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O Governo de Pernambuco anunciou, nesta quinta-feira (29), a construção de 240 novos Centros de Educação Infantil (CEI). De acordo com o anúncio, os novos prédios contarão com 150 vagas para creche em tempo integral e 100 vagas para pré-escola em tempo regular.

As novas construções, feitas em parceria com as Prefeituras do Estado, totalizarão 36 mil vagas para creche e 24 mil vagas para pré-escola em Pernambuco. As novas construções irão receber o investimento de 1,3 bilhão.

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O responsável pela construção das novas unidades será o Governo de Pernambuco até que os municípios comessem a receber o repasse do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Datas de início e entrega das obras ainda serão anunciadas pela gestão.

A Prefeitura de São Paulo abre, nesta quarta-feira (31), um concurso para contratar 3.250 professores para a rede municipal de ensino. Há vagas para educação infantil, ensino fundamental e médio. 

De forma inédita, a Secretaria de Educação da capital paulista estipulou uma prova prática onde os candidatos deverão apresentar um plano de aula e um vídeo de apresentação. O salário inicial pode chegar a R$ 5.050.

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O edital do concurso foi publicado nesta terça-feira (30) no Diário Oficial da cidade. O Processo Seletivo será conduzido pela Fundação Getúlio Vargas.

A taxa de inscrição será de R$ 66,95 e a prova será aplica em janeiro de 2023 com questões de múltipla escolha e dissertativas.

Por Joice Silva

Em pouco mais da metade (55%) das turmas de educação infantil, não há um momento de leitura de livros de histórias para as crianças como rotina, e 90% delas não oferecem aos alunos o acesso livre aos livros. Os dados são de um estudo com 3.467 turmas em 1.807 unidades de educação infantil, públicas e conveniadas, de todo o Brasil.

O levantamento, da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV) em parceria com o Laboratório de Estudos e Pesquisas em Economia Social (Lepes) da Universidade de São Paulo (USP), incluiu pesquisa em campo em 12 cidades de todas as regiões do País, em 2021. Do total de turmas visitadas, 1.683 eram de creche e 1.784, de pré-escola.

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Segundo a FMCSV, evidências científicas das áreas da neurociência, pedagogia, psicologia e economia provam a importância da educação e dos cuidados com a primeira infância (até os sete anos) para o desenvolvimento saudável do indivíduo ao longo de toda a sua vida, com impactos cognitivo, físico e socioemocional, especialmente entre as crianças mais vulneráveis.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento do Ministério da Educação que serve como referência obrigatória para os currículos escolares de todas escolas públicas e privadas do País, inclui várias previsões para uma educação de qualidade, segundo os pesquisadores. Tendo a BNCC em vista, o levantamento aponta que um quarto das turmas analisadas parece estar em um bom caminho.

"Claro que 25% ainda está longe do ideal, mas mostra que já houve um progresso em relação à 2009, quando o cenário era bem mais pessimista", diz o segundo o economista Daniel Domingues, pesquisador do Lepes que admite esperar resultado ainda mais negativo. Por outro lado, entre 10 e 15% das turmas têm práticas que destoam muito do que é proposto pela BNCC. "Essas escolas necessitam de atenção urgente."

Para Domingues, o que parece ter mais espaço de melhora é a atuação pedagógica. "É a interação entre adultos e crianças, esse papel de mediação dos professores", avalia. Dentro dessas práticas pedagógicas, o que mais chama a atenção do pesquisador, de forma negativa, é que ainda há muitas turmas onde, em 3h30 de observação direta, não houve contação de histórias e o "brincar livre". "São dois tipos de oportunidades que deveriam estar presentes na rotina de todas as turmas, todos os dias", constata.

Domingues explica que a brincadeira é a forma mais efetiva de aprender para uma criança. "Ela socializa, se movimenta, pratica a linguagem, ou seja, é um espaço de interação quase completo para o desenvolvimento da criança", afirma ele, que também é membro do Comitê Científico do Núcleo Ciência Pela Infância.

O estudo mostrou também que, entre as turmas de pré-escola visitadas, 36% não promoviam experiências com teatro, dança e música. Nas creches, o porcentual caiu para 18%. Já em relação a momentos de brincadeira livre, a oportunidade não foi observada em 46% das turmas de pré-escola e 38% das creches.

Ele reforça ainda a importância de se promover o protagonismo das crianças. "É fundamental que elas, em algum grau, escolham as atividades dentre as propostas", afirma. "O protagonismo aumenta o engajamento da criança e faz com que ela construa significado na aprendizagem, desperte a sua curiosidade e veja sentido no que está sendo proposto. Uma consequência posterior é a criança gostar de aprender", completa.

Por outro lado, ele destaca a presença de boas estratégias de acolhimento às crianças e boa mediação de conflitos. "No geral, a maioria dos professores parece ter repertório para lidar com essas situações. Ainda que em 10% das turmas tenha havido algum tipo de interação negativa dos professores com os alunos. Na maior parte dos casos, não é interação física, é verbal, como humilhação, exposição, ou o ‘cantinho do pensamento’, por exemplo. E 10% é um número alto", avalia.

Acesso caminha, mas qualidade ainda fica para trás

O Plano Nacional da Educação (PNE), de 2014, estipulou que o País deveria ter pelo menos metade das crianças matriculadas em creche até 2024. Já para a pré-escola (4 e 5 anos), a meta era ter todas as crianças matriculadas até 2016. O Brasil tem 94,1% das crianças na pré-escola, conforme os dados de 2019. Para Domingues, essa cobertura pode ser considerada satisfatória e atingir os 100% é um problema mesmo para nações desenvolvidas.

O mesmo não é verdade para o acesso a creches - com 37,5% das crianças matriculadas, em 2019 -, que está mais distante da meta. "É um problema, porque além de estarmos longe da meta, é um acesso muito desigual. Algumas cidades apresentam 10% das crianças nas creches, e outras já estão quase nos 50%", afirma.

Para ele, além do acesso, a preocupação com a qualidade é essencial. "O Brasil teve movimento importante de aumento do acesso ao ensino, mas em relação à qualidade temos menos informações. Os estudos mostram que só o acesso, sem qualidade, não garante o direito da criança a oportunidades importantes na educação infantil", diz.

Crianças mais estimuladas se tornam alunos mais interessados

O Colégio Rio Branco, na região central de São Paulo, busca justamente dar aos alunos possibilidades de interação com leituras e diversas formas de arte. Sueli Marciale, diretora assistente da escola, conta que as crianças da educação infantil têm, todos os dias pela manhã, um momento de acolhimento e ampliação de repertório. "Tem o dia de contação de histórias, o dia de falar sobre artistas ou cientistas, o dia de atualidades, o dia do relaxamento", enumera.

Os alunos também vão à biblioteca e pegam livros para ler na escola ou levar pra casa. Depois, fazem uma roda em que apresentam argumentos aos colegas sobre o porquê deveriam ler aquele livro também, promovendo a oralidade e a argumentação das crianças. "A educação infantil é um espaço de letramento, com leitura de diferentes repertórios. Isso favorece o desenvolvimento da alfabetização e possibilita que ela argumente e defenda seu ponto de vista", avalia a diretora.

Sueli destaca dois projetos da turma do Infantil 5 (crianças entre 4 e 5 anos) que promoveram a autonomia e criatividade dos alunos. "Eles se inspiraram em Gaudí (arquiteto espanhol estudado em sala de aula) e quiseram pintar e decorar a casinha com desenhos e materiais reciclados", conta. "Foi um trabalho tão significativo que as crianças não esquecem mais até hoje".

"Outras crianças tinham lido sobre fotógrafos, como eles olhavam para a natureza, e quiseram tirar fotos. Então os professores ensinaram como fotografar e eles desenvolveram um projeto sobre como cuidar da escola, colocando banners ensinando a fazer isso", lembra a diretora. "Nosso objetivo é formar crianças que pensem, critiquem, reflitam - diferente da nossa época. E aprender brincando torna a aprendizagem intencional e significativa", conclui.

O Brasil perdeu mais de 650 mil matrículas de estudantes na educação infantil durante a pandemia. O número de matrículas em creches (0 a 3 anos) no Brasil caiu 9% no ano passado, na comparação com 2019. Na pré-escola (4 a 5 anos), a queda foi de 6%. A redução foi puxada, sobretudo, pela saída de alunos da rede particular, em meio às crises econômica e sanitária pela covid-19.

O cenário impõe a necessidade de estruturar a rede pública para absorver a demanda e fortalecer o trabalho em sala de aula, para atender crianças que não tiveram contato com a escola. Os dados são do Censo Escolar 2021, divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC).

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Segundo o levantamento, as matrículas em creche caíram de 3,7 milhões em 2019 para 3,4 milhões em 2021, o que representa 338 mil crianças a menos na escola. Até 2019, havia tendência de crescimento nas matrículas nessa etapa. O recuo ocorreu principalmente na rede privada, com queda de 21,6%, de 2019 a 2021. Na rede pública, também houve redução, mas em ritmo menor. O levantamento evidencia, segundo especialistas, que a saída de crianças das escolas particulares durante a pandemia não foi absorvida completamente pela rede pública.

A educação infantil é apontada por especialistas como fundamental para o desenvolvimento das crianças. Durante a primeira infância, até os 6 anos, ocorre a maior parte das conexões cerebrais e os estímulos oferecidos em casa e pela escola têm maior potencial de retorno futuro.

Sem dinheiro para pagar escolas particulares, famílias deixaram de matricular os filhos na creche durante a pandemia, já que essa etapa não é obrigatória. O medo da contaminação pela covid também levou à redução nas matrículas.

Cecília, de 3 anos, foi uma das crianças que deixou de ir à escola. "Tive receio de retornar com ela, por segurança em relação à saúde", conta a mãe, a tradutora Zoe di Cadore, de 32 anos, de Belo Horizonte. A menina deve voltar agora, depois que a família foi vacinada.

Já a artesã Sarah Araújo, de 28 anos, até tentou, desde o início da pandemia, matricular a filha Flora, de 2, mas não conseguia vaga na rede municipal.

Ela conta que não tinha prioridade na fila de espera porque perdeu o emprego formal e não recebe auxílio do governo. "Em tudo que faço, ela está junto. Em casa, enquanto ela dormia, eu tinha de trabalhar. Fico muito cansada." A mãe, de Goiás, só conseguiu uma vaga para a filha este ano.

A pré-escola (4 a 5 anos) também apresentou tendência semelhante de recuo. No período entre 2019 e 2021, a queda foi de 6% no número de matrículas nessa etapa de ensino (redução de 315 mil matrículas). Já na rede privada, o recuo foi ainda maior, de 25,6%. "De 8 até 14 anos praticamente universalizamos o acesso (à escola). Temos desafios nos anos iniciais e sobretudo na creche, quando a frequência à escola cai no Brasil", afirmou o diretor de Estatísticas Educacionais do Inep, Carlos Eduardo Moreno Sampaio.

A redução nas matrículas coloca o País mais distante de cumprir as metas do Plano Nacional de Educação (PNE). Na faixa de 0 a 3 anos, a frequência escolar é de 35,6%, conforme os últimos dados disponíveis, de 2019 - a meta do PNE é de 50%. Isso significa necessidade de ampliar o número de matrículas de 3,4 milhões para cerca de 5 milhões. Já para a faixa etária de 5 anos os dados de atendimento escolar mais recentes também mostram queda: de 93,5%, em 2020, para 83,9% em 2021. O PNE estabelece que o atendimento deve ser universal de 4 a 5 anos.

Segundo Anna Helena Altenfelder, do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), a redução nas matrículas em escolas particulares faz crescer a demanda na rede pública, que deve se preparar para receber mais crianças, com qualidade. "Podemos ter cenário de aumento de fila."

E, do ponto de vista pedagógico, escolas e redes de ensino terão de lidar com um contingente de alunos que não passou pela creche ou pré-escola na pandemia. "As crianças precisam ter experiências educativas em quantidade e qualidade. Sem dúvida, o afastamento da creche traz prejuízo." Segundo ela, será preciso que educadores estejam atentos a questões como socialização das crianças e desenvolvimento da linguagem.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta terça-feira (19), em evento presencial, em Brasília, o Ministério da Educação lança formação direcionada para professores que atuam em creches e em turmas de pré-escolar. Chamada de Aperfeiçoamento em Educação Infantil, a iniciativa é gratuita e autoinstrucional. De acordo com a pasta, a formação deve atingir cerca de 593 mil docentes tanto de escolas públicas quanto privadas.

Ainda segundo o MEC, o Aperfeiçoamento em Educação Infantil é uma forma de estimular esses profissionais a se atualizarem e reformularem as práticas pedagógicas adotadas atualmente. A proposta seguirá os objetivos de aprendizagem e campos de experiência apresentados pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) voltados para estudantes da faixa etária entre zero e seis anos de idade.

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O Governo de Pernambuco anunciou, nesta terça-feira (23), o adiamento da retomada das aulas presenciais para os estudantes da rede pública do ensino fundamental e educação infantil. Essa decisão foi tomada com base nos números epidemiológicos de Covid-19 no Estado.

Conforme o novo calendário, os estudantes dos sexto ao nono ano do ensino fundamental retornarão a partir do dia 15 de março; já os alunos do primeiro ao quinto ano voltarão a partir do dia 22 do mesmo mês. As crianças da educação infantil retomarão as aulas a partir do dia 29 de março.

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O ano letivo para estas etapas de ensino foi iniciado desde o dia 4 fevereiro com aulas remotas. O Governo reforça que continuará disponibilizando, através da plataforma EducaPE, os conteúdos baseados no currículo escolar do Estado, como também seguirá com o programa “Conecta Aí”, lançado no ano passado e que patrocina dados de internet para os estudantes da rede pública estadual.

Já para os estudantes do ensino médio, que também iniciaram o ano letivo neste mês, as aulas seguirão sendo ofertadas no modelo híbrido (presencial e remoto). Vale ressaltar que para o retorno das atividades presenciais, os alunos devem seguir uma série de protocolos de segurança, como manter o distanciamento social, usar álcool em gel, máscara de proteção o tempo todo, entre outros.

Nesta sexta-feira (30), o Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro) emitiu uma nota, em seu site, criticando a decisão do Governo do Estado de Pernambuco, autorizando o retorno às aulas presenciais nas escolas privadas de educação infantil. Para a entidade sindical, a decisão do governo é irresponsável por possibilitar o aumento dos casos de Covid-19 e motivada por pressão dos donos das escolas. Uma das razões apontadas pelo sindicato para criticar a volta às salas de aula é o aparecimento de casos da doença em alunos de escolas do ensino médio. 

“Um verdadeiro equívoco e desrespeito à vida e ao povo pernambucano. Ora, se com o retorno das aulas presenciais para o ensino médio, já percebemos evidências de contágios da Covid-19, mesmo diante de tamanhos protocolos e cuidados, imaginem agora, como ficará no mês de novembro, que as escolas voltarão com todo seu público? Um risco que foi ignorado, em virtude da pressão econômica”, diz trecho da nota. 

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O sindicato também reafirmou sua posição contrária à autorização das aulas na rede privada de ensino, além de afirmar que tomará “providências, a fim de garantir o direito e a integridade dos professores e professoras em todo Estado de Pernambuco”.

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O Governo de Pernambuco, nesta segunda-feira (21), anunciou a retomada das aulas presenciais para as escolas estaduais e privadas do Estado. Para o diretor executivo do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino (Sinepe), Arnaldo Mendonça, a atitude da gestão em autorizar o retorno das aulas presenciais apenas para o ensino médio demonstra descaso do poder público com a educação. 

Arnaldo também questionou o não posicionamento quanto à retomada para os ensinos infantil e fundamental. Em entrevista ao LeiaJá, o diretor do Sinepe comenta que “o sentimento é de indignação, frustração e revolta”.

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“Em Pernambuco, na educação básica tem 2.232.000 alunos; o ensino médio tem apenas 335 mil, juntando as redes públicas e privadas. O terceiro ano representa 5% da educação básica, na semana seguinte abre o segundo ano que é mais 5%, e na última semana, 20 de outubro, abre primeiro o ano do ensino médio que é mais 5%. Quando falo 5% na verdade é metade presencial e metade on-line, o que significa que daqui para a última semana de outubro, em Pernambuco, só estão autorizados 7,5% dos alunos a frequentar a escola”, esclareceu o diretor do Sinepe.

O diretor ainda disse ao LeiaJá que se a família quer continuar no ensino remoto não há nenhum problema, o que não pode é um "descaso" como este. "Não temos nenhum calendário com a perspectiva de abertura para a educação infantil que poderia abrir junto com o ensino médio. Os alunos do ensino infantil não têm nenhum contato com os estudantes do ensino médio. O espaço, a entrada, o intervalo e o horário são diferentes na escola, então não há risco de contágio nenhum de um grupo para o outro”, ressaltou Arnaldo.

“No momento em que não de seu nenhum calendário para o ensino infantil e fundamental, os prefeitos e o Governo do Estado estão assumindo que perderam o ano letivo de 2020”, disse Arnaldo. “Se as aulas foram suspensas no dia 18 de março, os alunos tiveram um mês de aula em 2020. Depois disso a grande maioria das redes municipais não está funcionando remotamente, o que estão fazendo é garantindo a merenda através de cesta básica que está sendo entregue nas residências dos alunos, sabemos que isto está sendo generalizado, principalmente no interior de Pernambuco, e nada de aula”, acrescentou.

Arnaldo ainda pontuou que o Sindicato apresentou uma proposta para o Governo do Estado para que as aulas presenciais fossem retomadas em 21 de  julho de 2020. O diretor ainda questionou que a única justificativa que se deu é pelo fato de que esses alunos irão fazer o Enem.

“Hora, será que para um aluno só interessa o Enem? Será que o aluno que estuda educação infantil e ensino fundamental não tem compromisso com a educação, com a formação? Será que as prefeituras das cidades dos interiores de Pernambuco e até na capital estão dando aulas on-line todos os dias para todos os alunos? Tenho a impressão que não, pelo menos não é esta informação que temos”, disse.

“Desde o início, a nossa proposta não é de obrigar ninguém a ir para a escola, mas é de respeitar o direito da família e dos alunos que querem, confiam e precisam levar os filhos para a escola. Muitas pessoas dizem que são contra a abertura das escolas, eu digo: olhe, o pai ou a mãe tem o direito de não levar o seu filho para a escola, mas eu não entendo como direito proibir que o vizinho leve, pois, a partir do momento que você trabalha contra a abertura da escola, você está negando o direito do colega do seu filho de ir para a escola que é um direito constitucional”, acrescentou Arnaldo.

O LeiaJá também entrou em contato com a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE) para saber se há alguma articulação em andamento ou previsão de retorno dos ensinos presenciais para a educação infantil e fundamental para este ano. Confira a resposta: "A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE) informou que o ensino fundamental e educação infantil seguem com as aulas suspensas e sem definição de retorno".

Na tarde desta quarta-feira (15), o Governo do Estado de Pernambuco realizou uma coletiva de imprensa para divulgação do Protocolo Setorial da área da Educação para retomada das atividades presenciais. De acordo com o secretário de Educação e Esportes, Fred Amancio, o documento servirá de base para orientar o retorno das atividades em instituições públicas e privadas de educação infantil, ensino fundamental, médio, superior (incluindo pós-graduação) e cursos livres. 

“Esse documento será extremamente importante para o planejamento e organização, para permitir que em breve nós possamos fazer a retomada das aulas presenciais nas escolas, mas nós ainda não temos a definição dessas datas”, contou o secretário, explicando também que o protocolo poderá servir como base para que as instituições de ensino elaborem suas próprias diretrizes de segurança, desde que atendam a todas as normas determinadas pelo Governo. 

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Apesar da divulgação do documento, ainda não há data definida para que as aulas presenciais sejam retomadas em Pernambuco. A expectativa do governo, no entanto, é que até o final de julho essa informação seja confirmada. “Estaremos junto com o Gabinete do Enfrentamento à Covid no nosso Estado acompanhando os números da Covid nas próximas semanas, e a gente espera até o final do mês fazer a divulgação das datas envolvendo cada uma dessas etapas", disse Fred Amancio.

O documento divulgado nesta quarta-feira está disponível para consulta pública no site da Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE); a pasta espera receber contribuições da população até o dia 24 de julho, com o objetivo de reunir críticas e sugestões da sociedade.

O Protocolo Setorial, segundo o secretário de Educação, é o primeiro documento específico para o retorno das atividades na educação, havendo ainda mais dois em elaboração: um pedagógico, com orientações sobre questões relativas a conteúdos, recuperação e reposição de aulas, por exemplo, e um protocolo executivo, que tratará das datas de cada etapa de retorno. 

“O outro documento serão as orientações pedagógicas, que são orientações para todas as escolas adotarem no processo de retomada, inclusive no que trata a reposição de aulas, recuperação, com relação ao processo do calendário escolar, enfim. E também o Plano Executivo de Retomada das Aulas, este sim onde nós vamos definir como se darão as etapas do processo de retomada e as datas, como eu disse, envolvendo tanto a educação básica, mas também ensino superior e os cursos livres”, afirmou o secretário. 

O que determina o protocolo? 

Segundo o secretário de Educação, os estudantes deverão resguardar um distanciamento mínimo de 1,5m em todos os espaços físicos da escola, incluindo as salas de aula, e utilizar máscaras de proteção facial durante todo o período de permanência nas dependências dos espaços educativos, com exceção apenas do momento de alimentação, que terá regras específicas. A redução do quantitativo de alunos e adoção de estratégias como rodízio com parte dos estudantes em sala de aula enquanto os demais estão no ensino remoto, segundo o secretário, dependerá da estrutura escolar e de quantos estudantes há em cada turma. 

“Nosso objetivo é garantir esse distanciamento de 1,5m, o que poderá implicar, em diversas instituições, na redução da quantidade de estudantes, porque o número de estudantes vai ser determinado pelo tamanho da sala de aula, que poderá implicar numa redução do número de estudantes diariamente nas escolas e também em algumas instituições na implantação de um sistema de rodízio, para que todos possam ter acesso também às atividades presenciais”, explicou Fred. 

O protocolo também prevê a possibilidade de mudanças nos horários de entrada, saída e intervalo das turmas, para reduzir o fluxo de estudantes e evitar aglomerações nos recreios. Outras medidas adotadas são a lavagem frequente das mãos, a instalação de dispenser com álcool, lavatórios em locais abertos de preferência e limpeza de materiais e mobiliários da instituição de ensino com material sanitizante.

Sobre a educação infantil, área que desperta preocupação especial devido à dificuldade de assegurar os cuidados de distanciamento e higiene nesta faixa etária, Fred Amancio explica que há determinações específicas para esta etapa, mas também orienta as escolas a elaborarem seus protocolos complementares. 

“Este protocolo que está sendo apresentado hoje vale para todas as etapas de ensino. Poderão ser editados protocolos complementares com algumas particularidades, seja de determinadas instituições ou de etapas de ensino, inclusive a nossa sugestão é que as instituições que tenham educação infantil, creche e pré-escola, tenham sim um protocolo complementar específico e isso vai ser construído por essas unidades ao longo do tempo, claro, acompanhado pela área da educação e saúde”, explica o secretário.

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As mães que foram buscar seus filhos na CEI Indir São Savério (região sudeste de São Paulo) tiveram uma surpresa ao serem avisadas do fechamento do Centro de Educação Infantil. Segundo Edneia Gomes, a mãe de uma das crianças, por volta das 17h, ao buscar sua filha na creche, recebeu todos os objetos pertencentes à criança e o aviso de que a instituição estaria fechada a partir daquele momento devido a um buraco aberto no pátio, resultado das fortes chuvas que atingiram a região onde a escola é localizada.

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Aviso que foi colocado hoje no portão da creche. Foto: Edneia Gomes

“Devolveram todas as coisas das crianças, não informaram nada. Não disseram para onde íamos mandar as crianças, se seriam transferidas. Achei que na agenda dela viesse alguma informação, mas não veio nada também”, disse Edneia.

A creche é administrada pela União Social Camiliana, empresa que tem o apoio do Hospital São Camilo para cuidar da CEI São Savério em parceria com a Prefeitura de São Paulo. Por meio de nota, a assessoria da Activa informou que o prédio já vinha sendo monitorado de forma contínua por ter apresentado problemas na infraestrutura. No entanto, ontem (9), os engenheiros da Prefeitura Regional do Ipiranga decidiram pela interdição imediata da unidade. A secretaria municipal de educação informou, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que a decisão de fechar a creche foi tomada depois que um laudo emitido pela Defesa Civil recomendou a interdição da unidade.

A Diretoria Regional de Ensino informou, por meio de nota, que as crianças matriculadas na São Savério serão remanejadas para as seguintes unidades: CEI Jurandyr Barbosa, CEI Espaço da Lotus, CEI Frei Sergio Calixto e CEI Caraguatatuba. Uma lista informando quais crianças irão para cada uma dessas creches deverá ser divulgada amanhã (11).

A preocupação de Edneia Gomes e outras mães é para onde as crianças irão, uma vez que algumas creches da região não atendem no mesmo horário da São Savério ou são mais distantes. “Quero ver para onde vão mandar tantas crianças. Aqui no bairro só tem mais uma creche e não tenho condições de pagar perua escolar e a outra creche mais próxima tem 1h30 a menos de tempo de aula”, desabafa.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal das Subprefeituras de São Paulo, se o trajeto entre a casa do aluno e o Centro de Educação Infantil tiver distância de mais de dois quilômetros, vans escolares serão disponibilizadas gratuitamente para o transporte das crianças.

Apesar da informação, Edneia Gomes desconfia: “Tem outras unidades na região, mas alguma não tem boa fama ou tem muitos obstáculos, morros, etc. Espero que levem isso em consideração”, conclui.

Por Aquiles Marchel Argolo

A Prefeitura do Ipojuca, por meio da Secretaria Municipal de Educação, está oferecendo 5.100 mil vagas para os alunos novatos que desejam ingressar na Rede Municipal de Ensino. As vagas são para as áreas de Educação Infantil, Fundamental, Inclusiva e Educação de Jovens e Adultos (EJA).

As inscrições seguem até o dia 31 de janeiro e os responsáveis devem comparecer às unidades de ensino ou à Secretaria de Educação municipal munidos dos seguintes documentos: certidão de nascimento do aluno (cópia e original), comprovante de residência, transferência provisória ou histórico escolar, documento de identificação do responsável, carteira de vacinação e duas fotos 3x4.

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As matrículas serão preenchidas de acordo com o número de vagas existentes nas respectivas unidades de ensino. Do total de vagas ofertadas, quatro mil foram disponibilizadas na área urbana do município e 1.100 direcionadas para a Zona Rural do Ipojuca.  

A inscrição dos novos estudantes para escolas da Zona Urbana deve ser realizada nas unidades escolares da Rede Pública Municipal e, para os alunos da Zona Rural, pode ser feita na própria sede da Secretaria de Educação do Ipojuca. 

“Essa ampliação no número de vagas representa o cuidado que nós temos dado para garantir que todas as nossas crianças, adolescentes e jovens possam estudar e galgar um futuro melhor, com um ensino de qualidade reconhecido e uma infraestrutura digna para receber os estudantes. A construção de novas creches e a implantação do Centro de Formação para professores são exemplos claros do nosso compromisso com a melhoria da educação do povo ipojucano”, destacou a prefeita Célia Sales. 

Segundo o secretário municipal de Educação, Francisco Amorim, Ipojuca garante vagas para todas as crianças do município de quatro a 14 anos. “Além disso, estamos ampliando o número de vagas para as crianças de zero a três anos com a entrega das creches. Em breve vamos inaugurar a maior creche do estado, que atenderá 350 crianças e será localizada em Maracaípe”, destacou o secretário.  

A prefeitura de Ipojuca também está oferecendo curso de idiomas, com aulas de inglês, espanhol e libras. Esta última, surgiu, principalmente, da demanda de pais de alunos com deficiência auditiva, mas também atende à necessidade de alguns servidores, sobretudo da saúde, a aprenderem libras para atenderem melhor a este público.

O edital contendo todas as informações sobre o processo está disponível no portal do SEI (Sistema Educacional do Ipojuca) e em todas as unidades da rede ensino do município.

As deputadas estaduais Janaina Paschoal, Leticia Aguiar e Valeria Bolsonaro, do PSL, protocolaram um projeto de lei que tem como objetivo impedir que homens que trabalham na educação infantil das escolas de São Paulo tenham cuidados íntimos com as crianças, com destaque para banhos, trocas de fraldas e roupas, bem como auxílio para usar o banheiro.

De acordo com o texto, as atividades pedagógicas e as que não implicam no cuidado íntimo podem ser desempenhadas por profissionais de ambos os sexos. O projeto indica que no ensino fundamental I, quando as crianças necessitarem de auxílio para utilizar o banheiro, devem ser acompanhadas de forma exclusiva por mulheres.

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O projeto também diz que os homens responsáveis por cuidados íntimos com as crianças serão reaproveitados em outras atividades com o cargo que ocupam, sem que sofram algum tipo de prejuízo em sua remuneração salarial.

Para entrar em vigor, o texto precisa ser aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). De acordo com o site do órgão, o projeto deu entrada na Comissão de Constituição, Justiça e Redação no dia 24 de outubro.

O Plenário da Câmara dos Deputados pode votar nesta quarta-feira (13) o Projeto de Lei 8599/17, da deputada Geovania de Sá (PSDB-SC), que concede prioridade em centros de educação infantil a filhos de mulher que sofre violência doméstica.

Nessa terça os deputados aprovaram o regime de urgência para a proposta. A intenção é acelerar a votação do texto, que altera a Lei Maria da Penha (11.340/06). A proposta faz parte da lista de prioridades da bancada feminina para o mês de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher.

Outras propostas

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Também estão em pauta o projeto que assegura aos partidos políticos autonomia para definir o prazo de duração dos mandatos dos membros dos seus órgãos partidários (PL 1321/19) e o projeto que permite o uso de subscrição eletrônica para apoio a projetos de iniciativa popular (PL 7005/13). Ambos também tramitam em regime de urgência.

*Da Agência Câmara

Estão abertas as inscrições para o concurso público que prevê contratação de professores pela Prefeitura de Osasco, em São Paulo. São 724 vagas para atuação na rede municipal, com salários que podem chegar aos R$ 2.455,84. O prazo para participar termina no dia 10 de abril. A taxa é de R$ 56,50 e R$ 82,20, dependendo do cargo pretendido.

Os candidatos ainda podem solicitar isenção do valor da inscrição, desde que atenda aos critérios previstos pelo edital do certame. Para solicitação é preciso entrar no site da Fundação Vunesp e fazer o cadastro até às 23:59 desta terça-feira (26). Esse também é o endereço para submissão das inscrições.

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A jornada de trabalho semanal varia de 21 a 31 horas, conforme ocupação. Há oportunidades para professores de educação básica, educação especial e desenvolvimento infantil, além de professores de inglês. O concurso prevê ainda a reserva de vagas para pessoas com deficiência. Entre os benefícios, os aprovados também recebem uma cesta básica mensal.

A previsão é que as provas sejam realizadas no dia 19 de maio, em que serão cobrados conhecimentos gerais, específicos, legislação e prova de títulos. Todas as etapas são de caráter eliminatório e classificatório. Confira os detalhes no edital.

A educação infantil será avaliada pela primeira vez no ano que vem pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Atualmente, as avaliações nacionais são aplicadas apenas a partir do ensino fundamental.

Ao contrário das outras etapas, as crianças das creches e pré-escolas não terão que fazer nenhuma prova. A avaliação será por meio de questionários aplicados a professores, dirigentes e equipe escolar.

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Serão avaliadas por exemplo questões de infraestrutura e formação dos professores. As escolas serão bem ou mal avaliadas se ofertarem as condições necessárias para o desenvolvimento das crianças. Entram no cálculo, entre outras questões, a oferta de brinquedos.

O anúncio foi feito na quinta-feira (28), pelo ministro da Educação, Rossieli Soares. “Aumentamos o acesso e não conseguimos olhar para os fatores de qualidade de qual educação está sendo entregue nas creches e na educação infantil”, diz. 

O Brasil tem hoje segundo o Inep, cerca de 32% das crianças de até 3 anos matriculadas em creches e 91,5% das crianças de 4 e 5 anos matriculadas em pré-escolas.

O ministro diz que a intenção é que os pais e responsáveis das crianças também possam fazer parte da avaliação. A expectativa é que isso ocorra a partir de 2021.

Além da avaliação da educação infantil, o Inep vai reformular o sistema de avaliação de toda a educação básica. Os diversos nomes das provas: Prova Brasil, Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), entre outras, deixarão de existir e todas as avaliações são identificadas como etapas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Ao todo, o sistema terá seis etapas de avaliação: creche, pré-escola, 2º ano do ensino fundamental, 5º ano do ensino fundamental, 9º ano do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio.

Todas as avaliações, incluindo a da educação infantil serão feitas de dois em dois anos, sempre nos anos ímpares. Os resultados serão divulgados nos anos pares. As mudanças passam a valer em 2019.

Alfabetização antecipada

A ANA, aplicada no 3º ano do ensino fundamental deixará de existir. Agora os estudantes serão avaliados no 2º ano, geralmente com 7 anos, sobre o que aprenderam em língua portuguesa e matemática. A primeira prova será no ano que vem. A mudança ocorre para adequar a avaliação à Base Nacional Comum Curricular do ensino infantil e fundamental (BNCC), homologada pelo MEC no final do ano passado. A Base estabelece os conteúdos mínimos que deverão ser ensinados em todas as escolas do país.

Pela Base, as crianças, em todo o país, deverão ter acesso desde cedo a conteúdos de português e matemática. Até o 2º ano do ensino fundamental, os estudantes deverão ser capazes de ler e escrever. Além disso, aprenderão conteúdos de estatística e probabilidade.

“A BNCC puxou a alfabetização para o 2º ano e, agora com a avaliação desse ano teremos indicadores”, diz o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Alessio Costa Lima. Os municípios são os principais responsáveis pela oferta de educação infantil e fundamental. Lima também elogiou a inclusão da educação infantil no sistema de avaliações e disse que essa é uma demanda antiga dos dirigentes e que vem sendo discutida há anos. Com o anúncio da mudança, ANA não será aplicada este ano.

Ciências passarão a ser avaliadas  

As avaliações do 5º e do 9º ano, antiga Prova Brasil, continuarão sendo aplicadas. Elas avaliarão as habilidades dos estudantes em língua portuguesa e matemática. Haverá, no entanto, uma novidade: a prova do 9º ano passará a avaliar a partir de 2019 ciências da natureza e ciências humanas.

A mudança aproxima a avaliação brasileira de avaliações internacionais como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), aplicado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aos estudantes de 15 anos de diversos países. Em 2015, na última avaliação, o Brasil ficou em 63ª posição em ciências, em um ranking com 70 países ou regiões.

Apesar de serem avaliadas em ciências, a competência não entrará no cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) pelo menos até a avaliação de 2021, quando termina a série histórica do índice. O Ideb é considerado um importante indicador de qualidade do ensino.

O índice vai até dez e é calculado de dois em dois anos para português e matemática do 5º e do 9º ano do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio. Segundo o ministro, a intenção é que ciências passe a valer também para indicar a qualidade das escolas a partir de 2023.

Ensino Médio  

Os estudantes do 3º ano do ensino médio serão avaliados no ano que vem em língua portuguesa e matemática. Os estudantes do ensino médio eram avaliados de forma amostral. A partir de 2017, a prova passou a ser censitária, aplicada em todas as escolas públicas. A avaliação seguirá com esse formato.

Com a aprovação da BNCC para o ensino médio, atualmente em discussão no Conselho Nacional de Educação (CNE), a intenção é que esses estudantes passem, no futuro, a ser avaliados também em ciências humanas e da natureza.

Inclusão de escolas privadas

As avaliações não serão obrigatórias para as escolas particulares, mas aquelas que quiserem poderão aderir ao sistema. “Nós estamos discutindo avançar a necessidade da avaliação em todas as escolas privadas. É uma agenda que o MEC vai discutir com a sociedade nos próximos dias para que a gente coloque sempre um olhar de qualidade para a educação pública e também para as escolas privadas", diz o ministro da Educação.

Aplicação eletrônica

A partir do ano que vem, os questionários aplicados a professores, dirigentes e diretores escolares, com exceção dos aplicados aos estudantes, serão eletrônicos. O Inep testará de forma piloto a aplicação eletrônica da própria avaliação aos estudantes. A versão digital será testada em algumas escolas. Os estudantes farão a prova regular e, além disso, a versão eletrônica, apenas para teste.

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A França vai reduzir a idade de escolarização obrigatória de 6 para 3 anos a partir de 2019-2020, uma medida simbólica, que pretende dar reconhecimento ao ensino infantil, uma vez que quase todas as crianças começam a frequentar a escola nesta idade.

O presidente francês, Emmanuel Macron, fará o anúncio durante um encontro que reúne até quarta-feira em Paris um painel de especialistas.

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De acordo com o governo, "a decisão de reduzir a idade de educação obrigatória a três anos traduz a vontade do presidente da República de tornar a escola um local de igualdade real".

Também é o "reconhecimento da escola infantil, que não deve ser mais considerada um sistema de creche universal ou a simples preparação para o ensino básico".

A mudança faz parte de uma série de iniciativas do governo francês na área da educação, após a redução à metade do número de alunos por sala no ensino básico nas áreas desfavorecidas, um novo procedimento de acesso à universidade e a reforma do ensino profissionalizante.

As matrículas para a rede municipal de ensino de Olinda estão abertas até o dia 31 de janeiro. Ao todo, são ofertadas 7.935 vagas para turmas de educação infantil, ensino fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA). 

Para realizar a matrícula, os interessados com mais de 18 anos, pais ou responsáveis pelas crianças e adolescentes devem comparecer à escola desejada munidos de certidão de nascimento ou casamento, histórico escolar, uma foto 3x4 atual, carteira de vacinação atualizada, RG e CPF do estudante ou do responsável, número do NIS, cópia do cartão do SUS, cópia do cartão do Bolsa Família (se for beneficiário) e comprovante de residência (conta de luz, água, telefone ou declaração de moradia). Pessoas com deficiência também devem levar histórico escolar ou declaração (válida por 60 dias), comprovação do grupo sanguíneo e laudo médico.

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Em caso de dificuldades para realizar a matrícula, os pais, responsáveis ou alunos maiores de idade podem se dirigir ao Departamento de Acompanhamento e Registro de Matrícula (DARE), localizado na Secretaria Executiva de Programas e Políticas Educacionais. O endereço é Rua Sigismundo Gonçalves, 515, Carmo, de segunda a sexta-feira, de 8 às 17h. 

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Começou nesta terça-feira (26), a segunda etapa para reservas de novas matrículas na rede municipal de ensino do Recife.  As oito mil vagas ainda disponíveis para o ano letivo de 2018 são voltadas para alunos de escolas, creches e creches-escolas da capital pernambucana. Os pais e alunos interessados podem se inscrever pela internet, através do site de matrículas, até às 23h59 do dia 29 de dezembro.

“As vagas contemplam turmas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA). No site, o estudante ou responsável deve informar a série que pretende cursar e, a partir daí, o sistema mostra as opções de escolas mais próximas que dispõem de vagas. Também existe a possibilidade de filtrar as opções para que sejam mostradas apenas as unidades em um determinado bairro. O atendimento é prioritário para os residentes no entorno das unidades de ensino onde as vagas estão sendo pleiteadas”, informou a Prefeitura do Recife, por meio da assessoria de imprensa.

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Quando o estudante reservar a escola pela internet, o responsável por ele deverá comparecer à unidade de ensino para apresentar os documentos exigidos: comprovante de reserva de matrícula (ou o número de protocolo gerado no ato da reserva), cópias de certidão de nascimento (ou casamento), carteira de vacinação, cartão do SUS, comprovante de residência e duas fotos 3 X4. Esse procedimento será realizado de 2 a 5 de janeiro de 2018.

Quem não tiver acesso à internet, 30 escolas municipais estão disponibilizando os computadores para garantir a candidatura dos estudantes. Os endereços podem ser encontrados no site da gestão municipal. Os candidatos também podem ligar para o telefone 0800-200-6565. Por esse contato, o atendimento será realizado de segunda à sexta-feira, no horário das 8h às 21h. Outra opção é enviar e-mail para matriculaonline@recife.pe.gov.br.

A rede de ensino conta com pouco mais de 90 mil estudantes e, destes, 70 mil já haviam renovado suas matrículas para o próximo ano. Ainda de acordo com a Prefeitura do Recife, quem não conseguir reservar vaga na internet pode ir até as unidades de ensino municipais mais próximas, entre os dias 8 e 19 de janeiro de 2018, para se informar sobre a disponibilidade de vagas e fazer a matrícula presencialmente.

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A Prefeitura no Recife abrirá as inscrições para reserva de cerca de 8 mil vagas remanescentes nas escolas municipais ano letivo de 2018 a partir das 8h da próxima terça-feira (26), através do site de matrículas até as 23h59 da sexta-feira (29).

No quadro geral há vagas para turmas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA). Após a reserva, os estudantes ou seus responsáveis devem comparecer à escola ou creche para levar os documentos e confirmar a matrícula, no período de 2 a 5 de janeiro de 2018.

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Pessoas com dificuldades de acesso à internet podem fazer a matrícula nos computadores de uma das 36 escolas municipais de Anos Finais do Ensino Fundamental ou em uma das 18 Unidades de Tecnologia na Educação (Utecs).

Além disso, quem não conseguir fazer a reserva através do site pode ir até as unidades de ensino municipais mais próximas, entre os dias 8 e 19 de janeiro de 2018, para se informar sobre a disponibilidade de vagas e fazer a matrícula presencialmente.

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A época da escola é um momento marcante e que influencia em vários aspectos importantes da vida, desde a infância e até a vida adulta. Por isso, é muito importante a decisão pela melhor instituição para a criança ou o jovem. O processo de escolha da escola envolve várias variáveis que precisam ser consideradas pela família para que o resultado seja o melhor possível para cada estudante. 

Apoio, proximidade e disciplina

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Angela Cavalcanti é mãe de Davi, que tem sete anos, e de Maria Luísa, de treze. As crianças já passaram por duas escolas, uma no município de Moreno, na Região Metropolitana do Recife, onde a família reside, e depois em outra na zona oeste da capital pernambucana. Na decisão pela primeira escola, em Moreno, a proximidade de casa, boas referências fornecidas por outras mães e também um fator afetivo: era a escola onde havia estudado quando ela era criança. 

No momento de escolher o segundo colégio, quando apenas Maria Luísa mudou de escola sendo acompanhada pelo irmão menor apenas no ano passado, Angela conta que observou outros fatores para se assegurar de que era uma boa escola. 

A mãe explica que preferiu deixar o filho pequeno mais perto dela em uma escola menor onde ele fosse melhor acolhido e no momento de transferir o menino pensou “na estrutura física do colégio, no nível de formação dos professores, no apoio pedagógico com fonoaudiologia e psicologia” e também em outros pontos como, segundo ela, “atividades esportivas oferecidas pelo colégio, aulas-campo, momentos de celebração das etapas concluídas, simulados periódicos e gincanas”. 

Angela também explica que, por ser uma escola privada, levou o valor das mensalidades em consideração e já tinha uma ideia do custo antes de escolher, não sendo um fator determinante. Ela também buscou um colégio que tivesse uma atenção especial à disciplina com horários, uniforme e cumprimento das tarefas. 

Mesmo não seguindo alguma religião, a mãe optou por uma escola de orientação católica confessional pois achava importante que seus filhos tivessem “algum ‘amparo’ e conhecimento religioso” pois para ela a escola influencia nos valores em casa e que “não são tão rígidos em impor padrões”, o que é visto por Angela de modo positivo. 

Segurança, valores e dinâmica da rotina 

Para a psicóloga clínica e educacional Raquel Lacerda, a escolha da escola deve levar em conta a faixa etária e questões próprias de cada idade. Segundo ela, crianças menores exigem atenção a alguns pontos como, por exemplo, a sala de aula e a segurança do espaço. “É preciso saber se a escola é segura, observar a disposição das salas de aula, ver se o parque tem algo que possa ser inseguro, como é o banho, o lanche e a higiene pois é uma rotina diferente da criança grande e do adolescente”, explica Raquel, que recomenda visitar as escolas para ver o espaço de preferência com a escola funcionando. 

Outro ponto que a psicóloga aponta é a necessidade de alinhar os valores da família com a filosofia, a missão e a visão da escola para que não haja um choque cultural que prejudique a socialização e o aprendizado do estudante. Para Raquel a principal orientação é estudar o perfil da escola para saber se ela tem a ver com o que eles acreditam e depois ir ao local conhecer e tirar dúvidas com professores, coordenação e setor de psicologia pois, na opinião dela, “a escola precisa estar em sintonia com os valores, saber se a visão da escola sobre a educação e sobre relações sociais estão coerentes com o que os responsáveis ou pais querem para o filho para que não haja um choque que pode trazer dificuldades para a criança e na relação dos pais com a escola”, diz ela. Um erro comum apontado pela psicóloga é a atitude de alguns pais que colocam as filhos em escolas com um perfil diferente do deles buscando compensar coisas na educação das crianças ou jovens. 

Raquel conta que “Tem pais que são muito rígidos e colocam os filhos em escolas que não têm tanto rigor, ou o contrário, pais que têm dificuldades em impor limites e colocam os filhos em escolas muito rígidas pensando em compensar isso”. Para ela, esse é um pensamento errado, pois “a escola precisa estar em sintonia com o que os pais e responsáveis acreditam”. 

A psicóloga também atenta que pais que tenham filhos com necessidades específicas ou com deficiência precisam ter ainda mais atenção em como a escola cuida da inclusão da criança ou do jovem. “É uma questão extremamente séria, tem uma lei que garante a matrícula mas vai só colocar na turma e pronto? É preciso saber como é o trabalho de atenção especial e adaptação às necessidades por parte da escola”, destacou Raquel.

Adaptação 

Tão importante quanto tentar fazer uma boa escolha, segundo a psicóloga educacional Raquel Lacerda, é observar se a criança ou jovem está de fato bem adaptada à escola e passar segurança da escolha para que a própria criança se sinta menos travada e insegura.

Ela explica que se a criança sentir insegurança dos pais ao deixá-la na aula, isso poderá levar a um sofrimento e a uma retração da criança. “Se os pais estão tranquilos nesse processo de adaptação isso passa para a criança e isso tende a colaborar a minimizar as inseguranças e dúvidas para os pais e também para a criança”. 

Opinião do estudante

Questionada sobre como a família deve proceder quando a criança grande ou o adolescente pedem para estudar em uma escola diferente da que os pais ou responsáveis tinham em mente, Raquel explica que é importante ouvir e avaliar se é ou não possível atender ao pedido do estudante. Para ela, “é importante ver porque ele quer aquela escola e se é possível ou não conciliar o desejo do estudante com o que os pais desejam e acreditam ser o melhor”. 

A psicóloga destaca que apesar de ser importante ouvir, a palavra final deve ser sempre dos pais pois, para ela, “se não for possível conciliar o desejo da criança com o dos pais, a mudança não é indicada porque são os pais que são responsáveis por essa decisão, porque às vezes os estudantes querem determinada escola porque um amigo está lá, por exemplo, mas não tem nada a ver com o que os pais acreditam, então é preciso ter cuidado para não haver nenhuma contradição”. 

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