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A Samgung divulgou nesse sábado (25) que planeja recorrer da decisão do tribunal dos Estados Unidos que condenou a companhia a pagar cerca de US$ 1,05 bilhão, por ter infringido patentes da Apple.

Segundo a agência "Yonhap", a companhia afirmou que caso não tenha sucesso com o recurso, irá levar o caso ao Tribunal de Apelação. Já foi determinado um novo prazo para que as empresas entrem com recurso e uma nova audiência já foi marcada para o dia 20 de setembro.

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Condenada na sexta-feira (24) de ter infringido ao menos seis patentes da Apple, que segundo o tribunal não violou nenhum direito intelectual da Samsung, a companhia oriental ainda pode ir à suprema Corte norte-americana.

Em sua avaliação, a Samsung afirma "é uma pena que a lei de patentes possa ser manipulada para conceder monopólio a uma companhia, sendo que a tecnologia é aprimorada diariamente pela Samsung e por outras empresas".

A companhia também afirma que após a decisão do júri, o veredito não deve ser visto como "uma vitória da Apple" e sim como "um problema para o consumidor dos Estados Unidos, que terá menos opções de aparelho, menos inovação nos produtos e dispositivos mais caros". A empresa ainda afirmou que o veredicto "não é a última palavra" na briga de patentes entre as empresas, disputa que além dos EUA também acontece na Alemanha, Ausatrália e Coreia do Sul.

Primeiramente a Apple pedia US$ 2,5 bilhões para a Samsung por infringir sete patentes. Já a Samsung acusava a Apple de ter infringido cinco patentes e pedia cerca de US$ 500 milhões.

Entre os aparelhos que segundo os jurados do julgamento violaram patentes da Apple, estão o Galaxy S, Galaxy S II e Nexus S, além dos tablets Galaxy Tab e Galaxy Tab 10.1. Porém a juíza que coordena o julgamento, Lucy Koh, ainda não determinou se haverá suspensão da venda dos aparelhos.

Beneficiado pelo indulto de Natal assinado pela presidente Dilma Rousseff em dezembro, Florisvaldo de Oliveira, o Cabo Bruno, de 53 anos, ganhou direito à liberdade após 27 anos atrás das grades. Acusado de ser um dos principais justiceiros de São Paulo nos 1980, o ex-policial militar condenado a 117 anos de prisão recebia dinheiro de comerciantes para matar na zona sul da cidade. Na tarde de quarta-feira, a Justiça de Taubaté mandou soltá-lo. Às 15h desta quarta-feira, ele saiu escondido em um carro.

O indulto da presidente, tradição brasileira desde a época do Império, concedeu o perdão aos presos que cumpriram 20 anos ininterruptos da pena e nos últimos 12 meses não cometeram faltas graves.

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Na semana passada, o promotor responsável pelo caso, Paulo José de Palma, emitiu parecer favorável à liberdade de Oliveira, confirmada agora pela Justiça. Em 2009, a defesa do ex-PM havia pedido a progressão de pena, que mudou o regime de fechado para semiaberto. No último Dia dos Pais, ele saiu pela primeira vez da Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, em Tremembé, conhecida como P2. E chegou em casa sem avisar a família. Antes, caminhou 30 quilômetros durante mais de duas horas e comprou um buquês de flores para a mulher, Dayse da Silva Oliveira, cantora, radialista e pastora evangélica de 45 anos, com quem ele se casou dentro do presídio, em 2008.

Depois de 21 anos sem sair da prisão, tomou 1,5 quilo de sorvete. Na primeira noite em liberdade, foi com a mulher e os amigos orar em um monte. "Não sabemos ainda o que faremos no futuro. Somos evangélicos e, por isso, preferimos esperar para ver a obra que Deus fará na nossa vida", diz Dayse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

A Justiça liberou na terça-feira o pacote de obras viárias nos arredores do Itaquerão, estádio na zona leste da capital paulista, prometido para a Copa de 2014. Com isso, os trabalhos na área devem ser iniciados nas próximas semanas pelo consórcio Vizol, formado por OAS e S/A Paulista, que venceu a licitação.

O custo das obras foi orçado em R$ 257,7 milhões. A suspensão havia sido conseguida há um mês, por empresas integrantes do consórcio que ficou em segundo lugar na licitação. As empresas alegavam que o vencedor praticava preços abaixo do valor de mercado. A Dersa, responsável pelas obras, afirma que a diferença de preço entre o primeiro e o segundo colocado foi de 0,6%.

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De acordo com o projeto, serão construídas novas alças de ligação entre as Avenidas Jacu-Pêssego e José Pinheiro Borges, a extensão da Radial Leste. Serão criadas duas avenidas: uma de ligação norte-sul, entre as Avenidas Itaquera e José Pinheiro Borges, e outra que fará a articulação com a Avenida Miguel Ignácio Curi. "O projeto inclui a construção de quatro viadutos", diz o presidente da Dersa, Laurence Lourenço.

Lourenço afirma ainda que as obras são parte do projeto do polo institucional de Itaquera, que prevê a construção de vários órgãos públicos naquela região.

"Durante a semana, a chegada ao polo institucional será mais fácil e, nos fins de semana, para o jogo de futebol (no Itaquerão)", afirma. Apesar da melhoria de chegada ao estádio, ele lembra que o Metrô continuará sendo o melhor jeito de ir até o equipamento. "Foi por isso que aquele local foi escolhido para a Copa."

Lourenço garante que os novos acessos serão feitos em áreas que já são da Prefeitura e que não haverá necessidades de desapropriações na região. "A obra não atinge área de favela."

O polo de Itaquera prevê a construção de uma Faculdade Técnica (Fatec), uma Escola Técnica (Etec), uma unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), uma base da Polícia Militar e um fórum.

Há previsão de construção de várias melhorias viárias na zona leste. A Prefeitura pretende construir corredores de ônibus na Radial Leste, na Avenida Aricanduva e em Itaquera.

Além disso, também foi anunciada a construção de uma Rodoviária em Itaquera. O espaço deverá servir pessoas que vêm do litoral norte, Vale do Paraíba e Belo Horizonte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu dividir o prêmio de R$ 27,782 milhões do concurso 898 da Mega-Sena, sorteado em 2007, entre patrão e empregado. De acordo com o processo, o empregado deu uma combinação de números ao patrão com base em seu celular e também a soma de R$ 1,50 para a aposta. De posse do bilhete, o patrão sacou o valor de R$ 27,782 milhões na Caixa Econômica Federal e se negou a dar a parte do empregado, alegando que a aposta foi feita por um palpite próprio.

O ex-empregado entrou com ação declaratória e pediu indenização por danos morais a ser paga pelo empregador. O tribunal descartou o pedido de indenização por considerar que não houve dor, sofrimento ou humilhação, sendo a questão um mero dissabor.

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Em primeiro e segundo graus, já havia sido determinada a divisão do prêmio, cabendo a cada um R$ 13.891.026,91. Cabe agora recurso ao STJ e ao Supremo Tribunal Federal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O goleiro Bruno Souza, ex-Flamengo, teve sua pena reduzida para um ano e dois meses pela Justiça do Rio de Janeiro nesta terça-feira (14). Ele estava condenado, em instância inicial, desde 2009 a cumprir um período de quatro anos e seis meses em regime fechado pelos crimes de sequestro, cárcere privado, lesão corporal, constrangimento ilegal e concurso material. O escândalo ficou conhecido como Caso Eliza Samudio, modelo que teve um relacionamento com o ex-jogador.

Por ter cumprido um tempo maior, a pena de Bruno foi considerada extinta. Mesmo assim, ele não está liberado e segue preso por ainda responder pelo desaparecimento de Eliza Samúdio, processo que segue na Justiça de Minas Gerais.

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Outro envolvido no processo, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, também foi beneficiado pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Assim como Bruno, ele também teve a pena reduzida em 1 ano e dois meses, mas o prazo já foi cumprido.

Em denúcia realizada pelo Ministério Público, os dois foram foram acusados de sequestrar Eliza e de obrigar a modelo a cometer um aborto de um filho que seria de Bruno.

*Com informações do Portal Terra.

São Paulo, 11/08/2012 - A 5.ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve decisão da 37.ª Vara Cível da Capital e condenou a Igreja Renascer a pagar R$ 51 mil de indenização por danos morais a um homem que se feriu, em janeiro de 2009, no desabamento do teto do templo do Cambuci. O acidente causou a morte de nove pessoas e deixou mais de cem feridos. O autor da ação teve um corte na cabeça e fraturou o fêmur. As informações são da edição deste sábado do jornal O Estado de S.Paulo.

A 5.ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogou a prisão preventiva imposta a Nenê Constantino, pai do fundador da companhia área Gol, Constantino de Oliveira Júnior, e aplicou ao réu medidas alternativas. Denunciado por homicídio qualificado, o empresário de 81 anos cumpria prisão domiciliar, substituída agora por recolhimento noturno e proibição de ausentar-se da cidade onde reside. O processo corre na Justiça do Distrito Federal.

A prisão cautelar foi decretada depois que um corréu que estaria disposto a testemunhar contra Constantino sofreu tentativa de assassinato às vésperas da audiência em que iria depor. Por causa do atentado, a Justiça concluiu que Constantino representava risco à ordem pública e à instrução criminal.

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A 5.ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogou a prisão preventiva imposta a Nenê Constantino, fundador da companhia aérea Gol, e aplicou ao réu medidas alternativas. Denunciado por homicídio qualificado, o empresário de 81 anos cumpria prisão domiciliar, substituída agora por recolhimento noturno e proibição de ausentar-se da cidade onde reside. O processo corre na Justiça do Distrito Federal.

A prisão cautelar foi decretada depois que um corréu que estaria disposto a testemunhar contra Constantino sofreu tentativa de assassinato às vésperas da audiência em que iria depor. Por causa do atentado, a Justiça concluiu que Constantino representava risco à ordem pública e à instrução criminal. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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A Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) afirmou, nesta quinta-feira (9), que pretende entrar com uma ação na Justiça para questionar o ajuste social que a nova Lei das Cotas para faculdades federais pretende realizar.

O Senado aprovou, na quarta-feira (8), a Lei das Cotas, que prevê que 50% das vagas de todos os cursos oferecidos pelas entidades federais sejam reservadas para estudantes que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas. Parte dessas vagas devem ser dedicadas à negros, pardos e índios e outra parcela para alunos de famílias com renda abaixo de 1,5 salário mínimo.

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A presidente da Fenep, Amábile Pacios, disse que a lei desrespeita a igualdade de acesso que deve existir para toda a população. De acordo com Amábile, caso a sanção ocorra, o governo federal irá reconhecer que oferece um ensino público de má qualidade, incapaz de preparar seus alunos para o vestibular.

"As escolas particulares deveriam ser uma escolha da família, e no Brasil é a única opção para os alunos que desejam ser aprovados em vestibulares mais rigorosos, como o das universidades federais. A lei não só desrespeita a igualdade de acesso como facilita a entrada de apenas uma parcela dos estudantes brasileiros", argumentou Amábile.

A presidente Dilma Rousseff tem até 15 dias para sancionar o texto, que também foi rebatido pelos reitores das universidades federais, que alegam perder a autonomia universitária com a medida. A Fenep pretende entrar com uma ação na Justiça assim que a aprovação da lei acontecer.

O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano, afirmou que a agência já recebeu uma série de liminares requisitando a liberação de produtos e medicamentos. "Cumprimos a determinação, mas isso está tumultuando ainda mais nossas operações", disse. Ele afirmou que, ao ter de atender as liminares, muitas vezes outras cargas consideradas prioritárias têm de ser desembaraçadas num outro momento.

Para tentar reduzir o impacto da paralisação, a agência alterou o sistema para liberação das cargas. Aquelas que permanecem mais de cinco dias aguardando avaliação, poderão obter o deferimento antecipado de licenciamento de importação. A medida também pode ser requerida quando não houver capacidade de armazenamento de cargas suficiente nos portos e aeroportos.

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Os efeitos da paralisação já começam a ser sentidos no atendimento. A Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP) informou que, mesmo com ações emergenciais, alguns hospitais registram estoques mínimos e falta de alguns reagentes, materiais descartáveis e alguns produtos farmacêuticos, todos de origem estrangeira.

O secretário-executivo da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), entidade que reúne empresas que atendem mais de 70% do mercado de kits de diagnóstico, considera a situação crítica. "Se as coisas continuarem neste ritmo, em mais uma semana entregas já não poderão mais ser realizadas", afirmou. As empresas também conseguiram liminar da 25ª Vara Cível Federal de São Paulo para que em 48 horas, a Anvisa realize a conferência de todas as mercadorias importadas retidas em portos, aeroportos e demais postos alfandegários do Estado de São Paulo.

O presidente da associação que reúne laboratórios públicos nacionais, Luciano Vasquez, também se diz preocupado. Ele afirma que, por enquanto, os laboratórios têm estoques suficientes. "O problema é que, quando a greve terminar, a liberação não ocorrerá de um dia para o outro. Haverá uma demanda reprimida e, se um esforço concentrado não for feito, o risco de dificuldades no abastecimento aumentará".

A Justiça Federal no Maranhão suspendeu as obras da Vale de ampliação da Estrada de Ferro Carajás, no Pará. O projeto faz parte de um pacote de investimentos em logística de US$ 4,1 bilhões, fundamental para viabilizar os planos de crescimento da companhia na região.

Com a paralisação, o cronograma da obra pode ser afetado. A expectativa era concluir todo o pacote de infraestrutura logística para suportar a expansão da produção das minas de Carajás, no Pará, até o primeiro semestre de 2014.

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Na decisão, publicada no dia 26, o juiz Ricardo Macieira, da 8ª Vara Federal do Maranhão, entendeu que o licenciamento concedido pelo Ibama à Vale estava irregular. Segundo o juiz, o problema é que o licenciamento foi dado sem a realização prévia de um Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima).

Em nota, a Vale informou que irá recorrer da decisão, mas que já cumpre a determinação judicial. "O Projeto de Expansão da Estrada de Ferro Carajás está submetido ao regular processo de licenciamento ambiental perante o Ibama, cumprindo rigorosamente a legislação ambiental aplicável, e contribui para o desenvolvimento socioeconômico do Maranhão, do Pará e do Brasil", diz.

A ferrovia é peça chave nos projetos futuros de expansão da Vale na região por escoar a produção das minas de Carajás até o terminal portuário de Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão. Com a expansão, a Vale pretende ampliar a capacidade da ferrovia dos atuais 130 milhões de toneladas de minério de ferro para um patamar em torno de 230 milhões de toneladas.

A Justiça Federal de São Paulo anulou o contrato da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) com a empreiteira Delta que permitiu a construção do Terminal 4 do Aeroporto de Cumbica - o famoso "puxadinho". Como a obra já está pronta, a decisão deve culminar na devolução aos cofres públicos dos R$ 86 milhões gastos na construção e na responsabilização dos diretores das duas empresas.

A obra do "puxadinho" foi contratada em junho de 2011 sem licitação - à época, a Infraero alegou que a obra seria feita em "caráter emergencial" para dar conta do fluxo crescente de passageiros. A Delta é um dos pivôs do escândalo envolvendo o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

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Na ação civil pública ajuizada pelo procurador da República Matheus Baraldi Magnani, que embasou a decisão judicial, a urgência da obra é contestada. "A concatenação de atos administrativos ineficientes (...) e um ambiente de inércia certamente acarretaria, cedo ou tarde, uma suposta urgência que alforriaria o administrador público do dever de observar (...) a lei de licitações", diz a ação, citando a intenção da Infraero de construir, em meados de 2003, o terceiro terminal do aeroporto no valor de R$ 1 bilhão.

O orçamento foi considerado superfaturado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e a obra jamais saiu do papel. Foi para suprir a falta do Terminal 3 que a Infraero decidiu construir o "puxadinho".

Inércia

Dando razão ao Ministério Público Federal, a juíza Louise Vilela Leite Filgueiras Borer, da 6.ª Vara Federal de Guarulhos, diz na decisão que "a possível situação de caos aéreo" que justificaria a construção rápida do Terminal 4 surgiu "da inércia da própria administração" e, neste caso, não haveria fundamento para a dispensa de licitação. "A urgência, emergência, calamidade pública que legitimam a dispensa de licitação é um dado objetivamente aferível, não sujeito aos temperos da conveniência do administrador." Ao jornal O Estado de S.Paulo, a Infraero disse que se manifestará nos autos do processo. A Assessoria de Imprensa da Delta não foi achada.

Com 12 mil m² na antiga área de cargas da Vasp, o Terminal 4 deveria ter ficado pronto em seis meses. A inauguração estava marcada para 20 de dezembro. Duas semanas antes, o teto recém-construído caiu, ferindo dois operários. A abertura foi adiada em dois meses. Com isso, quem passou por Cumbica no Natal e no réveillon e deveria já ter sido atendido no "puxadinho" terminou como de praxe: espremido nos Terminais 1 e 2. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) concedeu liminar determinando a suspensão das atividades de extração e transporte de petróleo da Chevron e da Transocean no País em 30 dias. O pedido foi feito por meio de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF). Se descumprirem a ordem, as companhias serão multadas em R$ 500 milhões por dia.

As empresas são acusadas de ter causado derramamentos de óleo cru no Campo do Frade, na Bacia de Campos, no litoral norte fluminense, em novembro de 2011 e março de 2012. Segundo a denúncia do MPF, a má execução de operações de perfuração teria causado o dano ambiental. De acordo com o tribunal, a suspensão das atividades da Chevron e da Transocean vale até a conclusão dos processos administrativos instaurados pelo MPF, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

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O juiz federal Ricardo Perlingeiro rechaçou o argumento de que, ao decidir sobre a questão, o Judiciário estaria interferindo indevidamente em competência da ANP. "Nesse contexto, torna-se perfeitamente possível ao Judiciário agir com o escopo de sanar omissões e coibir eventuais excessos administrativos", rebateu.

Para o magistrado, a ocorrência de dois acidentes ambientais em quatro meses e a ausência de equipamentos necessários para identificar a origem dos vazamentos e para contê-los demonstra que as empresas não têm condições no momento de operar os poços com segurança ambiental. Em seu voto, Perlingeiro enviou um recado à ANP e ao Ibama. Ele disse que os órgãos precisam repensar as estratégias de avaliação de riscos e prevenção de acidentes ambientais nos campos de exploração de petróleo em alto mar, impondo às empresas a adoção de medidas capazes de evitar ou minimizar a degradação ambiental.

O estudante Vitor Suarez Cunha, de 21 anos, agredido por cinco rapazes quando tentou evitar que esse grupo importunasse um mendigo na Ilha do Governador, na zona norte do Rio, em fevereiro, lançou uma campanha contra a libertação de seus agressores. Cunha pediu nesta terça-feira aos seus seguidores no microblog Twitter que repetissem a hashtag "JusticaVitorSuarez" para que o termo chegasse aos tópicos mais repetidos na rede.

Também no Twitter, Cunha, que teve de receber 63 pinos no rosto devido à surra, criticou a decisão de libertar os cinco agressores, anunciada na última sexta-feira pelo juiz Murilo Kieling, da 3ª Vara Criminal do Rio. O magistrado também desqualificou o crime pelo qual o quinteto é acusado. O Ministério Público acusava o grupo por tentativa de homicídio, mas o juiz considera que houve lesão corporal. Assim, o grupo será julgado por um juiz, e não pelo Tribunal do Júri.

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O advogado David Steenson, que representa as offshores Kildare e Durant perante a Corte Real de Jersey na ação em que a Prefeitura de São Paulo busca repatriar US$ 22 milhões - dinheiro supostamente desviado dos cofres públicos municipais na gestão do deputado e ex-prefeito Paulo Maluf (1993-1996) -, informou que vai recorrer a "todos os tribunais disponíveis, caso necessário, de qualquer decisão adversa tomada em primeira instância".

Em comunicado oficial, Steenson destacou que a defesa vai insistir na versão de que a Prefeitura não é a parte legítima para a demanda, e sim a antiga Empresa Municipal de Urbanização (Emurb). A Emurb, uma empresa de economia mista, era responsável pela contratação de empreiteiras para grandes obras viárias.

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O Ministério Público Estadual (MPE) sustenta que Maluf teria recebido recursos desviados da construção da Avenida Água Espraiada, depois rebatizada de Roberto Marinho, na zona sul. Parte desse dinheiro teria sido remetida para contas daquelas offshores, Kildare e Durant. O ex-prefeito nega desvios em sua gestão.

Na sexta, o jornal O Estado de S.Paulo informou que a Justiça de Jersey rechaçou as principais teses da defesa na ação de repatriação do dinheiro. Argumentos sobre a falta de competência da Prefeitura para entrar com a ação e suposta prescrição dos atos atribuídos ao ex-prefeito não foram considerados válidos. A sentença sobre a devolução ou não dos US$ 22 milhões reclamados pela Prefeitura deve sair nas próximas semanas.

David Steenson advoga os interesses das duas offshores que, segundo o Ministério Público paulista, seriam controladas por Flávio Maluf, filho do ex-prefeito. Durante sessões do julgamento ocorridas duas semanas atrás, a defesa das offshores admitiu a ligação de Flávio com as contas em Jersey. Chegou a dizer que o próprio ex-prefeito as usou, mas para depósitos de dinheiro obtido em negócios "privados".

No recente comunicado, Steenson repetiu o argumento dos advogados de Maluf no Brasil e disse que fala "exclusivamente pelas empresas", não pela família do ex-prefeito. E insistiu no argumento central da defesa das offshores na ilha do Canal da Mancha. A "entidade correta que deveria estar envolvida nos procedimentos, se de fato houver tal demanda, seria a Emurb, que assinou os contratos com as empreiteiras em março de 1987", e não o município.

No comunicado, Steenson anotou: "Os advogados de defesa gostariam de informar sua intenção de apelar a todos os tribunais disponíveis, caso necessário, de qualquer decisão adversa tomada em primeira instância pela Corte Real de Jersey." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) que está completando 190 anos, recebe nesta quinta-feira (26), ao meio dia, uma homenagem do Grupo de Executivo do Recife (Gere), no restaurante Boi Preto. Os cumprimentos serão feitos pelo presidente da Ordem dos Advogados de Pernambuco (OAB-PE), Henrique Mariano.

A Gere, que busca uma integração de empresas ajudando ao desenvolvimento da economia local proporcionando novas oportunidades de negócios, foi fundada há 47 anos, e atualmente é presidida por Braga Sá. O evento conta com a participação de associados vai entregar o título de “ Cidadão Amigo do Gere” Pedro Henrique Reynaldo Alves, conselheiro da OAB e da Comissão Especial de Acompanhamento Legislativo.

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Na batalha contra a máfia, a Itália criou os juízes sem rosto - magistrados que não tinham a identidade revelada nem na hora da sentença. No Brasil, contra as organizações criminosas que matam desafetos, negociam drogas ou avançam sobre o erário, os juízes agora vão poder atuar em colegiado quando tiverem que tomar decisões severas contra investigados. É o que prevê a Lei 12.694, publicada ontem no Diário Oficial da União, sancionada pela presidente Dilma Rousseff para assegurar à toga maior segurança.

Em processos ou procedimentos sobre delitos praticados por organizações criminosas, o juiz poderá decidir pela formação de um conselho para a prática de qualquer ato, especialmente decretação de prisão ou de medidas assecuratórias - interceptação telefônica, ordem de buscas e ação controlada.

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"(A lei) Pode evitar episódios como o do juiz Paulo Augusto Moreira Lima, do caso Cachoeira", diz o desembargador Henrique Nelson Calandra, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). "É muita pressão sobre um único magistrado. O trabalho em conjunto, compartilhando as deliberações, pode neutralizar intimidações."

Em junho, após ameaças, Moreira Lima deixou o comando do processo que envolve o contraventor Carlinhos Cachoeira. Alegou que não tinha mais condições de permanecer à frente da investigação. "Ele (Moreira Lima) estava exaurido", diz Calandra. "Intimidações são comuns nesse tipo de procedimento. Processo que derruba um senador da República (Demóstenes Torres). Quer mais o quê?"

Deliberações

O colegiado poderá deliberar sobre concessão de liberdade provisória ou revogação de prisão, sentença, progressão ou regressão de regime de cumprimento de pena, concessão de liberdade condicional, transferência de preso para estabelecimento prisional de segurança máxima e inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado.

O juiz poderá instaurar o colegiado, indicando os motivos e as circunstâncias que acarretam risco à sua integridade física em decisão fundamentada, da qual será dado conhecimento à Corregedoria do tribunal ao qual está vinculado. O colegiado será formado pelo juiz do processo e por dois outros juízes escolhidos por sorteio eletrônico, dentre aqueles de competência criminal em exercício no primeiro grau de jurisdição.

A competência do colegiado limita-se ao ato para o qual foi convocado. As reuniões poderão ser sigilosas "sempre que houver risco de que a publicidade resulte em prejuízo à eficácia da decisão judicial". As decisões do colegiado, "devidamente fundamentadas e firmadas, sem exceção, por todos os seus integrantes", serão publicadas sem nenhuma referência a voto divergente.

Identidade

"É passo importante para fortalecer o Judiciário na parte mais próxima da população, a primeira instância, por isso sujeita às ameaças e vinganças daqueles que são contra o Estado de Direito", disse o desembargador Roque Mesquita de Oliveira, presidente da Associação Paulista dos Magistrados.

O presidente da Associação dos Juízes Federais em São Paulo, Ricardo Rezende, alerta que "em muitos casos o juiz realmente é um alvo fácil, uma figura totalmente desprotegida".

O advogado Pierpaolo Bottini diz que "é justificável o reforço a medidas de segurança aos juízes, diante de recentes atentados". E adverte: "A formação de um colegiado para atos como a sentença afeta a garantia da identidade física do juiz, porque ao menos dois magistrados integrantes do grupo não estiveram presentes no momento de produção da prova, não participaram dos interrogatórios, das audiências de testemunhas". A criminalista Beatriz Catta Preta considera a criação do colegiado "medida desnecessária, porque é inerente ao cargo do juiz tomar decisões independentemente da periculosidade ou não do investigado". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A Justiça Federal em São Paulo aceitou nesta segunda-feira (23) denúncia da Procuradoria da República e abriu processo criminal contra 11 pessoas acusadas de desviar recursos públicos na construção da antiga avenida Água Espraiada, rebatizada de Jornalista Roberto Marinho, nas gestões dos ex-prefeitos Paulo Maluf (1993-1996) e Celso Pitta (1997-2000).

A decisão foi tomada pela 2.ª Vara Federal, especializada na condução de ações sobre crimes financeiros. São alvo do processo executivos e ex-executivos da OAS e da Mendes Júnior, empreiteiras que fizeram a obra, além de dois ex-funcionários da Emurb, antiga empresa municipal de urbanização, responsável pela contratação dos serviços. A Procuradoria da República informou ontem que "todos responderão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro".

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A ação criminal é um desmembramento do processo penal que tramita no Supremo Tribunal Federal contra Maluf, hoje deputado federal, por supostos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e organização criminosa, evasão de divisas e crime contra a administração pública.

Maluf é acusado de receber dinheiro desviado da obra da Água Espraiada e enviá-lo para contas na ilha britânica de Jersey, no Canal da Mancha. Na semana passada, o jornal O Estado de S.Paulo revelou que a defesa da offshore Durant admitiu que uma conta na ilha é da família de Maluf e foi inclusive usadas pelo ex-prefeito - os advogados, porém, disseram que o dinheiro que circulou por lá tinha origem lícita, de negócios privados de Maluf.

A informação consta de documentos apresentados à Justiça local, em audiência de ação movida pela Prefeitura de São Paulo para reaver US$ 22 milhões supostamente desviados de obras da gestão do ex-prefeito, incluindo a construção da avenida Água Espraiada. A defesa da família Maluf no Brasil rebate as informações da defesa da offshore em Jersey. Afirma que os advogados de lá não falam pelo ex-prefeito.

Na denúncia aceita pela 2ª Vara Federal anteontem, o Ministério Público atribui a Maluf "ilícitos investigados de desvio de recursos públicos na construção da Avenida Água Espraiada".

A investigação é resultado do compartilhamento de provas do inquérito civil público que deu origem à ação de improbidade administrativa atualmente em curso na Justiça Estadual. "Foram obtidas provas de que agentes públicos, políticos e representantes das empresas que participaram da construção da Avenida Água Espraiada se associaram para cometer crimes contra administração pública", afirma o Ministério Público Federal.

De acordo com a Procuradoria, "para desviar o dinheiro público, os representantes do Consórcio Água Espraiada e as empresas do Grupo Mendes Júnior e OAS subcontratavam empresas de prestação de serviços ou de materiais que emitiam notas superfaturadas ou notas frias por serviços nunca realizados".

A Procuradoria afirma que, "pelo lado da Prefeitura, a antiga Emurb realizava medições falsas na obra e atestava os serviços não realizados, autorizando assim a liberação de recursos para as empresas envolvidas". "Esses recursos eram repassados às empresas subcontratadas através de cheques nominais", diz a denúncia. "No mesmo dia do pagamento, ou em dia próximo, as empresas subcontratadas emitiam cheques ao portador, que eram depositados em contas de terceiros, de doleiros, prestadores de serviços, ou sacados em dinheiro. O objetivo era dificultar a identificação e a origem dos recursos (...) As empreiteiras também convertiam os valores em dólares e escondiam o dinheiro em caixas de uísque, bombons ou pacotes de presentes, com o objetivo de ocultar a movimentação dos recursos", afirma o Ministério Público. "O dinheiro era entregue ao ex-presidente da Emurb, Reynaldo Egydio de Barros, que posteriormente distribuía a Paulo Maluf e a Celso Pitta, quando este era prefeito."

O ex-prefeito nega desvios nas obras de sua gestão. A assessoria de imprensa da Mendes Júnior destacou que a denúncia é contra pessoas físicas. "A Mendes Júnior não é parte no processo", anotou a Brickmann&Associados Comunicação. A OAS não se pronunciou sobre as acusações do Ministério Público Federal. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

 

A Advocacia Geral da União vai entrar na Justiça contra 210 candidatos nas eleições deste ano que recorrem a uma antiga e marota estratégia para fisgar o eleitor: associar seus nomes aos de autarquias e fundações federais, em geral provedoras de benefícios ao cidadão comum.

Estão na mira "Jô Soares do INSS", "Marcos Valério da UnB", "Ivete da Funasa", "Garrincha do Dnit", "Tequinha do Incra" e muitos outros identificados depois de um pente-fino em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Nas ações, que começam a ser ajuizadas nesta segunda-feira, a AGU pede que os registros sejam alterados e os casos, comunicados ao Ministério Público para que avalie a possibilidade de haver crime eleitoral.

A justificativa é que artigos da Constituição, do Código Civil e da Lei de Propriedade Industrial protegem nomes, siglas e marcas das pessoas jurídicas, inclusive órgãos do governo. Sendo assim, não podem ser apropriados para servir a interesses particulares.

Para a AGU, a situação cria distorções no processo eleitoral. É que, ao se vincular aos órgãos federais, o candidato venderia a falsa expectativa de que, eleito, poderá ajudar o cidadão na administração pública. Além disso, criaria desigualdade em relação aos concorrentes, ao sugerir, pelo nome, ter acesso mais fácil à estrutura do governo.

"É uma apropriação da força e do poder das marcas do Estado. Gera a impressão de que o candidato pertence à máquina oficial. Parcela do eleitorado pode entender que, futuramente, ele poderá lhe trazer alguma vantagem", diz o procurador geral federal da AGU, Marcelo de Siqueira Freitas, dizendo que a situação é um resquício do clientelismo na política brasileira. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

 

O ex-prefeito Paulo Maluf, hoje deputado federal pelo PP, não se pronunciou nesta quarta-feira (18) sobre as alegações de advogados que representam a offshore ligada à sua família no processo em que a Prefeitura de São Paulo tenta repatriar US$ 22 milhões. A reportagem entrou em contato com seus assessores mas não obteve resposta até o momento. Desde que as suspeitas sobre o uso de paraísos fiscais surgiu, no início da década passada, Maluf sempre negou ter contas no exterior.

No processo em Jersey, os advogados da offshore ligada à família do ex-prefeito admitem que ele recebeu comissões em contas da ilha, mas dizem que as transações nada tinham a ver com acusações de corrupção. A defesa afirmou que foram usados doleiros para enviar dinheiro ao exterior mas rejeitam a suspeita de que os recursos tenham vindo de verbas públicas. A defesa apontou ainda que, no Brasil, "doleiros eram aceitos pela sociedade como uma maneira de enviar dinheiro ao exterior".

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E apelou aos juízes para que "avaliem o caso sem emoção". Insistiu, também, que, mesmo que tenham existido as transferências ao exterior e que haja indícios de fraude em São Paulo, não há prova de que o dinheiro saiu de cofres públicos.

Um dos argumentos do advogado David Steenson - que representa a empresa Durant, cujo diretor foi Flávio Maluf - é que as transações apresentadas não são necessariamente subornos e a prefeitura "fracassou" em provar isso. Steenson alegou que a conta Chanani, no Safra National Bank de Nova York, era apenas uma conta por onde eram movimentados no exterior os ativos de doleiros e de Maluf.

Em nenhum momento Steenson lembrou das tradicionais frases de Maluf, de que "não tem" contas no exterior. Ao juiz, tentou provar que "os documentos não explicam nada. Nem de onde veio o dinheiro e nem para onde foi". "Pode até existir algum tipo de fraude em São Paulo. Mas não há provas." Para concluir, insistiu que Maluf não teve chance de se defender. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

 

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