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Dobrou neste ano o porcentual de famílias que não conseguiram manter em dia o pagamento das mensalidades de colégios e faculdades. De acordo com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 19% das pessoas que ficaram inadimplentes neste ano citaram o atraso nas mensalidades escolares como o responsável pelo nome sujo. No ano passado, a taxa era de 8%.

A inadimplência com essas parcelas supera, inclusive, o porcentual de famílias que disseram estar com o nome sujo por atrasos com contas de água e luz - 9% dos inadimplentes. Na lista do SPC, pendências com o financiamento da casa própria correspondem a 8% e parcelas de condomínio a 7% do total de atrasados.

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Houve aumento de inadimplência em todas as áreas. O que preocupa é que todo mundo está com dificuldade de pagar as contas, até aquelas prioritárias, como educação", avalia Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil. "As famílias costumam ver a escola como investimento, a chance de escalar nos próximos anos."

Dos inadimplentes com educação, 15% são em mensalidades de estabelecimentos de educação infantil, ensino fundamental e médio atrasadas. Geralmente, dívidas com mensalidades são acertadas até o fim do ano para que o aluno não seja impedido de fazer a matrícula.

"Normalmente, as famílias usam o 13º salário para pagar as contas atrasadas, o que é considerado essencial. Como neste ano a inflação está alta e muitas pessoas perderam o emprego, não sabemos se a educação vai continuar sendo a prioridade dessas famílias", diz Marcela.

O pior cenário, mostra a pesquisa do SPC Brasil, é no ensino superior. Entre os inadimplentes da educação, 43,5% atrasaram o pagamento de faculdades. O restante (41,5%) é referente a débitos em cursos técnicos ou livres.

Reajuste

O desaquecimento econômico e a inflação alta devem se traduzir em mensalidades mais caras no ano que vem. Os colégios, porém, ainda estão fazendo seus cálculos do reajuste. A reportagem consultou 11 escolas privadas da capital, mas nenhuma informou qual preço será cobrado em 2016.

A Federação Nacional de Escolas Particulares (Fenep) estima que o reajuste médio das escolas do País supere 11%. José Antonio Antiório, diretor financeiro do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp), prevê acréscimo entre 10% e 13%.

"O aumento das contas de água e energia pesaram muito", reclama Antiório. Outra pressão sobre as mensalidades é o reajuste salarial dos professores. Com as famílias em atraso, a recomendação é evitar conflitos. "É melhor negociar descontos ou pagamentos em atraso sem correções", afirma.

Assessora técnica da Fundação Procon São Paulo, Fátima Lemos diz que, apesar da crise, os colégios devem ter sensibilidade ao fixar o reajuste. "A escola precisa viabilizar seu negócio, mas também deve manter seu grupo de estudantes", pondera.

O índice de dívidas em atraso do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) apurado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) teve queda de 2,33% em junho ante maio. Já o número de pessoas inadimplentes diminuiu 1,42% na mesma base de comparação. Para o presidente da CDL-BH, Bruno Falci, o movimento não é uma efetiva retração da inadimplência, mas aponta para uma redução do consumo das famílias para não fazer novas dívidas.

"Com a combinação de juros altos e inflação, boa parte da renda do trabalhador fica comprometida apenas com os itens de necessidade básica, o que inviabiliza a aquisição de outros bens", afirmou.

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Entretanto, os índices de dívidas em atraso e de pessoas inadimplentes tiveram alta de 1,57% e de 0,69%, respectivamente, frente a junho de 2014. "Nessa base de comparação, o índice aponta o efeito corrosivo da inflação sobre a renda das famílias e piora nos indicadores macroeconômicos. O orçamento dos consumidores está cada vez mais pressionado, resultando em uma dificuldade maior de manter as contas em dia", completou.

Além de haver indefinição sobre qual será o nível de inadimplência dos empréstimos do Financiamento Estudantil (Fies), há dúvidas no setor sobre como será a cobrança dos milhares de devedores.

Quem faz esse questionamento é o pesquisador Vinicius Botelho, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), que realiza estudos sobre o Fies e, ao lado do pesquisador Samuel Pêssoa, projeta um novo modelo de financiamento público para ser apresentado ao governo.

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Segundo Botelho, há controvérsia jurídica sobre como executar a dívida do Fies no caso de inadimplência. "Essa cobrança é complicada do ponto de vista jurídico", diz o pesquisador. Há indefinição sobre se o banco pode negativar, e teria melhores condições técnicas de cobrança, ou se o débito entraria na dívida ativa. "Essa última possibilidade seria a pior, porque a Procuradoria da Fazenda não teria condições de cobrar."

Hoje, os atrasos acima de um ano estão em 10%, mas eles não refletem a realidade do Fies a partir de 2010 - quando os juros caíram para 3,4% ao ano e as condições de pagamento foram facilitadas. A partir de então, o número de contratos saltou de 76 mil para 1,9 milhão no ano passado, o que consumiu R$ 13,7 bilhões. Relatório do banco Morgan Stanley de setembro de 2014 projetou uma taxa de inadimplência de 27% em 2017.

Nas mudanças para popularizar o financiamento, o governo facilitou as regras com fiador e criou um Fundo Garantidor. A partir de 2012, as empresas educacionais passaram a ter de aderir ao modelo e cerca de 5% dos valores financiados passaram a ser depositados no fundo, que é gerido pelo Banco do Brasil. O valor é repassado pelo Tesouro, mas descontado do que seria pago às empresas educacionais.

O problema é que o Fundo foi desenhado para cobrir 10% de inadimplência do total financiado. Em outros países, esse índice é maior que 20% - no Canadá é de 26%, na Austrália, de 20%, e no Reino Unido, de 45%. "A gente parte de um modelo de financiamento estudantil deficiente. O governo subsidia 40% do financiado, se a inadimplência come outros 20%, você acaba perdendo o dinheiro."

O retorno depende apenas da produtividade que o aluno formado poderá colaborar com o País. "Por isso, a questão de qualidade dos cursos é a mais central no Fies", diz o pesquisador Samuel Pêssoa. O saldo atual do Fundo é de R$ 2,8 bilhões, segundo informações disponíveis na Comissão de Valores Mobiliários. Tanto o FNDE quanto o Banco do Brasil se negaram a informar o saldo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O quadro de recessão da economia brasileira desde o ano passado e o cenário de alta de juros têm afetado a geração de caixa por parte das empresas e elevado a taxa de inadimplência, de acordo com estudo divulgado pela Serasa Experian nesta quarta-feira (20). Dados da Serasa mostram que, em março, dos 7 milhões de empresas que atuam no País, 3,8 milhões estavam com dívidas em atraso, número recorde.

"A grande maioria das empresas negativadas é formada por pequenas e médias e elas concentram a maior parcela da geração de empregos no Brasil. A falta de caixa para honrar as dívidas também impacta o pagamento de salários, o que ajuda a engrossar as taxas de desemprego", afirmam os economistas da entidade, em nota.

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Segundo a Serasa, o valor total da dívida das empresas soma R$ 86,4 bilhões, uma média de R$ 22,8 mil por CNPJ negativado. A maior parte está devendo para apenas um credor (59,0%). Do total, 20,6% devem para mais de três credores e 20,3% estão com pagamentos pendentes para dois credores.

Entre os setores que possuem o maior número de empresas inadimplentes o mais atingido é o comércio, com 46,3% do total. Em seguida, aparece o setor de serviços, com 43,7% e a indústria, com 9%.

O estudo mostra ainda que o Sudeste é a região que concentra a maioria das empresas inadimplentes do País: 51,4%. Em segundo lugar aparece o Nordeste, com 17,5%, seguido do Sul (17,1%), Centro-oeste (8,4%) e Norte (5,7%).

O indicador de inadimplência do consumidor da Serasa Experian avançou 1,8% em abril, na comparação com março. O resultado representa uma aceleração, após uma ligeira alta de 0,2% em março e uma retração de 0,9% em fevereiro. Em relação a abril do ano passado, a alta foi de 12,2%. No acumulado do primeiro quadrimestre do ano, a inadimplência entre os consumidores cresceu 14,9%, ante o mesmo período de 2014.

O aumento do desemprego, a inflação mais alta e a elevação dos juros são apontados como motivos para o aumento do atraso nos pagamentos, segundo os economistas da Serasa Experian.

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Na passagem de março para abril, dívidas junto aos bancos, com alta de 8,2%, foram as responsáveis pelo avanço do indicador. Os outros três componentes do indicador registraram queda na margem: as dívidas não bancárias - com cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água, por exemplo - apresentaram retração de 2,6%, os títulos protestados, de 14,8%, e os cheques sem fundos, de 10,7%, sendo, nesta ordem, os fatores que mais contribuíram para o alívio do índice no mês passado.

O valor médio das dívidas não bancárias subiu 29,7% no acumulado dos quatro primeiros meses de 2015 sobre mesmo período do ano anterior, para R$ 413,44. Já o valor médio dos cheques sem fundos aumentou 10,0% no mesmo período, para R$ 1.828,17, em média. O valor médio das dívidas com os bancos registrou ligeira alta, de 0,1%, para R$ 1.247,12. Os títulos protestados foram os únicos que registrar queda nos valores médios, com retração de 3,4%, para R$ 1.372,90, segundo a Serasa Experian.

O número de consumidores inadimplentes aumentou 5,02% no mês de abril de 2015 em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) divulgados nesta terça-feira, 12, a alta foi maior do que a registrada em março, quando o número de consumidores com contas em atraso havia subido 3,46% na comparação anual.

Em abril no ano passado, a elevação sobre o mesmo mês do ano anterior havia sido de 4,51%. Na comparação com março deste ano, a inadimplência em abril apresentou crescimento de 2,83%. No mês passado, havia cerca de 55,3 milhões de consumidores negativados - com o nome inscrito no SPC - o equivalente a 37,9% da população economicamente ativa entre 18 e 95 anos.

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De acordo com a confederação, os dados refletem uma pressão exercida pela aceleração da inflação e elevação das taxas de juros, além da piora dos indicadores econômicos. Ainda segundo a entidade, o segmento que mais contribuiu para a inadimplência foi o da comunicação, com um aumento de 12,10% no total de dívidas no mês passado. Os bancos, com crescimento de 7,53%, ficaram na segunda posição entre os que mais cresceram, mas ainda são os responsáveis pela maior fatia das dívidas em atraso, com 48,43% de participação.

As empresas começaram o ano dando mais calotes que no ano passado. O Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas apontou crescimento de 12,1% no primeiro trimestre de 2015, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Segundo a empresa, esse é o maior porcentual nesta base de comparação desde 2012, quando o índice subiu 21,1% no primeiro trimestre daquele ano. De fevereiro para março, o índice teve alta de 11,9%. Na relação entre março de 2014 e março de 2015, o indicador registrou aumento de 20,4%.

Segundo a Serasa, todas as modalidades da inadimplência tiveram alta. As dívidas não bancárias (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) e a inadimplência com os bancos tiveram crescimento de 2,7% e 3,5% e contribuições de 1,1 pp e 0,7 pp, respectivamente. Os títulos protestados e os cheques sem fundos apresentaram alta de 29,5% e 20,6%, respectivamente, e contribuíram com 7,0 pp e 3,0 pp para a elevação do índice em março de 2015.

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Além do aumento em número, os calotes também inflaram no rombo provocado na conta dos credores. O valor médio dos cheques sem fundos teve alta de 12,6% no primeiro trimestre do ano, na comparação com o mesmo período de 2014. O valor médio dos títulos protestados e das dívidas não bancárias também apresentou crescimento de 7,7% e 4,1%, respectivamente. Já o valor médio da inadimplência com os bancos registrou queda de 15%.

A inadimplência do consumidor caiu 6,6% em fevereiro na comparação com janeiro, de acordo com a Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Entre março de 2014 e fevereiro de 2015, ante os 12 meses antecedentes, o total de calotes cresceu 2,8%, mesmo porcentual registrado em janeiro de 2015. Na comparação de fevereiro de 2015 com fevereiro de 2014, o indicador apresentou elevação de 1,7%. No valor acumulado no primeiro bimestre de 2015, a inadimplência aumentou 3,3% frente ao mesmo período de 2014. O valor médio das dívidas incluídas em fevereiro foi de R$ 1.287,30.

Segundo a Boa Vista SCPC, a tendência de longo prazo do indicador se assemelha à inadimplência oficial, divulgada pelo Banco Central (referente à categoria de recursos livres destinados ao consumidor), estável, sem grandes perspectivas de crescimento. A expectativa da Boa Vista SCPC é de que "ao final de 2015 a inadimplência dos consumidores mantenha esta tendência, obtendo ligeiro crescimento, de 3,2% no ano". Para a taxa de inadimplência oficial, a expectativa (da nova série, revisada) é de 5,8% de inadimplência do total de recursos do sistema.

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Na análise regional, o resultado com ajuste sazonal apresentou o seguinte comportamento em fevereiro na comparação com janeiro: Nordeste (-12,3%), Norte (-11,7%), Centro-Oeste (-7,2%), Sudeste (-5,0%) e Sul (-3,2%). Quando considerado apenas o setor de varejo, subconjunto do indicador geral, a inadimplência do consumidor registrou queda de 8,1% em janeiro, comparada a janeiro, descontados os efeitos sazonais. Mantida a base de comparação, houve queda generalizada: Sudeste (-9,6%), Nordeste -8,7%), Norte (-4,1%) Centro-oeste (-4,0%) e Sul (-3,6%).

O indicador de registro de inadimplência é calculado com base na quantidade de novos registros de dívidas vencidas e não pagas informados à Boa Vista pelas empresas credoras.

Ao confirmar, nesta sexta-feira (6), que o governo suspendeu o programa Minha Casa Melhor, a presidente Dilma Rousseff atribuiu a medida ao alto índice de calote. A suspensão do programa, criado em 2013 para oferecer taxas de juros mais vantajosas para compra de móveis e eletrodomésticos, foi revelada pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, no dia 26 de fevereiro. A presidente não comentou, mas o programa foi interrompido diante do cenário de restrição fiscal.

Para operar o programa, a Caixa recebeu do governo uma capitalização de R$ 8 bilhões em junho de 2013. Do valor total, R$ 3 bilhões foram direcionados para financiamentos do programa. O Broadcast apurou que esses R$ 3 bilhões foram desembolsados até o final do ano passado, 18 meses após o lançamento do programa. Os outros R$ 5 bilhões foram para outra operação. Ou seja, não há mais recursos para bancar o custo financeiro e os juros mais baixos.

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Em Araguari, no Triângulo Mineiro, a presidente entregou 710 moradias do programa Minha Casa, Minha Vida, a famílias que ganham até R$ 1,6 mil por mês. Cada casa tem área privativa de 44 metros quadrados e está avaliada em R$ 60 mil. Durante o discurso, a presidente se comprometeu a dar continuidade ao programa habitacional, mas ponderou que, neste momento, o governo está fazendo ajustes e avaliando as condições para o lançamento efetivo da terceira etapa do programa. Entre os desafios, está a construção de empreendimentos em cidades grandes, onde os terrenos têm um custo mais caro.

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Na noite desta segunda-feira (2), alguns moradores do Conjunto Habitacional do Cordeiro, localizado na Zona Oeste do Recife, realizaram protesto na Avenida Maurício de Nassau - paralela com a Caxangá. Queimando pneus, madeiras e outros objetos, alguns residentes alegam que a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) não quis negociar dívidas relacionadas ao consumo de energia.

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De acordo com o porteiro Cleybson Nonato, a empresa não quis negociar o débito de dois anos. “Fui à Celpe, tentei pagar de forma parcelada, mas eles não quiseram e ainda acrescentaram o valor de R$ 400, ao valor total que foi de R$ 5 mil”, justificou o morador que ainda relatou não ter condições financeiras de pagar o gasto. “Sou pobre, não tenho como pagar essa quantia”, finalizou.

Com as contas pendentes na mão, a residente Ana Karina Souza também argumentou que não tem como efetuar o pagamento. “Estou devendo R$ 907 e não tenho como liquidar esse débito! A Celpe precisa rever a situação de todos”, falou Ana. 

Segundo o soldado do Grupo de Ações Táticas Itinerantes (GATI), Lucas Martins, a situação está sendo controlada e o Corpo de Bombeiros (CBMPE) foi chamado. 

Com informações de Nathan Santos

A inadimplência registrou a maior alta no mês passado para os meses de janeiro desde 2009. Segundo a Serasa Experian, o Indicador de Inadimplência das Empresas apontou crescimento de 13,5% em janeiro de 2015, na comparação com dezembro de 2014. No mesmo mês de 2009, a taxa havia sido de 14,6%. Na comparação interanual (janeiro de 2015 ante janeiro de 2014), o indicador cresceu 5,1%.

Segundo os economistas da Serasa Experian, a queda do ritmo da atividade econômica neste início de ano, as elevações de custos para as empresas (aumento nos preços dos combustíveis, energia, etc.) e a continuidade dos aumentos nas taxas de juros afetaram negativamente o caixa, com reflexos nos índices de inadimplência.

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De acordo com a Serasa Experian, as dívidas não bancárias (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) e os títulos protestados foram os principais responsáveis pela alta do indicador. A inadimplência via dívidas não bancárias cresceu 8,2%, contribuindo com 3,1 pontos porcentuais no resultado final. Os calotes em títulos aumentaram 37,6%, contribuindo com 9,5 pontos porcentuais.

Os cheques sem fundos também fizeram o indicador subir, com variação de 5,7% e contribuição de 0,9 pontos porcentuais. Já a inadimplência com os bancos apresentou leve aumento de 0,2% e teve contribuição nula no índice de janeiro.

O percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso ficou em 17,5% em fevereiro, taxa inferior aos 17,8% do mês anterior e aos 19,7% de fevereiro de 2014. O dado, da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), foi divulgado hoje (26) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A pesquisa mostra que o tempo médio de demora para o pagamento das dívidas é de 60,5 dias. Já o número de famílias com dívidas (não necessariamente em atraso) ficou em 57,8% em fevereiro, acima dos 57,5% de janeiro mas abaixo dos 62,7% de fevereiro do ano passado. Do total das famílias, 9,7% se disseram muito endividadas, percentual abaixo do observado em fevereiro de 2014 (12,1%).

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Entre as dívidas, a maior parte (70,9%) continua sendo com cartão de crédito. Outras fontes de dívidas são carnês (18%), financiamentos de carro (14,5%), créditos pessoais (9,2%) e financiamentos de casas (8%).

Outro dado mostrado pela pesquisa da CNC é que 6,4% das famílias não terão condições de pagar suas dívidas ou contas, o mesmo percentual de janeiro deste ano, mas acima do patamar de fevereiro de 2014 (5,9%).

A dificuldade das empresas em honrar seus compromissos financeiros ao longo do ano passado levou a um crescimento de 5,8% no nível de inadimplência em 2014 comparativamente a 2013. É o que mostra o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas divulgado nesta manhã.

Pelo acompanhamento da Serasa Experian, esse é quarto aumento da inadimplência empresarial seguido desse 2010, quando o Indicador fechou em queda de 3,7%. Em 2013 ante o ano anterior, a inadimplência havia subido 2,5%.

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De acordo com os economistas da Serasa Experian, o quadro de estagnação econômica predominante no ano passado, prejudicando a geração de caixa das empresas, bem como a elevação de custos financeiros (aumento das taxas de juros) e não financeiros (alta do dólar, dos salários acima dos ganhos de produtividade etc.) afetaram negativamente a saúde financeiras das empresas, provocando aceleração dos níveis de inadimplência.

Ainda de acordo com a Serasa Experian, o valor médio dos títulos protestados apresentou alta de 15,1% no acumulado de 2014 na comparação com o mesmo período do ano anterior. O valor médio das dívidas não bancárias também teve crescimento de 5,6%. Já o valor médio da inadimplência com os bancos e os cheques sem fundos registrou quedas de 7,7% e 3,1%, respectivamente.

Em dezembro de 2014, na comparação com o mês anterior, todas as modalidades da inadimplência das empresas tiveram alta e fizeram com que o indicador registrasse no último mês do ano avanço de 4,5%.

As dívidas não bancárias (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) e a inadimplência com os bancos apresentaram variações positivas de 0,7% e 1,6% e ambas contribuíram com 0,3 ponto porcentual. Já os títulos protestados e os cheques sem fundos registraram alta de 13,0% e 5,7%, nesta ordem, e contribuíram com 3 pontos porcentuais e 0,9 ponto, respectivamente.

Cerca de 42% dos moradores da Região Metropolitana do Recife (RMR) não têm condições de pagar suas dívidas, e, pela primeira vez, as prestadoras de serviço foram indicadas como a principal causa da negativação dos consumidores. Os dados foram obtidos através de pesquisa feita pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL Recife) entre os dias 15 e 19 de dezembro de 2014. 

Os cartões de crédito e de lojas são o segundo maior débito dos consumidores, representando 37% das dívidas, e, em seguida, com 23%, vem o  empréstimo especial. Segundo a CDL, consumidores das classes D e E – de rendimento entre dois e quatro salários mínimos – são os mais presentes na estatística da inadimplência. O levantamento também apontou que a falta de planejamento ou o descontrole financeiro representam 33% das razões que impedem a quitação das dívidas. 

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Além da dificuldade de controlar as finanças, o presidente da CDL Recife Eduardo Catão, também mencionou outras causas que podem dificultar a quitação das dívidas. “Ainda temos a inflação, a alta do juros encarendo o crédito e a desacelaração do mercado de trabalho. A atual situação econômica do país também explica a dificuldade desse público em manter as contas em dia”, comenta. 

Para tentar pagar as contas, 68% dos entrevistados pretendem procurar o credor das dívidas para tentar fazer um acordo para parcelar o valor em débito. “Isso indica a importância de as intuições estarem abertas à negociação com seus clientes. Essa é uma oportunidade para recuperar possíveis prejuízos do negócio e também de movimentar ainda mais a economia”, diz o superintendente da entidade, Hugo Philippsen.

Os recifenses em situação de inadimplência terão 90% de desconto nos juros e multas relativos aos débitos tributários gerados até o dia 31 de dezembro. A medida faz parte do Programa de Pagamento e Parcelamento Incentivado (PPI), da Prefeitura do Recife, que visa a regularização de débitos antigos. Atualmente, o benefício já está em vigor para pagamentos à vista.

O acesso ao PPI é feito através da internet. No site da Prefeitura do Recife, na seção de Atendimento ao Contribuinte, a pessoa poderá consultar o extrato de débitos e emitir as guias de pagamento, já com os valores atualizados. O prazo para pedido de ingresso no PPI vai até o dia 20 de março de 2015.

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Receitas – O PPI resultou em um aumento de 12,65% nas principais receitas próprias da PCR (ISS, IPTU, ITBI, TLP) entre janeiro e novembro de 2014, em comparação com o mesmo período em 2013. De acordo com a Secretaria de Finanças, esse aumento permite mais investimentos em obras e serviços públicos.

Com informações da assessoria

O impacto baixa atividade econômica contribuiu para o crescimento de 7,44% no número de empresas inadimplentes em novembro na comparação com idêntico mês em 2013, aponta o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Na comparação com outubro, sem ajuste sazonal, houve crescimento de 1,1% na quantidade de pessoas jurídicas inadimplentes. É a maior alta mensal desde abril deste ano. Em outubro, o aumento tinha sido de 6,23% sobre o mesmo mês de 2013.

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a dificuldade dos empresários em manter em dia os compromissos financeiros está diretamente relacionada à inflação persistente, ao encarecimento do crédito e a estagnação da economia. "A piora da confiança dos empresários e o crescimento da inadimplência da pessoa física também são fatores que influenciam a deterioração da capacidade de pagamento das empresas", destaca a economista.

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A abertura do indicador por ramo da economia mostra que as empresas do setor de serviços foram as que mais atrasaram o pagamento de contas: alta de 11% na comparação entre novembro de 2014 com o mesmo mês de 2013. A segunda maior alta ficou por conta das indústrias (6,93%), seguida por aquelas que pertencem ao comércio (6,32%) e também pelas empresas que formam o ramo da agricultura (3,16%).

As dívidas mais antigas, que venceram há um prazo entre três e cinco anos, apresentaram a maior variação: alta de 10,95% em relação a novembro de 2013. Já as dívidas atrasadas num período entre 181 e 360 dias mostraram o segundo maior crescimento, com variação positiva de 7,55%. Em seguida aparecem as pendências mais novas, atrasadas em até 90 dias, com alta de 7,53%.

O maior crescimento no número de empresas inadimplentes foi registrado no Sudeste, onde a quantidade de devedores cresceu 8,07%, seguido pelo Nordeste, cuja alta anual foi de 7,42%. A menor alta ficou por conta do Sul, cuja variação apresentada no período foi de 3,79%. As regiões Centro-Oeste e Norte apresentaram crescimento de 5,09% e 4,70%, respectivamente, na quantidade de empresas que não honraram compromissos financeiros. O Sudeste é a região que concentra a maior parte das pessoas jurídicas inadimplentes (43,81%), seguido pelo Nordeste (19,24%) e pelo Sul (17,17%).

Na passagem de outubro para novembro, a inadimplência do consumidor permaneceu praticamente estável (+0,06%) no Brasil, segundo dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, no entanto, houve avanço de 3,37%. O total de inadimplentes que constam nos serviços de proteção ao crédito está em cerca de 55 milhões de pessoas.

Segundo os economistas da instituição, o resultado na relação interanual confirma uma trajetória de desaceleração que se iniciou em agosto. "O resultado da comparação ano a ano representa a menor variação para meses de novembro desde o início da série histórica (em 2010)", dizem, em nota. Em outubro, a expansão havia sido de 3,95%, na comparação com igual mês de 2013.

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Os especialistas também destacam a desaceleração do indicador na base mensal. "Apesar da ligeira alta de 0,06%, o número de pessoas com dívidas em atraso no banco de dados do SPC é o menor desde novembro de 2011".

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o que explica a desaceleração no crescimento das taxas de inadimplência no País são fatores ligados ao atual cenário econômico. "Os dados da conjuntura são unânimes em apontar fraqueza da economia, em especial da confiança do consumidor, que tem se deparado com inflação elevada e taxas de juros em patamar alto", comenta.

O número de dívidas em atraso também cresceu em novembro na comparação com o mesmo mês de 2013, com avanço de 3,53%. Já em relação a outubro deste ano, o indicador teve ligeiro crescimento, de 0,17%.

Os sucessivos aumentos das taxas de juros nos últimos 12 meses e o enfraquecimento do mercado de trabalho, especialmente na indústria, são fatores que dificultam o pagamento das contas e explicam o aumento de 10,9% da inadimplência do consumidor em novembro, na comparação com o mesmo mês de 2013. O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor, divulgado nesta terça-feira, 9, apontou ainda uma alta de 5,6% no acumulado de janeiro a novembro de 2014, ante igual período de 2013.

Por outro lado, o levantamento revelou uma queda de 1,2% da inadimplência na comparação com outubro. A explicação, segundo economistas da instituição, está na quantidade menor de dias úteis em novembro, "impactando principalmente a quantidade de cheques devolvidos pela segunda vez por insuficiência de fundos", dizem, em nota.

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Entre os movimentos que contribuíram para a queda na comparação mensal, a Serasa destaca a diminuição de 3,1% na quantidade de dívidas não bancárias - com cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água, por exemplo - e no recuo de 12% nos cheques devolvidos. Mas houve alta de 1,6% nas dívidas em atraso com os bancos e um acréscimo de 16,9% nos títulos protestados em novembro, na comparação com outubro.

Ainda segundo a Serasa Experian, o valor médio das dívidas bancárias caiu 3,7% no acumulado dos onze meses de 2014 sobre mesmo período de 2013, para R$ 1.263,55. Já o valor das dívidas não bancárias subiu 12,9%, para R$ 359,08; dos cheques sem fundos cresceu 6,3%, para R$ 1.751,12; e dos títulos protestados aumentou 0,8%, para R$ 1.406,95, no período.

A inadimplência das empresas subiu 4,4% em outubro ante setembro, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira, 25, pela Serasa Experian. Na comparação com outubro do ano passado foi registrada exatamente a mesma variação: +4,4%. No acumulado dos dez primeiros meses deste ano o indicador tem alta de 7,1%.

De acordo com os economistas da Serasa, a alta da inadimplência das empresas decorre dos impactos adversos do binômio estagnação econômica/custo do crédito em ascensão. "Se por um lado o enfraquecimento da atividade econômica prejudica a geração de caixa das empresas, por outro, o encarecimento do custo do crédito aumenta as suas despesas financeiras", diz o texto.

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Os cheques sem fundos foram os principais responsáveis pela alta da inadimplência em outubro, com variação de +22,9% sobre setembro e contribuição de 3,3 pontos porcentuais para o índice geral. Os títulos protestados tiveram crescimento de 3,3% e contribuição de 0,8 pp. A inadimplência com os bancos aumentou 1,4% e contribuiu com 0,3 pp. Já as dívidas não bancárias (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) apresentaram ligeira queda, de 0,1%, e não tiveram contribuição no índice de outubro.

O valor médio dos títulos protestados teve alta de 11,9% no acumulado de janeiro a outubro de 2014, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O valor médio das dívidas não bancárias também cresceu, +6,7%. Já os valores dos cheques sem fundos e inadimplência com os bancos registraram queda de 5,1% e 5,8%, respectivamente.

O indicador de inadimplência da Serasa considera as variações registradas no número de cheques sem fundos, títulos protestados e dívidas vencidas com instituições bancárias e não bancárias, em todo o Brasil.

A inadimplência voltou a acelerar em outubro. De acordo com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), divulgados nesta segunda-feira (10), os calotes no mês passado cresceram 3,95% em relação a outubro de 2013. Em setembro, a expansão da inadimplência era de 3,84% na comparação anual.

Os dados mostram que a quantidade de CPFs negativados aumentou de 54 milhões para 55 milhões no mês passado. De acordo com o SPC, entretanto, o resultado de outubro ainda é a segunda menor expansão da inadimplência em 2014.

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Em relação a setembro deste ano, a inadimplência em outubro subiu 1,26%. Para o SPC, o avanço dos calotes, apesar dos incentivos e "feirões" de negociação de dívidas, reflete as dificuldades dos consumidores em quitar seus débitos. Embora a inadimplência tenha avançado em outubro, o SPC acredita que esse indicador deve desacelerar até o fim do ano devido ao recebimento das parcelas do 13º salário.

O número de dívidas em atraso também aumentou em outubro na comparação com o mesmo mês de 2013, com avanço de 3,93%. Já em relação a setembro deste ano, o indicador ficou praticamente estável, com ligeiro crescimento de 0,06%. Mas a quantidade de novas pendências, com até 90 dias de atraso, aumentou 13,55% na comparação mensal.

Renegociações

A alta da inadimplência em outubro reverteu a queda registrada em setembro, na avaliação da economista-chefe do SPC, Marcela Kawauti. "Estamos em um período de renegociações de dívidas e há a entrada de novas parcelas do 13º salário, mas, por outro lado, a dificuldade de pagamento dos débitos continua. A taxa de juros voltou a subir e a confiança dos consumidores é cada vez menor. Então, existem fatores positivos e negativos, mas os negativos estão pesando mais", completou a economista.

Mas, para Marcela, novembro e dezembro devem trazer dados mais positivos para a inadimplência. "Vamos continuar tendo mais inadimplência do que em 2013, mas o ritmo de crescimento deve diminuir. O brasileiro não deve porque quer, mas por descontrole financeiro mesmo. Então o 13º deve ser muito usado para resolver essas pendências", afirmou. "O ideal seria quitar tudo agora e não se endividar tanto no Natal, porque existem muitos compromissos financeiros no começo do ano", completou.

As dívidas mais antigas, com atrasos superiores a 365 dias, continuam representando a maior parte da inadimplência no País. As dívidas com um a três anos equivalem a 37,70% do total, enquanto os calotes com três a cinco anos respondem por 35,84%. "As dívidas mais longas ficam mais difíceis de serem pagas e algumas pessoas simplesmente desistem delas", comentou Marcela.

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