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O prefeito do Rio, Eduardo Paes, usou as redes sociais para pedir à população que não saia às ruas de carro nesta segunda-feira. Preocupado com as más condições do trânsito na cidade durante os Jogos Olímpicos, Paes postou em sua conta no Twitter, no fim da manhã deste domingo, mensagens em que pede ao carioca que evite grandes deslocamentos.

Após o caos provocado no trânsito do Rio na semana passada pela entrada em vigor das faixas olímpicas - três tipos de faixas pintadas em ruas e avenidas da cidade para uso restrito de ônibus, táxis tripulados, organizadores e delegações dos jogos olímpicos -, Eduardo Paes decretou um feriado de última hora no município na última quinta-feira (4).

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Na sexta (5), dia da abertura oficial dos jogos, o feriado já havia sido decretado anteriormente. Esta segunda-feira será o primeiro dia útil desde o início oficial dos jogos na cidade.

Eduardo Paes sugeriu aos moradores que precisem se deslocar que o façam através de transporte público. O prefeito afirmou que o governo municipal tomou uma série de medidas para diminuir a circulação de carros na cidade, o que considera fundamental para a mobilidade de atletas e jornalistas que vieram aos jogos olímpicos. "No entanto, sem colaboração das pessoas podemos viver uma situação complicada", reconheceu Paes.

"Peço a compreensão de todos para que evitem grandes deslocamentos amanhã, que se utilizem principalmente de transporte público. Caso usem carro, busquem juntar amigos para a carona. Não são dias normais e por isso precisamos da ajuda de todos. Vamos seguir mostrando que vamos entregar os melhores jogos da história", tuitou o prefeito.

O prefeito Eduardo Paes (PMDB) não descarta concorrer ao governo do Estado do Rio nas eleições de 2018. Em entrevista concedida na manhã desta quinta-feira, 04, à Rádio Estadão, o peemedebista foi indagado pela colunista do jornal Eliane Cantanhede se poderia concorrer às eleições presidenciais de 2018. Em resposta, Paes disse: "Chance zero (concorrer à Presidência da República em 2018)", emendando: "O caminho natural é tentar ser candidato a governador". A situação acontece por conta do vácuo na política decorrente da Operação Lava Jato, que atinge quase todos os partidos e por estar em todos os holofotes nacionais, em razão das Olimpíadas.

Ao dizer que o caminho natural seria tentar o governo do Rio nas próximas eleições gerais, Paes afirmou que está apanhando mais com os holofotes do que recebendo homenagens. "Então não diria que, sob o ponto de vista político é a melhor coisa do mundo, tenho orgulho de ser prefeito do Rio, tenho orgulho da minha cidade e me causa muita indignação e irritação ouvir algumas críticas que o Brasil e minha cidade recebem, esse permanente complexo de vira-lata, que tudo nosso é pior. Deixo a prefeitura em 31 de dezembro e quero ter um ano que vem mais tranquilo e acho que o caminho natural, nem gostaria de dizer isso porque se não já ficam querendo me dar tiro, o caminho natural para quem vai bem numa prefeitura de uma cidade tão importante como o Rio, é tentar ser candidato a governador". E, ponderou: "Mas nem isso eu sei se serei", voltando a frisar que não está em seus planos ser candidato à Presidência da República. E lembrou que seu partido, o PMDB, já tem nomes para o posto, sem citar quais.

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Na entrevista à rádio, Paes disse que a política como um todo e os políticos estão em xeque neste momento. "Não há nenhum partido que não viva essas dificuldades e nós, políticos, vivemos um período sob suspeita, não tem jeito mesmo, diante de todas essa revelações (Lava Jato) e de tantos absurdos, a gente fica nessa situação." E brincou com a colunista, que é carioca, mas reside em Brasília, que ela deveria voltar para o Rio de Janeiro para votar nele para governador em 2018. "Já pode até começar a campanha, pedindo votos. Agora vou começar a apanhar aqui dos meus adversários no Rio, só porque falei isso."

Sobre suas declarações, muitas das quais polêmicas, Paes disse que dá muita entrevista e acaba falando demais, "vazando tudo para a imprensa". Por isso, pediu para não lhe contarem quem irá acender a pira olímpica, representando o Brasil aos olhos de cinco bilhões de expectadores de todo o mundo na abertura da Olimpíada, nesta sexta-feira, 5. E voltou a mencionar a capacidade do País em realizar um evento do porte de uma Olimpíada. "Apesar da crise política e econômica, o Brasil é capaz, mas não é possível mais continuar nos humilhando, nós podemos (fazer bem o evento)."

Questionado se já ficou arrependido por causa de algumas dessas declarações, como a de colocar um canguru no prédio onde está hospedada a delegação olímpica da Austrália, o peemedebista tascou: "Eu sou um péssimo diplomata, reconheci os problemas do prédio da Austrália e só pegaram a parte do canguru, quase virou um incidente diplomático. Me desculpei, dei a chave da cidade a eles e quem está feliz é minha filha de dez anos, que já ganhou quatro cangurus de pelúcia depois que dei essa declaração."

Ao final da entrevista, Paes convidou "a paulistada" para ir ao Rio ver os jogos olímpicos, mas ressaltou que não estava falando "paulistada" de forma pejorativa.

"Quero que todos tenham orgulho da cidade do Rio, que é tão perto de São Paulo, quero ver a invasão de paulistas aqui, um momento imperdível. E falar de paulistada não é pejorativo, pelo amor de Deus, tenho irmãos e sobrinhos que moram em São Paulo."

Contrariado com os problemas encontrados na Vila Olímpica, no Rio, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) atribuiu a furtos o péssimo estado em que os apartamentos foram entregues às delegações da Olimpíada. Ele contou ter encontrado "móveis empilhados, lixo para todos os lados" quando visitou o edifício reservado à delegação da Austrália, na sexta-feira passada.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o prefeito elogiou os dirigentes do Comitê Olímpico Internacional (COI) pela solidariedade diante das crises econômica e política do País. O prefeito diz que é agradecido ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à presidente afastada Dilma Rousseff. Conta que esteve ao lado de Dilma, defendeu a sua permanência no governo, mas que ela não se esforçou para recuperar apoio político. "Ela quis cair", afirmou.

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O Rio foi escolhido sede em 2009, foram quase sete anos para organizar. Vai começar com a marca do improviso?

Vamos lá: que improviso?

Vila dos Atletas, por exemplo.

A Vila dos Atletas ficou pronta e, durante três meses que passou sob comando do comitê organizador, teve um problema gravíssimo de gestão. Durante três meses aqueles apartamentos foram invadidos e muitas coisas se roubaram.

Como foram os roubos?

As portas ficaram meio abertas, foi uma falta de atenção do Comitê Organizador, objetivamente. Você recebe as chaves de uma casa, você lista as condições. Não tinha (na entrega dos imóveis pelos construtores) nenhum apartamento sem privada, sem luminária. Isso tudo infelizmente foi roubado ao longo desses três meses. Não me pergunte por quem, eu não sei. Tanta gente entrou e saiu. O mais grave é que o grito de socorro só aconteceu na quinta-feira passada. Se tivesse um grito de alerta na sexta-feira anterior, estaria tudo resolvido. A gente tem reuniões com o COI, com o Comitê Organizador, pelo menos três vezes por semana. Tem planilha de alertas, de problemas.

Nunca haviam sido relatados problemas nos apartamentos?

Nunca se tratou de Vila dos Atletas. Você tem um problema de gestão.

Foi um problema de segurança?

Pode garantir que é gestão. Quando cheguei lá na quinta-feira à noite, vi que não era um problema de segurança, era problema de desorganização. Tinha gente entrando botando móvel, tudo aberto. Na quinta-feira eu disse: "quero me reunir com os 31 síndicos dos prédios". Não tinha síndico dos prédios. É um elemento de gestão básico. "Quem tem as chaves?" Cinco pessoas têm as chaves. É um problema de gestão inaceitável. Mas nunca tinha surgido ponto de alerta.

E os vazamentos, falta de água nos apartamentos?

Esses seriam os problemas normais de qualquer Olimpíada. Em Londres demorou um tempo para ter água quente. Se fossem só os problemas de construção, não teria problema. No caso da Austrália, tinha uma quantidade de lixo assustadora. Fiz uma brincadeira que pegou mal, admito. Ela (Kitty Chiller, chefe da delegação australiana) respondeu sem ser grosseira. Estive com ela na sexta-feira e fiquei com vergonha. Na garagem, todos os móveis estavam espalhados, lixo para todos os lados. Foi problema de gestão. Não tem nada ficando pronto em cima de hora. Foi uma falha inaceitável, uma pena, porque foi na largada da Olimpíada. Tinha a Vila pronta, todos os estádios, todas as obras de legado. A prefeitura entregou tudo no prazo, só falta o metrô. Não tinha um brasileiro comandando a Vila dos Atletas, só estrangeiros. Pelo menos não cai na conta de que o brasileiro é desorganizado. O comandante é o Mario Cilenti (diretor da Vila Olímpica, argentino).

E a Janeth (brasileira, ex-jogadora de basquete), prefeita da vila?

O prefeito mesmo é o Cilenti. Ela não tem responsabilidade nenhuma, é muito mais relações públicas. Para você ter uma ideia, as construtoras tiveram que adiar a entrega da Vila porque o Comitê Organizador queria receber depois, para economizar. A Vila ficou pronta no prazo, sem um tostão de dinheiro público, só urbanização foi a prefeitura que pagou, através da PPP (Parceria Público Privada) do Parque Olímpico.

Nesta quarta-feira houve um incidente em Angra dos Reis na passagem da tocha olímpica, com muita confusão. O clima não deveria estar mais festivo?

Entendo a questão da opinião pública, principalmente para quem não está no Rio, porque o legado é muito para a cidade do Rio. O sujeito só vê notícia ruim. Não estou reclamando da imprensa. É com a vida. Você tem um momento péssimo no Brasil, político e econômico. No caso de Angra, estavam lá funcionários públicos que não recebem salário da prefeitura. Não é um protesto contra a Olimpíada.

A crise está contaminando o humor em relação aos Jogos?

O ideal é que o momento do Brasil fosse outro para fazer a Olimpíada. As pessoas não fazem ideia do que foi fazer e entregar esse evento com o Brasil nas condições que está e que não começaram ontem. O que estamos fazendo é um milagre. O governo federal me deve de repasses de estádios que eram responsabilidade dele R$ 400 milhões.

O presidente interino Michel Temer disse que está preparado para a vaia na abertura. E o senhor?

Como dizia (jornalista e escritor) Nelson Rodrigues, no Maracanã até minuto de silêncio recebe vaia. Imagina. Acho uma cultura feia do Brasil, principalmente quando a gente está em uma exposição internacional. Acho uma super falta de educação, como achei o que fizeram com a presidente Dilma, inclusive com grosserias, na Copa do Mundo. É a realidade brasileira. Até disse para o presidente Temer: "fique tranquilo que o senhor receberá a vaia da largada e eu recebo a da saída (festa de encerramento)".

O que realmente ficará de legado para a cidade?

Pode demorar um tempo para ser percebido, mas aposto com quem quiser que a Olimpíada do Rio será referência de transformação urbana. A mudança na região central e portuária foi uma das facetas da transformação do Rio. Tem um legado de mobilidade que atinge a cidade inteira, obras de saneamento e drenagem. Destaca-se o que não se fez na Baía de Guanabara, mas na área mais pobre de Deodoro (zona oeste) o saneamento chegou a 100%. Não se destaca que se acabou com o lixão de Gramacho, na Baía de Guanabara.

O senhor foi muito próximo de Lula e Dilma. A relação esfriou?

Tenho gratidão com o presidente Lula e com a presidenta Dilma. Foram corretos comigo. Quem menos pagou a Olimpíada foi o governo federal, mas não tenho o que reclamar deles. Enquanto pude ajudei a presidente Dilma a se manter no poder. Mas ela quis cair, o que eu posso fazer?

Em que sentido ela quis cair?

Às vezes a pessoa nem percebe, mas ela não foi habilidosa no diálogo político. A política é a arte de saber lidar com o diferente e convencer o diferente das suas teses, impor ao diferente o que você acha que é correto. Você não quer lidar com o diferente, você impõe a sua liderança política. É assim que se faz.

O senhor acha que em algum momento o COI se apavorou com a crise brasileira?

Acho não, tenho certeza.

Eles transmitiram esse temor?

Nos últimos dois anos, nunca pensei que soubesse fazer tanta diplomacia. Imagina nos últimos oito meses: a presidente no processo de impeachment, o governador Luiz Fernando Pezão ficou com câncer. Não foi trivial chegar aonde chegou. Ou o Brasil entende que tem um monte de problema, mas uma capacidade incrível de superação, ou ninguém vai nos respeitar.

Houve um momento em que o COI achou que não ia sair Olimpíada?

Se a gente não conseguia fazer análise política aqui dentro, imagina lá fora? Teve prisão do Delcídio (Amaral, ex-líder do governo Dilma no Senado), teve a condução coercitiva do Lula. O sujeito me liga: ‘What is happening?" ('O que está acontecendo?’)‘Prenderam o líder do governo no Senado. E eu... (faz som de alguém falando uma língua estrangeira incompreensível). No outro dia, liga de novo. "What is happening? Is Lula arrested?" ('O que está acontecendo? Lula está preso?') E eu para explicar... Não sabia falar "condução coercitiva" em inglês.

Quem é esse interlocutor?

O presidente do COI. Acho que a gente trabalhou isso bem. Imagina a presidente Dilma, com o estilo dela de diálogo, chega lá um alemão como o Thomas Bach, cobrando alguma coisa. Não vai dar certo. Quando o presidente Bach vinha aqui, a gente se reunia antes, ele perguntava: "o que você acha que eu devo falar (com Dilma)?" Eu dizia: "elogia, diz que está tudo ótimo". O COI para mim é uma enorme surpresa positiva. Não ameaçaram sair, aquelas coisas que a Fifa fazia.

O encontro do prefeito do Rio, Eduardo Paes, com a chefe da delegação da Austrália, Kitty Chiller, na Vila Olímpica, nesta quarta-feira (27), para selar a paz entre os países, foi marcado por algumas gafes. O compromisso estava marcado para as 13 horas, mas os australianos tiveram de aguardar 25 minutos pela chegada do prefeito. O atraso foi observado por um dos chefes da equipe em conversa informal.

Os atletas, na maioria do hóquei sobre grama, aproveitaram a espera para tirar fotos. Parte do grupo estava sentado em um palco destinado para "pocket shows" na zona internacional da Vila quando foi surpreendida por uma ventania. As lonas da lateral da estrutura começaram a voar em direção aos atletas.

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O problema se repetiu assim que o prefeito começou a discursar, o que levou Paes a dizer em inglês: "Espero que não caia." E completou em português: "Eu ficaria muito feliz se alguém segurasse isso." Ninguém segurou, mas o vento deu uma trégua.

Uma frase do discurso de Paes também não passou despercebida. Em inglês, o prefeito declarou: "Sei que vocês têm um diferente nível de civilização." As palavras foram ditas pouco antes de o prefeito pedir desculpas pela confusão com os australianos.

PRESENTE - O prefeito saiu rapidamente para participar de um evento com o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, no centro da cidade. Antes de deixar o local, ele perguntou para os assessores onde estava o canguru de pelúcia que ganhara de presente dos australianos. Ao Estadão.com, contou o destino do símbolo de reconciliação: "Vou dar para minha filha."

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, ao inaugurar na manhã desta quarta-feira (27) o Rio Media Center, para uso de jornalistas brasileiros e estrangeiros, rechaçou o resultado da pesquisa Ibope, publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, segundo a qual os brasileiros têm sentimentos negativos em relação à Olimpíada.

"À medida em que as informações forem chegando, a população vai compreender a grandeza dos Jogos Olímpicos. A cidade do Rio já vive o legado, a população já está se beneficiando. A Olimpíada representa um enorme sucesso para a cidade, uma grande vitória", disse Paes.

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Dirigindo-se a jornalistas que não conhecem a cidade, vindos de outros países e estados, ele listou itens do legado olímpico, como a revitalização da zona portuária, os corredores expressos de ônibus BRT e a Linha 4 do metrô (obra do governo do Estado). Sobre a Vila Olímpica, Paes afirmou que houve um "erro de gestão do comitê organizador" e que os problemas de acabamento nos apartamentos estão "praticamente" resolvidos.

O prefeito Eduardo Paes negou que a crise financeira no Estado do Rio de Janeiro tenha sido causada pelos gastos com os Jogos Olímpicos, como afirmam especialistas. Segundo ele, a maior parte dos gastos, 93,5%, pela construção das instalações olímpicas partiu da prefeitura e não do orçamento do Estado. Ele ainda reclamou do baixo investimento do governo federal na Olimpíada.

Na semana passada, o presidente interino, Michel Temer, prometeu em encontro com o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) que o governo federal colocaria dinheiro na Olimpíada, porque o Comitê Rio-2016, que tem orçamento privado, não está conseguindo fechar as contas para as cerimônias de abertura e encerramento.

Na última segunda-feira terça-feira, no entanto, o comitê informou que nenhum recurso federal havia entrado. Nesta terça, o prefeito do Rio afirmou que está tentando buscar patrocínios para fechar as contas das cerimônias. "Senão, vai sobrar para o Estado ou município. E quem você acha que terá que pagar?", observou.

Segundo Paes, as críticas à realização do evento são fruto de "preconceito ideológico". Em coletiva de imprensa para apresentar as finanças do município, ele rebateu, principalmente, as declarações do economista norte-americano Andrew Zimbalist, especialista em contas de grandes eventos esportivos, a quem Paes se refere como "sujeito". "Prefiro ver o Freixo (Marcelo Freixo, possível candidato à prefeitura do Rio pelo PSOL) a ver o Andrew nas páginas (dos jornais)", contestou.

Segundo o prefeito, os gastos da cidade do Rio exclusivamente com os Jogos Olímpicos, como com arenas esportivas, foi de R$ 732 milhões, de 2009 a 2015, o equivalente a 1% do orçamento de educação e saúde. A maior parte do orçamento público com o evento, R$ 7 bilhões, teria partido de parcerias com a iniciativa privada.

"O Rio não tem fortuna para fazer parque aquático. A prefeitura conseguiu fazer tanta coisa porque a gente recorreu ao setor privado", disse o prefeito, ressaltando que o endividamento do município caiu à metade durante o período de obra.

Paes agradeceu ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à presidente Dilma Rousseff pela parceria nos investimentos. Mas atribuiu à prefeitura, e não ao governo federal, os ganhos da cidade com as construções. "Registro minha gratidão pelo governo federal. Daí a achar que o governo federal está pagando a Olimpíada de 2016, não é bem assim", contestou, complementando que não há na afirmação uma crítica política a Lula e Dilma.

Já a ajuda financeira da União ao Estado do Rio, garantida pelo presidente interino, Michel Temer, foi elogiada por Paes. "Nada é mais justo do que o presidente Temer ajudar o Estado para vencer a crise. O Rio receberá os Jogos que não são só da cidade. O Brasil conquistou. Não fui sozinho a Copenhague (disputar ser a sede dos Jogos)", disse.

Após atrasos e com trechos ainda em obras, a prefeitura do Rio inaugurou na manhã deste domingo, 5, a primeira linha do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que circulará pelo Centro da cidade. Uma das obras previstas no projeto de revitalização urbana da região portuária do Rio, o VLT inicia a operação com apenas oito estações e funcionará com horários restritos nas primeiras semanas.

Um grupo de 50 manifestantes protestou contra o projeto em frente à Praça Mauá, onde o prefeito Eduardo Paes (PMDB) foi chamado de 'golpista'. Ligados a movimentos sociais, os manifestantes também portavam bandeiras do PT e faixas contra o presidente em exercício, Michel Temer, e contra as remoções decorrentes de obras para os Jogos Olímpicos na cidade.

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Ao lado do ex-secretário de governo e pré-candidato à prefeitura, Pedro Paulo, o prefeito destacou o "legado" para a cidade com os investimentos feito para a competição. "Isso é um sonho que durante muito tempo vimos na propaganda eleitoral. É o integrador da revolução que fizemos na mobilidade da cidade. Não tem relação direta com a Olimpíada, mas com a integração da cidade", afirmou Paes durante a inauguração. "O mais legal da Olimpíada não é a festa, mas a jornada até aqui e os benefícios entregues para a cidade", completou.

Durante o discurso, um manifestante gritou palavras de ordem contra o prefeito, criticando os gastos públicos com as obras. "O Rio está falido", gritou o manifestante, abafado por aplausos da claque de funcionários da prefeitura.

Apesar da pouca adesão, a manifestação marcada pela internet contra a inauguração fez a prefeitura reforçar a segurança no trajeto do VLT, com viaturas da Polícia Militar, Guarda Municipal e também do Batalhão de Operações Especiais (BOPE).

"Somos contra esse projeto de cidade e o volume de recursos gasto com inversão de prioridades. O VLT atende a uma parcela pequena da sociedade enquanto a maioria da população usa trens velhos na zona Norte", criticou Gisele Tanaka, do Comitê Popular das Olimpíadas.

Projeto

Na primeira etapa, o VLT terá apenas oito estações em funcionamento entre o aeroporto Santos Dumont e a rodoviária Novo Rio, no Centro da cidade. Na véspera na inauguração, operários ainda trabalhavam no acabamento das estações, instalando vidros e corrimão, além de placas de sinalização para pedestres e motoristas nos cruzamentos com grandes avenidas da cidade.

O risco de acidentes e falhas na sinalização de trânsito levaram o Ministério Público a pedir o adiamento da inauguração na última quinta-feira. O pedido não foi aceito pela Justiça. Para o prefeito, o MP quer que "nada aconteça".

"Está tudo atendido, todo o sistema de sinalização. A gente sempre dialoga com o MP. Mas tem uma hora que eles querem que nada aconteça. Todas as medidas de segurança foram tomadas, mas a população tem que prestar atenção", rebateu Eduardo Paes.

Pelo menos na primeira semana, o VLT funcionará com oito estações das 12h às 15h, diariamente. O número de estações e o horário de funcionamento será ampliado gradativamente. A partir de 1º de julho, será iniciada a operação comercial, com cobrança de tarifa. A previsão da prefeitura é que até agosto todas as 17 paradas estejam operando 24h por dia.

Após atrasos e com trechos ainda em obras, a prefeitura do Rio inaugurou nesta manhã a primeira linha do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que circulará pelo Centro da cidade. Uma das obras previstas no projeto de revitalização urbana da região portuária do Rio, o VLT tem apenas oito estações operacionais e funcionará por três horas diariamente até a operação comercial, em julho.

Um grupo de 50 manifestantes protestou contra o projeto em frente à Praça Mauá, onde o prefeito Eduardo Paes (PMDB) foi chamado de 'golpista'. Ligados a movimentos sociais, os manifestantes também portavam bandeiras do PT e faixas contra o presidente em exercício, Michel Temer, e contra as remoções decorrentes de obras para os Jogos Olímpicos na cidade.

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Durante o discurso, um manifestante gritou palavras de ordem contra o prefeito, criticando os gastos públicos com as obras. "O Rio está falido", gritou o manifestante, abafado por aplausos da claque de funcionários da prefeitura.

Apesar da pouca adesão, a manifestação marcada pela internet contra a inauguração fez a prefeitura reforçar a segurança no trajeto do VLT, com viaturas da Polícia Militar, Guarda Municipal e também do Batalhão de Operações Especiais (BOPE).

"Somos contra esse projeto de cidade e o volume de recursos gasto com inversão de prioridades. O VLT atende a uma parcela pequena da sociedade enquanto a maioria da população usa trens velhos na zona Norte", criticou Gisele Tanaka, do Comitê Popular das Olimpíadas.

Projeto

Na primeira etapa, o VLT terá apenas oito estações em funcionamento entre o aeroporto Santos Dumont e a rodoviária Novo Rio, no Centro da cidade. Na véspera da inauguração, operários ainda trabalhavam no acabamento das estações, instalando vidros e corrimão, além de placas de sinalização para pedestres e motoristas nos cruzamentos com grandes avenidas da cidade.

O risco de acidentes e falhas na sinalização de trânsito levaram o Ministério Público a pedir o adiamento da inauguração na última quinta-feira. O pedido não foi aceito pela Justiça. Para o prefeito, o MP quer que "nada aconteça".

"Está tudo atendido, todo o sistema de sinalização. A gente sempre dialoga com o MP. Mas tem uma hora que eles querem que nada aconteça. Todas as medidas de segurança foram tomadas, mas a população tem que prestar atenção", rebateu Eduardo Paes.

Até o dia 1º de julho, o VLT funcionará com apenas oito estações das 12h às 15h, diariamente. A partir daí, será iniciada a operação comercial, com cobrança de tarifa. A previsão da prefeitura é que até agosto todas as 17 paradas estejam operando 24h por dia.

Após a grande repercussão nacional e internacional dada ao estupro de uma adolescente de 16 anos, no Rio de Janeiro esta semana, o prefeito da cidade, Eduardo Paes, resolveu aderir à campanha do Facebook "Eu luto pelo fim da cultura do estupro" nesta sexta-feira (27).

Ao acrescer o selo da campanha a foto de perfil, o gestor foi de imediato alvo de centenas de comentários criticando a sua postura e mais cerca de 1.500 compartilhamentos da publicação(até o momento da publicação da matéria). Os seguidores do prefeito na rede social questionam o fato de Paes estar apadrinhando para o próximo pleito à Prefeito do Rio, o pré-candidato Pedro Paulo (PMDB), que já reconheceu ter agredido a ex-mulher, Alexandra Marcondes Teixeira em duas ocasiões (nos anos de 2008 e 2010). 

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Uma seguidora dispara: “Não tô te entendo. Primeiro, fala que "as brigas são um problema do Pedro Paulo" (o famoso "em briga de marido e mulher, não se mete a colher") e agora quer pagar de empático com as mulheres vítimas do estupro? Luta" seletiva? Vai pagar de bom moço em outro lugar, vai?.” 

Já outra avalia a postura do prefeito em afirmar “lutar pelo fim da cultura do estupro” com a de ser aliado de um político que praticou violência doméstica. “Mantendo o Pedro Paulo como aliado e candidato à prefeitura ? Situações incompatíveis!!!”. Houve os que ao invés de comentar, preferiram usar o emoticon de vômito. 

Caso Pedro Paulo - Em 2015, quando confessou ter agredido a ex-mulher, secretário-executivo de Coordenação de Governo, Pedro Paulo ao comentar o caso ainda jogou para a plateia: "Quem nunca teve uma briga dentro de casa? Quem não tem um momento de descontrole?". Já o prefeito do Rio chegou a declarar que este era um caso da vida pessoal de seu braço direito.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), afirmou nesta quinta-feira (12) que "ninguém está feliz" com a crise política vivida pelo Brasil, que culminou no início da manhã com o afastamento da presidente Dilma Rousseff por até 180 dias. Apesar de ser filiado ao mesmo partido do vice Michel Temer, que assume interinamente a Presidência, Paes sempre declarou publicamente que "torcia" para que Dilma não fosse afastada. Ele garantiu, também, que a organização da Olimpíada não será afetada.

"Eu torço para que as coisas se acertem no Brasil. Ninguém está feliz neste momento. Ninguém pode achar que é bom uma crise política, que é bom impedimento, impeachment. Acho que nada disso é bom. O importante é que a gente possa prosseguir, e em relação aos Jogos Olímpicos eu quero afirmar e reafirmar isso, é uma agenda que não pertence a partido nenhum, a coloração nenhuma. É uma agenda do Brasil", disse o prefeito.

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Paes não quis se aprofundar no assunto. "Eu tomei uma decisão depois daquela minha gravação com o presidente Lula: eu não me meto mais em Brasília. Eu acho que se perdeu muito da racionalidade, da capacidade de diálogo político, do debate. Eu prefiro não me manifestar. Eu cuido aqui do meu balneário, da minha lojinha aqui, que é a Prefeitura do Rio, que já me dá trabalho suficiente. Tenho uma Olimpíada e uma cidade para tocar", afirmou.

O prefeito se referia à gravação de um telefonema entre ele e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva interceptada pela Polícia Federal (PF) e divulgada em março deste ano. Na conversa, o prefeito afirmava que cidades como São Pedro da Aldeia e Araruama, na Região dos Lagos, não são o mesmo que Búzios e Angra dos Reis, municípios da costa fluminense conhecidos por abrigarem propriedades de alto padrão. Falando sobre o sítio em Atibaia, que a PF suspeita ser do ex-presidente, Paes declarou que, no Rio , "não é em Petrópolis, não é em Itaipava. É em Maricá". A declaração gerou protestos de moradores dessas cidades e o obrigou o prefeito a se desculpar.

Paes disse ter falado com Temer pela última vez no sábado. "Eu conversei com o vice-presidente Michel Temer, ele me ligou no último sábado, ainda antes de ter se tornado presidente da República. Ele me garantiu e reafirmou o compromisso dele com os Jogos Olímpicos. Acho que este é um assunto que perpassa discursos políticos, perpassa governos ou administrações. Tenho certeza que a presidente Dilma vinha tratando de forma muito correta a Olimpíada, e assim continuará com o presidente Michel Temer", disse o prefeito. "Essa é uma agenda do Brasil, do estado brasileiro, do País. Não é uma agenda de partido A, B, C ou D."

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), classificou suas declarações em diálogo gravado pela Polícia Federal na Operação Lava Jato como comentários de extremo mau gosto, que geraram arrependimento e vergonha. Ele minimizou o trecho em que sugeriu um limite para a atuação dos investigadores e negou que tenha informações sobre a titularidade do sítio em Atibaia, usado pela família do ex-presidente.

"Quero dar esclarecimentos, satisfação e contextualizar aquela conversa. Eu tentei ser gentil com o ex-presidente que ajudou muito a cidade e meu governo, e que agora passa por um momento difícil", disse.

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Paes alegou que em uma ligação gentil, as pessoas falam gentilezas. "Eu sou carioca em excesso, o terror dos assessores, falo muito em on e em off. Foram brincadeiras de mau gosto com Pezão e Dilma", afirmou. Ele também se desculpou com a população de Maricá, alvo de piadas na conversa interceptada pela PF.

Sobre o comentário de que seria preciso "dar um limite" ao MPF e à PF, o prefeito procurou contextualizar a conversa com os dias que seguiram ao depoimento prestado por Lula na Lava Jato. "Eu me referia à condução coercitiva. Considerei que houve certo exagero e está foi uma crítica de boa parte da população", justificou.

A respeito do sítio, Paes declarou não saber de nada e acrescentou que cabe ao ex-presidente dar explicações. "Eu respondo pelos atos na vida política", afirmou.

Em sua delação premiada, o ex-líder do governo no Senado, Delcídio Amaral, disse que o senador Aécio Neves (PSDB) atuou para maquiar as contas do Banco Rural durante CPI Mista dos Correios. Presidida por Delcídio em 2005, a comissão investigou o mensalão, esquema que utilizava as empresas do empresário Marcos Valério para lavagem de dinheiro. Além disso, o delator também disse ter ouvido que o tucano mantém conta no paraíso fiscal de Liechtenstein.

O delator admitiu ter "segurado a barra" para que não viesse à tona a movimentação financeira das empresas de Marcos Valério no Banco Rural que "atingiriam em cheio" o atual presidente do PSDB e seus aliados, como o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP). Segundo Delcídio o tema foi tratado na sede do governo mineiro, por volta de 2005 e 2006, quando Aécio governava o Estado e ainda lhe teria oferecido o avião do governo de Minas para ir ao Rio, o que foi aceito pelo senador.

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Segundo o delator, quando a comissão determinou a quebra de sigilo do Banco Rural, utilizado para a lavagem de dinheiro do esquema de Marcos Valério - posteriomente condenado a 40 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) - "curiosamente" começou a surgir "um certo incômodo por parte do PSDB", diz o senador. Um destes incomodados seria Aécio Neves que, segundo o delator, teria escalado Eduardo Paes, na época secretário-geral do PSDB, como emissário para que os prazos para a quebra de sigilos do banco fossem prorrogados.

Delcídio, na época, acatou o argumento do emissário tucano de que "não haveria tempo hábil" para o banco elaborar as respostas. O delator admitiu contudo que, posteriormente, Paes e o próprio Aécio Neves, na sede do governo de Minas, teriam lhe dito que o tempo extra foi uma estratégia para "maquiar" os dados do Banco Rural que "atingiriam em cheio as pessoas de Aécio Neves e Clésio Andrade, governador e vice-governador de Minas Gerais (na época)", diz o delator.

"Que, o declarante compreendeu a existência da maquiagem pelo fato de que a gênese do mensalão teria ocorrido em Minas Gerais; que o declarante não tomou nenhuma providencia ao saber que os dados estavam maquiados, ou seja, 'segurou a bronca'", segue Delcídio em seu depoimento à Procuradoria-Geral da República.

Clésio Andrade atualmente é réu na Justiça de Minas Gerais por suspeita de envolvimento no mensalão mineiro, que envolveu exatamente a lavagem de dinheiro por meio das empresas de Marcos Valério para a campanha à reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo de Minas em 1998. Até hoje, Azeredo, que também foi presidente do PSDB, foi o único tucano condenado no esquema de Marcos Valério que abasteceu o PSDB antes de chegar ao governo federal do PT. Diferente de seu correligionário e de Clésio, Aécio não chegou a ser investigado por envolvimento no mensalão.

A delação de Delcídio, contudo, indica que o esquema que também abasteceu os tucanos teria ido além da campanha de Azeredo. "A maquiagem (nas contas do Banco Rural) consistiria em apagar dados bancários, comprometedores que envolviam Aécio Neves, Clésio Andrade, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Marcos Valerio 'e companhia'.

Liechtenstein

Além de relembrar a polêmica CPI dos Correios, Delcídio Amaral relatou ter ouvido do ex-deputado do PP José Janene, morto em 2010, que o tucano, atualmente um dos principais expoentes da oposição, era beneficiário "de uma fundação sediada em um paraíso fiscal, da qual ele seria dono ou controlador de fato; que essa fundação seria sediada em Liechtenstein; que o declarante não sabe precisar, mas ao que parece, a fundação estaria em nome da mãe ou do próprio Aécio Neves", relatou Delcídio, sem dar mais detalhes.

Defesa

Procurado, a assessoria do senador tucano informou que as menções ao seu nome em todas as circunstâncias citadas por Delcídio "são falsas". "São citações mentirosas que não se sustentam na realidade e se referem apenas a "ouvir dizer" de terceiros."

A nota relaciona ainda os três pontos:

"1 - Delcídio do Amaral se refere a uma fundação que a mãe do senador planejou criar no exterior. Trata-se de assunto requentado já amplamente divulgado nas redes petistas na internet e, inclusive, já investigado e arquivado pela Justiça e pelo Ministério Público Federal há vários anos.

O assunto em questão foi devidamente analisado e arquivado, há mais de cinco anos, em 2010, após a Justiça Federal e o MPF do Rio de Janeiro constatarem a inexistência de qualquer irregularidade. Não houve sequer abertura de ação penal.

Ano passado, membros do PT reuniram material divulgado na internet e voltaram a apresentar a mesma falsa denúncia à Procuradoria Geral da República. Após o fornecimento das informações, o assunto foi novamente arquivado. Desta vez pela PGR, mais uma vez constada a inexistência de qualquer irregularidade.

Em 2001, a mãe do senador Aécio Neves cogitou vender alguns imóveis e aplicar os recursos no exterior. No entanto, o projeto foi suspenso em função da doença do marido dela e a fundação não chegou a ser implementada de fato.

Para o projeto, ela buscou a assessoria de um profissional que havia sido durante anos representante oficial de instituição financeira internacional, legalmente constituída no Brasil, sr. Norbert Muller. À época do contato, não existia qualquer razão para se duvidar da idoneidade profissional do representante.

Durante os seis anos em que o projeto ficou em suspenso (período entre assinatura dos primeiros documentos e o cancelamento definitivo do projeto, em 2007, em função do agravamento do estado de saúde de seu marido), a responsável fez dois pagamentos, em moeda nacional, e no Brasil, ao sr. Muller, referentes a despesas cobradas por ele. Esses valores corresponderam a uma média anual de cerca de 5 mil dólares.

Esses valores foram transferidos pelo representante para uma conta e corresponderam à totalidade dos depósitos realizados que foram integralmente consumidos em pagamentos de taxas e honorários. A conta nunca foi movimentada.

A criação da fundação foi devidamente declarada no Imposto de Renda da titular.

2 - Sobre a menção ao nome do senador Aécio com relação a Furnas, Delcídio repete o que vem sendo amplamente disseminado há anos pelo PT que tenta criar falsas acusações envolvendo nomes da oposição.

É curioso observar a contradição na fala do delator já que ao mesmo tempo em que ele diz que a lista de Furnas é falsa, ele afirma que houve recursos destinados a políticos.

3 - O delator relaciona o nome do senador Aécio ao Banco Rural no contexto da CPMI dos Correios. O senador jamais tratou com o delator Delcídio de nenhum assunto referente à CPMI dos Correios. Também jamais pediu a ninguém que o fizesse.

Nunca manteve qualquer relação com o Banco Rural, teve conta corrente na instituição ou solicitou empréstimos.

É fácil demonstrar que o PSDB não atuou na CPMI dos Correios com o objetivo de proteger ninguém. Pelo contrário, pode ser comprovado o posicionamento do PSDB na CPMI em favor do aprofundamento das investigações de todas as denúncias feitas durante os trabalhos da Comissão, incluindo aquelas relacionadas a nomes de integrantes do partido.

Segue anexa cópia da nota divulgada à época sobre o relatório final dos trabalhos da CPMI dos Correios, no qual é sugerido o indiciamento de integrantes do PSDB envolvidos.

Por fim, e ainda sobre esse assunto, é fácil demonstrar que Delcídio do Amaral não está falando a verdade. Ele diz que foi a Minas tratar com o então governador Aécio de assunto referente à CPMI. É mentira. O relatório final da CPMI data de abril de 2006 e a viagem de Delcídio a Minas ocorreu dois meses depois, no dia 7 de junho de 2006. O que demonstra que ele não poderia ter tratado de assunto da CPMI já encerrada. Na verdade, o encontro ocorrido foi a pedido dele para tratar do apoio partidário a seu nome nas eleições estaduais, em 2006, quando ele pretendia ser candidato no Mato Grosso do Sul.

Eduardo Paes

Citado pelo senador Delcídio Amaral, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), negou nesta terça-feira, 15, ter pedido adiamento do prazo de entrega do sigilo fiscal do Banco Rural e disse desconhecer que tenha havido "maquiagem" nas contas do banco.

Em nota, a assessoria de imprensa da prefeitura diz: "O prefeito Eduardo Paes nega que tenha sido procurado por Aécio Neves à época da CPI dos Correios para pedir a postergação da quebra de sigilo bancário ou por qualquer representante do Banco Rural para tratar do assunto. Ele desconhece que tenha havido maquiagem em quaisquer dados, mesmo porque o trabalho de investigação fora acompanhado por técnicos do Tribunal de Contas da União e do Banco Central".

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), alertou ao Comitê Olímpico Internacional (COI) que há o "risco alto" das obras da Linha 4 do metrô não ficarem prontas até as Olimpíadas, em agosto. A informação consta de e-mail enviado pelo prefeito ao comitê na manhã da última sexta-feira (19) e revelado neste sábado (20) pelo jornal O Globo. A nova linha do metrô ligará a Praça General Osório, em Ipanema, na zona sul, ao Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, na zona oeste, região onde o Parque Olímpico está em construção.

Na correspondência, Paes escreve ter ouvido "de algumas pessoas que o projeto está com nível alto de risco." O prefeito informa no texto que o secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani, já preparou uma solução alternativa. O "plano B" da prefeitura seria expandir provisoriamente o corredor expresso de ônibus BRT até a zona sul.

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O motivo da preocupação de Paes seria o atraso na liberação de um novo financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a obra, a cargo do governo do Estado do Rio, que atravessa grave crise financeira causada pela queda na arrecadação dos royalties do petróleo, entre outras razões. A verba esperada para a conclusão da linha, que deveria estar pronta em julho, é de $ 1,3 bilhão, que eleva o custo total para R$ 10,3 bilhões.

No e-mail, o prefeito pede uma reunião com Phillip Bovy, principal consultor do COI para transportes, que estará no Rio a partir desta segunda-feira.

Paes disse neste sábado ao jornal O Estado de S.Paulo que o e-mail "é um documento interno, não público, que infelizmente vazou". "A gente pensa em plano de contingência para todas as situações das Olimpíadas. Isso é uma coisa que a gente tem planejado desde um ano atrás e vamos discutir o plano de contingência com o COI. O metrô sempre foi uma obra de muito risco. Imagina fazer uma linha daquela do metrô. Precisa de muita atenção e dedicação, só isso", disse.

O prefeito afirmou ainda que o comitê "já vinha pedindo há um tempo para conhecer o plano alternativo". "Eles pedem isso. O Pezão (governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, do PMDB) está muito confiante na obra, mas não custa ter atenção", disse, apesar de admitir que a extensão do BRT não é ideal. "O ideal é ter o metrô pronto", afirmou.

O governo estadual informou que a obra está dentro do cronograma e será entregue até julho. O Comitê Rio-2016 confirmou o recebimento do e-mail pelo COI e informou que sabia da preocupação do prefeito, mas avalia que o prazo será cumprido. A Linha 4 é tida como a principal a obra da Olimpíada no setor de transporte.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, apresentou no fim da manhã desta terça-feira o circuito de canoagem slalom, no Complexo Esportivo de Deodoro, na zona oeste do Rio. A obra ainda não está pronta - segundo a prefeitura, a instalação olímpica atingiu 85% de execução - mas o evento serviu para anunciar que o local será aberto para a população antes mesmo dos Jogos Olímpicos.

Inicialmente, o lugar - que será transformado em parque municipal - ficaria aberto ao público somente após a Paralimpíada, em outubro de 2016. Mas uma invasão no domingo retrasado de moradores, que entraram no local para se refrescarem do calor, fez o prefeito antecipar a abertura do parque. O rio artificial sediará um evento-teste de canoagem no final de novembro, e a partir de dezembro ele poderá receber banhistas até abril, quando o local ficará aos cuidados do Comitê Rio-2016.

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"A razão de ser da Olimpíada não era construir um rio artificial para sei lá quantas pessoas que fazem canoagem slalom no Rio de Janeiro ou do Brasil terem uma pista com padrão olímpico. Acho até legal ter, mas não era o objetivo de trazer a olimpíada. O objetivo era melhor a condição de vida das pessoas na cidade", discursou Paes, pouco antes de acionar as bombas que liberaram a água em um dos trechos do circuito.

Usando algumas ironias, o prefeito criticou "os teóricos do urbanismo" que questionam o legado que os Jogos, em sua avaliação, deixarão para a cidade. E alfinetou as revistas aos ônibus que se dirigem às praias da zona sul. "Eu só não sei se vou mandar revistar os ônibus que vêm da zona sul pra cá, porque o pessoal da zona sul pode querer invadir essa praia."

Paes ainda prometeu que levará o ministro do Esporte, George Hilton, e a presidente Dilma Rousseff para darem um mergulho no local. "Estou esperando por uma data dele (ministro) nos próximos 15 dias para a gente descer de bote. O nosso ministro, que é um homem abençoado por Deus, vai permitir que a nossa descida seja pacificada", declarou, fazendo alusão ao fato de Hilton ser ligado à Igreja Universal.

Dirigindo-se a adolescentes que moram na região, o prefeito garantiu a presença da presidente para conhecer o rio artificial, em dezembro. "Eu já tive uma garantia da presidente Dilma que o primeiro mergulho ela vai dar com vocês aqui. Como a Dilminha está numa fase entrando em forma, preparada, andando de bicicleta, eu vou colocar a presidente para andar de mountain bike e depois vai dar um mergulho aqui."

A presidente Dilma Rousseff pediu ajuda ao prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), para convencer o líder peemedebista na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ), a aceitar as mudanças na composição do novo ministério. Dilma havia prometido dois ministérios aos deputados do PMDB, Saúde e Infraestrutura, que seria resultado da fusão entre as pastas da Aviação Civil e Portos. Agora, a presidente cogita rever a fusão, a fim de manter Eliseu Padilha na Aviação Civil.

Picciani ameaçou retirar as indicações feitas pela bancada do PMDB à presidente, se Dilma desistir do segundo ministério para os deputados. Depois de receber um telefonema da presidente, na tarde desta quinta-feira, 24, Paes prometeu falar com o líder peemedebista, mas já percebeu que Picciani não aceita que Padilha seja considerado indicação da bancada do PMDB.

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O prefeito e o governador Luiz Fernando Pezão são os mais próximos aliados de Dilma no Rio de Janeiro, onde o PMDB se dividiu, na eleição presidencial de 2014, e abriu uma dissidência que apoiou o tucano Aécio Neves.

Pezão e Paes mantiveram a aliança com Dilma. O presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, e o filho Leonardo fundaram o movimento "Aezão", de apoio a Aécio e Pezão. Nas últimas semanas, Leonardo se aproximou da presidente e Jorge Picciani tem defendido a permanência da presidente no cargo, em nome da "garantia de governabilidade". A relação da presidente com os Picciani, no entanto, ainda é distante.

Outro importante líder peemedebista do Rio, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, rompeu com a presidente em meados de julho e tem criticado a ampliação do espaço do PMDB no governo, oferecida por Dilma na reforma administrativa. Em reunião do PMDB-RJ realizada na manhã desta quinta-feira, Paes fez uma defesa veemente de Dilma e atacou, sem citar nomes, os integrantes do movimento pelo impeachment da presidente, a quem acusou de tentarem "não só desestabilizar o governo, mas destruir nosso País". "Não vamos apostar no quanto pior melhor", discursou Paes.

O prefeito Eduardo Paes (PMDB) informou nesta quarta-feira, 1º, que será encaminhado hoje à Justiça do Rio o acordo feito com a União em que a prefeitura se compromete a pagar parcela de dívida com o índice de reajuste atual e o governo federal assume compromisso de devolver o que foi pago em fevereiro do ano que vem.

O acordo foi feito depois de Paes entrar na Justiça para fazer valer a lei, ainda não regulamentada pelo governo, que altera o indexador de reajuste e que, na prática, diminui as dívidas de Estados e municípios com a União.

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Segundo Paes, os R$ 29 milhões que a prefeitura depositou em juízo e que quitam a dívida do Rio, segundo os cálculos com base no novo indexador, continuarão no caixa da União. A prefeitura fará novos depósitos em juízo que serão devolvidos em 2016. "É como se fosse uma poupança que estou fazendo. Eu viro credor da União", afirmou.

A ação movida pela prefeitura, que já teve liminar favorável a Paes, autorizando o pagamento dos R$ 29 milhões para quitar a dívida, não será extinta, segundo o prefeito. "O processo fica lá dormindo e a liminar continua valendo", afirmou.

Paes voltou a dizer que houve uma crise política desnecessária até que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, aceitasse devolver o que for pago a mais por Estados e municípios devedores. Com o acordo, o governo adiou para 2016 a regulamentação de lei que fixa novo indexador para as dívidas.

"Tanta confusão para nada", disse Paes. "O mercado havia precificado (fixado o preço) essa lei (que reduz o índice de reajuste). Agora se precificou de novo o que já estava precificado. Do ponto de vista da comunicação, não foi a coisa mais inteligente", criticou. Paes tem dito que a lei fará a União deixar de cobrar "juros de agiota" e passar a cobrar juros de mercado.

O prefeito disse que está em dia com as contas municipais. "Até me dou ao luxo de emprestar um dinheiro para a União fechar suas contas", completou. O prefeito elogiou a presidente Dilma Rousseff por mudar o cálculo do pagamento das parcelas da dívida. "Ela acabou com um problema eterno".

O Congresso aprovará lei que permitirá a todos os municípios e Estados devedores receberem de volta da União o valor que pagarem a mais em 2015. "Estou protegido agora pela lei e pela decisão judicial", disse Paes.

Nessa terça-feira, 31, o ministro Levy disse na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que a lei que trata do indexador é autorizativa e que a União não pode comprometer o equilíbrio das contas públicas para garantir a mudança. "A União não abre mão de diálogo, mas não pode abrir mão da sua responsabilidade de garantir o equilíbrio nacional", completou. "É muito significativo R$ 3 bilhões, é mais da metade da economia que se esperava para este ano com a mudança na desoneração da folha".

Um dia depois de reunir-se em Brasília com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), jantou nesta quarta-feira, 24, no Rio, com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para discutir a questão da dívida do município, mas não houve acordo mais uma vez.

"Estou o tempo todo querendo negociar. Eu tinha informado à presidente Dilma (Rousseff) que ia entrar com a ação há duas semanas, na Base Aérea do Galeão, e ela entendeu, achou normal. Conversamos por duas horas tentando encontrar uma saída. Ela não está se sentindo traída porque ela sabe disso", disse Paes.

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O jantar com Cardozo ocorreu na residência oficial do prefeito. "Estou operando hoje desde cedo. Já conversei com o vice presidente Michel Temer (PMDB), ontem o ministro Cardozo veio ao Rio e jantou comigo na Gávea Pequena. Quero ajudar na solução. Acho que o ajuste fiscal é fundamental. Mas quero fazer valer o direito da minha cidade, não posso ser irresponsável."

Paes disse não esperar retaliação do governo federal. "Sou prefeito há seis anos, aliado ao governo federal. Já vi prefeito fazendo oposição ao governo federal sem sofrer retaliação. É pensar muito pequeno. Nossa aliança política não é para repassar recursos."

Discussão

Na discussão que teve com o ministro da Fazenda no último dia 12, quando ele e Dilma visitaram a cidade, Paes teria dito a Levy para "baixar a bola". O prefeito não negou a informação. "O Joaquim é meu amigo pessoal, carioca. Nesse dia com a Dilma a gente quebrou o pau loucamente. Até achei que ela estava mais habilidosa politicamente, deu uma de malandra, deixou o Joaquim brigando comigo e disse `pô, Joaquim, ajuda aí o Eduardo'. Eu falei: `Ela está aprendendo a fazer política'. Isso não é uma questão pessoal, não é terapia de grupo."

Paes afirmou que obras da olimpíada não seriam afetadas, caso o Rio tenha que pagar parcelas da dívida original, sem a redução do saldo devedor prevista na regra aprovada pelo Congresso no fim do ano passado. No início desta semana, a Justiça Federal concedeu uma liminar que beneficia a Prefeitura do Rio. Com a mudança na regra de cálculo, a dívida do Rio cai de R$ 6,2 bilhões para R$1,2 bilhão. "Nenhum (setor) seria afetado. Está tudo previsto no orçamento", afirmou Paes.

O prefeito disse que a última parcela de R$ 29 milhões, de acordo com a nova regra, foi depositada em juízo nesta terça-feira, 24. "Não tem nenhum tipo de conflito político. Estou defendendo interesses da cidade. Sou grande aliado da presidente Dilma, mas entre as vontades dela e a cidade do Rio, fico com o povo do Rio. Se for um conflito pelo povo do Rio, estabeleço o conflito", afirmou o prefeito. "Tentamos um acordo até a última hora, não conseguimos, e ela (Dilma) sabia que eu ia entrar com a ação. Em nenhum momento ela me pediu que não fizesse isso."

Em um momento de dificuldades políticas para o governo da presidente Dilma Rousseff, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o governador Luiz Fernando Pezão, ambos do PMDB, prometeram neste domingo apoio e parceria à petista. Dilma, que tenta aprovar medidas de ajuste fiscal no Congresso Nacional e vive uma relação conturbada com o PMDB, ouviu palavras de solidariedade dos dois peemedebistas.

A presidente participou de dois eventos que marcaram os festejos pelos 450 anos da cidade, a inauguração do túnel Rio 450 e uma festa no Palácio da Cidade, onde um grupo de cerca de 20 pessoas fez protesto contra o governo. Na segunda cerimônia, ela também encontrou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considerado desafeto do Palácio do Planalto. Cunha disse ao Estado por telefone, ao fim do evento, ter conversado sobre "amenidades" com Dilma e com Pezão.

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Na inauguração do túnel, Paes fez vários elogios à presidente. "Neste momento em que as pessoas são tão agudas nas suas críticas, é importante registrar que o Rio está passando por este momento graças a uma coisa chamada parceria", disse o prefeito. "Quero que saiba que, aqui no Rio de Janeiro, a senhora tem parceiros, companheiros, amigos, pessoas que vão permanentemente apoiá-la para as transformações que têm que ser feitas no Brasil", discursou Eduardo Paes.

As demonstrações de solidariedade ocorreram poucos dias depois de o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ter qualificado como "capenga" a coalizão de apoio a Dilma. Na semana passada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva procurou líderes peemedebistas para tentar reduzir o desgaste entre eles e a presidente.

Parceria.

Dilma percorreu os 1.480 metros do túnel Rio 450, que liga o centro ao bairro da Gamboa, na zona portuária, em um carro aberto. Depois, a presidente descerrou a placa comemorativa da inauguração e, em discurso, lembrou a parceria de União, Estado e município, inclusive nas obras de revitalização do porto.

Para a presidente, as transformações recentes do Rio vão unir os moradores de alta e de baixa renda. "Sempre buscamos acabar com a divisão morro-litoral. Essa era uma divisão social também. As gestões de Eduardo Paes e Pezão buscam a unidade da cidade", afirmou.

Nas eleições de 2014, o PMDB do Rio rachou e grande parte da legenda apoiou o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Paes e Pezão fizeram campanha para Dilma. No início do ano, os dois peemedebistas foram cabos eleitorais da campanha de Eduardo Cunha na Câmara.

Manifestações

A passagem da presidente pelo Rio de Janeiro contou com admiradores e críticos. Um grupo de cinco apoiadores de Dilma foi até o local da inauguração, na Gamboa, mas não conseguiu se aproximar da presidente. Eles levaram duas bandeiras da campanha presidencial do PT. "Viva a presidente, nada de golpe", gritavam, em referência a movimentos pelo impeachment da presidente que ocorrem nas redes sociais.

Um protesto contra Dilma aconteceu no fim da tarde, no Palácio da Cidade. Liderados pelo Movimento Brasil Livre RJ, manifestantes levaram cartazes com dizeres como "Fora Dilma, fora PT". Eles gritavam palavras em protesto aos escândalos envolvendo a Petrobras. Algumas pessoas vestiam camisetas com a inscrição "Petrobras, Operação Lava Jato", lembrando a investigação de corrupção na estatal, deflagrada em março de 2014. Entre os investigados, estão ex-dirigentes da estatal, políticos e empreiteiros.

Alguns moradores próximos ao palácio sede do governo se juntaram aos manifestantes. Para Pedro Souto, um dos coordenadores do movimento, o ato de ontem pretendia contestar a "corrupção do atual governo". Foi lembrada, ainda, a alta das tarifas de energia. "Presente da Dilma pelos 450 anos do Rio é aumento de 22, 5% da luz", afirmou Souto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de oferecer um jantar para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na quinta-feira da semana passada, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) foi anfitrião, na noite de terça-feira, 10, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. À mesa, estavam outros dois peemedebistas, o governador Luiz Fernando Pezão e o antecessor, Sérgio Cabral.

Pouco antes da eleição para a presidência da Câmara, Lula já havia conversado com Paes pelo telefone, preocupado com o acirramento da disputa entre Cunha e o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que teve ajuda do governo na campanha, mas perdeu no primeiro turno, por uma diferença de 131 votos (267 para o peemedebista e 136 para o petista).

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Em mais um ponto de divergência com a presidente Dilma Rousseff, Lula era favorável a um diálogo com Eduardo Cunha, antes da eleição para presidente da Câmara, no dia 1° de fevereiro. O ex-presidente procurou Paes depois de conversar com um ministro que relatou o esforço do governo para ajudar Chinaglia, com aval da presidente.

Após a conversa com Lula, o prefeito procurou Eduardo Cunha, embora soubesse que não havia chance de composição àquela altura da disputa. Paes e Pezão atuaram pela eleição de Cunha, mas mantém boas relações com Lula e agora atuarão como "bombeiros" na relação do presidente da Câmara com o governo e o PT.

Desde que assumiu a presidência, Eduardo Cunha impôs uma série de derrotas ao governo e reclamou abertamente da ação de ministros petistas em favor da candidatura de Chinaglia. Em entrevista ao Estado, Cunha criticou a articulação política do governo e disse que o ministro de Relações Institucionais, Pepe Vargas, "erra na forma e no conteúdo".

Cunha também instalou a CPI da Petrobras, que voltará a apurar o esquema de corrupção na estatal, e escolheu um deputado de oposição, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para presidir a comissão especial que analisará a reforma política. Uma das propostas em discussão é a garantia de doações de empresas privadas a candidatos, o que contraria a posição oficial do PT pelo financiamento público.

Um alerta do prefeito Eduardo Paes (PMDB) de que havia probabilidade de fortes chuvas atingirem a capital deixou a população apreensiva ao longo desta quinta-feira. Empresas e escolas liberaram funcionários e estudantes no meio da tarde. Os moradores de 103 áreas de risco foram orientados a deixarem suas casas em caso de acionamento das sirenes do Sistema de Alerta e Alarme. A prefeitura também recomendou que as pessoas permanecessem em local seguro e evitassem áreas com alagamentos. "A possibilidade de chegarmos ao estado de crise é muito grande", afirmou Paes, em entrevista convocada às 6 horas.

No Centro, houve engarrafamento entre as 16h e as 17 h, por causa do fluxo de pessoas que deixavam o trabalho às pressas. No horário do rush, a partir das 18h, as pistas da Avenida Presidente Vargas, a mais movimentada do centro carioca, estavam livres.

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A publicitária Ludmila Bruno, de 41 anos, foi liberada da empresa em que trabalha, no Recreio dos Bandeirantes (zona oeste) às 15h30.

"Recebemos a mensagem do diretor, avisando que a previsão era de chuva forte a partir das 17h, liberando os funcionários. Peguei o táxi e os pontos de ônibus estavam lotados. Um movimento fora do comum. Às 18h, o temporal começou", contou. Instituições federais como a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também liberaram os funcionários. A Secretaria Municipal de Saúde suspendeu o lançamento da campanha de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis para o carnaval, marcado para a tarde de ontem, por causa do alerta de tempestade.

A previsão de temporal ocorreu por causa da formação de um sistema de baixa pressão, como um pequeno ciclone no mar. Segundo o prefeito, poderiam se repetir, entre a manhã de hoje e a noite de amanhã, temporais do patamar dos registrados em abril de 2011, quando um deslizamento no morro do Bumba, em Niterói, cidade na Região Metropolitana do Rio, matou 267 pessoas, e, em dezembro de 2013, na capital, quando 73% das precipitações mensais caíram em menos de um dia.

De acordo com Paes, os sistemas de ônibus e metrô foram avisados sobre a possibilidade do temporal e 3.200 funcionários de áreas estratégicas da prefeitura, como agentes de trânsito, garis e trabalhadores da Secretaria de Conservação, foram mobilizados.

No fim da tarde, começou a chover forte na zona oeste da cidade. Em Sepetiba, choveu 9,2 mm em 15 minutos - pelos parâmetros do Alerta Rio, a chuva é considerada forte quando atinge entre 6 e 15 mm em 15 minutos. Também choveu nos bairros do Recreio dos Bandeirantes, Guaratiba, Santa Cruz e Grota Funda. Os ventos atingiram a velocidade de 53,6 km/h na Restinga da Marambaia, às 18 horas. Não houve registros de alagamentos e deslizamentos. O Sistema de Alerta de Cheias do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), registrou chuva leve em Petrópolis; Nova Friburgo e Teresópolis.

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