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Ao discursar para chefes de Estado e de governo na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (1º) que o mundo pode estar diante do maior desafio já enfrentado pela humanidade e criticou conflitos como os registrados no Oriente Médio. “Em vez de unir forças, o mundo trava guerras, alimenta divisões e aprofunda a pobreza e as desigualdades”.

Lula lembrou que o último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) é categórico sobre o perigo do aumento na temperatura global superar 1,5 grau Celsius (°C) e destacou que a meta fixada pelo Acordo de Paris é manter esse aumento entre 1,5°C e 2 °C. “Já é insuficiente para conter o aquecimento global em nível seguro.” 

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“Temos um problema coletivo de inação e outro de falta de ambição. As NDCs [Contribuições Nacionalmente Determinadas, metas anunciadas por cada país para redução dos efeitos das mudanças climáticas] atuais não estão sendo implementadas no ritmo esperado. E mesmo que estivessem, não conseguiriam manter a temperatura abaixo do limite de 1,5°C. O Brasil ajustou sua NDC e se comprometeu a reduzir 48% das emissões até 2025.”

Segundo Lula, a NDC brasileira é mais ambiciosa que a de vários países “que poluem a atmosfera desde a Revolução Industrial”, no século 19. “Mantemos o firme compromisso de zerar o desmatamento na Amazônia até 2030. Já conseguimos reduzi-lo em quase 50% nos dez primeiros meses deste ano, o que evitou a emissão de 250 milhões de toneladas de carbono na atmosfera”.  

“Mas muitos países do sul global não terão condições de implementar suas NDCs nem de assumir metas mais ambiciosas. Os mais vulneráveis não podem ter que escolher entre combater as mudanças do clima e combater a pobreza. Terão que fazer ambos. O princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, é inegociável. Ameaçado, vai na contramão de qualquer noção básica de justiça climática.”

O presidente classificou como inaceitável que a promessa de US$ 100 bilhões ao ano para conter os efeitos das mudanças climáticas, assumida por países desenvolvidos, não tenha saído do papel, enquanto, apenas em 2021, os gastos militares chegaram a US$ 2,2 trilhões. Lula destacou ainda que, no Brasil, a emergência climática já é uma realidade, citando a seca inédita registrada na Amazônia.  

“O nível dos rios é o mais baixo em mais de 120 anos. Nunca imaginei que veria isso no lugar onde estão os maiores reservatórios de água do mundo. O futuro da Amazônia não depende só dos amazônidas. O desmatamento em todo o mundo só responde por 10% das emissões globais. Mesmo que não derrubemos mais nenhuma árvore, a Amazônia poderá atingir seu ponto de não retorno se outros países não fizerem sua parte. Um aumento da temperatura global poderá desencadear um processo irreversível de savanização da Amazônia”.

“Os setores de energia indústria e transporte emitem muito gás de efeito estufa. Temos que lidar com todas essas fontes. É por isso que o Brasil está propondo a missão 1.5. Uma missão coletiva, que vai nos manter na trilha de 1,5°C. Nos dois anos até a COP30, será necessário redobrar os esforços para implementar as NDCs que assumimos. E, em Belém, precisamos anunciar NDCs mais ousadas e garantir os meios de implementação necessários para concretizá-las”, disse. “Se não deixarmos nossas diferenças de lado, em nome de um bem maior, a vida no planeta estará em perigo e será tarde demais para chorar,” explicou.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva se reúne, nesta sexta-feira (16), pela primeira vez, com os futuros comandantes das Forças Armadas. A expectativa é que o presidente confirme a indicação dos nomes dos oficiais-generais já escolhidos em conversa prévia com José Múcio Monteiro, próximo ministro da Defesa. Como o Estadão revelou, Lula também deve manifestar aos comandantes que entende ser urgente pôr fim aos atos de viés antidemocrático no entorno do Quartel-General (QG) do Exército e unidades militares pelo País.

O general de Exército Julio Cesar de Arruda, o almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen e o tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno são aguardados para a primeira conversa cara a cara com Lula. A lista de comandantes indicados foi confirmada ao Estadão pelo futuro ministro da Defesa. E também foi comunicada extraoficialmente aos respectivos altos comandos.

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O encontro, adiado por uma semana, ocorrerá por volta das 10h30, em Brasília. Lula tem recebido seus colaboradores de governo e feito reuniões, de forma reservada, num hotel onde se hospeda e despacha, na capital federal.

Sete dias atrás, Lula disse que pretendia discutir o "futuro do País" com os próximos comandantes. O presidente eleito afirmou ainda que as Forças Armadas não devem fazer política, mas se ater a seu papel constitucional de Defesa da soberania nacional e do povo brasileiro.

Antes disso, Lula confidenciou a deputados aliados do partido Avante a intenção de acabar o quanto antes com os atos que cobram intervenção militar. Eles são promovidos por bolsonaristas insatisfeitos com sua vitória nas urnas. Segundo relataram integrantes do partido, o presidente eleito disse que os acampamentos pró-golpe é desrespeitoso com as próprias Forças Armadas.

A pressão política aumentou depois da destruição organizada por extremistas na noite de segunda-feira, dia 12, em Brasília. O governo do Distrito Federal disse ter identificado que bolsonaristas acampados em frente à sede do Exército promoveram os crimes. Eles permanecem em área militar - e haviam recebido o respaldo da atual cúpula do Exército, da Marinha e da Aeronáutica em carta conjunta assinada pelos comandantes do governo Jair Bolsonaro, desde que não houvesse "excessos".

Naquela noite, um grupo violento incendiou ônibus e carros, espalhou botijões de gás perto das chamas, destruiu mobiliário urbano, montou barricadas e entrou em confronto com a polícia. Bolsonaristas tentaram empurrar um ônibus de cima de um viaduto e invadir a sede da Polícia Federal, após a prisão do cacique José Acácio Serere Xavante. Ninguém foi preso.

Na quinta-feira, 15, um general de alta patente disse que, assim como Lula, integrantes da cúpula também entendem que o acampamento bolsonarista no QG de Brasília tem de acabar. Segundo esse oficial, que falou sob anonimato, o protesto já se estendeu demais e já ficou clara a inconformidade dos manifestantes com a eleição de Lula e o Judiciário. Ele também considerou que os atos criminosos de extremistas não irão se repetir - na visão de aliados de Lula, as práticas poderiam ser enquadrados como terrorismo.

Adiamento

O encontro entre Lula e os generais foi adiado por uma semana, segundo o futuro ministro da Casa Civil, Rui Costa, para que houvesse uma visita prévia do futuro ministro à sede da Defesa. Nesse intervalo, José Múcio fez sua primeira reunião formal com o atual ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, e conheceu os demais integrantes da cúpula, o secretário-geral da Defesa, general Sérgio José Pereira, e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general Laerte de Souza Santos. O encontro foi considerado positivo por militares.

José Múcio tentou demover os atuais titulares dos comandos de Força, nomeados por Jair Bolsonaro, de deixarem seus cargos antes da posse presidencial, em 1º de janeiro. Ele argumentou que as passagens de comando deveriam seguir a praxe. Explicou que os futuros comandantes foram selecionados da maneira mais "tradicional" possível, com base em lista tríplice de antiguidade.

Somente na Marinha o segundo mais experiente assumiu o comando-geral, porque o primeiro da fila, o almirante de Esquadra Renato Aguiar Freire, vai assessorar Múcio como chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas. Lula afirmou, na ocasião, ter confiança no trabalho de Múcio e certeza de que ele escolheria os "melhores comandantes".

O furacão Ian perdeu intensidade durante a noite depois de afetar o estado da Flórida com chuvas torrenciais e ventos potentes, o que provocou inundações "catastróficas" e cortes de energia elétrica na região.

A Guarda Costeira procurava 20 migrantes desaparecidos após um naufrágio ao sul da rota do furacão. Três pessoas foram resgatadas e quatro conseguiram nadar até a costa.

Com ventos 185 km/h, Ian tocou o solo no sudoeste da Flórida durante a tarde e provocou "inundações catastróficas" em sua passagem, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos.

A tempestade provocou rajadas de vento de até 240 km/h quando tocou o solo, mas a intensidade caiu para 120 km/h durante a noite e o furacão foi rebaixado para a categoria 1 pelo NHC.

Ian, que devastou o oeste de Cuba nos últimos dias, deve seguir pelo interior da Flórida, emergir sobre o Oceano Atlântico e acabar afetando os estados da Geórgia e da Carolina do Sul, segundo previsões do NHC.

Ian deixou quase dois milhões de residências sem energia elétrica na Flórida, de acordo com site especializado PowerOutage.

Muitos condados perto do local em que o furacão tocou o solo estavam completamente às escuras.

A cidade de Punta Gorda, sul do estado, tinha alguns poucos edifícios com iluminação, graças a geradores de energia elétrica.

Ventos fortes arrancaram os galhos de muitas palmeiras do centro, sacudindo até postes de energia, quando o ciclone ainda estava a cerca de 40 quilômetros da cidade.

Em Naples, no sudoeste da Flórida, imagens do canal MSNBC mostraram ruas completamente inundadas e carros flutuando na correnteza, enquanto em Fort Myers as inundações transformaram alguns bairros em lagos.

Em alguns pontos, as inundações superavam três metros, afirmou o governador do estado, Ron DeSantis.

Quase 2,5 milhões de pessoas estavam sob ordens obrigatórias para abandonar alguns condados na costa da Flórida, onde dezenas de abrigos foram preparados.

O governador republicano destacou na quarta-feira à noite que Ian "é um dos cinco furacões mais potentes a atingir a Flórida".

"Esta é uma tempestade sobre a qual falaremos durante muitos anos", declarou o diretor do Serviço Meteorológico Nacional (NWS), Ken Graham.

Ian, que atingiu Cuba na terça-feira, provocou duas mortes e um corte quase total de energia elétrica na ilha.

Na quarta-feira à noite, a energia elétrica foi restabelecida em algumas áreas de Havana e outras 11 províncias, mas não nas três províncias mais afetadas do oeste da ilha.

Especialistas apontam que, à medida que a superfície dos oceanos se aquece, aumenta a frequência de furacões mais intensos, com ventos mais fortes e mais precipitação, mas não o número total de furacões.

De acordo com Gary Lackmann, professor de ciências atmosféricas da Universidade Estadual da Carolina do Norte, vários estudos mostraram uma "possível ligação" entre as mudanças climáticas e um fenômeno conhecido como "intensificação rápida", quando uma tempestade tropical relativamente fraca se fortalece.

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que frequentam grupos de WhatsApp governistas estão "esperando um sinal" para saber como agir diante da troca dos comandantes das Forças Armadas e da demissão do ministro da Defesa, avalia o professor de Estudos em Mídia David Nemer, da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos. Ele monitora 75 grupos bolsonaristas como objeto de pesquisa.

"Estão esperando o debate ser pautado para eles poderem se engajar, porque eles não sabem se isso vai ser uma coisa ruim ou não. Porque são dois aspectos de que eles sempre se sentiram próximos: Bolsonaro e as Forças Armadas", disse. "É como ver o pai e a mãe brigando. Que lado eles vão tomar? Sempre vão tomar o lado do Bolsonaro, mas estão esperando ver como é que isso vai se dar."

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Percepção semelhante é relatada pelo programador Guilherme Felitti, da empresa de análise de dados digitais Novelo Data, que foca pesquisas no YouTube. Para ele, os bolsonaristas estão com "dificuldade" em interpretar as baixas relacionadas aos militares. "A demissão do Azevedo racha a crença de unidade entre Bolsonaro e o Exército e contradiz todas aquelas narrativas de 'intervenção' incentivadas, principalmente, desde o começo da pandemia", afirmou. O monitoramento da Novelo acompanha diariamente os 183 maiores canais de extrema direita no Brasil.

Nos últimos dias, tem circulado com frequência entre os grupos de apoio ao presidente uma convocação para manifestação em quartéis. O chamamento, que fala em "intervenção militar com Bolsonaro no poder", é para marcar o aniversário de 57 anos do golpe militar de 1964. "Essa mesma coisa circulou no ano passado e não teve muita adesão. A gente não sabe direito como isso vai se dar. Apesar de ter a chamada, eu acho difícil ter algo muito grande."

Twitter

Segundo análise feita pela Agência Bites, de segunda-feira, 29, data das seis trocas ministeriais, até as 10h desta terça, 30, houve 650 mil citações ao assunto no Twitter. O volume é considerado "grande". As repercussões tiveram foco principal nas mudanças no Itamaraty e no Ministério da Defesa.

Além do domínio narrativo no Twitter, as audiências bolsonaristas também monopolizaram os cinco vídeos de maior repercussão no YouTube, desde ontem, citando o presidente. Os conteúdos abordam as mudanças ministeriais, e três vídeos, juntos, angariaram 747 mil visualizações, segundo monitoramento da Bites.

A possibilidade de Bolsonaro realizar um "autogolpe" é vista com preocupação, mas pelos perfis de esquerda. Isso porque a mudança que causou mais surpresa foi a saída do ministro Fernando Azevedo e Silva da pasta da Defesa. "Alguns perfis de esquerda demonstraram preocupação com a possibilidade de o presidente flertar com um autogolpe, enquanto bolsonaristas repercutiram as trocas na Defesa e debateram o papel das Forças Armadas", apontou relatório da Bites.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em um encontro com oficiais e praças das Forças Armadas da Venezuela, o presidente Nicolás Maduro criticou hoje (30) os militares que desertaram e passaram a apoiar o governo interino. De acordo com Maduro, há um movimento de pressão, a partir da Colômbia, para dividir os militares venezuelanos.

“Mercenários da oligarquia colombiana [que] conspiram a partir da Colômbia para dividir a Força Armada Nacional Bolivariana”, ressaltou. "Temos de ter uma Força Armada consolidada, unida ao povo, protegendo o povo, mobilizada para a defesa."

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Ao discursar para os militares, em Caracas, Maduro apelou: “[Temos de] garantir que nosso território nunca será tocado pela planta insolente do imperialismo americano”. O presidente afirmou que há uma família militar. "Temos de ter uma Força Armada consolidada, unida ao povo, protegendo o povo, mobilizada para a defesa."

Ao longo desta semana, Maduro visitou várias unidades militares na região de Caracas e nos estados de Yaracuy e Aragua. Segundo a imprensa oficial, a iniciativa do presidente faz parte de uma série de exercícios militares em comemoração aos 200 anos do Congresso de Angostura.

Os exercícios militares se intensificaram nos últimos dias, depois que o deputado federal Juan Guaidó se autoproclamou presidente interino da República. A iniciativa conta com apoio de boa parte da comunidade internacional, inclusive o Brasil.

Ontem (29) a Procuradoria Geral da República da Venezuela pediu à Suprema Corte do país para probir Guaidó de deixar a região e bloquear seus bens e contas bancárias.

         Nesta terça-feira (22), o deputado federal eleito Túlio Gadêlha (PDT) decidiu rebater as críticas recebidas, após publicar uma foto de um encontro dele com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM). O namorado da apresentadora Fátima Bernardes disse, por meio do Stories do Instragam, que a sociedade está perdendo a “capacidade de dialogar”. Ele também desejou mais “amor e unidade” entre as pessoas. 

“Sabe quando descobrimos que tem algo de errado acontecendo? Quando percebemos que estamos perdendo a capacidade de dialogar. Sabe quando descobrimos que tem algo de errado acontecendo? Quando impomos com virulência nossa visão de mundo e isso ultrapassa o limite do bom senso”, disse. 

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O deputado eleito também falou que as forças políticas progressistas não aprenderam com os erros. “As forças progressistas tem se tornado cada vez mais sectárias e raivosas. Nos atacar e nos dividir não pode ser o caminho”. 

Gadêlha  divulgou uma foto sua quando criança beijando uma galinha. “Com essa foto da minha infância no sítio, desejo mais amor e unidade à todos nós. Precisamos nos unir e reaprender a resistir, pois é certo que retrocessos virão”, alertou.

Apesar de se encontrar com Maia, o advogado vem afirmando que em meio as dúvidas sobre em quem votar para presidente da Câmara, o bloco formado pelo PDT, PCdoB e PSB deve continuar unido em defesa do Brasil e da democracia. 

Até o momento, foram confirmados 510 locais brasileiros que terão as forças federais fazendo a segurança no primeiro turno das eleições, dia 7. No total, os agentes atuarão em 11 estados, sendo a maioria no Rio de Janeiro (106), seguido do Pará (46) e Piauí (43).

Anteriormente, já havia sido confirmado que as forças armadas trabalhariam em outras regiões como Amazonas, Acre, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Tocantins, em que há aldeias indígenas e comunidades ribeirinhas.

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Atendendo a pedido do governador em exercício do Espírito Santo, César Colnago, o presidente Michel Temer autorizou o emprego das Forças Armadas para ajudar no policiamento das ruas do Estado, cuja população enfrenta graves problemas de segurança desde a última sexta-feira (3) com o início da paralisação dos trabalhos pela Polícia Militar local.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, conversou com o governador Colnago na noite de domingo (5) e nesta segunda-feira (6) falou com Temer, que aceitou o pedido para emprego dos militares na garantia da Lei e da Ordem (GLO) e os preparativos estão sendo realizados, conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo.

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No final da tarde desta segunda, Jungmann irá ao Espírito Santo para acompanhar a situação. Os policiais militares estão reivindicando reajuste salarial e pagamento de benefícios. A greve acabou desencadeando uma onda de violência no Estado e insegurança na população.

A Justiça estadual já decretou a ilegalidade da greve e determinou que os manifestantes saiam das portas dos quartéis, liberando para que os militares possam sair para trabalhar nas ruas.

Antes de desembarcar em Vitória, Jungmann irá a Natal, onde o Exército está encerrando sua participação na segurança da cidade, também em missão de Garantia da Lei e da Ordem.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou, nesta quarta-feira (18), que o orçamento previsto para as operações que serão realizadas com os militares, nas penitenciárias do país, inicialmente, será de R$ 10 milhões. De acordo com o informado, os valores podem mudar dependendo das demandas de cada estado.  O anúncio de que as Forças Armadas poderão atuar nos presídios foi feito, nessa terça-feira (17), pelo Governo Federal. 

Ele explicou disse que, a princípio, atuarão aproximadamente mil homens distribuídos em 30 equipes. O número também pode crescer. Segundo Jungmann, as Forças Armadas estarão prontas para as varredouras em um prazo máximo de dez dias.  "Nós estaremos em condições operacionais, não é que iniciemos [as operações], mas dentro de oito ou dez dias estaremos, em termos operacionais, prontos", garantiu. 

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Raul Jungmann destacou que nenhum estado solicitou, até agora, a ação dos militares, mas acredita que pode acontecer ainda hoje. Disse também que eles não terão contato direto com os presos.

Ele ainda afirmou que o serviço de inteligência das Forças Armadas irá verificar, antes da entrada dos militares nos presídios, se existe a possibilidade de um tumulto ou rebelião no local e que as inspeções irão acontecer “de surpresa”. 

"Entre uma ou outra limpeza, uma ou outra vistoria, os governos estaduais têm responsabilidade de manter aquela unidade prisional sem armas, sem munição e sem explosivo. E se para isso precisarem de recursos federais para bloqueadores, scanners, raios-x e treinamento, nós estamos à disposição para apoiar os estados", assegurou. 

Decreto

O texto que autoriza o emprego das Forças Armadas para a "garantia da lei e da ordem" no sistema penitenciário brasileiro foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (18). O documento destaca que as Forças Armadas executarão atividades em todos os presídios brasileiros para a detecção de armas, drogas, celulares e outros materiais ilícitos ou proibidos. 

Membros de forças de ordem participaram neste sábado de uma simulação de atentado terrorista com bomba em uma estação ferroviária na zona oeste do Rio de Janeiro, no âmbito do reforço ao plano de segurança para os Jogos Olímpicos, que começam em 20 dias.

O governo brasileiro anunciou na sexta-feira que está revendo seus protocolos de segurança para o megaevento esportivo, após o ataque na quinta-feira na cidade de Nice, sudoeste da França, que deixou 84 mortos.

O exercício deste sábado, que já estava previsto antes do atentado em Nice, foi realizado perto do complexo esportivo de Deodoro, uma das quatro regiões que concentrarão as competições olímpicas, junto com Maracanã, Copacabana e Barra da Tijuca.

Na simulação, dois falsos terroristas instalaram uma bomba em um vagão de trem parado e simularam um ataque a tiros contra os passageiros. Imediatamente, um grupo de militares chegou ao local para contê-los.

Membros de forças especiais desceram de helicópteros e, com informação dos militares que já estavam no local, neutralizaram os falsos terroristas, usando uma granada.

"O exercício foi muito útil porque nos permitiu trabalhar em parâmetros reais de operação e emprego de tropas", declarou o general Mauro Sinott, encarregado do centro de combate ao terrorismo montado para os Jogos.

O exercício é "mais um", somando-se aos que vêm sendo realizados em outras áreas, acrescentou Sinott, e teve como objetivo saber se os agentes estão preparados a agir em casos extremos.

Alerta amarelo

O coordenador-geral de Segurança Pública para os Jogos do Rio-2016, Cristiano Barbosa Sampaio, disse por sua vez que "diante da ausência de uma ameaça concreta contra o Brasil", o país se encontra "em alerta amarelo, caracterizado por um aumento da atenção e do nível de resposta em comparação com um momento qualquer, de alerta verde. Isto implica em um aumento dos meios e do número de efetivos. Isto pode evoluir para o nível laranja ou vermelho, se se identificar uma ameaça concreta contra o Brasil".

O governo brasileiro anunciou na sexta-feira que está revisando todo o plano de segurança dos Jogos para identificar possíveis lacunas e pontos a melhorar, depois do atentado em Nice, praticado por um único homem, que ao volante de um caminhão, jogou o veículo na direção de uma multidão reunida para assistir à queima de fogos do feriado nacional de 14 de julho.

Neste sábado, a autoria do ataque foi reivindicada pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Além disso, um alto funcionário dos serviços de Inteligência chegará a Paris na segunda-feira para ser informado pelos serviços franceses sobre o plano de atentado contra os atletas franceses durante os JO-2016, revelado esta semana.

"A Abin [Agência Brasileira de Inteligência] enviou seu diretor antiterrorismo a Paris na segunda-feira para discutir com os serviços de Inteligência francesa para estudar no local do que se trata este plano, se existe um plano", anunciou neste sábado Saulo Moura da Cunha, diretor do Departamento de Integração do Sistema Brasileiro de Inteligência.

"A partir desta viagem e das nossas discussões, vamos fazer reavaliações", acrescentou. "Por enquanto, estamos no campo das suposições. O governo francês nos convidou para discuti-las. Em seguida, poderemos tomar uma posição".

Segundo um documento oficial publicado pela imprensa francesa, a França foi informada de um plano de atentado contra atletas franceses durante os Jogos do Rio.

Apesar de afirmarem não ter recebido nenhuma ameaça concreta, a Agência Brasileira de Inteligência detectou em junho um grupo de mensagens, trocadas no aplicativo Telegram, em que se difundiam informações sobre o grupo EI em português.

Os primeiros Jogos Olímpicos da América do Sul serão celebrados entre 5 e 21 de agosto no Rio de Janeiro.

O dispositivo de segurança para o evento mobilizará 85.000 policiais e militares para garantir a proteção de 10.500 atletas, dirigentes e jornalistas, assim como de 500.000 turistas de todo o mundo esperados no evento.

O ministro do Exterior da França, Laurent Fabius, admitiu nesta sexta-feira a possibilidade de integrar forças de segurança leais ao presidente da Síria, Bashar Al-Assad, ao combate contra o Estado Islâmico, mas destacou que este esforço só seria aceito no âmbito de um processo de transição política no país, disse ele durante uma entrevista à rádio RTL, disponível no site da emissora. Fabius reiterou ainda que Assad não faz parte do futuro da Síria e que essa transição é "urgente e indispensável".

O ministro do Exterior disse que existem apenas duas formas de lutar contra o Estado Islâmico: com bombardeios aéreos e tropas terrestres, "as quais não podem ser nossas porque isso produziria um resultado oposto ao que queremos". No entanto, ele declarou que "as tropas terrestres poderiam ser forças do Exército Livre da Síria, forças árabes sunitas e, por que não, forças do regime. Mas isso só pode ser considerado como parte da transição política e somente neste contexto".

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Em relação aos propósitos da França, Fabius disse que o objetivo continua sendo, em primeiro lugar, atacar a cidade síria de Raqqa, considerada a capital do Estado Islâmico.

Autoridades iraquianas estão transportando cerca de 4 mil voluntários para Ramadi, cidade a oeste de Bagdá, a fim de ajudar a reforçar as forças do governo que enfrentam militantes sunitas.

Cerca de 2,5 mil voluntários chegaram a Ramadi, 115 quilômetros a oeste da capital, na sexta-feira. A região deve receber os 1,5 mil voluntários remanescentes neste sábado, conforme o general Rasheed Flayeh, comandante de operações na província de Anbar. Eles estão sendo levados de Bagdá para Ramadi de helicóptero.

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A grande maioria dos voluntários são xiitas que responderam a uma convocação do principal clérigo xiita do país, o aiatolá Ali al-Sistani, para defender o Iraque dos militantes que tomaram o controle de grande parte do norte e oeste do país ao longo do mês passado. Os rebeldes sunitas são comandados pelo grupo extremista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), que declarou unilateralmente a criação de um Estado islâmico governado pela lei sharia no território que controla, abrangendo a fronteira entre Iraque e Síria.

Ramadi é a capital de Anbar, uma província majoritariamente sunita e uma das frentes de batalha mais ativas no Iraque. Fonte: Associated Press.

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