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Fortalecer, valorizar a cultura e promover o protagonismo feminino. Esses foram os pilares para a criação da Associação de Mulheres Extrativistas do Combu (AME Combu), resultado do projeto de dissertação "Sociedade e Natureza: Um Estudo sobre o Protagonismo das Mulheres Andirobeiras da Ilha do Combu, Belém-Pa", vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Estado do Pará (Uepa). Veja vídeo sobre o projeto aqui. 

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Executado pela acadêmica Ana Carolina Gonçalves, sob orientação das professoras doutoras Flávia Lucas e Cláudia Urbinati, o projeto da Associação surgiu por uma demanda das próprias mulheres das comunidades do Combu e Piriquitaquara, na região das ilhas de Belém. Para a professora Flávia Lucas, uma das criadores do projeto, "essa criação surgiu da necessidade de trazer o protagonismo para essa mulher, fazê-la se sentir valorizada, valorizar o seu trabalho e lhe trazer conhecimentos sobre a matéria prima local, que é o óleo da andiroba”, declara.

Segundo a professora Cláudia Urbinati, em média, 20 mulheres fazem parte da Associação. São trabalhadoras da florestas que desenvolvem diversas atividades, tanto quanto os homens, e não possuem o reconhecimento devido. 

Além de promover esse protagonismo feminino, o projeto também tem o intuito de valorizar o óleo da andiroba e a conservação da espécie, para que continue a produzir o fruto que será a matéria-prima rentável a muitas famílias. Ele também visa profissionalizar essas mulheres para que possam atuar em uma atividade rentável, pois muitas dessas extrativistas não recebem o valor merecido pelo trabalho minucioso realizado, que pode levar até meses para ser finalizado por conta do clima, dos frutos e do processo que envolve crença, cultura e empenho.

Valorização da cultura local

Dentro das crenças na produção do óleo, Izete dos Santos, conhecida como Dona Nena, conta que mulheres menstruadas ou grávidas e pessoas desconhecidas não podem participar ou observar o processo de extração e produção do óleo pois, segundo a crença, entendem que a andiroba é capaz de absorver a energia dos envolvidos. "Se as regras não forem cumpridas, o óleo não sai da maneira natural, tendo que optar por expor ao sol, forçando a extração do fruto e fazendo com que o óleo se torne inutilizável para o consumo tradicional."

Dona Nena é uma das tantas mulheres que acreditam e participam do projeto. Moradora do Combu, ela vive pelo resgate da cultura da família, utilizando como fonte de renda tudo o que a floresta lhe oferece. Hoje em dia, ela trabalha com o foco no chocolate, mas tem a andiroba como expectativa de complementação de renda para ela e outras mulheres da Ilha. "Vejo o projeto como uma forma de despertar o interesse a esse trabalho de extração, para que as mulheres vejam o potencial da andiroba para a nossa Ilha."

Visando amparar e dar estrutura para a execução do trabalho, a equipe do projeto já providenciou fogão, utensílios individuais para o projeto. Há o planejamento de equipar a sede da melhor maneira para as mulheres se sentirem não apenas no seu lugar de trabalho, mas em um lugar em que sejam acolhidas, possam conversar e se sentirem valorizadas. 

Segundo a discente Ana Carolina Gonçalves, toda a iniciativa veio para valorizar a cultura local que aos poucos está se perdendo, principalmente, por conta das mudanças sociais que vêm acontecendo na Ilha. "No passado, havia mais zelo pela floresta e costumes caboclos. O trabalho das andirobeiras visa justamente um recurso nativo, que é um patrimônio material, mas também imaterial, pois faz parte da cultura, tradição e herança familiar", afirma

"Muitas já possuem uma demanda de óleo, então o nosso projeto visa fortalecer essa atividade, fazendo com que a sede atual se torne um ponto comercial das produções, que os terrenos onde acontecem a colheita do fruto da andiroba se tornem vias turísticas e rentáveis a essas famílias", explica a aluna.

Desde o início, em 2020, o projeto, por meio da Uepa, já promoveu diversas oficinas na sede da Associação, localizada na comunidade de Piriquitaquara, para estimular capacitações das andirobeiras para elaboração de cosméticos, materiais de limpeza, dentre outros, à base de andiroba, visando o fortalecimento da cadeia de valor da andiroba na Ilha. Essa etapa tem sido acompanhada pelo químico e doutorando da Universidade Federal do Pará (UFPA) André Reis, que presta todas as orientações técnico-científicas que agregam qualidade e segurança no uso destes produtos.

A equipe do projeto conta com a participação da comunidade envolvida, representada pelas andirobeiras, além do apoio jurídico do Escritório Ferreira Melo e Barroso Advocacia, por meio do advogado Paulo de Tarso, e do designer Bernardo Magalhães, diretor da Agência de Comunicação Libra Branding, que estão trabalhando conjuntamente para a criação da AME Combu e da marca coletiva.

Impactos na comunidade

Por muito tempo a andiroba foi a principal fonte de renda de muitas famílias ribeirinhas. Mas as descobertas de novas fontes fizeram com que o valor, da até então fonte principal, caísse até não suprir mais a necessidade das famílias, que consistiam desde necessidades básicas, alimentação, até o cultivo da matéria e o processo de tratamento até chegar ao mercado. 

Prazeres Quaresma, mais conhecida como Dona Prazeres, é turismóloga especialista em Ecoturismo. Mas, como conta, acima disso é ribeirinha, com família extrativista presente há mais de 100 anos na região. Para ela, a andiroba é o sangue da população ribeirinha, porque sempre foi considerada um medicamento e, mais que isso, representa uma fonte de renda muito importante. "Apesar de ter perdido o valor hoje, nós ainda continuamos acreditando no potencial desse fruto, que assim como o cacau e o açaí, ela também tem tudo para voltar a crescer e conquistar novamente o mercado. A andiroba representa a esperança de manter a nossa floresta de pé", destaca.

Segundo Dona Prazeres, atualmente, 95% das andirobeiras perderam o lugar para o açaí e cacau, matérias que estão com maior valor no mercado. A chegada do projeto é a esperança para a retomada financeira do produto. "Acredito que o projeto tenha vindo para despertar as pessoas que achavam que as andirobeiras não serviam mais pra nada. Que isso traga de volta o ânimo e a intenção de plantar mais andiroba, entender que ela pode ser uma fonte de renda valiosa. O futuro da andiroba depende hoje da Associação. As pessoas só irão valorizá-la a partir do sucesso e engajamento dessa iniciativa. O diferencial desse projeto é o compromisso que estão tendo com a comunidade. Existe uma frase que diz: 'saber e não fazer é o mesmo que não saber' e o diferencial do AME é porque sabem e fazem", acredita.

Ao final da pesquisa espera-se que o óleo de andiroba e derivados, como sabonetes, shampoos e hidratantes, tenham valor de mercado agregado, bem como as mulheres andirobeiras da Ilha do Combu se sintam valorizadas e estimuladas a manter a produção de óleo, visando a tradição dos povos da floresta. A expectativa é que o projeto AME ajude a trazer de volta o valor de todo o trabalho com a andiroba, além da valorização cultural, reconhecimento da mão de obra e o retorno financeiro, essencial para a economia local e às mulheres extrativistas que ainda produzem os produtos naturais na região. 

Por Larissa Silva, da Ascom Uepa.

 

 

Sentado em uma cadeira em frente ao dispensário de Elafonisos, Panagiotis Aronis, residente desta pequena ilha turística na ponta da península do Peloponeso, no sul da Grécia, espera sua vez de receber a segunda dose da vacina contra a covid-19.

A Grécia tem se esforçado para vacinar os habitantes de dezenas de pequenas ilhas nos mares Egeu (leste) e Jônico (oeste) antes de se concentrar nas maiores antes do início oficial da temporada turística, em meados de maio.

Uma van transportando centenas de doses da vacina em caixas especiais está estacionada em frente ao dispensário.

O veículo chegou na sexta-feira de manhã a bordo do ferry "Elafonisos", que liga a ilha ao porto vizinho de Pounta, na Grécia continental.

No final do dia, após terminar a vacinação no dispensário, ela se dirigiu a um lar de idosos para continuar sua tarefa.

- A vacina "escudo" -

A prefeita de Elafonisos, Efi Liarou, garante que "70% da população da ilha será vacinada até meados de maio, o que constitui uma espécie de escudo para os habitantes".

"É uma etapa muito importante que garante a abertura da temporada turística e passa uma mensagem de otimismo", frisa, satisfeita com a "identidade covid-free" da sua ilha de 18km2.

Elafonisos recebe 200.000 turistas anualmente, mas no ano passado foram poucos os visitantes devido à pandemia. A indústria do turismo sofreu um duro golpe.

"O ritmo de vacinação nas ilhas é rápido" porque o transporte das vacinas é complicado e a operação deve ser feita em pouco tempo, explica Marios Themistokleous, secretário-geral da Previdência Social, da ilha de Iraklia, no Egeu, onde viajou com a ministra da Saúde, Vassilis Kikilias, para fiscalizar o processo.

O país de 10,7 milhões de habitantes registrou quase 10.000 mortes desde o início da pandemia em março de 2020, a maioria delas nos últimos meses.

- "Um novo começo" -

Para se preparar para a temporada turística, da qual depende sua economia, como a maioria dos países do sul da Europa, a Grécia começou a abrir progressivamente escolas e comércios não essenciais em abril.

No dia 3 de maio, as áreas externas dos cafés e restaurantes vão reabrir.

A aviação civil suspendeu na última segunda-feira a quarentena obrigatória de sete dias - em vigor até então - para viajantes residentes permanentes de países membros da União Europeia, do espaço Schengen, Reino Unido, Estados Unidos, Israel, Sérvia e Emirados Árabes Unidos.

Os visitantes devem apresentar certificado de vacinação ou teste de coronavírus negativo de menos de 72 horas.

As temperaturas tropicais e a situação de certas ilhas, muito distantes, dificultam o transporte de vacinas contra o coronavírus em algumas áreas da Ásia, devido às temperaturas exigidas para a conservação das doses, mas uma grande distribuidora farmacêutica está disposta a enfrentar o desafio.

Apenas alguns poucos países da região lançaram campanhas de imunização em grande escala, mas o número de vacinações deve aumentar nos próximos meses.

Na Ásia, um dos maiores atores neste setor é a Zuellig Pharma, que conta com 85 depósitos - nos quais as vacinas podem ser armazenadas a uma temperatura muito baixa - e com uma boa rede de distribuição.

O respeito pela rede de frio é essencial, desde a produção das doses até sua chegada aos hospitais, passando pelo seu transporte até os depósitos.

"Não podemos administrar vacinas que estiveram fora da rede de frio", explica à AFP Tom Vanmolkot, vice-presidente desta empresa, durante uma visita ao depósito na Singapura, um dos poucos países da Ásia que começou a vacinar.

A tarefa é especialmente difícil nas Filipinas, Indonésia e Camboja, onde as temperaturas costumam ultrapassar os 30ºC.

A vacina Pfizer/BioNTech deve ser armazenada a -70 graus e mantida entre 2 e 8 graus durante cinco dias, enquanto a da Moderna pode ser mantida a -20 graus e a da empresa chinesa Sinovac entre 2 e 8 graus.

- Preservar a rede de frio -

Zuellig Pharma, com sede regional na Singapura, desenvolveu caixas especiais para transportar as vacinas e mantê-las na temperatura correta, com um dispositivo que registra e garante que a "rede de frio" não se rompeu.

Mas a geografia de alguns países, como Indonésia e Filipinas, dificulta a distribuição de vacinas. Segundo Vanmolkot, ambas as nações contam com "milhares de ilhas" e devem garantir que "as vacinas cheguem até elas".

Ao contrário da rápida distribuição de outras vacinas, a vacinação contra o coronavírus levará meses, aponta.

Para Zuellig Pharma, outra dificuldade é a incerteza. Ninguém está em condições de dizer neste momento quando as autoridades dos diferentes países as aprovarão, nem quando chegarão e em qual quantidade.

Filipinas, que registrou meio milhão de casos de covid-19 e 10.000 mortes desde o início da epidemia, anunciou que já chegou a um acordo para comprar 25 milhões de doses da vacina CoronaVac da empresa chinesa Sinovac, embora o produto ainda não tenha recebido a aprovação das autoridades reguladoras na China.

Indonésia, onde o vírus avança rapidamente, iniciou em 13 de janeiro sua campanha de vacinação, sendo o presidente Joko Widodo o primeiro a se vacinar, seguido pelo ministro da Saúde, líderes empresariais e outros altos responsáveis políticos e religiosos.

O regulador indonésio deu sinal verde para a vacina CoronaVac, apesar de sua taxa de eficácia relativamente baixa, avaliada pelos testes indonésios em 65,3%.

No total, o país, que registra quase 25.000 mortes desde o início da epidemia, espera cerca de 330 milhões de doses de vacinas, das quais mais de 125 milhões são da Sinovac.

As outras são da AstraZeneca, Pfizer e Sinopharm. No entanto, até agora, apenas alguns poucos milhões foram entregues.

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Até o mês de outubro, a Faculdade UNINASSAU vai participar do projeto "Belém dos Rios", organizado pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). A atividade visa promover a prevenção e o diagnóstico precoce de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e HIV/Aids, além de levar assistência ao idoso, saúde mental, bucal e atendimento às possíveis vítimas de violência sexual. A primeira participação da Faculdade ocorreu no dia 31 de agosto, na ilha do Combu, quando 150 pessoas foram assistidas gratuitamente pela iniciativa.

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A UNINASSAU Belém é a única instituição de ensino superior a integrar o projeto. Estão envolvidos na atividade 42 acadêmicos dos cursos de Enfermagem, Educação Física, Psicologia, Fisioterapia, Odontologia, Nutrição e Farmácia, além de docentes e gestores da Faculdade. Eles ficaram encarregados de realizar as orientações nutricionais, educação em saúde,  atendimentos psicológicos, auxílio em exercícios físicos e orientações sobre saúde bucal.

De acordo com a coordenadora de enfermagem da UNINASSAU Belém, Bárbara Alves, a ação também é uma oportunidade de os alunos, a partir do quarto semestre, realizarem atividades práticas em prol da comunidade. "Esta ação é importante, porque disponibiliza um acesso em saúde preventiva e mostra que cada indivíduo, cada comunidade, é responsável pelo próprio bem-estar. O trabalho dos cursos da UNINASSAU é, então, o levar essa promoção social para que a população não necessite de um atendimento mais grave, com patologias de base, e que venha ocorrer um inchaço no sistema de saúde", disse a gestora.

Pelo cronograma, as atividades seguem nas seguintes datas:

- 12/09, de 8h às 13h, na ilha do Paraíba, em Outeiro, distrito de Belém;

- 16/09, de 8h às 12h45, na ilha de Cotijuba;

- 18/09, de 8h às 11h, na ilha de Cotijuba;

- 28/09, de 8h às 13h, em Piriquitaquara, na Ilha do Combu;

- 14/10, de 8h às 12h45, em Bacabeira, na Ilha de Mosqueiro, distrito de Belém;

- 15/10, de 8h às 12h45, em Caruaru, na Ilha de Mosqueiro, distrito de Belém;

- 16/10, de 8h às 12h45, em Maracajá, na Ilha de Mosqueiro, distrito de Belém.

Por Rayanne Bulhões/Ascom UNINASSAU.

 

Arqueólogos do Instituto Mamirauá descobriram que há ilhas artificiais, também chamadas de “aterrados”, em áreas de várzea do Médio e Alto Solimões, no Estado do Amazonas. Essas ilhas foram construídas em períodos que antecederam a chegada de colonizadores portugueses e espanhóis à região.

Mais de 20 ilhas foram identificadas. Elas medem entre um e três hectares e têm até sete metros de altura. As ilhas têm formato piramidal com a base maior. Na parte de cima, que fica na superfície inclusive na época de cheia, o material cerâmico utilizado no solo ajuda a estabilidade do terreno e as bordas têm forma de talude (rampa), que facilita acesso à água e à atividade de pesca.

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Conforme o Instituto Mamirauá “foram encontradas cerâmicas do estilo corrugado, caracterizado esteticamente pelas ‘rugas’, camadas modeladas nos vasos e peças. O estilo cerâmico, datado dos séculos 15 e 16, é comum a grupos tupis”. Além desse material, os pesquisadores identificaram “fragmentos de cerâmica do estilo Hachurada Zonada, tipo ainda mais antigo – acredita-se que por volta de mil a.C.”

A hipótese dos arqueólogos é que essas ilhas foram erguidas e utilizadas pelos omáguas, povo indígena antigo - ascendente dos atuais kambebas, etnia amazônida no Brasil e no Peru. Relatos de cronistas do século 16, que acompanharam expedições de colonizadores, registram a descrição de povos: “eles eram tantos que se arrojaram e moram em ilhas”, conforme documento histórico citado à Agência Brasil por Márcio Amaral, do Grupo de Pesquisa em Arqueologia e Gestão do Patrimônio Cultural da Amazônia do Instituto Mamirauá.

O arqueólogo se impressiona com o volume de terra que os omáguas movimentaram para formar as ilhas artificiais. A terra foi retirada de locais cavados, que desde então formam depressões. “É um volume absurdo de terra que foi movimentada. Se essa movimentação de terra fosse mecanizada, seriam necessários vários tratores várias caçambas, várias pás-carregadeiras – uma estrutura monumental”, assinala.

A estimativa é de que haja na região cerca de 250 ilhas artificiais. O número de ilhas e o volume de terra deslocado, levanta hipóteses entre os pesquisadores sobre o nível de conhecimento, a capacidade tecnológica, a densidade populacional e a organização social dos omáguas. “Certamente havia muitas pessoas e havia uma organização para essas pessoas construírem e movimentar terra. Tinha que saber onde colocar. Seguramente, havia [pessoas que cumpriam a função de] engenheiros. As ilhas são rampadas. Para aguentar a distribuição do peso fizeram com uma distribuição proporcional”, descreve Márcio Amaral.

As pesquisas feitas pelos arqueólogos do Instituto Mamirauá, com apoio do ICMBio, são desenvolvidas há cinco anos. Segundo eles, construções similares foram encontradas na Ilha do Marajó, no Pará, e em Llanos de Mojos, na Bolívia.

 

A tecnologia Manejo de Mínimo Impacto de Açaizais Nativos vai ganhar um impulso para a sua socialização no arquipélago do Marajó. Nesta quinta-feira (30), em Portel (PA), a Embrapa Amazônia Oriental e a Associação dos Moradores Agroextrativistas do Assentamento Acutipereira (Asmoga) firmam parceria para estruturar o Centro de Referência em Manejo de Açaizais Nativos do Marajó (Manejaí).

O objetivo principal da entidade será gerar e democratizar conhecimentos sobre a produção sustentável do açaí nas regiões de várzea. O Manejo de Mínimo Impacto de Açaizais Nativos é uma tecnologia que permite aumentar em até três vezes a produção de frutos por meio do estabelecimento de uma proporção adequada entre açaizeiros e outras espécies florestais numa mesma área.

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O lançamento do Manejaí integra as atividades do treinamento de 43 facilitadores em manejo de açaizais nativos que vai ocorrer na quinta (30) e sexta-feira (31), no Projeto Estadual de Assentamento Agroextrativista Acutipereira, comunidade Santo Ezequiel Moreno, em Portel, no Marajó. São técnicos em extensão rural e lideranças comunitárias de diversos municípios do Marajó que desde 2016 participaram dos treinamentos que o projeto Bem Diverso realiza na região. “Trata-se de uma formação complementar para criar uma rede de agentes multiplicadores”, afirma Augusto Cesar Andrade, assistente da Embrapa Amazônia Oriental.

Até final de 2020, o plano de trabalho traçado para o Manejaí prevê a realização de 18 cursos sobre manejo de açaizais nativos e a implantação de duas vitrines da tecnologia. As atividades serão viabilizadas com recursos do projeto Bem Diverso e do Banco da Amazônia. Nesse trabalho, os agentes multiplicadores contarão com um kit de material didático para auxiliar a comunicação com os ribeirinhos, chamado de mochila do facilitador.

O projeto Bem Diverso é uma parceria entre a Embrapa e o Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (PNUD), com recursos de doação do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). A iniciativa abrange ações em outros biomas do país e é liderada pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. O principal objetivo é conservar a biodiversidade brasileira e gerar renda para comunidades tradicionais e agricultores familiares.

No Pará, o projeto Bem Diverso trabalha para a sustentabilidade da cadeia produtiva do açaí. Desde 2016, a Embrapa promove treinamentos em Manejo de Mínimo Impacto de Açaizais Nativos em parceria com a Emater/PA e as prefeituras municipais. Até 2018, foram capacitadas 1.193 pessoas, entre técnicos e agentes multiplicadores, em diversos municípios. A parceria com a Emater/PA e comunidades também levou a tecnologia para 820 ribeirinhos. De forma complementar, foram ministrados ainda cursos sobre criação de abelhas sem ferrão para cerca de 300 pessoas. Esses insetos são polinizadores do açaizeiro e contribuem para a produção de frutos.

Por Vinicuis Soares Braga, da assessoria da Embrapa Amazônia Oriental.

 

Com uma costa de 7.491 quilômetros, o Brasil possui diversas ilhas entre o sul e o nordeste do país. Com atrativos para todas as idades, as ilhas brasileiras trazem diversas características para turistas que desejam um contato extremo com a natureza, e um pouco mais de sossego.

A ilha de Fernando de Noronha é uma das mais famosas. Entre as principais atrações, está o Parque Nacional Marinho, que trabalha na proteção dos ecossistemas terrestre e marinho. Os projetos de preservação também são responsáveis por conservar os golfinhos, encontrados especialmente na Baía dos Golfinhos, área reservada ao descanso e reprodução dos animais. Já as praias do Leão e do Sancho são os principais pontos de desova das tartarugas marinhas.

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Primeira unidade de conservação marinha criada no Brasil, em 1979, o Atol das Rocas é formado por um anel de arrecifes, em uma área preservada de 360 km², incluindo o atol e toda a área marinha ao redor. O atol, Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO, pertence ao Rio Grande do Norte e está a 267 km de Natal e a 148 km a oeste do arquipélago de Fernando de Noronha.

Entre as ilhas mais visitadas e de fácil acesso estão Ilhabela e Ilha de Comandatuba. Ilhabela oferece ao visitante cerca de 40 km de praias inexploradas e uma paisagem típica de floresta tropical, com trilhas para caminhadas, cachoeiras e até uma nascente. A 207 km da cidade de São Paulo, as pousadas em Ilhabela costumam ficar cheias durante todo o ano, por isso tente pegar praia durante a semana.

Já ao sul do litoral da Bahia, a Ilha de Comandatuba tem 21 km de praias preservadas com vilarejos de pescadores e um importante resort turístico de luxo. O hotel Transamérica Ilha de Comandatuba é um dos mais sofisticados do país e conta com sua própria pista de pouso.

No estado do Paraná o destaque é a Ilha do Mel. Para evitar a degradação da ilha não é permitido veículo automotor e de tração animal, o número de visitantes também é restrito, não podendo passar de 5.000 pessoas por dia. A ilha possui 25 quilômetros de praias que agradam turistas de todos os gostos.

Cerca da metade dos vertebrados em risco de extinção no mundo vive em ilhas, onde é mais fácil controlar as espécies invasivas que causam o seu eventual desaparecimento, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (25) na revista Science Advances.

Os pesquisadores responsáveis pelo estudo identificaram e localizaram 1.189 espécies terrestres de anfíbios, répteis, pássaros e mamíferos que estão na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e que se reproduziram em 1.288 ilhas.

Puderam determinar se as espécies prejudiciais para esses vertebrados tinham sido introduzidas nas ilhas, como ratos e gatos.

"Este novo banco de dados sobre a biodiversidade permitirá concentrar e melhorar significativamente os esforços de conservação que o nosso planeta precisa", disse Dena Spatz, uma bióloga da ONG Island Conservation, principal autor do trabalho.

Um grande número das espécies mais ameaçadas do planeta vive nas ilhas, como o Nesomimus trifasciatusda ilha Floreana, um pássaro das Galápagos, cujo desaparecimento da ilha na qual recebeu seu nome no século XIX ocorreu décadas depois da chegada dos humanos.

Sua quase extinção se deve à introdução de espécies invasoras sobre a ilha, incluídos os roedores e os gatos selvagens. As centenas de Nesomimus trifasciatus que restaram foram confinados em ilhotas sem predadores.

As ilhas representam apenas 5,3% da terra emergente, mas foram habitat de 61% de todas as espécies extintas conhecidas desde 1500.

Os gatos selvagens e os roedores foram responsáveis pelo desaparecimento de pelo menos 44% das aves, pequenos mamíferos e répteis.

Em algumas ilhas é possível prevenir a chegada dessas pragas e eliminar a maioria dos intrusos. Isso permitiu o ressurgimento de muitas espécies nativas em risco de extinção, segundo o estudo.

Enquanto os vertebrados ameaçados representam cerca da metade de todas as espécies terrestres ameaçadas, estão presentes só em uma fração das terras do mundo e em menos de 1% das ilhas, segundo o estudo.

A Associação Brasileira de Odontologia - Seção Pará (ABO/PA) firmou parceria com a Sociedade Bíblica do Brasil. O convênio foi assinado no dia 11 de maio e vai garantir o deslocamento da equipe do projeto social Sorrisos Ribeirinhos até as ilhas de Belém, no barco Luz da Amazônia III. O convênio foi assinado entre o presidente da ABO/PA e idealizador do projeto Sorrisos Ribeirinhos, Marcelo Folha, e o secretário regional da SBB em Belém (PA), Adriano Casanova, junto com a coordenadora de atendimento do projeto, Tamea Lacerda, e Nedir Mendes, coordenadora de Projetos Sociais da SBB.

De acordo com a parceria, o projeto Sorrisos Ribeirinhos terá ações anuais nas ilhas, iniciando e finalizando cada semestre até 2019. Para este ano (2017) já estão programadas três ações, com atendimento no Combú nos dias 30 de junho, 4 de agosto e 15 de dezembro. Nos outros meses, a ABO/PA vai realizar o atendimento do projeto Sorrisos Ribeirinhos na sede da Associação. As próximas datas de atendimento serão 19 de maio e 16 de junho, em Belém.

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A ABO/PA realizou em abril uma ação do projeto “Sorrisos Ribeirinhos”, com atendimento odontológico para moradores das ilhas próximas a Belém. Os voluntários (dentistas e acadêmicos) do projeto “Sorrisos Ribeirinhos”, da Associação Brasileira de Odontologia, que normalmente prestam atendimento na sede da ABO, no bairro da Pedreira, em Belém, foram até a ilha do Combu, onde foram feitas palestras sobre saúde bucal e o próprio tratamento odontológico básico de emergência para os ribeirinhos.

Nas ilhas do Combu e do Murucutum vivem aproximadamente 650 habitantes sem acesso aos serviços de assistência odontológica. “O problema mais comum entre os ribeirinhos é a grande incidência de cáries, o que acarreta a perda precoce de dentes, tanto os decíduos (de leite) nas crianças, quanto os dentes permanentes”, destaca a cirurgiã-dentista Tamea Lacerda, que coordena o atendimento no projeto. “Além dos problemas causados pela perda dos dentes, que prejudica a funcionalidade, desde a mastigação até a fala, também há um problema social. O paciente sofre com a falha estética, tendo mais dificuldades em se relacionar, seja na escola ou no mercado de trabalho”, avalia Tamea.

O presidente da ABO/PA, Marcelo Folha, avalia que “isso é reflexo da exclusão social, onde falta atendimento, orientação e prevenção em saúde bucal”. Em comunidades mais carentes não há acesso a serviços odontológicos ou abastecimento com água fluoretada.

Em 15 edições do Sorrisos Ribeirinhos, entre agosto de 2015 e fevereiro de 2017, foram atendidos 326 pacientes, com a realização de quase 678 procedimentos.  Entre os serviços prestados estão o levantamento epidemiológico, orientação sobre saúde bucal e atendimento odontológico emergencial básico/curativo. “Nos casos em que é necessária a intervenção de um especialista, o paciente é encaminhado para as aulas práticas dos cursos da ABO/PA ou para instituições parceiras, como o Hospital Universitário Barros Barreto”, explica o presidente da ABO/PA, Marcelo Folha, que supervisiona o projeto.

O projeto Sorrisos Ribeirinhos, no Pará, faz parte do programa Um Sorriso do Tamanho do Brasil, em que a ABO Nacional reúne as ações sociais mantidas pelas regionais de todo o país.

Com informações da assessoria da ABO/PA.

A China está construindo uma pista de pouso em uma ilha criada artificialmente em uma área disputada do Mar do Sul da China, segundo informações de analistas. O governo dos EUA alertou que o movimento pode aumentar as tensões na região.

O grupo de defesa IHS Jane's afirmou que imagens de satélite feitas em 23 de março mostram uma pista de pouso com mais de 500 metros e uma área pavimentada. Os EUA dizem que a China está implementando oito projetos como esse na região.

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Segundo o IHS Jane's, a ilha é grande o suficiente para uma pista de pouso de 3 quilômetros, que poderia acomodar aviões da força aérea. A China já opera uma pista de pouso em Woody Island, que é reivindicada pelo Vietnã, pelas Filipinas e por Taiwan, e uma outra ilha que está sendo criada também pode ser grande o suficiente para ter uma pista de pouso.

A China reivindica quase todo o Mar do Sul da China e as ilhas locais. A Malásia e Brunei também reivindicam ilhas da região.

Em uma entrevista à imprensa nesta sexta-feira, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Hong Lei, defendeu o projeto e disse que ele é destinado a melhorar as condições de vida para as pessoas na região e ajudar em serviços meteorológicos e em trabalhos de busca e resgate.

Esse trabalho é "legítimo, justificável e razoável", disse Hong. "Ele não tem como alvo nem prejudica qualquer outro país e esperamos que as partes relevantes possam ter um entendimento correto sobre isso", acrescentou. Fonte: Associated Press.

Três navios chineses entraram em águas próximas a ilhas controladas por Tóquio no Mar do Leste da China neste domingo, segundo a guarda costeira japonesa. O incidente marcou a primeira incursão deste ano nas águas próximas a ilhas reivindicadas pela China.

As embarcações da guarda costeira chinesas navegaram por volta das 8h30 (horário local; 20h30 do sábado em Brasília) para a região de uma das ilhas Senkaku, que a China também reivindica e as chama de Diaoyus, disse a guarda costeira do Japão. Eles deixaram o local menos de duas horas depois.

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Os navios e aeronaves estatais chineses têm se aproximado das ilhas Senkakus em demonstrações de força sobre as reivindicações territoriais de Pequim, especialmente depois que o Japão nacionalizou algumas das ilhas em setembro de 2012.

A incursão deste domingo foi a primeira desde 29 de dezembro, quando três navios da guarda costeira chinesa entraram na zona e ficaram no local por cerca de três horas.

O ministro da Defesa do Japão, Itsunori Onodera, prometeu defender o território do país. "Nós nunca podemos ignorar as repetitivas incursões em águas territoriais", disse a repórteres. "Por um lado, precisamos fazer os esforços diplomáticos. Também queremos defender firmemente o mar e a terra do nosso país com a cooperação conjunta das Forças de Auto Defesa e da Guarda Costeira", acrescentou. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os Estados Unidos e o Japão alertaram o governo chinês para que iniba a escalada das tensões territoriais no Mar Oriental da China, após Pequim ter declarado no sábado uma nova zona de defesa aérea nas ilhas disputadas há mais de um ano com Tóquio.

Horas após a China ameaçar conduzir ações militares contra aeronaves estrangeiras que não cooperassem com o seu decreto, os EUA emitiram comunicados do Secretário de Estado, John Kerry, e do Secretário de Defesa, Chuck Hagel, em que ambos criticaram duramente as ações de Pequim e reforçaram o compromisso de Washington em defesa do Japão, em caso de conflito.

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"Vemos esse desenvolvimento como uma tentativa de desestabilização para alterar o status quo na região. Essa ação unilateral aumenta o desentendimento e os erros de cálculo", afirmou Hagel. O secretário de Defesa reiterou que a obrigação dos EUA, conforme o tratado bilateral de segurança, é defender o Japão, quando o território estiver sob ataque armado.

Desde que a disputa pelas ilhas começou, autoridades norte-americanas expressaram preocupação de que um choque involuntário ou uma colisão de navios ou aviões dos dois países asiáticos envolvidos na disputa resultasse em um confronto militar e arrastasse os EUA para uma contenda indesejada.

Ressaltando tais temores, o Japão disse ontem que destacou caças de combate contra duas aeronaves militares da China que entraram na zona de defesa aérea japonesa e se aproximaram das ilhas desabitadas, conhecidas como Senkaku, no Japão, e Diaoyu, na China. Fonte: Dow Jones Newswires.

O governo de Malta tomou decisão inédita na semana passada: está vendendo passaporte e cidadania europeia. Preço: 650 mil. Do centro de Barcelona, dos prédios elegantes de Paris ao sul de Portugal, passando por Grécia, Espanha, Itália e Irlanda, governos europeus estão colocando tudo à venda, num esforço para atrair investidores. A meta é reduzir dívidas recorde. De casas a estradas, de portos a estádios, de montanhas e ilhas a empresas de infraestrutura, de tanques de guerra usados a correios. Hoje, tudo está à venda na Europa, inclusive o cobiçado passaporte estrelado.

Cinco anos depois de uma crise que abalou o continente, Bruxelas se deu conta de que superar a recessão não será trabalho fácil e que precisa encontrar investidores pelo mundo para ajudar o bloco a sair da crise. Nas capitais europeias e mesmo nas pequenas cidades, ninguém mais esconde: a Europa está em liquidação e a hora é a de vender.

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Um dos casos mais polêmicos é o de Malta que, em troca da cidadania europeia e da autorização para trabalhar em qualquer país do bloco, exige que o interessado faça um investimento. Caso esse investidor tenha família, cada membro pagaria também pelo passaporte. Mas as taxas seriam menores: 25 mil. A oposição na ilha rapidamente prometeu derrubar a lei. Mas pode ter problemas diante da proliferação de "vendas" como as de Malta. Em Chipre, um investidor ganha cidadania europeia ao aplicar US$ 3,2 milhões, enquanto no Reino Unido um visto de residência sai por US$ 1,6 milhão. Na Espanha, o governo quer dar o visto a qualquer um que compre uma casa por pelo menos US$ 215 mil.

Numa Europa que conhece sua pior crise em 70 anos, a ordem dada pela Comissão Europeia, FMI e Banco Central Europeu (a Troica) aos governos não foi apenas a de reduzir gastos ou vender passaportes. Mas principalmente de se desfazer de ativos, acabar com estatais e vender tudo o que poderia ser de atribuição do setor privado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Três navios do governo chinês estavam próximos das ilhas Senkakus, no Mar da China Oriental, que os japoneses nacionalizaram em setembro. A informação é da Guarda Costeira do Japão. A China tem enviado frequentemente navios e aviões para a área, desafiando o controle territorial japonês.

No domingo, Pequim informou que estava "insatisfeito", depois de a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, advertir a China a não desafiar o controle de Tóquio sobre as ilhas. Na sexta-feira, Hillary disse que os EUA são contra "quaisquer ações unilaterais que visem minar a administração japonesa das ilhas". As informações são da Dow Jones.

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Shinzo Abe, que liderou seu Partido Liberal Democrata (PLD) à vitória nas eleições parlamentares deste domingo, disse que não dúvidas sobre a soberania do Japão sobre um conjunto de pequenas ilhas disputado pelo país e pela China. "A China está contestando o fato de que (as ilhas) são parte inerente do território japonês", disse Abe, que deve se tornar primeiro-ministro. "Nosso objetivo é acabar com essa contestação. Não pretendemos piorar as relações entre Japão e China."

Os dois países disputam há décadas o conjunto de ilhas no Mar da China Oriental. A disputa se transformou em crise diplomática em setembro, quando o Japão nacionalizou as ilhas, conhecidas como Senkakus no Japão e Diaoyus na China.

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Desde então, barcos chineses têm se aproximado das ilhas quase diariamente, e na quinta-feira Pequim enviou um avião para sobrevoá-las. Em resposta, o Japão enviou um caça para afastá-lo.

"Japão e China precisam reconhecer que boas relações são do interesse de ambos os países. À China falta reconhecer isso. Eu quero que eles pensem de forma diferente sobre relações estratégicas mutuamente benéficas", disse Abe.

Ele disse também que pretende reconstruir a aliança entre Estados Unidos e Japão. "A aliança Japão-EUA deve vir em primeiro lugar", disse em entrevista para a Nippon TV. Um tratado assinado após a Segunda Guerra permite que os EUA mantenham bases com milhares de soldados no país asiático. Esta aliança, no entanto, parece ter ficado à deriva nos três anos de governo do Partido Democrático do

Japão (PDJ).

Abe também falou sobre a necessidade de o Japão expandir suas relações com outros países na região. "Precisamos aprofundar as relações com a Ásia. Quero estabelecer relações com outros países, como a Índia e a Austrália. Depois de fortalecer nossa diplomacia, quero melhorar as relações com a China." As informações são da Dow Jones.

Quatro navios do governo chinês entraram nesta sexta-feira (2) em águas territoriais do Japão, informou a guarda costeira japonesa. Os navios de vigilância marítima estavam na zona de 12 milhas náuticas (22,2 km) em torno de uma das ilhas do Mar da China Oriental que são disputadas por Japão e China.

Os navios navegavam próximos de Uotsurijima, a principal ilhota das chamadas Ilhas Senkaku (no Japão) ou Diaoyu (na China). Há dois meses, o governo do Japão nacionalizou as ilhas e abriu uma disputa com a China.

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A contenda atingiu a relação comercial entre as duas maiores economias da região. Altos representantes de ambos os governos já estariam se preparando para uma terceira rodada de conversações sobre a questão. As informações são da Dow Jones.

Pequim defendeu nesta quarta-feira o aumento de patrulhas perto das ilhas disputadas no Mar do Leste da China controladas pelo Japão, mantendo alta a tensão regional.

As ações são "patrulhas de rotina e implementação da lei nas águas territoriais chinesas ao redor das ilhas Diayou", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Hong Lei. As ilhas são conhecidas como Senkaku em japonês. "Foi uma atividade normal para exercer jurisdição e não merece críticas", afirmou o porta-voz.

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As declarações aconteceram após um encontro de embarcações chinesas e japonesas perto das ilhas nesta quarta-feira. Cada lado reafirmou sua reivindicação de soberania e o incidente terminou quando os navios se dispersaram, disse a guarda costeira do Japão.

A China enviou barcos para a área diversas vezes após o Japão ter nacionalizado algumas das ilhas em setembro. As informações são da Associated Press.

A China enviou hoje navios de guerra e aviões para o Mar da China Oriental, demonstrando força em exercícios militares que podem acirrar a disputa territorial com o Japão. No mês passado, o governo japonês decidiu formalmente nacionalizar as ilhas Senkaku (ou Diaoyu, como as ilhotas são conhecidas na China). Isso provocou protestos anti-Japão na China e atingiu as vendas de produtos manufaturados japoneses.

Uma frota de 11 navios, incluindo alguns navios de guerra, juntamente com oito aeronaves, foi despachada para as águas da costa leste, no ato mais conflituoso de Pequim nessa disputa em foram congeladas as relações entre as duas potências regionais.

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Os exercícios militares de um dia foram anunciados ontem, em um despacho da agência oficial de notícias Xinhua, que o Ministério da Defesa da China também postou em seu próprio site. O exercício visa melhorar a preparação da China para "salvaguardar a soberania territorial e interesses marítimos", de acordo com um comunicado da frota do Mar da China Oriental, citado pela Xinhua. As informações são da Dow Jones.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, exortou o Japão e a China a superarem a disputa que mantêm pelas ilhas Senkaku (ou Diaoyu, como são conhecidas na China) e aliviar as tensões, informou nesta quarta-feira a agência Kyodo News. Lagarde disse que a economia mundial, que atravessa fase de instabilidade, precisa dos dois gigantes asiáticos para retomar o crescimento sustentável.

"China e Japão são os condutores chave da economia e não podem ser distraídos pela disputa territorial", afirmou Lagarde, em uma reunião com organizações japonesas de notícias em Washington. Ela destacou que a coexistência de países vizinhos "requer um certo grau de tolerância". O controle das pequenas ilhas, ricas em recursos naturais, no Mar da China Oriental, é reivindicado pela China e Taiwan.

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A diretora-gerente do FMI também falou sobre o chamado "penhasco fiscal" nos EUA. Segundo Lagarde, o término antecipado de isenções fiscais e uma maciça redução nos gastos públicos no início de 2013 também representam uma ameaça para a recuperação global.

Quanto à política cambial do Japão, Lagarde disse que a rápida apreciação do iene contra outras moedas fortes como o dólar americano não é desejável. A diretora-gerente do FMI elogiou ainda a recente flexibilização monetária adicional anunciada pelo Banco do Japão (BoJ). As informações são da Dow Jones.

Os navios do governo chinês entraram, pelo segundo dia consecutivo, em águas territoriais próximo às ilhas controladas pelo Japão que estão em disputa, informou nesta quarta-feira a guarda costeira japonesa.

Três embarcações de vigilância "ignoraram os avisos de nossos navios de patrulha e entraram em nossas águas territoriais pouco depois das 12h30, no horário local", afirmou a guarda costeira em comunicado. Os navios chineses estavam perto de Kubashima, uma das ilhas do arquipélago chamado de Senkaku pelos japoneses e de Diaoyu, pelos chineses.

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Na terça-feira, quatro embarcações da China já haviam estado próximo às ilhas em disputa, onde permaneceram por aproximadamente seis horas, apesar dos alertas do Japão para que deixassem o local.

As tensões se acentuaram nos últimos meses sobre o controle das ilhas, cuja região é rica em peixes e estratégicas na rota de navegação no Mar da China Oriental. Além disso, acredita-se que a região abrigue reservas minerais. As informações são da Dow Jones.

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