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A professora de Linguagens e redação Fernanda Pessoa promove, entre os dias 2 e 4 de agosto, a segunda edição do workshop 'Enem sem Mistério'. A formação é gratuita e os interessados devem realizar inscrições através do site

Todas as aulas são on-line e transmitidas pelo canal do YouTube. Nelas, os estudantes verão assuntos como planejamento de texto e estratégias para a avaliação de Linguagens, dicas para construir um boa redação e História do Brasil e música do século 20 na redação. Além disso, os participantes do workshop receberão cronograma de estudos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), elaborado pela docente. 

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A professora de redação Fernanda Pessoa é referência na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Seu curso é sediado no Recife, porém, por meio de aulas de educação a distância, atende também alunos de outras cidades. Em entrevista ao LeiaJá, Fernanda opiniou acerca de situações que envolvem a educação brasileira em meio ao crítico cenário da pandemia do novo coronavírus.

Adiamento do Enem para 2021, desigualdade na preparação dos candidatos, gestão da prova por parte do Ministério da Educação (MEC) e expectativa quanto ao nível de dificuldade do processo seletivo foram alguns dos assuntos abordados pela professora durante a entrevista. Com exclusividade, Fernanda Pessoa ainda revelou ao LeiaJá a sua aposta para o tema da redação do Enem. Assista:

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A prova de redação será cobrada no primeiro dia do Exame. A versão impressa está marcada para 17 e 24 de janeiro de 2021, enquanto o Enem Digital será realizado nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

Uma das referências nacionais na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibulares, a professora de redação Fernanda Pessoa é um dos destaques do próximo aulão do projeto Vai Cair No Enem. Promovido em parceria com o LeiaJá, o evento será realizado no sábado (24), a partir das 14h, por meio do YouTube e via Instagram.

A prova de redação é um dos momentos mais importantes do Enem. Para ajudar os candidatos na preparação do processo seletivo, Fernanda Pessoa escolheu uma abordagem que, segundo ela, pode ser aplicada nas produções textuais: “Escrevendo o Brasil: dos livros para a redação”.

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"Quando eu pensei em escolher um tema, a minha ideia foi escolher algo que os alunos estudam, que eles usam, para ensinar como colocar na redação, um repertório sociocultural que de fato seja legitimado, pertinente e produtivo”, explicou a professora.

A partir da temática, a aula promete mostrar como a literatura pode ser destrinchada nas redações. “Nada melhor do que literatura, já que é algo que os estudantes veem durante toda a trajetória escolar, e muitas vezes veem somente a parte de regra, de decoreba. A ideia é uma aula super descontraída, em que eles vão aprender a fazer uso de maneira completamente produtiva, interessante, de tudo o que eles veem em literatura, desde o primeiro até o terceiro ano. Será uma viagem muito legal e tenho certeza de que eles não vão se arrepender de participar", comentou Fernanda Pessoa.

Além de redação, o aulão contará com dicas exclusivas do professor de química Josinaldo Lins e do educador de história Pedro Botelho. As inscrições podem ser feitas por meio do site do projeto Enem 360; nesse endereço virtual, os candidatos ainda terão acesso a fichas dos conteúdos que serão trabalhados no aulão, tudo de forma gratuita.

A professora de Linguagens e redação Fernanda Pessoa anunciou que nos dias 19, 20 e 21 de outubro, das 19h às 21h, realizará o workshop Enem sem Mistério. As aulas serão ao-vivo, por meio do canal no YouTube, e totalmente gratuitas. As inscrições devem ser feitas pela internet. Após preencher o formulário de inscrição, os candidatos irão receber o link de acesso por e-mail.

Os participantes poderão aprender sobre planejamento de estudos, principais estratégias dos comandos textuais, entender as competências necessárias para a redação do Exame Naconal do Ensino Médio (Enem) e conhecer as técnicas para a construção da redação.

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"A ideia é, de uma maneira muito especial, trazer dicas pra vocês e ajudá-los a fazer uma programação, agora, para a reta final, tanto com técnicas de prova, quanto com a super ajuda para o tal sonhado 1000 na redação. Serão três dias de muitas descobertas”, disse a docente, na publicação do Instagram.

Ainda era domingo, 3 de novembro de 2019, primeiro dia de aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), quando o ministro da Educação, Abraham Weintraub, admitiu publicamente que uma foto da proposta de redação tinha vazado. Como a divulgação nas redes sociais só foi feita quando os participantes já estavam fazendo as provas, o posicionamento do ministério foi manter o Enem. “Tudo segue normal”, disse o ministro no evento que se configurou como o primeiro em uma sequência de erros e polêmicas. 

Meses depois, em 17 de janeiro de 2020, com os vazamentos sendo investigados pela polícia e pouco antes de divulgar as notas dos participantes, Weintraub afirmou que em 2019 o primeiro exame da gestão Bolsonaro foi “o melhor Enem de todos os tempos” e tentou justificar sua satisfação: “Não teve polêmica, foi tudo muito aceito. A gente não teve problema operacional nenhum a cargo do MEC. A única coisa que houve, pontualmente, foi uma tentativa de sabotagem, uma pessoal que já está com a Polícia Federal. Então não prejudicou nada", disse o ministro. 

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A divulgação dos resultados dos participantes, que começaram a questionar as notas baixas demais para o número de acertos, forçou o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) a admitir a inconsistência nas notas de cerca de seis mil estudantes que fizeram as provas do Exame

Em meio a batalhas judiciais contra as notas do Enem, o calendário do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e outros programas do Governo Federal que chegaram a ser suspensos por liminares, os participantes do Enem passam a desconfiar cada vez mais da segurança da prova, enquanto na visão de Alexandre Lopes, presidente do Inep, o erro nas notas “não foi significativo”. Diante disso, cabe o questionamento: Afinal foi mesmo o melhor Enem de todos os tempos, como avalia o ministro da Educação? 

Paulo Uchôa/LeiJáImagens/Arquivo

Estado de letargia

Ao avaliar os resultados do Enem 2019, o ministro Abraham Weintraub afirmou que esta edição do exame “fecha uma grande era”, além de afirmar que não houve polêmica nem “ideologia”. Questionada sobre como analisa o posicionamento do governo, a professora de português, redação e literatura Fernanda Pessoa lembra que as controvérsias começaram muito antes dos erros nas notas, quando, por exemplo, temas como a Ditadura Militar não aparecem na prova. Ela também apontou outras contradições. 

“Quando o tema da redação foi democratização do acesso ao cinema no Brasil, o país passando por uma fase de retirada de investimento do cinema, da Ancine, da cultura. Primeiro ponto completamente controverso é discutir democratização de acesso ao cinema em um momento em que não se tem investido em arte. Principalmente dentro da análise do preconceito ideológico, do que já aconteceu de censura”, explicou a professora.

Comparando o caso de 2019 com erros do Enem de outros anos, Fernanda explica que “já tinha tido um vazamento no Enem há muito tempo só que na época reconheceram o erro e cancelaram o exame. Este ano a sensação que eu tenho, se eu tivesse que resumir tudo numa palavra seria letargia”.

Ela continua, explicando que “existem empresas no Brasil que são especialistas em calibragem da TRI, na minha opinião é a única forma de tornar o processo transparente. (...) Eu acho que todos os erros deste ano não se comparam. Na minha opinião, erro de retirada de conteúdo importante, o erro da nota, vazamento de resultado antes da hora e o não reconhecimento. Eu acho que o mais complicado é você não aparecer para explicar o que está acontecendo e não haver nenhum tipo de investigação”. 

Para a professora, o abalo emocional sofrido pelos estudantes é, com certeza, a maior consequência de todos os problemas constatados no Enem 2019. “Eu recebi aluno que o sonho foi medicina a vida toda, foi para agronomia. Outra o sonho era medicina, mas passou em direito, foi para direito na federal. Tanto a gente vai ter mais um profissional frustrado porque tá indo para uma área porque a nota deu como tem chance de esse menino entrar na faculdade, começar a cursar, depois abandonar a vaga, volta pro cursinho e a vaga fica ociosa”, disse Fernanda. 

Antônio Cruz/Agência Brasil

“O ministro, aparentemente, está despreparado”

Para o professor de redação e linguagens Isaac Melo, a avaliação que o ministro da Educação faz a respeito do Enem 2019 “não é verdade”. “Imagina a seguinte situação: eu faço um concurso envolvendo milhões de pessoas em todo o Brasil, que para a sua execução gasta milhões de reais, e ter a clareza de seu resultado questionado. Como assim? Como é que eu corrijo uma prova de uma cor, tendo o sistema entendido que é outra? Isso é um problema gravíssimo!”, criticou ele. 

O professor Isaac afirma que é difícil pensar em perfeição ao organizar uma prova do tamanho do Enem, mas que se faz necessário buscar minimizar as falhas e responder melhor a problemas e tentativas de fraude.

“Já houve uma edição do Enem em que a prova foi vazada. Quando a gente tem uma prova de redação, uma fotografia que sai antes, significa que por trás existe um crime de determinada pessoa e fica-se questionando se a prova vai ou não ser aplicada, se a pessoa acertou ou não aquele tema. Mas, dessa vez, dois problemas me pareceram completo despreparo, falta de qualidade de um planejamento mais sério, falta de conhecimento e domínio do que seria a aplicação de uma prova da magnitude do Enem”, disse o professor. 

Ainda de acordo com Isaac, o descrédito dos estudantes em relação à segurança do Enem aumenta com o fato de que os erros cometidos na edição de 2019 não têm origem em fatores externos, mas no próprio esquema de logística do exame. “O erro que aconteceu foi da gráfica, o sistema de dentro da coisa errou, então isso significa dizer que existe um problema que não foi percebido a tempo. É um problema de dentro da própria ideia de estratégia logística de correção da prova, então é culpa do governo. O ministro, aparentemente, está despreparado para lidar com a pauta para a qual ele foi contratado, convocado e posto na condição de ministro da Educação”, disse o professor.

Entre os erros cometidos pelo governo em busca de uma solução para o problema, Isaac cita a demora para agir. “O governo quando não responde a todos os e-mails direcionados na tentativa de revisar a nota que foi tirada, então isso já vai descredibilizar e ao mesmo tempo aterrorizar [o estudante]. O que é sonho vira pesadelo”, declarou Isaac. 

Para devolver clareza e credibilidade ao Enem, e também ao Sisu, o professor Isaac Melo aponta a divulgação de quais questões são fáceis médias ou difíceis e suas respectivas pontuações conforme a Teoria da Resposta ao Item (TRI). Além disso, o professor também defende um aumento da transparência da concorrência do Sisu durante o período de inscrição. 

“Supondo que um aluno está na posição 30 de um curso de medicina com 120 vagas, a gente tem que saber quem são essas 120 pessoas com nome completo, número de inscrição, nota e pesos. Este ano o sistema permitiu, por uma falha, que o aluno colocasse como primeira e segunda opção, a mesma faculdade e mesmo curso. Ele aparecia mais de uma vez, isso já deixava muito claro que havia um grave problema nesse processo de listão”, disse.

O LeiaJá procurou a assessoria de imprensa do Ministério da Educação (MEC), responsável pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), uma vez que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é uma autarquia federal vinculada ao MEC, em busca de uma posição sobre o debate levantado pela reportagem. No entanto, até o momento da publicação não obtivemos nenhum retorno.

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A redação é um dos momentos mais aguardados para os estudantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O texto será cobrado no dia 4 de novembro, primeiro domingo de provas.

Para ajudar os candidatos, o programa Vai Cair No Enem recebe nesta semana a professora de redação Fernanda Pessoa. Ela mostra como deve ser feita a conclusão do texto.

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Acompanhe também o programa no Instagram - @vaicairnoenem -. Confira, a seguir, a edição desta semana:

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Rabiscar as primeiras linhas de um texto nem sempre é tarefa fácil. Quando essa produção representa uma das provas mais importantes da vida de um aluno, a situação fica duplamente delicada. Na hora de pensar na introdução da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o aluno deve levar em consideração pontos importantes como a ideia central do tema, a clareza na hora de transmitir as frases e até mesmo a criatividade. 

A introdução faz parte da segunda competência da prova aberta. Ela é citada duas vezes nas dicas do manual de redação do Enem 2018. Na primeira, é destacada no quadro que caracteriza um texto dissertativo-argumentativo; na segunda, é apontada como um elemento que merece atenção no decorrer da escrita, afinal, o estudante deve seguir a coerência e não fazer um texto com introdução e conclusão que mostrem ideias diferentes.

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Para a professora de redação Fernanda Pessoa, é importante que o tema seja observado atentamente. “Uma dica muito importante é o atendimento à necessidade de uma abordagem temática. O aluno pega o tema, tira o núcleo, a ideia central. No caso do ano passado se trazia a questão dos desafios da questão do surdo no Brasil. ‘Desafio’, ‘educação’ e ‘surdo’ eram as palavras principais, então baseados nelas a gente traz um projeto de texto”, explica. 

Confira outras dicas da professora Fernanda Pessoa sobre introdução na redação do Enem:

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A professora de redação Fernanda Pessoa, responsável por um famoso cursinho localizado no Centro do Recife, virou alvo, nesta terça-feira (9), de publicações e comentários nas redes sociais após um trecho de cerca três minutos de uma das aulas dela ser gravado e repassado em grupos do WhatsApp. No áudio, a docente fala com alunos eleitores de Jair Bolsonaro (PSL) sobre a ausência do candidato em um dos últimos debates antes das eleições e questiona algumas das propostas apontadas por ele em campanha.

“Quem é que aqui na sala vota em Bolsonaro?” questionou a professora. “Vocês acham certo ele não participar de um debate à véspera de uma eleição? Eu queria ouvir vocês. Por que ele não vai participar? Se ele está bem e recebeu alta? (...) Se é democracia tem que ter debate, eu preciso saber quais são as respostas dele”, diz.

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Em um momento, uma pessoa lembra que no mesmo dia do debate o presidenciável concedeu entrevista a outra emissora de TV (após permissão do Tribunal Superior Eleitoral). Ao longo do áudio, a docente cita alguns possíveis impedimentos aos quais o presidenciável seria submetido se ganhasse e fala do perigo de se ter um general como vice.

“Meu sonho é que Haddad chegue no debate e diga ‘a gente está numa fase de muita rejeição no poder e quero pedir a todos os meus eleitores que votem em Ciro”, completa. Pouco tempo após a viralização do áudio, a professora passou a receber uma enxurrada de comentários positivos e negativos nas redes sociais. “#bolsonaro2018 Se está achando ruim, vai pra Venezuela”, diz um dos internautas. “FORÇA FERNANDA!!! você está muitoooo certa em estimular o pensamento crítico com seus alunos. NÃO A CENSURA. Tem meu apoio total!!!”, conta outra.

Além dos comentários no perfil da docente, a página de instagram do Movimento Brasil Livre Pernambuco (MBL-PE) compartilhou uma foto da professora com os dizeres “Doutrinação” e “Vergonha! Fernanda Pessoa usa sala de aula para constranger alunos que votam em Bolsonaro”.

Em nota divulgada no Instagram, a professora explicou o caso. Confira:

O Curso de Português Fernanda Pessoa, por meio de sua representante legal, vem a público esclarecer o conteúdo do áudio gravado em uma das aulas e recentemente veiculado nas mídias sociais. De uma aula de 3 horas e meia sobre educação a partir dos mais variados contextos (histórico, sociológico, filosófico, artístico e atual), foi retirado um áudio descontextualizado de cerca de 3 minutos, em que se falava somente sobre a importância de um debate para o processo democrático. Somos um Curso Livre, preparatório para o Enem e Vestibulares, com foco em Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação. Como é do conhecimento de todos, os temas sociais e políticos sempre fizeram parte desses tipos de exames, aos quais nossos alunos se submetem todos os anos, razão pela qual faz parte das nossas atribuições prepará-los como cidadãos críticos e seres pensantes. Trabalhamos com os mais diversos temas, sempre primando em ofertar aos nossos alunos discussões saudáveis, que desenvolvam o pensamento crítico e o conhecimento sobre todas as questões sociais que poderão ser cobradas em seus exames anuais.

Sabemos que a Liberdade de Expressão é direito fundamental de todos e garante a manifestação de opiniões, ideias e pensamentos sem que haja retaliação ou censura por parte de governos, órgãos privados ou públicos. No Brasil, a liberdade de expressão é garantida pelo artigo quinto da Constituição Federal; bem como, pelo artigo 220, § 2º, o qual dispõe ser vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística. Dessa forma, diante do mal-entendido, vimos a público esclarecer aos nossos alunos, pais e responsáveis que não houve intenção de causar qualquer tipo de incômodo. Estamos à disposição dos alunos, pais e responsáveis para ouvir, esclarecer e abrir o diálogo, com todo respeito que sempre tivemos nesses 20 anos. Nossos sinceros e respeitosos cumprimentos,  Fernanda Pessoa

Vários são os fatores que, de acordo com o Ministério da Educação (MEC), levam os candidatos que fazem as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tirarem nota zero: fuga total ao tema proposto, cópia integral dos textos de textos motivadores, texto com menos de sete linhas, trecho desconectado do restante do texto, assinatura em local indevido e desenhos são alguns desses fatores. No entanto, o “campeão” de notas zero entre os candidatos segue sendo o desrespeito aos direitos humanos no texto. 

Apesar de ter sido reduzido de 10 mil em 2015 para 4.798 em 2016 (uma queda de mais da metade), o número de estudantes que não obtém nota na redação por esta razão, que é prevista nos manuais de redação do Enem publicados pelo MEC, ainda é expressivo. O LeiaJá ouviu a professora de português e redação Fernanda Pessoa para explicar quais são as abordagens que os feras devem evitar e de que maneira elaborar um texto que atenda às competências avaliadas pelo exame, mesmo em temas polêmicos, sem correr riscos.

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No manual de redação, o MEC afirma que, na última edição do exame que teve como tema a intolerância religiosa no Brasil, foram anuladas redações que incitaram ideias de violência ou de perseguição contra seguidores de qualquer religião, filosofia, doutrina, seita, inclusive o ateísmo ou quaisquer outras manifestações religiosas; que possam ferir o princípio de igualdade entre as pessoas; que levam à desmoralização de símbolos religiosos; que defendam a destruição de vidas, imagens, roupas e objetos ritualísticos; cerceamento da liberdade propostas de proibição de fabricação, comercialização, aquisição e uso de artigos e materiais religiosos e “ideias que estimulem a violência contra infratores da lei e/ou contra indivíduos intolerantes, tais como: linchamento público, tortura, execução sumária, privação da liberdade por agentes não legitimados para isso”.

Segundo a professora Fernanda Pessoa, algumas abordagens que fazem alusão à censura, justiça pelas próprias mãos, entre outros, caracterizam o desrespeito aos direitos humanos. “Normalmente qualquer questão que aluda a censura infringe como, por exemplo, se falar que o governo controle a mídia, vai contra o direito da liberdade de expressão. Em questões justiça com as próprias mãos também, pois o Estado teria que entrar como agente de interferência e transformação”. 

Fernanda também chama atenção para abordagens como a sugestão da implementação de pena de morte. Apesar de ser dito pelo MEC no manual de redação que esta abordagem não vai contra os direitos humanos, há todo um debate em relação a este ponto.

“Em relação à pena de morte, por regra geral dentro dos termos da Declaração Universal dos Direitos Humanos termina infringindo o direito à vida. Na verdade existem outras formas de melhorar a convivência em sociedade sem propor essas penas máximas” sendo melhor que o candidato em seu texto levante “propostas que entrem na ressocialização, fazendo com que pessoas que cometeram crimes sejam capazes de voltar ao convívio social, sem que a proposta envolva violência ou tortura”. 

A professora também destaca o caráter da prova do Enem, que busca formar “um jovem que seja capaz de analisar o que de fato está faltando na sociedade, mais crítico, participativo, que entenda o papel dos municípios, dos estados, do governo federal, dos ministérios, enfim, que compreenda a estrutura do país”.  

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Além de uma boa escrita, é preciso sustentar um argumento durante o texto de uma redação. Essa é, sem dúvidas, uma das principais exigências no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Por isso, os estudantes precisam redobrar a atenção nas aulas de preparação para a prova. 

Nesta semana, o programa Vai Cair No Enem, produzido pelo LeiaJá, recebe a professora Fernanda Pessoa. Em uma aula exclusiva, ela reúne informações relevantes para que o candidato faça um ótimo texto. Confira no vídeo a seguir:

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--> Assista outras edições do programa Vai Cair No Enem

A redação é uma das competências exigidas pela prova do Enem. E para ter uma boa nota, é necessário que o fera tenha domínio do tipo textual dissertativo-argumentativo e compreenda o tema e a proposta.

A escrita é fundamental e de extrema importância para a formação de qualquer pessoa. Principalmente na introdução, momento em que o estudante tenta causar uma boa impressão do seu texto ao corretor.

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É sobre isso que a professora de Redação, Fernanda Pessoa, aborda nesta edição do programa `Vai Cair no Enem’, que você confere no vídeo a seguir:

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--> Confira outras edições do Vai Cair no Enem

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Na manhã deste sábado (12) cerca de 2500 estudantes de escolas da rede estadual de ensino foram beneficiados com um aulão preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com a participação do professor de matemática Rodrigo Sacramento, do professor de química, Carlos André e da professora de redação Fernanda Pessoa. 

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O aulão foi organizado pela plataforma de cursos on-line QG do Enem, pela Universidade Joaquim Nabuco (UniNabuco), pelo Google for Education e pela Secretaria Estadual de Educação. Além do evento realizado nesta manhã, houve a concessão de bolsa de estudos no QG do Enem para alguns estudantes.

O vice-reitor da UniNabuco, Leonardo Estevan, explicou que o propósito do aulão é ajudar estudantes da rede pública no momento da escolha de sua profissão e entrada no ensino superior. “Ter encontros como esse, que conectam grandes corporações e com a Secretaria de Educação, fortalece um propósito nosso, de fazer o aluno do ensino público tenha acesso às melhores tecnologias a fim de vencer esse momento importantíssimo que é passar pelo Enem, ingressar no ensino superior, trazendo uma transformação de sua vida, de seus familiares e o mundo”, afirmou o vice reitor.

De acordo com o diretor comercial da Ensinar Tecnologia, Cláudio Castro, que é a instituição parceira do Google for Education no Brasil, foi percebido que a educação e todas as instituições envolvidas no evento ganhariam força através da parceria, que ajuda os estudantes que se preparam para o Enem auxiliando o estudo das questões onde os alunos estão apresentando dificuldades. “Nós disponibilizamos simulados para os alunos das instituições parceiras, e quando o aluno erra uma questão, ele recebe automaticamente um vídeo do Google sobre o tema da pergunta que ele errou, para que possa estudar novamente, avaliar e ver onde estava o erro”, explicou Cláudio.

Segundo Ana Martini, do QG do Enem, o desenvolvimento do projeto de doação de bolsas a alunos da rede pública tem o aulão como forma de apresentar a iniciativa presencialmente aos estudantes. “O projeto em parceria com a Ensinar Tecnologia começou no Ceará e nós decidimos estender, foi bem recebido pela Secretaria de Educação de Pernambuco e então pensamos em fazer um aulão inaugural, pela iniciativa de doar as bolsas, para que os alunos conheçam os professores, entendam como é o projeto e saiam mais engajados, ele me param para agradecer por terem acesso a esse conteúdo”, contou Ana. 

O professor de Química do QG do Enem, Carlos André, tinha boas expectativas que foram atendidas em relação ao aulão. Ele explica que a interação com os alunos foi um dos pontos mais positivos. “A expectativa era colaborar ao máximo com uma abordagem clara, simples e rápida, com conteúdos para uma prova que já está chegando. A participação do público surpreendeu, a interação foi bem interessante, agradou muito. Quando montei essa aula tentei trabalhar os temas com cenas de seriados para aumentar a interação e a atenção do aluno, e funcionou muito bem”, conta o professor. 

Já Rodrigo Sacramento, professor de matemática do QG, achou o evento “um dos mais sensacionais” aulões em que já esteve e deu dicas para os alunos na reta final da preparação para o Enem. “A energia do público foi surreal, essa parceria é importante demais para levar aos alunos da rede pública conteúdos a que muitas vezes só quem estuda em instituições privadas tem acesso. Na reta final é importante que os alunos, principalmente os que têm dificuldade em matemática, respondam às provas dos últimos cinco anos do Enem para entender como a banca pensa. Também é importante focar em assuntos como grandezas proporcionais, geometria espacial, funções, estatística e porcentagem”, explicou ele. 

Guilherme Souza tem 17 anos, quer estudar medicina e é aluno da Escola de Referência do Ensino Médio (Erem) Fernando Mota, em Setúbal, bairro da zona sul do Recife. A expectativa dele era enriquecer os conhecimentos e ampliar sua visão sobre a sociedade para melhorar em redação. “Minha expectativa foi atendida de uma forma muito divertida, que sai do modo tradicional de ensino e enriquece mais os conhecimentos dos alunos”, contou ele. 

Edgar Monteiro, de 17 anos, e Alzira Vasconcelos, também de 17 anos, são alunos da Escola Técnica Estadual (ETE) de Bezerros, município localizado no Agreste pernambucano. Os dois estudantes assistiram ao aulão e saíram satisfeitos com o resultado. “Eu tinha uma expectativa alta por ser um evento com o apoio do Google e gostei muito, especialmente do professor de matemática, que deu várias dicas de raciocínio lógico e como responder às questões com mais rapidez”, disse Edgar, que deseja estudar Economia. 

Alzira elogiou os professores e ficou feliz com as dicas passadas por eles para organizar os estudos até o dia do exame. “Foi incrível, os professores sabem do que estão falando, são muito atenciosos. As dicas foram muito importantes, espero poder usá-las na prova”, afirmou.

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A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) divulgou os novos pesos e notas mínimas para a seleção de alunos através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Ao todo, 22 cursos de todos os campi da instituição de ensino tiveram alterações, uma delas no curso de medicina do Campus Agreste, em Caruaru, em que o peso de matemática foi diminuído e o das provas de linguagens, redação e Ciências Humanas foi elevado. Medicina na unidade Recife não teve alterações.

O LeiaJá entrevistou professores de cursos preparatórios para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para saber o que eles acharam da mudança e como as alterações devem impactar a concorrência pelas vagas, o perfil dos alunos da universidade e a vida dos candidatos que estão buscando uma vaga na UFPE. 

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Matemática como base das Ciências da Natureza

Para o professor de matemática Marconi Sousa, que dá aulas no Conexão Vestibulares e no Centro de Estudos Renato Saraiva, a mudança nos pesos do curso de medicina é negativa por deixar a prova de matemática com um peso menor que redação e Ciências Humanas. “Não estou desmerecendo as Ciências Humanas, mas matemática tem uma quantidade de questões maior no Enem. Os alunos que querem cursar medicina precisam saber bem as matérias de Ciências da Natureza, que têm o conhecimento da matemática como base”, diz o professor, que também destaca que as provas de Linguagens, Ciências Humanas e redação têm, juntas, peso seis, enquanto matemática e Ciências da Natureza têm peso quatro para o aluno que deseja cursar medicina na UFPE em Caruaru. Marconi também salienta que os alunos que buscam a aprovação devem estar bem preparados em todas as áreas do conhecimento.

"Essa mudança tende ao equilíbrio"

O professor Artur Barbosa, que dá aulas de biologia no curso Esquadrão e no Grupo Essencial de Aprovação, tem uma visão diferente. Ele concorda que medicina no Campus Agreste teve a mudança mais significativa, mas acredita que o aumento dos pesos de áreas como redação e Ciências Humanas junto à redução do peso de matemática não causa prejuízo e sim equilíbrio aos pesos do curso de medicina, além de melhorar o nível do alunado da universidade através da seleção de alunos que têm mais conhecimento de várias áreas. “Eu concordo com isso, porque alguns cursos pegam alunos que não passaram na sua primeira escolha e tentam outro curso, então essa medida melhora o nível dos estudantes. Sobre o curso de medicina, existe uma tendência de eles valorizarem as áreas de natureza e humanas. Acho que essa mudança tende a um equilíbrio, buscando alunos que estejam bem em todas as áreas ao fortalecer também os pesos de outras áreas e pegando alunos que não sejam bons apenas em química, física e matemática”, opina o docente.

"Dois pesos e duas medidas"

O professor de matemática Darlan Moutinho dá aulas na Universidade de Pernambuco (UPE) e no curso de português Fernanda Pessoa. Ele afirma que a mudança no peso de Ciências Humanas já era esperada por ser uma demanda de alunos do Diretório Acadêmico do curso de Medicina do Campus Agreste. No entanto, ele acha que o peso de matemática deveria ter sido mantido no mesmo valor que o do Campus Recife. 

“Essa mudança era aguardada, pois os alunos do Agreste queriam um curso mais humanizado. No entanto, o tamanho da prova de matemática me faz achar esse peso pequeno. É uma prova grande, de 45 questões, então o valor de referência dela continua alto”, diz o professor.  

Darlan também comentou a decisão da UFPE de deixar o curso de medicina com pesos diferentes em cada campus, o que para ele é um ponto negativo. “Se você olhar de forma crítica soa estranho a mesma universidade, o mesmo curso, adotando dois pesos e duas medidas para as notas em cada campus. Para mim, se era para mudar, que fosse nos dois campi e não apenas no Agreste”.

Humanização e valorização da escrita

A professora de português, literatura e redação Fernanda Pessoa dá aulas no curso preparatório que leva o seu nome e acha que a mudança mais significativa foi o curso de medicina de Caruaru. Para ela, a mudança foi positiva, pois elevou o peso das Ciências Humanas e de redação, fazendo com que a universidade selecione alunos que escrevam e se comunicam bem

“Na minha opinião, a mudança não tira a importância de matemática, que ainda tem uma prova com um grande número de questões no Enem, e o aluno vai entrar mais preparado, mais bem instruído. Foi um aumento muito importante para aumentar a qualidade de escrita do aluno que entra na faculdade e traz mais humanização para os futuros médicos que teremos, o que já é uma demanda do Diretório Acadêmico de Caruaru desde que o curso foi criado”, explica Fernanda.

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