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O governo quer que o setor privado ofereça internet gratuita para os usuários que acessarem os sites das empresas para fazer compras ou contratar serviços. Para isso, lançou nesta quinta-feira, em parceria com o governo do Distrito Federal, um projeto piloto de uso livre de banda larga. "Se muitos sites já oferecem frete grátis de seus produtos, por que não oferecer também a navegação?", questionou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Ele salientou que o serviço é inédito no mundo e funciona como as ligações telefônicas para 0800, em que a cobrança é feita ao portador do número de destino da chamada. Batizado de "BL 0800", o projeto tem como alvo o usuário do telefone pré-pago, que representa 82% da base de celulares do Brasil. Os sites que quiserem oferecer navegação livre a seus clientes terão a extensão no endereço de "0800.br". O nome do domínio, porém, ainda não está disponível para ser usado comercialmente, pois o governo ainda precisa estabelecer as regras dessa nova forma de uso da internet.

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O projeto BL 0800 entra em vigor sábado, na região administrativa de São Sebastião, em Brasília. Durante 15 dias, 80 pessoas pelo governo do Distrito Federal poderão acessar a página desenvolvida pelo governo, a bandalarga.0800.br, que vai apresentar notícias e informações de utilidade pública sem qualquer cobrança. Os escolhidos têm, segundo o governo, perfis diferentes, com diferenciação de escolaridade, idade e ocupação.

Os 80 celulares que serão distribuídos para teste estão programados para não realizar cobrança quando estiverem no site do governo. A página pode ser acessada pelos demais internautas - que serão tarifados normalmente. "Ninguém ainda fez isso no mundo, o que não quer dizer que não possamos fazer", afirmou o ministro. Bernardo ressaltou que, com a nova lei de acesso à informação, o próprio governo tem a obrigação de oferecer navegação gratuita em seus sites. O ministro enfatizou, porém, que o objetivo principal do projeto é o setor privado. "Os bancos, por exemplo, têm condições de pagar pelo serviço. Aliás, eles preferem que a gente use apenas a internet e não vá até a agência para fazer filas nos caixas", observou.

O ministro disse que não vislumbra a possibilidade de a oferta gratuita de navegação se tornar uma obrigação. Considerou, no entanto, que é uma forma de atrair clientes. "O 0800, como sabemos, está consagrado", comparou. O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, previu que até a Copa das Confederações, em junho de 2013, o projeto estará ampliado para todo o DF. O diretor executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Eduardo Levy, também enfatizou o ineditismo do programa. "Isso não existe em nenhum lugar do mundo. É uma jabuticaba, e uma jabuticaba boa", avaliou.

Um acidente envolvendo seis carros de passeio e seis carretas no km 14 da BR-060, em Brasília, deixou um morto e 20 feridos na manhã desta terça-feira. A série de colisões ocorreu por volta das 7h30 e fechou as duas pistas da rodovia no sentido Goiás-Brasília por cinco horas, causando congestionamento de até 10 quilômetros. Apenas uma das pistas foi liberada às 12h30, mas a outra permanecia bloqueada para a remoção dos veículos envolvidos.

De acordo com o inspetor De Lucas Barbosa, porta-voz Polícia Rodoviária Federal (PRF), o engavetamento começou quando dois automóveis colidiram. A hipótese considerada, segundo ele, é que os veículos estivessem acima da velocidade permitida, já que as condições de tráfego da estrada eram boas: não havia neblina, buracos ou qualquer tipo de problemas no local.

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Depois do primeiro acidente, os demais carros e carretas que vinham atrás não conseguiram desviar e ampliaram as batidas, que ocorreram sobre uma ponte em declive. Um dos caminhões caiu no rio ao tentar manobrar e o motorista morreu no local. Sua identidade não foi informada.

Ainda segundo a PRF, dois bombeiros à paisana estavam em um dos dois carros de passeio envolvidos na primeira colisão. Eles estavam indo para o trabalho e, sem ferimentos, conseguiram auxiliar nos resgates. Até as 12h30 o Corpo de Bombeiros e a PRF ainda trabalhavam para a retirada de destroços e atendimento a vítimas. A maior parte delas foi encaminhada ao Hospital de Base do Distrito Federal, informou a PRF.

Um desembargador de Brasília derrubou na terça-feira (3) uma liminar que impedia a divulgação dos salários de servidores públicos do Distrito Federal. O desembargador Otávio Augusto Barbosa concluiu que a revelação das remunerações está de acordo com a Lei de Acesso a Informações Públicas.

No final de semana, a pedido de um sindicato representativo de funcionários públicos, outro desembargador, Romeu Gonzaga Neiva, tinha concedido uma liminar suspendendo a divulgação individualizada dos vencimentos dos servidores.

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A liminar contrariava decisões recentes de uma série de órgãos públicos, inclusive o Supremo Tribunal Federal (STF), que resolveram divulgar os salários de autoridades e funcionários com base na Lei de Acesso a Informações Públicas.

Na terça-feira, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também decidiu determinar aos tribunais de todo o País que publiquem de forma individualizada as remunerações dos juízes e servidores.

Brasília - Apesar de ter o habeas corpus do Supremo Tribunal Federal assegurando-lhes o direito de permanecer em silêncio, caso haja risco de autoincriminação, Cláudio Monteiro, ex-chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, aceitou depor nesta quinta-feira (28), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que investiga as relações de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados

Após o início das perguntas dirigidas pelos parlamentares, Cláudio Monteiro negou relações de Cachoeira como governo do DF. “No meu entendimento, não há relações do Carlos Cachoeira com o governo do Distrito Federal”, disse. Ele também frisou que não fez ligações telefônicas para o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) nem recebeu ligações dele. Cláudio Monteiro é citado em escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal como possível facilitador do esquema de Cachoeira no governo do DF.

Outras duas pessoas foram convocadas para depor nesta quinta. O ex-assessor da Casa Militar do DF, Marcello de Oliveira Lopes, estaria envolvido com a tentativa de nomear um aliado de Cachoeira no Serviço de Limpeza Urbana (SLU), de acordo com investigações da PF. Já o ex-subsecretário de Esportes do DF, João Carlos Feitoza, é suspeito de receber dinheiro do grupo de Cachoeira e ser o contato entre o governador e o contraventor. Os dois também possuem habeas corpus, assegurando o direito de ficarem calados. Caso ambos não queiram depor, eles deverão ser dispensados pela CPI, procedimento adotado também com outros depoentes.
Ontem, depois que duas pessoas se negaram a depor, os parlamentares decidiram rediscutir o que fazer nesses casos – se liberam as pessoas ou seguem com as perguntas, mesmo que não obtenham resposta. Mas, por falta de quorum, nada foi decidido. Hoje, na abertura da CPI, os parlamentares também comentaram o assunto, mas também não houve uma decisão final.

Segundo o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) mudar o rito não seria a melhor escolha porque a comissão pode ser acusada de se comportar de forma diferente em relação aos convocados. A sugestão dele é de que as pessoas que foram dispensadas sem perguntas sejam reconvocadas.  O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) disse que a liberação passa para a população a ideia de que “ganhou o bandido, perdeu a CPMI”, e que “a CPMI não serve para nada”.

Por outro lado, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) defendeu que passar horas indagando uma pessoa que não quer depor não é eficiente. Já o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) disse que uma pessoa não pode antever que uma pergunta a levará à autoincriminação. “Isso é absolutamente impossível. Ela vai ter que dizer isso a cada pergunta. Só depois da pergunta é que ela vai decidir se a resposta pode incriminá-la ou não”, acrescentou.

A Segunda Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) negou hoje o pedido de habeas corpus ao contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O pedido de soltura se refere à Operação Saint-Michel, da Polícia Civil do DF, que desbaratou um esquema de fraudes de licitação da bilhetagem eletrônica no transporte público do DF.

Na semana passada, o desembargador federal Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª região havia concedido liberdade a Cachoeira em um pedido relacionado à Operação Monte Carlo, que investiga indícios de corrupção, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e exploração de jogos ilegais em Goiás e no Distrito Federal. Mas ele continuou preso por conta do decreto de prisão relativo à Operação Saint-Michel.

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Na primeira condenação do mensalão do DEM, a Justiça de Brasília condenou anteontem a ex-deputada Eurides Brito por improbidade administrativa e determinou que ela devolva cerca de R$ 3,5 milhões aos cofres públicos.

A ex-deputada foi denunciada na esteira da operação Caixa de Pandora, em que a Polícia Federal investigou o suposto pagamento de propina à base aliada do então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, escândalo conhecido como mensalão do DEM. A decisão foi tomada pelo juiz Álvaro Ciarlini, da 2ª Vara de Fazenda Pública do DF.

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O valor da condenação corresponde à soma de 31 parcelas da mesada de R$ 20 mil, no valor de R$ 620 mil, que ela, segundo a Justiça, recebeu em troca de apoio a Arruda na Câmara Legislativa do DF, de 2006 a 2009. O juiz aplicou ainda multas de R$ 2,86 milhões. Eurides também teve suspensos seus direitos políticos por dez anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma adolescente de 13 anos, portadora de transtorno de déficit de atenção (TDA), foi estuprada durante três dias seguidos por colegas dentro da própria escola, na cidade-satélite de Ceilândia, no entorno de Brasília. Na hora do recreio, alguns ficavam de guarda, enquanto outros atacavam a menor em uma sala vazia. Eles se revezavam, sempre na hora do intervalo, segundo a Delegacia da Criança e do Adolescente.

O delegado Amado Pereira, encarregado da investigação na Polícia Civil do Distrito Federal, informou que foram apreendidos nesta segunda-feira dois suspeitos de 17 anos e pelo menos outros dois são procurados para prestar depoimento. Por não terem sido apanhados em flagrante, os dois adolescentes foram soltos após prestar depoimento e responderão ao processo em liberdade. Eles serão processados por estupro de vulnerável e podem ser condenados a até três anos de medidas socioeducativas.

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Um rapaz de 19 anos foi preso sob suspeita de ter colaborado com os estupradores. Segundo depoimento de testemunhas à polícia, os abusos ocorreram quarta, quinta e sexta-feira passadas. Ela teria sido abusada por vários rapazes nos três dias. A Secretaria de Educação informou que só vai se manifestar após a conclusão do inquérito. Os pais da menina disseram que lutarão por justiça e vão pedir sua imediata transferência da escola.

Continuam as negociações para que o pai solte a filha de um ano e seis meses que ele mantém em cárcere privado já há mais de nove horas no município de Samambaia, no Distrito Federal, a 25 quilômetros de Brasília. Segundo agentes da Polícia Militar que estão no local, a situação continua complicada.

O pai, que não foi identificado pela PM, mantém a filha refém em casa desde as 7h desta terça, horário no qual a polícia foi acionada. Segundo policiais, o homem aparenta estar sob o efeito de drogas.

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Cerca de 50 policiais fazem cerco ao local. A casa da família fica nos fundos de um terreno onde há dois imóveis. O negociador da polícia conversa com o pai da menina pelo celular e também por gritos.

Em nenhum momento, segundo o agente Lopes, porta-voz da Polícia Militar no local, o homem mostrou o rosto. Segundo parentes, há alimentos na casa e o homem sempre foi considerado um bom pai.

Uma menina de um ano e seis meses está mantida refém pelo próprio pai em uma residência no município de Samambaia (DF), a 25 quilômetros de Brasília, já há aproximadamente seis horas. De acordo com agentes da Polícia Militar que estão no local, o pai aparenta estar sob o efeito de drogas.

A Polícia Militar foi acionada por volta das 7h desta terça-feira. Segundo o agente Lopes, que está no local, a polícia faz um cerco à casa e há 50 policiais na ação de resgate da menina.

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Há um agente negociando diretamente com o pai da criança, cuja identidade não foi fornecida pela PM. Ainda segundo a polícia, a mulher do homem, que conseguiu fugir do cárcere privado, disse que ele está armado. Segundo a PM, tudo indica que o pai da criança irá se entregar.

Um homem de 21 anos foi encontrado na manhã desta quarta-feira em um buraco de 30 metros na região de Planaltina-GO. De acordo com depoimento do homem, ele teria caído na cratera no domingo. Uma senhora não identificada ligou para o Corpo de Bombeiros da cidade de Planaltina de Goiás e informou que um homem estava pedindo socorro dentro de uma cratera. Os agentes dos bombeiros foram ao local e constataram que William Pereira do Nascimento, de 21 anos, estava no buraco.

Segundo os bombeiros da cidade, o jovem estava levemente ferido com uma fratura interna no ombro direito. Segundo depoimento do jovem, ele estava andando pelo local quando caiu no buraco.

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A família do jovem foi contatada e, em depoimento, informaram que Nascimento estava em tratamento para distúrbios psicológicos em um Centro de Apoio Psicossocial (Caps) da cidade quando fugiu do local. O resgate de William foi concluído por volta das 9 horas desta quarta-feira. Ele foi encaminhado para o Hospital Municipal de Santa Rita de Cassia.

O preço do etanol acima da média nacional fez a Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça abrir, na quarta-feira, uma nova investigação sobre suposta formação de cartel dos postos de combustíveis no Distrito Federal.

Os técnicos acreditam ter reunido novos indícios de práticas contra a concorrência, que possibilitam a cobrança de altas margens de lucro. A averiguação atinge também o comércio de gasolina.

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Essa é a terceira investigação que recai sobre os postos do DF, informou a SDE. A primeira foi feita em 2002 e resultou, dois anos depois, em aplicação de multa a duas redes e ao sindicato dos postos local, além de um compromisso de acabar com a prática. A averiguação seguinte foi arquivada por falta de provas.

De acordo com a SDE, as práticas desleais à concorrência vão desde a combinação dos preços por telefone até a pressão para aprovação, no Legislativo local, de leis que impeçam ou dificultem a instalação de novos postos de combustíveis.

A secretaria informou que enviou ofício ao Sindicombustíveis DF, além das distribuidoras BR, Ipiranga, Cosan, Shell e Alesat. O sindicato, a BR e a Raízen, que comercializa a marca Shell, disseram que ainda não receberam a notificação.

Na mira do Ministério Público que vai investigar as mortes ocorridas em uma UTI de um hospital público na periferia de Brasília, o secretário de Saúde, Rafael Barbosa, disse nesta sexta-feira que dos 13 pacientes que passaram pelo leito com suspeita de erro na tubulação de oxigênio, no período de julho de 2011 a janeiro de 2012, "quatro faleceram por óbitos que ocorreram dentro da expectativa da evolução dos quadros". De acordo com o médico, a média de idade dos pacientes era de 70 anos e o tempo de internação, de 14 dias. Tais fatos teriam sido determinantes para os óbitos.

No período em questão, a morte de 13 pacientes que ocuparam em momentos distintos o mesmo leito de um hospital no Distrito Federal pode ter sido causada pela troca dos tubos de oxigênio por tubos de ar comprimido. Pacientes internados no leito 19 do Hospital de Santa Maria, cidade a 30 quilômetros de Brasília, apresentavam sempre mais dificuldade de recuperação. Treze acabaram mortos.

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Relatório do próprio hospital confirma que a tubulação do leito 19 foi invertida, por onde deveria sair o duto de oxigênio saía o de ar comprimido. O diretor administrativo do hospital, Ivan Rodrigues, disse acreditar que o descuido tenha sido mesmo a causa das mortes: "Se está colocando ar comprimido, ar de colocar no pneu do carro, para paciente... Oxigênio é 100% oxigênio. Ar comprimido é ar comprimido. Então não tem como dizer que o paciente não morreu por causa disso", afirmou.

A Polícia Civil do Distrito Federal também iniciou uma investigação no hospital, com objetivo de verificar se houve alguma falha que pudesse ocasionar os óbitos desses pacientes. O hospital do Gama possui cem leitos de UTI, uma das maiores do País.

De acordo com a Secretaria, a UTI de Santa Maria funciona por meio de contrato de gestão com uma empresa privada. Uma nova licitação está prevista para ser aberta a fim de dar continuidade ao serviço de UTI.

Depois de abastecer a campanha do governador Agnelo Queiroz (DF), como indicam os grampos da Polícia Federal, a Delta Construções atuou no governo do petista indicando ocupantes para cargos-chave, para manter sua influência na administração.

Dona de 70% da coleta de lixo em Brasília, a empresa apresentou, via emissários, lista de nomes ao secretário de Governo, Paulo Tadeu, e emplacou seus aliados no Serviço de Limpeza Urbana (SLU), órgão que tem a função de fiscalizá-la.

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Paralelamente, a empreiteira acionava arapongas para levantar informações de "inimigos" na administração, com o objetivo de provocar sua demissão.

Segundo conversas interceptadas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo, a organização do contraventor Carlinhos Cachoeira, ligada à empreiteira, tinha acesso privilegiado a documentos do governo, como as nomeações, antes que elas saíssem no Diário Oficial do DF.

O interesse da empreiteira era alocar "amigos" nos cargos de comando do SLU, especialmente as Diretorias de Limpeza das regiões administrativas. São elas as responsáveis por pagar pelos serviços de varrição e recolhimento de entulho. Até o fim de 2011, as medições eram feitas por estimativa. Com aliados nessas funções, a Delta tinha como garantir que o cálculo lhe seria favorável.

Num dos grampos, de 31 de março de 2011, o sargento Idalberto Matias, o Dadá, conversa com um funcionário da Delta sobre o envio de relação de nomeados a Paulo Tadeu, numa negociação intermediada pelo então chefe de gabinete do governador Agnelo Queiroz, Cláudio Monteiro: "O Marcelão vai levar para o Cláudio Monteiro, para resolver esse negócio aí, levar para o Paulo Tadeu, tirar esse pessoal aí e botar o pessoal que a gente pediu".

Horas antes, Marcelo Lopes, o Marcelão, ex-assessor da Casa Militar do governo, explicava a Dadá que João Monteiro, na época diretor-geral do SLU, negociaria indicações com Paulo Tadeu: "O João Monteiro vai lá no Paulo Tadeu para resolver o negócio da nomeação". Dois dias depois, Dadá disse a Lopes que aliado seu "botou a mão" no CD com as nomeações.

Desafetos

O engenheiro Cláudio Abreu, então diretor regional da Delta no Centro-Oeste, acionou Dadá para que investigasse desafetos no Distrito Federal. Um dos alvos era Pedro Luiz Rennó, gestor de um dos contratos da empresa no SLU. Em abril de 2011, Abreu cobrou de Dadá num telefonema: "Você tem de pegar o tal Pedro, filmar esse cara fazendo roubalheira. É isso o que você tem de me dar".

Procurado pelo Estado, o secretário Paulo Tadeu informou, por sua assessoria, que nunca teve reuniões com Marcelo Lopes ou João Monteiro para tratar de nomeações. Em nota, a Delta alegou desconhecer o teor dos relatórios da PF e assegurou jamais ter solicitado qualquer pesquisa sobre a vida de qualquer pessoa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Maior empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Delta Construções S.A. teria negociado facilidades em contratos diretamente com a cúpula do Governo do Distrito Federal (GDF), em troca de favores de campanha eleitoral, como indicam grampos da Polícia Federal.

Em conversas gravadas na Operação Monte Carlo, aliados do contraventor Carlinhos Cachoeira - acusado de comandar uma rede de jogos ilegais no País - revelam que a diretoria da empresa no Rio "cobrava a fatura" de doações eleitorais ao pressionar o Palácio do Buriti por nomeações e a liberação de verbas.

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Em 2010, a Delta consta como doadora de R$ 2,3 milhões apenas a comitês partidários no País. Do total, R$ 1,1 milhão foi destinado ao Comitê Nacional do PT e o restante ao PMDB. Não consta na prestação de contas do governador do Distrito Federal eleito, Agnelo Queiroz (PT), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) doação da construtora.

Com Agnelo eleito, segundo a PF, a Delta tentava emplacar aliados em cargos-chave de administrações regionais e do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) de Brasília, o que facilitaria seus negócios. Além disso, tentava receber débitos do GDF por serviços supostamente prestados.

Segundo revelam os grampos, o então diretor da empresa no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, enfrentava dificuldades para atingir seus interesses, ao que os diretores da Delta no Rio tiveram de tomar as rédeas. "Como ele (Cláudio) tá no pé da goiaba e a chefia do Rio é que ficou na negociação de campanha, as autoridades do Rio que mexeram, vieram e cobraram a fatura", relatou num telefonema o araponga Idalberto Matias, o Dadá, aliado de Cachoeira, ao ex-assessor especial da Casa Militar do GDF Marcelo Lopes, o Marcelão, que aguardava para conversar com o chefe de gabinete de Agnelo, Cláudio Monteiro.

A conversa foi interceptada pela PF em 31 de março de 2011, dia em que Monteiro foi nomeado para o cargo. "O Cláudio não participou da negociação da campanha. Quem participou da campanha foi os picas (sic) do Rio e os picas do Rio estão dizendo que o Cláudio não tá dando conta de resolver o problema", acrescenta Dadá ao interlocutor. Dadá diz a Lopes que Monteiro precisa entender que Abreu, da Delta, tem chefe. "Em cima dele, tem uma porrada de gente."

Reunião

Emissários da Delta no Rio teriam ido a Brasília em 31 de março de 2011 conversar com representantes do GDF.

Num diálogo, Dadá conversa com um funcionário da empreiteira identificado como Andrezinho. Possivelmente, trata-se de André Teixeira Jorge, motorista do engenheiro Cláudio Abreu.

Nos diálogos, o araponga explica que Cláudio Abreu está "sem moral" com o governo e que, diante disso, caberia aos seus superiores acionar o "01". Segundo a PF, "01" era o tratamento dado pela quadrilha ao governador Agnelo. Na mesma ligação, os dois contam que a lista de nomeações no GDF seria levada ao secretário de Governo, Paulo Tadeu (PT).

Dias depois, a Delta conseguiu liberar o pagamento de faturas. Na mesma data, o SLU emitiu nota de empenho de R$ 2,8 milhões em favor da Delta, paga na segunda-feira seguinte.

Ao longo do ano, a Delta recebeu R$ 92 milhões do GDF, em faturas não raro negociadas pela organização de Cachoeira nos bastidores, como mostram os grampos. Os diálogos sugerem ainda uma relação de proximidade entre Cachoeira e o dono da Delta, Fernando Cavendish.

Defesa

Procurada pelo Estadão, a Delta confirmou que Cavendish e Cachoeira se conhecem, tendo sido apresentados "socialmente". "Não há e nem jamais houve convívio maior nem outra relação profissional entre eles. Como a apresentação se deu em um evento social sem maior relevância, não há lembrança específica sobre datas ou assuntos tratados em conversas pessoais", diz nota da empreiteira.

A Delta informou desconhecer "os trechos, o teor e as motivações" das gravações. Segundo a empresa, Dadá não era um de seus funcionários e Abreu foi afastado em 8 de marco em razão das suspeitas levantadas na Monte Carlo. "Ele tinha relações pessoais com o empresário Carlos Augusto Ramos. A extensão e a profundidade dessas relações estão sendo investigadas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A rodovia BR-020 seguia totalmente bloqueada por volta das 11 horas desta quarta-feira devido a um protesto contra o transporte público em Brasília, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Agentes da polícia foram enviados ao local para das início às negociações e tentar desbloquear a estrada.

Segundo informações da polícia rodoviária, o protesto começou por volta das 6h30 depois de um ônibus de linha, que faz a interligação entre a saída norte até Brasília, quebrar na via. Ainda conforme informações da polícia, os passageiros do ônibus teriam ficado revoltados com a situação e iniciaram o bloqueio da estrada, reivindicando melhorias no transporte público

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Em função do bloqueio, um grande congestionamento se formou no local Ao longo da manhã, os demais ônibus que se aproximavam do protesto foram parados e os passageiros se uniam ao protesto, disse a polícia.

Uma das empresas suspeitas de lavar dinheiro da organização comandada por Carlinhos Cachoeira mantém contrato com o governo do Distrito Federal. Investigações do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal revelam que a máfia dos caça-níqueis usava os serviços do empresário José Olímpio Queiroga Neto para movimentar o dinheiro arrecadado com jogos de azar e manter a estrutura ligada a Cachoeira.

A Emprodata Administradora de Imóveis e Informática, registrada em nome dos filhos de Queiroga, assinou em 30 de dezembro de 2010 contrato com a Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão de locação de área para uma unidade da Praça do Cidadão, serviço similar ao Poupa Tempo paulista, chamado Na Hora.

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O contrato foi renovado em 9 de dezembro, na gestão Agnelo Queiroz (PT), a um custo anual de R$ 494 mil. O acordo passou para a Secretaria de Justiça, comandada pelo delegado e deputado distrital Alírio Neto (PPS). A empresa também tem contrato com o Banco de Brasília (BRB) para criar serviço de autoatendimento. Todos foram feitos com dispensa de licitação.

Segundo o MP, Olímpio é subordinado a Cachoeira na exploração de casas de jogos no Entorno do Distrito Federal. Ele foi denunciado, assim como seus irmãos Raimundo Washington de Sousa Queiroga, Francisco Marcelo Queiroga e Otoni Olímpio Júnior.

"Integrante da quadrilha desde 2004 era o responsável, com a permissão de Cachoeira, por escolher, consentir a presença de pessoas na região de domínio territorial do capo ou excluí-las da atividade, bem como fechar, abrir e transferir pontos de jogos para outros localidades", define a investigação. Olímpio, segue o texto, atuva como "principal interlocutor entre os exploradores diretos, prestando contas a eles e recolhendo e repassando porcentagens sobre o faturamento bruto arrecadado as casa de jogos, como forma de pagamento pela autorização na exploração da atividade - de 25% a 30% dos rendimentos brutos".

Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça mostram como José Olímpio usava empresas para movimentar dinheiro do grupo. Em 17 de janeiro de 2011, Rosalvo Cruz, uma espécie de contador do grupo, e Olímpio conversam sobre a necessidade de dar uma "injetada em uma das empresas do grupo". O pedido, segundo Olímpio, veio de Cachoeira. "Não, quem me ligou foi o próprio Carlinhos, mas é porque a pendência lá tá, tá quanto a pendência, você sabe dizer mais ou menos", questiona. O valor a que se referem é de aproximadamente R$ 130 mil, segundo a PF.

A Perícia Criminal Federal analisou os principais destinatários e remetentes de recursos das empresas. A Emprodata, além de passar dinheiro paras outras empresas dos Queirogas, transferiu recursos a laranjas. No período analisado, a empresa movimentou mais de R$ 2 milhões.

Uma das formas da movimentação, diz o MP, foi através de Cláudio Kratka. Ele operaria como agiota, como uma espécie de instituição financeira ou como factoring, facilitando a introdução no sistema financeiro de valores milionários. "Desse modo, poderia ser peça auxiliar no ciclo da lavagem de dinheiro quando da aquisição de inúmeros bens móveis e imóveis." Kratka enviou cerca de R$ 1,3 milhão para as empresas de Queiroga.

Kratka foi funcionário do BRB de 1974 a setembro de 2011. "A consequência dessa intermediação de Kratka indica uma grande operação muito bem estruturada para a lavagem de dinheiro oriundo de uma estrutura criminosa organizada para a corrupção de agentes públicos e exploração de jogos de azar, onde Cláudio cobra 6% para efetuar essa troca", diz a PF. Estima-se que ele tenha recebido cerca de R$ 200 mil.

O porta-voz do DF, Ugo Braga, disse que o governo vai pedir informações à PF sobre o envolvimento da empresa nas investigações e no suposto esquema de lavagem e abrir auditoria para apurar eventuais irregularidades no contrato e no serviço. O Grupo Estado não localizou Olímpio nem Kratka. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da República em exercício, deputado Marco Maia (PT-RS), recebe na tarde de hoje no Palácio do Planalto manifestantes que reivindicam mais políticas públicas voltadas para a população negra. Maia assumiu a presidência após a viagem da presidente Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer para o exterior.

Na pauta de reivindicações do movimento Educafro, que organizou a mobilização, está a inclusão de cotas para afro-brasileiros em concursos públicos e no programa Ciência sem Fronteiras, que concede bolsas para estudantes no exterior. Cerca de 50 pessoas do Educafro viajaram para Brasília, onde devem permanecer até a quarta-feira.

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Em panfleto distribuído à frente do Palácio do Planalto, os militantes questionam o governo Dilma Rousseff: "Onde o seu governo tem priorizado o povo afro? Onde as mulheres negras estão sendo incluídas no governo da presidente Dilma?". Para o voluntário Antônio Gomes Fortaleza, "o governo Dilma é muito tímido na questão da negritude".

Ao menos 12 pessoas ficaram feridas na noite deste domingo em uma festa de aniversário, em Ceilândia, no entorno de Brasília, segundo informações da Polícia Civil. A festa estava sendo realizada em uma chácara alugada, onde estavam cerca de 100 pessoas, segundo o delegado Raphael Ferreira Bernardino, da 23ºDP, onde o caso foi registrado.

Um grupo de pessoas começou uma discussão e um deles atirou contra os convidados. Doze pessoas ficaram feridas e foram levados para três hospitais da região, de acordo com Bernardino, que ainda não tem informação sobre o motivo da briga.

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De acordo com a Polícia, o dono da chácara já prestou depoimento. Outras testemunhas também serão ouvidas, segundo a polícia. As vítimas não correm risco de morrer, segundo a polícia.

Dois moradores de rua foram assassinados na manhã deste sábado, 10, em Águas Claras, cidade-satélite do Distrito Federal. De acordo com a Polícia Civil, cada um dos dois homens foi baleado com um tiro na cabeça enquanto dormia na Quadra 11, na região de Areal.

Ainda não há suspeitos para o crime, que ocorreu por volta das 6h. A delegada de plantão Silvana Quintana, do 21.º Distrito Policial (Taguatinga-Sul), diz que as duas vítimas não foram identificadas ainda. "Ninguém viu (o homicídio). Nenhuma hipótese (para o motivo do crime) é descartada", afirmou.

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O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foram acionados para a ocorrência e remoção dos corpos.

Há cerca de duas semanas, outros dois moradores de ruas foram incendiados em Santa Maria, a 26 km de Brasília. Com 63% atingido pelo fogo, uma das vítimas não resistiu e morreu. O outro homem está internado e ainda corre o risco de morte.

Há 13 anos

Em abril de 1997, cinco jovens de classe média - sendo um menor de 18 anos - atearam fogo no índio pataxó Galdino Jesus dos Santos enquanto ele dormia em um ponto de ônibus, em Brasília. Ele morreu no dia seguinte. Em 2001, os maiores foram condenados a 14 anos de prisão.

Uma falha causou o desligamento automático da linha de transmissão Brasília-Sul-Brasília Geral, de 230 KV, de propriedade de Furnas, e o desligamento total da subestação Brasília Geral, provocando uma interrupção de 170 MW na carga de energia de Brasília, informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Conforme o operador, a recomposição do sistema foi iniciada imediatamente e ainda estava em andamento por volta das 16 horas. Não há prazo para a completa restauração do fornecimento, que afeta parte da capital federal desde às 13h13.

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As causas do problema ainda não são conhecidas. O ONS deverá realizar em três ou quatro dias uma reunião com os envolvidos - Furnas e a distribuidora local, a Companhia Energética de Brasília (CEB) - para apurar os motivos da interrupção.

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