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As exportações brasileiras de sucata de ferro e aço tiveram queda em abril, de 11% ante março, para 32,5 mil toneladas. A receita também caiu, 4%, para US$ 14,5 milhões, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Segundo o Instituto Nacional das Empresas de Sucata Ferro e de Aço (Inesfa), é o segundo mês seguido de queda nas exportações, em parte devido ao excesso de oferta de aço no mercado mundial, com consequente redução na demanda pelas usinas. Mas a tendência é retomar o crescimento das exportações até a primeira metade do ano.

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Em março, foram vendidas ao exterior 36,5 mil toneladas, menor que as 53 mil toneladas exportadas em fevereiro. No acumulado do ano até abril, as exportações caíram para 163,2 mil toneladas, 9,5% a menos que as 180,3 mil t do mesmo período de 2013. O Brasil exporta 3,5% do volume da sucata consumida no mercado interno. A participação da sucata na produção de aço bruto no Brasil oscila entre 26% e 28%, abaixo da média mundial, aponta o Inesfa, citando como comparação o porcentual de 45% de 2012.

A Bovespa abriu em alta no pregão desta sexta-feira (16), na contramão do sinal negativo que prevalecia nos mercados internacionais nos primeiros minutos de negócios, mas a mudança de sinal, para o positivo, nos índices futuros das bolsas de Nova York e das bolsas europeias acelerou os ganhos do mercado acionário doméstico. Com isso, os investidores relegam os sinais de recuperação econômica frágil nos Estados Unidos, na zona do euro e também no Brasil. Já nos negócios com dólar e juros futuros prevalece o viés de baixa.

Às 10h20, o Ibovespa subia 0,81%, aos 54.293 pontos, na pontuação máxima do dia. O mercado acionário doméstico avança com os ganhos das ações de Petrobras e dos bancos, e também sob a influência da proximidade do vencimento de opções sobre ações, na segunda-feira.

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No mesmo horário, o futuro dos índices S&P 500 e Dow Jones ganhava 0,15% e 0,07%, nesta ordem, passando a apontar uma abertura em alta na sessão regular em Wall Street diante do crescimento maior que o esperado das construções de moradias iniciadas nos EUA abril ante março, bem como das permissões para novas obras, no mesmo período.

Os juros dos Treasuries também passaram a subir após os dados econômicos norte-americanos divulgados há pouco, com o juro da T-note de 10 anos em 2,512%, de 2,499% no fim da tarde de quinta-feira, 15, em Nova York. O dólar, por sua vez, seguiu sem mostrar uma direção única ante as principais moedas rivais, mas perdeu força ante as moedas emergentes e correlacionadas às commodities.

Porém, no mercado cambial doméstico, a moeda norte-americana exibe viés negativo desde a abertura do pregão, com oscilação entre margens estreitas. Ainda às 10h20, o dólar à vista no balcão valia R$ 2,2110, com queda de 0,50%. A baixa do dólar ante o real reflete expectativas de continuidade dos estímulos nos EUA por período prolongado e o leilão de swap cambial, realizado nesta manhã, com venda de 4 mil contratos, divididos em dois vencimentos (dezembro de 2014 e março de 2015).

Esse viés de baixa do dólar no mercado doméstico contribui para a devolução de prêmios nos contratos de depósito interfinanceiro (DIs). Ainda por volta do mesmo horário, o contrato para janeiro de 2021 estava em 12,29%, de 12,34% no ajuste de ontem. Nos vértices mais curtos, o DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 10,96%, de 10,98% no ajuste anterior.

O mercado de juros futuros também reage aos números fracos do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado mais cedo, que evidencia a fraqueza da dinâmica doméstica e é compatível com expectativas de desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) nacional no primeiro trimestre deste ano, conforme afirmaram especialistas consultados nesta manhã pelo Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agêcia Estado.

O dólar terminou a sessão desta terça-feira (6), em queda, pressionado pelo declínio ante outras divisas no exterior, expectativa sobre uma pesquisa eleitoral e pela entrada de recursos no mercado. O declínio da moeda, somado a sinais de desaceleração da inflação e a especulações sobre o cenário eleitoral, pressionou as taxas de juros, que fecharam em baixa também.

No fim da sessão, o dólar à vista no balcão terminou o pregão com queda de 0,89%, a R$ 2,2270. O giro, no entanto, era bastante baixo perto das 16h30, a US$ 967,24 milhões, segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa. No mercado futuro, o dólar para junho caía 0,84%, a R$ 2,2435. O volume de negócios também estava abaixo do normal, próximo de US$ 11 bilhões.

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O dólar iniciou o dia em queda ante o real, em sintonia com o declínio em relação a outras divisas emergentes, que foram beneficiadas pela valorização nos últimos dois dias da moeda da China, o yuan. A decisão do Banco Central da Austrália de manter inalterado o juro na mínima histórica de 2,5% ao ano e o déficit comercial dos EUA em março acima do esperado também contribuíram para a valorização dessas moedas. O déficit comercial totalizou US$ 40,38 bilhões, melhor que o nível do mês anterior, mas um pouco acima da previsão, de US$ 40,2 bilhões.

Os leilões de swap cambiais realizados pelo Banco Central durante a manhã também exerceram pressão de baixa no dólar. A instituição vendeu 4 mil swaps cambiais no valor total de US$ 198,5 milhões no leilão tradicional programado e outros 5.000 contratos de swap cambial para 01/04/2015 (US$ 247,7 milhões) em uma operação de rolagem separada.

Além disso, analistas citaram que anúncios de emissões externas por empresas brasileiras alimentaram expectativas de entrada de recursos no mercado. A Caixa Econômica Federal emitiu US$ 1,3 bilhão em bônus de cinco anos oferecendo retorno equivalente ao Treasury mais prêmio de 265 pontos-base, informam fontes do mercado.

As expectativas em torno dos resultados de uma pesquisa eleitoral Datafolha, que deverá ser divulgada até o fim da semana, também foram citadas como uma das razões para o fraco desempenho do dólar. O mercado prevê que o levantamento mostrará que as eleições presidenciais terão um segundo turno, como foi apontado pela sondagem do Sensus no último sábado.

Durante o período da Copa do Mundo 2014, o país espera receber cerca de 850 mil turistas, segundo dados do Ministério do Turismo. Enquanto muita gente vem conhecer as belezas brasileiras, os próprios moradores pretendem viajar para fora. Pelo menos é isto que aponta uma pesquisa realizada pela Qualiti Imóveis, onde mostra que cerca 70% de casas e apartamentos em Orlando, nos Estados Unidos da América (EUA), devem ser ocupados por brasileiros nos dias da competição. 

O levantamento mostra que as cidades mais procuradas pelos brasileiros no exterior são Orlando e Miami, ambas nos EUA. Segundo o diretor da Qualiti Imóveis, Fabiano Neaime, os preços dos alojamentos têm atraído os brasileiros. “Com locações a partir de sete dias e até seis meses, as casas chamam atenção de brasileiros, pois aqui há cultura de viajar em família ou grupo de amigos Por isso, este tipo de locação fica mais barata e abriga até 12 pessoas”, explica Neiame.

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Ainda segundo o diretor, outro fator que tem levado os brasileiros a querer conhecer os EUA é a privacidade que eles encontram quando vão se hospedar em outro país.  “Este tipo de acomodação proporciona um churrasco entre amigos, por exemplo, além de baixo custo, uma vez que a diária nestas casas pode variar de 150 a 400 dólares, dependendo da localização e da temporada”, explica Neaime.

Para a Copa do Mundo são esperadas reservas de pelo menos 15 dias, podendo chegar até 20 dias. “A grande procura acontece a partir de março, período em que será possível calcular os gastos do carnaval para poder planejar os próximos destinos”, conclui Neaime.

Com informações da assessoria do Ministério do Turismo

O Ibovespa começou o pregão desta segunda-feira, 31, registrando ganhos operando acima dos 50 mil pontos, ajudado pelo sinal positivo das principais bolsas das economias avançadas. Se continuar nessa toada, a Bolsa pode fechar seu primeiro mês do ano com ganhos. A última vez que isso ocorreu foi em outubro de 2013. O ajuste de carteiras dos investidores deve trazer maior volume aos negócios hoje. No radar estão o discurso da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen (10h55), dados de atividade industrial do ISM de Chicago (10h45), embora os eventos mais esperados da semana para as bolsas sejam a reunião de política monetária do Banco Central Europeu, na quinta-feira, 3 de abril, e os dados de emprego dos Estados Unidos, na sexta-feira, 4 de abril.

As ações da Petrobras também seguem na mira do investidor diante das articulações da base aliada do governo no Congresso para barrar a criação da CPI da Petrobras no Senado, cujo requerimento de abertura tem leitura em plenário prevista para amanhã pelo presidente do Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).

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Às 10h22, o Ibovespa subia 0,47%, aos 50.0002,20 pontos. As ações da Petrobras perdiam 0,38% (PN) e 0,47% (ON). As ações da Vale subiam 1,08% (PNA) e 1,39% (ON). Eletrobras ON tinha alta de 1,11% e Banco do Brasil ON, de 0,81%.

Em Nova York, no mercado futuro, os índices subiam antes da fala de Yellen, com Dow Jones em alta de 0,52%, Nasdaq, de 0,73% e o S&P 500 com ganhos de 0,54%.

Para que serve o passaporte? Quanto custa? Quais países exigem o documento? Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) apontou que 88,3% dos recifenses não tem esse documento. Por isso, o LeiaJá procurou o chefe de comunicação da Polícia Federal (PF), Giovani Santoro, que detalhou passo a passo para retirada do passaporte e outras informações sobre o mesmo. 

Segundo Santoro, a função do passaporte é autorizar a entrada de um estrangeiro num determinado país. "Serve de identificação para as autoridades de um território ou nação, dando-lhe proteção legal no exterior para permanecer por um período pré-estabelecido e retornar seu país de origem”, explica.

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Apesar da grande maioria dos moradores da capital pernambucana não possuírem o passaporte, 56% disseram que querem viajar para o exterior. Santoro explica que nem todos os países exigem o documento. “Em razão do tratado do Brasil com os países do Mercosul (Argentina, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Peru, Equador, Colômbia, Bolívia, Chile e México), a entrada nestes destinos podem ser feitas apenas com a carteira de identidade. Porém, ela deve ter sido expedida recentemente”, alerta o assessor. Santoro ainda acrescenta: “Antes de viajar, o ideal é certificar se os países ainda mantêm tal acordo”.

Entres os países mais desejados para visitas estão os Estados Unidos (17,3%), Itália (10,9%) e França (10%), lugares onde o passaporte é exigido. Para retirar o documento, o interessado deve estar atento às etapas, que é bem longa. Primeiro, o viajante deve acessar o site da PF. No link “Passaporte/Requerer Emissão de Passaporte”, a pessoa tem que escolher o estado e a cidade onde vai fazer a retirada. 

Logo depois, o interessado deve preencher um formulário com informações de vários documentos, como carteira de identidade, título de eleitor e comprovante da última votação, comprovação e quitação com o serviço miliitar e outros.  O passageiro deve confirmar todos os dados após o preenchimento deles. 

O próximo passo do processo é preencher a Guia de Recolhimento da União (GRU). “Isto nada mais é do que o pagamento pelo serviço de expedição, que custa R$ 156,07”, detalha Santoro. 

A última etapa do processo, segundo o assessor, é agendar o dia e o horário para fazer a retirada do passaporte, que pode ser feita na PF do Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freire ou nos municípios de Caruaru e Salgueiro. “O passageiro vai receber um número para comparecer até a Polícia Federal levando todos os documentos originais para a finalização do atendimento. No local, a ficha que ele preencheu será acessada e conferida. Após tirar a foto e a impressão digital pela PF, todos os dados são enviados para a casa da pessoa. O documento chega dentro de dez dias, dependendo da demanda”, diz Giovani Santoro. 

Ainda segundo o chefe de comunicação, o passaporte é extremamente importante porque possui 16 itens de segurança. Além disso, ele dificulta a falsificação e uso indevido, principalmente por terroristas e foragidos da justiça. 

No Recife, o passaporte pode ser expedido na Delegacia de Imigração da Polícia Federal, localizada no Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freire. O documento também pode ser retirado nas delegacias da PF de Caruaru ou Salgueiro. 

PESQUISA – O levantamento foi realizado pelo IPMN nos dias 6 e 7 de março, com 621 entrevistados.

A aversão ao risco internacional voltou a subir na manhã desta sexta-feira, 14, em meio à tensão com a Ucrânia e a expectativa pelo resultado do referendo na Crimeia, no domingo, 16. No exterior, o dólar caía ante o euro e o iene e mostrava sinais mistos em relação a moedas ligadas a commodities.

Aqui, a moeda norte-americana abriu em queda no mercado futuro, mas logo virou e subiu, determinando uma abertura estável do dólar à vista, cotado a R$ 2,3650 no balcão. Em seguida, às 9h32, a moeda à vista já estava na máxima de R$ 2,3730 (+0,34%), em linha com as perdas de algumas divisas ligadas a commodities no exterior e em meio à piora há pouco das bolsas em Nova York.

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Pesa também o índice de preços ao produtor (PPI) de fevereiro nos Estados Unidos, que recuou 0,1%, ante previsão de +0,2%, que derrubou o yield dos Treasuries. O índice de sentimento do consumidor, medido pela Universidade de Michigan, referente ao mês de março, sai às 10h55.

Por aqui, o IBC-Br subiu 1,26% em janeiro, ante dezembro do ano passado, após registrar queda de 1,40% no último mês de 2013 em relação ao mês anterior (dado revisado), na série com ajuste sazonal. A alta ficou acima da mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções (1,00%).

A Receita Federal publicou nesta sexta-feira (7), no Diário Oficial da União (DOU), a Instrução Normativa 1.455, que dispõe sobre a incidência do imposto sobre a renda na fonte sobre rendimentos pagos, creditados, empregados, entregues ou remetidos para pessoas jurídicas domiciliadas no exterior.

A IN define a tributação que incidirá sobre operações como fretes, afretamentos, aluguéis ou arrendamento de embarcações ou aeronaves, aluguel de contêineres, sobrestadia e outros serviços de instalações portuárias; das comissões pagas por exportadores; despesas com pesquisas de mercado, promoção e propaganda e serviços brasileiros e com promoção de destinos turísticos brasileiros; operações de cobertura de riscos de variações. Em todos esses casos a alíquota do IRF será de zero.

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Terão IRF com alíquota de 15% as operações do arrendamento mercantil de bens de capital no exterior; das comissões e despesas na colocação, no exterior, de ações de companhias abertas; da solicitação, obtenção e manutenção de direitos de propriedades industriais, no exterior; de juros de empréstimos contraídos em países que mantenham acordos com o Brasil; dos juros, comissões, despesas e descontos decorrentes de colocações no exterior de títulos de crédito internacionais.

Também terão alíquota zero os rendimentos relativos aos juros de desconto de cambiais de exportação e comissões inerentes a essas cambiais; dos juros e comissões relativos a créditos destinados ao financiamento de exportações; das despesas de armazenagem, movimentação e transporte de carga e emissão de documentos realizadas no exterior.

A IN trata ainda da tributação dos rendimentos pagos no exterior relativos aos juros sobre capital próprio, que estarão sujeitos à alíquota de 15%; da remuneração de serviços em geral, sujeitos ao IRF com alíquota de 25%; da remuneração de serviços técnicos, assistência técnica e administrativa e royalties (15%); dos direitos pela transferência de atleta profissional (15%), do ganho de capital (15%), entre outros.

A companhia aérea Azul está se preparando para operar voos internacionais e comprar aviões maiores, apurou o jornal O Estado de S. Paulo com fontes próximas à empresa. A companhia confirma que mantém estudos para promover uma expansão internacional, mas diz que ainda não há decisões tomadas sobre o projeto.

“Sim, existe a intenção de fazer voo internacional. Essa é nossa visão de longo prazo e não nego que estamos fazendo esse e outros estudos”, disse o diretor de comunicação da Azul, Gianfranco Beting. “Uma companhia que já tem 18% do mercado, 10 mil tripulantes e 140 aviões tem de pensar nos próximos passos. O voo internacional é um próximo passo.” Ele não informou, no entanto, quando a empresa entrará no mercado internacional e quais os destinos prioritários.

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O projeto de lançar voos internacionais começou a ganhar força dentro da Azul no início de 2012, mas ficou na gaveta após o anúncio da fusão com a Trip, em maio daquele ano, apurou a reportagem com fontes próximas à empresa. Naquela época, a intenção da Azul era começar as rotas internacionais com voos para a América do Sul.

A partir de meados de 2012, a integração com a Trip virou prioridade e a companhia tratou de ajustar malha, frota e equipe para aproveitar as sinergias. No último dia 10, a Azul conseguiu a aprovação que faltava para concluir a incorporação da Trip - a empresa fechou um acordo com o sindicato dos pilotos e comissários e poderá integrar a tripulação.

Após a fusão da Trip, a Azul passou a servir 105 destinos no Brasil, mais do que o dobro das líderes TAM e Gol. A empresa entende que já está perto do limite para a expansão do número de destinos no País. “Nas condições atuais, não há muito mais cidades que podem ser servidas (pela Azul). Então, é claro que a gente está de olho em outras oportunidades de crescimento”, disse Beting.

Com a conclusão da fusão da Trip, o projeto de lançar voos internacionais ganhou novo fôlego e foi revisado. A prioridade da Azul agora é lançar voos para os Estados Unidos, disseram ao Estado quatro fontes do setor. Uma das possibilidades em estudo é levar os passageiros para Nova York e Fort Lauderdale, na Flórida.

Além de serem destinos requisitados pelos brasileiros, os aeroportos são bases operacionais da Jetblue, companhia fundada por David Neeleman em 1998 - o empresário criou a Azul em dezembro de 2008 e é o atual CEO da empresa. “A parceria dá capilaridade para a Azul distribuir passageiros nos EUA. Neeleman conhece as oportunidades do mercado americano e certamente terá facilidade para negociar um acordo comercial entre as empresas e aprovações com as autoridades do País”, disse uma fonte próxima à Azul.

Aeronave

A empresa já mantém conversas com as fabricantes Boeing e Airbus sobre a compra de aviões para voos de longa distância. O modelo A330 é um dos mais cotados para o projeto, apurou o jornal.

O diretor de comunicação da Azul confirma que a empresa conversa com fabricantes de aeronaves, mas diz que “pesquisar aviões maiores e menores faz parte dos estudos que a companhia faz desde que nasceu”.

Segundo Beting, a decisão de comprar aviões maiores não está tomada e depende de uma capitalização da Azul. Uma aeronave de grande porte, como um Airbus ou Boeing com 200 a 300 assentos, custa cerca de US$ 300 milhões. “Para fazer encomenda dessas, a empresa tem de estar capitalizada”, diz.

A Azul está tentando se capitalizar por meio de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A companhia já pediu o registro de empresa aberta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e aguarda o aval do órgão. A oferta é estimada pelo mercado em cerca de R$ 1 bilhão. Além do aval da CVM, a abertura de capital da Azul depende das condições da economia. “A empresa só fará o IPO quando e se acreditar que haverá uma oferta de sucesso”, ressalta Beting. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de o governo encarecer as compras com cartão de viagem pré-pago e com cartão de débito no exterior, os turistas brasileiros buscam alternativas menos convencionais para driblar o custo adicional nos gastos em moeda estrangeira. A abertura de uma conta corrente em outro País e o uso de cartões pré-pagos de empresas com sede no exterior são algumas das opções encontradas.

Na próxima viagem para os Estados Unidos, em abril, o servidor público Bruno Felipe de Andrade pretende comprar a moeda americana no Brasil e levar em espécie para o exterior. Lá, ele comprará um cartão pré-pago de uma empresa daquele país e carregará com os dólares levados do Brasil.

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"Acredito que a vantagem é pagar o IOF (imposto sobre operações financeiras) de 0,38% da compra do dólar em papel, bem como a segurança de não ter que ficar circulando com grande quantidade de dinheiro vivo", afirmou Andrade, que vive em Curitiba. Se ele levasse um cartão pré-pago adquirido no Brasil, o imposto seria de 6,38%. Para a compra de moeda em espécie, o IOF é de 0,38%.

Em 2013, antes da alta do imposto, Andrade já havia viajado aos EUA. Naquela ocasião, a maioria dos seus gastos foi em cartão pré-pago levado do Brasil. Agora, essa opção está mais cara. Há um mês, em pleno período de férias, o governo federal aumentou de 0,38% para 6,38% as compras com cartão de débito no exterior, cheques de viagem (traveller checks) e saques de moeda estrangeira.

Crédito

O site Melhores Destinos, que foi criado em 2007 para dar informações sobre viagens e hoje tem mais de 2 milhões de seguidores, levantou as alternativas buscadas pelos turistas para driblar a alta do IOF. Segundo o fundador da página, Leonardo Marques, uma das principais opções é a abertura de conta no exterior.

O leitor Felipe Carnot relatou ao site que abriu há mais de um ano uma conta no Banco do Brasil Américas, que tem sede em Miami e faz parte do grupo do BB. Desde então, ele fez quatro viagens internacionais e não precisou mais comprar dólares e euros em espécie ou tampouco recarregar cartões pré-pagos. Ele transfere pela internet, da conta brasileira para a estrangeira, o dólar com cotação comercial e com IOF de 0,38%.

Segundo o BB, nesse tipo de conta o consumidor tem direito a um cartão de débito e não paga tarifa de manutenção se tiver saldos médios mensais acima de US$ 1 mil. O banco tem hoje 1 milhão de clientes em unidades no exterior. A maior parte deles, entretanto, é de argentinos no Banco Patagonia (controlado pelo BB na Argentina) e de brasileiros que vivem no Japão e em Portugal.

O professor da FGV Patrick Behr, especialista em finanças, afirma que não existe fórmula para decidir como levar dinheiro ao exterior. O fator mais importante a ser considerado, segundo ele, é o tempo que o turista ficará fora do País e a frequência com a qual ele viaja. Para o professor, a opção de abrir uma conta no exterior só vale a pena para quem vai ficar fora do Brasil por mais de três meses.

"Para quem viaja em um mês de férias não é viável abrir conta em outro país. Será muito trabalho", afirmou. Segundo os cálculos dele, para um gasto de US$ 1 mil, a economia seria de apenas de US$ 30 ou US$ 40.

Além disso, ele destaca que a administração de uma conta no exterior exige que a informação seja declarada no Imposto de Renda, o que representa trabalho adicional. Se o brasileiro concluir que vale a pena abrir conta no exterior, Behr sugere que pesquise as opções nos bancos internacionais para comparar taxas.

Para Pedro Henrique Mello, engenheiro brasileiro que se mudou para a França para trabalhar numa petroleira europeia, o ideal é não fazer nem mesmo o câmbio em espécie no Brasil. "Eu indico a quem vem me visitar que traga reais para trocar por euros aqui." No mesmo dia, segundo ele, 1 euro custava R$ 3,278 em uma casa de câmbio na França e R$ 3,303 no Brasil. "A desvantagem é que, se o turista não conhecer o lugar, pode parar numa zona muito turística e pagar mais caro", ponderou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os gastos de brasileiros em viagens ao exterior chegaram ao recorde de US$ 25,342 bilhões em 2013, de acordo com dados do Banco Central, divulgados nesta sexta-feira (24). Em 2012, os gastos com viagens internacionais ficaram em US$ 22,233 bilhões. Somente em dezembro, essas despesas totalizaram US$ 2,217 bilhões, contra US$ 1,989 bilhão no mesmo mês do ano passado.

As receitas de estrangeiros em viagem ao Brasil chegaram a US$ 579 milhões em dezembro e a US$ 6,710 bilhões em todo o ano passado, contra US$ 562 milhões e US$ 6,645 bilhões em iguais períodos de 2012, respectivamente.

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Com esses resultados, a conta de viagens internacionais fechou o ano com déficit de US$ 18,632 bilhões, contra US$ 15,588 bilhões em 2012. Em dezembro, o saldo negativo ficou em US$ 1,638 bilhão. A projeção do BC para 2013 era um déficit em viagens internacionais de US$ 18,6 bilhões. Para 2014, a estimativa é US$ 19 bilhões.

O Santander Asset Management, que possui R$ 122 bilhões sob gestão, anunciou o lançamento de dois fundos com investimentos no exterior: o FI Global Multimercado e o FI Diversificação Global Van Gogh Multimercado. Esses fundos abriram para captação na segunda-feira, 6. A projeção é de que a captação, para cada fundo, alcance R$ 300 milhões ainda no primeiro trimestre deste ano.

Segundo a Asset, os fundos têm como objetivo investir a parcela no exterior em fundos de ações de diferentes regiões, como Estados Unidos (40%), Europa (30%) Ásia e mercados emergentes. Segundo Luciane Ribeiro, diretora da Santander Asset Management, já foram fechadas parcerias com gestores internacionais.

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No fundo Global Multimercado a parcela alocada no exterior é de até 20%, focado nos clientes Select, enquanto no FI DiversificaçãoGlobal Van Gogh Multimercado a fatia será de até 15%. Segundo a instituição financeira a parcela local será diversificada nos mercados de renda fixa e renda variável. "Esses ativos (multimercados) têm se mostrado interessantes. Para um cenário de volatilidade ele funciona melhor", disse.

Para ambos os fundos, a aplicação inicial é de R$ 10 mil. A taxa de administração para o Fundo Global Multimercado é de 1,8% e o do Van Gogh de 2%.

Em pleno período de férias, o governo elevou de 0,38% para 6,38% a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para cartões de débito no exterior, compras de cheques de viagem (traveller checks) e saques de moeda estrangeira no exterior. A medida começa a valer neste sábado (28), anunciou o Ministério da Fazenda. Decreto com a medida será publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU).

De acordo com o Ministério da Fazenda, a medida confere isonomia de tratamento nas operações com moeda estrangeira realizadas por meio de cartão de crédito internacional. A arrecadação com mudança do IOF no débito no exterior é estimada em R$ 552 milhões por ano. Com a medida, afirma o ministério, evita-se que um meio de pagamento seja preterido por outros em decorrência da estrutura de tributação. As compras de moeda estrangeira em espécie feitas no mercado de câmbio brasileiro não têm alteração na tributação - seguem com alíquota de 0,38%. O aumento do IOF atinge o carregamento de cartões pré-pagos com moeda estrangeira.

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Deixar a terra natal em busca do sucesso profissional e financeiro é o sonho de muitas pessoas. O exterior, para grande parte delas, é o destino. Entretanto, existem diversas formas de trabalhar ou estudar em outros países, do mesmo jeito que há a possibilidade de desempenhar as duas atividades ao mesmo tempo.

Carol Guedes, de 27 anos, iniciou um curso de comunicação social, porém não seguiu na área. Em agosto de 2009, buscando aliar trabalho e estudo, viajou aos Estados Unidos por meio de um programa intercambista. “Eu tinha uma amiga que queria muito fazer um intercâmbio. Resolvi então viajar. Lá, em Nova Iorque, fiquei na casa de uma família com três filhos, onde eu era responsável por pegar e levar o mais velho na escola”, conta Carol, que, atualmente, trabalha em uma agência de intercâmbio no Recife.

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Após um ano de trabalho no exterior, recebendo cerca de 250 dólares por semana, Carol retornou ao Brasil. Para você que também almeja trabalhar em outros países, o LeiaJá conversou com uma especialista sobre o assunto, a gerente de intercâmbio da Student Travel Bureau (STB), Marina Motta (foto à esquerda).

De acordo com a gerente, que também é autora do livro “Intercâmbio de A a Z”, existem dos tipos de trabalho no exterior. Um deles é o intercâmbio de trabalho, em que o estudante vai apenas para trabalhar. Os Estados Unidos é o país mais procurado, seguido da China e da Austrália. “Nestes casos, as funções podem ser tanto operacionais como na área de formação do estudante. Sendo que esta última nem sempre é remunerada”, explica Marina. O outro tipo é o intercâmbio de trabalho que o aluno vai estudar, porém, depois de um certo tempo de estudo, o visto permite que ele trabalhe de forma profissional. “Neste caso temos a Austrália, o Canadá e a Irlanda no topo e, a partir de 2014, a Nova Zelândia promete entrar nesta lista, pois mudará suas regras, permitindo que intercambistas trabalhem legalmente também”, completa.

A gerente de intercâmbio destaca que é importante analisar as condições financeiras que os países e o intercâmbio oferecerem. O custo de vida do local, por exemplo, deve ser levado em consideração. “Um brasileiro pode sentir-se mais atraído a trabalhar na Califórnia, sendo que este estado é o mais caro dos EUA. Então, certamente, os gastos de manutenção serão maiores seja para moradia, alimentação ou passeios. Já se o aluno optar por ficar em um estado menos cobiçado no centro dos EUA, como Alabama ou em um intercâmbio na China, onde o custo de vida é muito baixo, o dinheiro deverá render mais”, orienta a profissional. “Outro ponto a ser considerado é se a posição inclui ou não gorjeta. Este item é um complemento importante que pode dobrar o salário dependendo do desempenho do funcionário. Além disso, ficar atendo para fazer horas extras e compartilhar acomodação com outras pessoas também irá representar uma poupança, seja para viajar ao final do programa, seja para retornar ao Brasil com um saldo financeiro positivo”, diz.

Os programas

Diante da possibilidade de várias formas de intercâmbios, o LeiaJá preparou informações sobre programas de trabalho no exterior. Os serviços são diferenciados por faixa etária dos participantes, tempo de atuação, entre outros detalhes.

Um dos programa é o Au Pair. Ele oferece trabalho remunerado, intercâmbio cultural, além de Estudo nos Estados Unidos. Veja AQUI todas informações sobre o programa.

Além do Au Pair, confira também o Australian Hospitality Internship, Estágio Profissional na China e o Experience USA

Após encerrar a sessão de terça-feira, 5, no menor nível em quase um mês, a Bovespa abriu o pregão desta quarta-feira, 6, engatando uma recuperação, em linha com o movimento observado no exterior. Enquanto aguardam os eventos e indicadores econômicos nos Estados Unidos e na zona do euro previstos a partir de amanhã, os investidores assumem um pouco mais de risco. As preocupações com a política fiscal brasileira devem seguir no radar. Por volta das 10 horas, o Ibovespa oscilava em baixa de 0,01%, aos 53.826,38 pontos.

Para o operador sênior da Renascença Corretora, Luiz Roberto Monteiro, a retomada esperada para a Bolsa brasileira hoje está atrelada ao desempenho dos mercados internacionais nesta manhã, onde prevalece o sinal positivo. No horário acima, o futuro do S&P 500 subia 0,51%, enquanto a Bolsa de Frankfurt ganhava 0,41%. Logo mais, às 10h30, sai o número de demissões anunciadas nos Estados Unidos em outubro e, às 13 horas, é a vez do índice de indicadores antecedentes no país em setembro.

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Monteiro avalia que a desconfiança com a política fiscal brasileira não deve atrapalhar o desempenho da Bolsa. "Os mercados domésticos têm trabalhado meio independentes, com a Bovespa monitorando essa questão, mas não sendo influenciada por ela", comenta, acrescentando que o estresse maior tem ocorrido nos negócios com câmbio e de juros futuros. Para ele, o que deve comandar os negócios na renda variável brasileira é a temporada de balanços.

O destaque do dia é o resultado trimestral da Vale, que será divulgado apenas após o fechamento do pregão local. Também na safra doméstica, chama atenção os números trimestrais no setor de construção civil.

O governador Eduardo Campos (PSB) cumprirá agenda pública em Londres, na Inglaterra, nesta quarta-feira (6). Fazendo ponte Alemanha - Inglaterra, desde o último dia 31 de outubro, o socialista já participou de eventos, fez palestras e se encontrou com autoridades nesses últimos dias.

Na agenda desta quarta, o gestor estadual terá reuniões com o CEO da Living PlanIt, Steve Lewis e com representantes das empresas McLaren, Cisco, Buro Happold, Hitachi, Amazon, Microsoft, Philips e 8over8. Ele também se ecnontrará com os presidentes da British Gas, Andrew Gould, e do Grupo BP, Carl-Henric Svanberg.

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João Lyra – Assumindo a administração estadual como governador interino, o vice de Campos, João Lyra Neto, fará nesta quarta-feira (6) a primeira agenda pública desde que o socialista viajou para o exterior. Na pauta, Lyra assinará o Termo de Compromisso para enfretamento da violência contra as mulheres na área Rural. O evento ocorrerá na sede provisória do governo, no Centro de Convenções em Olinda, a partir das 16h.

 

 

O Programa Ciência sem Fronteiras abre, a partir de amanhã (15), a seleção para estudantes que queiram concorrer a bolsas em cursos na modalidade graduação sanduíche em 11 países. As chamadas estão publicadas na edição de hoje (14) do Diário Oficial da União. As inscrições vão até 29 de novembro e o edital completo de cada chamada será publicado neste site.

Os países com oferta de vagas são os Estados Unidos, a Alemanha, França, Itália, Suécia, Noruega, Irlanda, China, Hungria, o Japão e a Áustria. A graduação sanduíche tem duração de um ano e pode chegar a um ano e meio quando for estendida em função de estágio ou curso de idioma. No caso da graduação, o candidato precisa ter concluído no mínimo 20% e no máximo 90% do currículo previsto para o curso.

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O Ciência sem Fronteiras foi lançado em 2011 com a meta de conceder 101 mil bolsas até 2014. Pode concorrer às bolsas de graduação quem fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e teve nota igual ou superior a 600 pontos. É necessário ainda ter domínio da língua inglesa e bom desempenho acadêmico. A bolsa cobre despesas do estudante no exterior como alojamento, alimentação e gastos com material didático e o governo custeia também as passagens aéreas.

ESPECIAL PARA AGENDAR PARA AMANHÃ.

Em um ano o Brasil estará vivendo mais um pleito eleitoral, onde serão escolhidos os nomes que comandaram a presidência e vice-presidência da República e os governos estaduais. Além dos senadores e deputados federais e estaduais. No entanto nem todos os brasileiros estarão em seus domicílios eleitorais e deverão justificar suas ausências. Na série de reportagens, preparada pelo Portal LeiaJá, nesta contagem regressiva para a execução do voto, vamos explicar o que é necessário, como é possível e quais as consequências de não justificar o voto. 

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Os eleitores que não puderem comparecer no dia de votação, neste caso em 5 de outubro de 2014, podem apresentar a sua justificativa no dia da eleição ou nos 60 dias posteriores ao pleito, pelo site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A ausência a cada turno da eleição deve ser justificada individualmente. O formulário para efetuar a ação é disponibilizado no site do TSE.

No dia da votação, basta que o eleitor, portando o título eleitoral e um documento oficial de identificação com foto, dirija-se a qualquer local destinado ao recebimento de justificativa, normalmente em zonas eleitorais, e entregue o respectivo formulário devidamente preenchido. 

O formulário entregue no município onde o eleitor é inscrito ou preenchido com dados incorretos, que não permitam sua identificação, não será considerado válido para justificar a ausência às urnas. 

Nos 60 dias posteriores a votação, o eleitor pode encaminhar o requerimento ao juiz da zona eleitoral em que for inscrito. O formulário pode ser entregue em qualquer cartório ou posto de atendimento eleitoral, ou, na impossibilidade, encaminhado, por via postal, ao cartório da zona eleitoral onde é inscrito o requerente. 

O pedido deve conter nome, data de nascimento, filiação, número do título e endereço atual do eleitor, o motivo da ausência à votação, cabendo-lhe, ainda, apresentar documentos que comprovem sua identidade e as razões alegadas para justificar a ausência às urnas. 

O acolhimento ou não das alegações apresentadas fica, sempre, a critério do juiz da zona eleitoral em que o eleitor estiver inscrito. 



O eleitor que não votar em três pleitos consecutivos, não justificar sua ausência e não quitar a multa devida terá sua inscrição cancelada e, após seis anos, excluída do cadastro de eleitores. É possível justificar as ausências às eleições quantas vezes forem necessárias. No entanto devem ficar atentos as eventuais atualizações do eleitorado local, como a biometria que está acontecendo no Brasil, é preciso comparecer para o título não ser cancelado. 

A regra não se aplica aos eleitores cujo voto seja facultativo (analfabetos, maiores de 16 e menores de 18 anos, e maiores de 70 anos), e aos portadores de deficiência física ou mental que torne impossível ou demasiadamente oneroso o cumprimento das obrigações eleitorais, que requererem sua justificação pelo não-cumprimento das obrigações. 

E quem reside no exterior ou estará em viagem internacional no período da eleição?

Os brasileiros que vivem no exterior também podem votar, mas apenas para presidente da República e vice. Para exercer este direito o eleitor, no entanto, precisa requerer a sua inscrição na zona eleitoral do exterior, localizada na embaixada do país mais próxima, até cinco meses antes do processo eleitoral. Ou seja, o dia 5 de maio de 2014.

Quem reside no exterior e não fez a inscrição ou fez, mas faltou no dia da votação, também terá que justificar a ausência.  O requerimento para a justificativa está disponível no site do TSE e deve ser encaminhado ao cartório do domicilio eleitoral do eleitor. Caso a justificativa não ocorra o eleitor ficará impedido de obter qualquer documento perante a repartição diplomática enquanto não regularizar sua situação.

O LeiaJá conversou com Brenda Cavalcanti, que mora no Texas há 7 anos, e desde então nunca justificou o voto, nem havia transferido o seu título, até o início deste ano. “Como não acompanhava frequentemente notícias do Brasil, sempre estava por fora de quando as eleições iriam ocorrer. O que eu decidi fazer no começo desse ano foi transferir o meu título para o consulado de Houston, TX, que é onde está o consulado mais próximo da minha cidade, San Antonio”, informou. Neste caso, a partir de 2014, Brenda voltará a exercer o seu direito do voto. 

Seções no exterior

Para que uma seção eleitoral no exterior seja criada, é necessário um mínimo de 30 eleitores inscritos sob a jurisdição da missão diplomática ou repartição consular. Se os eleitores inscritos forem mais de 400, nova seção eleitoral será instalada. Se forem menos de 30, poderão votar na mesa receptora mais próxima que for localizada no mesmo país, de acordo com a comunicação que lhes for feita.

Fonte: Site do Tribunal Superior Eleitoral

Os juros futuros iniciaram a terça-feira, 3, em alta, reagindo mais ao quadro externo do que ao número divulgado hoje da produção industrial no Brasil em julho, que apresentou recuo de 2% ante o mês anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado, que veio próximo ao piso das estimativas (de -0,24% a -2,30%), deveria puxar as taxas para baixo. Mas os contratos de DI futuro acompanham o comportamento dos Treasuries, cujas T-Notes de 10 anos superam o patamar de 2,83%, e também do dólar, que abriu em forte alta de 1,09%, cotado a US$ 2,4010 no mercado à vista de balcão. Às 9h25, o contrato de DI futuro para janeiro de 2015 era negociado a 10,58%, de 10,51%; enquanto o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 11,89%, de 11,82% no ajuste de segunda-feira, 2.

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A moeda norte-americana ganha terreno na manhã desta terça-feira, 3, ante o euro e o iene, além de economias emergentes. O movimento reflete a expectativa positiva com os números do setor industrial dos Estados Unidos que serão conhecidos logo mais. A agenda de indicadores dos EUA para esta terça-feira traz como destaque os índices da Markit e do ISM sobre a atividade no setor industrial em agosto. Os indicadores também devem ter influência nos Treasuries, com efeito nos juros domésticos.

Os investidores ainda mantêm o foco nas tensões envolvendo a Síria. A Rússia, segundo agências de notícias do país, detectou o lançamento de dois mísseis balísticos da parte central do Mediterrâneo. Eles teriam sido disparados em direção à costa oriental do Mar Mediterrâneo na manhã desta terça-feira. A mídia israelense informou que os disparos fazem parte de um treinamento conjunto entre os exércitos dos EUA e de Israel. A notícia provocou queda acentuada das bolsas europeias.

Ontem, em função do feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, a liquidez dos principais mercados foi reduzida. Os juros futuros oscilaram em queda durante praticamente o dia todo, em linha com a desvalorização do dólar em relação ao real. Na reta final dos negócios, as taxas voltaram para perto dos ajustes, diante da cautela com uma semana cheia de eventos, incluindo a ata do Copom, na quinta-feira, e o IPCA de agosto, na sexta-feira, mesmo dia do relatório do mercado de trabalho norte-americano (payroll).

Brasília - Na Universidade de Brasília (UnB), mestres e doutores acampam próximo à reitoria. Eles obtiveram o título no exterior e querem revalidar o diploma para serem reconhecidos no Brasil. Não se trata de nenhuma manifestação. Uma vez por semestre, lá estão as barracas para garantir os primeiros lugares na fila. A UnB aceita apenas seis processos de mestrado e seis de doutorado para cada um dos 86 programas de pós-graduação. Quem não conseguir entrar nesse grupo tem que esperar mais um semestre.

A revalidação dos diplomas é feita por todas as instituições públicas de ensino com programas de pós-graduação e por algumas particulares. Sem ela, aqueles que estudaram no exterior não podem dar aulas ou fazer pesquisas que exijam o título. Também não têm o nível reconhecido em concursos ou em promoções salariais.

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Não há um número oficial, mas segundo a Associação Nacional dos Pós-Graduados em Instituições Estrangeiras de Ensino Superior (Anpgiees), cerca de 20 mil já iniciaram o processo e aguardam para ter o diploma revalidado. Cada instituto define as exigências para a revalidação e a cobrança de uma taxa, que ultrapassa os R$ 1 mil. O tempo para a revalidação também varia. Segundo o presidente da Anpgiess, Vicente Celestino de França, o processo que deveria durar seis meses chega a dois anos e até a dez. Aqueles que deixaram a família e gastaram boa parte das reservas para estudar fora reclamam do descaso e das dificuldades para ter o diploma reconhecido.

A UnB começou a receber os processos na última segunda-feira (26). Nos primeiros dias, foram 30 solicitações de revalidação. As vagas para educação, direito e administração já estão esgotadas. A universidade recebe processos até outubro. A restrição de vagas foi decidida para que os seis meses fossem cumpridos e a instituição conseguisse atender à demanda.

Com o procedimento, no entanto, muitos ficam de fora. É o caso de Vanderlan Bittencourt Rodrigues, formado em química pela UnB e que fez o mestrado em educação em Assunção, no Paraguai. Ele voltou para o Brasil e está há dois anos tentando a revalidação. Para fugir da fila na UnB, Vanderlan buscou outro instituto. Já apresentou todos os documentos necessários, mas sempre há algo faltando. "No início do processo, eu não sabia que ia ter essa dificuldade", diz.

"Foi um esforço muito grande para terminar o mestrado. Estudei muito. Venci todas as disciplinas e o período de orientação, quando se lê a dissertação, pode-se ver a seriedade com que foi tratado o estudo". Rodrigues vai entrar com um novo processo de revalidação em outra universidade. Faz questão de ter o diploma de mestre.

Por lei, devem se submeter ao processo inclusive aqueles que receberam bolsas do governo, como os estudantes de doutorado pleno do programa Ciência sem Fronteiras (CsF). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) determina que os diplomas só podem ser reconhecidos por universidades que tenham cursos de pós-graduação reconhecidos e avaliados na mesma área de conhecimento, em nível equivalente ou superior.

A suposta falta de equiparação com o curso oferecido fez com que Denir Machado não obtivesse o reconhecimento do título de mestre em administração de empresas pela Universidade de Durham, no Reino Unido. Ele entrou com o processo na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Para fornecer toda a documentação em conformidade com os requisitos da instituição, Machado gastou R$ 7,5 mil. Dois anos depois, recebeu informação de que o pedido foi recusado.

Na época ele trabalhava em uma universidade, que decidiu afastá-lo em licença não remunerada até a conclusão do processo de revalidação. "Em nenhum momento, o coordenador do curso ou a UEL informaram, depois de quase dois anos, desde o nosso primeiro contato em 2011, que eu estava em perigo de ser rejeitado", explicou. O futuro da escolha pela carreira acadêmica, segundo ele, será "provavelmente mendigando nas ruas com o certificado de mestrado".

Os sacrifícios para obter o título no exterior foram muitos: "Tomei a decisão em conjunto com a minha família, de vender tudo o que tinha. Larguei meu emprego porque a empresa não demonstrou interesse em investir no meu desenvolvimento profissional. Deixei minha esposa e meu filho de 3 anos de idade para viver na casa da minha sogra, de modo que eu pudesse fazer o mestrado no exterior".

Machado não pretende entrar tão cedo com outro processo de revalidação. "Revalidar o meu diploma é o que mais desejo e necessito, entretanto estou, por meio de um advogado, abrindo um processo contra a UEL. Ao mesmo tempo, penso em buscar outra universidade, mas até o momento não há nada em vista, porque é um árduo trabalho e, ao mesmo tempo, não gostaria de gastar novamente o valor que já investi em todo o processo".

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade de Londrina, Mário Sérgio Mantovani, explica que o processo de revalidação passa pelo curso de pós-graduação, depois por colegiado, seguindo para a Câmara de  Pós-Graduação e, por fim, para o Conselho de Pesquisa e Extensão. O processo envolve também a apresentação da dissertação ou da tese a uma banca de três professores. A taxa cobrada, segundo Mantovani, restringe os processos apresentados e dá mais agilidade.

"Se a validação não saiu é porque o curso não se enquadra. Não temos tido recusa por mérito, recebemos bons trabalhos, mas porque a linha de pesquisa não é semelhante à que temos", explica o pró-reitor. Ele reconhece que esse é um problema e diz que uma solução seria a centralização dos processos de revalidação. "Deveria haver uma porta de entrada única, que distribuísse os processos às instituições que têm linhas de pesquisa semelhantes, para as pessoas não ficarem perdidas nesse sistema".

Outra proposta que agilizaria o processo, segundo a Anpgiees, é a regulamentação, em leis nacionais, de acordos internacionais, como o Mercosul. Assinado por Lula, o Decreto 5.518/05 promulga o acordo de admissão de títulos e graus universitários para o exercício de atividades acadêmicas nos países que fazem parte do bloco. "Os demais países do Mercosul seguem o acordo e reconhecem os diplomas brasileiros automaticamente. Aqui isso não é feito", diz Vicente de França.

Na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei (PL) 1.981/2011 propõe a revalidação automática de títulos de pós-graduação expedidos por instituições ou estabelecimentos de ensino superior estrangeiros, situados em quaisquer dos países do Mercosul, quando o fim visado for unicamente o exercício de atividades de docência e pesquisa nas instituições de ensino superior no Brasil. O PL aguarda parecer da Comissão de Educação e ainda vai passar pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Casa.

Quem ainda não obteve o diploma já se preocupa com o processo que terá que enfrentar. A enfermeira Wandecleide Fernandes está no último ano do doutorado em saúde pública em Assunção, no Paraguai. O estudo que está desenvolvendo é inédito no Brasil. Ela diz que poderia ficar no Paraguai, onde teria o título reconhecido mais facilmente, mas faz questão de voltar para o país. "Quando já tinha iniciado o curso, soube da morosidade. Não desanimei. Estou satisfeita de ter estudado fora, vale muito a pena. Mas desde já luto por uma melhora no processo de revalidação", observou.

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