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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone, nesta quinta-feira (20), com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau. Segundo Lula, foi uma conversa longa e abordou temas relacionados ao meio ambiente e também sobre a guerra na Ucrânia. O brasileiro também convidou o líder canadense para vir ao Brasil.

"Tive uma longa e boa conversa com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau. Falamos sobre desenvolvimento sustentável e combate às mudanças climáticas. Também conversamos sobre a guerra na Ucrânia e a importância da paz. E convidei Trudeau para vir ao Brasil", escreveu Lula em postagem nas redes sociais.

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A conversa ocorreu no mesmo dia em que Lula participou do Fórum Virtual de Grandes Economias sobre Clima e Energia, evento organizado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Na ocasião, Biden anunciou o repasse de US$ 500 milhões ao Fundo Amazônia pelos próximos cinco anos. O fundo é mantido por países como Noruega e Alemanha e administrado pelo governo brasileiro para a promoção de ações de preservação da floresta.

Com prioridade na política externa, o presidente Lula decidiu embarca ainda nesta quinta para a quarta viagem internacional deste terceiro mandato. Ele vai a Portugal e Espanha. A partida para Lisboa, capital portuguesa, está prevista para as 22h.

Com foco em comércio e investimento, energia, mobilidade, tecnologia e inovação e saúde, o presidente Lula cumpre agenda em Portugal até o dia 25 de abril. No país, Lula vai ser recebido no próximo sábado (22) pelo presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e pelo primeiro-ministro, António Costa.

Já a viagem a Madri, capital da Espanha, está prevista para os dias 25 e 26 de abril. Por lá, o presidente Lula vai ser recebido pelo rei Filipe VI, e também pelo primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez. No país, Lula vai participar, também, de encontros com empresários.

Com a viagem o aos dois países da Europa, Lula passa a somar encontros bilaterais em sete países em quatro meses de mandato. Desde que se tornou presidente pela terceira vez, ele já esteve na Argentina, Uruguai, Estados Unidos, China e Emirados Árabes.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, testou positivo para Covid-19 nessa segunda-feira (13), poucos dias após participar da Cúpula das Américas. Na última sexta-feira (10), durante o encontro de chefes de Estado, o canadense sentou ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Esta é a segunda vez que Trudeau é diagnosticado com a doença. Via redes sociais, ele afirmou que está se sentindo bem, mas vai seguir as recomendações de autoridades sanitárias e se isolar. O primeiro-ministro também fez um apelo para que a população tome as vacinas ou doses de reforço. "Vamos proteger nosso sistema de saúde e uns aos outros", disse.

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Ainda na segunda-feira, uma autoridade da Casa Branca informou que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, não teve contato próximo com o canadense durante a Cúpula. O Planalto ainda não se manifestou sobre a possibilidade de o presidente Bolsonaro ter se infectado com a doença. A proximidade do mandatário brasileiro com Trudeau foi registrada em imagens do evento.

Procurado pelo Estadão, o Planalto ainda não informou se o presidente fará ou fez teste de Covid.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, assinou nesta quinta-feira (2) um acordo de 1,3 bilhão de dólares canadenses (US$ 1 bilhão), um dos maiores do tipo, para resolver uma disputa fundiária centenária com o povo nativo Blackfoot.

"Nos reunimos hoje para corrigir um erro do passado", disse Trudeau nas terras tradicionais da chamada Primeira Nação Siksika, no oeste do Canadá.

Em 1910, o governo canadense se apoderou de quase metade das terras da reserva da nação indígena na província de Alberta para utilizá-las na obtenção de recursos e vendê-las a colonos.

A apropriação das terras aconteceu mesmo com a existência de um tratado, firmado 30 anos antes, que garantia a posse dos cerca de 46.000 hectares na região das pradarias ocidentais à comunidade nativa.

Trudeau disse que o governo canadense havia "agido de maneira desonrosa" ao tomar as "terras agrícolas, e ricas em minerais, mais produtivas da comunidade para o benefício de outros".

Por sua vez, o ministro de Relações Indígenas do Canadá, Marc Miller, afirmou que os siksika haviam perdido uma parte da riqueza gerada a partir destas terras, assim como o acesso a muitos lugares sagrados.

Nesse sentido, argumentou que era importante reconhecer as "negociações desproporcionais e as cessões de terras".

"Apesar de este acordo não compensar o passado, esperamos que leve a um futuro melhor e mais brilhante para esta geração e as vindouras", acrescentou.

"Essa reivindicação de terras, sim, 1,3 bilhão, é muito dinheiro. Nunca será o que era antes. Mas temos que seguir em frente", disse o funcionário.

A comunidade, acrescentou Miller, está começando a ver o renascimento de sua cultura e tradições, assim como do idioma Blackfoot, que agora é utilizado na sinalização viária local, por exemplo.

O primeiro-ministro canadiense, Justin Trudeau, criticou os protestos liderados por caminhoneiros contra as regras anticovid que paralisaram o centro de Ottawa e estimularam movimentos similares na França e Nova Zelândia.

A polícia canadense ameaçou na quarta-feira (9) prender os manifestantes que se uniram ao bloqueio da ponte Abassador, que liga Windsor e a cidade americana de Detroit, em solidariedade com centenas de caminhoneiros que bloqueiam há duas semanas a capital.

"Os bloqueios, as manifestações ilegais, são inaceitáveis e estão impactando negativamente os negócios e fábricas", declarou o primeiro-ministro, Justin Trudeau, na Câmara dos Comuns. "Temos que fazer de tudo para que isso acabe", completou.

"Não podemos terminar a pandemia com bloqueios (...) Precisamos encerrá-la com ciência. Precisamos encerrá-la com medidas de saúde pública", insistiu.

O chamado "Comboio da Liberdade" começou em janeiro no oeste do Canadá, conduzido por caminhoneiros que rejeitam a vacinação ou testes obrigatórios para cruzar a fronteira com os Estados Unidos. Mas o movimento virou um protesto mais amplo contra todas as medidas sanitárias aplicadas contra a covid-19.

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse que as autoridades americanas estão em "contato direto" com as agências de fronteira canadenses devido ao bloqueio da ponte e advertiu sobre o "risco para as cadeias de abastecimento" e a economia dos dois países.

Mais de 40.000 passageiros, turistas e caminhoneiros carregando mercadorias no valor de US$ 323 milhões cruzam a ponte diariamente.

Dezenas de câmaras de comércio e associações industriais no Canadá e nos Estados Unidos exigiram que a ponte fosse liberada.

"À medida que nossas economias emergem dos impactos da pandemia, não podemos permitir que nenhum grupo prejudique o comércio além-fronteiras", disseram.

- Imitadores -

Apesar das advertências, o protesto prossegue e virou inspiração no exterior, com movimentos similares na Nova Zelândia, Nova York ou França.

Nesta quinta-feira, no centro de Wellington, policiais e manifestantes antivacina se enfrentaram diante do Parlamento neozelandês. Mais de 10 pessoas foram detidas.

Na França, milhares de manifestantes inspirados pelos caminhoneiros canadenses planejam entrar em Paris na noite de sexta-feira, com alguns deles dispostos a seguir até Bruxelas na segunda-feira.

A polícia de Paris atuou nesta quinta-feira para impedir o protesto e anunciou a proibição dos chamados "comboios da liberdade", com a presença de agentes nas principais rodovias para que não sejam bloqueadas, além da ameaça de multas e detenções.

No berço do movimento, no centro de Ottawa, na noite de quarta-feira havia um clima de desafio e celebração.

"Não vamos a lugar nenhum", disse caminhoneiro John Deelstra, ao volante de seu veículo, estacionado no local desde o primeiro dia de protestos.

Lloyd Brubacher, caminhoneiro de Ontário, tem a mesma convicção. "Não vou a lugar nenhum", afirmou, disposto a "lutar até o fim".

"Esta é uma situação dramática que está afetando o bem-estar da relação do Canadá com os Estados Unidos e tem um grande impacto na forma como as empresas podem realizar suas operações", analisou Gilles Le Vasseur, professor da Universidade de Ottawa.

- "Bloqueio econômico ilegal" -

Quase 400 veículos permanecem estacionados diante do gabinete do primeiro-ministro canadense, em meio a churrascos, fogueiras e música.

Proibidos por lei de usar suas buzinas após as reclamações dos moradores, os manifestantes agora usam o barulho dos motores, o que enche o centro de Ottawa com fumaça de diesel.

O setor econômico está preocupado.

O presidente da Associação Canadense de Fabricantes de Automóveis, Brian Kingston, alertou que o bloqueio da ponte Ambassador está "ameaçando cadeias de suprimentos frágeis já sob pressão de escassez e atrasos relacionados à pandemia".

As autoridades afirmaram que 5.000 trabalhadores em Windsor foram enviados de volta para casa na terça-feira por causa do bloqueio e várias fábricas de montagem se preparavam para fechar por falta de peças.

Michelle Krebs, analista da Autotrader em Detroit, explicou que as montadoras norte-americanas dependem de entregas pontuais de peças por aquela ponte suspensa.

O setor automotivo, sublinhou, "é uma parte significativa da economia" e foi afetado no último ano.

O ministro canadense dos Transportes, Omar Alghabra, advertiu para "sérios perigos" por este "bloqueio econômico ilegal contra todos os canadenses".

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, anunciou neste domingo (15) eleições antecipadas para 20 de setembro, menos de dois anos após as últimas federais, estimando que com a pandemia o país atravessa um momento "histórico".

"A governadora-geral aceitou meu pedido para dissolver o Parlamento. Os canadenses, portanto, irão às urnas em 20 de setembro", disse da capital federal, Ottawa.

Segundo Trudeau, o país vive um "momento histórico" e por isso é "extremamente importante que os canadenses possam escolher como sairemos desta pandemia e como nos reconstruiremos melhor".

"Peço que apoiem um governo progressista e ambicioso" que defenda "um sistema de saúde forte, moradia acessível e um meio ambiente protegido", declarou, lançando alguns dos principais temas de sua campanha.

À frente de um governo minoritário desde outubro de 2019, o que o torna dependente dos partidos de oposição para aprovar suas reformas, Justin Trudeau pretende aproveitar as pesquisas favoráveis, sua gestão da pandemia e o sucesso da campanha de vacinação.

Mas os outros partidos, todos contra a realização de uma votação neste verão, iniciaram as hostilidades e denunciaram um cálculo político, enquanto a pandemia ainda não acabou. Todos planejam falar durante o dia.

Como outros países, o Canadá anunciou recentemente que enfrenta uma quarta onda epidêmica, devido à variante Delta, que é mais contagiosa.

No entanto, o país tem uma das melhores coberturas vacinais do mundo - 71% dos 38 milhões de canadenses receberam a primeira dose e 62% estão totalmente imunizados.

"Era a única janela para Justin Trudeau, porque com o retorno às aulas em duas semanas, os casos de covid inevitavelmente aumentarão", comentou à AFP Félix Mathieu, professor de ciência política da Universidade de Winnipeg.

"E já dura 18 meses, que é o tempo médio de vida de um governo minoritário".

O primeiro-ministro queixou-se várias vezes nos últimos tempos sobre a obstrução dos partidos da oposição no Parlamento. Para liderar um governo majoritário, seu partido, que tem 155 membros eleitos, terá de obter pelo menos 170 das 338 cadeiras na Câmara dos Comuns.

Mas é uma "aposta arriscada", acredita Daniel Béland, professor de ciência política da Universidade McGill, tendo em vista as pesquisas atuais que não lhe garantem a maioria.

- Participação incerta -

"A eleição pode ser disputada em algumas cadeiras", acrescenta ele e "como esta eleição é claramente uma decisão de Trudeau, se ele falhar, pode custar caro em termos de liderança".

Diante dele, Erin O'Toole, líder dos conservadores, único outro partido capaz de formar um governo - atualmente 119 deputados - sofre de falta de notoriedade entre a opinião pública, mas poderá contar com as províncias rurais como reservatório de votos.

Jagmeet Singh, que dirige o Novo Partido Democrático (NDP), é o outro rival de Trudeau e pode angariar votos entre os jovens e moradores urbanos.

Prevê-se que a campanha eleitoral, anunciada para durar apenas 36 dias, gire em grande parte em torno da gestão da pandemia e dos amplos programas de ajuda emergencial implantados pelo governo, bem como do plano de recuperação pós-pandemia de 101 bilhões de dólares em três anos.

Mas as questões ambientais e de reconciliação com os povos indígenas também serão cruciais para estas eleições, que promete ser inédita.

As medidas sanitárias ainda em curso em vários estados limitarão os comícios eleitorais e a grande incerteza será a participação, sabendo que "uma baixa participação reduziria a legitimidade do próximo governo", acrescenta Félix Mathieu.

Além disso, se a votação por correspondência se sobressair, como é esperado devido à pandemia, o resultado da votação pode demorar a ser conhecido.

Joe Biden participará de sua primeira reunião bilateral - embora virtual - como presidente dos Estados Unidos na terça-feira (23), com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.

Não é a primeira vez que Biden prioriza seu equivalente canadense, que também recebeu o primeiro telefonema do novo presidente para um líder estrangeiro apenas dois dias após assumir o cargo.

O encontro por videoconferência permitirá que os dois "revisem os esforços conjuntos" em assuntos como a Covid-19 e as mudanças climáticas, de acordo com um comunicado da Casa Branca divulgado neste sábado.

A Casa Branca não mencionou o oleoduto Keystone XL que conecta as areias petrolíferas de Alberta às refinarias costeiras no Texas, que se tornou uma questão altamente sensível depois que Biden decidiu bloquear sua conclusão.

O projeto, apoiado por Ottawa mas criticado por ambientalistas, foi lançado em 2008, antes de ser barrado pelo governo do ex-presidente Barack Obama. Sob o presidente Donald Trump, no entanto, recebeu luz verde.

Biden fez campanha em parte para rescindir a licença concedida ao projeto pelo governo Trump, como parte de uma promessa maior de combater as mudanças climáticas.

Trudeau expressou desapontamento com a decisão de Biden de descartar o oleoduto.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou nesta quinta-feira (9) que várias fontes de Inteligência, incluindo os serviços canadenses, sugerem que o Boeing 737 que caiu na véspera perto de Teerã foi "derrubado por um míssil terra-ar iraniano".

"Temos informação de múltiplas fontes, incluídos nossos aliados e nossos serviços", que "indica que o avião foi derrubado por um míssil terra-ar iraniano. Pode ser que não tenha sido intencional", disse Trudeau em coletiva de imprensa.

O premiê canadense insistiu em que estes últimos acontecimentos "reforçam a necessidade de uma investigação exaustiva sobre este assunto".

"Como disse ontem, os canadenses têm perguntas e merecem respostas", disse.

O desastre, que resultou na morte de 176 pessoas, incluindo 63 canadenses, ocorreu pouco depois de Teerã disparar mísseis contra bases militares utilizadas pelo Exército americano no Iraque.

O voo PS752, da Ukrainian International Airlines (UIA), decolou no começo da manhã de quarta-feira de Teerã (hora local, noite de terça no Brasil), com destino a Kiev, mas caiu logo depois.

O presidente americano, Donald Trump, expressou nesta quinta suas "suspeitas" sobre as causas do ocorrido quando, segundo vários veículos, a Inteligência americana está cada vez mais convencida de que o avião foi derrubado pelo Irã por engano.

Donald Trump acusou, nesta quarta-feira (4), o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau de ter "duas caras", depois que uma rede de televisão canadense mostrou o premiê aparentemente rindo do presidente americano junto com outros líderes durante uma recepção à margem da cúpula da Otan.

Alegando que já falou muito com a mídia desde que chegou a Londres na segunda-feira (2), Trump disse que voltará "diretamente" a Washington ao final da cúpula, cancelando sua coletiva de imprensa final.

Durante uma recepção no Palácio de Buckingham na terça-feira, uma câmera de televisão flagrou o grupo de líderes rindo aparentemente do presidente americano.

Nas imagens, pode-se escutar o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, perguntando ao presidente francês, Emmanuel Macron: "Foi por isso que chegou tarde?".

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, intervém: "Chegou tarde porque sua coletiva de imprensa durou 40 minutos".

No começo da terça-feira, a reunião bilateral entre Macron e Trump foi precedida por uma longa atenção à imprensa, quando os líderes demonstraram publicamente suas divergências sobre a estratégia da Otan e sobre comércio.

No vídeo, Macron parece contar uma piada sobre o encontro, diante dos olhares da princesa Anne e do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, mas o francês vira de costas para a câmera e suas palavras não podem mais ser ouvidas.

"Oh, sim, sim, anunciou...", reage um Trudeau brincalhão, acrescentando: "Você acaba vendo sua equipe boquiaberta".

"Ele tem duas caras", afirmou Trump a jornalistas nesta quarta-feira, antes de entrar em uma reunião bilateral com a chanceler alemã Angela Merkel.

"Chamei sua atenção (de Trudeau) sobre o fato de que não estar pagando 2%" do PIB nacional como contribuição à Aliança do Atlântico, "e imagino que não esteja muito contente por isso", disse na tentativa de justificar as piadas.

Quebrando o protocolo, Trump usou intensamente suas aparições públicas com aliados para responder a dezenas de perguntas dos jornalistas.

"Acho que já demos muitas coletivas de imprensa", disse, dando a entender que retornará aos EUA sem falar com a imprensa ao fim da reunião.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, conquistou um segundo mandato nas eleições legislativas de segunda-feira (21), mas seu Partido Liberal conseguiu apenas a maioria relativa no Parlamento, o que o obrigará a buscar apoio entre os partidos pequenos para sobreviver.

De acordo com as projeções dos canais de televisão poucas horas depois do fechamento das urnas, os liberais devem obter quase 160 das 338 cadeiras em disputa na Câmara dos Comuns, longe da cômoda maioria absoluta registrada na legislatura anterior.

"Esta noite, os canadenses rejeitaram a divisão", afirmou Trudeau a seus simpatizantes reunidos no centro de Montreal.

"Os canadenses rejeitaram os cortes e a austeridade e votaram a favor de um programa progressista e de uma ação forte contra a mudança climática", acrescentou.

As últimas pesquisas mostravam um empate com os liberais, mas os conservadores liderados por Andrew Scheer venciam em 120 distritos, seguidos pelos independentistas do Bloque Quebequense (32) e pelo Novo Partido Democrata (NDP), com 25 cadeiras.

Trudeau conquistou assim o almejado segundo mandato, apesar dos muitos escândalos que marcaram seus quatro anos de governo. Mas ele sai enfraquecido das eleições e precisará do apoio dos partidos menores, provavelmente o NDP de Jagmeet Singh, uma das revelações destas eleições, para permanecer no poder.

Sem aguardar os resultados oficiais, o presidente americano, Donald Trump, saudou no Twitter a vitória "maravilhosa e duramente batalhada" de Trudeau, com quem mantém uma relação complicada.

Já nesta terça-feira, o líder liberal poderá iniciar negociações com os partidos menores para uma aliança. O primeiro teste da futura administração será o Discurso do Trono, no qual o governo submete seu programa legislativo ao voto do Parlamento.

"Sem dúvida a aproximação será mais fácil entre liberais e o NPD do que com o Bloco", afirmou Hugo Cyr, cientista político da Universidade de Quebec em Montreal.

O líder do Bloco Quebequense, Yves-François Blanchet, celebrou o bom resultado em Quebec, única província na qual o partido apresentou candidatos: deve praticamente triplicar o resultado de 2015.

"O Bloco pode colaborar, de acordo com o mérito, com qualquer governo. Se a proposta for boa para Quebec, podem contar conosco", disse.

As autoridades eleitorais não divulgaram o índice de participação. Quase 4,7 milhões de canadenses - dos 27,4 milhões de eleitores registrados - votaram de maneira antecipada, um número superior ao registrado em 2015.

Mais velho que os rivais, Trudeau, 47 anos, não tem mais a vantagem da juventude nem da novidade, fatores que o levaram ao poder em 2015.

O líder liberal termina seu mandato afetado por vários escândalos. Sua popularidade caiu após um caso de interferência política em um processo judicial e pela publicação durante a campanha de fotos dele fazendo blackface.

Ao longo da campanha, Trudeau defendeu sua gestão: economia sólida, legalização da maconha, imposto sobre o carbono, acolhida de milhares de refugiados sírios, acordos de livre comércio assinados com a Europa e Estados Unidos e México.

Por sua vez, Scheer prometeu retomar o equilíbrio orçamentário e reduzir os impostos com um objetivo simples: "devolver o dinheiro aos bolsos dos canadenses".

Mas o jovem conservador, pai de cinco filhos e de formação católica, tampouco escapou da polêmica, por sua hostilidade pessoal em relação ao aborto, a revelação tardia de sua dupla cidadania canadense e americana ou suspeitas de que ordenou uma campanha contra seu rival Maxime Bernier.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, aproveitou na quarta-feira (2) o primeiro debate exibido na TV sobre as eleições legislativas e partiu para o ataque contra seu principal rival, o conservador Andrew Scheer, a apenas três semanas da votação.

Os candidatos discutiram em francês sobre laicismo, aborto, eutanásia, descriminalização das drogas, casamento gay, mudança climático e economia, entre outros temas.

Os dois tentaram conquistar votos na crucial província de Quebec, onde são disputadas 25% das 338 cadeiras do Parlamento.

Em um debate direto com Scheer, além do líder do Novo Partido Democrata (esquerda) Jagmeet Singh e de Yves-Francois Blanchet, do 'Bloc Quebecois' (independentista), Trudeau defendeu seu mandato.

Scheer, menos cômodo falando em francês do que em inglês, precisava mostrar aos canadenses que está preparado para ser primeiro-ministro, mas evitou as perguntas sobre suas opiniões pessoas a respeito do aborto e foi criticado por esperar que outros países atuem na vanguarda das ações climáticas, ao mesmo tempo que prometeu reverter um imposto liberal sobre o carbono.

"Os conservadores estão lutando com o fato de que seus valores não se alinham ao progressismo dos canadenses", disparou Trudeau.

Mas o primeiro-ministro, líder do Partido Liberal, enfrentou críticas de Singh por ter nacionalizado o oleoduto Trans Mountain, que conecta Alberta com a costa oeste do Canadá e é alvo de críticas dos ecologistas.

Também foi atacado por Scheer, que mencionou as faltas éticas de Trudeau, incluindo sua interferência no julgamento do grupo de engenharia SNC-Lavalin.

Scheer já anunciou que, se for eleito, iniciará uma investigação judicial sobre a disputa de Trudeau com seu procurador-geral para arquivar o caso contra a empresa, com o objetivo de salvar até 9.000 empregos.

O escândalo, revelado no início do ano, abalou a imagem de menino de ouro de Trudeau, ao mesmo tempo que deixou os liberais estagnados nas pesquisas para as eleições de 21 de outubro.

O chefe de Goveno também enfrentou uma polêmica no mês passado com a divulgação de fotos e de um vídeo que o mostravam, ainda jovem, com o rosto pintado de negro (ato conhecido como "blackface") em várias festas privadas entre 1990 e 2001. Mas o tema não foi mencionado no debate.

Scheer tenta convencer os canadenses em uma campanha na qual precisa se defender dos ataques por sua oposição ao casamento gay em um discurso de 2005.

Em uma eleição que deve ser muito disputada, o debate era considerado muito importante, especialmente para o eleitorado francófono.

Outros dois debates estão programados: 7 de outubro (em inglês) e dia 10 (em francês).

Trudeau se destacou nos debates de 2015 e conseguiu uma grande vitória para os liberais, mas agora é alvo de muitas críticas dos adversários a sua gestão.

Os liberais têm grande maioria atualmente em Quebec, mas o 'Bloc Quebecois', que promove a independência desta província do Canadá e que muitos consideravam enterrado depois de conquistar apenas 10 cadeiras em 2015, registra um rápido avanço nas pesquisas.

Após dois referendos frustrados em 1980 e 1995 para obter a separação do Canadá, o independentismo em Quebec é praticamente uma causa perdida.

Mas o 'Bloc' aproveita um renovado nacionalismo quebequense para melhorar sua posição, alegando que está mais preparado para defender os interesses da população de língua francesa dentro da federação.

Blanchet alinhou as políticas de seu partido com as do popular governo de Francois Legault em Quebec. Isto inclui restrições aos símbolos e vestimentas religiosas e medidas sobre a política de imigração.

Os líderes do G7 estarão neste sábado (24) em Biarritz no centro das atenções da comunidade internacional, que espera soluções concretas para as crises que agitam o planeta: guerra comercial, Irã ou os incêndios na Amazônia.

Um a um, os líderes do clube das grandes democracias liberais chegaram ao sudoeste da França, sendo Donald Trump o último a bordo do Air Force One, que aterrissou ao meio-dia em Bordeaux.

Juntamente com o presidente americano, Angela Merkel, Boris Johnson, Giuseppe Conte, Shinzo Abe e Justin Trudeau marcarão o início da cúpula em um jantar informal organizado por Emmanuel Macron no farol de Biarritz com vista para o Atlântico.

Vão discutir um tema que se impôs de última hora: a multiplicação dos incêndios florestais na Amazônia.

Neste sentido, Macron apelou a "uma mobilização de todas as potências" para ajudar o Brasil e os demais países afetados a lutar contra os incêndios florestais na Amazônia e para investir no reflorestamento das regiões atingidas.

"Devemos responder ao apelo da floresta (...) da Amazônia, nosso bem comum (...) então vão agir"

As negociações podem ser delicadas, depois que Macron acusou o presidente brasileiro Jair Bolsonaro de "mentir" sobre seus compromissos climáticos e de "inação" diante dos incêndios.

Suas críticas podem contrariar Donald Trump, de quem Jair Bolsonaro é um firme defensor no cenário internacional.

Berlim também manifestou relutância ao anúncio de que Paris bloquearia o projeto de acordo comercial entre a UE e o Mercosul, um assunto que será abordado durante a reunião entre Angela Merkel e Emmanuel Macron à tarde.

Mas o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, presente em Biarritz, reconheceu que seria "difícil imaginar" que a UE ratifique tal acordo enquanto o Brasil "permitir a destruição" da Amazônia.

- Trump imprevisível -

Os milhares de diplomatas e jornalistas presentes em Biarritz aguardam para ver qual será a atitude do imprevisível presidente americano sobre outras questões.

Antes de voar para a França, Trump pareceu otimista. "Acho que será muito produtivo", disse ele a repórteres.

Mas o republicano brandiu a ameaça de retaliação à imposição de um imposto francês sobre os gigantes americanos do setor de alta tecnologia.

"Eu não gosto do que a França fez", lançou. "Eu não quero que a França imponha impostos às nossas sociedades, é muito injusto". "Se o fizerem, vamos impor tarifas sobre seus vinhos", disse ele.

Donald Tusk reagiu, dizendo que a UE estava pronta para retaliar se Washington colocar sua ameaça em ação.

Os debates se anunciam acirrados sobre a taxação dos gigantes digitais, o impulso à economia global ou as tensões comerciais entre Pequim e Washington, após a imposição de novas tarifas por ambos os lados.

Sobre o programa nuclear do Irã, outra questão espinhosa, Macron informará seus colegas do conteúdo de seu encontro com o chefe da diplomacia iraniana, Mohammad Javad Zarif.

Outro evento importante, o encontro no domingo entre Donald Trump e o novo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

A Casa Branca disse que Donald Trump está "muito animado" com a ideia de discutir com Boris Johnson o futuro acordo de livre comércio entre os dois países após o Brexit.

Diante da multiplicidade de temas, os organizadores franceses tentarão avançar questões substantivas que serão tema de sessões especiais: o combate à desigualdade, a educação na África ou a proteção dos oceanos.

Com a esperança de alcançar "iniciativas concretas", compartilhadas com os líderes convidados, como o indiano Narendra Modi ou seis chefes de Estado africanos.

- Opositores mobilizados -

À margem da cúpula, milhares de opositores ao encontro do G7 em Biarritz iniciaram em Hendaye, no sudoeste da França, uma manifestação que os levará à cidade espanhola de Irun, em uma marcha de 4 km autorizada pelas autoridades.

Os organizadores esperam reunir "pelo menos 10 mil pessoas" em um protesto que começou no porto de Hendaye, sob uma atmosfera calma.

Os manifestantes agitavam numerosas bandeiras bascas (ikurriñas vermelhas, verdes e brancas) num protesto que reúne militantes anti-capitalistas, alter-globalistas, ecologistas e nacionalistas bascos, bem como dezenas de "coletes amarelos".

"É importante mostrar que a população está se mobilizando e que não está de acordo com o mundo que eles nos propõem", disse Elise Dilet, manifestante de 47 anos que milita na associação basca Bizi.

"Queremos que a manifestação seja totalmente pacífica e, embora temamos alguns incidentes, faremos todo o possível para que isso não aconteça", acrescentou.

Na sexta-feira à noite ocorreram os primeiros confrontos entre manifestantes e as forças de segurança em Urruña, perto do campo onde é realizada a cúpula alternativa ao G7. Os manifestantes jogaram projéteis na polícia, que usou gás lacrimogêneo e balas de borracha. Dezessete pessoas foram presas e quatro policiais ficaram levemente feridos.

O governo do Canadá manifestou hoje apoio ao ataque conduzido pelos Estados Unidos na Síria, na noite de ontem, com o primeiro-ministro Justin Trudeau dizendo que o uso de armas químicas contra cidadãos sírios, incluindo crianças, era um crime de guerra.

Em um comunicado, Trudeau afirmou que seu país "aprovou a ação limitada e específica" dos EUA de lançar cerca de 60 mísseis Tomahawk em uma base aérea síria próxima a Homs. Autoridades americanas disseram que a ofensiva foi uma uma resposta ao ataque químico que matou dezenas de sírios no começo da semana e que Washington acredita ter sido conduzido pelo presidente da Síria, Bashar al-Assad. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, defendeu nesta segunda-feira (22) a liberdade religiosa que garanta, por exemplo, o direito de usar burquíni, o que significaria - segundo ele - "a aceitação" do outro em uma sociedade aberta.

"No Canadá, deveríamos ir além da tolerância. Tolerar alguém é aceitar que tenha o direito de existir, mas com a condição de que não venha a nos incomodar muito, muito, em nossa casa", lamentou o premiê em entrevista coletiva.

Ao ser questionado sobre a polêmica na França a respeito do burquíni - o traje de banho de corpo inteiro usado pelas mulheres muçulmanas -, Trudeau pediu que "se respeitem os direitos e as escolhas dos indivíduos", um princípio que "deve estar em primeiro lugar em nossos discursos e debates públicos".

Depois da polêmica na França, onde várias cidades litorâneas proibiram o uso desse traje, deputados de Québec pediram uma medida similar nessa província, em nome do princípio de laicidade.

"Sim, certamente, há pequenas controvérsias aqui e lá, como sempre, conversas que continuaremos a ter", observou Trudeau, acrescentando que, "no Canadá, deveríamos ir além da tolerância".

"No Canadá, podemos falar de aceitação, de abertura, de amizade, de compreensão? É para lá que vamos e é o que estamos vivendo em nossas comunidades diversas e ricas, não apesar, mas por causa das diferenças", concluiu Trudeau.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, participará do desfile do Orgulho Gay em Toronto. A informação foi dada, nesta terça-feira (23), por organizadores do evento - que contará com a presença de um chefe de Estado canadense pela primeira vez.

"O desfile deste ano marcará a história canadense, porque, com a participação de Justin Trudeau. Esta será a primeira vez que um primeiro-ministro em exercício participará da Gay Pride", destacaram os organizadores da associação Pride Toronto.

"Estou impaciente para participar de novo, desta vez como primeiro-ministro", escreveu Trudeau em sua conta do Twitter, na qual retuitou o anúncio da Pride Toronto, onde ele aparece sobre um fundo rosa e com as mãos formando um coração.

Trudeau compareceu à última edição da Parada, em junho do ano passado, quando a campanha eleitoral que depois o levou ao cargo ainda não havia começado.

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