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Os EUA e a China tentarão retomar uma relação cada vez mais hostil quando autoridades se encontrarem em Pequim nesta semana para conversar sobre questões econômicas e estratégicas nas quais fizeram pouco progresso durante os últimos 12 meses. O evento Diálogo Estratégico e Econômico será realizado na quarta (9) e na quinta-feira (10).

Em junho do ano passado, autoridades chinesas e norte-americanas saudaram uma nova era de relações bilaterais de cooperação baseadas no entendimento entre os presidentes Xi Jinping e Barack Obama na primeira reunião entre eles, na Califórnia. No entanto, até agora não houve progresso com relação à segurança cibernética, ao programa nuclear da Coreia do Norte e às disputas marítimas asiáticas.

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Também não se espera que haja avanço em questões econômicas, como o acesso aos mercados e o valor do yuan, a moeda chinesa, segundo autoridades e analistas, embora alguns prevejam resultados relacionados a um tratado de investimentos bilateral.

De acordo com fontes, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o secretário do Tesouro, Jacob Lew, que estarão no evento, tentarão evitar que a relação se deteriore ainda mais. A esperança é de que eles consigam estabilizar os laços entre os dois países para preparar uma reunião entre Xi e Obama na cúpula de líderes da região Ásia-Pacífico marcada para novembro em Pequim. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Os líderes do G7, grupo que reúne os países mais poderosos do mundo, se reuniram para a cúpula sobre segurança nuclear em Haia, na Holanda. A pedido do presidente norte-americano, Barack Obama, o grupo discute a exclusão da Rússia do G8.

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Sergey Viktorovich Lavrov, Ministro das Relações Exteriores da Rússia, afirmou que esssa decisão não seria um problema. ''Não vai ser uma grande tragédia. Vamos esperar para ver o que acontece '' disse Sergey.

Os Estados Unidos e o Japão anunciaram nesta segunda-feira (24) que o Japão entregará mais de 315 quilos de material nuclear para custódia dos Estados Unidos, como parte de medidas de segurança nuclear anunciadas em cúpula que está sendo realizada em Haia, na Holanda.

O plutônio e urânio altamente enriquecido estão armazenados atualmente pela Agência de Energia Atômica do Japão em uma instalação de Tokai, ao norte de Tóquio. Em comunicado conjunto, os países disseram que o material será enviado para uma instalação segura nos EUA e convertido em formas menos sensíveis.

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Os EUA haviam emprestado plutônio ao Japão para pesquisa nos anos 1960 e estavam pedindo o retorno do material. Aquele plutônio emprestado para pesquisa agora representa apenas uma fração das cerca de nove toneladas de plutônio armazenadas no Japão.

Segundo os EUA, a agência atômica do Japão pode dar continuidade às suas pesquisas sem a necessidade de urânio altamente enriquecido - que pode ser usado para produzir uma arma nuclear - ou plutônio separado. No ano passado, os EUA haviam manifestado preocupações com a segurança do excedente de plutônio armazenado pelo Japão, disseram à época autoridades norte-americanas e japonesas.

A China recentemente aumentou o tom das críticas ao Japão por seus estoques de plutônio para armas e urânio enriquecido, afirmando que representam um risco para a não-proliferação nuclear. O porta-voz chefe do governo japonês, Yoshihide Suga, afirmou hoje que as críticas chinesas não refletem a realidade. Ele reiterou a posição do governo de que, "como única vítima de um ataque nuclear e uma potência nuclear avançada", o Japão tem intenções pacíficas e o seu programa foi cuidadosamente examinado pela Agência Internacional de Energia Atômica.

A Casa Branca também informou nesta segunda-feira que os Estados Unidos alcançaram acordos com Bélgica e Itália para remover urânio altamente enriquecido e plutônio desses países. Segundo a Casa Branca, os EUA já removeram uma "quantidade significativa" de material nuclear da Bélgica e cerca de 20 quilos da Itália. Não foram informados prazos ou detalhes das operações. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

A cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT) em Pernambuco receberá na tarde desta quinta-feira (23) a presença do presidente nacional da legenda, Rui Falcão. O encontro reunirá no Recife lideranças locais, membros da Comissão de Tática Eleitoral, deputados estaduais e federais e o senador Humberto Costa em um Hotel em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, às 19h.

No encontro com o líder nacional anunciado desde o último sábado (18), a eleição de 2014 será o principal assunto a ser tratado. “O nosso foco é a construção de uma tática eleitoral que permita melhores condições para a eleição de Dilma (PT)”, antecipou a presidente estadual do PT em Pernambuco e deputada estadual, Teresa Leitão. 

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Mesmo prorizando o cenário presidencial, as discussões locais como a quase fechada chapa ao governo do Estado com PT e o senador Armando Monteiro (PTB) também deverão entrar em pauta. “Isso está no contexto da tática eleitoral, mas não vamos sair da reunião com nenhuma posição, se vamos ter candidatura própria ou apoiar Armando”, despistou a deputada. 

Outro assunto ligado diretamente às eleições e que norteará o encontro são as alianças nos municípios e possivelmente dos Estados. “As possibilidades de cenários entrarão, como também todos os procedimentos que devem conduzir a definição tranquila de consenso. Também discutiremos prazos para saber até quando a nacional pretende fechar a o mapa do país. Vamos nos seguir de fato, pela questão nacional que Rui está coordenando”, destacou Leitão. 

Conversa com a imprensa - Antes de iniciar a reunião com os correligionários nesta quinta-feira, Falcão receberá à imprensa às 17h e concederá entrevista no Recife Praia Hotel. 

Além da capital pernambucana o líder petista passará nesta sexta-feira (24) por João Pessoa e Natal, e no sábado irá a Vitória, no Espírito Santo. 

 

 

 

O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) detalhou na manhã desta terça-feira (21), as pautas que pretende tratar logo mais com os membros do partido, em reunião no Recife. Tentando despistar a imprensa, o socialista soltou dois possíveis locais onde o encontro poderá ocorrer e garantiu não tomar decisões importantes e sim, tratar de cronogramas de trabalhos. 

Marcada para o final da tarde por volta das 17h ou 18h desta terça, a reunião que poderá ser no Recife Palace Hotel em Boa Viagem, Zona Sul do Recife ou na casa do governador, no bairro de Dois Irmãos, Zona Oeste da capital pernambucana, contará com vários socialistas. Até agora, já estão em solo pernambucano o primeiro secretário nacional da legenda, Carlos Siqueira, o líder do PSB em São Paulo, deputado federal Márcio França e o vice-presidente nacional, Roberto Amaral. 

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Prestes a ser pai pela quinta vez, o governador justificou o motivo de a reunião ocorrer no Recife, no lugar de Brasília, onde demonstrou pretensão de realizar. “Na verdade hoje no final do dia nós vamos ter uma reunião que se fosse em Brasília, não era nem notícia. Como estou aqui por circunstâncias pessoais mas limitados a fazer  uma ida a Brasília, que pude me reunir com eles”, esclareceu.

Sobre a pauta do encontro, o administrador estadual resumiu em comentar apenas discussões sobre os cronogramas de atividades. “Hoje é a primeira reunião com o núcleo da executiva para o calendário de reuniões da executiva que nos vamos fazer, para definir a questão do programa do partido que vai ao ar em março e tem que começar a contratratar exatamente quem vai fazer, discutir quem vai estar responsável (...)”, descreveu.

Ainda sobre o evento, o futuro candidato à presidência da República também tocou sobre as diretrizes elaboradas juntamente com os membros do Rede Sustentabilidade. “Para ver o texto do debate com a Rede, das diretrizes que ficou pronto depois da reunião de quinta-feira (16) e que a gente pretende lançar até no dia 31, mas tardar na primeira semana de fevereiro e temos que discutir detalhes e onde fazer isso, quem chamar...”, completou.

Depois de detalhar os possíveis assuntos que nortearão a reunião da cúpula socialista, ele disse não ter decisões para tomar hoje. “(...), Ou seja, não tem nenhuma decisão extraordinária para tomar. É uma reunião rotineira de um membro da executiva que tem tarefas a cumprir para esses primeiros 90 dias do ano”, desconversou o socialista. 

 

Líderes do PSB se reúnem no Recife, nesta terça-feira (21), para afinar as discussões sobre a candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à presidência da República. O presidente da legenda convocou este encontro desde a semana passada e foi confirmada por parlamentares socialistas e pela assessoria de imprensa nacional da legenda. Nele deverão ser definidas, inclusive, a data de lançamento da candidatura e da vaga de vice, cotada para ser preenchida pela ex-senadora Marina Silva (PSB). 

Na pauta dos socialistas, assuntos como o lançamento das diretrizes para a elaboração do programa de governo e o cronograma da campanha vão começar a ser articulados. A plataforma “Mudando o Brasil”, encerra nesta segunda (20) a coleta popular das propostas. Além disso, os pessebistas devem analisar a formação das alianças políticas e do orçamento para a campanha presidencial. 

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Encontros Programáticos – A partir do dia 22 de fevereiro os Encontros Programáticos da aliança Rede Sustentabilidade e PSB vão ser retomados. Agora com a participação do PPS, a primeira reunião será em Porto Alegre. Em março o seminário aportará no Rio de Janeiro. Já no mês de abril o primeiro será no Recife, dia 5, depois em Goiânia, dia 12, e por fim em Manaus, no dia 26. 

A reunião de Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados foi adiada pela segunda vez e a nova data agora é 31 de janeiro.

A reunião, tradicionalmente, é realizada em dezembro, mas por problemas de saúde da presidente argentina, Cristina Kirchner, havia sido marcada para o dia 17 próximo, em Caracas, Venezuela.

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Segundo o chanceler do Paraguai, Eladio Loizaga, o novo adiamento foi feito "para que os presidentes realizem somente uma viagem ao Caribe porque nos dias 28 e 29 de janeiro haverá em Havana a reunião da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac)".

O adiamento já havia sido anunciado no sábado pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e provocou boatos na Argentina de que a nova data havia sido solicitada pela própria Cristina Kirchner, por motivos de saúde.

Desde 5 de outubro, quando foi diagnosticada com uma arritmia cardíaca e um hematoma em uma das membranas entre o cérebro e o crânio, em razão do qual se submeteu a uma cirurgia, Cristina diminuiu o ritmo de trabalho. Após alta médica, a partir do dia 18 de novembro, Cristina só apareceu em público em cinco oportunidades e fez apenas dois discursos.

Desde o dia 15, a presidente se encontra na residência familiar em El Calafate, na Patagônia, e se manteve ausente durante a grave crise energética que atravessa Buenos Aires e que afetou cerca de 800 mil pessoas.

A próxima Cúpula do Mercosul será marcada pela formalização do regresso do Paraguai ao bloco, de onde foi suspenso em junho de 2012, em razão do processo de impeachment do ex-presidente Fernando Lugo. Simultaneamente, a Venezuela foi aprovada pelo bloco como sócio pleno, o que era rejeitado pelo Paraguai. No fim do ano, o Congresso do Paraguai aprovou a adesão da Venezuela.

O presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente da China, Xi Jinping, tentaram cuidadosamente evitar um confronto público direto sobre segurança cibernética na abertura de uma cúpula de dois dias destinada a forjar os laços mais próximas entre os líderes das maiores economias do mundo.

Obama descreveu a polêmica questão cibernética como "águas desconhecidas." O presidente disse que ele e Xi discutiram assuntos cibernéticos apenas de maneira ampla durante sua primeira rodada de conversações, mas prometeu que uma discussão mais completa ocorrerá. Ele afirmou que era essencial que os EUA e a China alcançassem um "entendimento firme" sobre as questões cibernéticas, mas evitou acusar a China de orquestrar a invasão por hackers de computadores do governo e empresas americanas.

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"Devido ao incrível avanço da tecnologia, a questão da segurança cibernética e a necessidade de regras e abordagem comum serão cada vez mais importantes", disse Obama em uma entrevista coletiva com Xi na Califórnia.

Xi, que assumiu o poder na China em março, disse que a China não foi responsável pelas alegadas invasões. Ele afirmou que seu país também foi vítima de espionagem cibernética, mas não culpou ninguém pelas ações.

Falando mais amplamente, o líder chinês disse que ele e Obama acreditam que os dois países podem se aproximar um do outro de uma maneira "que é diferente do confronto e conflito inevitáveis". Ele convidou Obama para viajar à China para uma reunião similar, prometendo continua as discussões por telefone e troca de carta com o presidente americano.

Após a entrevista coletiva, Obama e XI participaram que de um jantar de trabalho privado. Eles deverão realizar outras rodadas de conversações na manhã deste sábado.

À medida que as reuniões prosseguirem, Obama tentará lidar com a impaciência de XI em relação às provocações nucleares da Coreia do Norte. O líder chinês quer que a Coreia do Norte volte às negociações nucleares, embora não esteja claro se Pyongyang está pronta para mudar seu comportamento.

Xi deverá usar a cúpula para reforçar também reclamações da China de discriminação empresarial nos EUA e expressar preocupação com os esforços de Obama para expandir a influência americana na região da Ásia-Pacífico, que a China vê como uma tentativa de conter seu crescente poder.

Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da China, Xi Jinping, iniciaram hoje, com um aperto de mãos, a reunião de cúpula de dois dias durante a qual debaterão uma série de questões importantes, o que inclui segurança cibernética e a crise na Península Coreana.

Ao receber o presidente chinês, que assumiu o cargo em março, Obama manifestou a ele a expectativa em que os dois países possam desenvolver "um novo modelo de cooperação".

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De camisa e paletó, mas sem gravata, Obama e Xi apertaram-se as mãos ao se encontraram sob um calor de 37ºC na propriedade de Sunnylands, nas proximidades de Palm Springs, Califórnia.

Os dois pretendem responder a perguntas de jornalistas mais tarde, depois de uma primeira reunião bilateral. Estão previstos ainda um jantar de trabalho para a noite desta sexta-feira e novas reuniões na manhã de sábado. Fonte: Associated Press.

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Os dirigentes do Brasil, da África do Sul, Índia, China e Rússia encerraram, na última quarta-feira (27), a reunião de cúpula do Brics, grupo composto por cinco potências emergentes do mundo.

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O encontro, que aconteceu na África do Sul, terminou sem a concretrização do lançamento de um banco de desenvolvimento anunciado pelo bloco. A instituição financeira, de acordo com os dirigentes, seria capaz de competir com outras grandes do segmento, a exemplo do Banco Mundial.

A reportagem da AFP traz mais detalhes sobre o assunto, incluindo depoimento da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, sobre o banco de desenvolvimento para países emergentes.

 

A presidente da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira que o Brasil vive um momento de renovar e expandir a infraestrutura. Em discurso para os chefes de Estado e comitivas de empresários presentes no encontro dos países dos Brics - formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - Dilma afirmou ainda que o plano de investimentos brasileiro soma US$ 250 bilhões e que o objetivo é atrair a participação estrangeira.

"Estamos procurando renovar e expandir a infraestrutura brasileira", disse a presidente, em Durban. "Temos um projeto bastante significativo, assim como a China, de US$ 250 bilhões", afirmou. "Pretendemos atrair parceiros para esse investimento", completou, dizendo que esses recursos serão compostos por aportes públicos, privados nacionais e internacionais.

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Dilma saudou ainda a criação do conselho de empresas dos países dos Brics, com a participação de empresas brasileiras (Banco do Brasil, Weg, Vale, Gerdau e Marcopolo). "O conselho é um mecanismo inovador e vai contribuir para a comunidade de negócios entre países", disse.

A presidente disse que o momento atual é marcado por profundas mudanças econômicas que tornam os países dos Brics atores fundamentais para a economia mundial. "Pela primeira vez, no ano passado, os países em desenvolvimento atraíram mais investimento estrangeiro direto do que os países desenvolvidos", comentou a presidente, lembrando que os Brics ficaram com 20% desse total (US$ 263 bilhões).

Ela também ressaltou as políticas de combate à crise. "Resistimos à crise global, que afeta os mercados desenvolvidos, com políticas que reforçam nossa capacidade de crescimento e nossa estabilidade econômica."

"Nos distinguimos, também, porque temos aplicado modelos de desenvolvimento econômico com inclusão social", afirmou. "Isso amplia nossos mercados domésticos. Além de ser questão ética, é questão econômica para ampliar o mercado interno."

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, ressaltou em Durban, na África do Sul, a necessidade de elevar o volume de investimentos em infraestrutura nos países que fazem parte do bloco Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). As afirmações constam de nota publicada pelo Blog do Planalto nesta terça-feira.

De acordo com o ministro, o Banco dos Brics, que por sugestão dele deveria entrar em funcionamento em 2014, impulsionaria tais aportes. Ainda segundo Mantega, o novo banco teria a vantagem de se concentrar nas nações em desenvolvimento e ter a governança dos países do grupo.

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Mantega exortou os países do Brics a se organizar mais para equilibrar questões que emergem com a demora do fim da crise mundial iniciada em 2008, como a falta de mercado consumidor, a dificuldade de aumentar o comércio exterior e a necessidade de estreitar laços entre emergentes - os "puxadores de crescimento". O ministro participa na África do Sul da V Cúpula dos Brics.

Também em Durban, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou que o Brasil quer aumentar os investimentos entre os parceiros do bloco. Segundo ele, além de consolidar as relações comerciais, é essencial investir mais mutuamente, pois há uma fronteira entre os integrantes que não está sendo bem explorada.

Para Pimentel, outro ponto a ser considerado pelo grupo é a necessidade de ajudar o continente africano, o que poderia ser feito com a criação de um banco de investimento do Brics. Essa proposta, conforme Pimentel, está sendo discutida e avançou bastante, embora haja ajustes técnicos a serem feitos.

Os ministros de finanças dos países dos Brics - formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul - aprovaram nesta terça-feira um acordo de contingenciamento de reserva comum (CRA, na sigla em inglês) no valor de US$ 100 bilhões. O acordo prevê a criação de um fundo de reservas destinado a socorrer os países do grupo em caso de crise de liquidez.

"O acordo já foi firmado pelos ministros, agora vai para avaliação dos presidentes, amanhã (quarta-feira)", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista à imprensa após reunião no evento dos Brics, em Durban, na África do Sul. "O acordo de reservas nada mais é do que um grande acordo de swap entre os países", acrescentou.

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O Brasil também assinou nesta terça-feira um acordo para troca de moedas (swap) com a China no valor de US$ 30 bilhões. Segundo o ministro, o acordo implica um relacionamento mais estreito com o país asiático. "O acordo inclui a área comercial, financeira e até aduaneira", disse.

"Hoje, a China é nosso maior parceiro comercial e podemos ampliar para outras áreas. Estamos abertos para que os chineses participem de investimento em infraestrutura, energia e óleo e gás."

Tanto Mantega quanto o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, negaram que a assinatura do acordo seja por causa da crise na zona do euro. "Acordos de swap são bastante comuns hoje entre os bancos centrais", disse Tombini. "Não está ligado à crise europeia". "Não foi pela crise, pois ela estava pior no ano passado do que agora", completou Mantega.

O valor acordado, US$ 30 bilhões, é suficiente para cobrir entre oito e dez meses de exportação e importação. O acordo não afeta as reservas internacionais brasileiras, pois representa apenas a troca de moedas.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira, no intervalo da reunião dos ministros de Finanças e presidentes de banco central dos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Durban, na África do Sul, que a proposta brasileira é que o banco de desenvolvimento do grupo seja constituído em 2014. "Fizemos proposta para que o banco dos Brics seja constituído em 2014", afirmou.

Mantega disse que os detalhes ainda estão sendo discutidos, mas já existe consenso quanto à necessidade de investimento em infraestrutura para estimular o crescimento desses países. Segundo ele, o mundo ainda tenta superar os efeitos da crise de 2008 e um consenso da reunião é que um estímulo necessário é investimento em infraestrutura. O ministro da Fazenda disse ainda que os países têm de ampliar o mercado consumidor, mas que esse não é o caso do Brasil.

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Nenhum dos cinco países se mostrou contrário à criação do banco, mas o capital inicial ainda não foi decidido. A governança da nova instituição caberá aos cinco países, mas novos integrantes poderão ser aceitos.

Em relação à crise que afeta o Chipre, o ministro descartou impacto direto no Brasil. "A crise no Chipre não deve ter impacto direto para o Brasil", afirmou. Mantega disse ainda que os problemas no Chipre mostram que os europeus ainda não conseguiram solucionar todos os problemas do continente. "A solução adotada mostra preocupação, mas sem impacto para o Brasil", afirmou.

Crescimento mais vigoroso

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, confirmou que a discussão para a criação do banco de desenvolvimento do grupo "avançou bastante". "Faltam detalhes para reunião de amanhã (quarta-feira) dos chefes de Estado", disse.

Pimentel disse também que o Brasil juntamente com os outros países do grupo serão responsáveis pelo crescimento econômico mundial. "O Brasil vai crescer significativamente mais este ano", disse.

"O Brasil juntamente com os Brics puxam a economia mundial. Precisamos investir mutuamente e atrair mais capital dos países do Brics."

Cinco anos após sua criação, o grupo formado pelas mais importantes economias emergentes do planeta não obteve consenso sobre a criação de seu banco de desenvolvimento, por isso a primeira ação prática do Brics continuará apenas no papel. Em sua quinta reunião de cúpula na terça-feira (26), os presidentes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul também não devem fechar acordo sobre um fundo com dinheiro das reservas internacionais para casos de emergência.

A ideia de um banco dos cinco países para financiar projetos de desenvolvimento e infraestrutura foi lançada na cúpula do Brics do ano passado. Desde então, os ministros da Fazenda do grupo vêm estudando como montar a estrutura. Na reta final, porém, as negociações empacaram por divergências sobre a governança da instituição. Ironicamente, estes mesmos países pedem maior influência nas decisões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

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Por falta de acordo, a solução será manter o assunto em pauta, anunciando formalmente a decisão de construir o banco de desenvolvimento pouco a pouco, com aporte inicial de US$ 10 bilhões para cada integrante do grupo. A instituição deve começar a operar somente em 2016, no melhor cenário traçado por fontes do governo brasileiro.

Pesou também a resistência da Rússia, que teria menor interesse em obter empréstimos do futuro banco, por ter melhor infraestrutura do que Brasil, Índia e África do Sul. Também não há consenso sobre as modalidades de financiamento da futura instituição.

Ajuste

O Brics foi criado como grupo político, para unificar o discurso destes emergentes em meio à crise financeira mundial. Não há intenção declarada de uma integração maior dos países e a assinatura de um acordo de livre comércio, por exemplo, está fora de questão. No entanto, é possível apostar em aumento das trocas comerciais, devido aos ajustes estruturais que cada economia precisa fazer.

Ao chegar a Durban, no início desta noite, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, resumiu a expectativa brasileira sobre esse potencial de trocas ressaltando o baixo crescimento dos países desenvolvidos. "Vamos dar continuidade ao estreitamento dos nossos laços econômicos porque hoje os países avançados não estão crescendo, estão crescendo pouco", disse. "Então os Brics dependem mais de si mesmos. Somos os países que vamos continuar crescendo, temos um dinamismo maior, temos de aproveitar melhor os nossos mercados e o nosso comércio."

Brasil e Rússia, que reclamam nos bastidores por exportar produtos básicos como petróleo, gás, minério de ferro e cereais, podem ganhar com a intenção chinesa de estimular o consumo interno e com a necessidade da Índia de abrir sua economia. De olho no potencial, será criado o Conselho Empresarial do Brics, com cinco representantes de cada país.

O conselho terá encontros semestrais. O objetivo é listar as dificuldades que travam o comércio intra-Brics, as possibilidades de negócio e formas de estimular o investimento entre os países. Na esteira do boom de commodities pré-crise, a corrente de comércio entre os cinco emergentes do grupo cresceu de US$ 27 bilhões, em 2002, para US$ 282 bilhões no ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em visita à África, a presidente Dilma Rousseff voltou a reclamar nessa quinta-feira (21) por um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). "Nada justifica que África e América do Sul permaneçam sem representação do Conselho de Segurança da ONU", disse a presidente, durante discurso na cerimônia de abertura da III Cúpula América do Sul-África (ASA), em Malabo, capital de Guiné Equatorial. O encontro reúne 54 países africanos e 11 sul-americanos.

Desde que assumiu o poder, em 2011, Dilma têm insistido neste tema. O Conselho de Segurança é composto por 15 membros, dos quais cinco permanentes e com poder de veto (EUA, França, Reino Unido, Rússia e China) e dez membros com assento rotativo em mandatos de dois anos.

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Além da reforma do Conselho de Segurança, Dilma relembrou a necessidade da reforma de cotas do Fundo Monetário Internacional (FMI), novamente a necessidade de que seja dada maior voz aos países sul-americanos e africanos. Nos últimos dois anos, os 188 Estados participantes do FMI, especialmente os emergentes como China e Brasil, tentam modificar o cálculo das cotas atribuídas que determinam o direito de voto.

Em declaração feita depois de reunião da Cúpula Brasil-União Europeia, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira (24) que há uma "percepção generalizada" de que a pior parte da crise na União Europeia "ficou para trás" e que 2013 apresenta uma "situação melhor no que se refere ao cenário internacional" como um tudo.

"O fato é que nós pudemos ouvir entre nós uma avaliação melhor do que naquele momento, tanto do ponto de vista das perspectivas das economias americanas, chinesas, e também a própria evolução da situação econômica da União Europeia, onde há uma generalizada percepção que a pior parte ficou para trás", disse Dilma em pronunciamento oficial à imprensa depois de receber o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, para VI Reunião de Cúpula Brasil-União Europeia, no Palácio do Planalto. "Este ano de 2013 apresenta uma situação melhor no que se refere ao cenário internacional", completou.

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Durante a cúpula, foram assinados atos institucionais que criam grupo de trabalho para discutir o bem-estar de animais de produção e implementam cooperação entre o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e o Joint Research Centre (JRC) da Comissão Europeia.

Dilma destacou que o Brasil defende uma política de desenvolvimento que "contemple a distribuição de renda, sobretudo uma política que enfatize a competitividade, seja através da redução do custo de capital, do custo do trabalho, através da desoneração da folha de pagamento".

"Explicamos (na reunião da cúpula) as consequências das desonerações dessa folha de pagamento, redução do custo da energia, focamos todas as questões consideradas relevantes para o aumento da competitividade", afirmou a presidente.

Dilma disse também que "teremos oportunidade de definir nos próximos dias um acordo de associação entre Mercosul e União Europeia". Ela ressaltou ainda que a "relação Brasil - União Europeia é estratégica.

A Bolívia deverá ser o próximo país a iniciar o processo para se tornar membro pleno do Mercosul. Nesta sexta-feira, na abertura da Cúpula de chefes de Estado do Mercosul, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff saudou a decisão do presidente boliviano Evo Morales de integrar seu país ao bloco. Já o Equador, que até agora tinha as conversas mais adiantadas, decidiu esperar mais um pouco. De acordo com o presidente Rafael Correa, o país ainda precisa analisar o impacto da decisão na economia equatoriana.

"Estamos muito interessados em entrar no Mercosul, mas para um país sem moeda nacional, o único o que lhe sobra para corrigir potenciais problemas no setor externo e da balança de pagamentos é a política comercial, e isso é o que limita quando se entra nesses acordos", disse Correa ao chegar no Palácio do Itamaraty para a Cúpula do Mercosul e Estados associados.

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Correa afirma que existem "coincidências ideológicas" com a maioria dos países do bloco e também com "coincidências em visão comercial", mas que o fato do país ter que adotar a tarifa externa comum (TEC) limita a política externa comercial e especialmente a política tarifária. Segundo o presidente equatoriano, para adotar a TEC, o Equador precisaria aumentar as tarifas de 4 mil linhas de produtos e, para ele ainda mais grave, reduzir de outras 2 mil linhas. "Isso limita nossa política externa comercial e particularmente a política tarifária. Então estamos acabando todos os estudos para então tomar uma decisão definitiva. Mas estamos muito felizes que nos tenham convidado a ser parte do Mercosul como estado pleno", afirmou.

Já a Bolívia resistiu por mais tempo a iniciar as negociações por problemas políticos internos, mas na semana passada o presidente Evo Morales declarou que iria tornar a Bolívia membro pleno se não houvesse conflito com a Comunidade Andina. "Saudamos com muito entusiasmo a decisão da Bolívia. A entrada da Bolívia torna o Mercosul muito mais forte", disse a presidente Dilma Rousseff.

Representantes de quase 200 países estão reunidos no Qatar para a cúpula climática anual da Organização das Nações Unidas (ONU), que começa nesta segunda-feira.

Um dos principais desafios do encontro, que busca discutir maneiras de combater o aquecimento global, será levantar ajuda financeira climática para nações pobres, em um momento no qual os orçamentos estão ameaçados pela crise econômica.

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Os países ricos já disponibilizaram US$ 30 bilhões em empréstimos em 2009, mas um fundo climático designado para levantar US$ 100 bilhões anualmente para os países pobres ainda não foi colocado em prática. As informações são da Associated Press.

Evocando o rigor fiscal e a influência do Fundo Monetário Internacional (FMI) na década perdida do Brasil nos anos 80, a presidente Dilma Rousseff fez nesse sábado (17) uma crítica frontal à política de austeridade em curso na Europa. Em discurso na Cúpula Ibero-Americana, realizada em Cádiz, a chefe de Estado brasileira advertiu Espanha e Portugal sobre o "risco de agravamento" da recessão causada por "políticas exclusivas, que só enfatizam a austeridade e vêm mostrando seus limites".

Dilma chegou ao Palácio de Congressos de Cádiz pouco depois das 10h30, horário local. Minutos depois de saldar o rei espanhol Juan Carlos e o primeiro-ministro Mariano Rajoy, os 16 chefes de Estado e de governo presentes se encontraram. Ao tomar a palavra, a presidente fez um breve elogio às relações históricas entre a Espanha e Portugal e a América Latina e continuou falando da turbulência na Europa. "A crise financeira golpeia de forma particular a península ibérica", lembrou.

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"Temos assistido, nos últimos anos, aos enormes sacrifícios por parte da população dos países que estão mergulhados na crise: reduções de salários, desemprego, perda de benefícios", disse a presidente.

A presidente então evocou a posição do Brasil nos fóruns multilaterais, como o G-20, para lembrar da oposição do País às políticas de austeridade sem estímulos ao crescimento. "A consolidação fiscal exagerada e simultânea em todos os países não é a melhor resposta para a crise mundial - e pode, inclusive, agravá-la, levando a uma maior recessão", afirmou. "O equívoco é achar que a consolidação fiscal coletiva, simultânea e acelerada seja benéfica e resulte numa solução efetiva."

Para Dilma, o rigor fiscal pode até estar afastando o risco de quebra financeira na Europa, mas não está recobrando a confiança dos mercados financeiros, nem da população. "Confiança não se constrói apenas com sacrifícios", ensinou.

A presidente lembrou ainda a cúpula de Guadalajara, a primeira ibero-americana, nos anos 90, para citar o exemplo da crise das dívidas da América Latina.

"Os governantes de então, aconselhados pelo Fundo Monetário Internacional, acreditavam, erradamente, que apenas com drásticos e fortes ajustes fiscais poderíamos superar com rapidez as gravíssimas dificuldades econômicas e sociais nas quais estávamos mergulhados", afirmou. "Levamos assim duas décadas de ajuste fiscal rigoroso tentando digerir a crise da dívida soberana e a crise bancária que nos afetava e, por isso, neste período, o Brasil estagnou, deixou de crescer e tornou-se um exemplo de desigualdade social."

Apelo

Além de Mariano Rajoy, estavam na sala o primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, dois executivos criticados pela opinião pública por aplicarem medidas de austeridade. Minutos antes, Rajoy já havia feito um apelo aos países latino-americanos para que auxiliem a Europa a superar a crise.

"Hoje a América Latina tem uma posição melhor. Se a América Latina é uma oportunidade para a Europa, nós também somos uma para vocês. Não preciso dizer que seus investimentos serão recebidos de braços abertos", disse Rajoy.

Menos direto, mas também tentando seduzir os líderes latino-americanos, Barroso lembrou que "os investimentos da União Europeia no Brasil são maiores do que na Rússia e Índia juntos". Ele nem precisou dizer o que estava implícito em seu discurso: agora, em meio à crise, espera o mesmo do Brasil e da América Latina. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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