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A Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin 4.909) que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando uma norma paraense sobre a cobrança do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações interestaduais por meio da internet será julgada diretamente no mérito. A determinação é do ministro Ricardo Lewandowski, que é relator do caso. Dessa forma, explica o STF, não será necessário analisar a liminar, uma vez que o plenário tomará a decisão em definitivo quando a ação entrar na pauta do Plenário da Corte.

De acordo com o ministro Lewandowski, a adoção do rito abreviado é necessária "tendo em vista a conveniência de um julgamento único e definitivo sobre o tema, além da evidente relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica". O STF destaca que a previsão do rito abreviado está contida no artigo 12 da lei das Adins, a Lei 9.868/1999.

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No mesmo despacho, o ministro Lewandowski deferiu o ingresso do Estado de São Paulo como interessado na ação. Diante disso, essa unidade da federação passará a integrar o processo como amicus curiae, ou seja, "amigo da corte". Conforme explica o glossário jurídico do próprio STF, à figura de amicus curiae cabe o papel de "intervenção assistencial em processos de controle de constitucionalidade por parte de entidades que tenham representatividade adequada para se manifestar nos autos sobre questão de direito pertinente à controvérsia constitucional. Não são partes dos processos; atuam apenas como interessados na causa".

O ministro Lewandowski também solicitou informações ao governo do Pará sobre a norma questionada e determinou que, após o prazo para recebimento dessas informações, se dê vista dos autos à Advocacia-Geral da União e à Procuradoria-Geral da República para que emitam um parecer sobre a ação, informou nesta segunda-feira o STF.

A Adin 4.909 foi ajuizada em 13 de fevereiro no STF pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. A ação envolve um decreto (79/2011) do governo paraense que determina a cobrança do ICMS no destino final - ou seja, no Pará - nas compras feitas pela internet ou telemarketing.

Inconstitucionalidade

Na avaliação de Gurgel, a cobrança de ICMS nessas operações viola dispositivos constitucionais e isso pode provocar a retenção de mercadorias nas barreiras fiscais. Para evitar que haja "cobrança inconstitucional do ICMS, bem como a retenção de mercadorias nas barreiras fiscais", Gurgel pediu ao STF que seja concedida de forma cautelar a suspensão da eficácia do Decreto 79/2011 do Estado do Pará e, no mérito, que seja declarada a sua inconstitucionalidade.

Conforme informa o STF, o decreto paraense que está gerando o debate estabelece que o remetente de bens e mercadorias é responsável "pela retenção e recolhimento, em favor do Estado do Pará, da parcela do ICMS" e que o recolhimento do imposto deverá ser feito "antes da saída da mercadoria ou bem, por meio de Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais - GNRE". A norma prevê alíquota de 7% para as mercadorias oriundas das Regiões Sul e Sudeste (exceto Espírito Santo) e de 12% para as mercadorias procedentes das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e do Estado do Espírito Santo.

O Supremo esclarece que a norma contestada tem origem no Protocolo ICMS nº 21/2011, celebrado pelos Estados do Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Rondônia, Sergipe e Tocantins e pelo Distrito Federal. As unidades da federação que assinaram o protocolo argumentam que a maioria dos centros de produção e distribuição de produtos industrializados está localizada nas Regiões Sul e Sudeste, que concentram parcela significativa da riqueza nacional, enquanto os Estados localizados nas demais regiões abrigam grande parte dos consumidores e parcela menos expressiva de "agente agregador industrial ou comercial de riqueza".

Embora admita que "ainda que sejam nobres os objetivos buscados pelo Protocolo nº 21/2011", Gurgel lembra que aos Estados não é dada a competência para modificar a disciplina constitucional da matéria. Cita ainda que "nas operações interestaduais em que a mercadoria é destinada a consumidor final não contribuinte do imposto, apenas o Estado de origem é competente para cobrar o ICMS, devendo ser aplicada a alíquota interna".

O procurador-geral da República, inclusive, cita entendimento anterior do STF, no julgamento de liminar na Adin 4.565. De acordo com Gurgel, o Supremo ressaltou que o ato impugnado violava não só o pacto federativo, mas também a reserva de resolução senatorial para a fixação das alíquotas interestaduais de ICMS e a proibição do tratamento discriminatório entre entes federados.

Após divulgação da dispensa do Imposto sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), anunciada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), nessa quarta-feira (16), o assunto começa a receber críticas.

Em nota, o militante do PSOL, Edilson Silva, repudia a atitude do governo e diz que o ato é “para tentar reverter esta sangria incontrolável contra o patrimônio da população”.

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Confira abaixo o documento na íntegra:

"O governador Eduardo Campos anunciou no dia de ontem a decisão de isentar totalmente as empresas de ônibus da região metropolitana do Recife do pagamento do ICMS a partir das próximas concessões. A medida é anunciada em meio ao protesto da população contra o recente aumento nas tarifas, absolutamente injustificada frente à baixa qualidade dos serviços oferecidos e ao conjunto de benefícios que estas empresas já gozam.

A população que utiliza os serviços de transporte público, além de pagar pela tarifa na roleta, agora também pagará indiretamente através deste “subsídio” que o governo está se dispondo a dar a estas empresas, na medida em que abre mão de impostos que deveriam ser revertidos em benefício da coletividade e não de empresários amigos dos inquilinos do Palácio do Campo das Princesas.

O governador faltou com a verdade quando fez campanha eleitoral recente anunciando a redução da tarifa. Falta agora novamente com a verdade ao afirmar que esta isenção total do ICMS é o cumprimento de seu compromisso com a redução da tarifa. É um desrespeito inaceitável a mais elementar inteligência dos cidadãos e cidadãs de nosso Estado.

Vamos buscar todos os meios, políticos, legais e jurídicos, para tentar reverter esta sangria incontrolável contra o patrimônio da população, desde já reafirmando nosso total e mais irrestrito apoio às manifestações populares contrárias ao reajuste recente nas tarifas". 

A Telebras anunciou que seu serviço de internet está disponível pra 300 municípios de 20 estados e do Distrito Federal, menos os estados da Região Norte. A rede cobre 900 municípios, mas está disponível, por enquanto em apenas 300.

Os provedores de internet alugam a rede oferecida pela Telebras e seguem o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) do governo federal, que viabiliza acesso ao serviço de banda larga a baixo custo. O usuário final paga R$ 35 por mês nos estados que cobram o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e nas unidades da Federação que não cobram o imposto, a mensalidade cai para R$ 29,90.

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Caio Bonilha, presidente da Telebras, informa que a rede de telecomunicações da empresa está preparada para dobrar a velocidade para 2 Mbps durante este ano, sem custo adicional para o usuário. A Telebras disponibilizou a relação das cidades no endereço www.telebras.com.br.

O Palácio do Planalto oficializou nesta sexta o início do processo de redução e unificação da alíquota do ICMS, o principal imposto dos Estados. Para tentar garantir uma negociação mais tranquilo do tema polêmico, o governo federal também formalizou a mudança do indexador da dívida de Estados e municípios com a União, principal reivindicação de governadores e prefeitos.

Foram enviados ao Congresso Nacional nesta sexta-feira (28) um projeto de resolução unificando gradualmente as alíquotas do ICMS nas operações e prestações interestaduais, e um projeto de lei complementar prevendo a aprovação de um convênio no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para convalidar todos os incentivos fiscais concedidos pelos governadores no passado.

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A ideia do governo é conseguir a adesão de todos os 27 governadores à proposta de unificar em 4% a alíquota do ICMS a partir de 2025. Parte dos Estados não apoia a medida, porque tende a reduzir o poder de barganha que eles têm hoje com o ICMS, para "roubar" empresas uns dos outros, a chamada guerra fiscal.

Para compensar as perdas e manter acesa a política de estímulos regionais, o governo editou também uma Medida Provisória que cria dois fundos com propósito específico. O Fundo de Compensação vai repor as perdas de arrecadação dos Estados com a redução gradativa do ICMS.

Já o Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR) vai suprir, na visão do governo, o mecanismo de atração de empresas dos Estados. Ao invés da velha guerra fiscal, em que os Estados oferecem alíquotas menores de ICMS para companhias, com o fundo, os governadores vão oferecer financiamento a taxas subsidiadas para projetos produtivos. O FDR começa com R$ 4 bilhões em 2014 e atinge R$ 16 bilhões por ano em 2017, totalizando R$ 296 bilhões até 2033.

Além de oferecer os fundos, o governo federal deu a Estados e municípios um presente desejado há muitos anos. Por meio de lei complementar, que ainda será discutida no Congresso, o governo estabelece que o indexador das dívidas passará a ser o IPCA, acrescido de uma taxa de juros de 4% ao ano. Se esse novo indicador ficar acima da taxa básica de juros, os saldos das dívidas serão corrigidos pela variação da própria Selic, hoje em 7,25% ao ano.

Atualmente, a correção das dívidas é feita pelo IGP-DI, além de uma taxa de juros de 6%, 7,5% ou, para o caso específico da capital de São Paulo, 9% ao ano.

Além da forte redução das taxas de juros, a mudança no índice de inflação que corrige o saldo da dívida tende a favorecer os devedores. Enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar o ano em 5,5%, o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) caminha para terminar 2012 num patamar próximo a 8%.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o momento de fazer a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é agora. "E temos acúmulo de força", disse. Segundo ele, a reforma tem condições de ser aprovada rapidamente. "Consideramos que é o momento adequado e tem condições de ser aprovada em pouco tempo", disse.

Mantega destacou que a estratégia do governo é fazer a reforma tributária de forma fatiada. "Essa é a estratégia que assumimos publicamente", disse. Segundo ele, o governo não foi bem-sucedido no passado, quando apresentou propostas de mudanças de reforma tributária e encontrou obstáculos muito grandes.

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Ele ressaltou que o governo começou a fazer a reforma tributária fatiada com a desoneração da folha de pagamento das empresas. "Ela já está tendo alguma adesão e está se generalizando. Tivemos que discutir com cada setor produtivo. É um ritmo normal. Não dá para baixar um decreto e impor para todo mundo. Tivemos que discutir e negociar", afirmou.

No caso da mudança do ICMS, disse o ministro, se trata de "reforma total, de uma só vez". "É difícil. São 27 Estados que têm interesses diferentes", afirmou.

Sobre a renovação das desonerações do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, Mantega afirmou que o efeito econômico das medidas resultou em mais arrecadação de outros tributos. "A filosofia é reduzir tributo para estimular atividade, ganhando em outros", disse.

Segundo ele, a queda nas receitas de IPI por dia útil no segmento automotivo em 2012 foi de R$ 19,5 milhões. Mas, por outro lado, houve um aumento diário de R$ 11,8 milhões no PIS/Cofins e de R$ 11,1 milhões no ICMS. Além disso, teria havido um acréscimo diário de R$ 2,8 milhões na arrecadação diária de IPVA.

"A vantagem por dia foi de R$ 6,2 milhões. Você pode reduzir um tributo e aumentar arrecadação, caso a economia reaja com o estímulo. Os Estados não têm do que reclamar, porque eles têm metade da perda do IPI no Fundo de Participação, mas ganham mais pelo outro lado", acrescentou Mantega.

Segundo Mantega, a renúncia fiscal da desoneração de IPI em 2013 será de R$ 2,63 bilhões com automóveis, R$ 550 milhões com linha branca e de R$ 650 milhões com móveis.

A Vale vai aderir ao regime previsto na nova legislação sobre ICMS (Lei 20.540 e Decreto 46.110) recentemente publicada pelo Estado de Minas Gerais. Isso resultará em um impacto contábil negativo de R$ 528 milhões sobre o resultado da companhia no quarto trimestre de 2012, informou a empresa nesta quarta-feira por meio de comunicado.

A adesão, diz a empresa, permitirá o término dos processos descritos no formulário de referência da Vale e evitará novas autuações sobre a utilização de valor de mercado versus custo de produção como base de cálculo para incidência do ICMS sobre transferências de produtos minerais.

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Os processos existentes referentes aos anos de 2006 e 2007, com valor original de R$ 2,1 bilhões, serão encerrados com o pagamento de R$ 168 milhões em 2012, disse a empresa. A adesão evitará também autuações relativas ao período 2008-2012 mediante pagamento de R$ 495 milhões, sendo R$ 92 milhões em 2012 e R$ 403 milhões ao longo dos próximos dois anos.

O impacto contábil negativo de R$ 528 milhões já leva em consideração o valor provisionado de R$ 135 milhões. De acordo com a empresa, o efeito sobre o fluxo de caixa será de R$ 260 milhões no quarto trimestre de 2012 e de R$ 403 milhões em 2013-2014.

O secretário de Fazenda do Ceará, Mauro Benevides Filho, informou nesta terça-feira que as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentaram em reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) uma nova proposta para acabar com a guerra fiscal. Segundo ele, a proposta reduz para 4% a alíquota interestadual do ICMS entre as três regiões e na circulação de mercadoria entre o Sul e o Sudeste. Porém, propõe uma alíquota interestadual de ICMS de 7% no transito de mercadorias do Sul e Sudeste para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Segundo Benevides Filho, a proposta apresentada pelas três regiões prevê a redução das alíquotas em 10 anos. O secretário disse que a proposta do governo de unificar em 4% todas as alíquotas seria perpetuar a desigualdade regional. "É impor um Brasil igual em todas as regiões, o que não existe", afirmou Benevides Filho ao deixar a reunião do Confaz.

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Ele, no entanto, considerou a proposta um avanço porque significa que as três regiões concordaram com o fim da guerra fiscal. Benevides Filho disse que agora a discussão está com o Sul e o Sudeste. Segundo ele, os secretários dessas duas regiões continuam reunidos com o ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, para analisar a sugestão entregue nesta terça-feira.

Senadores que chegaram na manhã desta terça-feira ao Ministério da Fazenda para discutir mudanças no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mostraram posições divergentes sobre o tema a ser conduzido durante café da manhã.

O senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE) avalia que o momento é adequado para discutir os assuntos da cesta federativa do Congresso Nacional, que envolve, além de ICMS, royalties e indexação da dívida dos Estados. "Temos de tentar. Essa é a hora, pois o modelo da guerra fiscal está esgotado", disse. "O Congresso está discutindo tudo simultaneamente. É natural que o governo tenha outra estratégia", acrescentou Monteiro Neto.

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O senador Francisco Dornelles (PP-RJ), por sua vez, acha que os assuntos não precisam estar vinculados para que as discussões prossigam. "Acho que uma coisa não tem a ver com a outra", afirmou. Os dois parlamentares cogitaram a possibilidade de o tema avançar ainda no fim deste ano, apesar de mostrarem certa reticência. "Não é fácil, mas é possível iniciar o processo de transição no próximo ano", disse Monteiro Neto. "Nada é impossível na política. Vamos olhar", considerou Dornelles.

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) salientou que na próxima terça-feira (4), Mantega detalhará a proposta do governo sobre o assunto no Congresso e que, uma semana depois, o secretário-executivo da Pasta, Nelson Barbosa, participará de uma segunda audiência pública sobre o tema. "Temos uma agenda forte", disse. É válido lembrar que o recesso parlamentar começa no dia 22 de dezembro.

Ao chegar à sede do Ministério da Fazenda, o ministro Mantega não atendeu à imprensa, mas prometeu falar com os jornalistas mais tarde.

O Estado de São Paulo estima que deixará de arrecadar R$ 14,8 bilhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos próximos nove anos, caso a proposta de reforma do tributo apresentada pelo governo federal este mês seja aprovada. O número foi apresentado na semana passada pelo governador Geraldo Alckmin, em reunião com a bancada paulista.

"Ele falou dos impactos, mas a avaliação sobre a proposta do governo é positiva, porque ajudará a reduzir a guerra fiscal", afirma o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP), um dos presentes ao encontro. "Essa perda é insuportável, se não houver compensação", diz o secretário de Fazenda, Andrea Calabi. No entanto, a promessa do governo federal é criar um fundo de valor ilimitado que protegerá os Estados das quedas na receita decorrentes da mudança. "O problema é que essa perda vem a cavalo de todas as outras", continua o secretário.

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Ele deu como exemplo a Proposta de Emenda Constitucional que trata da tributação do comércio eletrônico, com impacto de R$ 2,5 bilhões nos cofres paulistas a cada ano. Há ainda a discussão sobre a nova divisão dos royalties do petróleo e sobre a nova configuração do Fundo de Participação dos Estados (FPE). "São boas iniciativas, mas com resultados muito desafiadores para São Paulo."

Tudo junto

Na reunião com os deputados e senadores, Alckmin pediu um esforço para que esses assuntos sejam examinados em conjunto, e não "fatiados", como vem ocorrendo. O temor é que, ao individualizar as discussões, as perdas para o Estado sejam maiores do que se os temas fossem examinados juntos. Essa seria a forma mais lógica, reconhecem técnicos da área econômica federal, mas politicamente impossível de negociar.

Para o ICMS, o governo federal propôs fixar em 4% a alíquota interestadual nas operações em que uma mercadoria é produzida num Estado e consumida em outro. Hoje, as alíquotas são de 12% e 7%. Elas são calibradas de forma a beneficiar os Estados menos desenvolvidos.

Parece simples, mas é justamente aí que as conversas estão empacadas no nível técnico há mais de um mês. Formou-se uma clara divisão, segundo relata o secretário de Fazenda do Maranhão, Cláudio Trinchão, que é coordenador do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), foro que reúne todos os secretários estaduais de Fazenda. De um lado, Sul e Sudeste se alinham com a proposta do governo, de 4%. De outro, Norte, Nordeste e Centro-oeste querem duas alíquotas: 2% e 7%.

Como forma de pressão, São Paulo colocou a seguinte oferta sobre a mesa: Norte, Nordeste e Centro-oeste aceitam a alíquota de 4%. Em troca, o Estado concorda em legalizar todos os incentivos concedidos no passado como parte da guerra fiscal. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira que o fundo de desenvolvimento regional será criado porque alguns Estados, mais distantes dos grandes centros consumidores, argumentam que a única forma de atrair empresas é oferecendo atrativos. "Mas em vez de ICMS, o atrativo será o fundo, que terá recurso financeiro e orçamentário, de modo que os Estados tenham o fundo à disposição", afirmou. No primeiro mês, segundo ele, o fundo terá R$ 4 bilhões em recursos.

"Por um critério a ser definido, os Estados mais pobres receberão parte desse fundo de desenvolvimento regional. Esse fundo é para mudar a natureza do atrativo que se dá a essas empresas", afirmou.

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Segundo o ministro, o fundo de desenvolvimento regional terá duração de 16 anos, pois, nos primeiros oito anos, a alíquota interestadual de ICMS será reduzida de 12% para 4%, mas, nos oito anos seguintes, o fundo atuará para dar tempo para que os Estados reorganizem suas finanças.

"O recurso financeiro vai acumular. Então, deverá ter um estoque de recursos financeiros que vai continuar por um tempo além dos 16 anos", afirmou. "Enquanto ele tiver recursos financeiros, eles serão emprestados com 20 anos de prazo, com TJLP."

O Ministério da Fazenda já avançou na elaboração da reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para acabar com a guerra fiscal. A proposta em discussão hoje com os Estados prevê a transferência da cobrança do imposto da origem da operação para o destino, com redução da alíquota interestadual para 4% em um prazo máximo de oito anos.

O governo federal também concorda em ressarcir os Estados que vão perder receita em, no máximo, R$ 14 bilhões anuais. Esse montante, no entanto, pode ser reduzido significativamente se for descontado o ganho de arrecadação resultante do fim dos benefícios ilegais concedidos na guerra fiscal.

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"Em uma estimativa conservadora, pode cair 50% ", informou o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. Ele explicou que não faz sentido compensar os Estados por uma receita que efetivamente não arrecadam por conta dos programas de incentivo fiscal. "Será uma compensação parcial e temporária", frisou.

A proposta da Fazenda está no meio do caminho do que é defendido pelos diferentes grupos de governadores. Hoje as alíquotas interestaduais de ICMS estão em 12% e 7%. A proposta de São Paulo, apoiada por alguns Estados, é uma alíquota única de 4% em um prazo de quatro anos.

Os Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste preferem a manutenção do sistema de tarifas diferenciadas e defendem uma redução para 7% e 4%, em um período de oito anos. "Caso a reforma ocorra, é necessário um prazo longo de adaptação, a manutenção da assimetria entre as alíquotas, e um fundo de compensação", disse Maurício Cesar Duque, secretário da Fazenda do Espírito Santo.

Para o Ministério da Fazenda, oito anos é o prazo "máximo" e a reforma poderia ser feita mais rapidamente. "É necessário um tempo para os Estados se adaptarem e para custear a reforma. Mas, se houver recursos, pode ser feito mais rapidamente", disse Barbosa.

Polêmica

O fundo de compensação promete ser um dos temas mais polêmicos. A Fazenda utilizou como base de cálculo as notas fiscais eletrônicas. Por esses dados, apenas alguns Estados perdem receita com a reforma, como Amazonas, Espírito Santo, Goiás ou Santa Catarina. Para esses Estados, a perda total seria de aproximadamente R$ 14 bilhões.

É preciso ressaltar, no entanto, que as notas fiscais eletrônicas contabilizam o imposto "cheio", ou seja, não descontam os incentivos concedidos às empresas. "Só vamos ter o valor efetivo da compensação necessária quando os Estados informarem seus números", diz Barbosa.

Com base nas notas fiscais eletrônicas, São Paulo ganha cerca de R$ 1 bilhão em receita com a transição do ICMS para o destino e a redução da alíquota para 4%. O governo estadual contesta esse número, porque o Estado é um exportador líquido e, portanto, perderia com a reforma. "O fundo de compensação tem de ser objetivo e prático, para que os Estados acreditem que efetivamente serão ressarcidos", diz o secretário da Fazenda de São Paulo, Andrea Calabi. "É preferível uma medida objetiva do que hipóteses sobre quanto um Estado pode ganhar com o fim dos benefícios fiscais."

Fim do ano

A expectativa da Fazenda é enviar a reforma do ICMS ao Congresso até o fim do ano. Barbosa admite, no entanto, que se trata de uma "decisão política". Para o consultor e mestre em finanças públicas pela Fundação Getúlio Vargas, Amir Khair, o País atravessa sua "melhor chance" de conseguir uma reforma tributária. No governo Lula, foram elaboradas duas propostas, em 2003 e em 2008, mas pouco sobrou delas.

Khair avalia que agora é diferente porque o governo se dispôs a ressarcir os Estados e por causa da existência da nota fiscal eletrônica, que permite calcular as perdas de forma objetiva e só totalmente implantada no início do ano passado.

Ele, no entanto, não está otimista com que a reforma do ICMS será o fim da guerra fiscal. "Durante o prazo de adaptação, os Estados poderão usar sua criatividade para criar novos incentivos", disse. Para o especialista, a única solução é o Supremo Tribunal Federal (STF) editar uma "súmula vinculante" que condena a priori qualquer benefício ilegal e evita discussões jurídicas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Nesta terça-feira (25), o governador Eduardo Campos anuncia a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas vendas de veículos usados no Estado. Atualmente, a alíquota do imposto é de 1%. A isenção do tributo, no entanto, já é prática de outros estados entre eles Bahia, São Paulo e Espírito Santo. O anúncio será feito às 11h, na sede provisória do Palácio, no Centro de Convenções, em Olinda.

O objetivo da isenção é estimular o segmento de automóveis usados, que vem registrando queda nas vendas em virtude da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros novos. Com a redução do preço do zero-quilômetro, o preço do carro usado também caiu, uma vez que seu valor de comercialização tem como referência o valor do carro novo.

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Com informações da assessoria

Atendendo a reivindicação da Associação dos Revendedores de Veículos Usados de Pernambuco (Assovepe), o deputado estadual Raimundo Pimentel (PSB) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco, na tarde desta segunda-feira (24), para anunciar a decisão do Governo do Estado.

A determinação visa reduzir a alíquota do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre as prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação (ICMS) para a venda de veículos usados. Pimentel acatará a solicitação da Assovepe, que vive uma crise nas vendas de carros usados desde que o Governo Federal desonerou impostos para a venda de veículos novos.

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Segundo o parlamentar, a assinatura que movimentará a economia e a geração de empregos será assinada nesta terça-feira (25), na sede do Governo, no Centro de Convenções de Pernambuco.

Para incentivar o consumo no setor de bares e restaurantes, o governo do estado firmou uma parceria com os donos de estabelecimentos nesta quinta-feira (13), na sede provisória do Palácio do Governo, no Centro de Convenções, que garantem melhorias no setor. O benefício consiste na redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Com a medida, a carga tributária será equivalente à aplicação do percentual de 2% sobre o valor das refeições fornecidas por bares, restaurantes ou estabelecimentos similares, excetuando-se as bebidas alcoólicas.  

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Segundo a Associação de Bares e Restaurantes de Pernambuco (Abrasel-PE), ao todo 625 estabelecimentos serão beneficiados com a medida. O setor representa 2,4% do PIB brasileiro e 35% do PIB do turismo. Em 2011 essas empresas foram responsáveis pela arrecadação de R$ 18 milhões em ICMS. 

Segundo o secretário da Fazenda, Paulo Câmara, para usufruir do benefício, o empresário precisará estar credenciado pela Secretaria da Fazenda, conforme critérios a serem definidos pelo Fisco estadual. “O nosso objetivo é simplificar para promover o crescimento de um setor tão relevante para o estado”, destacou Câmara.

De acordo com o presidente da Abrasel, Nuncio Natrielli, a redução do ICMS no setor era um pleito que já vinha sendo batalhado desde 2011. “Vínhamos batalhando, mostrando ao governo que era importante essa redução, não só por conta dos baixos impostos, mas também para haver o crescimento e o surgimento de novas empresas”, destacou. 

O incentivo que começa a ser praticado a partir de 1° de dezembro e promete dá um ânimo ao turismo do estado e tornar mais competitivo um dos segmentos que mais emprega no estado. 

Nesta quinta-feira (13), o governador Eduardo Campos anuncia benefícios para o setor de bares e restaurantes que consiste na redução de base de cálculo do Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Com a medida, a carga tributária será equivalente à aplicação do percentual de 2% sobre o valor das refeições fornecidas por bares, restaurantes ou estabelecimentos similares, excetuando-se as bebidas alcoólicas.

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Serão beneficiados 625 estabelecimentos, hoje submetidos ao regime normal de pagamento do imposto. Em 2011 essas empresas foram responsáveis pela arrecadação de R$ 18 milhões em ICMS. Para usufruir do benefício, o contribuinte precisará estar credenciado pela Secretaria da Fazenda, conforme critérios a serem definidos pelo Fisco estadual.

De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o setor representa 2,4% do PIB Brasileiro e 35% do PIB do turismo. O anúncio da medida será feito às 15h, na sede provisória do Governo do Estado, no Centro de Convenções, em Olinda.

Com informações da assessoria

Do R$ 1 trilhão em tributos pagos pelo brasileiro neste ano - marca registrada na quarta-feira (29) pelo Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) -, a principal parte corresponde a um único tributo estadual: o ICMS. O contribuinte já teve de recolher neste ano R$ 202,1 bilhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), ou 20,21% do total, informou nesta sexta-feira a ACSP e o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Ao todo, 26,14% do R$ 1 trilhão, ou R$ 261,4 bilhões, correspondem a impostos estaduais.

A parcela federal equivale a 68,74% do total (ou R$ 687,4 bilhões), distribuídos em 17,94% pagos ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 16,72%, ao Imposto de Renda e 10,42%, a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). A parte municipal somou R$ 51,2 bilhões, ou 5,12% do total arrecadado no ano até a última quarta-feira (29).

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A Região Sudeste concentrou 63,07% de toda a arrecadação e a Região Norte ficou com a menor parte, de 3,37%. Na divisão por Estados, São Paulo liderou a arrecadação, com 37,63% do total, o equivalente a R$ 8.959,22 para cada habitante. Roraima ficou com o menor valor, com R$ 879 milhões arrecadados (0,09%), ou R$ 1.891,12 por habitante.

O Governo do Estado firmou parceria com a empresa italiana Fiat e com a Companhia Pernambucana de Gás Natural (Copergás), na tarde desta sexta-feira (17), no Centro de Convenções, onde acontecia um evento voltado para taxistas da cidade. A parceria visa à renovação da frota de táxis movidos a gás natural, reduzindo o preço do seu novo lançamento, o Grand Siena Tetrafuel, que já sai de fábrica com adaptação para gás – e pode usar quatro tipos de combustíveis ao mesmo tempo - e estava sendo vendido no evento R$ 13 mil mais barato.

O modelo, que sem o desconto custa R$ 45 mil, estava disponível para os taxistas por R$ 32 mil. Além da parceria com a Fiat e os descontos dados pela montadora, o governo anunciou uma redução total do ICMS do Gás Natural Veicular (GNV) para os taxistas que se cadastraram na Secretaria da Fazenda do Estado e estará disponível dentro de 30 dias nos 73 postos que vendem gás natural no Estado. Cada taxista terá direito a uma cota diária de GNV, suficiente para rodar 200 quilômetros, que é a distância média percorrida por dia no Recife pelos taxistas.

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Com a isenção do ICMS houve uma redução de R$ 0,19 sobre o preço do metro cúbico do GNV, que hoje é vendido por R$ 1,79. A isenção vale para todo o Estado de Pernambuco. “Isso fará com que o taxista economize cerca de R$ 1.000 por ano”, disse o governador Eduardo Campos. “O projeto visa à sustentabilidade da frota dos taxistas para a Copa do Mundo em 2014, já que o gás é um combustível limpo”, declara o diretor regional da Fiat, Cesar Mafra. 

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou na terça-feira a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera as regras do ICMS para o comércio eletrônico no País. O texto apoiado por todos os senadores da comissão ficou mais abrangente: as mudanças vão valer para toda forma de comércio não presencial que destine bens e serviços a um consumidor final localizado em outro Estado. Na prática, a proposta reparte entre Estados de origem e de destino o ICMS nas vendas pela internet e em outros tipos de vendas não presenciais.

A matéria seguirá para votação em plenário, o que pode ocorrer, caso haja acordo das lideranças partidárias, já na sessão da quarta-feira. Se aprovado pelo Senado, o texto será apreciado pela Câmara dos Deputados.

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A nova regra faz com que os Estados de destino fiquem com a maior parte do ICMS dessas transações comerciais. Atualmente, no comércio eletrônico, todo o imposto é recolhido pelo Estado de origem. Os senadores da bancada de São Paulo, Estado que mais perde com as alterações, concordaram com as mudanças após vários meses de negociações.

No seu voto, o líder do PMDB e relator da PEC, Renan Calheiros (PMDB-AL), acolheu emendas apresentadas pelos senadores Cyro Miranda (PSDB-GO), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Lídice da Mata (PSB-BA). Foram essas propostas que aumentaram as possibilidades de comércio não presencial e incluíram as expressões "pessoas físicas" e "pessoas jurídicas" de forma a garantir que não haja diferenças de tributação entre ambas.

"A justificativa de não se diferenciar a pessoa física da jurídica, contida em todas as emendas acima, é a de que não há sentido em fazer tal distinção, pois isso deixaria o ônus aos Estados consumidores", afirmou Renan, em seu parecer.

A CCJ também acolheu uma mudança, em que haverá duas formas para o recolhimento do imposto. A arrecadação corresponde à diferença entre a alíquota interna e a interestadual do ICMS. Na primeira hipótese, caberá ao destinatário recolher o imposto quando este for o contribuinte. Pela segunda forma, caberá ao remetente, quando o destinatário não for o responsável pelo recolhimento.

O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), elogiou a "feliz interpretação" do relator, que possibilitou a todos os Estados o direito ao imposto. O presidente da CCJ, Eunício Oliveira (PMDB-CE), fez coro aos parlamentares da comissão, que pediram agilidade na apreciação da matéria. "Determino, de ofício, o encaminhamento da proposta para o plenário", disse, logo após a aprovação.

A PEC tinha sido enviada ao plenário no início de junho, mas, como recebeu emendas, teve de voltar obrigatoriamente para a CCJ para ser apreciada.

O governador de Goiás, Marconi Perillo, informou nesta quinta-feira que solicitou ao governo R$ 1,5 bilhão como compensação pela perda de arrecadação que será gerada com a unificação do ICMS interestadual sobre produtos importados. Ele se reunirá com o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, no Ministério da Fazenda, nesta quinta-feira.

Perillo disse que já entregou ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) todos os documentos, solicitando a compensação. Segundo ele, a proposta também depende de aprovação do Tesouro. "Vim pedir para agilizar", explicou o governador. Ele espera receber R$ 500 milhões este ano e R$ 1 bilhão, em 2013.

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Para compensar a queda na arrecadação de alguns Estados com a unificação do ICMS interestadual sobre produtos importados, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou no mês passado uma linha de financiamento do BNDES no valor de R$ 7,5 bilhões. Para ter acesso aos recursos, os Estados precisam apresentar estudos mostrando as expectativas de perdas de arrecadação em 2013 em relação a 2012.

O Senado aprovou em 2012 a Resolução nº 72, que fixou a alíquota do tributo em 4%, com objetivo de acabar com a chamada Guerra dos Portos. Os Estados mais prejudicados pela mudança foram Santa Catarina, Goiás e Espírito Santo. Mas qualquer Estado com perda de arrecadação pode se candidatar ao financiamento. A linha de crédito poderá ser contratada até 2016. Os recursos devem ser aplicados em financiamento produtivo e melhoria de infraestrutura.

Os mais de 100 medicamentos disponíveis no programa Aqui tem Farmácia Popular, do governo federal, poderão ter isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), segundo informações da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). Se confirmada, a medida irá ampliar ainda mais este projeto, que é realizado na iniciativa privada, é o que afirma o presidente da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto.

"Só no primeiro quadrimestre deste ano, as vendas pelo programa nas redes associadas à entidade cresceram 99,72% em relação ao mesmo período de 2011, garantindo atendimento a 5,8 milhões de pessoas", destacou o executivo. Estão incluídos os medicamentos para hipertensão, diabetes e asma. "Quanto maior o acesso a esses produtos, maior é o impacto da redução de custos na saúde em um longo prazo", afirmou Barreto.

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O governo prevê agora a ampliação para mais medicamentos de doenças crônicas. A possível isenção do ICMS decorre da preocupação com o elevado déficit da balança comercial do setor de saúde, que pode atingir o valor recorde de R$ 12 bilhões em 2012.

Segundo um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) divulgado nesta quinta-feira a redução da carga tributária incidente sobre os medicamentos não prejudica a arrecadação. A conclusão se deu após uma análise da redução do ICMS de 18% para 12% no Estado do Paraná. De acordo com o coordenador da pesquisa, Gilberto Luiz do Amaral, mesmo após a adoção da medida, em 2009, houve um aumento de 106% na arrecadação estadual no ano.

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