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A Câmara de Representantes, dominada pelos democratas, aprovou nesta terça-feira (4) um projeto de lei para regularizar milhares de imigrantes que vivem nos Estados Unidos, uma legislação que tem poucas chances de avançar no Senado e que o Executivo promete vetar.

O projeto de lei que busca conceder proteção permanente aos "dreamers", como são conhecidos os jovens que entraram ilegalmente nos Estados Unidos quando eram crianças, foi aprovado por 237 votos contra 187.

"Temos a oportunidade de estar do lado correto da história, mas o que é mais importante: de estar do lado correto ao votar e reconhecer o valor dos dreamers para o futuro", disse durante o debate a líder da maioria democrata na Câmara, Nancy Pelosi.

O projeto de lei, aprovado há duas semanas no Comitê Judicial da Câmara de Representantes, busca conceder proteção permanente e abrir o caminho à cidadania aos "dreamers", muitos dos quais estão atualmente protegidos pelo programa DACA, criado pelo então presidente Barack Obama, ou pelo Estatuto de Proteção Temporária (TPS).

O presidente Donald Trump, que se elegeu com um duro discurso contra a imigração ilegal, está decidido a acabar com os dois programas, que segundo números oficiais impede a deportação de cerca de 700 mil "dreamers" e outros 300 mil beneficiários do TPS, a grande maioria latino-americanos.

O Escritório de Administração e Orçamento da Presidência (OMB, pelas siglas em inglês) advertiu nesta segunda em um comunicado que se a lei "for apresentada ao presidente em sua forma atual, seus assessores lhe recomendariam o veto".

A aprovação por parte da Câmara é "uma batalha que vencemos", disse à AFP José Urias, um salvadorenho de 40 anos que vive em Boston e que viajou 700 km até Washington para acompanhar a votação. É o resultado de "todo o sacrifício que nós estamos fazendo nos últimos dois anos (...) e nos dá muita força para seguir trabalhando", acrescentou, em referência às mobilizações para apoiar a medida.

Jorge Loweree, diretor de política do American Immigration Council, disse à AFP que este projeto ainda enfrenta "uma dura batalha no Senado, mas isto constitui um ponto de negociação".

O especialista explicou indicó que isto "coloca o debate em um lugar" e faz que "avance, e por isso é importante".

- "Combustível" para continuar trabalhando -

Para José, um empresário do setor da construção que emprega dezenas de pessoas cujos empregos correm perigo caso seja deportado, esta votação é um "combustível" para continuar trabalhando, contou emocionado após a votação, que foi acompanhada de forma emocionada por muitos outros beneficiários destes programas.

Criado em 1990 com objetivos humanitários, o TPS é um benefício migratório temporário que permite a permanência nos Estados Unidos de estrangeiros impedidos de voltar em segurança a seu país por desastres naturais ou conflitos armados.

A iniciativa votada nesta terça-feira também visa permitir que 1,6 milhão de "dreamers" não acolhidos pelo DACA possam permanecer legalmente nos Estados Unidos.

O projeto de lei, defendido pela congressista pela Califórnia Lucille Roybal-Allard e apoiado por 232 legisladores, foi apresentado em março por Pelosi.

Trump anunciou a partir de 2017 o cancelamento do TPS para seis dos dez países atualmente elegíveis, entre eles Haiti, El Salvador, Honduras e Nicarágua, argumentando que mudaram as condições que justificavam o benefício.

O projeto de Lei de Sonhos e Promessas também prevê regularizar os amparados pelo programa Saída Forçada Diferida (DED).

A empregabilidade de imigrantes em Pernambuco será discutida em audiência pública na tarde desta segunda-feira (3) no Ministério Público do Trabalho, bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife.

Devem participar do evento as comunidades de migrantes estrangeiros, secretarias do estado e municípios que têm lidado com questões de imigração. O Ministério Público Federal e o Ministério Público de Pernambuco também foram convidados para o evento.

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Entre os assuntos discutidos estão a possibilidade de validação de diplomas internacionais e as melhorias na emissão de carteiras de trabalho, documento que oficializa as relações trabalhistas. O órgão lembrou, ainda, que a reunião é voltada não só para os imigrantes venezuelanos, mas para qualquer um que seja imigrante no estado, como boliviano e senegaleses.

Por: Leticia Pakulski, com informações da Associated Press

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ironizou a ida de uma delegação do México aos Estados Unidos para discutir os problemas na fronteira e a questão da tarifa que os EUA ameaçam impor ao país vizinho caso ele não contenha o fluxo de imigrantes ilegais.

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"O México está enviando uma grande delegação para conversar sobre a fronteira. O problema é que eles estão "conversando" há 25 anos. Nós queremos ação, não conversa", disse Trump, em sua conta no Twitter. "Eles poderiam resolver a crise da fronteira em um dia, se assim o desejassem. Caso contrário, nossas empresas e nossos empregos estão voltando para os EUA!"

Mais cedo, a ministra da Economia do México, Graciela Marquez, disse no Twitter que agendou uma reunião com o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, na segunda-feira em um esforço para desarmar as tensões entre os dois países. O compromisso foi fechado enquanto ambos participavam no sábado da cerimônia de posse do presidente de El Salvador, Nayib Bukele.

Trump ameaçou aplicar uma tarifa de 5% sobre todos os produtos mexicanos a partir de 10 de junho se o país não conseguir conter o fluxo de migrantes aos EUA. O governo norte-americano planeja gradualmente elevar essa tarifa para 25% se permanecer insatisfeito com os resultados.

Autoridades de comércio e relações exteriores do México também têm reuniões agendadas para quarta-feira em Washington.

Contato: leticia.pakulski@estadao.com

A Marinha real do Marrocos interceptou na sexta-feira (10) à noite 117 imigrantes que tentavam atravessar o Mediterrâneo com destino a Espanha a bordo de três embarcações, informaram fontes militares.

Os imigrantes resgatados foram levados aos portos de Ksar-sghir e Nador (norte do Marrocos). As autoridades marroquinas impediram em 2018 quase 89.000 "tentativas de imigração irregular", 29.000 no mar, de acordo com números oficiais.

Desde o início do ano, mais de 7.800 imigrantes chegaram a Espanha, segunda porta de entrada da imigração irregular na Europa, atrás da Grécia, segundo a Organização Internacional para as Migrações.

A União Europeia liberou no ano passado 140 milhões de euros para ajudar Marrocos a enfrentar a imigração irregular, desmantelar as redes de traficantes e proteger os imigrantes mais vulneráveis.

A Associação Marroquina dos Direitos Humanos (AMDH) afirma que a imigração irregular gera um "mercado próspero de tráfico": de 2.000 a 5.000 euros por travessia de uma pessoa para a Europa por via marítima.

Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) vai ensinar português para imigrantes. O curso gratuito é oferecido pelo Laboratório de Investigação em Migração, Nação e Fronteira (Liminar) no campus Guarulhos da Unifesp. 

 O Liminar surgiu em 2009 e o curso gratuito é o primeiro projeto de extensão do grupo, que até então trabalhava só com pesquisa.” A ideia do curso de português surgiu através dos alunos que fazem parte do Liminar, por meio do interesse dos estudantes que participam do projeto e que desenvolvem pesquisas a respeito”, conta José Lindomar Coelho Albuquerque, professor de Ciências Sociais e coordenador de pesquisa do grupo.

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O objetivo do projeto é integrar jovens e adultos imigrantes à cultura brasileira. Além do professor que coordena o trabalho, alunos voluntários da Unifesp darão suporte aos participantes do curso. "Ensinar o idioma para quem não tem português como língua nativa, a mediação entre línguas, culturas e significados é sem dúvida o maior desafio", diz Albuquerque. "Uma das dificuldades também é o atual momento que estamos vivendo, de cortes nas universidades públicas, que acaba afetando projetos como este”, conclui .

As aulas começam no dia 11 de maio às 14h e vão até 30 de novembro, sempre aos sábados. As inscrições devem ser feitas pessoalmente no mesmo dia do início do curso. 

Serviço:

Cerca de 350 centro-americanos de uma caravana migrante entraram à força no sul do México na madrugada desta sexta-feira, vindos da Guatemala, abrindo a passagem para centenas de pessoas com quem viajavam, informou o governo mexicano em um comunicado.

"Com uma atitude agressiva, quebraram o cadeado que fecha a cerca fronteiriça e entraram no país", explicou o Instituto Nacional de Migração (INM), sem detalhar a nacionalidade dos migrantes.

Segundo o INM, após a entrada do grupo em território mexicano, mais pessoas atravessaram a fronteira, chegando a 800 migrantes. Mas a reportagem da AFP constatou no começo da manhã que o contingente alcançava cerca de 2.500 pessoas.

Alguns dos migrantes cruzaram também pelo rio Suchiate, entre o México e a Guatemala.

A caravana se mobilizou nesta tarde pela estrada mexicana que une a fronteiriça Ciudad Hidalgo com Tapachula, no estado de Chiapas.

"Ali já não dá para viver. Vamos para a fronteira, para os Estados Unidos", disse Jorge, um jovem hondurenho, que não quis informar seu sobrenome.

Pelo menos 23 imigrantes centro-americanos morreram ontem e outros 29 ficaram feridos após o caminhão no qual viajavam capotar em uma estrada do Estado mexicano de Chiapas.

O local fica na fronteira do México com a Guatemala. O acidente ocorreu por volta das 18 horas (21 horas, no horário de Brasília), no trecho do Rio Bombona. O motorista fugiu do local.

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Não foram identificadas as nacionalidades dos imigrantes. De acordo com as autoridades mexicanas, o caminhão tinha três toneladas e capotou depois de sair da estrada. As vítimas viajavam na carroceria do veículo, que não tinha matrícula para circular. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"Amore mio", "Maledetto" e "Ma non ne vero" são alguns termos em italiano que caíram no gosto do público depois que personagens italianos apareceram nas telenovelas. Hoje (21), dia nacional em celebração ao imigrante italiano, veja cinco novelas que fizeram o Brasil ficar innamorato pela Itália.

1. "Terra Nostra" (1999) - Na trama de Benedito Ruy Barbosa, os italianos Matteo (Thiago Lacerda) e Giuliana (Ana Paula Arósio) sofreram o pão que o demone amassou para ficarem juntos. Tanto tempo separados desde que desembarcaram no Brasil fez com que o público fosse às lágrimas com um reencontro repleto de "amore mio".

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2. "Esperança" (Globo, 2002) - Outra saga de italianos em terras brasileiras foi retrata na história de amor de Toni (Reynaldo Gianecchini) e Maria (Priscila Fantin). O rapaz vivia suspirando de amores pela moça, até que o pai dela descobriu e o jovem teve de fugir para o Brasil. Anos depois, Maria chega em busca de seu grande amore, sem saber que ele já está casado com outra.

3. "Passione" (Globo, 2010) - A região da Toscana foi o cenário para a avassaladora história de amor entre Totó (Tony Ramos) e Clara (Mariana Ximenes). O camponês se apaixonou perdidamente pela jovem brasileira, mas nem imaginou que se tratava de uma malafemmina. Ela estava interessada na grande herança que Totó estava prestes a receber de sua mãe, que morava no Brasil.

4. "O Rei do Gado" (Globo, 1996) - A primeira fase da novela foi uma verdadeira saga shakesperiana com sotaque italiano. É que a jovem Giovanna (Letícia Spiller), da família Berdinazi, se apaixou pelo belo Henrico (Leonardo Brício), herdeiro dos Mezenga. Acontece que as famílias são inimigas mortais e os pais querem acabar com o romance à la Romeu e Julieta. A briga entre famílias eternizou trocas de farpas com direito a muitos "Maledeto!", "Caspita!", "Cazzo!", "Bastardo!" e "Stupido!".

5. "Poder Paralelo" (Record TV, 2009) - A trama contemporânea mostrou a relação de Tobni Castellamare (Gabriel Braga Nunes), um descendente de italianos, com a máfia. Tudo começa quando o protagonista perde a mulher e a filha em um atentado na Itália. Ao descobrir que a ordem de matá-las veio do Brasil, ele decide viajar ao país para colocar em prática seu plano de vingança.

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, anunciou nesta quarta-feira (13) a reabertura de um polêmico centro de retenção de imigrantes na ilha Christmas, endurecendo ainda mais a política migratória após uma derrota no Parlamento.

O chefe de Governo aprovou a reabertura do campo, fechado em outubro, alegando que as novas leis votadas pela oposição provocariam um grande fluxo de clandestinos nas costas australianas.

Morrison se referia à votação da oposição trabalhista e dos independentistas, terça-feira e quarta-feira, contra a vontade do Executivo, de emendas sobre o tratamento médico oferecido aos solicitantes de asilo relegados pela Austrália a campos offshore em Papua Nova Guiné ou na ilha meridional de Nauru.

Os textos podem permitir aos quase mil imigrantes que permanecem detidos nos campos uma transferência à Austrália para receber tratamento caso dois médicos façam a solicitação.

Em sua declaração Morrison deixou de lado o fato de que as emendas afetam apenas os migrantes detidos nos campos offshore e acusou a oposição de tentar "enfraquecer e comprometer nossas fronteiras".

O governo, disse, adotará "em 100%" as recomendações dos serviços de segurança para impedir novas chegadas de imigrantes em situação irregular.

O premier, no entanto, não detalhou as recomendações, exceto a reabertura do campo da ilha Christmas, um território australiano no Oceano Índico, situado a 1.500 km da costa nordeste da Austrália e a 350 km ao sul da Indonésia.

A decisão é parte da campanha para a eleição de maio, que terá imigração como um tema chave.

A política dos últimos governos conservadores consiste, desde 2013, em rejeitar sistematicamente os barcos de refugiados que tentam chegar ilegalmente às costas do país.

Os migrantes que conseguem alcançar o país são relegados por tempo indeterminado a campos de retenção offshore, enquanto seus pedidos de asilo são processados.

Esta política rendeu muitas críticas à Austrália pelas condições de detenção nos campos, nos quais vivem muitas crianças e onde foram registrados suicídios e atos de automutilação.

O Partido Trabalhista denunciou as "táticas alarmistas" do governo, que acusou de utilizar o medo dos imigrantes com objetivos eleitorais.

Cerca de 30 famílias refugiadas que chegaram ao Recife no dia 17 de dezembro de 2018, devido à crise na Venezuela, receberam assistência social da prefeitura, em parceria com Organizações não Governamentais (ONGs). Elas foram incluídas em programas de integração, e já recebem alimentação, moradia e apoio psicossocial para prosseguir com a vida longe do país de origem.

Os refugiados foram encaminhados para projetos de inclusão no Centro de Referência de Assistência Social (Cras), da Campina do Barreto, localizado na Zona Norte do Recife. Através do projeto Pana, aproximadamente 100 venezuelanos foram alocados em 12 residências nos bairros de Santo Amaro, Boa Vista, Coelhos, Encruzilhada e Torreão.

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A Agência de Emprego já atendeu 59 imigrantes e encaminhou 16 para entrevistas. Além de proporcionar orientação profissional, foram ministradas palestras sobre comportamentos necessários durante uma entrevista de emprego e dicas básicas para produção de currículos. Cerca de 30 adultos foram inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Em relação às crianças, 30 já estão matriculadas na rede municipal de ensino, entre creches, creches-escolas e escolas.

O Programa Saúde na Família está realizando visitas aos imigrantes e fazendo os cadastros no Sistema Único de Saúde (SUS), para que eles recebam o cartão de atendimento e tenham acesso à rede pública de saúde. De acordo com a gerente-geral do Sistema Único de Assistência Social do Recife Ângela Oliveira, as ações fortalecem a importância dos direitos humanos. “Nós entendemos que eles estão numa situação de extrema fragilidade e vulnerabilidade social por terem que deixar o país onde construíram a história, pra virem em outro com costumes totalmente diferentes. Por tudo isso, nossos vizinhos venezuelanos precisam de acolhimento e de serviços que assegurem seus direitos. A gestão municipal está prestando toda assistência necessária, respeitando a condição deles”, relatou a gestora.

Com informações da assessoria

Após os democratas rejeitarem o novo plano de Donald Trump, o presidente dos EUA afirmou que não dará anistia aos imigrantes ilegais já presentes no país e que sua oferta continua sendo uma extensão do programa em três anos. Trump também voltou a atacar a presidente da Câmara, Nancy Pelosi.

"Não, a anistia não faz parte da minha oferta. É uma extensão de 3 anos do DACA. A anistia será usada apenas em um negócio muito maior, seja na imigração ou em outra coisa. Da mesma forma, não haverá grande esforço para remover as 11 milhões de pessoas que estão aqui ilegalmente, mas tenha cuidado Nancy!", escreveu Trump em seu Twitter.

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Daca é a sigla em inglês do programa Deferred Action for Childhood Arrivals, que concede autorização temporária para morar, trabalhar e dirigir nos EUA aos que entraram no país de forma ilegal quando eram crianças.

Ontem, Trump apresentou uma proposta na qual defende a liberação de US$ 5,7 bilhões para a construção de um muro ou barreira de aço na fronteira com o México em troca da proteção de três anos contra deportação de milhares de jovens que imigraram quando eram crianças para os EUA com seus pais sem status legal.

Trump também criticou o fato de os democratas rejeitarem seu plano antes mesmo dele fazer o anúncio. "Nancy Pelosi e alguns dos democratas recusaram a minha oferta ontem, antes mesmo que eu me levantasse para falar. Eles não veem crimes e drogas, só veem 2020 [eleição] - que não vão ganhar. Temos a melhor economia! Eles devem fazer a coisa certa para o país e permitir que as pessoas voltem ao trabalho", acrescentou.

Segundo Trump, em seu Twitter, "Nancy Pelosi se comportou de maneira tão irracional e foi tão longe à esquerda que agora se tornou oficialmente uma democrata radical. Ela é tão petrificada dos 'esquerdistas' em seu partido que ela perdeu o controle ... E a propósito, limpe as ruas de São Francisco, elas estão nojentas!", afirmou.

Ao entrar no Brasil, cada estrangeiro se apresenta às autoridades migratórias e informa o motivo da visita ao país. Se o motivo for turismo, o visitante recebe um visto válido por até dois meses. Se o objetivo for morar temporariamente no Brasil, é preciso preencher um cadastro pela internet para ter direito a permanecer no país por até dois anos. O visto é emitido em até cinco dias e pode ser renovado. Atualmente 1,1 milhão de pessoas estão em uma dessas situações.

Para ser reconhecida como refugiada – como 7 mil residentes no Brasil –, a pessoa precisa provar que sofre algum tipo de perseguição, por motivos como opinião política, nacionalidade ou religião. “Do ponto de vista jurídico, ambas as alternativas conferem direitos e garantias aos imigrantes”, afirma o diretor do Departamento de Migrações do Ministério da Justiça, André Furquim. “O nosso desafio é fazer com que o imigrante conheça a distinção entre ambos os institutos e, encarando a situação que está vivenciando, opte por aquela alternativa que lhe melhor convier.”

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Devido à onda migratória na Venezuela, os postos de triagem montados pela Operação Acolhida nas cidades de Pacaraima e Boa Vista, ambas em Roraima, orientam quem cruza a fronteira. Agentes da ONU Migração prestam atendimento aos imigrantes sobre quais documentos são necessários para solicitar vistos de turista ou de residente, enquanto representantes do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) informam sobre as circunstâncias para requerer o status de refugiado.

Em visita às instalações da operação, em Roraima, a secretária nacional de Justiça, Maria Hilda Marsiaj, disse que “os pedidos de refúgio se acumulam porque precisam ser analisados minuciosamente e, muitas vezes, já não cumprem os requisitos”. Entre as exigências está a de que a pessoa só pode retornar ao país de origem com a permissão das autoridades brasileiras. Sem a autorização, ela perde o direito ao refúgio.

“O pedido de refúgio é mais complexo, porque é preciso comprovar a existência desse temor e relatar pessoalmente para um servidor do Ministério da Justiça, que vai procurar saber se existe mesmo a realidade que o solicitante conta no país de origem dele”, explica o coordenador-geral do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), Bernardo Lafeté. O Conare é vinculado ao Ministério da Justiça.

O Instituto Singularidades, em São Paulo, está com inscrições abertas pra curso intensivo gratuito de português para refugiados e imigrantes. As aulas acontecerão todas as segundas e quartas entre 21 de janeiro e 13 de fevereiro, das 14h às 16h.

Os interessados deverão realizar inscrição aqui.

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Durante o curso, os alunos desenvolverão habilidades em escrita, leitura, fala e escuta, com foco na atuação no mercado de trabalho. Após as aulas, os alunos farão o exame Celpe-Bras, que possibilita a Certificação de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros.

 

Cinquenta e um imigrantes, que se apresentaram como curdos, desembarcaram na madrugada desta quinta-feira (10) em uma praia no extremo sul da Itália, enquanto o ministro do Interior, Matteo Salvini, insiste que as portas do país estão fechadas.

Segundo o Ministério do Interior, trata-se do primeiro desembarque de imigrantes do ano. Em 2018, a Itália registrou 23.370 chegadas em suas costas: quase 13.000 haviam deixado a Líbia e os demais a Tunísia, Turquia ou Argélia.

Os imigrantes que partem da Turquia chegam frequentemente amontoados em veleiros conduzidos por contrabandistas ucranianos ou russos e desembarcam ao cair da noite nas praias no extremo sul da península.

Nesta quinta-feira, por volta das 4h00 (1h00 de Brasília), os moradores de Torre Melissa, na Calábria, foram despertados pelos gritos dos imigrantes, cujo veleiro havia virado a poucos metros da praia, informou a imprensa italiana.

Graças à solidariedade dos moradores locais, eles foram levados para um hotel próximo para se aquecerem e foram transferidos para um centro de acolhida durante o dia.

Entre eles estão seis mulheres e quatro crianças, incluindo um bebê de alguns meses. E dois homens suspeitos de serem os contrabandistas foram presos.

Apesar do firme discurso que Salvini repetiu esta quinta-feira contra qualquer desembarque na Itália de imigrantes resgatados no mar, as chegadas continuam na costa.

Desde que o chefe da extrema direita italiana tomou posse em 1º de junho, o Ministério do Interior registrou 9.930 chegadas nas costas italianas, numa média de 44 imigrantes por dia.

Cinco venezuelanos, entre eles quatro crianças, que vivem em abrigos em Boa Vista foram diagnosticados com catapora. As equipes de Saúde da região já começam a vacinação aos estrangeiros para conter o avanço da doença. A catapora é uma doença contagiosa.

“Ano passado, até dezembro, foram notificados 488 casos da doença na capital. Desse total, 105 foram em venezuelanos que vivem nos abrigos e nas ruas. É importante ressaltar que o número está dentro da normalidade. Em 2017, foram notificados cerca de 1,5 mil casos em crianças na capital”, informou a diretora de Vigilância Epidemiológica de Boa Vista, Roberta Calandrini.

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Segundo a prefeitura, três casos foram confirmados em crianças que vivem no abrigo para imigrantes Rondon 3, e uma mulher acolhida no Rondon 1, ambos na zona sul da cidade. Outro caso confirmado é de uma criança no Canaã, na zona Oeste.

A vacinação nos abrigos é direcionada para crianças de 9 de meses até 5 anos e mulheres grávidas. "Nós oferecemos todas as informações para a prefeitura e o estado para que essa pronta resposta fosse dada a tempo. Eles [servidores da saúde] já vieram, já foram aplicadas as vacinas e agora estão aplicando nas crianças menores de um ano e gestantes", diz o porta-voz da operação, major Eduardo Milanez.

Após confirmar nesta quarta-feira (9) a revogação da adesão do Brasil ao Pacto Global para Migração Segura, Ordenada e Regular, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que o país não fechará as portas para “os que precisam”. Em duas postagens na sua conta no Twitter, ele afirmou que o processo de imigração precisa ser submetido a critérios e regramento.

“Jamais recusaremos ajuda aos que precisam, mas a imigração não pode ser indiscriminada. É necessário [ter] critérios, buscando a melhor solução de acordo com a realidade de cada país. Se controlamos quem deixamos entrar em nossas casas, por que faríamos diferente com o nosso Brasil?”, indagou.

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Na mesma rede social, o presidente ainda reiterou o discurso de campanha quando defendeu por mais de uma vez a soberania do país. Segundo Bolsonaro, assegurar a autoridade e liberdade de decisão do Brasil, sem pressões externas, garantirá mais segurança a todos.



“A defesa da soberania nacional foi uma das bandeiras de nossa campanha e será uma prioridade do nosso governo. Os brasileiros e os imigrantes que aqui vivem estarão mais seguros com as regras que definiremos por conta própria, sem pressão do exterior”.

Acordado em 2017 e chancelado no ano passado, o pacto estabeleceu orientações específicas para o recebimento de imigrantes, preservando o respeito aos direitos humanos sem associar nacionalidades. Dos representantes dos 193 países, 181 aderiram ao acordo. Estados Unidos e Hungria estão entre os que foram contrários. República Dominicana, Eritreia e Líbia se abstiveram.

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Dois imigrantes foram encontrados tentando atravessar fronteira da Espanha escondidos dentro de colchões. Imagens capturadas por um celular, e compartilhada nas redes sociais, mostra o momento em que policiais da fronteira retiram os dois norte-africanos de dentro do colchão forrado com isopor.

O vídeo foi compartilhado pelo senador espanhol Jon Inarritu, que escreveu em seu twitter: "Enquanto não houver rotas seguras para pedir asilo, situações como essa continuarão a ocorrer na fronteira sul da Europa". Para ter sucesso no feito, os imigrantes informaram à polícia espanhola que tiveram que pagar mais de quatro mil euros

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Segundo confirmado pela Time, os homens foram descobertos na fronteira do Marrocos para Melilla, cidade espanhola. Ambos foram levados para o centro de detenção de imigrantes e o motorista da Van que transportava os norte-africanos fugiu enquanto o veículo era revistado.

O número de brasileiros que foram morar no exterior este ano é mais que o dobro do número de imigrantes que vieram para o Brasil. Segundo os dados da Polícia Federal, 252 mil brasileiros saíram do país em 2018, contra 94 mil pessoas que vieram morar no Brasil.

De acordo com uma pesquisa do Instituto Ipsos, o brasileiro acredita que 30% da população do Brasil é composta por estrangeiros, sendo que o número real não chega a 1%. O que representa uma das maiores distorções de conhecimento da realidade entre os países pesquisados.

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Segundo o Instituto de Reintegração do Refugiado no Brasil (Adus), o país tem aproximadamente três milhões de pessoas vivendo em outros países, enquanto aqui há um milhão.

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quinta-feira fechar a fronteira entre seu país e o México, caso seu governo conclua que a situação dos imigrantes em território mexicano está "fora de controle". Além disso, ele não descartou que seu governo possa sofrer uma paralisação parcial em dezembro, se a oposição democrata não aprovar mais dinheiro para a construção de um muro.

Em pleno feriado local do Dia de Ação de Graças, Trump lembrou a repórteres que autorizou o envio de milhares de soldados na fronteira e disse que eles poderão usar força letal contra os imigrantes "se tiverem de fazer isso". Sobre os imigrantes e refugiados acampados na cidade fronteiriça mexicana de Tijuana, vindos da América Central em busca de uma vida nova nos EUA, Trump disse que há "uma situação muito ruim" na cidade. "Se vemos que é incontrolável", então "fecharemos a entrada ao país durante um período de tempo até que consigamos controlá-la. Toda a fronteira". Trump disse "esperar que não tenha de fazer isso", mas argumentou que eventualmente poderia "não ter opção".

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O presidente tampouco descartou a possibilidade de paralisação parcial do governo em dezembro, caso os legisladores se neguem a destinar bilhões de dólares à construção de um muro fronteiriço com o México. Segundo ele, "certamente" isso pode ocorrer, por causa da questão da segurança fronteiriça, "do qual o muro é parte". Trump falou a repórteres em seu clube de golfe na Flórida. Fonte: Associated Press.

A Sociedade de Salvamento e Seguridade Marítima da Espanha resgatou 279 imigrantes que estavam em seis pequenas embarcações próximas da ilha de Alborán, no sul do país.

O órgão informou que o resgate começou após o recebimento de um alerta feito por uma equipe da entidade sobre a chegada de duas embarcações que transportavam 71 pessoas.

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Outras duas balsas com 70 e 59 pessoas, respectivamente, foram resgatadas pela Guarda Civil ao mesmo tempo em que outro navio da sociedade de salvamento espanhola resgatava 79 ocupantes de mais duas embarcações.

Até o momento não há informações sobre para quais portos da Espanha serão levadas as 279 pessoas resgatadas, já que os soldados continuam em busca de possíveis embarcações com imigrantes.

A chegada de imigrantes ilegais ao litoral do país aumentou progressivamente nos últimos meses, até chegar a 47.684 pessoas em outubro, de acordo com dados do governo espanhol. Até o dia 30 de outubro foram interceptadas 1.775 embarcações, 88,6% a mais do que no ano passado.

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