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Pesquisa mensal da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sinaliza que as perspectivas de crescimento no Brasil estão mais fracas do que na maioria das principais economias mundiais, inclusive aquelas que estão no centro da crise financeira. Indicador antecedente da OCDE mostra que o desempenho brasileiro em novembro só não foi pior que o do Canadá, Japão e da Rússia.

Em novembro, o Indicador Composto Avançado (LCI, na sigla em inglês) do Brasil cresceu 0,01%, para 99,34 pontos. O desempenho foi inferior ao dos parceiros emergentes China (+0,21%) e Índia (+0,14%). O ritmo brasileiro é pior até do que o das economias centrais. A zona do euro, por exemplo, registrou expansão do indicador de 0,06% em novembro, tendo alta de 0,07% na Alemanha e 0,09% na Itália. Na mesma pesquisa, o LCI do Reino Unido cresceu 0,20% e dos Estados Unidos avançou 0,11%.

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O desempenho do Brasil só foi melhor do que o do Canadá (-0,09%), Japão (estável em novembro) e da Rússia, que caiu 0,23% e ficou com o pior desempenho da pesquisa divulgada nesta segunda-feira (14). Na média de todos os países da OCDE, o LCI cresceu 0,06% em novembro na comparação com outubro.

O LCI é calculado mensalmente pela OCDE para tentar antecipar o comportamento dos ciclos econômicos dos países. O dado é ponderado com uma série de indicadores, como compras de empresas, estoques, confiança de empresários e consumidores e preço de ações, entre outros. Normalmente, os ciclos apresentados pela pesquisa são confirmados em período de seis a nove meses à frente.

O instituto econômico Ifo prevê que a economia da Alemanha crescerá 0,7% este ano, embora haja uma "incerteza significativa" atrelada à projeção, segundo artigo publicado neste sábado pelo presidente do instituto, Hans-Werner Sinn, na revista semanal alemã Wirtschaftswoche.

O Ifo também prevê que a taxa de desemprego alemã ficará em 6,9% em 2013, ante cerca de 6,8% no ano passado, e inflação de 1,6%, ante aproximadamente 2,0% em 2012. Na zona do euro, o instituto prevê inflação de 1,8% e crescimento de 0,2% este ano.

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Ainda de acordo com o artigo, os setores industrial e de construção da Alemanha deverão se beneficiar mais com o acúmulo de encomendas assim que o clima local melhorar.

A previsão de crescimento do Ifo para 2013 está perto da ponta mais alta das projeções recentes divulgadas por outras entidades e pelo Bundesbank, o banco central alemão. As estimativas vão de +0,3% a +0,8%.

O governo alemão, que oficialmente prevê hoje que o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescerá 1,0% este ano, vai revisar sua projeção em meados deste mês. A expectativa é que a previsão seja reduzida. As informações são da Dow Jones.

Nova York bateu recorde de visitantes em 2012 e o número de turistas brasileiros cresceu 447% desde 2006, informou ontem à noite em comunicado à imprensa o prefeito da cidade, Michael Bloomberg. No total, a cidade recebeu 52 milhões de turistas em 2012, alta de 2,1% em relação a 2011.

A maioria dos visitantes que vem à cidade é dos Estados Unidos, o que respondeu por 41 milhões de pessoas em 2012. Os estrangeiros somaram 11 milhões de pessoas e fizeram de Nova York o principal destino turístico dos EUA.

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Sem citar dados de visitantes por país, o comunicado informa que o número de brasileiros que visitam a cidade cresceu 447% desde 2006, seguido pelos chineses (442%), argentinos(258%) e australianos (157%). Foi naquele ano que Nova York começou uma estratégia em alguns países para atrair mais turistas estrangeiros.

Os visitantes domésticos e estrangeiros gastaram US$ 36,9 bilhões na cidade em 2012, mas geraram um impacto total na economia local de US$ 55 bilhões, informa o comunicado. Nos hotéis, foram feitas 29 milhões de reservas em 2012. O setor hoteleiro emprega 356 mil pessoas na metrópole e gerou receita de US$ 506 milhões em taxas para o município.

O prefeito Bloomberg informa que a meta é em 2015 ter 55 milhões de visitantes, com impacto total na economia de US$ 70 bilhões. "Nova York continua atraindo pessoas de todo o mundo, que querem experimentar nossa cultura única, comida, parques e lojas", diz no comunicado à imprensa.

O sistema operacional móvel da Microsoft para smartphones, o Windows Phone, registrou em 2012 mais de 75 mil novos aplicativos e mais que a dobro do tamanho do catálogo. As informações foram divulgadas pelo blog da Microsoft.

Segundo a empresa, usuários da plataforma instalaram em média 54 aplicativos em seus aparelhos. A categoria favorita dos brasileiros foi a "Live Apps" com notícias, previsão do tempo, e-mails e agenda de compromissos, sendo a mais bem avaliada por 85% dos usuários.

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Mesmo com o crescimento, ao comparar com as demais lojas de aplicativos, a Windows Phone Store ainda é pequena. No mês de outubro, a Apple anunciou que sua App Store tinha atingido 700 mil aplicativos, número atingido pela Google Play (loja de aplicativos do sistema Android) uma semana depois.

O número de países com a loja de aplicativos da empresa também teve um grande crescimento, passando de 35 para 191.

O último lançamento da Microsoft no quesito smartphones é o Windows Phone 8, anunciado no fim de outubro.

Você pode conhecer as novidades do Windows Phone 8 no link.

Um estudo recente da empresa Analysys Mason prevê que o Windows Phone terá o maior crescimento entre os sistemas operacionais móveis nos próximos cinco anos. A pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira (20) e revela que até 2017 haverá 136 milhões de aparelhos com o sistema operacional. Em 2011 esse número era de 11 milhões.

Mesmo frente a perca de espaço de mercado enfrentada pela Nokia, analistas projetam um futuro promissor para a plataforma. 

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O estudo também traz dados relacionados a outras plataformas. o Android terá 58% do mercado, o iOS ficará com 23% e o Windows Phone será responsável por 9% dos aparelhos. A pesquisa também afirma que o crescimento do Android estagnará até o final de 2013.

 

A presidente Dilma Rousseff disse, nesta quinta-feira, "ter a certeza" de que o ano de 2013 será de "crescimento e avanço na economia". "Avanço sustentável e crescimento sustentável. Que seja constante", disse Dilma Rousseff durante a cerimônia de anúncio do programa de investimentos em aeroportos.

A presidente Dilma destacou que não poderia deixar de dar, neste momento, uma palavra de força com relação ao que acredita que será o próximo ano. "Eu acredito que teremos um 2013 muito próspero, um ano no qual vamos colher frutos da trajetória de 2012", disse, destacando que, em 2012, o País conseguiu definir uma política de logística, com o marco que iniciou com rodovias, ferrovias e portos e agora aeroportos. Além disso, destacou que o ano foi marcado pela queda dos juros, a redução da tarifa de energia e o País teve um "marco importante" que foi, em sua avaliação, uma "taxa de câmbio mais realista".

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Dilma Rousseff afirmou ainda que o esforço em prol da educação é o principal caminho que une os dois grandes desafios do País: acabar com a pobreza extrema e dar um salto para uma economia mais competitiva. "A educação é a ponte que une isso tudo", falou. Ela disse estar certa de que, em 2013, o País terá uma grande batalha para que os recursos do pré-sal criem essa ponte para a educação.

Ao deixar a solenidade Dilma disse, em entrevista a jornalistas, que quer um "pibão grandão" para 2013, mas não quis falar em números, limitando-se apenas a afirmar que medidas para isso estão sendo tomadas pelo governo.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou na manhã desta terça-feira que a crise internacional exige do governo ações anticíclicas, o que requer redução dos custos de produção e aumento de competitividade. Segundo Augustin, a economia do Brasil "está reagindo no quarto trimestre".

Em palestra no Fórum Bloomberg: Brasil - Um Mundo de Oportunidades, em São Paulo, o secretário exibiu um slide no qual aponta que as previsões pessimistas para o PIB no período entre outubro e dezembro indicam alta de 0,8% na margem, enquanto o Credit Suisse projeta elevação de 1,3% e a consultoria LCA estima incremento de 1,5%. De acordo com Augustin, os cenários de mercado apontam PIB com alta de 4% anualizados no quarto trimestre e é viável um crescimento de 4% em 2013, pois seria manter "o ponto em que estamos".

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"O resultado da intermediação financeira no terceiro trimestre foi caudado pela queda de juros", disse. "Isso foi um fator não recorrente", acrescentou. Ele destacou que a alta do PIB de 0,6% entre julho e setembro, ante o trimestre anterior, foi um resultado importante.

Augustin disse que o governo está trabalhando para reduzir custos e aumentar a competitividade no País. Ele citou a redução da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central e, segundo ele, esse nível mais baixo veio para ficar.

"Reduzir juros significa reduzir rentabilidade, mas também, significa reduzir custos", disse o secretário, ressaltando que a taxa de juros real já está perto de 1%. Augustin também disse que o câmbio acima de R$ 2,00 está mais próximo da realidade. Ele acrescentou que o governo está trabalhando nas duas variáveis e que acredita que no próximo ano, "se houver algum ajuste no câmbio, não terá tanto impacto na inflação".

Augustin ainda afirmou que a política de câmbio do governo visa reduzir volatilidade. Ele ressaltou que a postura do Poder Executivo é tornar a cotação do real ante o dólar "mais realista", embora tenha ressaltado que o câmbio é flutuante. "O governo não tem nenhuma meta para o câmbio", destacou.

Investimento

O secretário citou também o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) anunciado recentemente pelo governo, que envolve R$ 100 bilhões. "Reduzimos também a TJLP, para 5% e vamos conceder crédito de baixo custo", afirmou Augustin, ponderando que o governo não acha que cabe só ao setor público fazer isso. Pelo contrário, disse o secretário, o governo vai continuar a incentivar o setor privado a também conceder crédito de baixo custo.

Augustin afirmou que as medidas de estímulo vão continuar neste ano e no ano que vem. "Estamos constantemente monitorando a conjuntura", afirmou. O secretário ressaltou que a desoneração de impostos que o governo está realizando para a redução dos custos das empresas deve ter continuidade pela administração Dilma Rousseff. "O programa de redução tributária está longe do fim", disse, chamando a atenção para a redução das despesas de energia para companhias e famílias que deve vigorar a partir de 2013.

Infraestrutura

Sobre os vários setores de infraestrutura que o governo tem focado, não há nenhuma meta de investimentos e nem de retorno, segundo o secretário. De acordo com ele, isso cabe ao setor privado. Porém, ele acrescentou que "se o governo reduz os riscos, o custo se reflete em ganho para o investidor". "E qual o problema disso?", questionou.

Augustin afirmou também que a redução de barreiras à entrada do setor privado no segmento de portos era necessária para aumentar a oferta de serviços de logística a empresas no Brasil. "Nesse contexto, a licitação de portos será por menor tarifa e maior movimentação" de cargas, destacou.

De acordo com o secretário, o programa de infraestrutura desenvolvido pelo governo, que envolve vários setores, como o de rodovias, portos, aeroportos e ferrovias é "mudança estrutural para médio e longo prazos para o Brasil. Segundo ele, tais fatores vão permitir maior crescimento do País no futuro.

Ele afirmou ainda que a taxa de retorno em projetos de infraestrutura é "definida pelo mercado". Augustin ressaltou que a "tendência de queda da taxa de retorno no Brasil é irreversível". Segundo ele, os juros básicos da economia e dos títulos financeiros estão caindo e "é razoável a queda da taxa de retorno", que é definida por condições básicas da economia.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira que a economia voltou a se acelerar no segundo semestre deste ano e previu que, no cenário mais pessimista, o PIB crescerá 0,8% no quarto trimestre de 2012 ante o período imediatamente anterior. Mantega afirmou que a previsão do Credit Suisse é de uma expansão de 1,3% e da LCA, de 1,5%. "Em qualquer cenário vai ter crescimento no quarto trimestre", afirmou em audiência pública Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

Ele lembrou que a economia começou este ano desacelerando, em função da agudização da crise europeia no segundo semestre de 2011. "É inquestionável que há uma aceleração do crescimento. Talvez não no ritmo que gostaríamos", afirmou. E destacou as medidas cambiais, fiscais e de política monetária adotadas pelo governo para combater os efeitos da crise financeira internacional. Segundo ele, houve uma importante redução do spread bancário, foi estabelecido um novo patamar do câmbio, que torna os manufaturados mais competitivos, além de todas as medidas do Plano Brasil Maior para estimular os investimentos e as exportações.

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Mantega disse ainda que há um empenho do governo para estimular os investimentos públicos e privados. "Uma boa forma de enfrentar a crise é com investimentos, principalmente de infraestrutura", disse. O ministro ressaltou que algumas medidas anunciadas pelo governo entram em vigor apenas em 2013, como a redução do custo da energia e a ampliação da desoneração da folha de salários. Além disso, ele destacou que é natural que haja lapso de tempo para que a redução dos juros façam efeitos.

Segundo Mantega, pode levar entre seis a 10 meses para que a economia possa sentir a redução da taxa Selic. "A redução de juros tem grande eficácia no médio prazo para a economia brasileira", afirmou.

O decepcionante resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre consolidou entre analistas a ideia de que o governo Dilma precisa destravar os investimentos se quiser acelerar o ritmo de crescimento do País. É uma avaliação consensual, mesmo entre profissionais de "escolas" econômicas diferentes. A questão é como alcançar esse objetivo. Para alguns, o problema está na oferta da economia, estrangulada pelo conhecido - e abominado - custo Brasil. Para outros, o desafio continua a ser a demanda, que precisa ser estimulada ainda mais para despertar o "espírito animal" dos empresários.

No terceiro trimestre, os investimentos no País, medidos pela chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), caíram 2% na comparação com os três meses anteriores e 5,6% em relação ao mesmo período de 2011. Foi o quinto trimestre seguido de recuo no indicador. Não à toa, o governo promete, já para esta semana, novas medidas para tentar estimular os investimentos. "Vamos continuar com a desoneração da folha de pagamentos em 2013", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, logo depois que os dados trimestrais foram divulgados.

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Se as medidas se confirmarem, o governo repetirá parte da estratégia adotada - com resultados modestos - para acelerar a expansão: reduzir os custos, sobretudo da indústria, para permitir uma folga de recursos que possa ser destinada a investimentos. Os especialistas, de forma geral, avaliam que o foco deve ser mesmo a indústria, que tem sofrido mais que os serviços e o agronegócio nos últimos anos.

"A produtividade da indústria caiu, em média, 1% ao ano entre 2001 e 2011, enquanto a mesma medida para o agronegócio mostrou expansão de 3% e, nos serviços, de 1,1%", nota José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Associados e ex-secretário de Política Econômica da Fazenda. "Estamos assistindo a um claro processo de desindustrialização do País", emenda Luiz Gonzaga Belluzzo, da Unicamp e um dos principais conselheiros econômicos no governo Lula.

As razões da derrocada industrial passam pela valorização do real ante o dólar, pela concorrência chinesa, pelo custo Brasil e pela crise global, que levou a uma superoferta de manufaturados. "A indústria tem importante efeito de dinamização sobre o resto da economia, ainda que represente cerca de 25% do PIB, ante 65% dos serviços", argumenta Belluzzo.

O consenso, portanto, é o de que o investimento precisa crescer, notadamente na indústria. A divergência está em como chegar lá. Os economistas que seguem a linha batizada de ortodoxa, como Mendonça de Barros, defendem menos intervenção do governo na economia e prioridade para medidas estruturais, como a reforma tributária. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No início dos anos 1990, avistar um mico-leão-dourado na natureza era coisa raríssima. Fãs de calor e terras baixas, os macacos foram fortemente afetados pela perda de seu hábitat na baixada litorânea fluminense. Com apenas 2% de áreas remanescentes de Mata Atlântica naquela região, a população foi reduzida a cerca de 200 indivíduos e a espécie foi considerada criticamente ameaçada de extinção.

Provavelmente o maior símbolo da perda de biodiversidade no Brasil, o mico-leão mobilizou comunidades, cientistas e ambientalistas e, após 20 anos de seu projeto de salvamento, hoje ele vive uma situação um pouco mais confortável. Em 2003, quando passou de pouco mais de mil indivíduos, o animal conseguiu sair da categoria de criticamente ameaçado para a de apenas ameaçado pelo levantamento da União Internacional pela Conservação da Natureza.

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Recentemente foram contabilizados 1.700 exemplares vivendo na área de oito municípios fluminenses: Silva Jardim, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Cabo Frio, Armação dos Búzios, Saquarema, Rio Bonito e Araruama. É o único lugar no mundo onde o animal vive na natureza. Isso foi possível por causa de uma série de iniciativas que combinaram a reintrodução de indivíduos na natureza, estudos de reprodução e comportamento. Diariamente, voluntários vão à mata checar se há novos filhotes e como os animais estão se relacionando. Foram feitas transferências de indivíduos de um lugar para o outro, além da criação de novos grupos. Tudo para garantir mais variabilidade genética.

Outro esforço tão ou mais importante foi o de recuperar o hábitat do animal. Desde que começaram os trabalhos de salvamento da espécie, a oferta de área para o mico viver cresceu 140%. Atualmente, entre áreas florestais protegidas e corredores interligando esses remanescentes de Mata Atlântica, há cerca de 10 mil hectares. Na comemoração dos 20 anos da Associação Mico-Leão-Dourado, o desafio é aumentar ainda mais essa área onde esses animais vivem para permitir que se atinja uma população viável.

Olimpíada

Segundo Luis Paulo Ferraz, secretário executivo da associação, a meta é alcançar 2 mil indivíduos até 2025. Para isso, porém, é necessário mais que dobrar a área - para 25 mil hectares. Ferraz defende a candidatura do macaquinho a mascote da Olimpíada de 2016, no Rio. "Ele é a cara dos Jogos Olímpicos", brinca Ferraz, na expectativa de que a iniciativa possa angariar mais apoiadores para a proteção da espécie.

A demanda doméstica firme deve manter o ritmo do crescimento das economias do Sudeste Asiático quase no nível de antes da última crise financeira global nos próximos cinco anos, segundo relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado neste domingo. No entanto, o órgão alertou que os governos da região vão precisar fortalecer suas receitas e lidar com o desafio dos fluxos voláteis de capital.

Incluindo China e Índia, a OCDE projeta um aumento de 7,4% do Produto Interno Bruto (PIB) da Ásia emergente até 2017, pouco menos do que nos anos anteriores à crise financeira. A economia chinesa deve continuar a crescer mais de 8%, apesar da desaceleração da demanda por exportações, além da redução dos lucros com produtividade. Segundo o órgão, a Indonésia deve crescer 6,3% de 2013 a 2017, devido a reformas econômicas e investimento em infraestrutura.

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"A crise financeira global ressaltou a necessidade das economias asiáticas repensarem seus modelos de crescimento do passado", disse a OCDE em sua perspectiva para Sudeste Asiático, China e Índia. "O aumento da demanda doméstica, principalmente do consumo e investimento privado, vai continuar como principal motor do crescimento na maioria dos casos."

O crescimento da classe média no Sudeste Asiático terá efeitos profundos nessas sociedades, levando à ampliação de serviços financeiros e estatais e forçando governos a melhorar as redes de segurança social, informou o relatório.

A alta taxa de poupança em Cingapura, Malásia, Filipinas e Tailândia deve ocasionar um crescimento robusto, mas esses países podem cair na "armadilha da renda média" ao encontrarem mais dificuldade em manter os ganhos rápidos de produtividade dos últimos anos. Já Camboja e Vietnã podem sofrer com a diminuição da demanda do Ocidente por suas exportações do setor têxtil.

Os déficits fiscais devem cair na maioria dos países, melhorando a relação dívida pública/PIB, mas será necessário fortalecer as bases de receita e tornar a arrecadação de impostos mais eficiente, segundo a OCDE.

A organização também citou as dificuldades enfrentadas especialmente por Camboja, Laos e Vietnã devido à ampla dolarização de suas economias, que reduz a habilidade dos governos de influenciarem suas economias por meio de políticas monetárias e cambiais. As informações são da Dow Jones.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou que a economia brasileira continuará, neste quarto trimestre, em trajetória de crescimento. Segundo ele, indicadores econômicos "precursores" do Produto Interno Bruto (PIB) apontam que a economia vai continuar se aquecendo. "O crédito está melhorando. O investimento vai ter uma melhora e vai ajudar a fechar o ano num bom patamar. É uma noa notícia", disse a jornalistas nesta sexta-feira.

Segundo Mantega, a economia brasileira entrará em 2013 aquecida. Ele considerou "excelente" o resultado do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) divulgado mais cedo pelo Banco Central. "O IBC-Br aponta para uma crescimento anualizado de 4,7%. É um excelente resultado." Mantega previu uma elevação em outubro. "A economia está em recuperação. Sim, está crescendo", disse, rebatendo avaliações negativas sobre o crescimento.

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Para o ministro, o resultado do IBC-Br é motivo de comemoração. "Temos que comemorar o número, porque mostra que a economia está em recuperação em vários setores, exportação, consumo das famílias e investimentos". Ele acrescentou que é um resultado que indica que a economia vai terminar o ano bem.

Meta fiscal

Mantega sinalizou que o governo deverá abater cerca de R$ 25 bilhões das despesas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para o cumprimento da meta de superávit primário das contas do setor público prevista para este ano. "Temos uma indicação que podemos abater R$ 25 bilhões. Podemos abater mais, mas nosso horizonte é esse valor."

Segundo o ministro, os números estarão definidos no último relatório bimestral a ser enviado ao Congresso Nacional. "Nós estamos preparando um relatório apresentando quanto vamos abater", disse. Pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2012, o governo pode abater até R$ 40,6 bilhões, mas o Orçamento fixou um limite de R$ 25 bilhões.

O presidente da Oi, Francisco Valim, destacou que a receita líquida de serviços da empresa cresceu pela primeira vez em dois anos e meio neste terceiro trimestre. Ele atribuiu o resultado à reversão das perdas em Unidades Geradoras de Receita (UGRs) no segmento residencial, que cresceu 1,7% após perdas desde o primeiro trimestre de 2011. O movimento foi puxado pela desaceleração da queda da base de telefonia fixa, manutenção do ritmo de crescimento da banda larga e aceleração de TV por assinatura.

O gasto médio por usuário (Arpu) residencial chegou a R$ 65,8, acima dos R$ 64,5 do segundo trimestre. "Estamos conseguindo não só reduzir a perda do fixo, mas mais que compensar isso com banda larga e TV", disse Valim, em entrevista à imprensa.

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Lucro acumulado

O lucro líquido acumulado pela Oi em nove meses soma R$ 724 milhões. O diretor de Relações com Investidores, Alex Zornig, destacou porém que, sem os efeitos da mais valia da compra da Brasil Telecom (BrT) em 2009, o resultado chegaria a R$ 1,378 bilhão. "É esse (R$ 1,378 bilhão) o valor que entra no caixa", disse Zornig.

A Oi solicitou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em agosto o direito de a empresa deixar de colocar na conta de resultado financeiro o ágio de R$ 9 bilhões pago na aquisição da BrT. Com isso, a empresa passaria a colocar diretamente na conta do Patrimônio Líquido, e o resultado operacional, e consequentemente o lucro, deixariam de ser impactados negativamente pela amortização do ágio.

Segundo Zornig, a CVM deve analisar o pedido até o fim do ano para que a Oi possa expurgá-lo do balanço de 2012. Caso isso não ocorra, o balanço será fechado com um lucro menor do que poderia ter sido.

A empresa garante que isso não afeta os dividendos pagos aos acionistas, já que se trata de um efeito puramente contábil. Caso o pedido da Oi seja negado pela CVM, o efeito da reestruturação continuará aparecendo no balanço da companhia até 2017. No lucro do trimestre, a redução causada pelo efeito contábil foi de R$ 273 milhões.

A forte desaceleração econômica da China terminou depois que o comércio e gastos dos consumidores melhoraram em outubro, mas a segunda maior economia do mundo não está pronta para uma recuperação e os exportadores enfrentam condições difíceis, afirmou Zhang Ping, diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, em inglês), a principal agência de planejamento econômico do país. A economia chinesa deverá conseguir atingir a meta de crescimento de 7,5% estabelecida pelo governo neste ano, segundo Zhang.

Os comentários ecoam declarações de analistas do setor privado que disseram que a atividade econômica está melhorando, mas a recuperação da mais forte desaceleração da China desde a crise financeira mundial de 2008 será gradual e fraca. "Os números indicam uma tendência óbvia de estabilização da economia chinesa", afirmou Zhang. "Isso dito, não devemos baixar a guarda", disse ele. "Nossa conclusão é que a base não é sólida o suficiente para uma recuperação da economia chinesa e, portanto, temos de intensificar os nossos esforços."

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Zhang não deu nenhuma indicação sobre quais novas iniciativas que Pequim pode considerar. O governo cortou as taxas de juros duas vezes neste ano e está injetando dinheiro na economia através de maiores gastos com a construção de aeroportos e outras obras públicas e investimento por empresas estatais. Mas evitou um grande estímulo após a sua enorme resposta à crise de 2008 elevar a inflação.

As declarações de Zhang foram feitas durante o 18.º Congresso do Partido Comunista, que anunciará ao longo da próxima semana a próxima geração de líderes políticos na China. As informações são da Associated Press.

O mercado de games no Brasil vendeu mais de 3,5 milhões de cópias de jogos, tanto para consoles quanto portáteis, entre os meses de janeiro e setembro de 2012. O número representa um aumento de 144% em relação ao mesmo período de 2011 segundo a consultoria Gfk. 

O faturamento com a venda de games superou R$ 350 milhões nos primeiros nove meses de 2012, crescimento de 91% em relação ao mesmo período do ano passado. 

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De janeiro a setembro de 2011, 1,4 milhões de cópias de games foram vendidos, gerando receita de R$ 184 milhões. Segundo a consultoria, o preço médio dos games caiu de R$ 125 em 2011 para R$ 98 em 2012. 

"O crescimento é impulsionado por algumas frentes. Primeiro, a população jovem está consumindo mais games, houve uma migração para as plataformas PlayStation 3, Xbox 360 e Wii, até 2011 o PS2 era o console mais vendido, e há uma migração dos consumidores para o mercado formal. Os preços [dos jogos e consoles] estão mais camaradas e por isso os produtos estão mais acessíveis", conta Oliver Römerscheidt, gerente de negócios de entretenimento da Gfk. 

Na pesquisa não foram computadas vendas de jogos piratas.  

Mercado crescente - De janeiro a setembro deste ano, foram vendidos 644 mil consoles de videogames (incluindo portáteis) no Brasil, o que representa um crescimento de 59% em relação ao mesmo período do ano passado.

No quesito vendas, o valor somado chegou a R$ 542 milhões, o que representa um aumento de 119% em relação ao mesmo período do ano passado. O preço médio dos aparelhos no país, atualmente, é de R$ 842.

 

As receitas com prestação de serviços a clientes do Banco do Brasil cresceram 11,9% e atingiram R$ 5,280 bilhões no terceiro trimestre deste ano ante 12 meses. Na comparação com o segundo trimestre, o montante permaneceu praticamente estável, com leve alta de 0,4%. O desempenho foi estimulado por tarifas nos cartões de crédito e de débito, rendas com administração de fundos, operações de crédito, além de seguros, previdência e capitalização.

Os cartões renderam receitas de R$ 1,189 bilhão ao Banco do Brasil no terceiro trimestre deste ano, expansão de 19,2% ante o mesmo intervalo do ano passado. Em conta corrente, os ganhos somaram R$ 1,085 bilhão, alta de 2,9%, na mesma base de comparação. Em seguros, as receitas cresceram 13,0%, para R$ 130 milhões. A administração de fundos rendeu ao BB R$ 918 milhões, avanço de 8,7%.

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Apesar de ter menor representatividade nas receitas do banco, as rendas advindas do mercado de capitais apresentaram o maior crescimento no terceiro trimestre, de 41,5%, para R$ 108 milhões na comparação com o mesmo intervalo do ano passado.

De janeiro a setembro, as receitas com prestação de serviços do Banco do Brasil totalizaram R$ 15,587 bilhões. A cifra é 18,0% superior à vista um ano antes.

O crescimento dos negócios do BB tem possibilitado ao banco diversificar as rendas advindas com tarifas. "A expansão do crédito, a atuação do banco no varejo e o programa Bompratodos vêm favorecendo o aumento da base de clientes e a expansão do volume de negócios, contribuindo para a diversificação das rendas de tarifas", destaca o banco, em relatório de resultados.

Intermediação financeira

As receitas com intermediação financeira do Banco do Brasil tiveram queda de 17,1% no terceiro trimestre ante o mesmo período do ano passado, para R$ 25,084 bilhões. Na comparação trimestral, também foi visto declínio, de 12,4%.

A queda foi impulsionada pelo resultado de operações com títulos e valores mobiliários. Essas transações renderam R$ 6,623 bilhões ao BB no terceiro trimestre contra receitas de R$ 10,574 bilhões um ano antes e de R$ 8,100 bilhões no trimestre anterior. As quedas foram de 37,4% e 18,2%, respectivamente.

Em nove meses, essas rendas, porém, avançaram 3,6%, para R$ 79,657 bilhões em relação ao mesmo intervalo de 2011. Já as despesas de intermediação financeira somaram R$ 13,576 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 32,1% ante um ano antes e de 19,1% na comparação trimestral. De janeiro a junho, esses gastos totalizaram R$ 45,283 bilhões, aumento de 2,8%.

Quem pensa que a mobilidade nada tem a ver com economia, se engana. Grande parte da economia de várias regiões se deve aos gastos com manutenção de veículos, obras viárias mal executadas, entre outros problemas. A população, que deveria procurar o transporte público para se deslocar, acaba procurando outros meios por conta da precariedade dos serviços.

Mesmo sem conforto, a frota de ônibus dos 14 municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR) é nova. Os novos ônibus passaram de 448 mil veículos em 2001 para quase o dobro da frota – 930 mil em 2011, contabilizando um aumento de 7,6% em dez anos. Só na RMR, mais de 1,5 milhão de pessoas usam o transporte público para se deslocarem todos os dias, de acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Além desses problemas, as tarifas de ônibus só alavancaram. O crescimento anual ficou em torno de 1,81% para quase nenhuma melhora no conforto dos ônibus, o que quer dizer que de 2002 a 2012, o aumento total do Anel A ficou de 19,62%.

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A alta das motocicletas como meio de deslocamento por ano também cresceu, ficando com 15,8% de pessoas comprando motos para trabalhar. “Apesar de rápido, sabemos que isso representa os mais graves acidentes de trânsito da cidade”, afirma Aldemir do Vale, economista e diretor da Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan).

Com a compra elevada de motos, o índice de pessoas por carro caiu em 37% no ano passado em relação a 2001. Antes, era um carro para cada 10,7 habitantes. Hoje, são 6,7 por pessoa. O aumento de motocicletas também é justificado pela má estrutura do transporte público, além de ser um meio rápido de deslocamento.

A necessidade é apontada por Jorge Jatobá, economista e diretor da Ceplan, ainda para o ano em que a Copa do Mundo será realizada no Brasil, onde várias soluções terão que ser implantadas para a RMR, além das próprias obras viárias que estão sendo construídas.  “A reduzida mobilidade gera custos ambientais com maior emissão de carbono, que gera conflitos, acidentes, atrasos na entrega de mercadorias, entre outros. Os próximos gestores da RMR enfrentarão um grave problema na tentativa de solucionar esse agravante, que não é de agora”, conta Jatobá. Os dados foram apresentados nesta quarta (7) na sede da Ceplan, no bairro das Graças, Zona Norte da cidade.

 

Em Pernambuco, o crescimento na indústria foi de 3,8% no primeiro semestre de 2012, em relação ao mesmo período do ano passado. O setor, bastante movimentado pelas fábricas implantadas no Estado – a exemplo da Fiat, em Goiana, deixou o Pernambuco em primeiro lugar no desenvolvimento industrial do Nordeste. As informações foram repassadas na sede da Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan), no bairro das Graças, Zona Norte do Recife, no fim da manhã desta quarta-feira (7).

O crescimento geral dos Estados deixa, em primeiro lugar, a Bahia, com a aceleração de 3,6%, seguida do Ceará, com 2,9% e Pernambuco com 2,8%. Com a indústria em alta, a população também se beneficiou com a geração de novos empregos. O valor chega a 7,8% em relação ao mesmo período de 2011, incluindo os trabalhadores não remunerados. Há dez anos, a população nordestina migrava para as regiões Sul/Sudeste para procurar emprego. Hoje, o cenário é outro. Em empregos formais, a alta nas carteiras assinadas foi de 5,6%, no comércio,ficou em 11,1% e em outros serviços a alta foi de 6,1%. A expectativa para o crescimento é ainda maior em 2013.

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As grandes elevações econômicas não só em Pernambuco, como também no Nordeste, alavancaram o crescimento da região, ficando a frente do próprio País. No geral, a desaceleração do Brasil ficou abaixo do esperado para 2012, correspondendo a 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

Em 2011, a aceleração do País chegou a 5,6%. Esse fator ocorreu devido ao maior índice de endividamento das famílias, que financiam mais carros e casas, mas acabam arcando com os altos valores. De acordo com Tania Bacelar, economista, mesmo com o endividamento grande, não é tão representativo quanto parece. “Apesar da desaceleração, as famílias brasileiras devem cerca de 30% do seu salário. Isso compromete um terço dele. Ou seja, mesmo com dívidas altas, elas conseguem se dividir e pagar. Em relação aos países internacionais, estamos com esse padrão bem baixo”, afirma.

De acordo com Jorge Jatobá, também economista, o desempenho pouco satisfatório do Brasil se deve a falta de políticas de consolidação fiscal. “Além do enfraquecimento do setor financeiro e da capacidade de superação dos governos enquanto a crises financeiras, o País não cresce tanto quanto deveria”, relata.

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O mercado de biofábricas vem crescendo de maneira considerável no Brasil nos últimos anos. Após a implementação de empresas de produção industrial de plantas no país, o novo cenário do mercado nacional é a normatização da produção in vitro, além da demanda por novas tecnologias para melhoria no processo.

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Um espaço que discutiu a atuação desse tipo de negócio no Estado e no Brasil foi o III Seminário Nacional de Biofábricas de Plantas, que aconteceu pela primeira vez no Recife durante os dias 29 de outubro e 1° de novembro. O evento, voltado principalmente para profissionais e pós-graduados com foco no mercado de Biologia, reuniu nessa edição 180 inscritos.

Segundo Andrea Baltar, presidente do Seminário, esse ano a decisão de trazer o evento ao Recife foi graças a ABBPlantas (Associação Brasileira de Biofábricas de Plantas) e também a disposição do CETENE (Centro de Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste), ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia (Minc).

A história do Seminário de Biofábricas de plantas está bastante ligada ao próprio mercado produtivo de biofábricas no Brasil. A primeira edição aconteceu em 1992, graças ao professor Lee Tseng Sheng Gerald, atualmente doutor em Ciências Biológicas (Bioquímica) pela Universidade de São Paulo (1978) e professor da Universidade Federal de São Carlos (Brasil). “Em 1992 duas grandes fábricas brasileiras fecharam. Então criei o seminário na busca de uma explicação para o fechamento das duas empresas, com a discussão de problemas com demais pesquisadores” explica Lee. “A solução para o problema que verificamos em conjunto foi tecnologia e gerenciamento”.

Mesmo sendo uma observação feita por um seminário há pouco mais de vinte anos, tecnologia e gerenciamento ainda são constantes na criação de uma biofábrica – e qualquer empresa que vise prosperar, como explica o pesquisador Macos de Assis em seu artigo O sucesso de uma biofábrica: Problemas e Desafios. “Visando-se a exploração comercial, o domínio das técnicas de produção é fundamental, mas necessita ser complementado por práticas empresariais adequadas, para assegurar o sucesso da atividade”.

O segundo seminário, em 2010, também idealizado pelo professor Lee, focou em novas tecnologias, na época, biorreator (o que diminui a demanda por mão de obra) e gerenciamento. Segundo o professor, a época marca a chegada de multinacionais interessadas em entrar no mercado brasileiro de biofábricas de plantas, graças a um destaque do Brasil na economia do planeta.

Mercado
Alguns destaques da produção no Brasil são multinacionais, empresas nacionais (CTC) e cooperativas de cana-de-açúcar, com forte presença no Estado de São Paulo. Essa última produz em média 8 milhões de mudas anualmente.

A situação mercadológica é mais difícil para empresas pequenas que querem competir com as maiores produzindo os mesmos tipos de muda. “Empresas pequenas devem investir em produções diferenciadas, que estejam em sintonia com o mercado” adverte o professor Lee.

Além das próprias biofábricas, o mercado alimenta a criação de outras empresas que trabalham com produtos e serviços voltados para a área, como é o caso da purificação de laboratórios em que as mudas são criadas, ação essencial para evitar a contaminação local.

Um exemplo de empresa de destaque no setor é o Grupo VECO, que atua há mais de 35 anos no mercado na área de prevenção de contaminação e foi a primeira a produzir equipamentos importantes para o setor. São cabines de fluxos, áreas limpas e filtros absolutos, todos com o mesmo objetivo: limpar o ambiente em que as mudas são produzidas e evitar contaminações, garantindo assim o progresso das pesquisas e das empresas. “Qualquer contaminação pode trazer grandes problemas e comprometer uma pesquisa de anos”, explica Marcos Aurélio Rodrigues, representante comercial do Grupo Veco.

Dentro desse mercado também estão presentes exigências governamentais e protocolos que precisam ser cumpridos por empresas no que diz respeito a segurança do material.

Pernambuco
O estado de Pernambuco vem atraindo a atenção de empresas na área e possui alguns empreendimentos que estão em franco crescimento. Um fato que atesta também a importância do estado na área é a vinda do Seminário para Pernambuco (as duas edições anteriores foram em São Paulo). Segundo Cleiton DeBiasi, presidente interino da ABBPlantas, a escolha pelo estado se deu há dois anos. Além do apoio do Cetene, o número significativo de biofábricas que surgem no estado e se regulamentam também foram fatores para o seu destaque nesse tipo de mercado.

O principal tipo de produção tanto no Estado como em todo o território nacional são as biofábricas que produzem banana e cana-de-açúcar. Porém, o Brasil também se destaca na produção de batata, eucalipto e plantas ornamentais.

Ainda segundo DeBiasi, os principais desafios para empresas do setor atualmente são o curso de produção, principalmente por falta de subsídios e também falta de mão de obra especializada.

Em relação à falta de apoio do governo, o presidente interino da ABBPlantas afirma que a Associação está fazendo sua parte e dialogando com os responsáveis. “Temos reuniões constantes com o Ministério da Agricultura e o MCTI” explica. “O setor de biofábricas vem passando por um movimento histórico devido a esse movimento, e essa organização em prol de melhorias para as empresas”.

Biofábrica Governador Miguel Arraes
Um destaque nesse setor produtivo no Estado de Pernambuco é a biofábrica Governador Miguel Arraes, que desde 2006 produz em larga escala plantas de interesse estratégico para o Nordeste.

A biofábrica possui o maior sistema de produção in vitro de cana-de-açúcar da América Latina, além de ser uma das primeiras biofábricas brasileiras a utilizar em larga-escala a tecnologia de biorreatores em imersão temporária.

Entre os principais resultados estão a produção em larga-escala de 620 mil mudas de cana-de-açúcar, a ampliação das atividades para o Estado da Paraíba, com a produção de 40 mil mudas e a distribuição de 135 toneladas de cana-semente para os pequenos e médios produtores da Mata Norte de Pernambuco: tudo isso apenas em 2011.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, disse nesta terça-feira que os números do final do terceiro trimestre e deste mês já indicam uma retomada do crescimento econômico. Segundo ele, o Brasil está "dando uma demonstração ao mundo de como se enfrenta uma crise financeira tão vasta como essa, sem sacrificar a população".

"Já há indicadores desse trimestre que findou e dos próximos que mostram uma clara inflexão para cima e as contas públicas estão sob controle", disse. O ministro destacou ainda que o Brasil vem mantendo o cenário de pleno emprego, e que a relação dívida sobre o PIB continua em queda, reforçando, portanto, que "o famoso tripé tão celebrado pelos analistas econômicos continua atuando para garantir a estabilidade".

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Pimentel afirmou também que, para recuperar a competitividade, a economia brasileira precisa atrair investimentos que tenham qualidade sob o ponto de vista do desenvolvimento tecnológico.

Em evento de anúncio de investimentos privados conquistados pelo Rio Grande do Sul, com a presença do governador Tarso Genro (PT), Pimentel também disse que nesta quarta-feira (31)haverá uma reunião de balanço do Brasil Maior, com a convocação do Conselho Nacional do Desenvolvimento Industrial.

O ministro se reúne nesta terça-feira com a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.

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