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Após protagonizar discussões com parlamentares como Eliziane Gama (PSD-MA) e Fabiano Contarato (PT-ES), o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Jair Bolsonaro (PL), optou pelo silêncio ao responder às perguntas sobre sua relação com os atos golpistas de 8 de janeiro, na sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) desta terça-feira (26). 

O militar que, para evitar se incriminar, teve direito ao silêncio garantido pela Suprema Corte, iniciou o depoimento sem grandes oposições, até que a presença de Mauro Cid em reuniões entre o ex-presidente e seus ministros passou a ser tópico recorrente nas perguntas da relatoria e colegiado. Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, é investigado pela Polícia Federal (PF) e atualmente acerta uma delação premiada que pode comprometer a base bolsonarista. 

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Respondendo ao deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT-MA), sobre o caso do hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti, o general optou pelo silêncio pela primeira vez. O deputado, em sua participação, perguntou se Heleno participou ou sabia da reunião entre o hacker e Bolsonaro e se tinha conhecimento do conteúdo do encontro. Ele também não respondeu sobre as visitas de Delgatti ao Ministério da Defesa durante a gestão anterior. 

Pouco depois, o parlamentar petista quis saber, também, se Heleno participou do encontro entre Bolsonaro e o alto comando das Forças Armadas para tratar da minuta golpista, situação delatada por Mauro Cid à Polícia Federal. Novamente, Pereira Júnior ouviu do militar a resposta de que ficaria em silêncio. 

Augusto Heleno, que por diversas vezes chegou a afirmar que Mauro Cid não participou presencialmente de reuniões, precisou mudar a versão dada ao Legislativo após Eliziane Gama exibir uma imagem que mostra Cid, Bolsonaro e Heleno na mesma mesa de reunião. 

Em seguida, por longos minutos, ele repetiu que ficaria em silêncio ao ouvir perguntas sobre seu papel como militar durante a ditadura no Brasil. Naquela ocasião, ele foi questionado pela senadora Ana Paula Lobato (PSB-MA) se, como ajudante de ordens do ministro do Exército no início do governo militar de Ernesto Geisel, sabia das torturas e participou das decisões e ações nos porões da ditadura. Ele, novamente, não forneceu respostas. 

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro foi suspensa, nesta terça-feira (26), após o deputado bolsonarista Abílio Brunini (PL-MT) interromper inúmeras vezes a fala da deputada federal Duda Salabert (PDT-MG). O presidente da sessão, Arthur Maia (União-BA), chegou a acionar a Polícia Legislativa para a retirada do parlamentar.

“Tem gente que quer se promover as custas do bate-boca e da irritação. Tem gente que vem para a CPMI apenas para fazer o papel do palhaço”, criticou Maia na saída da sala.

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O bolsonarista começou a interromper Salabert após ela sugerir a prisão do general Augusto Heleno, que é ouvido pelos parlamentares, ao final da CPMI. Maia pediu respeito a deputada mineira, que estava com a palavra, mas Brunini desafiou: “pode chamar atenção”.

Depois, o presidente da Comissão ameaçou que solicitaria a expulsão do parlamentar caso ele continuasse tumultuando a sessão. Não intimidado, Brunini novamente o desafiou e disse: “pode providenciar”. No entanto, mesmo após a ordem de Maia, o deputado se recusou a sair do local.

“A orientação da mesa é que, em caso de recusa, o presidente suspenderá a sessão que não será reaberta até que obedecida a determinação”, pontuou Maia, ao acionar a Polícia Legislativa e afirmar que caso Brunini não se retirasse, ele não entraria no plenário.

Brunini permaneceu durante o intervalo na sala onde ocorre a reunião, recusando-se a sair. No entanto, o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) revelou que o parlamentar da extrema direita, no fim do intervalo, não continuou enfrentando Maia e já se retirou da sessão.

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Em um depoimento marcado por negações, o general Augusto Heleno alegou, nesta terça-feira (26), à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, que não teve conhecimento da “minuta do golpe”, que circulou no último ano. O documento foi apreendido pela Polícia Federal (PF) na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. 

Essa minuta teria sido apresentada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a militares de alta patente, com uma proposta de decreto para que se instaurasse um estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

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Questionado pela relatora da CPMI do 8 de janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), o general declarou: “Nunca nem ouvi falar [da minuta]. O presidente da República disse várias vezes, na minha presença, que ele jogaria dentro das quatro linhas. Eu não tive intenção, em nenhum momento, de fazê-lo sair das quatro linhas. Não era minha missão; pelo contrário, era o Gabinete de Segurança Institucional, ou seja, manter a segurança da República Federativa”. 

Mais adiante, a testemunha também disse que “jamais” tratou de assuntos eleitorais com os seus subordinados no GSI da última gestão. Ainda de acordo com o militar, ele já estava fora do cargo quando os manifestantes invadiram os prédios dos Três Poderes em Brasília. 

“Jamais me vali de reuniões, palestras e conversas para tratar de assuntos eleitorais com meus subordinados no GSI. O único ser político do GSI era eu mesmo. Deixei de ser ministro no dia 31 de dezembro e daí em diante não fiz mais contato com os servidores GSI, portanto, não tenho condições de prestar esclarecimentos sobre o 8 de janeiro“, disse Heleno. 

A convocação de Heleno ganhou força na CPMI após a revelação de trecho da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro. Cid relatou que Bolsonaro discutiu, em uma reunião em 2022, a possibilidade de um golpe com comandantes das Forças Armadas. O general participa da CPMI com direito garantido ao silêncio, para não se incriminar.  

Íntegra da comissão, pela TV Senado:

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O general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro, depõe, na manhã desta terça-feira (26), na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023.

Acompanhe ao vivo:

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Segundo a autora de um dos requerimentos de convocação do militar, senadora Ana Paula Lobato (PSB-MA), a expectativa é de que o general “esclareça, entre outras coisas, seu envolvimento direto ou indireto em fatos que possuam nexo de causalidade” com a tentativa de golpe.

Foram apresentados também requerimentos de convocação pelos deputados Rubens Pereira Júnior (PT-MA) e Rogério Correia (PT-MG). Na justificativa, os parlamentares citam denúncias divulgadas na imprensa, segundo as quais entre os dias 1º de novembro e 31 de dezembro de 2022, o GSI, então chefiado por Heleno, recebeu muitos envolvidos com os atos golpistas. Uma dessas pessoas teria sido um dos golpistas presos em flagrante após a invasão às sedes dos Três Poderes”.

Defesa

Diante da situação, a defesa de Augusto Heleno chegou a solicitar que ele fosse dispensado de comparecer à CPMI, sob a justificativa de que a convocação era para que ele depusesse como testemunha, mas em um contexto no qual ele é alvo de acusações, conforme mostrado nos requerimentos de convocação. Nesse sentido, ele deveria então ser tratado como investigado.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, no entanto, negou, na segunda-feira (25), o pedido, alegando que Heleno falará como testemunha. Portanto, com direito ao silêncio e com a garantia de não autoincriminação diante de perguntas que possam prejudicá-lo. 

Na decisão, Zanin afirmou que, de acordo com a jurisprudência da Corte, as CPIs têm poderes de investigação.

"Considerando que a convocação de Augusto Heleno Ribeiro Pereira, paciente, refere-se a depoimento na condição de testemunha, devendo ele manifestar-se sobre os fatos e acontecimentos relacionados ao objeto da CPMI de que tenha conhecimento - assegurada, no entanto, a garantia de não autoincriminação", decidiu o ministro.

Apesar de rejeitar pedido para o general deixar de comparecer, o ministro do STF garantiu a Augusto Heleno terá direito ao silêncio para não responder a perguntas que possam incriminá-lo, além de ser assistido por um advogado.

 

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Augusto Heleno, avaliou que as manifestações no último Dia da Independência ocorreram dentro da normalidade. O presidente Jair Bolsonaro, então candidato à reeleição, participou de atos em Brasília e no Rio de Janeiro.

“Felizmente, contrariando prognósticos pessimistas, os fatos do Sete de Setembro foram muito tranquilos, controlados e absolutamente dentro dos padrões das manifestações em países democráticos”, disse o ministro nesta quarta-feira (7), na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

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Ele acabou convocado para falar sobre suspeitas de ataques violentos no Sete de Setembro após faltar, por motivo de saúde, a reunião agendada pelo colegiado. Diferentemente do convite, na convocação a autoridade é obrigada a comparecer à Câmara sob risco de cometer crime de responsabilidade em caso de ausência.

No início da audiência pública, o deputado Elias Vaz (PSB-GO), que subscreveu requerimento para a oitiva, questionou o general Heleno sobre declarações dele e de ex-auxiliares no GSI a respeito das eleições presidenciais deste ano e sobre manifestações em rodovias e diante de unidades das Forças Armadas.

“Tudo o que foi citado está fora do tema da convocação, não tenho obrigação nenhuma de responder e não vou responder”, anunciou o ministro, referindo-se ao requerimento de autoria do 1º vice-presidente da comissão, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ). “Fica para outra oportunidade”, reforçou o general.

Crime contra a democracia Embora tenha reconhecido o gesto como válido, Elias Vaz avaliou que o ministro e o governo perderam uma oportunidade para comentar publicamente aqueles atos, classificados como antidemocráticos. “Quem está na porta dos quartéis está defendendo intervenção militar, está defendendo ditadura, e isso é crime”, disse.

Os deputados Jorge Solla (PT-BA), Padre João (PT-MG) e Henrique Fontana (PT-RS) criticaram a reação dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro após a derrota eleitoral. Jorge Solla lembrou também que o atual presidente havia sancionado (com vetos) a Lei 14.197/21, que define crimes contra a democracia.

Durante a audiência pública, saíram em apoio ao general os deputados Caroline de Toni (PL-SC), Coronel Armando (PL-SC), Coronel Chrisóstomo (PL-RO), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), General Girão (PL-RN), General Peternelli (União-SP), José Medeiros (PL-MT), Marcel van Hattem (Novo-RS) e Sanderson (PL-RS).

Alguns criticaram ainda o bloqueio, em redes sociais, de 11 parlamentares que apoiaram atos depois das eleições. “Estamos vendo um carnaval em cima de manifestações esparsas, enquanto o Brasil segue firme e forte em direção a uma ditadura do Judiciário sobre os demais Poderes”, afirmou Marcel van Hattem. 

*Da Agência Câmara de Notícias

Braço direito de Jair Bolsonaro (PL), o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, liberou o garimpo em regiões preservadas da Amazônia. Nos últimos 10 anos, ele concedeu a primeira autorização para projetos de extração de ouro na área considerada a mais indígena do Brasil. As informações são da Folha de S. Paulo.

Também secretário-executivo do Conselho de Defesa Nacional, cabe a Heleno orientar Bolsonaro em questões sobre a soberania nacional. Como GSI, ele pode permitir a atividade mineradora em uma largura de 150 km na extensão da fronteira.

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O registro da Agência Nacional de Mineração (ANM) indica que, só neste ano, o general autorizou sete projetos de pesquisa de ouro em São Gabriel da Cachoeira, no extremo noroeste do Amazonas. A região comporta ao menos 23 etnias indígenas e é considerada a cidade mais indígena do Brasil.

Entre pesquisas para definir jazidas ou a lavra, ele liberou 81 autorizações de mineração na Amazônia desde 2019. Só em 2021 foram 45 permissões, que se destaca como a maior quantidade de autorizações em um ano desde 2013.

Ao todo cerca de 587 mil hectares, aproximadamente quatro vezes a cidade de São Paulo, deve sofrer com a atividade mineradora. A área de São Gabriel da Cachoeira representa 12,7 mil hectares.

Em nota à reportagem, o GSI informou que "não se evidenciou impedimento legal à solicitação dos interessados para o secretário-executivo assinar os atos de assentimento". A pasta ressaltou que é instruída pela ANM e os terrenos pertencem à União.

Embora sejam da União, as regiões ficam entre território indígena. Inclusive, uma delas abaixo do Parque Nacional do Pico da Neblina e outra às margens do Rio Negro.

"A ANM não aprovará o requerimento de qualquer título minerário se este incidir em área onerada ou em área com qualquer outro bloqueio legal, a exemplo de terras indígenas ou unidades de conservação de proteção integral", defendeu-se a agência em nota.

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, publicou no Twitter, nesta terça-feira (31), o resultado do seu novo teste para saber se ainda está infectado pelo novo coronavírus. O resultado deu negativo e o auxiliar do presidente Jair Bolsonaro, criticado na semana passada por ter deixado a quarenta e ido ao Palácio do Planalto para uma conferência, comemorou. 

"Meu novo teste para coronavírus deu negativo, graças a Deus! Agradeço o apoio e as orações de todos os amigos e amigas. Seguimos juntos na batalha por um Brasil melhor!", escreveu. Segundo o documento, o exame foi feito nessa segunda-feira (30). 

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Augusto Heleno estava em isolamento desde o último dia 18, quando fez o exame e o resultado deu positivo. No dia seguinte, ele anunciou que a contraprova também tinha apontado que ele havia sido infectado pelo novo coronavírus, apesar de assintomático. Na semana passada, contudo, o ministro esteve no Palácio para uma reunião com o presidente e foi alvo de críticas. Ele, contudo, justificou que a sua presença foi com o aval médico, que depois foi comprovado o "engano" porque ele deveria estar em isolamento.

O ministro é uma das 23 pessoas da comitiva brasileira que esteve nos Estados Unidos juntamente com o Bolsonaro que contraiu a covid-19.

O general reformado do Exército Augusto Heleno Ribeiro, de 72 anos, deixou de vez no cabide a farda de militar de bastidor. Na semana passada, seu estilo político agressivo ficou mais em evidência e Heleno virou figura em ascensão do bolsonarismo nas redes sociais. A nova postura do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) surpreendeu antigos companheiros de quartel, que sempre o consideraram um nome da estratégia, do consenso e da moderação.

Ao aparecer ao lado do então candidato à Presidência Jair Bolsonaro, em 2018, Heleno ajudou a vencer a resistência ao nome do ex-capitão nas Forças Armadas. Os oficiais refratários a Bolsonaro avaliaram que o general poderia segurar possíveis rompantes do presidente.

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Nos últimos dias, porém, Heleno passou a ocupar a linha de frente da guerra contra a imprensa e a esquerda, alimentada pelo bolsonarismo. O último embate o deixou exposto a críticas, inclusive da caserna. No último dia 31, em entrevista ao Estado, o general comentou a defesa feita pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, de um "novo AI-5" para conter eventuais distúrbios de rua. As declarações levaram Heleno a ter que se explicar na Câmara.

Decretado em 13 de dezembro de 1968, o Ato Inconstitucional n.º 5 foi a mais dura medida da ditadura militar (1964-1985). Autorizava o chefe do Executivo, sem apreciação judicial, a fechar o Congresso, intervir nos Estados e municípios, cassar mandatos de parlamentares, retirar direitos políticos de qualquer cidadão e suspender a garantia de direitos como o habeas corpus.

Heleno teve de se explicar. Na Câmara, disse que jamais pensou em resgatar o AI-5, mas adotou um tom agressivo com deputados da oposição em audiência na Comissão de Integração Nacional e partiu para ataques nas mídias sociais. Criticado pela atitude radical, Heleno não recebeu apoio público de nenhum nome de destaque das Forças Armadas, nem do presidente.

No Planalto há quem diga que sua postura está relacionada à sobrevivência política em um governo com alto grau de belicosidade. Foi isso que levou o ministro do GSI a se reinventar, mais uma vez.

Oficiais-generais da ativa e da reserva receberam com preocupação o comportamento do companheiro, que é querido e respeitado na área. Consideram que Heleno "exagerou" e "perdeu o tom" ao partir para o enfrentamento político, ao estilo dos filhos do presidente. A avaliação é a de que o ministro foi "engolido" pela guerra palaciana ao se associar à militância, e dá sinais de esgotamento na missão de seguir cada passo de Bolsonaro. A sugestão é que ele deveria se preservar em nome da biografia.

Na redemocratização, Heleno construiu um perfil de general de boa relação com a imprensa. Ao comandar o Centro de Comunicação do Exército, foi reconhecido pela melhoria da imagem do Exército, afetada pelo período militar. O general soube usar a mídia a favor da Força Terrestre, abrindo os quartéis e mostrando o trabalho para o público externo, aproximando-a da sociedade. Repetiu o gesto quando foi comandante militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) e chefiou o Comando Militar da Amazônia. Foi na Amazônia que Heleno entrou em confronto com a esquerda. Ele classificou a política indigenista do governo de Luiz Inácio Lula da Silva como "lamentável, para não dizer caótica".

Confronto

Até o meio do ano, Heleno usava pouco as mídias sociais. Em agosto, abriu conta no Twitter. Já alcançou 230 mil seguidores, 20 mil a mais que o guru bolsonarista Olavo de Carvalho, que tem 210 mil, e quase empatando com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O deputado tem 234 mil seguidores.

Após declaração sobre o AI-5, Heleno foi chamado por Maia de "auxiliar do radicalismo do Olavo". Em reação, o general subiu o tom nas postagens contra a imprensa.

Também durante a audiência na Câmara, na semana passada, Heleno teve de responder por outro momento vivido no centro do poder. Em 1977, o capitão recém-promovido assumiu a função de ajudante de ordens do então ministro do Exército, Sylvio Frota, período que marcou sua vida.

Defensor fervoroso dos ideais do regime, Frota discordava da distensão proposta pelo presidente Ernesto Geisel, a quem sonhava suceder. Acabou demitido em 12 de outubro de 1977. O grupo de Frota ensaiou um levante. Mais de cem oficiais foram exonerados e transferidos para quartéis distantes de Brasília. Heleno sempre minimizou sua participação no episódio, que já classificou como "irrelevante". Lembra que tinha apenas 30 anos na época. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, afirmou nesta quinta-feira (29) que a Amazônia é objeto de cobiça internacional por conta de seus recursos naturais e biodiversidade. Heleno discursou na Escola Naval, no Rio de Janeiro, durante o Congresso Acadêmico sobre Defesa Nacional.

"É irresponsável acharmos que a Amazônia não é objeto de cobiça internacional. O mundo tem uma crise, e ela é vastamente comentada, uma crise de alimentos, uma crise de matéria-prima, de commodities", disse ele. "A Amazônia é vista como um depósito de futuras conquistas do ser humano. Então, é óbvio que há ambições claras em relação a Amazônia".

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Para Heleno, o presidente francês Emmanuel Macron fez ofensas ao governo brasileiro por interesses políticos em um contexto em que enfrenta problemas internos em seu país.

"Ele está transferindo para os incêndios na Floresta Amazônica todos os problemas da humanidade", disse Heleno, ao afirmar que é necessário dar uma atenção muito grande à conservação, mas que as preocupações foram "colocadas de forma exagerada". "Não podemos aceitar que o Brasil seja difamado mundialmente por uma jogada política, por interesse de um político, que não é o interesse nem do seu país nem o interesse da Europa".

A jornalistas, o general afirmou na saída do evento que ainda não pode fazer uma avaliação oficial sobre a operação de combate aos focos de incêndio, mas disse que as notícias que tem recebido são de que os resultados são positivos.

"Pelo que a gente sabe por notícias que chegam, a operação está sendo um sucesso e conseguindo o objetivo principal que é neutralizar as queimadas, que não são da amplitude nem da gravidade que vinha sendo anunciado".

 

O ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Augusto Heleno, se posicionou sobre os 39kg de cocaína encontrados na mala de um militar brasileiro dentro de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

De acordo com o ministro, a prisão foi “desagradável” e “poderia não ter acontecido”. “Foi uma falta de sorte acontecer exatamente na hora de um evento mundial e acaba tendo uma repercussão mundial que poderia não ter tido. Foi um fato muito desagradável para todo mundo", afirmou Heleno.

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O general desembarcou nesta quinta-feira (27) no Japão, onde integrará a comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PSL) na reunião da cúpula das 20 maiores economias do mundo (G20).

Entretanto, de acordo com o ministro, o ocorrido não vai mudar a imagem do Brasil diante do exterior. "Acredito que o G20 seja composto pelos chefes de Estado dos 20 países economicamente mais importantes do mundo. Se mudar isso aí a imagem do Brasil por causa disso, realmente só se a gente não estivesse sabendo da quantidade de tráfico de drogas que tem no mundo”, justificou.

O futuro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, disse ao Estado que deve manter a atual direção da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), comandada por Janer Tesch Alvarenga - oficial de inteligência há 34 anos e no comando do órgão desde setembro de 2016. O general disse que quer a Abin sem viés ideológico e integrada aos demais órgãos de inteligência para atuar no combate ao crime organizado.

Ao ser questionado se pretendia retomar características do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI), contestou: "Isso é uma bobagem. Não há ideia de resgatar nada. Não estamos olhando para o retrovisor. Estamos olhando para a frente". Segundo ele, "a Abin é um órgão de Estado", "não faz bisbilhotagem" e "não fará nada fora da lei".

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A seguir, os principais trechos da entrevista concedida na sexta-feira passada (21).

O sr. vai manter o atual diretor da Abin no cargo?

Essa decisão não está tomada, mas tudo se encaminha para manter o Janer. Não tenho razão para retirá-lo, mas ainda não consegui ir à Abin, nem conversei com ele. Pretendo manter a estrutura atual. É o mais certo.

Qual será o modelo de inteligência da Abin do governo Jair Bolsonaro?

A ideia é ser o mais inteligente possível (risos). É uma assessoria muito importante para o presidente e para todos os membros do governo. O principal cliente da Abin é o presidente. Mas a Abin trabalha em melhor proveito do Estado, não é do governo. O objetivo é buscar o máximo de eficiência, a maior integração possível entre os diferentes integrantes do Sistema Brasileiro de Inteligência, criar um clima de absoluta confiança com os demais órgãos. A Abin tem um papel bastante relevante e definido dentro do Estado brasileiro. Existe uma política de inteligência que dá as normas e princípios de forma didática, servindo de orientação para todas as atividades.

A Abin vai bisbilhotar a vida dos opositores?

De jeito nenhum. A Abin é um órgão do sistema brasileiro de inteligência. Inteligência não é bisbilhotar a vida de ninguém. Inteligência é fundamental em todos os governos do planeta e trabalha em cima de estudos, análises, coleta de informações. São coisas científicas. Não tem nada a ver com bisbilhotar a vida de ninguém. A Abin não faz isso, não fará nada fora da lei. Existem limites legais muito bem definidos e ela vai se ater a isso.

Qual avaliação o sr. faz da estrutura da Abin?

A ideia é manter a estrutura. Foi feito um excelente trabalho nessa retomada da existência do Gabinete de Segurança Institucional, que tinha sido dissolvido pela ex-presidente Dilma Rousseff. A partir daí, a ideia foi manter o que existia e fazer um grande aperfeiçoamento do sistema de inteligência, inclusive com a aprovação da política que dá os parâmetros do setor. Hoje, temos um compromisso com a modernidade e isso é muito difícil porque há uma evolução constante de tudo, principalmente de tecnologia. Temos de acompanhar as técnicas mais avançadas de produção de informações, com respeito absoluto às normas legais e democráticas.

O fato de o governo Jair Bolsonaro ter um grande número de militares significa que a Abin pode voltar a retomar o antigo Serviço Nacional de Inteligência(SNI) dos governos militares?

Isso é uma bobagem. Um absurdo dizer isso. Não há ideia de resgatar nada. A ideia é de partir para um Brasil novo. Não estamos olhando para o retrovisor. Estamos olhando para a frente.

A Polícia Federal fez na sexta-feira passada (21) buscas na casa do advogado Zanone Oliveira Júnior, defensor de Adélio Bispo de Oliveira, que cometeu atentado contra Bolsonaro. O GSI vai trabalhar nisso?

É uma investigação a cargo da PF. Confiamos plenamente que ela fará, como sempre, um ótimo trabalho.

A Abin pode ajudar a investigar quem cometeu atentado contra Bolsonaro?

Isso não é com a Abin. Isso é questão de investigação policial, a cargo da PF.

Há temor de novo atentado ao presidente eleito, seja na posse ou depois?

As informações sobre isso, o próprio general Sérgio Etchegoyen, atual ministro do GSI, já disse que existem informações que essa possibilidade (de atentado contra Bolsonaro) continua. Mas nós temos absoluta confiança no dispositivo de segurança que está sendo montado para a posse e depois.

A Abin pode trabalhar no mapeamento para ajudar no combate ao crime organizado?

A Abin não só pode, como tem de ajudar. A Abin é um dos elementos mais importantes do Sisbin. Claro que a Abin vai ajudar não só a mapear o crime, trabalho que não é só dela, mas continuar a ir atrás de informações buscando, o mais rápido possível, diminuir a atuação do crime organizado e, se possível, neutralizá-lo. É complicado, mas precisamos perseguir isso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O general da reserva Augusto Heleno Ribeiro Pereira, futuro ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), isentou o presidente eleito Jair Bolsonaro de responsabilidade no caso das movimentações financeiras "atípicas" de um ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). "O presidente tá isento disso aí porque não teve participação. O que apareceu dele é irrisório, uma quantia pequena, e ele mesmo já explicou. Acredito que não vá atingi-lo", disse Heleno em entrevista exibida na madrugada desta quinta-feira, 13, pelo programa Conversa com o Bial, da TV Globo.

O jornal O Estado de S.Paulo revelou, há uma semana, que Fabrício de Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão no período de um ano, enquanto servia como assessor e motorista no gabinete de Flávio Bolsonaro, filho do presidente eleito, na Assembleia Legislativa do Rio. A movimentação na conta de Queiroz foi considerada "atípica" pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Na entrevista, Heleno ironizou a participação do órgão no caso. "Eu fico muito feliz que o Coaf tenha se manifestado, porque ficou em silêncio durante muitos anos, né. Tomara que ele seja mais ativo, que não deixe sair bilhões de dólares do país sem ninguém saber."

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Sobre a resolução do caso, o general disse estar "aguardando os acontecimentos" e os esclarecimentos dos "personagens principais" envolvidos. "Os responsáveis vão ter que assumir a culpa. Se houver alguma penalidade, vão ser submetidos a essa penalidade", afirmou Heleno. Dentre os depósitos realizados por Queiroz está um de R$ 24 mil para a futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro. O presidente eleito afirmou que o repasse se deve ao pagamento de um empréstimo que fez ao ex-assessor, no valor total de R$ 40 mil.

Direitos Humanos

Na entrevista à TV Globo, Heleno também comentou uma declaração recente sua, de que "direitos humanos são basicamente para humanos direitos": "Se eu tenho limitação em proporcionar direitos humanos, e temos essas limitações, porque somos um país ainda economicamente enfraquecido, moralmente enfraquecido, socialmente enfraquecido. Se eu tiver que canalizar o meu esforço de proporcionar direitos humanos pra alguém, entre o cidadão que trabalha, sai de casa às seis horas da manhã, volta às dez da noite, encara um transporte público terrível, sofre todos os tipos de limitações na sua vida diária... Ele tem muito mais direito a ser pleno de direitos humanos do que um sujeito que é bandido, que está assaltando esse sujeito o meio da rua", disse Heleno. "O que a gente reclama é que muitas organizações de direitos humanos não vão no enterro do policial e vão chorar no enterro do bandido. Isso é uma distorção dos direitos humanos."

Violência

Heleno ainda defendeu a proposta do governador eleito do Rio, Wilson Witzel (PSC), de "abater" com tiros disparados por atiradores de elite traficantes que estiverem portando fuzis. "A ideia dessa regra de engajamento é dissuasória. Ou seja: eu quero desencorajar o sujeito de andar no meio de uma população inocente, onde há crianças, senhoras. Com que direito ele porta esse fuzil, debocha das forças legais, quando aquilo é um alto risco para inocentes?"

Desarmamento

Sobre a proposta da gestão Bolsonaro de facilitar o acesso da população às armas de fogo, Heleno disse que a restrição ao porte "não tem levado a nada", já que ocorrem mais de 60 mil homicídios no Brasil por ano. O general ainda fez uma analogia das armas com os automóveis, que também provocam milhares de mortes todos os anos. "Automóvel é uma arma na mão de quem não está habilitado. Vamos proibir o automóvel?"

Para Heleno, possuir uma arma em casa é uma atitude dissuasória, que pode desencorajar os crimes. "Esse é um tema polêmico, eu concordo que é polêmico. Se levar pra um extremo, o cara vai dizer que vai sair todo mundo atirando em todo mundo. Então marido e mulher vão se matar em casa, qualquer briguinha... O cara vai pegar a arma e matar. Pô, então não vai ter faca mais em casa. Vamos dar dentada na maminha?"

Sobre a carnificina ocorrida na Catedral de Campinas (SP) na terça-feira, 11, quando um homem abriu fogo e matou cinco pessoas, Heleno afirmou se tratar de uma "situação extraordinária". "É o caso típico: a arma tava raspada. (...) Ele não comprou essa arma legalmente. O porte ilegal é muito mais perigoso que o legal."

Transição

O futuro ministro-chefe do GSI revelou que está ansioso para tomar posse, em 1º de janeiro: "Nunca esperava que uma transição fosse tão demorada e tão difícil de acontecer. Eu achava que a gente ia entrar no vestiário, trocar de roupa, ia ter a preleção do técnico e vamos entrar em campo. Mas demora pra caramba pra entrar em campo. E é chorado. Todo dia os problemas meio que se renovam. Acho que todos que estão vivendo essa fase estão loucos pro governo começar".

Heleno disse ainda que vai ter certa dificuldade, como chefe da inteligência, de manter sigilo sobre as informações: "O GSI, por ser a cabeça do sistema brasileiro de inteligência, por tradição, por doutrina, todos aqueles (que fazem parte dessa estrutura) são soldados do silêncio. É uma coisa que eu não estou muito habituado. Eu tenho que fazer força pra ser soldado do silêncio. Eu gosto de falar. Acho importante a gente trocar ideia, nunca tive preconceito contra a imprensa".

Ainda sobre a imprensa, o futuro ministro disse que havia uma "torcida", no Brasil e no exterior, contra Bolsonaro. "A imprensa precisa voltar a ser um instrumento de informação, mais do que uma torcida por alguém. Toda a campanha do presidente eleito foi caracterizada por uma enorme torcida contra ele. Isso acabou prejudicando a visão do que estava acontecendo. Aconteceu também com o Trump."

O general da reserva Augusto Heleno (PRP-DF) disse, nesta quarta-feira (18), que não será o vice na chapa do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ). A informação é do jornal Folha de São Paulo. A expectativa no PSL era de que o nome do militar fosse anunciado pelo presidenciável ainda hoje. O general disse que não interessa ao PRP ocupar a vaga de vice do PSL.  

“Entendi o argumento (do partido) porque depende de deputados federais. O vice não acrescenta tempo de TV. Essa candidatura não é atraente para os diretórios estaduais do partido”, disse Augusto Heleno. 

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Apesar disso, ele pontuou que segue apoiando a candidatura de Bolsonaro ao comando do Palácio do Planalto. Jair Bolsonaro foi cadete do general Augusto Heleno quando integrava as Forças Armadas. 

Agora o PSL volta a procurar outras alternativas para preencher a vaga. Na semana passada, o senador Magno Malta (PR) que era um dos mais cotados para vice de Bolsonaro, foi descartado por dificuldades em uma eventual aliança entre PSL e PR. A advogada e autora do processo que resultou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Janaína Paschoal (PSL), é uma das opções. 

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