir de 21 de junho, adolescentes a partir de 12 anos começarão a ser vacinados.

Nesta quinta-feira, o Instituto de Saúde Pública (ISP) aprovou o uso emergencial da vacina da Johnson & Johnson, que chegará por meio do mecanismo internacional Covax, da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Esta vacina de dose única é a quinta aprovada pelas autoridades chilenas e se junta às que já estão sendo aplicadas: Sinovac (17,1 milhões), Pfizer/BioNTech (4,5 milhões), AstraZeneca (693,6 mil, também por meio da Covax) e CanSino (300 mil), acrescentando um total de 22,7 milhões de doses que já chegaram ao país.

Consultadas a respeito da variante delta, que já foi identificada em países vizinhos, como Argentina e Peru, as autoridades confirmaram que ela ainda não foi identificada no Chile, que permanecerá com suas fronteiras fechadas pelo menos até 30 de junho. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Saúde do Chile (Minsal) anunciou nesta quinta-feira que, após um caso de trombose em um homem de 31 anos, decidiu aplicar a vacina contra a Covid-19 AstraZeneca apenas em maiores de 45 anos.

Segundo o ministério, foi notificado na última terça-feira que o homem apresentou um quadro de trombose e trombocitopenia após receber a primeira dose do imunizante. Não foi informado seu estado de saúde atual.

"Como medida preventiva, decidiu-se como autoridade sanitária alterar a idade de administração da vacina até que se obtenham os resultados da investigação", informou o Minsal.

Mais de 326 mil doses da AstraZeneca já foram aplicadas no Chile. Ela era administrada preferencialmente em pessoas com mais de 55 anos, para evitar o risco de trombose, reportado também em outros países.

Além desse imunizante, o Chile aplica as vacinas Sinovac, Pfizer/BioNTech e CanSino. O país é um dos que levam adiante com maior velocidade o processo de vacinação, com 10,8 milhões de pessoas já tendo recebido ao menos a primeira dose, em uma população-alvo de 15,2 milhões.

O contágio, no entanto, segue em alta. Foram reportados hoje 8.150 novos casos da doença e 213 mortos, com 3.219 pacientes internados em UTIs, 77% deles ainda não vacinados.

A seleção do Chile terá um importante desfalque para as partidas contra Argentina e Bolívia, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, que será no Catar. Na noite de segunda-feira (31), o meio-campista Arturo Vidal, que atua na Internazionale, precisou ser hospitalizado em Santiago após ter sido infectado pelo novo coronavírus.

A comissão médica da seleção chilena informou que Vidal apresentava um quadro febril. Horas depois, a Associação de Futebol Profissional (AFNP, na sigla em espanhol), que comanda o futebol no Chile, divulgou nas redes sociais e em seu site oficial que ele testou positivo para a Covid-19 no exame realizado na segunda-feira.

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Vidal, que apresenta um quadro de amidalite pultácea severa, já havia sido isolado do resto do grupo, como medida preventiva adotada pela equipe médica. O Chile não apresentou outros quadros positivos do novo coronavírus nos testes de segunda-feira.

O meio-campista da Internazionale esteve em contato com uma pessoa infectada assintomática. Ele se manifestou nas redes sociais sobre a sua condição e mandou uma mensagem para os trabalhadores da área da saúde e para a população em geral também.

"Infelizmente, durante os testes descobri que testei positivo para Covid, depois de me encontrar com um amigo assintomático. Desta vez não poderei estar em campo, mas apoiarei meus companheiros com todas as minhas forças. Agradeço a todos os trabalhadores da saúde que estão lutando contra esse enfermidade. E peço, por favor, a quem possa: se vacine!", declarou Vidal em seu Twitter.

O jogador já havia recebido a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus na última sexta-feira, enquanto estava concentrado com o resto da seleção chilena para os próximos jogos pelas Eliminatórias - nesta quinta-feira contra a Argentina, fora de casa, e no dia 8 contra a Bolívia, em Santiago.

O Chile iniciou, neste domingo (16), o segundo e último dia de uma votação histórica para eleger os 155 redatores de uma nova Constituição, destinada a substituir a herdada da ditadura de Augusto Pinochet e responder às demandas das ruas por equidade e bem-estar social.

Os locais de votação reabriram às 8h00 (9h00 de Brasília). Os chilenos devem escolher entre 1.373 candidatos os integrantes da Convenção Constitucional, entre eles atores, escritores, professores, ativistas sociais e advogados.

A Magna Carta anterior, elaborada durante a era Pinochet (1973-1990), é considerada a origem das desigualdades sociais no Chile.

As urnas foram lacradas e guardadas no sábado à noite, dia do início da votação, nos centros eleitorais por mais de 23.000 militares e delegados do Serviço Eleitoral (Servel) sem registro de incidentes, de acordo com a imprensa local.

No sábado, mais de 20% dos 14,9 milhões de eleitores depositaram seu voto voluntário. Devido à pandemia de coronavírus, a votação foi dividida em dois dias após um atraso de cinco semanas desde 11 de abril devido a uma nova onda de covid.

Na repartição do voto por regiões e comunas, a tendência marcava uma diferença importante entre a alta taxa de participação nos setores mais ricos e um baixo influxo nas áreas mais pobres.

"Gostei de ter visto muita gente. Estamos todos participando desse evento histórico que é a Constituinte e eu diria que está tudo muito normal e muito bem organizado", comentou à AFP Camila Galleguillos, de 32 anos, que trabalha em uma agência de design.

A mudança da Constituição de Pinochet foi a forma como o sistema político chileno conseguiu canalizar as manifestações massivas - várias e muito violentas - que estouraram em 18 de outubro de 2019, deixando cerca de trinta mortos e prejuízos milionários no comércio e no mobiliário público.

Quase um mês após o início desses protestos, quando vários prédios estavam em chamas em Santiago, as forças políticas anunciaram um acordo para convocar um plebiscito para decidir sobre a mudança da Constituição, que finalmente foi realizado em 25 de outubro de 2020.

O resultado: 80% de apoio à opção "Aprovo" para a mudança constitucional em um dia que culminou em manifestações massivas; enquanto apenas 20% optaram pelo "Rejeito", uma opção que se concentrou nas três comunas mais ricas do Chile.

Além dos constituintes, os chilenos votam neste fim de semana em prefeitos, vereadores e, pela primeira vez, governadores regionais, em mais uma etapa em direção a uma sociedade mais participativa.

O processo constitucional também marca a primeira vez no mundo que uma Constituição será redigida por pessoas eleitas de forma paritária. Também fará história ao reservar 17 assentos aos 10 povos originários.

- Constituição que una -

A esperança do mundo político é que o processo constituinte - que durará nove meses, prorrogável apenas uma vez por três meses - vire a página da longa transição política que começou quando o Chile recuperou a democracia em 1990.

Nunca antes os chilenos tiveram a oportunidade de participar da elaboração e votação de uma nova Constituição, com a qual, segundo várias pesquisas, os chilenos esperam ter garantidos diversos direitos sociais, como acesso à saúde, moradia e educação.

"Uma boa parte do futuro do nosso país está em jogo na redação de uma Constituição que nos una, não uma que nos separa, como a atual", declarou o pré-candidato presidencial progressista Heraldo Muñoz, após votar no sábado.

Um levantamento da empresa Criteria, divulgado pelo jornal La Tercera, mostrou no sábado que 63% dos chilenos acreditam que o resultado da nova Constituição terá "consequências positivas para o país".

Uma minoria teme, no entanto, que possa levar a uma Constituição muito esquerdista que mude radicalmente o modelo político e econômico ultraliberal do Chile.

O processo também é visto como um exemplo para resolver os problemas sociais.

"As constituições duram muitos anos, então devemos fazê-la bem, com calma, sem desqualificações. Acho que é importante em um dia como hoje, pelo que está acontecendo na América Latina, cuidar da política", comentou o ex-presidente Eduardo Frei (1994-2000).

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