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A Lei de Licitações para realizar a contratação de obras de infraestrutura pode estar com os dias contatos. A pá de cal sobre a Lei 8.666, em vigor há 22 anos, foi lançada na semana passada, com a aprovação pelo Senado de uma Medida Provisória que estendeu aos projetos de infraestrutura o Regime Diferenciado de Contratação (RDC).

O texto, que agora aguarda sanção da presidente Dilma Rousseff, libera a utilização desse modelo simplificado de licitação para contratar qualquer tipo de obra logística. Dilma sempre apoiou o RDC e há anos defende a sua adoção para todas as obras públicas, principalmente na área de infraestrutura.

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A Medida Provisória 678, encaminhada por Dilma em junho ao Congresso, previa a aplicação do RDC em obras no âmbito da segurança pública, mas o texto foi ampliado na Câmara dos Deputados, com apoio do governo, e aprovado no Senado com as alterações. A expectativa, portanto, é que Dilma sancione a proposta.

A contratação de obras pelo RDC pode ser feita em várias modalidades, mas a que tem sido mais usual - e que provoca mais polêmica - é a contratação global, na qual o vencedor de determinada obra fica responsável por executar desde os projetos básicos de engenharia do empreendimento até a especificação de seus materiais e a execução final da obra. Ou seja, no RDC, as obras passam a ser contratadas sem o projeto básico de engenheira, etapa exigida em certames regidos pela Lei de Licitações, pela qual cabe ao governo contratar os estudos de engenharia no mercado, para depois licitar a execução da obra, conforme as necessidades técnicas apontadas nesses projetos iniciais.

Gestão

A nova forma de contratação está longe de ser unanimidade. "Na realidade, o RDC vai contra toda a lógica de transparência que se busca na gestão pública. Vamos passar a contratar obras complexas e caras, baseadas em preços fechados e sem estudos independentes", diz Carlos Mingione, diretor do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia Consultivas (Sinaenco).

Para o vice-presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), Anderson Fioreti de Menezes, o modelo faz com que o governo se exima da responsabilidade de analisar o que será contratado. "O poder público abre mão de seu dever de definir o que vai contratar e deixa essa função para a empresa, importando-se basicamente com o preço que vai pagar."

Para críticos do RDC, o governo baixa a guarda e abre espaço para que as empreiteiras dominem o processo de contratação, em um momento em que deveria mostrar justamente o contrário, por conta da revelações da Operação Lava Jato. "Um projeto bem feito é uma vacina para a corrupção. O que estamos prestes a ver é a abertura total para se fazer qualquer coisa", diz Mingione, do Sinaenco.

Criado em outubro de 2011, o RDC tinha o propósito de acelerar a contratação de obras da Copa do Mundo e da Olimpíada de 2016. O que se viu em relação à Copa, de fato, é que diversos projetos atrasaram e muitos nem foram entregues até hoje.

Em 2012, o modelo passou a ser fortemente usado em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O governo afirma que experiências em contratações de obras feitas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e pela Infraero garantiram a contratação de uma obra mais barata, já que o RDC permite ainda que seja realizada uma etapa de leilão entre seus participantes. O governo justifica ainda que a concorrência pública se dá em menor tempo, porque etapas da tradicional Lei de Licitações são eliminadas.

Ao contrário do que ocorre com a 8.666, o RDC só exige avaliação de documentação da empresa que for declarada vencedora da concorrência, em vez de checar antecipadamente a situação de todos os interessados no certame, como ocorre no processo tradicional.

Aditivos

Em 2011, quando escândalos de corrupção envolvendo o Dnit e a Valec vieram à tona, a então ministra do Planejamento, Miriam Belchior, chegou a afirmar que o governo passaria a exigir a realização prévia de projetos executivos - e não apenas básicos - para contratação de obras. Ou seja, haveria maior rigor no detalhamento técnico, para evitar a festa de aditivos que tomava conta dos contratos. Não aconteceu. "O que vemos hoje é exatamente o oposto. Estamos diante de um modelo que, na realidade, dificulta o trabalho de fiscalização", diz Anderson Fioreti de Menezes, do CAU/BR. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou nesta quinta-feira (2) processo administrativo para apurar suposta prática de cartel em licitações públicas destinadas à aquisição de medicamentos. Segundo nota divulgada pela assessoria do Cade, evidências apontam que 15 empresas teriam mantido frequente comunicação com o objetivo de se coordenarem para fixar preços e combinar condições e vantagens em licitações, restringindo a concorrência e o caráter competitivo das licitações.

A prática, segundo o órgão antitruste, teria ocorrido pelo menos de 2007 a 2011, em alguns Estados do País, como Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Pernambuco. Entre os remédios estão antidepressivos, ansiolíticos, analgésicos, sedativos, anticoagulantes, além de medicamentos para hipertensão, refluxo e tosse.

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Estão na lista de investigadas as empresas: Comercial Cirúrgica Rioclarense Ltda., Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda., Dimaci Material Cirúrgico Ltda., Drogafonte Medicamentos e Material Hospitalar, Hipolabor Farmacêutica Ltda., Laboratório Teuto Brasileiro S/A, Macromed Comércio de Material Médico e Hospitalar Ltda., Mafra Hospitalar Ltda., Merriam Farma Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda., Netfarma Comércio Online S/A, NovaFarma Indústria Farmacêutica, Prodiet Farmacêutica Ltda. (atual Profarma Specialty S/A), Rhamis Distribuidora Farmacêutica Ltda., Sanval Comércio e Indústria Ltda., e Torrent do Brasil Ltda.

Segundo o Cade, dirigentes e representantes dessas empresas monitoravam as licitações para acertar quais seriam as vencedoras e os valores a serem ofertados por cada uma. Havia ainda uma combinação sobre como os lotes das licitações seriam divididos, quais empresas apresentariam propostas ou lances de cobertura, e quais retirariam suas propostas ou não apresentariam lances.

Os acusados serão agora notificados para apresentar defesa e, ao final da instrução processual, a superintendência do Cade irá sugerir a condenação ou arquivamento do processo e remeterá o caso para julgamento pelo tribunal do órgão antitruste, a quem cabe a decisão final.

A Prefeitura de São Paulo economizou R$ 442 milhões desde 2013 na contratação de obras nas áreas de drenagem, educação, saúde, turismo e mobilidade. Levantamento da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) mostra ainda que os descontos alcançados pela gestão Fernando Haddad (PT) nos processos de licitação lançados no período chegaram a 28,2%.

O resultado foi obtido, segundo o secretário Roberto Garibe, a partir da adoção de medidas que ampliaram a concorrência entre as empresas e reduziram os prazos de recurso. Em alguns casos, foi possível usar a tabela de preços do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinap), considerada mais em conta do que a da Siurb.

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"Tomamos uma decisão de aumentar a concorrência em todos os certames. Para isso, aceitamos ir no limite dos requisitos técnicos, sem perder a qualidade. Passamos a analisar se precisávamos fazer exigências exageradas ou as essenciais."

Já a adoção do Regime Diferenciado de Contratações (RDC) ajudou a Prefeitura a reduzir os prazos de parte das licitações, o que também diminui os custos. Isso porque, nesse modelo, ocorre a chamada inversão de fases, ou seja, analisa-se o preço oferecido antes da documentação da empresa. Desse modo, só se faz a habilitação da vencedora. "O RDC ainda dificulta às empresas saber quem está concorrendo, já que não existe mais a fase de pré-qualificação. Como consequência, além do preço, cai a possibilidade de conluio entre elas."

As mudanças proporcionaram ao Município alcançar uma média de 18% de desconto nos preços em relação aos previstos. Segundo Garibe, esse índice era de 2,2% até 2012. A conclusão tem por base uma lista de 32 licitações lançadas na gestão Haddad no valor de R$ 2,4 bilhões - com a redução, o custo das obras caiu para R$ 2 bilhões.

Por enquanto, a maior economia alcançada pela Prefeitura ocorreu no processo de contratação de obras de drenagem para o Córrego Ipiranga, na zona sul. Com o desconto de 28,2%, o valor inicial da obra caiu de R$ 222,7 milhões para R$ 159,9 milhões. Em seguida, está a obra do Centro Educacional Infantil (CEI) Fazenda da Juta, na zona leste - queda no valor de 25%.

Ainda é cedo para comemorar uma economia no preço final das obras. Para que a redução se confirme ao fim dos trabalhos será preciso que as obras não sofram atrasos que provoquem aditamentos nos contratos, elevando os custos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Petrobras incluiu em seu manual de contratação dispositivo que obriga empregados e empresas fornecedoras da estatal a observar princípios de ética e transparência nas relações com a petrolífera. O novo documento traz o item 4.6.2, que prevê: "A Petrobras e as empresas fornecedoras de bens ou prestadoras de serviços devem respeitar as disposições contidas no Código de Ética do Sistema Petrobras, no Guia de Conduta da Petrobras e na Política de Responsabilidade Social da Petrobras".

A determinação é mais um das ações da estatal na busca pela transparência nas questões relacionadas às licitações que promove. Depois dos desdobramentos da Operação Lava Jato, pela qual a Polícia Federal investiga esquema de corrupção na petrolífera, a empresa tem intensificado iniciativas para garantir boa governança de seus contratos.

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A nova edição do Manual da Petrobras para Contratação (MPC) está publicada no Diário Oficial da União (DOU). Além de regras e modalidades de contratação, o documento também traz as sanções às empresas que negociarem com a estatal e praticarem atos ilícitos lesivos à empresa ou atos que lhe causem prejuízo.

Segundo o texto, a sanção é corporativa se a empresa estiver inscrita no Cadastro Corporativo da Petrobras ou, não sendo cadastrada, tiver firmado contrato com uma ou mais Unidades Organizacionais nos dois anos anteriores. A sanção pode ser local se a empresa não estiver inscrita no Cadastro Corporativo da Petrobras e não tiver firmado contrato com mais de uma Unidade Organizacional nos dois anos anteriores.

De acordo com a gravidade do ato praticado, cabe a aplicação das sanções de advertência; suspensão de participação em licitação, impedimento de contratar com a Petrobras e suspensão e impedimento de inscrição cadastral, por prazo não superior a dois anos; multa administrativa; e proibição de participar de licitação e de contratar com o Sistema Petrobras.

Relatórios internos da Petrobras apontam indícios de que ex-diretores da estatal interferiam e faziam ajustes nas listas de empresas a serem convidadas para licitações, segundo informações divulgadas há pouco pelo Jornal Nacional, da Rede Globo. O relatório estudou 30 licitações e ouviu 71 pessoas. De acordo com o documento, mais da metade das licitações ficou as empresas investigadas na Operação Lava Jato.

O relatório afirma que os ex-diretores Paulo Roberto Costa e Renato Duque acompanhavam passo a passo as licitações e que teriam interferido na escolha das empresas que iriam participar da construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e acabaram tomando decisões que tornaram mais elevados os custos da construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

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Outra investigação interna da Petrobras, relacionada com as obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cita o nome de Venina da Fonseca, ex-gerente da estatal, que trabalhava com Paulo Roberto Costa. Matéria publicada na sexta-feira pelo jornal "Valor Econômico" relatava que Venina alertou Graça Foster, atual presidente da estatal, em mensagens eletrônicas, sobre várias irregularidades que estavam acontecendo.

A defesa do executivo Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia, alega que a empresa deixou de receber várias cartas-convite da Petrobras sem razão técnica aparente e que, inclusive, a estatal chegou a cancelar licitações vencidas pela empreiteira.

Os advogados encaminharam cópias de 22 correspondências, entre e-mails e cartas, encaminhados entre 2006 e 2014, no qual a empresa contesta o fato de não ter sido convidada para vários certames mesmo tendo capacitação técnica. Dentre os destinatários destes e-mails aparecem o ex-diretor de Serviços Renato Duque,o ex-gerente executivo da diretoria, Pedro Barusco e o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, todos alvos da Lava Jato. Há até uma mensagem encaminhada a José Carlos Cosenza, que substituiu Costa na diretoria de Abastecimento da estatal.

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"Embora integrasse o mencionado cadastro da Petrobras há alguns anos e estivesse certificada nas normas ISO 9001, ISO 14001 e OSHAS 18001, sinalizadores de sua expertise e capacitação, a Galvão Engenharia S/A deixou de receber, sem motivo aparente, cartas-convite de inúmeros certames para os quais estava apta e tecnicamente capacitada a enviar propostas", afirma a defesa.

Os defensores utilizam estes exemplos para refutar a tese de que a empreiteira participava de um cartel que atuava nas obras da estatal, conforme foi revelado pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, em seu depoimento à Justiça Federal.

Além dos certames nos quais não foi convidada, a Galvão Engenharia participou de 59 processos licitatórios. "Em alguns desses processos sagrou vencedora, em outros não, mas sempre observou os requisitos técnicos e legais previstos", assinalam os advogados José Luis Oliveira Lima e Camila Torres Cesar.

O material encaminhado na tarde desta segunda-feira à Justiça Federal do Paraná busca reforçar a tese de que a empresa foi extorquida pelo suposto emissário da diretoria de Serviços Shinko Nakandakari, e Pedro Barusco e teve que pagar R$ 8,3 milhões em propinas sob o risco de sofrer retaliações nos contratos com a estatal. A Petrobras ainda não retornou os contatos da reportagem sobre os e-mails.

A Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) planeja publicar até o final do ano as primeiras licitações para obras nos aeroportos contemplados pelo Programa de Aviação Regional. Segundo o secretario executivo Guilherme Ramalho, já foram concluídos 220 estudos de viabilidade e estão em elaboração os projetos de intervenções em 140 terminais.

"A gente tem 5.600 municípios, tem que ter mais de 120 aeroportos. Temos uma política estruturada agora. É uma política integrada, com as obras e o incentivo econômico", afirmou Ramalho, durante seminário sobre integração aérea na América Latina, promovido pela União das Nações Sul Americanas (Unasul). "Teremos um período intenso de licitações", completou.

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A previsão inicial do governo era lançar as licitações das obras em 100 aeroportos ainda em 2013, mas o cronograma passou por reformulação para incorporar todos os terminais previstos no programa. "A questão das datas envolve uma escala muito grande, pois as licitações dependem de licença ambiental e desapropriação, a depender do caso", explicou o secretário executivo da SAC.

Os terminais passaram por vistorias e estudos de viabilidade realizados por técnicos do Banco do Brasil, responsável pela coordenação das licitações. "Nos últimos quatro anos tivemos um ciclo de expansão muito forte nos grandes centros, com aumento de 80 milhões de passageiros em capacidade dos aeroportos e R$ 11 bilhões investidos. Acho que nos próximos quatro anos teremos um novo ciclo com os aeroportos regionais", completou.

Criado para dar agilidade às obras da Copa do Mundo, o Regime Diferenciado de Contratação de Obras Públicas (RDC) não conseguiu apressar o cronograma de projetos de mobilidade urbana e de melhorias em aeroportos em três anos de existência. Segundo levantamento do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco) e do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU-BR), apenas quatro contratos de um total de 20 empreendimentos incluídos no regime especial foram concluídos antes do Mundial.

De acordo com o estudo, somente as melhorias na pavimentação e no acesso ao Estádio Beira-Rio (em Porto Alegre), a ampliação do pátio de estacionamento de aeronaves e a construção da nova torre de controle do aeroporto de Salvador (considerados dois contratos independentes), além de contratos de serviços técnicos de apoio à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), foram totalmente executados antes da Copa. Os outros 16 projetos que fazem parte do RDC enfrentam atrasos nas obras.

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Na comparação com os valores investidos, a eficácia do RDC torna-se ainda menos relevante na medida em que apenas os projetos menos complexos e mais baratos foram concluídos a tempo para o Mundial. De um total de R$ 3 bilhões de contratações pelo regime especial (R$ 2 bilhões para aeroportos e R$ 1 bilhão para mobilidade urbana), apenas R$ 40,7 milhões – R$ 8,7 milhões das obras do entorno do Beira-Rio e R$ 32 milhões dos aeroportos – foram concluídos. Isso representa apenas 1,35% do total de recursos destinados ao RDC.

Em vigor desde 2011, o RDC simplificou as concorrências para obras públicas e permitiu a redução, de 120 para 60 dias, do prazo das licitações. No entanto, segundo as entidades autoras do levantamento, a prioridade para os menores preços em detrimento dos critérios técnicos nas licitações e a contratação de obras com base apenas no anteprojeto fizeram o RDC surtir o efeito contrário. Em vez de baratear e apressar as obras, o regime emergencial resultou em mais atrasos e sobrepreços.

Para o vice-presidente do Sinaenco, João Alberto Viol, ao simplificar as regras de licitação, o RDC cria problemas nas etapas seguintes das obras. “O governo ganha tempo na concorrência, mas não sabe direito o que contratou. Se o projeto contratado pelo menor preço for malfeito, a obra certamente vai atrasar. No fim, o Poder Público vai pagar mais, porque os trabalhos, tanto o projeto quanto a própria execução da obra, terão de ser refeitos”, critica.

Assessor para Assuntos Institucionais do CAU-BR, o arquiteto Gilson Paranhos diz que o RDC trouxe outro agravante. Segundo ele, o regime emergencial abre brechas para superfaturamentos ao permitir que, no caso de obras licitadas apenas com base nos anteprojetos (esboço de projetos), as próprias construtoras encarreguem-se da conclusão dos projetos. “Isso traz um conflito de interesse porque as construtoras têm preocupações distintas de quem contratou a obra”, adverte.

Em audiência recente na Câmara dos Deputados, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, defendeu o RDC. Para ela, o regime diferenciado não apenas trouxe agilidade às licitações como resultará em execuções mais rápidas das obras. De acordo com a ministra, os empreendimentos serão acelerados porque o RDC não permite aditivos nem a análise item a item dos contratos.

Tanto o Sinaenco quanto o CAU-BR rebatem as alegações da ministra. “Quem ler a lei, verá que a legislação usa expressões vagas como ‘caso fortuito’ ou ‘motivo de força maior’ e abre exceções para as construtoras pedirem aditivos nos contratos”, diz Paranhos. “Apenas o que impede os aditivos são excelentes projetos, mas o RDC desestimula o bom planejamento das obras públicas”, acrescenta Viol.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) prepara uma polêmica alteração nas regras de suas licitações bilionárias. A comissão de licitação da autarquia, cuja influência política do PR acendeu o sinal de alerta no governo, passará a adotar uma fase de "pré-qualificação" das empreiteiras interessadas nas concorrências de todas as obras.

Ainda sem detalhes técnicos, a mudança dará um tratamento diferente a grupos de acordo com o histórico de performance e a complexidade da obra a ser licitada. Também haverá uma "lista negra" para a empresa que abandonar ou não concluir a obra licitada. "Isso requer cuidado para não restringir a concorrência. Mas temos de ter mais equidade no processo", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o diretor-geral, general Jorge Fraxe. "Quem trabalha mal e sai da obra deve ser tratado de forma diferente, ter uma punição."

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Hoje, a Lei de Licitações prevê a pré-qualificação, mas restringe a adoção desse modelo a casos específicos. Agora, o Dnit quer ampliar o uso da regra para além da famigerada Lei 8.666.

A decisão final sobre o tema, segundo Fraxe, dependerá do aval do Tribunal de Contas da União (TCU). O Dnit já passou a adotar um "seguro-performance", de 30% do valor da obra, nas modalidades integrada e preço global do chamado Regime Diferenciado de Contratação (RDC). O regime reduz o tempo de licitação ao incluir desde o projeto básico até a execução da obra, informa o Dnit.

A alteração, defende Fraxe, tentará qualificaras obras federais e "tirar aventureiros" das licitações mais complexas para "assegurar" a execução dos trechos. "É preciso fazer pré-qualificação de cada empresas pelo nível de complexidade da obra. Um grupo de empresas com musculatura para encarar a obra", diz o general.

Para aperfeiçoar as licitações, o Dnit também está criando, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), um novo sistema de custo referencial para incluir 8 mil itens de serviços de engenharia nas licitações.

Além disso, iniciou estudos para definir nova metodologia aos parâmetros dedicados a projetos do RDC. Essas alterações, avalia o diretor-geral do Dnit, devem melhorar a análise de risco das obras e reduzir a margem de até 15% paga às empreiteiras por falta de informações técnicas mais precisas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

JOÃO PESSOA (PB) - Foi desencadeada, na manhã desta quinta-feira (3), uma operação do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (Gaeco/MP-PB). A operação “Papel Timbrado” está cumprindo 63 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça do Estado.

Segundo a assessoria de imprensa, 16 servidores da Controladoria Geral da União (CGU), 22 promotores do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e um da União (TCU), do Conselho Administrativo de Defesa Econômica e 74 policiais militares e 81 policiais civis estão nas sedes de diversas prefeituras, de 15 empresas da construção civil e nas residências dos sócios, além de escritórios de contabilidade. As acusações são fraudes em licitações e lavagem de dinheiro.

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Segundo a investigação, os envolvidos frustravam o caráter competitivo de licitações, executavam lavagem ou ocultação de ativos financeiros, usavam de falsidade ideológica e culminando em participação em organização criminosa. Juntas, as penas dos crimes chegam a 27 anos de reclusão.

Há indícios de comercialização ilegal de “kits de licitação”, que constavam de papéis timbrados de construtoras, certidões negativas, contratos sociais, documentos de sócios, propostas de preços e outros documentos comumente exigidos em licitações. As empresas precisam desta documentação para concorrer em uma licitação.

A organização criminosa utiliza-se de 53 empresas do ramo da construção civil, sendo a maioria delas “fantasmas”. O montante de contratações destas empresas aponta para irregularidades na ordem de R$ 200 milhões.

De acordo com o Gaeco, entre os anos de 2011 a 2013, as 15 empresas mais utilizadas foram beneficiadas com mais de R$ 60 milhões. Obras que deveriam ser realizadas pelas empresas, estavam sendo feitas pelas próprias prefeituras.

O governo publicou nesta segunda-feira (20), no Diário Oficial da União, três decretos que estabelecem margem de preferência em licitações da administração pública federal para a compra de equipamentos e programas de informática e para a compra de aeronaves executivas.

O Decreto 8184 fixa que equipamentos de tecnologia da informação e comunicação terão 10% de margem de preferência nas compras públicas federais e 10% de margem de preferência adicional. A norma contempla produtos como impressoras, unidades de memória e leitores ou gravadores de cartões magnéticos.

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O Decreto 8185 diz que serão aplicadas margens de preferência normal e adicional para aquisição de aeronaves executivas nas compras federais de 9% e 16%, respectivamente.

O Decreto 8186 define em 0% e 18% as margens de preferência normal e adicional para aquisição de licenciamento de uso de programas de computador e serviços correlatos em licitações realizadas no âmbito da administração pública federal.

O benefício vale até 31 de dezembro de 2015 nos três casos. Segundo o governo, a medida foi adotada "com vistas à promoção do desenvolvimento nacional sustentável".

A comissão de licitação da superintendência do Departamento de Obras Contra da Seca (Dnocs), vinculada ao Ministério da Integração Nacional, abriu nesta sexta-feira (20), em Pernambuco, as propostas para execução da 2ª etapa da Adutora do Pajeú, obra orçada em R$ 89,9 milhões. Das quatro propostas apresentadas, a Cisal Construtora ofereceu desconto de 5,11% para execução da obra e foi classificada.

As outras empresas presentes na licitação em Regime Diferenciado de Contratações (RDC) foram o Consórcio Ecocil, a MRM Construtora e a Imobiliária Rocha. A MRM Construtora foi classificada como a segunda melhor proposta, com desconto de 1,5%. O Consórcio Ecocil ofereceu desconto de 0,5% e a Imobiliária Rocha não ofereceu desconto.

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Em três dias úteis, a Cisal Construtora deverá apresentar ao Dnocs uma proposta com o desconto linear de 5,11% nos preços envolvidos na execução da 2ª etapa da adutora, para análise da comissão de licitação. O passo seguinte será analisar os documentos da construtora para habilitação e autorizar a ordem de serviço para o início das obras.

A segunda etapa do projeto beneficiará 229 mil habitantes em 16 localidades de Pernambuco: as sedes dos municípios de Betânia, Carnaubeira da Penha, Triunfo, Santa Cruz da Baixa Verde, Quixaba, Iguaraci, Ingazeira, Solidão, Tabira, Tuparetama, Santa Terezinha, São José do Egito, Itapetim e Brejinho, além dos distritos de Tupananci, no município de Mirandiba, e Riacho do Meio, em São José do Egito. Na Paraíba, serão abastecidas as sedes dos municípios de Imaculada, Desterro, Livramento, São José dos Cordeiros, Taperoá, Princesa Isabel, Teixeira e Cacimbas.

O projeto prevê ainda duas unidades de captação no Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), nos municípios de Betânia (PE) e Sertânia (PE), 13 estações elevatórias, mais de 400 km de adutoras, com diâmetro de 100 a 700 mm, 11 reservatórios, com capacidade unitária variando de 200 a 7.000 metros cúbicos.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

O Grupo Externo de Acompanhamento (GEA), criado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para acompanhar as investigações sobre cartel em licitações do sistema de trens e metrô de São Paulo, afirmou nesta segunda-feira, 09, haver "sérias vulnerabilidades" nas licitações conduzidas pelo Metrô e pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

A comissão é composta por 12 entidades da sociedade civil, entre elas a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Escola Politécnica da USP, o Instituto Ethos e o Transparência Brasil.

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O GEA também recomendou às duas companhias "o desenvolvimento de métodos mais seguros de determinação de preços de referência" em licitações. Integrantes da comissão criticam o governo por formar o preço de referência com base em respostas de empresas de mercados por eles considerados "oligopolizados". O método, dizem, acarreta uma referência de oferta, do preço que as empresas desejam pagar, e não um preço de mercado.

O GEA afirma que a CPTM e o Metrô "não buscam informar-se sobre preços efetivamente praticados em mercados estrangeiros para estimar seus preços de referência, permanecendo dependentes daquilo que as próprias empresas participantes das licitações determinam".

A comissão disse que a CPTM não apresentou documentos sobre a formação de preços de referência anteriores a 2008 - o cartel, segundo a Siemens, durou de 1998 a 2008 -, e disse que os executivos da empresa informaram oralmente como se dava o procedimento. Em nota, a secretaria de Transportes Metropolitanos afirmou que "todas as sugestões são bem-vindas e criteriosamente analisadas dentro do processo de aperfeiçoamento dos procedimentos adotados". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Tribunal Contas da União (TCU), ministro Augusto Nardes, afirmou nesta quinta-feira, 05,que as suspensões cautelares determinadas pelo órgão têm por objetivo proteger os cofres públicos de eventuais desvios. Em visita ao Senado, Nardes disse que o TCU economizou R$ 102 bilhões em recursos apenas com decisões preventivas. E as medidas cautelares - que suspendem licitações ou execuções de contratos públicos - "foram muito importantes" para esse processo.

Augusto Nardes destacou que a preocupação do tribunal é que as eventuais mudanças na Lei de Licitações não prejudiquem a "proteção ao erário". A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) apresentou na manhã desta quinta-feira uma proposta de reforma dessa legislação, que prevê, entre outras medidas, que a suspensão cautelar de uma licitação ou a execução de um contrato terá de ser obrigatoriamente acompanhada de uma análise do impacto da sua paralisação, sob pena de ser considerada inválida.

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Na prática, pela proposta da senadora, sempre que a Administração Pública, o Tribunal de Contas e o Poder Judiciário expedirem a ordem de suspensão, ela terá de ser acompanhada de uma análise que pondere as alternativas viáveis, com a avaliação do custo e benefício de cada uma delas, para justificar que a paralisação é, de fato, a decisão que melhor "atende ao interesse público".

Augusto Nardes disse que muitas vezes "acusam o tribunal de parar obras". No mês passado, a presidente Dilma Rousseff classificou como "absurdo" a recomendação do TCU ao Congresso para que sete obras no país com indícios de irregularidades fossem paralisadas.

Nardes repetiu os dados, citados em entrevista dada no início da semana ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, segundo o qual, das 1.153 obras públicas em andamento no país, 140 estão paradas e apenas duas por decisão da Corte. "Dizer que o tribunal de contas para obras é um mito para o Brasil", criticou. "Muitas vezes o gestor não está com os projetos básicos bem terminados, acabados e terminados e jogam a culpa no Tribunal de Contas da União", completou.

O presidente do TCU disse que ainda não conhece o teor da proposta apresentada por Kátia Abreu. Ele disse que teve durante a elaboração do texto duas reuniões com a relatora da comissão especial de reforma da Lei de Licitações e que o tribunal também cedeu ao Senado dois funcionários para auxiliá-la. Ele admitiu, contudo, que é preciso uma "nova matriz" para as licitações no país.

Augusto Nardes disse que já houve um avançou com a adoção do Regime Diferenciado de Contratações, o RDC, que simplificou os processos de contratação pública, reduzindo a análise dos processos pelo TCU de um ano e meio para 4 meses, em média. "Assim mesmo eu acho que é longo (o tempo), para eventual competitividade do Brasil tínhamos que diminuir mais esse tempo", avaliou.

Os micro e pequenos empresários pernambucanos tiveram uma grande notícia no final da manhã desta terça-feira (3). Agora, eles têm uma cota de 25% reservada nos valores das licitações destinadas às aquisições de mochilas e fardamento dos estudantes da rede estadual de ensino de Pernambuco. O secretário de educação, Ricardo Dantas, juntamente com representantes de instituições que apoiam a iniciativa, detalhou o edital da seleção, que foi publicado no Diário Oficial do Estado de hoje. As informações foram divulgadas na sede da Secretaria de Educação do Estado (SEE), no bairro da Várzea, na Zona Oeste do Recife.

O principal objetivo da ação, que faz parte de uma política do Governo de Pernambuco, por meio do Programa Governo Cliente, é estimular a participação dos micro e pequenos empresários na produção de materiais para as compras governamentais. “A Secretaria é um dos maiores compradores do Estado. Vamos permitir que os próprios fabricantes participem do processo de licitação”, disse o secretário Ricardo Dantas.

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De acordo com Dantas, do ano de 2007 até 2011, era feita uma única licitação para todos os itens escolares. Com novo programa, a compra será separada, ou seja, será uma empresa para a produção dos materiais (canetas, lápis, etc), outra para o fardamento e um terceiro empreendimento para as mochilas. No total, serão adquiridas 784.854 mochilas e 1.569.708 fardas.

Segundo a SEE, o investimento estimado na aquisição das mochilas é de R$ 20,2 milhões. Nesse contexto, microempreendedores individuais (MEI), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), serão responsáveis pela entrega de 196.214 mochilas, o que representa o valor de R$ 5 milhões no total estimado do pregão. No que diz respeito às fardas, a previsão de investimento da SEE é de R$ 14,3 milhões, em que dessa quantia, R$ 3,5 milhões serão destinados as MEI, ME e EPP.

Para o presidente da Agência de Fomento de Pernambuco (Agefepe), instituição que integra o programa, Agnaldo Nunes, a iniciativa garantirá que as pequenas empresas pernambucanas também possam ter destaque no mercado. “É um programa que tem muitos méritos. Vamos assegurar que os empreendimentos tenham recursos para atender as demandas do Estado, comentou Nunes. Na busca pela qualidade dos produtos, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), definiram as especificações que os empreendimentos precisam ter para que os produtos sejam disponibilizados dentro dos padrões de qualidade exigidos. As duas instituições também acompanharão o processo de produção e qualificarão dos empresários.

Ainda neste mês, as licitações serão iniciadas e o prazo para a entrega dos produtos é de até 50 dias após a divulgação das empresas vencedoras. Os pequenos empresários podem participar tanto de forma individual quanto por consórcio, podendo até competir com as grandes empresas e vencer as duas modalidades.

Kit escolar 2014

Pernambuco vai distribuir, de forma gratuita, em torno de 700 mil kits escolares para diversos níveis de escolaridade. A previsão de início das aulas é para fevereiro de 2014.

O governo federal alterou a regulamentação do Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) para dispor, principalmente, sobre novas regras da chamada contratação integrada, que compreende todas as etapas necessárias para entrega final do objeto da licitação, incluindo desde a elaboração e o desenvolvimento dos projetos básico e executivo até a execução de obras e serviços de engenharia, montagem, testes e pré-operação, por exemplo.

Quanto se tratar de contratação integrada, o edital da licitação dispensará dos candidatos a exigência de que apresentem, em suas propostas, a composição analítica do porcentual dos Benefícios e Despesas Indiretas (BDI) e dos Encargos Sociais (ES), diz o texto. O edital também deve prever nessas contratações critérios de aceitabilidade por etapa, compatíveis com o cronograma físico do objeto licitado.

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Outra modificação no RDC refere-se à estimativa de orçamento e preço total para a contratação integrada. A norma determina que, "na elaboração do orçamento, poderá ser considerada taxa de risco compatível com o objeto da licitação e as contingências atribuídas ao contratado, devendo a referida taxa ser motivada de acordo com metodologia definida em ato do Ministério supervisor ou da entidade contratante". A taxa de risco, porém, não integrará a parcela de Benefícios e Despesas Indiretas do orçamento estimado, devendo ser considerada apenas para efeito de análise de aceitabilidade das propostas apresentadas.

A nova regulamentação, que está no Decreto 8.080, ainda modifica outros pontos do regime relacionados à elaboração dos editais, às licitações em disputa aberta, à classificação das propostas, aos contratos e sua execução, e ao sistema de registro de preços. Clique aqui e veja a íntegra do documento.

A Escola de Contas oferece cursos para o público externo, no mês de agosto. São nove cursos e as aulas serão ministradas na própria sede do instituto, em Santo Amaro, área central do Recife. Haverá aula durante todo o mês, a partir da primeira semana, no dia 5, até a última, no dia 30. Os cursos abordarão temas como "Contratações públicas sustentáveis e regimes preferenciais nas licitações", "A nova contabilidade Pública" e "Suprimento individual - como utilizar e prestar contas".

As aulas com duração de 16 horas custam R$ 258 para órgãos públicos jurisdicionados, R$ 382 para os não jurisdicionados e R$ 496 para particulares e empresas privadas. Já temas que necessitarem de carga horária maior, 20 horas/aula, o investimento para os órgãos públicos jurisdicionados é de R$ 322, para órgãos não jurisdicionados é R$ 477 e, por último, para os particulares e privados, R$ 620. As inscrições são online e deverão ser realizadas através do site. Outras informações através do telefone (81) 3181-7953. 

Veja abaixo as opções de cursos e as informações essenciais sobre cada um:

Curso: Contratações públicas sustentáveis e regimes preferenciais nas licitações
Professor: José Vieira,
Período: 5 a 8 de agosto, das 14h às 17h40, carga 16h/aula;
Local: Avenida Mario Melo, 90, Santo Amaro, Recife;
Público-alvo: servidores públicos e particulares que atuam na área de contratações públicas.

Curso: Lei de responsabilidade fiscal
Professor: Jorge Santana
Período: 5 a 9 de agosto, das 14h às 17h40, carga 20h/aula;
Local: Avenida Mario Melo, 90, Santo Amaro, Recife;
Público-alvo: gestores públicos: estaduais, municipais e controles interno e externo.

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Curso: Auditoria Governamental: práticas para elaboração de papéis de trabalho
Professora: Roseane Milanez;
Período: 5 a 9 de agosto, das 13h30 às 18h, carga 20h/aula;
Local: Avenida Mario Melo, 90, Santo Amaro, Recife;
Público-alvo: profissionais que atuam em órgãos/departamentos/atividades de auditoria.

Curso: Licitações para obras e serviços de engenharia
Professor: Fernando Rolim;
Período: 12 a 16 de agosto, das 14h às 17h40, carga 20h/aula;
Local: Avenida Mario Melo, 90, Santo Amaro, Recife;
Público-alvo: engenheiros, membros de comissões de licitação, pregoeiros e membros de equipes de apoio, assessores e advogados auditores, fiscais de contratos e demais agentes públicos envolvidos nos processos de contratação e fiscalização de obras de Engenharia.

Curso: Suprimento individual – como utilizar e prestar contas
Professor: Marcello Dantas;
Período: 19 a 22 de agosto, das 14h às 17h40, carga 16h/aula;
Local: Avenida Mario Melo, 90, Santo Amaro, Recife;
Público-alvo: servidores públicos que utilizam recursos de suprimento individual.

Curso: Previdência própria
Professor: Marconi Karley;
Período: 19 a 23 de agosto, das 14h às 17h40, carga 20h/aula;
Local: Avenida Mario Melo, 90, Santo Amaro, Recife;
Público-alvo: servidores que trabalham na área de recursos humanos, servidores que trabalham com a análise, controle ou concessão de atos de aposentadorias, transferências para reserva, reformas e pensões por morte no âmbito do setor público; servidores que trabalham nos órgãos/entidades gestores dos regimes próprios de previdência; pessoas interessadas no aprendizado da matéria.

Curso: Atendimento com foco no setor público
Professora: Janéte de Moura Rocha;
Período: 19 a 23 de agosto, das 14h às 17h40, carga 20h/aula;
Local: Avenida Mario Melo, 90, Santo Amaro, Recife;

Curso: A Nova Contabilidade Pública
Professor: André Batista;
Período: 26 a 30 de agosto, das 14h às 17h40, carga 20h/aula;
Local: Avenida Mario Melo, 90, Santo Amaro, Recife;

Curso: Atos de admissão de pessoal

Professora: Suzana Neves;
Período: 26 a 30 de agosto, das 14h às 17h40, carga 20h/aula;
Local: Avenida Mario Melo, 90, Santo Amaro, Recife;
Público-alvo: servidores da área de recursos humanos.

A Associação dos Magistrados do Acre (Asmac) denunciou que a desembargadora Denise Bonfim, relatora do processo que culminou com a Operação G-7, está sendo ameaçada de morte. O presidente da Asmac, Raimundo Nonato da Costa, falou ainda de um suposto "boato ouvido de dentro da penitenciária" onde estão 15 presos indiciados por fraude em licitação pública e formação de quadrilha de que "ela teria de ser eliminada".

A associação informou o presidente do Tribunal de Justiça (TJ) do Acre, desembargador Roberto Barros. "Nós queremos deixar bem claro que esse tipo de intimidação, em nenhum momento, vai fazer qualquer juiz recuar ou deixar de cumprir o seu dever", afirmou Costa. "Nós damos total apoio ao trabalho da desembargadora."

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O Supremo Tribunal Federal (STF) será informado sobre as ameaças que Denise recebe. "O ministro Joaquim Barbosa (presidente do STF) será informado e vamos pedir a intervenção dele aqui no Acre, se for o caso", adiantou o diretor de Comunicação da Asmac, Giordani Dourado. "Acreditamos que não chegará a esse ponto."

Líderes políticos do Estado têm feito reiteradas declarações públicas tentando relacionar a atuação dos magistrados com interesses político-partidários. Isso também foi rechaçado pelos representantes da associação. A assessoria do TJ não afirmou se haverá manifestação da presidência do TJ sobre o assunto.

O governo publicou nesta segunda-feira no "Diário Oficial" da União (DOU) decreto que regulamenta as licitações de produtos e sistemas de defesa no País. A norma disciplina dispositivos da Lei 12.598/2012, sancionada em março de 2012 com o objetivo de diminuir o custo de produção de companhias classificadas como estratégicas e de criar incentivos ao desenvolvimento de tecnologias indispensáveis ao Brasil. A iniciativa faz parte do Plano Brasil Maior, de incentivo à indústria nacional.

O decreto permite o credenciamento de Empresas Estratégicas de Defesa (EED), a aprovação de Produtos Estratégicos de Defesa (PED) e o mapeamento das cadeias produtivas do setor. A norma também estimula as Compensações Tecnológicas, Industriais e Comerciais, fomenta o conteúdo nacional da Base Industrial de Defesa, e incrementa a pauta de exportações de produtos de defesa, segundo explica o Ministério da Defesa em nota.

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Com o decreto, ainda foi criada a Comissão Mista da Indústria de Defesa (CMID), órgão de assessoria de alto nível que possibilitará a participação, junto com o Ministério da Defesa, de outros órgãos e entidades (públicas e privadas) no credenciamento das empresas estratégicas e na homologação dos produtos estratégicos.

Segundo o Ministério da Defesa, um dos elementos-chave do novo decreto é a definição do Termo de Licitação Especial (TLE), uma opção concorrencial que permitirá que as compras e contratações do setor sigam uma lógica baseada não apenas nos custos dos projetos. "Isso nos possibilita, por exemplo, levar em conta outras variáveis importantes na elaboração nos termos de licitação, como aspectos geopolíticos ou fatores micro e macroeconômicos de longo prazo, que permitirão às empresas brasileiras desenvolver capacidades tecnológicas e construir vantagens competitivas", afirma o general de divisão Aderico Mattioli, diretor do Departamento de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa.

O decreto desta segunda-feira regulamenta apenas parte da Lei 12.598/2012. Uma outra parte importante do novo marco legal do setor ainda está sem regulamentação, o Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa (Retid), que será disciplinado por ato específico, segundo consta do decreto. "Demos um passo importante. Agora é trabalhar para que a regulamentação completa seja finalizada num curto espaço de tempo", diz Mattioli.

O Tribunal de Contas de Estado de Pernambuco (TCE-PE),  por meio de sua primeira câmara, recomendou ao legislativo municipal de Jucati a rejeição das contas da prefeita Sheila Patrícia de Oliveira  (PMDB), no exercício financeiro de 2008. Entre as infrações cometidas, o conselheiro e relator do processo, Dirceu Rodolfo de Melo Júnior, destacou a ausência de documentos na prestação de contas, aplicação menor de recursos na saúde e na folha do magistério, dentre outras ações.

Pela prática de diversas infrações o tribunal aplicou uma multa de R$ 7.000,00, além de fazer diversas determinações visando à melhoria da gestão. Também foi aplicada multa individual aos membros da Comissão de Licitação da Prefeitura.

O relator ainda aplicou uma multa individualizada de R$ 3.000,00 ao presidente da Comissão Permanente de Licitação e dois outros membros. Os valores das multas deverão ser revertidos em favor do Fundo de Aperfeiçoamento Profissional e Reequipamento Técnico do TCE.

 

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