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Mesmo com a greve sendo considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a Polícia Civil de Pernambuco, continua com o movimento, de acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol/PE), Cláudio Marinho. “Ela continua até por que o sindicato não foi notificado e assim que a gente for, vamos recorrer. A justiça foi eficiente demais que julgou em 6 horas que a greve era ilegal, talvez por isso que o governo não quis negociar,” argumentou. 

O TJPE decretou a ilegalidade da greve dos policiais civis do Estado na noite da segunda-feira (23). A multa para o descumprimento da volta imediata aos serviços é de R$ 20 mil por dia ao sindicato da categoria. Ainda de acordo com Marinho, a adesão da greve foi de 100%. No entanto, os serviços essenciais à população estão sendo mantidos, com o mínimo de 30%, conforme a legislação. 

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Uma assembleia da categoria está marcada para esta quinta-feira (26), às 17h, na sede do Sinpol, que fica na rua Frei Cassimiro, 179, Santo Amaro. Segundo Marinho, na ocasião, a categoria vai definir os rumos da greve que começou nesta segunda-feira (23).

Fracassou a reunião desta segunda-feira (23) entre professores, universitários e representantes do governo para discutir o fim da greve nas instituições federais de ensino, sem aulas desde o dia 18 de maio. Na tarde desta segunda-feira, o governo ofereceu R$ 3,9 bilhões em reajustes salariais nos próximos três anos aos professores. A proposta foi rejeitada. Sindicalistas e técnicos dos ministérios de Educação e do Planejamento discutiram durante mais de quatro horas a pauta de reivindicações. Uma nova reunião já está prevista para ocorrer até a próxima quarta-feira.

A presidente do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes), Marinalva Oliveira, diz que a discussão é de "concepção". Ela reclama que o governo está incentivando a desestruturação da carreira, ao impedir a progressão, criando barreiras para o docente chegar ao teto da profissão. Já o governo diz que questões como a titulação devem ser discutidas em outra mesa de negociação, propondo um grupo de trabalho específico para o tema. "Creio que devemos focar os pontos de divergência", afirmou Amaro Lins, secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação. "O maior cuidado que devemos ter é com os jovens de nossas instituições", acrescentou.

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Pouco antes, Marinalva Oliveira afirmou em tom exaltado que a responsabilidade pela situação dos estudantes é do governo. A uma pergunta sobre se não temia o corte do ponto, ela respondeu: "A nossa greve é legal. Quem não está avançando é o governo, que só depois de sessenta dias está apresentando uma proposta".

Embora haja consenso de que "questões técnicas" e "conceituais" não estão abaixo do debate salarial na pauta dos sindicalistas, setores do governo dizem que o movimento pretende acabar com a valorização dos títulos de mestre e doutor nas universidades. Os grevistas que têm essa linha de raciocínio defendem que apenas o tempo de trabalho seja o suficiente para um docente atingir o topo da carreira.

Questionado sobre a importância da titulação como incentivo para a melhoria do ensino, o sindicalista Gutemberg Almeida, do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), respondeu que "os títulos seriam um estímulo se o governo não incluísse também na progressão da carreira fatores como a produtividade". Ele diz que hoje os professores estão tendo carga horária elevada em sala de aula, prejudicando pilares das universidades como a pesquisa e a extensão. Das 59 universidades federais do País, apenas duas não aderiram à greve. A grande maioria dos 38 institutos federais de educação também está com as atividades paralisadas.

 

Na tarde desta segunda-feira (23), O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) se reuniu com os representantes sindicais das universidades em greve para ter resposta sobre a proposta apresentada pelo governo no último dia 13, que ofertava aos professores um novo plano de carreira e um reajuste salarial de 16% a 45%, o que implica em um custo de 3,9 bilhões de reais no cenário econômico do País. No entanto, foi decidido por unanimidade a rejeição da proposta pelos docentes. Manifestantes que estavam no local gritavam em coro "Dilma: a culpa é sua, a greve continua". Uma nova reunião acontece nesta terça-feira (24) às 10h, na qual os servidores devem apresentar uma contra-proposta.

Enquanto acontecia o encontro, um twittaço também mostrava apoio aos professores. A hashtag #FalaSerioMercadante teve um número significativo de twites, e tem a proposta de pressionar o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para que ele apresente uma nova proposta que esteja sujeita as reivindicações dos grevistas.

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Com mais de sessenta dias de greves, o movimento já conseguiu adesão de 57 das 59 universidades federais do País, além de 36 institutos de educação básica, profissional e tecnológica, o que está causando confusões no início deste segundo semestre do ano (2012.2), já que os calendários acadêmicos das instituições seguem indefinidos.

 

 

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O Opinião Brasil desta semana discute a greve dos policiais civis de Pernambuco e a situação da segurança pública no Estado. Para debater o assunto, o apresentador Alvaro Duarte recebe o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Cláudio Marinho, e o presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar, Renilson Bezerra.

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No programa, Cláudio Marinho reforça que apenas 30% das atividades essenciais e inadiáveis para a população serão mantidas pela Polícia Civil durante a greve. Uma das principais reivindicações da categoria é o aumento salarial. Hoje, Pernambuco paga aos servidores da segurança pública o 20º salário do país. O presidente do Sinpol comenta que um policial civil de Sergipe, em início de carreira, recebe o equivalente a um policial pernambucano que tem 30 anos de serviços prestados.

Durante a conversa, Renilson Bezerra ainda fala sobre as condições dos equipamentos utilizados pelos policiais militares e sobre o tratamento que os cabos e soldados têm recebido nos quartéis, que muitas vezes envolve situações de humilhação e assédio moral.

O Opinião Brasil é produzido pela TV LeiaJá e exibido toda segunda-feira aqui, no portal LeiaJa.com.

O movimento nas principais delegacias do Recife é tranquilo no primeiro dia de paralisação dos policiais civis. A equipe de reportagem do LeiaJá visitou três delas e, em todas, nenhum tipo de ocorrência é feita, apenas flagrantes. Boletim de ocorrência, investigações, cumprimento de mandato de prisão, entre outras atividades estão suspensas por tempo indeterminado.

Algumas pessoas que ainda não estavam informadas da greve foram até as delegacias e depararam com os serviços suspensos. Em Boa Viagem há policiais, porém nenhum tipo de atendimento a população é feito. Nem os postos de Expresso Cidadão escaparam da greve. A aposentada Iolanda de Lima Santos se sentiu prejudicada “Me senti muito afetada. Eu chego aqui, me dou ao trabalho de vir fazer uma nova identidade por necessidade urgente e não há ninguém que faça” relatou. A única identificação que está sendo realizada é a identidade de presos.

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Segundo um policial que não quis se identificar, ninguém pode reclamar da greve por que está dentro da lei. “Estamos com 30% da classe trabalhando nos postos, avisamos 72h antes da greve. Não tem como prejudicar ninguém, por que todos estavam avisados” contou. Na delegacia de Santo Amaro e no Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), o movimento também é tranquilo durante no primeiro dia de paralisação.

Os policiais civis de Pernambuco entraram em greve por tempo indeterminado na madrugada desta segunda-feira (23). Apenas 30% dos serviços essenciais serão mantidos. Entre as reivindicações estão reajuste salarial, melhorias das condições de trabalho e nas estruturas das delegacias. Nesta quinta-feira (26), uma nova assembleia está marcada para avaliar a greve.

A greve da Polícia Civil foi decretada na semana passada, após várias tentativas de negociação com o Governo do Estado, atos de protesto e passeatas, de acordo o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE). O Estado conta com quase 6 mil policiais civis, sendo 500 delegados, 50 médicos legistas e 130 peritos criminais. 

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Em cartilha, policiais explicam como a população deve proceder durante a greve que segue por tempo indeterminado.

O que continua durante a greve:

FLAGRANTES – Todos os flagrantes na Capital e Região Metropolitana serão atendidos exclusivamente nas Delegacias de Plantão de Casa Amarela, Santo Amaro, Cordeiro, Várzea, Boa Viagem, Paulista, Prazeres e Olinda. No interior do Estado, os flagrantes serão lavrados nas Delegacias Seccionais.

PLANTÕES ESPECIALIZADOS – Os flagrantes especializados serão atendidos nas especializadas.  Delegacia de Plantão das Mulheres, plantões do GPCA e Força Tarefa. (Todos os atos decorrentes das lavraturas dos flagrantes serão concluídos, sob pena de relaxamento dos flagrantes).

LOCAL DE CRIME – Todas as equipes comparecerão aos locais de crime, coletando apenas os indícios, deixando as investigações para após o período de greve.

No Instituto de Identificação Tavares Buril – IITB:

Serão realizadas apenas as identificações Criminais, Identificações Necropapiloscópica e Representação Facial Humana, e somente para atender aos Flagrantes Delitos.

As carteiras de identidade serão confeccionadas apenas atendendo a Lei 7.116/83 (Confronto papiloscópico, classificação e subclassificação).

CONDUÇÃO DE PRESOS – As equipes irão conduzir os presos aos presídios e penitenciárias, obedecendo a proporção de 03(três) policiais para cada conduzido;

INSTITUTO DE CRIMINALÍSTICA – Funcionará normalmente, cabendo aos auxiliares de perito, exercerem suas funções dentro da operação cumpra-se a Lei;

INSTITUTO DE MEDICINA LEGAL - Funcionará normalmente, cabendo aos auxiliares de Médico Legista, exercerem suas funções dentro da operação cumpra-se a Lei;

MANDADOS DE PRISÃO – Os mandados de prisão apresentados às delegacias de polícia serão recebidos e os presos recambiados aos locais de destino;

CUSTÓDIA DE PRESOS – O CORE, fará a custódia dos presos dos casos iniciados pela Polícia Civil, obedecendo a regra de segurança na proporção de 03(três) policiais para cada 01(um) custodiado.

O que para durante a greve:

Registro de Boletins de Ocorrências;

Investigações, diligências e requisitório;

Cumprimento de Mandado de Prisão;

Expedição e cumprimento de Intimações;

Atividades Cartorárias (ouvidas de testemunhas, interrogatórios, expedição de intimação);

TCO

 

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) reconheceu a ilegalidade da greve dos policiais civis do Estado, iniciada nesta segunda-feira, e determinou a suspensão do movimento.

O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) deverá ser multado em R$ 20 mil por dia, caso não acate a decisão do desembargador Silvio Beltrão, que atendeu ao pedido do Governo do Estado, através de ação ordinária que tramita na Corte Especial do tribunal.

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O mérito ainda será julgado e o sindicato pode recorrer da decisão. O magistrado considerou a greve como "fato grave" que pode gerar "sérios e incalculáveis prejuízos à sociedade".

Pernambuco tem cerca de seis mil policiais. A categoria reivindica reajuste salarial de 65% e melhores condições de trabalho. O salário inicial é de R$ 2,6 mil.

A partir de amanha (23) os policiais civis do Estado de Pernambuco entrarão em greve por tempo indeterminado. O movimento grevista foi decidido nesta última terça-feira (17), em que apenas 30% da categoria estarão trabalhando. Entre as reivindicações da categoria estão a correção da distorção salarial, de 82%, melhorias na condição de trabalho, pagamento de adicional noturno, vale refeição e reajuste salarial.

Os plantões especializados, os da mulher, GPCA, Força tarefa, IC, IML, a condução de presos, e os flagrantes são uns dos serviços que estarão funcionando durante o movimento. Já o registro de boletins de ocorrência, (BO), o termo circunstanciado de ocorrência (TCO), investigações, cumprimento de mandado de prisão diligências e requisitório,expedição e cumprimento de intimações e atividades cartorárias, não funcionarão neste período. Confira os principais serviços que param ou continuam durante a greve. 

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Uma assembleia acontecerá nesta próxima quinta-feira (26) para avaliar a situação do protesto.

As reivindicações constantes e alertas de greve das polícias de Pernambuco expõem detalhes da estrutura precária da corporação. De acordo com o presidente do Sindicato da Polícia Civil do Estado de Pernambuco (Sinpol), Cláudio Marinho, a falta de estrutura vai desde a ausência de vasos sanitários nas delegacias à de viaturas adequadas para conduzir os presos. 

No mês passado, um preso morreu quando estava sendo transportado para o presídio, em Caruaru. “Quando o conduzíamos para o Presídio Plácido Nunes, não tinha viatura do tipo xadrez e levamos ele na mala de um gol. O desafeto dele o assassinou e depois se entregou a polícia,” contou. 

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Além disso, o presidente se queixa da falta de estrutura das delegacias, do espaço físico, falta de xadrez. “Em muitas situações os presos são algemados à colunas, à grades, quando está sendo lavrado o flagrante pela falta de xadrez nas delegacias. E isso fere o que estabelece os direitos humanos”, pontuou.

A Polícia Civil entra em greve nesta segunda-feira (23), após tentativas de negociação com o governo do Estado. Apenas os serviços essenciais serão mantidos. Veja o quadro abaixo:



Para o presidente da Associação dos Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE), Renilson Bezerra, entre as principais reivindicações estão a pressão e o assédio moral sofridos pelos policiais para bater a meta do Pacto Pela Vida. “Isso que está sendo um terror na tropa, está deixando a tropa sem estímulo para trabalhar. Tem quartéis que bota a tropa em forma e humilha aqueles que não batem a meta,” afirmou.

Os policiais militares também querem a incorporação das gratificações aos salários. De acordo com Renilson, uma reunião está sendo agendada com o Secretário de Defesa Social, Wilson Damásio, para expor as pautas de reinvidações e tentar chegar a um acordo sem precisar entrar em greve.

Confira, nesta segunda-feira (23), um bate-papo com o presidente da ACS-PE, Renilson Bezerra, e o presidente do Sinpol-PE, Cláudio Marinho, que estarão no programa Opinião Brasil.

Por Diogo de Oliveira

Cem dias de greve significaram aos professores estaduais da Bahia um calendário letivo irreversível, como afirmaram o Ministério Público (MP) e o Tribunal de Justiça (TJ) em nota no último dia 16. O que não significou foi o término da greve na rede estadual de ensino. Na assembleia promovida nesta sexta-feira (20), os professores decidiram resistir contra a ordem de desocupação da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) onde estiveram nos últimos 101 dias. Os professores vão resistir pacificamente.

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A ordem, deliberada na 6ª Vara da Fazenda Pública do TJ pelo juiz Ruy Brito, veio logo em seguida da inspeção aplicada no prédio nessa quinta-feira (19), feito sob a ordem de reintegração de posse do presidente da Casa, Marcelo Nilo. Não foi verificado qualquer dano ao edifício público e todo o processo foi acompanhado pelo representante do sindicato dos professores (APLB), Ruy Oliveira.

A assembleia desta manhã resultou em dois posicionamentos: manter a greve e que a classe resistiria segurando canetas, lápis, cadernos e livros, que são as “armas” de qualquer educador. Nesse caso, como os professores decidiram ficar na ALBA, serão solicitados a deixar o prédio pela Polícia Militar. Os professores já estavam sem água, luz, telefone e acesso aos banheiros fora do expediente normal no edifício. Na assembleia, a vice-presidente da APLB, Marilene Betros, foi vaiada ao pensar o fim do movimento grevista. Em seguida, ela afirmou: "A categoria já é vitoriosa e continua de cabeça erguida. Independente do resultado da greve, os docentes já conquistaram muitas vitórias"

O reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Anísio Brasileiro, convocou o Conselho Universitário na manhã desta sexta-feira (20) para deliberar sobre a pauta dos docentes e técnico-administrativos.

De acordo com informações da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), no encontro, os professores solicitaram do Conselho um posicionamento oficial sobre a questão das negociações do Governo Federal, uma vez que a assembleia rejeitou a proposta apresentada na última sexta-feira (13). Segundo a associação, o presidente da Adufepe, o professor José Luis Simões, esclareceu que a proposta não atende nenhuma das reivindicações da categoria e que a greve foi deflagrada pela falta de cumprimento do acordo firmado em 2011 e descaso do governo com o movimento docente.

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“A culpa desta greve é do governo, uma vez que foi assinado o acordo em agosto de 2011 e nada foi cumprido”, disse o presidente, conforme informações da assessoria de comunicação da Adufepe. Ainda segundo a Adufepe, o acordo assinado em agosto de 2011 previa um reajuste salarial de 4% e reestruturação da carreira até março de 2012.

De acordo com a assessoria da Adfufepe, após escutar as intervenções, o Conselho Universitário, presidido pelo reitor, aprovou por unanimidade os seguintes pontos: Reconhece a proposta do governo, considerando insatisfatória, e manifesta aprofundamento pelo diálogo com os docentes; Uma proposta imediata e abertura de negociações com os servidores técnico-administrativos; Reconhece a suspensão de algumas atividades na UFPE e não cumprimento do calendário, este que será reprogramação ao final da greve pelo CCE-PE.

O governo ainda não apresentou proposta para os servidores técnico-administrativos, e as negociações só deverão iniciar quando os professores encerrarem a greve. Todavia, segundo a associação, os docentes assumiram a condição de não terminar a greve até que os servidores resolvam suas pendências.

Em assembleia realizada nessa quinta-feira (19), no auditório da Reitoria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), na zona sul de João Pessoa, a proposta do governo, que apresenta apenas pequeno ganho real para a classe de professor titular (topo da carreira, que hoje representa menos de 10% da categoria) foi rejeitada pelos professores da instituição.

O reajuste inclui os 4% do acordo assinado em agosto de 2011, que só foi cumprido após forte pressão do movimento, em maio de 2012, retroativo a março deste ano. Uma nova reunião com o governo será realizada na segunda-feira (23). Enquanto isso, as aulas continuam suspensas, desde o dia 17 de maio na capital paraibana.

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O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), do Ministério de Minas e Energia, suspendeu desde a última segunda-feira (16) os prazos previstos na legislação de mineração, por causa da greve dos servidores da autarquia.

De acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, o reinício da contagem dos prazos pelo tempo restante será a partir do 5º dia útil após a publicação de outra portaria a ser editada.

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O DNPM é o órgão encarregado de gerir e fiscalizar o exercício das atividades de mineração no País, para o bom aproveitamento dos recursos minerais, de forma racional.

Após se reunir com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, o novo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, deixou o Palácio do Planalto dizendo que não apoia greve geral dos servidores públicos federais e defendendo a necessidade de o governo apresentar proposta aos trabalhadores para "destravar" as negociações.

"Nós achamos que não se sai do impasse se radicalizar posições", declarou ele, em entrevista, após pedir "tolerância" por parte do governo e justificar que não aceita a tese de que não há como conceder reajustes agora, porque o País está passando por uma crise internacional, que o governo diz que é pior do que a de 2008.

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"A crise que está aí não foi criada pelos trabalhadores e ela não pode ser usada como desculpa para não conceder reajustes aos servidores que, em muitas carreiras não tiveram recuperação nem da inflação", afirmou Freitas, que insistiu na necessidade de o governo apresentar uma proposta. "O governo tem de apresentar a sua proposta. Sem negociação, não há como sair da crise", ressaltou.

Vagner Freitas criticou ainda a posição do governo que anunciou o corte de pagamento de salário dos grevistas. "Existem medidas que não ajudam no processo de construir saídas como o corte de ponto e a pressão sobre dirigentes sindicais, ainda mais em um processo de negociação em um governo democrático e popular que construímos no Brasil", desabafou.

Ele pregou ainda que o governo e representantes do movimento se sentem à mesa pra negociar e achar solução conjunta. Freitas insistiu que, se o governo apresentou uma proposta para os professores, tem de apresentar para as demais categorias. Ele lembrou que a CUT é a central que mais reúne representantes do serviço público federal, e que, por isso mesmo, estava se oferecendo para intermediar as negociações. "A CUT é a que tem a maior parte dos servidores a ela filiados, tem a responsabilidade de vir pedir que o diálogo seja aberto para que se saia deste impasse", declarou.

Apesar da pressão dos servidores públicos federais, que permanecem acampados na Esplanada dos Ministérios e ameaçavam invadir o Ministério do Planejamento, a presidente Dilma Rousseff não pretende amenizar para atender às reivindicações dos grevistas. Ao contrário, Dilma tem reiterado que não há como atender a qualquer tipo de pleito por causa da crise internacional e os reflexos dela no País, com desaceleração da economia. Da mesma forma, a decisão de cortar o ponto dos grevistas já está tomada e não há intenção por parte do governo de revertê-la.

A presidente tem reiterado ainda que o momento é de tentar preservar os empregos em outros setores da economia e uma das formas de fazer isso é garantindo a continuidade dos investimentos. Para isso, é preciso canalizar os recursos e não há dinheiro previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para este fim.

Professores das universidades e institutos federais realizaram, nesta quinta-feira (19), uma assembleia para discutir as propostas do Governo Federal. Num contexto geral, os docentes brigam por uma reconstrução do plano de carreira, melhores condições salariais e de trabalho e melhorias na educação como um todo. Por unanimidade, a categoria decidiu não aceitar a proposta oferecida. Os docentes querem 20,5% de reajuste ainda este ano. 

“O Governo apresenta meramente uma proposta de educação salarial, enquanto defendemos um projeto para a educação brasileira, que inclui ampliação de investimentos em educação pública; reestruturação da carreira docente; melhores condições de trabalho; reafirmação do caráter público da universidade e órgãos suplementares, a exemplo dos hospitais universitários que estão em processo de privatização”, afirmou o presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe), José Luiz Simões. 

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A proposta oferecida pelo Governo Federal vai valer para o próximo ano, desde que os professores aceitem. Ela concede, no período de três anos, reajustes entre 24% e 45% para doutores com dedicação exclusiva na universidade, e isso representa que, o piso salarial para docentes nesse contexto será de R$ 8,4 mil. Ainda segundo a página eletrônica do ministério da Educação (MEC), o menor reajuste para a carreira será de 12% para professores com somente graduação e 20 horas de trabalho por semana. 

A greve, que completou 60 dias na última terça-feira (17), têm prejudicado a 35 mil estudantes dos campus do Recife, Vitória de Santo Antão e Caruaru.  No total, 2.366 professores paralisaram as atividades. Na próxima segunda-feira (26), o sindicato nacional irá receber nova proposta do Governo Federal. 

De acordo com informações da assessoria de imprensa, a avaliação do Comando Local de Greve da Adufepe diz que a proposta do governo desconsidera as reivindicações da categoria.

O Comando divulgou nota onde cita os pontos mais críticos:

- Por desconsiderar a carreira unificada, um dos principais pontos da pauta docente; 

- A divulgação de um reajuste de 45% que só atinge menos de 10% da categoria. Para os demais, o reajuste sequer repõe as perdas inflacionarias; 

 - Por ferir a autonomia universitária fixando novos critérios à progressão docente, a serem posteriormente definidos pelo MEC, e não mais pela comunidade acadêmica;

- Por transgredir a LDB e a Constituição Federal, ao aumentar a carga mínima de horas-aula em 50%, quebrando o equilíbrio entre Ensino, Pesquisa e Extensão;

- Por excluir os aposentados da proposta;

- Por não abrir negociação com os técnico-administrativos, o que acaba por agravar ainda mais as precárias condições de trabalho.

A proposta apresentada pelo governo apresenta meramente reposição salarial, enquanto a categoria defende um projeto para a Educação Brasileira que inclui: ampliação de investimentos em educação pública; reestruturação da carreira docente; melhores condições de trabalho; reafirmação do caráter público da Universidade e órgãos suplementares, a exemplo dos Hospitais Universitários que estão em processo de privatização.

Estudantes sem aulas, negociações frustradas, insatisfação para todos os lados, um prejuízo que ganha contornos irremediáveis, a assessoria do governo do estado divulga que o ano letivo não será comprometido, e um impasse que não parece nem perto do final. Nessa conjuntura a greve dos docentes na Bahia completa 100 dias.

Na última quarta-feira (18) os professores grevistas se reuniram na Assembléia Legislativa, localizada no Centro Administrativo da Bahia (CAB), para decidirem os rumos da paralisação. No encontro realizado na última quinta-feira (12), intermediada pelo MP-BA, o governo apresentou uma proposta que foi negada pela categoria.

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Na assembléia, enquanto discursava para os cerca de 400 grevistas acampados no saguão da ALBA, o cordenador-geral da APLB, Rui Oliveira, afirmou que precisaria abandonar a reunião por ter recebido informações de que o Batalhão de Choque da Polícia Militar estaria a caminho da Casa para expulsar os grevistas do local. “Fui informado agora de que há também ordens de prisão, por isso, vou ter que me retirar”, disse Rui Oliveira durante a assembléia.

Os professores entregaram uma contraproposta ao MP, com o objetivo de encerrar o impasse nas negociações com o governo. O documento apresenta nove reivindicações, dentre elas a readmissão dos funcionários demitidos no período de paralisação, a revogação imediata da lei 12.517/2012, reajustes salariais lineares aos aumentos concedidos a outros servidores públicos, além da cláusula que exige o ganho de 7,26% e 7% dentro do ano de 2012 retroativos a janeiro do mesmo ano e o pagamento imediato dos vencimentos da categoria.

De acordo com informações da vice-coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Marilene Betros, o MP ainda não divulgou o resultado do pedido dos professores. Marilene ainda informa que a classe continua acampada no CAB e deve se reunir nesta sexta-feira (20), em uma nova assembléia. Desde a noite de segunda (16), os grevistas enfrentam situações precárias para manter o acampamento.

Os pais também protestam

Revoltados com os 100 dias de greve, um grupo de pais de alunos da rede estadual levaram bolos, faixas e cartazes para a assembléia. A mãe de um dos alunos indignada com a falta de acordo entre professores e governo, levou três bolos pretos, em sinal de luto, para lembrar os 100 dias do movimento. Os pais, juntamente com os professores, saíram do estacionamento da assembléia, onde acontecia o protesto, e caminharam até a porta do prédio.

Ministério Público - Na terça-feira (17), o MP-BA e o Tribunal de Justiça comunicaram que não vão mais participar das negociações entre professores e governo do estado, visando o fim da greve na Educação da Bahia. Em nota divulgada à imprensa, as instituições informaram que “em razão da não obtenção de um acordo em tempo hábil e visto a aproximação de uma situação de dano irreversível ao calendário escolar, não resta outra alternativa às referidas instituições mediadoras senão considerar, nas atuais circunstâncias, concluídas as negociações”.

Reivindicação - Os professores pedem o cumprimento do piso federal de 22,22% determinados pelo MEC em reajuste a serem pagos ainda este ano. O governo não aceita a proposta e oferece aos professores licenciados, em novembro de 2012, promoção por meio de curso, com ganho real de 7%. Em abril de 2013, nova promoção, também com ganho real de 7%, para os licenciados.

Alunos de universidades federais em greve apoiam as reivindicações de seus professores ao governo, como mudanças no plano de carreira, reajustes salariais e melhores condições de infraestrutura. Porém, muitos reclamam da paralisação das aulas, que já dura mais de dois meses.

Segundo a estudante de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Marília Moraes, de 24 anos, a greve não atrapalhou os alunos do último ano, que fazem residência. Os demais foram prejudicados. "Falaram que a gente vai ter reposição das aulas, mas deve ser tudo corrido, porque temos muito conteúdo e a nossa grade é superapertada."

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O estudante de Filosofia Pedro Almeida, também da Unifesp, lamenta não poder se formar neste ano, mas não culpa os docentes. "A infraestrutura do câmpus de Guarulhos está caótica, não tem como não apoiar a greve."

Na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Cinthia Oliveira relata que alunos xerocaram o contracheque de uma professora, para mostrar quão baixo é o salário. "A greve é uma forma legítima de reivindicação, mas são poucos os alunos engajados", comenta.

Por causa da greve, o MEC prorrogou por 24 horas as inscrições no Sistema de Seleção Unificado (Sisu). O calendário, no entanto, foi mantido. "Queremos ter uma margem de segurança para que nenhum estudante seja prejudicado", disse o ministro Aloizio Mercadante. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Os professores do estado da Bahia entregaram uma contraproposta no Ministério Público (MP) nesta quarta-feira. Se for aceita, com nove termos de acordo, o presidente do Sindicato dos Professores garante o fim da greve e o cumprimento da reposição de aulas. O documento foi votado hoje em assembleia e entregue ao MP para que, novamente, seja feita a mediação entre as partes.

Os nove termos reivindicam a readmissão dos demitidos em Regime Especial de Direito Administrativo (REDA), Prestação de Serviço Temporário (PST), revogação dos processos administrativos como primeira cláusula, pagar imediatamente os vencimentos suspensos, conceder a todos os professores os reajustes de 7,26% e 7% em 2012 retroativos a janeiro de 2012, além da revogação da Lei 12.578/212.

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“Nós vamos protocolar um documento pedindo uma imediata intermediação e vamos entregar a contraproposta ao MP para que, assim, o órgão possa entregar ao governo", afirma Rui Oliveira, presidente do Sindicato. O MP ainda não se pronunciou acerca do pedido dos professores.

*Por Diogo de Oliveira

 

Funcionários públicos em greve promovem desde a manhã desta quarta-feira (18) uma marcha pela Esplanada dos Militares. Antes, fizeram protesto em frente ao Palácio do Planalto, onde realizaram o ato de "enterro simbólico" da presidente Dilma Rousseff (PT).

Apesar de a previsão original de agenda ser de a presidente Dilma estar no Planalto na manhã de hoje, ela acabou transferindo o despacho com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para o Palácio da Alvorada. As manifestações em frente ao Planalto têm sido praticamente diárias, ao contrário do que ocorria no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Hoje, as instalações do Planalto eram vigiadas por policiais militares, seguranças da Presidência e militares do Exército. Havia uma preocupação no Palácio, desde cedo, de que alguns servidores mais exaltados tentassem sair da Praça dos Três Poderes e seguir em direção ao prédio da Presidência, como chegou a ocorrer em outras ocasiões.

Também foi considerado bastante elevado o número de integrantes do protesto. Mas a manifestação foi pacífica e não houve nenhum confronto entre seguranças e grevistas.

Após mais de 30 dias com suas atividades paralisadas, cerca de 2 mil sevidores técnico- administrativos e docentes da UFPB, UFCG, IFPB e todos os servidores federais em greve, além de estudantes da UFPB, pararam, nesta quarta (18), o trânsito da Avenida Epitácio Pessoa, principal corredor de João Pessoa, onde realizam, uma grande manifestação em frente à Delegacia da Receita Federal, contra o Governo. O protesto causou um enorme congestionamento entre o centro e a orla da cidade. O ato é organizado pelos comandos de greve do SINTESPB, ADUF-JP e SINTEFPB, contando ainda com a participação de várias centrais sindicais.

Hoje também, acontece em Brasília, uma marcha unificada de todos os servidores públicos federais e o acampamento da FASUBRA- Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil, na Esplanada dos Ministérios, de amanhã a sexta (20).

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No dia 19, haverá um grande ato público, na capital federal. As manifestações serão encerradas, no dia 20, com a realização da Plenária Nacional Unificada. O Comando de Greve do SINTESPB estará enviando uma delegação para participar de todas estas ações que têm como  objetivo pressionar o governo e o poder público para abertura real de negociação.

A pauta específica da greve dos servidores técnico-administrativos das universidades consta de Reajuste Salarial: Recurso para o piso - Piso de três Salários Mínimo (SM) e Step de 5%; - Racionalização dos Cargos; - Reposicionamento dos Aposentados; - Mudança do Anexo IV (Incentivo a Qualificação); - Devolução do Vencimento Básico Complementar Absorvido (Mudança na Lei da Carreira - 11.091/05); - Isonomia Salarial e de Benefícios entre os Três Poderes.

 

 

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